palestra 70 anos da pariticpação da feb na ii guerra

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Objetivo: FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA Conhecer a história e os feitos dos homens e mulheres da força militar brasileira que combateu na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial. gt Espártaco – Junho de 2015

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Page 1: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

Objetivo:

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Conhecer a história e os feitos dos homens e mulheres da força militar brasileira que combateu na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial.

2º Sgt Espártaco – Junho de 2015

Page 2: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Sumário1. Introdução a. Contexto histórico 1) Torpedeamentos de navios mercantes brasileiros 2) O Brasil abandona a neutralidade

2. Desenvolvimento b. Preparativos para a guerra 1) O chamado para a guerra 2) Preparativos 3) A travessia do Atlântico c. Chegada no cenário de guerra 1) A caminhada em solo italiano 2) A vida nos acampamentos

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Sumário2. Desenvolvimento (continuação...)

d. Seguindo para o front 1) Contato com o inimigo e batismo de fogo 2) Principais batalhas (Castello, Castelnuovo, Montese e Fornovo) 3) Retorno e desmobilização e. Outros personagens 1) Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil 2) Enfermeiras da FEB 3) O 9º BE

3. Conclusão a. Sumário estatístico b. Ligação com unidades atuais c. Impressões da população italiana d. Curiosidades

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Torpedeamentos de navios mercantes brasileiros

Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil manteve-se neutro, numa continuação da política do presidente Getúlio Vargas de não se definir por nenhuma das grandes potências.

Isso foi interrompido no início de 1942, quando os Estados Unidos convenceram o governo brasileiro a ceder a ilha de Fernando de Noronha e a costa nordestina brasileira para o recebimento de suas bases militares.

A partir de janeiro do mesmo ano começa uma série de torpedeamentos de navios mercantes brasileiros por submarinos ítalo-alemães na costa litorânea brasileira, numa ofensiva idealizada pelo próprio Adolf Hitler, que visava isolar o Reino Unido.

Contexto histórico

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Navio Vital Oliveira, em 20 de julho de 1944, pelo U-161. Navio Campos, em 23 de outubro de 1943, pelo U-170.

Navio Baependi, em 15 de agosto de 1942, pelo U-507. Navio Araraquara, em 15 de agosto de 1942, pelo U-507.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Manchete de O Globo noticiando o afundamento do Buarque (27 de novembro de 1941).

Em apenas 4 dias de agosto foram torpedeados 6 navios, matando 600 pessoas inocentes, passageiros ,e tripulantes do Baependi e Itagiba, que transportavam para Recife o 7º. GADo, do Araraquara, Annibal Benévolo, Arará e Jacira.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Harro Schacht, oficial da Kriegsmarine que serviu durante a Segunda Guerra Mundial, no comando do submarino U-507.

Unterseeboot 507 , em 15 meses de operação afundou e danificou 20 navios mercantes dos quais, seis embarcações brasileiras .

Foi afundado em 13 de janeiro de 1943, a noroeste da Base Aérea de Natal, por um avião Catalina norte-americano.Não houve sobreviventes de sua tripulação de 54 homens.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

CITAÇÃO:

“Passa das 10h40min de segunda-feira, 17 de agosto de 1942, quando um estrondo ensurdecedor apavora os 119 passageiros e 60 tripulantes do Itagiba, embarcação da Companhia de Navegação Costeira, no litoral sul da Bahia. Em menos de 10 minutos, o navio de 2 mil toneladas desaparece sob as águas, matando 36 pessoas. O Soldado Dálvaro José de Oliveira ficou durante horas boiando no mar, à espera de socorro. Nesse tempo, viu o colega, Carlos Salomão Bacarat, ser devorado por um tubarão.”

Contexto histórico

Livro: U-507 – O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial, página 119

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O Brasil abandona a neutralidade

A ofensiva submarina do eixo em águas brasileiras tinha também, por objetivo, intimidar o governo do Brasil a se manter na neutralidade, ao mesmo tempo que seus agentes no país e simpatizantes fascistas brasileiros, denominados Quinta Coluna, espalhavam boatos que os afundamentos de navios mercantes seriam obra dos anglo-americanos interessados em que o país entrasse no conflito do lado aliado.

No entanto, a opinião pública não se deixou confundir. Comovida pelas mortes de civis, passou a exigir que o Brasil reconhecesse o estado de beligerância com os países do eixo. O que só foi oficializado em agosto de 1942, quando foi declarada guerra à Alemanha nazista e à Itália fascista.

Contexto histórico

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Comemoração pelo do rompimento de relações do Brasil com o Eixo, Rio de Janeiro, 1942.

Getúlio Vargas reunido com seu ministério após declaração de guerra ao Eixo, Rio de Janeiro, 1942.

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Trechos da " Legislação do Estado de Guerra", Rio de Janeiro , 1942.

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CITAÇÃO:

“Brasileiros! No momento do perigo todos os brasileiros acorrerão em defesa da Bandeira Nacional, e eu estarei convosco, pronto para lutar, para vender, para morrer.”

Contexto histórico

Trecho do discurso dramático de Getúlio Vargas, de 31 de dezembro de 1941, em que chama a atenção para a ameaça alemã.

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O chamado para a guerra

O licenciamento dos soldados que estavam prestando o serviço militar foi suspenso. Reservistas e jovens que ainda não haviam prestado o serviço militar foram convocados.

A convocação não era por classe. Ocorria sorteio com todos que tivessem mais de 19 anos.

Dentre os motivos que levaram os pracinhas a se voluntariarem para ir à guerra, tiveram destaque a luta pelos ideais de paz e liberdade, que estavam ameaçados e a honra da Pátria.

Os voluntários e os convocados que se apresentavam nos quartéis eram submetidos a um rigoroso processo seletivo para verificar a higidez física e a aptidão psicológica.

Preparativos para a guerra

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Propaganda convidando a população a adquirir bônus de guerra, papéis do governo federal para captar recursos no esforço de guerra.

Convocação de reservistas em anúncios de jornal, agosto de 1942.

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CITAÇÃO:

“O pessoal do Exército foi buscar os 18 convocados do município com um caminhão. Seguimos para Santa Maria, onde iniciaríamos a preparação no 7º RI, comenta. Para ele, tudo era novidade. Diz que não aceitou de bom grado a ideia de ir para a guerra. Foi contrariado, mas, enfim, tinha de cumprir o seu dever. “Tu queres ir para a guerra?, perguntavam. Ninguém, em sã consciência, diria com convicção ‘sim, eu quero!’ Saía um ‘é… quero’, meio sem graça. Também não adiantava dizer que não, pois iria de qualquer modo. Então, era bom não se destacar negativamente…”

Preparativos para a guerra

Livro: As vozes da Guerra, página 39. Relato de Pedro Solano Vidal, convocado aos 22 anos.

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Preparativos

Uma vez considerados aptos, deveriam ficar em condições de seguir para o Rio de Janeiro, onde os pracinhas eram conduzidos e alojados em pavilhões novos que haviam sido construídos entre Deodoro e o Campo dos Afonsos.

No Campo de Gericinó, os pracinhas eram submetidos a treinamento intensivo, visando ao condicionamento físico e psicológico, muito cansativos. Os preparativos para o embarque seguiam, além de inspeções, vacinas e exames.

Praticavam muitas simulações de abandono de navio, em uma torre construída no campo de instrução, composta por escadas de cordas, e treinamento final, no navio. Além do armamento e equipamento, os soldados levavam o saco com o material individual.

Preparativos para a guerra

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Treinamento de Sapadores Mineiros da Engenharia, chamados de "Esquadrão Suicida “, Rio de Janeiro.

Instruções de infantaria e artilharia, Rio de Janeiro.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

CITAÇÃO:

“Eu era de Infantaria, fiz curso de Artilharia e acabei indo para a Engenharia, sem conhecer ninguém. Quando chego na estação, o trem vai encostando, aí vejo o pessoal que estava ali com o desenho da cobra fumando na gandola... Meu Deus, a FEB! Fui me apresentar ao Capitão comandante da 2ª Companhia do 9º BE.-Você só pode ser mau elemento, não é?-Como assim, Capitão? -Transferido para ir à guerra, é porque não vale nada, não é mesmo?Fui para a guerra com medo. Quem é que vai sem medo?”

Preparativos para a guerra

Livro: História Oral do Exército Brasileiro na Segunda Guerra Mundial – Tomo 2, página 268. Relato de Ayrton Vianna Alves Guimarães, foi à guerra como Cabo.

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A travessia do Atlântico

No dia 30 de junho de 1944, seguiram, de caminhão até São Cristóvão, onde dormiram. De madrugada, tocou alvorada. No escuro e em silêncio, embarcaram no trem e seguiram até o cais do porto. Também no escuro, foi iniciado o embarque no navio.

Os primeiros a embarcar permaneceram o dia e a noite seguintes no navio, enquanto os demais pracinhas faziam o trajeto até o cais e embarcavam. Ao amanhecer do dia 2 de julho, o navio norte-americano General Mann desatracou.

O general Mascarenhas de Moraes e alguns oficiais de seu Estado-Maior e mais 5.075 homens, divididos entre um regimento de infantaria, um grupo de artilharia, uma companhia de engenharia e elementos não divisionários.

Preparativos para a guerra

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Preparativos para a guerraA travessia do Atlântico

2º ESCALÃO DE EMBARQUE - 22 de setembro de 1944 - 5.075 homens3º ESCALÃO DE EMBARQUE - 22 de setembro de 1944 - 5.239 homens4º ESCALÃO DE EMBARQUE - 23 de novembro de 1944 - 4.691 homens5º ESCALÃO DE EMBARQUE - 08 de fevereiro de 1945 - 5.082 homens

Os elementos avulsos, médicos e enfermeiras em particular, destinados aos Hospitais Estadunidenses, foram transportados em aviões (Rio – Natal – Dakar – Nápoles)Efetivo: 111 – inclusive 67 enfermeiras

Todos os militares ostentavam no ombro o brasão com a inscrição "Brasil". Era a primeira força latino americana a deslocar-se para lutar na Europa.

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A caminhada em solo italiano

No Mediterrâneo, depois de despedidas dos navios-escolta brasileiros, na entrada de Gibraltar, os transportes passam a ser comboiados por navios ingleses. Os alto-falantes lançam novas instruções, era sobre o desembarque em Nápoles. São distribuídas rações K para todos os homens, que deveriam guardá-las.

Milhares de homens acomodados nos vários compartimentos dos grande transportes de guerra, aguardam o momento de pisar o solo italiano.

Chegam, afinal, ao seu destino. Adentram a baía de Nápoles, coalhada de navios de todos os tipos, calados e tamanhos. Balões de barragem, brilham ao sol.

Chegada no cenário de guerra

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A caminhada em solo italiano

Chegada no cenário de guerra

Nos primeiros contatos com a terra italiana, os integrantes da FEB presenciaram a destruição. Edifícios sem fachada, guindastes derrubados, navios parcialmente submersos, adernados, de quilha fora d’água. Casas partidas ao meio, pessoas no porto, emaranhado dos fios telegráficos, tabuletas em inglês avisando, ordenando e orientando.

Ambulâncias se enfileiravam no cais, descarregavam feridos. Bandos de soldados ruidosos, meio bêbados, enchiam as ruas.

Na frente italiana, a FEB incorporou ao 4º Corpo de Exército Americano, do V Exército Americano.

5º US

IV Corps

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Gen Mark ClarkCmt Aliado Frente Italiana

Gen Truscott Cmt do 5º Exército

Gen Crittenberger Cmt do IV Corpo

Gen MascarenhasCmt FEB

Divisões aliadas do IV Corpo que lutaram ao lado da 1ª DIE

1st Armored Division(EUA)

10th Mountain Division(EUA)

6st Armored Division(África do Sul)

92nd Infantry DivisionEUA

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Da esquerda para a direita: Olímpio Falconière, Zenóbio da Costa, Mascarenhas de Moraes e Cordeiro de Farias.

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General Mann, levou o segundo escalão da FEB à Itália.

A movimentação das tropas e do material para o embarque. Vargas visita soldados no navio transporte.

General Meigs, dos EUA, levava até 6.000 passageiros.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

FEB desembarca em Nápoles em 1944.

Desfile em Nápoles em 1944. O mesmo local em 2015.

FEB desembarca em Nápoles em 1944. Ao fundo, LCI.

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A vida nos acampamentos

As tropas chegaram na “Staging Area nº 3″, situada nas proximidades de Pisa, na Tenuta de San Rossore, vasta propriedade dos reis da Itália. Eles que iam preparados para o pior, tiveram uma sensação de alívio, quando encontraram o acampamento organizado, com as barracas armadas, as cozinhas funcionando, as instalações higiênicas prontas, graças ao pessoal do Primeiro Escalão.

Começaram então a receber o material de acampamento, cama de campanha, mosquiteiro, velas, fósforos, etc ,e foram se ajeitando. Em cada barraca ficavam em média dois a quatro oficiais. O acampamento se estendia por um campo retangular, ao longo de uma estrada, ladeada de pinheiros.

Chegada no cenário de guerra

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A vida nos acampamentos

Viram e aprenderam os hábitos estadunidenses de acampamento, que já conheciam do Brasil, no período de treinamento. As refeições eram servidas em fila, que passava diante da cozinha. Vinha com os pratos de alumínio e caneca, recebendo os alimentos. Comia-se sentado no chão, na capota de algum jipe, num banco improvisado. Terminada a refeição, outra fila se formava, diante dos três camburões de água fervente, para lavar a “louça”, que era mergulhada sucessivamente na água com sabão, água com desinfetante e água limpa.

A instrução de tiro teve grande intensidade, bem como a dos especialistas e, mais ainda, um estágio de 3 a 4 dias na linha de frente, para oficiais e sargentos. 12 km ao norte de Pisa, faziam exercícios táticos durante a semana.

Chegada no cenário de guerra

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Acampamento em San Rossore.

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Contato com o inimigo e batismo de fogo

Após o período de ambientação e instrução, em 16 de setembro, o 6º RI partiu para o front, recebeu do o batismo de fogo. Antes disso, porém, a Engenharia da FEB já trabalhava, preparando caminhos e recuperando pontes.

Contato pessoal e efetivo com o inimigo cabia à Infantaria, e podia acontecer a qualquer momento. Durante o combate ou no período de ocupação do terreno, esse momento sempre era tenso.

O primeiro combate da FEB ocorreu durante o outono europeu, quando, no vale do rio Serchio, na região da Toscana, militares brasileiros ajudaram na tomada de Massarosa, Camaiore e Monte Prano, em meados de setembro.

Seguindo para o front

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CuriosidadesDivisões inimigas às quais a FEB combateu ou travou contato

42. Jäeger-Division 232. Grenadier-Division

148. Reserve-Division 90. Panzergrenadier-Division

Divisione Littorio 1ª Divisione Alpina

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CITAÇÃO:

“Quero retratar as sensações e emoções que experimenta o soldado, o pracinha, esse zero na hierarquia militar. Sobre os ombros do soldado desaba, afinal, todo o peso da guerra. É claro que um general tem sérias preocupações mentais com seus planos táticos, mas o soldado, além da preocupação de salvar a própria pele, tem que realizar o plano do general.”

Seguindo para o front

Livro: Cruzes brancas, página 17. Relato de Joaquim Xavier da Silveira, foi à guerra como Soldado voluntário.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Campanhas e batalhas

Devido ao sucesso da campanha em setembro e início de outubro, no final de novembro a FEB foi incumbida, apoiada por algumas unidades da “Task Force 45” do V Exército americano, de tomar o complexo formado pelos montes Castello, Belvedere e seus arredores, no espaço de alguns dias.

Após algumas tentativas fracassadas nos meses de novembro e dezembro, ficou claro que para a obtenção do sucesso em tal empreitada seria necessário um ataque conjunto pelo efetivo de duas divisões simultaneamente à Belvedere, Della Torraccia, Monte Castello e à Castelnuovo di Vergato, o que mesmo assim, alertava o comando brasileiro, não poderia ser levado a cabo em menos de uma semana

Seguindo para o front

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Campanhas e batalhas – Monte Castello

Seguindo para o front

A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram 4 ataques, com grande número de baixas brasileiras devido a vários fatores.

Três dos ataques não tiveram êxito, por falhas de estratégia.

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Primeiro ataque a Monte Castello - 24Nov44

No dia 24 de novembro, o 1º Esq de Rec e o III/6º RI juntavam-se à “Task Force 45” americana para a primeira investida por Monte Castello.

No segundo dia de ataques, tudo indicava que a operação seria exitosa: soldados americanos chegaram até a alcançar a cúspide do Castello, depois de tomarem o vizinho Monte Belvedere.

Contudo, em uma contra-ofensiva poderosa, os homens da 232ª Divisão de Infantaria germânica, responsável pela defesa de Castello e do Monte della Torracia, recuperaram os pontos perdidos, obrigando pracinhas e ianques a abandonar as posições já conquistadas, com exceção do Monte Belvedere.

Seguindo para o front

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Eles não voltaram: 24 de novembro de 1944 (87 baixas / 04 mortos)

3º Sargento Jorge Monçores, natural do Rio de Janeiro-RJ, º RI Soldado Francisco José de Souza, natural de Cabo Frio-RJ, 1º RISoldado Albino Cezar, natural de São Paulo-SP, 6º RISoldado Leônidas Moreira, natural de Paranaguá-PR, 1º RI

Seguindo para o front

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Segundo ataque a Monte Castello - 29Nov44

O segundo ataque a Monte Castello, em 29 de novembro, seria quase em sua totalidade obra da 1ª DIE , com três de seus batalhões, contando apenas com o suporte de três pelotões de tanques americanos.

Todavia, um imprevisto ocorrido na véspera da investida atrapalharia os planos: na noite do dia 28, os alemães recuperaram o Belvedere, defenestrando os estadunidenses da montanha e deixando descoberto o flanco esquerdo da tropa agressora.

O comando da DIE chegou a pensar em adiar a hostilidade, mas, como as tropas já estivessem em posição de ataque, a estratégia foi mantida. Às 7 horas, uma nova tentativa seria efetuada.

Seguindo para o front

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Eles não voltaram: 29 de novembro de 1944 (167 baixas / 19 mortos)

2º Sargento Jose da Costa Valério, natural de Pitangui-MG, 1º RICabo Herminio Antonio da Silva, natural de Catende-PE,1º RICabo Hélio Thomaz, natural de Juiz de Fora-MG, 11 º RICabo Gastão Gama, natural de Santo Antônio de Pádua-RJ, 1º RICabo Olivaldo Barbosa Vila-Nova, natural de Maceió-AL, 1º RISoldado Saulo Vasconcelos, natural de São João Nepomuceno - MG, 11º RISoldado José da Silva Almeida Filho, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RISoldado Teonilo de Souza, natural de Mimoso do Sul-ES, 6º RISoldado Dionízio Ribeiro Chagas, natural de São Raimundo Nonato-PI, 1º RISoldado Francisco de Paula Moura Neto, natural de Rio Parnaíba-MG, 1º RISoldado Mauricio Moreira Rodrigues, natural de Rio de Janeiro-RJSoldado Antônio Agostinho, natural de Piranga-MG, 11º RISoldado Ayres Quaresma, natural de Rio Piracicaba-MG, 1º RISoldado João Ferreira da Silva, natural de Estância-SE, 1º RISoldado João Américo da Silva, natural de Jacareí-SP,1º RISoldado José Higaskino, natural de Iguapé-SP, 1º Btl de SaúdeSoldado Joaquim Antônio de Oliveira, natural de Itapetininga-SP, 1º RISoldado João Nunes, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RISoldado Hercilio Gonçalves, natural de Indaial-SC, 11 º RI

Seguindo para o front

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Terceiro ataque a Monte Castello – 12Dez44

Com as mesmas condições meteorológicas da investida anterior, o II e III /1º RI fizeram, inicialmente, milagres.

No flanco sinistro, os pracinhas subjugaram Zolfo, a somente 200 metros do cume; ao centro, alcançaram Abetaia, ante-sala do Monte Castello.

Entretanto, enfrentando pesada artilharia alemã, mais de 20 brasileiros foram ali abatidos. Mais uma vez, a ofensiva fora infrutífera, e, pior, causara baixas de 150 homens. A lição serviu para reforçar a convicção do Comando de que Monte Castello só seria tomada dos alemães se toda a divisão fosse empregada no ataque, e não apenas alguns batalhões, como vinha ordenando o V Exército.

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Eles não voltaram: 12 de dezembro de 1944 (150 baixas / 57 mortos)

2º Sargento Severino Barbosa de Faria, natural de Recife-PE, 1º RI2º Sargento Herminio Aurelio Sampaio, natural de Cratéus-CE, º RI3º Sargento Alcebiades Sodré, natural do Rio de Janeiro-RJ, I/1º ROAuR3º Sargento Wilson Viana Barbosa, natural de Natal-RN, 1º RI3º Sargento José Carlos da Silva, natural de Ubá-MG, 1º RI3º Sargento Edgard Lourenço Pinto natural de Andaraí-BA, 1º RI3º Sargento Felix Marqueti, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RI3º Sargento Ayres da Silva Dias, natural de Barra Mansa-RJ, 1º RICabo Epitácio de Souza Lucena, natural de Limoeira-PE, 1º RISoldado Abilio dos Passos, natural de Salesólolis-SP, 1º RISoldado Waldemar Ferreira Fidalgo, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RISoldado Sebastião Felicio, natural de São José do Barreiro-SP, 1º RISoldado Sebastião Cerrato, natural de Espirito Santo do Pinhal-ES, 1º Btl de Saúde Soldado Rodolfo Gomes de Campos, natural de União Vitória-PR, 11º RISoldado Ramis Mendes, natural de União da Vitória-PR, 11º RISoldado Oscar Schade, natural de Imbó-SC, 1º RISoldado Olimpio José Borges, natural de Itajaí-SC, 11º RISoldado Mario Nardeli, natural de Rio do Sul-SC, 11º RISoldado Antônio Eugenio Vieira, natural de Sumidouro-RJ, 1º RI

Seguindo para o front

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Eles não voltaram: 12 de dezembro de 1944 (150 baixas / 57 mortos)

Soldado Benone Falcão de Gouveia, natural de Conceição da Barra-ES, II/1º ROAuRSoldado Marcelino Lourenço, natural de Nova Iguaçu-RJ, 1º RISoldado Manoel Francisco Gomes, natural de Barreiro-SP, 11º RISoldado Manoel Furtado, natural de Vitória-ES, 11º RISoldado Luiz Manoel Ferreira, natural de Maricá-RJ, 1º RISoldado Lelio Martins de Souza, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RISoldado José Leite da Silva, natural de São José dos Campos-SP, 6º RISoldado Jorge da Costa Lima, natural de Aracaju-SE, 1º RISoldado João Rodrigues, natural de Parnaiba -SP, 1º RI,12/12/45Soldado João Peçanha de Carvalho, natural de Campos-RJ, 1º RISoldado Humberto Alves Nogueira, natural de Feira da Santana-BA, 11º RISoldado Ignacio Gomes, natural de Campos- RJ, 1º RISoldado Genesio Valentim Corrêa, natural de Piquete-SP, 11º RISoldado Evilásio Rocha de Assis, natural de Santo Amaro-BA, 11º RISoldado Ernezito José das Chagas, natural de Campos-RJ,1º RISoldado Eleaquim Batista, natural de Nova Iguaçu-RJ, 1º RI Soldado Diogo Garcia Martins, natural de Penápolis-SP, 1º RISoldado Cosme Henrique dos Santos, natural de Entre Rios-BA, 1º RISoldado Celio do Nascimento, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RI

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Eles não voltaram: 12 de dezembro de 1944 (150 baixas / 57 mortos)

Soldado Altino Martins da Vitoria, natural de Serra-ES, 11º RISoldado Álvaro Gomes Santiago Sobrinho, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RI3º Sargento Luiz Rodrigues Filho, natural de Engenho Novo-RJ, 1º RISoldado Ari de Azevedo, natural de Engenho Novo-RJ, 1º RISoldado Cristino Clemente da Silva, natural de Tijucas-SC, 1º RISoldado Durvalino do Espirito Santo, natural deSão Fidélis-RJ, 1º RISoldado José de Araújo, natural de S. Ant. de Padua-RJ, 1º RISoldado Alcides Maia Rosa, natural de Dores de Campos-MG, 11º RISoldado Aleixo Herculano Maba, natural de Itajai-SC, 11º RISoldado Almiro Bernardo, natural de Botucatu-SP, 11º RISoldado Amaro Ribeiro Dias, natural de Campos-RJ, 11º RISoldado Anelio de Campos Luz, natural de Cerro Azul-PR, 11º RISoldado Antonio Coelho da Silveira, natural de S. João del-Rei-MG, 11º RISoldado Lindo Sardagna, Ibirama-SC, natural de 11º RISoldado Hereny da Costa, natural de Belo Horizonte-MG, 11º RISoldado Iracy Luchina, natural de Araranguá-SC, 11º RISoldado Marino Felix, Itatinga-SP, natural de 11º RISoldado Rafael Pereira, natural de Mirandópolis-SP, 11º RISoldado Sebastião Clementino Machado, natural de Rio Preto-SP , 11º RI

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Os 17 de Abetaia

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Quarto ataque a Monte Castello - 21Fev45

Pelo plano americano, batizado de Encore, novamente os pracinhas teriam como missão expulsar os alemães do Monte Castello.

Desta vez, porém, a tática de força total contra os tedescos, apregoada pelo Cmt brasileiro, foi aceita pelo 4º Corpo de Exército.

E, assim, em 20 de fevereiro as tropas da FEB apresentaram-se em posição de combate, com seus três regimentos prontos para partir rumo a Castelo.

À esquerda do grupamento, caminharia a 10ª Divisão de Montanha estadunidense, famigerada tropa de elite, que tinha como responsabilidade tomar o Monte della Torracia e garantir a proteção do flanco mais vulnerável do setor

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Quarto ataque a Monte Castello - 21Fev45

Como previsto, o ataque começou às 6 horas da manhã. O I/1º RI seguiu pela direita, o III/1º RI na direção frontal do monte e o II/1º RI aguardava, nas posições privilegiadas que alcançara durante a noite, o momento de juntar-se aos outros dois batalhões.

Pelo plano Encore, os brasileiros deveriam chegar ao topo do Monte Castello às 18 horas, no máximo, uma hora depois do Monte della Torracia ser conquistado pela 10ª Divisão de Montanha, evento programado para as 17 horas.

O 4º Corpo estava certo de que o Castello não seria tomado antes que Della Torracia também o fosse.

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Quarto ataque a Monte Castello - 21Fev45

Entretanto, às 17h30, quando os primeiros soldados do III/1º RI pisaram no cume do Monte Castello, os ianques ainda não haviam dobrado a resistência alemã. Só o fariam noite adentro, quando os pracinhas há muito já haviam completado sua missão, e começavam a tomar, no vértice do Castello, as trincheiras e casamatas recém-abandonadas pelos tedescos.

Para finalmente alcançar a esperada vitória, os três batalhões brasileiros coordenaram-se à perfeição. Deve-se também creditar uma grande parcela do sucesso da investida à AD, que fez do cume do Monte Castello, entre as 16h e 17h do dia 22, um verdadeiro vulcão em atividade, com bombardeios precisos que desconcertaram os alemães.

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Eles não voltaram: 21 de fevereiro de 1945 (41 baixas / 24 mortos)

2º Tenente Godofredo de Cerqueira Leite, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RI 2º Sargento Oswaldino Mendes Rocha, natural de Itassu - ES, 9º BE3º sargento Miguel de Souza Filho, natural do Rio Branco-AC, 11º RI3º Sargento Benevides Valente Monte, natural de Maceio-AL, 1º RI3º Sargento Eugenio Martins Pereira, natural de Conselhiero Lafaiete -MG, 6º RISoldado José Alexandre Machado, natural de Itaperuna-RJ, 1º RISoldado Jacinto Lucas da Costa, natural de Miracema-RJ, 1º RISoldado Américo Pereira da Rocha, natural do Rio de Janeiro-RJ, DP/FEBSoldado Belmiro Ferreira da Silva, natural de Augusto Severo-RN, DP/FEBSoldado Américo Fernandes, natural de Paraopeba-MG 11º RISoldado Paulo de Morais Pinheiro, natural de Niterói-RJ, 1º RISoldado Paulo Damasio Rolla, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RISoldado Francisco Martins Theotonio, natural do Rio de Janeiro-RJ, I/1º ROAuRSoldado Elidio Rodrigues Pinto, natural do Rio de Janeiro-RJSoldado Rubem de Souza, natural de Conselheiro Lafaiete-MG, 1º RISoldado Francisco Tamborim, natural de Cravinhos-SP, 6º RISoldado Antenor Costa, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RISoldado Milton Bragança, natural de Nova Iguaçu-RJ, 1º RISoldado Olavio Soares do Amaral, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RI

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Eles não voltaram: 21 de fevereiro de 1945 (41 baixas / 24 mortos)

Soldado Hyvio Domenico Naliato, natural de Petróplolis-RJ, 1º RISoldado José Vieira da Conceição, natural de Belém-PA, 1º RISoldado José Serafim, natural de Campinas-SP, 1º RISoldado João de Oliveira Carmo, natural de Castro-PR, DP/FEBSoldado João Moreira, natural de Belo Horizonte-MG, DP/FEB

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Os 17 de Abetaia

Após a conquista, saem em campo os capelães e voluntários, em piedosa missão: recolher e dar sepultamento aos cadáveres. Deparam-se com um quadro surpreendente: em torno à casamata reduto de Abetaia, em formação semicircular, a vinte de metros das seteiras, jaziam dezessete cadáveres de brasileiros, colhidos no do assalto final.

Examinados cadáveres, muitos ainda comprimiam ainda o gatilho que disparara o último tiro e outros tinha nas mãos cerradas, a granada já sem o grampo de segurança, a qual a rigidez cadavérica impedia de explodir.

À frente de todos, personificação de verdadeiro chefe, e graduado que lhes comandava o último lance: o 3º Sgt Luiz Rodrigues Filho.

Estavam ali os 17 desaparecidos� em ação no ataque de � 12 de dezembro de 1944 semi-conservados pela neve.

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Abetaia, aos pés do Monte Castello, nos dias atuais.Pintura a óleo retratando Os 17 de Abetaia.Autoria do Vetereano Cap Otton Arruda Lopes.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

CITAÇÃO:

“Bem, fiz minha parte no ataque a Monte Castelo. Uma das experiências mais terríveis que passei. Jamais havia pensado que a guerra fosse aquilo: granadas caindo ao redor, artilharia, metralhadora .50, a munição traçante, a gente tentando subir o monte e o alemão protegido nas casamatas, só mandando bala. A Lurdinha, a metralhadoras deles, tinha cadência de 1.1000 tiros por minuto. Eu não via o alemão, o que eu via era bala batendo na gente...”

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Livro: História Oral do Exército Brasileiro na Segunda Guerra Mundial – Tomo 2, página 91. Relato de Silas de Aguiar Munguba, foi à guerra como 3º Sargento.

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Soldado brasileiro morto em Monte Castello.

Capelão ora por um brasileiro morto em Monte Castello. Soldados brasileiros mortos em Monte Castello.

Capelão ora por brasileiros mortos em Monte Castello.

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Artilharia da FEB bombardeando Monte Castello.

Monte Castello em fevereiro de 1945. Monte Castello em 2011.

Ataque da FEB à Monte Castello.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Monumento Liberazione, no Monte Castello. Bolonha-Emília-Romanha,Itália.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Campanhas e batalhas – Castelnuovo/Soprasasso

O ataque contra Castelnuovo, aldeia na comuna de Vergato, foi desenvolvido sob a forma de um cerco, que começou na manhã do dia 5 de março, antes que os norte-americanos dessem o sinal para o início do ataque.

O I/11º RI conquistou o controle de Precaria, ao Sul de Castelnuovo, enquanto o II/11º RI , num movimento que lhe custou 22 baixas, alcançou o terreno a sudeste de Castelnuovo.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Campanhas e batalhas – Castelnuovo/Soprasasso

Com o sinal dos norte-americanos, dado ao meio-dia, o I e II/6º RI, iniciaram sua primeira missão, que era a de dominar as eficientes posições de fogo dos alemães em Soprassano, ao sudoeste de Castelnuovo. Ao redor de Precaria, o I/11º RI cobriu o flanco do 6º RI e, ao mesmo tempo, apoiou o principal ataque imediato a Castelnuovo, executado do leste.

Campos minados e pesado fogo inimigo retardaram o progresso do batalhão do II/11º RI. Foi ordenado que o I/6º RI continuasse rumo a Castelnuovo, sem esperar a tomada de Soprassasso. Às 6 da tarde, com ajuda considerável da artilharia, Castelnuovo caía em poder da FEB. Ao mesmo tempo, o III/11º RI, a oeste, conquistava o controle de Soprassasso.

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Eles não voltaram: 05 de março de 1945 (70 baixas / 13 mortos)

3º Sargento José de Souza, natural de Recife-PE, 1º RICabo Romeu Casagrande, natural de São Paulo-SP, 6º RICabo Basílio Zechin Júnior, natural de Rio Claro-SP, 6º RISoldado Adalberto Cândido de Melo, natural de Santa Rita-PB,1º RISoldado Achyles Brasil, natural do Rio de Janeiro-RJ, 1º RISoldado Aristides José da Silva, natural de Leopoldina-MG, 1º RISoldado Arlindo Gonçalves dos Santos, natural de Valença-RJ , 1º RISoldado José Antônio Moreira, natural de Taubaté-SP, 6º RISoldado Francisco Gomes de Souza , natural de Guaraira-SP, 6º RISoldado José Pires Barbosa Filho, natural de Cruzeiro -SP, 6º RISoldado Manoel Amaro dos Santos, natural de São Fidélis-RJ, 1º RISoldado Manoel Pinto, natural de Barra do Piraí-RJ, 1º RISoldado Oswaldo de Carvalho, natural do Rio de Janeiro-RJ,1º RI

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3 Tapfere Brasil

Após a tomada de Castelnuovo, foram encontrados os corpos dos três heróis em uma sepultura simples, com uma cruz tosca cravada que dizia em alemão “3 TAPFERE - BRASIL – 24/I/45” (3 bravos – Brasil) como tributo a valentia e ousadia que com certeza os três tiveram no combate com a tropa inimiga, pois eles decididamente não tinha por hábito sepultar seus adversários.

Na manhã de 24 de janeiro de 1945, uma patrulha comandada pelo sargentoVirgulino Loyola recebeu ordens de tomar a cota 720 na região de Precaria. Durante a progressão foi alvejada muito de perto por tiros de armas automáticas e morteiros matando uns e ferindo outros, inclusive seu comandante. Diante da rodem de recuar, só cinco dos noves componentes do grupo de combate, voltaram.

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Soldado Arlindo Lúcio da Silva1º RINatural de São João Del Rei-MGFalecido em 14 de abril de 1945

Soldado Geraldo Rodrigues de Souza 1º RI Natural de Rio Preto-MGFalecido em 14 de abril de 1945

Soldado Geraldo Baeta da Cruz1º RI Natural de João Ribeiro-MGFalecido em 14 de abril de 1945

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Música Smoking Snakes/ Álbum: Heroes / Lançamento: 2014

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Monumento aos 3 Heróis Brasileiros, no local onde originalmente estava a sepultura . Vergato-Bolonha, Itália.

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Soldado brasileiro combatendo em Castelnuovo.

Castelnuovo di Garfagnana em 1945. Castelnuovo di Garfagnana em 2014

Soldado brasileiro buscando minas em Castelnuovo.

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Campanhas e batalhas – Montese

A Batalha de Montese foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre os dias 14 e 17 de abril de 1945, como parte da Ofensiva Aliada final da Campanha.

O município de Montese ocupa uma vasta área de colinas que faz fronteira com as Províncias de Modena e de Bolonha, na região de Emília-Romanha.

A conquista de Montese era o principal objetivo da 2ª/I/11º RI. Tinha sido planejada para ser executada em duas fases:

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Campanhas e batalhas – Montese

1ª Fase: missão secundária, com início as 09:00h com o ataque de dois pelotões a dois postos avançados do inimigo, com forte reação do inimigo. O 1º Pelotão foi detido pelo forte fogo inimigo, conseguindo conquistar o objetivo algumas horas depois. O 2ª Pelotão foi detido em um campo minado sento castigado pela concentração do fogo de artilharia. Neste ataque, seu comandante foi atingido mortalmente na cabeça. Devido a estes contratempos o objetivo definido para o 2º Pelotão não foi atingido.

2ª Fase: ataque principal à cidade, com início às 12:00h, também com dois pelotões. Às 11:45h, o comandante confirmou a operação, considerado como hora “H” para o ataque principal.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Campanhas e batalhas – Montese

Após 3 dias de combate, Montese estava praticamente arrasada: das 1.121 casas do burgo, nada menos que 833 haviam sido destruídas.

A luta também ceifou a vida de 189 civis da pequena localidade. A Divisão Brasileira levou a cabo uma campanha irrepreensível quanto à conquista do objetivo, mas a um alto custo: cerca de 430 baixas, entre mortos (34), feridos, soldados aprisionados pelo inimigo e desaparecidos.

Do lado alemão, a estimativa à época e confirmadas em escavações posteriores, chegou a 497 baixas, entre mortos e aprisionados, sendo estes últimos exatos 453.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Eles não voltaram: dias 14 a 17 de abril de 1945 (430 baixas / 34 mortos)

2º Tenente Ary Rauen, natural de Canoinhas-SC, 11º RIAspirante a Oficial Francisco Mega, natural do Rio de Janeiro-RJ, do 1º RI3º Sargento João Gonçalves dos Santos, natural de Uberaba-MG, CRP/FEB3º Sargento João Lopes de Assunção, natural de Viçosa-MG, 6º RI3º Sargento João Lopes Filho, natural de Cruzeiro-SP, CRP/FEB3º Sargento Francisco Luiz Roberto Boening , natural de Petrópolis-RJ, 11º RI3º Sargento Euber Queiroz Júnior, natural de Minas Gerais , CPR/FEB3º Sargento Clerio Bertolo, natural de Juiz de Fora-MG, 11º RICabo João Monteiro da Rocha, natural de João Pessoa-Paraíba, CRP/FEBCabo Fredolino Chimango, natural de Passo Fundo-RS, 11º RISoldado Geraldo Baeta da Cruz , natural de João Ribeiro-MG,11º RISoldado Geraldo Rodrigues de Souza , natural de Rio Preto-MG, 11º RISoldado Izidro Matoso, natural de Canguçu-RS, 2G 116.393, CRP/FEBSoldado Frederico Antônio Bressan , natural de São João Nepomuceno-MG,11º RISoldado Alberto Vicente Cardoso, natural de Santa Tereza-ES, 1º RISoldado Alessio Venturi, natural de Timbó-SC, 11º RISoldado Alicio Clara Simeão, natural de Aimorés-MG, DP/FEBSoldado Antônio Bento de Abreu, natural de São Bento de Sapucaí-SP, 6º RISoldado Antônio Cação, natural de Petrópolis-RJ, 6º RI

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Page 68: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Eles não voltaram: dias 14 a 17 de abril de 1945 (430 baixas / 34 mortos)

Soldado Antônio Farias, natural de João Pessoa-PB, 11ºRISoldado Antônio Romano de Oliveira, natural de Ribeirópolis-SP, 11º RISoldado Arlindo Lucio da Silva, natural de São João Del Rei-MG, 11º RISoldado Benedito Esteves da Silva, natural de Silvânia-GO, 6º RISoldado Brasílio Pinto de Almeida, natural de Guararema -SP , 11º RISoldado Bruno Estrifica, natural de Ipiranga-SP, DP/FEBSoldado Bruno Larsen, natural de Porto Alegre-RS, 11ºRISoldado Celso Barbosa Lima, natural de Niterói-RJ, I/1ºROAuRSoldado Eduardo Gomes dos Santos, natural de Rio Largo-AL, DP/FEBSoldado Elizio da Rocha Passos, natural de Salvador-BA , 11º RISoldado Felicio Tomazini , natural de Timbó-SC, 11º RI

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Page 69: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

CITAÇÃO:

“Em Montese, vi uma cena que ficará pra sempre gravada em meus olhos. Eu estava coma metralhadora de apoio em um fox-hole e bem perto, um pelotão corria para tomar uma posição e um soldado corria um pouco isolado dos demais. Súbito, um sibilar fatídico e exatamente no local onde ele se encontrava, surgiu uma luz alaranjada. Correra de encontro à morte. No local ficou um buraco negro. Alguns segundos antes ali se encontrava um homem, com saúde, esperança, vida, agora um simples buraco negro.”

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Livro: Cruzes brancas, página 127. Relato de Joaquim Xavier da Silveira, foi à guerra como Soldado voluntário.

Page 70: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Montese em 1945 e em 2015

Castelnuovo di Garfagnana em 2014

Page 71: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Soldado brasileiro lava as mães em uma fonte em Montese.

Tropas brasileiras adentram Montese. O mesmo local em 2015.

A mesma fonte em 2015.

Page 72: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Monumento Alla Libertà. Montese-Modena, Itália.

Page 73: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Campanhas e batalhas – Collecchio/Fornovo di Taro

A Batalha de Fornovo di Taro foi o último grande confronto travado pelo exército brasileiro.

Enquanto ao nordeste e ao noroeste de Fornovo contingentes do 1º RI e do 11º RI bloqueavam as possíveis saídas do inimigo, o 6º RI preparava ataque a Fornovo di Taro com ajuda de duas baterias de artilharia, do 1º Esq Rec, de uma companhia de engenharia e de uma companhia norte-americana de tanques.

Enquanto isso, a curta distância de Fornovo, o III/6º RI, e o 1º Esq Rec atacavam pelo sudoeste. Os brasileiros, muito decididos, estavam esmagando todas as tentativas alemãs de romper o cerco.

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Page 74: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Campanhas e batalhas – Collecchio/Fornovo di Taro

Na tarde de 27 de abril, um dia antes da ofensiva contra Fornovo, o major Cordeiro Oeste persuadiu o vigário de uma aldeia a levar aos alemães a sugestão de que se rendessem. O vigário caminhou 6 km até Respício, perto de Fornovo, e aí falou com oficiais alemães. Perguntado sobre o poderio e a localização das forças brasileiras, o vigário disse que os alemães estavam cercados e deviam se render.

Como resultado disso, na manhã do dia 28, muito cedo, antes de ser desfechado o ataque do 6º RI, o Cmt do 6º RI, redigiu um ultimato de rendição incondicional e pediu a aprovação do Comando aos seus termos.

O vigário levou esse ultimato aos alemães e voltou com uma mensagem, assinada pelo chefe do Estado-Maior da 148ª Divisão, dizendo que a resposta seria dada depois de consulta a seus superiores.

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Page 75: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Campanhas e batalhas – Collecchio/Fornovo di Taro

Enquanto os alemães adiavam a decisão, o 6º RI procedeu de acordo com o plano. Então, às 22h30, depois que os homens do I/6º RI repeliram forte contra-ataque inimigo, três oficiais alemães cruzaram as linhas brasileiras para negociar os pormenores da rendição. O Cmt do 6º RI os conduziu ao seu posto de comando, em Collecchio.

Nada menos de 14.779 alemães e italianos se tornaram prisioneiros em dois campos próximos, instalados pelos brasileiros. O general alemão Otto Fretter-Pico e o general italiano Mario Carloni foram escoltados até Florença pelo general Falconiere e general Zenóbio, que os entregaram ao V Exército norte-americano.

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Page 76: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Eles não voltaram: dias 27 a 29 de abril de 1945 (50 baixas / 5 mortos)

Soldado Edmundo Arrabar, natural de Porto União-SC, DP/FEBSoldado Abel Antônio Mendanha, natural de Itaberi -GO, 6ºRISoldado Adir Jorge, natural de Rio Negro-PR, 6º RISoldado Sebastião Garcia, natural de Itapetininga -SP, 1º RISoldado Simião Alves de Almeida, natural de Canoinhas-SC, 11º RI

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Page 77: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

CITAÇÃO:

“Ao comando da tropa sediada na região de Fornovo-Respiccio: Para poupar sacrifícios inúteis de vida, intimo-vos a render-vos incondicionalmente ao comando das tropas regulares do Exército Brasileiro, que estão prontas para vos atacar. Estais completamente cercado e impossibilitado de qualquer retirada. Quem vos intima é o comando da vanguarda da Divisão Brasileira, que vos cerca. Aguardo dentro do prazo de duas horas a resposta do presente ultimatum – Nelson de Mello, Coronel.”

Preparativos para a guerra

Resposta conduzida pelo Vigário italiano Dom Alessandro Cavalli ao Comando brasileiro.

“Sr. Coronel Nelson de Mello. Depois de receber instrução do comando Superior competente, seguirá resposta. Major Kuhn.”

Intimação conduzida pelo Vigário italiano Dom Alessandro Cavalli, a seguinte intimação.

Page 78: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Generais Otto Fretter-Pico, Mario Carloni e General Falconière.

General Otto Fretter Pico apresenta-se ao General Zenóbio. General Otto Fretter Pico, comandante da 148ª Divisão

Page 79: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Soldado brasileiro guardando campo de prisioneiros alemães.

Soldados alemães e italianos da Divisão Bersaglieri Itália , da 90ª Panzer Granadier e da 148ª Divisão de Reserva.

Soldado escoltando de prisioneiros alemães..

Page 80: Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra

FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Retorno e desmobilização

De 03 de maio a 20 de junho de 1945, a FEB permaneceu na Itália como força de ocupação militar. No dia 03 de julho iniciou o deslocamento de retorno do 1º escalão ao Brasil, sendo o 5º e último escalão embarcado dia 19 de setembro, com chegada no Rio dia 03 de novembro de 1945, após desfiles em Portugal.

No dia 18 de julho de 1945 desembarcava no Rio o primeiro escalão expedicionário, ovacionado pela cidade inteira mas, então, a FEB não existia mais, pelo menos como corpo regular do Exército.

Deixara de existir 2 dias antes, no dia 16 de julho. A providência fora do ministro da Guerra, que determinava, através de uma portaria, que as unidades expedicionárias chegadas ao Rio deviam “passar automaticamente à subordinação da 1ª Região Militar”.

Seguindo para o front

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Retorno e desmobilização

De repente, os soldados que haviam sido arrancados de seus lares, no interior de Minas, São Paulo e do Nordeste, que há perto de dois anos se encontravam fora de casa e muitos com quase um ano na Itália, eram sumariamente devolvidos às suas cidades de origem. Lançou ao desamparo milhares de homens sofridos que lutaram pela Liberdade e pela Democracia.

A portaria ministerial determinava que, desmobilizados, os elementos que não pertencessem ao efetivo do Exército deviam retornar às atividades de paz. Mas, para muitos, tais atividades não mais existiam.

Somente em 1978 o governo criou lei que dispôs sobre a pensão especial devida aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial e a seus dependentes.

Seguindo para o front

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USS General Meigs chegando à Baía de Guanabara.

Pracinhas dà espera do desembarque, no navio Duque de Caxias

Pracinhas dentro do navio General Meigs, retornando.

Os que puderam voltar.

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População invadiu a avenida.

Desfiles na capital e em várias outras cidades

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Força Aérea Brasileira

Outros personagens

1ª ELO, subordinada à AD / FEB Efetivo: 52 homens (13 pilotos / 11 Of Art e 10 praças do Exército ) 1° GpAvC, subordinada à 350th Fighter GroupEfetivo: 350 homens (43 pilotos)

O 1º GpAvC voou um total de 445 missões, 2.550 missões individuais e 5.465 horas de vôo em combate, de 11 de novembro de 1944 a 4 de maio de 1945. Perdeu 22 de seus aviões.

No período entre 6 e 29 de abril de 1945, ele voou apenas 5% do total de missões efetuadas por todos os grupos sob seu controle, porém destruiu:

85% dos depósitos de munições,36% dos depósitos de combustível, 28% das pontes (19% danificadas), 15% dos veículos motorizados (13% danificados) e 10% dos veículos hipomóveis (10% danificados).

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Força Aérea Brasileira

Outros personagens

MORTOS EM COMBATE2º Tenente Aviador Dante Isidoro Gastaldoni 1º Tenente Aviador John R.Cordeiro e Silva1º Tenente Aviador Oldegard Olsen Sapucaia1º Tenente Aviador Waldir Paulino P. de Mello 2º Tenente Aviador Roland Rittmeister 1º Tenente Aviador João Maurício C. de Medeiros1º Tenente Aviador Aurélio Vieira Sampaio2º Tenente Aviador Frederico Gustavo dos Santos1º Tenente Aviador Luiz Lopes Dornelles

ABATIDOS EM COMBATE1º Tenente Aviador Ismael da Motta Paes1º Tenente Aviador Josino Maia de AssisCapitão Aviador Joel Miranda2º Tenente Aviador Danilo Marques Moura1º Tenente Aviador Roberto Brandini 2º Tenente Aviador Raymundo da Costa CanárioCapitão Aviador Theobaldo Antonio Kopp1º Tenente Aviador Othon Corrêa Netto2º Tenente Aviador Marcos Eduardo C. de Magalhães2º Tenente Aviador Renato Goulart Pereira

Pilotos do 1º Grupo de Caças na Segunda Guerra. P-47s da FAB na Itália.

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Marinha do Brasil

Outros personagens

Como reaparelhamento e a reorganização promovidos com os recursos norte-americanos, a Marinha Brasileira participou ativamente da Guerra anti-submarina não apenas no Atlântico Sul mas também na zona Central do Atlântico, além de participar da luta anti-submarina no Caribe e da guarda de comboios para o Norte de África e o mar Mediterrâneo.

Desse modo, foi responsável, entre 1942 e 1945, pela condução de 574 operações de comboio envolvendo a proteção de 3 164 navios mercantes de várias nacionalidades. Destes, os submarinos inimigos lograram afundar apenas três embarcações. Segundo documentação da Marinha Alemã, a Marinha Brasileira efetuou, ao longo do conflito, 66 ataques contra submarinos germânicos.

Perdeu 99 marinheiros de Guerra no afundamento do Vital de Oliveira quando este foi atacado por submarinos alemães

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Ataques de navios da Marinha do Brasil à submarinos no litoral do nordeste.

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Enfermeiras da FEB

Outros personagens

Os americanos perguntaram: ¨E as suas enfermeiras?¨, o General respondeu: ¨Não temos¨. Os americanos se mostraram surpresos e disseram que nos teríamos que ter nossas próprias enfermeiras porque as deles estavam muito cansadas e além disso, não falavam nossa língua.

Face a essa situação é que foi criado o Corpo de Oficiais Enfermeiras do Exército. O quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército foi criado pelo decreto - lei 6.097 de 13 de janeiro de 1943.

Por ter saído do Brasil sem posto hierárquico regular passaram por inúmeras situações difíceis.

Também tiveram problemas com os uniformes. Os primeiros deles foi ainda no Brasil e eram de tão má qualidade e malfeitos que não concebe que tivessem sido feitos para uma representação feminina junto a tropas estrangeiras.

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Apesar de todos as desvantagens, as brasileiras jamais deixaram de ser meigas, confortando os pracinhas em horas de desespero, estimulando com palavras de esperança, procurando cercá-los de um ambiente familiar. Perfazendo um total de 73 enfermeiras brasileiras que alistaram oficialmente fora do país na Segunda Guerra Mundial.

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Enfermeira Altamira Pereira Valadares

Olímpia de Araújo Acácia Cruz Carmem Bebiano

Augusta Cavaller Carlota Mello Neuza Gonçalves

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CITAÇÃO:

“Quando se está ferido, lembra-se logo de Deus e da mãe. As enfermeiras faziam o papel de mãe, de nos afagar, nos aproximando da lembrança de casa, do aconchego da família, para amortizar a agonia que sentíamos. Depois que me levaram para o hospital, onde fizeram uma cirurgia e retiraram três estilhaços do meu pulmão, fiquei baixado 3 meses em Pistóia. Devo muito ao trabalho dos médicos e enfermeiras, eles eram muito profissionais.”

Outros personagens

Livro: Vozes da Guerra, página 278, relato de João Gonzales, foi á guerra com 3º sargento.

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9º Batalhão de Engenharia

Outros personagens

Foi a primeira tropa de engenharia a atravessar o Equador para lutar na Europa e também a primeira unidade do Exército Brasileiro a entrar em ação na Itália.

A primeira tropa brasileira a cumprir missão de combate em território italiano foi a 1ª Companhia do 9º Batalhão de Engenharia, no dia 6 de setembro de 1944, alguns dias antes do 1º Escalão entrar em operação efetiva de combate.

Os primeiros brasileiros que penetraram em Camaiore foram alguns praças de Engenharia, sob o comando do 1º Tenente Paulo Nunes Leal, então integrante do grupamento às ordens do Capitão Ayrosa.

Primeira missão: prestou apoio de Engenharia em face da grande necessidade de trabalhos após a queda de Pisa-Florença. Em apenas oito dias, a Engenharia limpou e reparou 20 km de estradas e construiu duas pontes bailey, uma em Montecalvoni (190 pés – 40 Ton) e outra em Santa Maria in Monte (140 pés – 40 Ton).

Foi a única tropa que participou de todas as operações, do início ao fim da guerra.

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9º Batalhão de Engenharia

Outros personagens

Em Monte Castello, Castelnuovo e Montese, a Engenharia mostrou eficiência na realização de seus diversos trabalhos a despeito da ação mortífera e aproximada do inimigo particularmente � �no levantamento, na remoção e no balizamento de campos minados e na desobstrução das vias de comunicação.

No ataque a Monte Castello, acompanhou dois Regimentos de Infantaria, realizando a detecção e o levantamento de minas e armadilhas nas estradas e caminhos junto aos escalões de ataque; manteve em condições de tráfego as estradas a seu encargo; e construiu duas pontes bailey, uma em Gambiana (110 pés – 30 Ton) e outra em La Grilla (120 pés – 24 Ton).

No ataque a Rocca Pitigliana, a 2ª Cia E Cmb, no desembocar do ataque, ultrapassou o II/11º Regimento de Infantaria para a abertura de passagens em campos minados.

Na rendição de Fornovo, a 2ª Cia E Cmb atuou como tropa de arma base e ficou encarregada da defesa do Posto de Comando Avançado da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária.

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Eles não voltaram

2º Sargento Oswaldino Mendes Rocha, natural de Itassu-ES, falecido aos 21/02/453º Sargento Luiz Ribeiro Pires, natural do Rio de Janeiro-RJ , falecido aos 22/02/45Cabo Harry Hadlick , natural de Jaraguá do Sul-SC , falecido aos 02/06 /45Soldado Waldemar Marcelino dos Santos, natural de Corumbá -MT, falecido aos 21/11/44Soldado José Januario da Costa, natural de Santos Dumont-MG, falecido aos 26/11/44Soldado José Garcia Filho, natural de São João Nepomuceno-MG, falecido aos 17/12/44Soldado Otacilio de Souza, natural do Rio de Janeiro-RJ,falecido aos 05/02/45Soldado Joaquim Pires Lobo, natural de Resende-RJ, falecido aos 21/02/45Soldado Edmundo Arrabar, natural de Porto União-SC, 29/04/45

Outros personagens

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

CITAÇÃO:

“A região estava fortemente minada, protegidas pela noite, patrulhas mistas de Infantaria e Engenharia abriam passagens nos campos minados, facilitando o ataque imediato. Naquela madrugada, os mineiros balizavam o caminho à frente da Infantaria, com a finalidade de assegurar uma boa partida para o ataque que se realizaria na manhã do mesmo dia, quando ocorreu a tragédia. Imediatamente, o tenente deslocou-se para o local, encontrando, logo adiante, com o rosto coberto de sangue, o cabo José Galdino, transportando nos braços o seu companheiro, o Cabo Arlindo dos Reis, que além de ferimentos por todo o corpo, apresentava, no lugar da sua perna esquerda, um coto sangrento. Assim agindo, não obstante os ferimentos, o Cabo Galdino partira com o companheiro em busca de socorro, salvando-lhe a vida.”

Outros personagens

Do livro: “Quebra Canela”, Gen Raul da Cruz Lima Jr., Bibliex, RJ

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

CITAÇÃO:

“O bravo pelotão de Infantaria do Ten Iporan foi a primeira tropa do 11ºRI a penetrar na cidadela de Montese, na tarde do dia 14 de abril de 1945; fê-lo com tal ímpeto que surpreendeu os observadores inimigos postados na torre da igreja. Com ele estavam os elementos do 6º Pelotão de Engenharia, sob o comando do Ten Vinhaes, que o acompanharam desde a linha de partida, com a finalidade de remover obstáculos e abrir brechas em campos minados. Sob forte bombardeio, durante a noite de 14 para 15, por várias vezes as ligações com retaguarda foram cortadas, temendo-se pela vida daquele pugido de valorosos combatentes.”

Outros personagens

Livro: Quebra Canela, do Gen Raul da Cruz Lima Jr ,comandou a 2ª Cia do 9º BE como Capitão.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Engenharia em ação sobre o Rio Arno.

Engenharia da FEB reconstrói uma ponte sobre o canal de Pisa Soldados de Engenharia construindo ponte Bailey.

Soldado de Engenharia buscando minas.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

CITAÇÃO:

“Na manhã do dia 15, o Ten Vinhaes recebeu um pedido urgente para socorrer um grupo de soldados que havia caído em campo minado; os engenheiros levavam algum tempo para abrir a brecha através das minas até alcançar os feridos. Depararam-se com um quadro terrível; os rostos estavam deformados e sujos de lama, para aliviar a sede colocaram terra molhada na boca e no lugar dos pés restava, apenas, uma mancha de sangue. Uma vez liberado o caminho, os padioleiros iniciaram o seu devotado mister de socorrer e transportar as vítimas. Estes episódios focalizaram o inimigo invisível que era a mina anti-pessoal, de tal forma disseminada no terreno que substituía o combatente inimigo em largas faixas da defesa.”

Outros personagens

Livro: Quebra Canela, do Gen Raul da Cruz Lima Jr ,comandou a 2ª Cia do 9º BE como Capitão.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

CITAÇÃO:

“Durante o trabalho com o trator, notara, em certo ponto, uma resistência especial que forçava a lâmina para cima, sem conseguir arrancar o objeto. Perguntou ao Cap. Júlio, o que deveria fazer, respondendo este que prosseguisse na tentativa. Subitamente, a lâmina, forcejando aos trancos, levantou do leito da estrada uma bomba de 500 quilos, não detonada, lançada pela aviação americana. O tratorista, apavorado, parou a máquina e fez um sinal com as mão, como quem perguntava: e agora? Ordenou o capitão que avançasse a bomba com a lâmina da máquina para o canto da estrada. Contando aqueles segundos intermináveis, a bomba foi afastada para o canto e nada aconteceu. Aprendemos, nesta fase de operações de movimento, que é preferível um conserto incompleto, porém feito a tempo, do que um bom trabalho fora da hora.”

Outros personagens

Livro: Quebra Canela, do Gen Raul da Cruz Lima Jr ,comandou a 2ª Cia do 9º BE como Capitão.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

CITAÇÃO:

“Unidade de escol, teve a feliz oportunidade de ter sido a primeira tropa a ser engajada contra o inimigo. Participou, sem conhecer canseiras e mostrando sempre o alto padrão de sua eficiência, de todas as operações de guerra afetas às tropas brasileiras....O 9º BE confirmou, portanto, nos campos de batalha da Península Itálica o acerto de sua escolha como participante da FEB e o valor inconfundível do moderno soldado de engenharia, dirigido por quadros capazes e por um comando sereno e proficiente. Concorreu, assim, brilhantemente para que à nossa Pátria fosse reservado um lugar de relevo entre as nações que velarão pela paz vindoura e futura reconstrução de um mundo livre e feliz.”�

Outros personagens

Livro: A FEB por seu Comandante, página 309, do Mal Mascarenhas de Moraes, Cmt FEB.

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Sumário estatístico

Material capturado

Canhões Viaturas Cavalos Armas

80 1.500 4.000 12.478

Disciplina

Deserç. Sent. prisão Sent. fuzilamento

1 66 2

Números gerais

Dias no front Avanço / km Efetivo

239 750 25.334

 

Oficiais da ativa convocados

Of Sup Capitães Subalternos

98% 97% 51%

Primeiro Tiro da Artilharia

Dia Mês Ano Hora

16 Setembro 1944 12h22

Tropa em ação de combate

Entrou em ação Depósito e QG

15.069 10.265

Prisioneiros de guerra capturados

Generais Oficiais Praças Total

2 892 19.679 20.573

Brasileiros feitos prisioneiros

Oficiais Praças Total

1 34 35

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Sumário estatístico

 

Estados com maiores efetivos

Rio de Janeiro 8.036

São Paulo 3.889

Minas Gerais 2.947

Rio G.do Sul 1.880

Paraná 1.542

Santa Catarina 956

Bahia 686

Mato Grosso 679

Pernambuco 651

Ceará 377

Espírito Santo 345

Paraíba 349

Consumo entre Out44 a Maio45

Tiros de Fuzil 6.500.000

Projéteis Obus 350.000

Granadas mão 75.000

Minas AC e AP 4.000

Gasolina 1.500.000.000 L

Lubrificantes 500.000 galões

Querosene 100.000 galões

Óleo diesel 60.000 galões

O Brasil gastou na guerra, em valores atualizados, 657 bilhões de reais, sem contar os prejuízos da Marinha Mercante. A última prestação foi saldada em 12 de julho de 1954.

Material da FEB

Veículos 1.410

Metr. 505

Metr. AA 237

Obuses 66

Morteiros 144

Lança-rojões 585

Canhões AT 77

Carabinas 5.231

Fuzis 6.510

Pistolas 1.156

Botes e Pass 47

Telefones 778

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Vtr Bld Rec M8- Greyhound, 37mm

Willys MB ‘”Jeep”, 1/4 ton, 4x4

Caça-bombardeiro Republic P-47 Thunderbolt

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

 

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

 

Rifle M1 Garand .30Carabina semiautomática M1 .30Browning Automatic Rifle 1918A2 .30Morteiro de 60 mmSubmetralhadora M-3 .45 ACP Pistola Colt M1911 .45 ACPGranada de Mão MK-II A1Granada de Bocal A1Morteiro de 60 mmObus 105 mm M-101

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

 

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Luvas de ombreiras de Capitão e divisas de 2º Sargento da FEB

De Guerra, Cruz de Combate (1ª/2ª Classes), De Campanha, Sangue do Brasil e Silver Star

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Sumário estatísticoFeridos e acidentados

Feridos em ação Acidentados Total

1.577 1.145 2.722

Desaparecidos

Enterrados como Desc Extraviados Total

10 13 23

Meses com maior Nr baixas

Dez 1944 Março 1945 Abril 1945

2.016 1.978 1.963

Meses com menor Nr de baixas

Ago 1944 Set1944 Julho 1944

130 215 316

Primeira Morte na Itália

Sd Antonio Aparecido 12 Ago 44 6º RI Afogam.

Primeiras três mortes em ação de combate

Sd Antenor Guirlanda

21 Set 44

6º RI Combate

Soldado Atílio Piffer 6º RI Combate

Sd Constantino Marochi 6º RI Combate

Última morte na Itália

2º Te Ernani M. Gusmão 1 Set 45 CRP Disp. Acid.

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Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia

Monumento aos Mortos da Segunda Guerra.

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Muro de pedras a emergir do espelho das águas no Monumento Votivo Militar Brasileiro, na comuna de Pistoia –Toscana, Itália.

“Esta terra sagrada foi sepultura dos soldados brasileiros mortos no campo de honra pela dignidade da pessoa humana. Seus nomes estão gravados nesta pedra para eterna memória dos homens“

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Sepultura dedicada ao soldado desconhecido velado por uma chama votiva que nunca se apaga.

“Ao soldado brasileiro morto em combate e terras da Itália, a Pátria agradecida.”

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Sumário estatísticoMortos por Arma/Quadro/Serviço

Em ação Acident Doenç. Outros Total

Infantaria 331 31 3 6 371Cavalaria 3 1 - - 4Artilharia 4 9 1 - 14Engenharia 6 3 - - 9Transmissões 3 1 - - 4Intendência - 2 - - 2Manutenção 1 1 - - 2Saúde 5 1 1 1 2PE - 1 - 1 8DP - 7 4 - 11QG 1 3 - - 4Desc. 10 - - 2 12 364 60 9 10 443

Mortos por Posto/Graduação

Capitães: 1

14Primeiro Tenentes: 1

Segundos Tenentes: 10

Aspirantes a Oficial: 1

Subtenentes: 1

429

Primeiro Sargentos: 3

Segundo Sargentos: 18

Terceiro Sargentos: 42

Cabos: 34

Soldados: 331

443

Dos 332 soldados, 16 são extraviados em combate, sendo 10 do 1º RI, 3 do 6º RI e 3 do 11º RI. 14 desses corpos foram encontrados e não identificados. Há portanto 1 soldado extraviado, provavelmente morto cujo corpo não foi encontrado.

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FEB 70 ANOS – EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA

Acima, à esquerda: foto e lápide do Asp Mega

Acima: foto e lápide do Sgt Max Wolff

Ao lado: foto e lápide do Frei Orlando

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Acima, à esquerda: monumento no local onde faleceu o Frei Orlando. Bombiana-Emilia-Romagna, Itália.

Acima: monumento no local onde tombou o aspirante Mega. Montese-Modena, Itália.

Ao lado: monumento onde tombou o Sgt Max Wolff Filho. Montese-Modena, Itália.

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Sumário estatísticoMortos por Estado

Rio de Janeiro 112

São Paulo 91

Minas Gerais 75

Paraná 29

Santa Catarina 27

Rio Grande do Sul 20

Goiás 16

Mato Grosso 15

Bahia e Pernambuco 10

Espírito Santo 8

Ceará, Paraíba e Sergipe 6

Alagoas 5

Pará 4

Piauí 2

Acre e Amazonas 1

02 corpos de pracinhas nunca foram encontrados.

Em 08 de junho de 1967, foi encontrado em Montese um esqueleto de um pracinha brasileiro, identificado devido às botas, um relógio de pulso e pedaços da farda com o símbolo da cobra fumando. Os restos mortais ainda repousam em Pistóia sob a alcunha de SOLDADO DESCONHECIDO.

Suspeita-se que o soldado desconhecido seja o cabo do 11º RI Fredolino Chimango, de Passo-RS. A data do seu desaparecimento, consta como 16 de abril de 1945.

Repousavam no cemitério, junto com os brasileiros, 46 alemães que foram recolhidos no campo de batalha por membros do Pelotão de Sepultamento. “Deixa o pobre, morreu, acabou” . Essa foi a resposta de um dos soldados que era do Pelotão de Sepultamento a um correspondente de guerra, quando indagado o porquê de tanto cuidado ao sepultar o inimigo que poderia muito bem ter tirado a vida de algum companheiro seu.

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Ligação com as unidades atuais

1ª Divisão de Infantaria Expedicionária1ª Divisão de Exército, Rio de Janeiro/RJCompanhia do Quartel-General (Cia QG 1ª DIE)Companhia de Comando da 1ª Divisão de Exército, Rio de Janeiro/RJA Banda de Música ExpedicionáriaBanda de Música da 1ª Divisão de Exército, Rio de Janeiro/RJ9º Batalhão de Engenharia9º Batalhão de Engenharia de Combate, Batalhão Carlos Camisão, Aquidauana/MS1º Regimento de Infantaria1º Batalhão de Infantaria Motorizado (Escola), Regimento Sampaio, Rio de Janeiro/RJ6º Regimento de Infantaria6º Batalhão de Infantaria Leve, Regimento Ipiranga, Caçapava/SP11º Regimento de Infantaria11º Batalhão de Infantaria de Montanha, Regimento Tiradentes, São João Del-Rei/MG.1º Esquadrão de Reconhecimento1º Esquadrão de Cavalaria Leve, Esquadrão Ten Amaro, Valença/RJPelotão de Polícia1º Batalhão de Polícia do Exército, Rio de Janeiro/RJ.

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Ligação com as unidades atuais

1º Batalhão de Saúde21º Batalhão Logístico, Batalhão Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro/RJ1ª Companhia de Transmissões1º Batalhão de Comunicações, Batalhão Gen Mário da Silva Miranda, Santo Ângelo/RS1ª Companhia Leve de Manutenção e 1ª Companhia de Intendência19º Batalhão Logístico, Batalhão Marechal Bittencourt, Rio de Janeiro/RJArtilharia Divisionária ExpedicionáriaArtilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército, AD Cordeiro de Farias, Rio de Janeiro/RJBateria de Comando da Artilharia Divisionária ExpedicionáriaBateria de Comando da Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército, Rio de Janeiro/RJI Grupo Obuses 1051º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva, Regimento Floriano, Marabá/PA.II Grupo de Obuses 10521º Grupo de Artilharia de Campanha, Grupo Monte Bastione, Rio de Janeiro/RJIII Grupo Obuses 10520º Grupo de Artilharia de Campanha Leve, Grupo Bandeirante, Barueri/SPIV Grupo de Obuses 15511º Grupo de Artilharia de Campanha, Grupo Montese, Rio de Janeiro/RJ

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Impressões da polução italiana

Na guerra, o medo era companhia constante dos soldados e da população. Enquanto avançavam no terreno, os brasileiros se hospedavam em casas italianas, propiciando uma relação benéfica para todos: para os italianos representava comida, segurança e solidariedade; para os brasileiros, conforto no rigor do inverno e o aconchego substituto da família distante. Para as crianças, o medo se multiplicava e se transformava em pavor, por isso, recebiam maior atenção. O tempo passou; contudo, não se esquecem da mão que as confortou na dificuldade.

Giuseppina Malfatti: “Naquele momento, começou a nossa ressurreição. Nós, crianças, éramos cinco: três irmãos e dois primos; aproximamo-nos com muita curiosidade desses soldados, que nos deram pães com geléia...”

Bianco Fini: “Havia uma diferença enorme; os soldados brasileiros eram como irmãos e uma boa companhia. Repito: como irmãos! Os outros exércitos eram completamente distantes.”

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Impressões da polução italiana

Valentino Betti: “Tinham bom coração… Eu penso neles todos os dias… Éramos fascinados e estávamos sempre com eles.”

Iolanda Marata: “Sempre foram bons, respeitosos; seja com a família, seja comigo, que era uma garotinha. Chocolate… quanto chocolate eu comi!”

Bianca Bernardi: “Os brasileiros deram de comer às crianças antes de servirem a eles mesmos. Os brasileiros, em suma, sempre nos consideraram, nos deram de comer, deram cobertores; sempre nos trataram bem, bem, bem…”

Giuliana Menichini: “A diferença é que os brasileiros não davam… eles dividiam! Se tinham café, levavam café em casa… se tinham chocolate, levavam chocolate em casa… o mingau, o pão branco. Era uma divisão, o que era muito diferente.”

Fabio Gualandi: “O soldado brasileiro chegou aqui em novembro. E chegou não como um exército de conquista Entendeu a situação da população e ajudou.”

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Impressões da polução italiana

Ugo Castagnoli: “Eu creio que noventa por cento da população teve um relacionamento verdadeiro com os brasileiros. O Brasil é a única nação que permaneceu impressa na história do povo.”

Claudio Carelli: “Dois brasileiros vinham sempre a nossa casa; como se tinha pouco para comer, eles traziam caixinhas de chocolates. Depois comiam com a gente; o pouco que tínhamos, dividíamos e éramos exatamente uma grande família naquele momento… Brincavam sempre comigo; portanto não posso esquecer.”

Giancarlo Maciantelli: “Notamos que eram soldados de bom coração, tranquilos, cordiais, que procuravam as crianças para dar carinho, para dar chocolates. Ao sentirmos esta cordialidade, a gente se ligava mais e mais a esses soldados.”

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Oratório encontrado e restaurado por Giancarlo Maciantelli em Staffoli

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Acima, à direta: 5 de março de 1945. Muitos soldados do heróico Exército Brasileiro caíram aqui para libertar um terra que não era sua. O sacrifício dos caídos não pode e não deve ser esquecido. Doe uma flor.

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CuriosidadesO Aviação de Patrulha e Marinha do Brasil afundaram 14 submarinos alemães e 1 italiano.10% dos Oficiais da FEB eram Sargentos promovidos durante a guerra.A punição por “desaperto” era de 250 a 300 liras.Walt Disney desenhou, a pedido de O GLOBO, a cobra fumando.O Aspirante Mega tinha 03 meses de formado ao voluntariar-se para ir à guerra.O Sgt Max Wolff era policial militar no RJ ao voluntariar-se para ir à guerra.Os destinatários das cartas à Itália era um número seguido da sigla FEB.Na 1ª Guerra, o Brasil declarou guerra à Alemanha por torpedeamento de navios.O México declarou guerra em 1942 e enviou pilotos à Filipinas.Em março de 1942, Hungria e Romênia romperam relações diplomáticas com o Brasil.Colômbia, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Peru declararam guerra ao Eixo em 1942.O Chile apenas rompeu as relações diplomáticas o Eixo em 1943.A Argentina declarou guerra ao Eixo dia 28 de março de 1945.O tratado de paz com a Itália se deu em 10 de fevereiro de 1947.O tratado de paz com o Japão se deu em 8 de setembro de 1951.O tratado de paz com a Alemanha nunca foi celebrado.A Wehrmacht contava com 331 divisões de infantaria e 31 panzer.O US Army contava com 263 divisões de infantaria e 50 blindadas.Na II Guerra, a Alemanha perdeu 5.500.000 soldados, contra 420.000 dos EUA.Na Itália, a Alemanha perdeu 367.000 soldados, contra 235.000 dos EUA.

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Sumário2. Desenvolvimento (continuação...)

d. Seguindo para o front 1) Contato com o inimigo e batismo de fogo 2) Principais batalhas (Castello, Castelnuovo, Montese e Fornovo) 3) Retorno e desmobilização e. Outros personagens 1) Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil 2) Enfermeiras da FEB 3) O 9º BE

3. Conclusão a. Sumário estatístico b. Ligação com unidades atuais c. Impressões da polução italiana d. Curiosidades

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