padre q uevedo curandeirismo

103
Sumário 1 Adivinhação e Cura 2 O Poder Curativo das “Simpatias” 3 O Curandeiro age a distância do doente? 4 Diagnósticos Parapsicológicos?

Upload: divino-moab

Post on 29-Sep-2015

8 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

padre quevedo fala sobre o curandeirismo

TRANSCRIPT

  • Sumrio

    1 Adivinhao e Cura 2 O Poder Curativo das Simpatias 3 O Curandeiro age a distncia do doente? 4 Diagnsticos Parapsicolgicos?

  • 5 Cura Parapsicolgica? Sensacional Polmica Adivinhao e Cura

    Curandeirismo

    Num artigo anterior havamos distinguido quatro

    Hipteses Tericas de influncia parapsicolgicano

    campo de Psicohigiene (Curandeirismo).

    Corresponde agora abordar a Quarta hiptese:

    Quarta Hiptese

    Influxo direto do prprio doente sobre seu prprio

    organismo ou doena, o curandeiro ausente

    sendo catalisador autntico, verdadeiro, dessa

    atividade do doente.

    A modo de transio As teorias de Digby, Paracelso, Avicena, Plnio, e as

    dos ocultistas como as dos primitivos, j analisadas a

    respeito da Terceira Hiptese, podemos consider-

    las como prembulo desta Quarta Hiptese.

    Todas as pessoas de senso comum compreendem

    que os pastores exorcistas, to numerosos

    principalmente no Brasil, no curam (nem expulsam

    demnios) . Simplesmente provocam histeria

    contagiante

    http://institutopadrequevedo.com.br/?portfolio_category=curandeirismohttp://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/foto_01.jpg
  • Nos alvores do hipnotismo, o Dr. Dufour, mdico-

    chefe do Asilo de Saint-Robert (Isre, Frana),

    fazia uma srie de experincias sumamente

    interessantes.

    Essas experincias foram dadas a conhecer pelo Dr.

    Paulo Garnier SociedadeMdico-Psicolgica de

    Paris, na sesso de 31 de maio de 1886: T.

    sensvel ao dos medicamentos sem serem

    ingeridos. Os fatos referidos pelo Dr. Dufour so

    verdadeiramente surpreendentes: um grama de ipeca

    posta num papel dobrado, colocado sobre um chapu

    alto com que T . cobria sua cabea, determinou

    nuseas e regurgitaes. Tudo cessa, logo que o

    medicamento retirado. A atropina dilata levemente

    as pupilas, seca a garganta, produz uma frouxido

    muscular geral. Um pacote de razes de valeriana,

    posto sobre a cabea, apesar de coberta por um

    grosso bon de l, produziu efeitos inimaginveis,

    como um ataque de total loucura (): Pe-se a

    andar a quatro ps, brinca como um gatinho com

    uma rolha (), lambe as mos e passa-as nas

    orelhas. Com a retirada da valeriana, tudo cessa. E

    T. , achando-se a quatro ps, se admira de estar em

    tal posio. No tem lembrana alguma do que

    ocorreu

    Toda idia de fingimento do paciente, toda

    suposio de Sugesto deve ser afastada, dada

    ignorncia de T. a respeito dos efeitos dos

    medicamentos e dadas s precaues que se

  • tomaram para nada se dizer nem fazer que pudesse

    produzir a Sugesto.

    luz do exposto nos artigos anteriores, essas

    experincias e milhares de outras anlogas, so

    muito compreensveis. No , evidentemente, que os

    medicamentos tenham ao portransferncia sem

    serem ingeridos. Nem uma exteriorizao da

    sensibilidade do paciente. que, apesar de no

    haver uma Sugesto normal direta nem indireta,

    hSugesto parapsicolgica: o Sr. T., um

    psquico (quem manifesta algum fenmeno

    parapsicolgico), algumas vezes capta

    por Hiperestesia Indireta do

    Pensamento (HIP,Adivinhao sensorial) os

    pensamentos dos doutores, que esto presentes. E

    atua de acordo com o que dele se espera.

    Certamente que sem completa regularidade:

    referem-se os xitos; os fracassos so deixados de

    lado.

    Isto suposto, as experincias nos servem de

    transio, porque cabe perguntar-se: assim como

    por HIP um paciente pode agir de acordo com as

    idias que adivinha no mdico presente, poderia

    tambm ser influenciado distncia como

    resultado de uma Adivinhao extra-

    sensorial,Paranormal (?) (sarando o paciente pela

    sua prpria fora). Seria equivalente ao que o povo

    chama feitio

  • Entre tantos casos que poderamos citar,

    famosssimo o curandeiro alemo Bruno Grning.

    Publica nos jornais que por preo mdico cura

    distncia a quantos lhe escrevam. Recebe

    diariamente centenas de cartas, que nem sequer l

    Provas inaceitveis

    Germaine C., uma menina de treze anos, morava em

    Notre-Dame-de-la-Garde, perto de Montauban, na

    Frana. Aps uma difteria, ficou cega e muda. A

    mudez e a cegueira eram indiscutveis, sendo

    confirmadas at mesmo pelos melhores mdicos e

    especialistas de Toulouse.

    Germaine nunca abandonara a aldeia. O

    famosssimo curandeiro Bziat nunca a vira, mas

    aceitou ocupar-se do caso distncia. E com efeito,

    uma tarde Bziat invocou, como freqentemente

    fazia, os poderes divinos de que ele era

    administrador (!?). Eram 6 e 25 hs. da tarde, e

    naquela mesma hora a menina recobrou

    imediatamente a vista e a fala.

    Cura distncia (?) A menina era certamente cega e

    surda. Mas no se exclui de nenhuma maneira que

    essa cegueira e essa mudez com o tempo se

    transformassem em histricas. Submetida a toda

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/foto_02.jpg
  • classe de testes, realmente ela no adaptava os

    msculos dos olhos e no movimentava os msculos

    da fonao. uma seqela freqente da difteria, por

    efeito dos processos neurticos provocados pela

    toxina diftrica. Mas preciso frisar que, aps

    algum tempo, tais seqelas geralmente se curam

    sozinhas. Alis, no havia atrofia nenhuma dos

    msculos. Diramos: a menina continuava cega e

    muda por inrcia, por impresso, histericamente.

    Bziat curou-a distncia (?) H uma explicao

    muito mais fcil e lgica: a menina sarou

    simplesmente porque sabia que Bziat ia cur-

    la nessa hora, e acreditava. E basta. O supersticioso

    e o prprio curandeiro mais uma vez, na sua

    ignorncia, anotam para si pontos que no

    ganharam.

    Sentido! O rei morreu!

    um caso clssico nos prdomos

    da Parapsicologia. O general espanhol Serrano

    encontrava-se extenuado por causa da longa doena.

    Sem ajuda de outras pessoas no podia mover-se de

    sua poltrona. No obstante, a altas horas da noite,

    com espanto dos presentes, levantou-se viril e

    energicamente e em posio de sentido gritou com

    voz forte:Depressa! Que um ajudante monte a

    cavalo e corra ao Palcio de El Pardo. O Rei

    morreu.

    Acreditaram que se tratava de um delrio e

    apressaram-se acalm-lo. O general prostrou-se na

  • poltrona e ficou como que esttico. Pouco depois

    incorpora-se de novo e pede: Meu uniforme, minha

    espada. O Rei morreu. Foram suas ltimas

    palavras; momentos depois morria o general.

    Cidade Fraternidade Universal, uma de tantas

    associaes de curandeiros espritas

    Quando amanheceu, soube-se que de fato o jovem

    Rei Alfonso XII (1857-1885) morrera nessa noite.

    Deve-se notar que se mantivera segredo sobre o

    estado do Rei.

    O caso muito elucidativo. Nada tem demais quanto

    percepo teleptica entre tantos milhares que

    a Parapsicologia moderna tem recolhido. O

    significativo que a momentnea cura (com

    referncia ao Curandeirismo pomos sempre o

    termo cura entre aspas, porque o curandeiro

    sempre perigoso, e quando cura criminoso, como

    demonstramos em outros artigos). Estvamos

    dizendo que a momentnea cura da paralisia do

    general pela utilizao perigosa de suas ltimas

    reservas de foras, foi evidentemente devido ao

    estado emocional provocado pela percepo

    psigmmica que o general teve da morte do Rei.

    Parece claro que, analogamente ao caso do general,

    qualquer outra pessoa captando telepaticamente os

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/foto_03.jpg
  • desejos de um curandeiro, pela confiana depositada

    nele ou nas suas prticas supersticiosas, poderia

    sarar.

    outra a explicao

    Claramente. De casos semelhantes no pode de

    maneira nenhuma deduzir-se a existncia de curas

    distncia, to propaladas pelos curandeiros e seus

    propagandistas,. Em todos esses casos abunda o

    entusiasmo e na mesma medida falta a objetividade,

    como vimos no artigoOs Curandeiros e a

    Propaganda. Eternizar-nos-amos apresentando

    casos, e em todos eles uma anlise serena nos

    apresentaria outras possibilidades de explicao

    diferente e bem mais lgica do que a cura

    distncia. Conhecemos o poder da Auto-sugesto,

    como vimos nos artigos titulados Por que saram

    os doentes (?) e A fora curativa do psiquismo.

    Mais uma lucrativa associao de curandeiros

    espritas disfarada, para mais enganar, sob nomes

    cristos: Cenculo esprita CRISTO

    CONSOLADOR do centro esprita irmos de Frei

    Luiz

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/foto_04.jpg
  • De outro ngulo: Sabemos que existe a

    faculdade Paranormal (PN) chamada PSI-

    GAMMA (PG, Psico-Gnosis, Conhecimento

    Psquico). Por que ento uma palavra, um desejo,

    uma atitude de cura no curandeiro ausente,

    captada paranormalmente, no poderia ocasionar

    que um paciente se curasse a si

    mesmo (?) Poderia Captao parapsicolgica,

    pouco freqente, excepcional, mas poderia Ora,

    repetimos, o mrito exclusivo do doente. Mesmo

    que fosse completamente ao contrrio vontade do

    curandeiro, mesmo que no desejasse nada. Mesmo

    que nem soubesse da existncia daquele doente.

    Mesmo que fosse pura inveno do paciente

    Repetimos: Devemos rejeitar a propaganda dos

    curandeiros e dos seus sequazes.

    Um grupo. Na Inglaterra existe a Guild of

    Spiritual Healing (Associao dos Curadores

    Psquicos). Trata-se de uma organizao de

    curandeiros espritas. (Muitos casos dessas

    organizaes supersticiosas h em outros pases,

    especialmente no Brasil). Seguem as instrues de

    um mdium, Sr. Simpson, que teria por sua vez

    sido instrudo pelo esprito(ponho freqentemente

    a palavra esprito entre aspas, porque no h

    espritos humanos sem corpo, material ou

    espiritualizado pela ressurreio) de um mdico do

    alm (no h comunicao dos mortos) que se

    chamaria Dr. Lascelles. O grupo de curandeiros

    composto por sete (nmero mgico!).

  • Nas suas sesses, abertamente espritas, os sete

    mdiuns (No h mediunidade ou comunicao

    dos espritos) intercedem ao mesmo tempo pelo

    doente. A sincronizao e comunho dos

    pensamentos seria, segundo o terico da escola, a

    grande chave da fora curadora. distncia,

    tambm segundo o Sr. Simpson , no apresenta

    nenhum obstculo. Assim foram tratadas desde

    Londres pessoas da frica do Sul, Austrlia, China

    ou Malsia. Semanalmente so tratados com o

    mtodo da Guild at uns dois mil doentes.

    O curioso, o realmente admirvel e no menos

    repreensvel que at a Associao Mdicada

    Inglaterra admitiu certa dvida ou simpatia

    pela Guild. Inclusive alguns mdicos chegaram a

    submeter seus prprios parentes a esse tratamento.

    Entre as doenas curadas, citam-se

    particularmente casos de tuberculose, paralisia

    infantil, diversas perturbaes cardacas, trs casos

    de cegueira, estacionamento de cncer(por quanto

    tempo?) e at outro caso de estacionamento (no de

    cura!) de lepra branca.

    Mas frisa o Sr. Simpson, necessrio que o

    paciente esteja apto para corresponder no momento

    exato e fixado pelo grupo para concentrao de suas

    foras sobre o caso. O grupo age como um posto

    transmissor, e o doente como um aparelho receptor,

    ligados por um feixe de ondas restauradoras (?!).

  • Caberia perguntar se a fora curadora no depende

    exclusivamente da concentrao das foras do

    doente no seu caso e da confiana supersticiosa

    que deposita na suposta ao distncia dos

    mdiuns.

    Mas tambm no seria possvel que a concentrao e

    comunho do pensamento do grupo de curandeiros

    fosse um mais apto objeto

    da Adivinhao inconsciente do doente, e que

    esta Adivinhao de um forte desejo de cura

    possa desencadear maiores foras curativas do

    prprio paciente (?) Eis a Quarta Hiptese.

    Esta demonstrado em Parapsicologia o

    chamado Efeito de Reforo nos agentes. So

    muitssimos os casos e

    experincias: Multiplicando-se os agentes, o

    fenmeno (da chamadaSugesto Teleptica) pode

    surgir com maior facilidade, mesmo quando as

    demais condies so pssimas.

    O chamado Efeito de Reforo entre seitas

    pentecostais: exaltao e nmero de agentes

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/foto_05.jpg
  • Importncia do agente

    Numa srie de experincias realizadas pelo Dr.

    Gilber Murray, distinto humanista da Universidade

    de Oxford e presidente da Sociedade de Pesquisas

    de Parapsicologia(S.P.R.), de Londres, os

    agentes eram diversos grupos de membros

    daS.P.R., entre eles a famosa metapsiquista Dra.

    Sidgwick (filha do Dr. Murray). O receptor era o

    mesmo Dr. Murray

    O xito, quando entrava em algum dos grupos a filha

    do Dr. Murray , foi to evidente que compensava

    sobejamente a falta de avaliao

    matemtica (absurdamente exigida sempre

    pelaMicro-Parapsicologia). Deve-se notar que o

    resultado era menor quando a filha do receptor no

    fazia parte do grupo, e era nulo quando s atuava

    ela.

    Isso quer dizer que se a interveno da filha

    estabelecia um contato emocional muito

    conveniente, tambm o reforo que trazia o grupo

    era um fator imprescindvel para ela, pois sozinha

    no manifestava suficiente fora teleptica.

    Podemos repetir nada menos que com o

    prestigiosssimo parapsiclogo Dr. Eugenne Osty,

    fundamentando-se em inumerveis casos

    anlogos: H um produtor predominante, embora

    com seu poder dependendo () do seu grupo.

    No caso do Curandeirismo por um grupo,

    o produtor predominante e ocontato emocional

  • muito conveniente geralmente exaltado pelo fator

    confiana cega nos poderes medinicos dos

    curandeiros, pelo relacionamento contagiante de

    superstio previamente estabelecido entre a

    sociedade e o paciente, pela angustiante expectativa

    do doente, etc.

    Esclarecimento necessrio

    Devemos repetir: A Parapsicologia tem

    demonstrado que na chamada Sugesto

    Teleptica o papel primordial do receptor. O

    agente e suas mandingas, ritual ou tcnicas

    no passam de mera condio extrnseca, mero

    objeto da atividade paranormal do receptor.

    A Sugesto Teleptica, como o feitio, como

    o Curandeirismo distncia, como qualquer outro

    fenmeno parapsicolgico de conhecimento

    eqivale no mbito do paranormal s outras

    faculdades ou sentidos no mbito do normal. Como

    a viso, por exemplo. Quem no tem a vista em bom

    estado, ou no tem todo o restante dos requisitos

    psicofsicos da viso suficientemente desenvolvidos

    e em bom estado, cego ou mais ou menos

    deficiente na viso.

    Da mesma maneira, para captar distncia a boa

    inteno do curandeiro (ou a m inteno do

    feiticeiro), o receptor que deve ter a telepatia

    suficientemente desenvolvida no seu inconsciente.

    Do contrrio no capta, ou melhor, no manifesta a

    captao em grau suficiente para ativar a fora

    curadora do psiquismo no seu prprio organismo.

  • Quanto mais parapsicolgico, pior

    Por conseguinte e evidentemente, no o curandeiro

    que cura, nem em presena nem distncia. Em

    caso de ser captada telepaticamente a inteno do

    curandeiro, o prprio paciente que sara pelo

    poder do prprio psiquismo. Na cura teleptica

    distncia e na cura em presena, o fenmeno

    essencialmente o mesmo.

    Acrescenta-se, porm, uma grande dificuldade

    provinda precisamente do aspecto propriamente

    parapsicolgico: essa cura psquica pressupe a

    percepo teleptica. E a manifestao dos

    fenmenos parapsicolgicos essencialmente rara,

    espordica, incontrolvel.

    O Efeito de Reforo no curandeirismo,

    lamentavelmente herdado por certos carismticos

    catlicos (?!)

    No artigo anterior, a respeito da Terceira Hiptese,

    temos dado grande importncia ao ambiente geral e

    ao relacionamento curandeiro-paciente. Alm desse

    influxo j estudado para desencadear a atuao

    psquica, tambm o ambiente e a relao curandeiro-

    paciente importante para propiciar o surgimento,

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/foto_06.jpg
  • alguma vez, das faculdades parapsicolgicas do

    prprio doente. Logicamente caberia esperar que as

    faculdades e a situao parapsicolgica por sua vez

    propiciassem, em maior grau, nova exaltao do

    poder psquico de cura.

    A este respeito resumia o destacado parapsiclogo

    Maurice Colinon num Congresso Internacional de

    *Parapsicologia: No discurso de diversas

    intervenes que procederam minha, me

    proporcionou particular felicidade ver posta em

    evidncia esta idia, absolutamente fundamental,

    que impossvel isolar o fator Psi (parapsicolgico

    em geral) das circunstncias que o levam a

    manifestar-se, isto , no meu caso, do contexto

    psicolgico e social () O fator Psi no deve

    buscar-se unicamente como uma caracterstica do

    curandeiro. Ao contrrio, muito possvel que seja

    revelado no paciente e, ainda mais provavelmente,

    na relao curandeiro-doente.

    Na balana

    Se colocssemos nos pratos de uma balana a

    Medicina e o Curandeirismo, concluiramos:

    1) Que apesar das maravilhosas faculdades

    parapsicolgicas relacionadas com

    oCurandeirismo, o Curandeirismo nada

    pesa, mesmo o mais dotado parapsicologicamente

    dos curandeiros no oferece garantia nenhuma, nem

    a mnima possibilidade de algum domnio sobre o

    seu mtodo de cura parapsicolgica. Nunca com

  • hora marcada. Rarssimo espontaneamente. Jamais

    com freqncia, como eles afirmam.

    Tudo o contrrio da Medicina. A Medicina conta

    com uma histria gloriosa. indiscutivelmente uma

    cincia organizada, sistematizada, experimental,

    capaz de exercer controle severo das foras

    psquicas e orgnicas. Com ela, o prato da balana

    desce totalmente.

    2) Mesmo nos rarssimos casos de auto-curas

    parapsicolgicas, como por exemplo nos casos

    citados da influncia de medicamentos sem serem

    absorvidos, e outros fenmenos similares, evidente

    que a faculdade parapsicolgica no faz mais do que

    pode fazer um tratamento cientfico-mdico

    moderno.

    No Congresso Internacional de Utrecht, o Dr. Louis

    Rose, expondo os resultados das suas longas

    pesquisas realizadas a pedido da S.P.R. de Londres,

    declarou no haver sido capaz de encontrar jamais

    um s caso ou uma doena realmente orgnica que

    fosse curada ou nem sequer aliviada (por um

    curandeiro), onde fracassariam os tratamentos

    mdicos normais aps razoveis tentativas.

    Concluso. A hiptese da Para-iatria ( margem da

    Medicina, para designar a suposta cura

    parapsicolgica) certamente no Meta-iatria (mais

    do que a Medicina) como propagam os curandeiros .

    A pretendida cura parapsicolgica seria outro

    caminho nunca melhor que a Medicina, e sim muito

  • menos freqente, cheio de perigos , manifestamente

    inferior ao da Medicina. Portanto, a pretendida

    cura parapsicolgica deve ser chamada Hipo-

    iatria, Infra-medicina,

    simplesmente Curandeirismo.

    O Poder Curativo das Simpatias

    Curandeirismo

    Num artigo anterior havamos distinguido

    quatro hipteses tericas de

    influnciaParapsicolgica no campo

    de Psicohigiene (Curandeirismo). Corresponde

    agora abordar a Terceira Hiptese.

    Influxo direto do prprio doente sobre o prprio

    organismo ou doena, sendo o curandeiro mera

    sugesto em presena, ou sugesto teleptica em

    ausncia, ou mera imaginao do doente.

    Escola Norte-americana

    Comecemos insistindo contra o erro dos

    parapsiclogosdesta escola, que chamamos Micro-

    Parapsicologia (sabem muito pouco, e o pouco que

    sabem o misturam com muitos erros) a faculdade

    parapsicolgica de efeitos fsicos seria ela mesma de

    natureza PN (Para-Normal, extra-sensorial,

    espiritual), conhecida pelo nome de

    faculdade PK (Psi-Kappa). Sendo espiritual, poderia

    atuar a qualquer distncia, atravs de quaisquer

    obstculos, no passado e no futuro

    A Micro-Parpsicologia, como na era paleoltica e

    muitos supersticiosos hoje, atribui ao

    curandeiro (como ao feiticeiro etc.) essa

    http://institutopadrequevedo.com.br/?portfolio_category=curandeirismo
  • inexistente faculdade de influir distncia. O

    feiticeiro ou curandeiro possuiria poderes

    mgicos, emitiria foras misteriosas (PK) capazes de

    atuar sobre objetos fsicos distantes! (por exemplo

    sobre o corpo do doente ou sobre os seus elementos

    patgenos).

    Entre os ndios primitivos, como no Espiritismo

    afro-brasileiro, o paj, como o babalorix-

    curandeiro, pensa que impregnando no crculo

    mgico os chifres de um touro sacrificado, consegue

    destruir todos os males de determinado doente

    Defensores de prestgio

    Entre os defensores desse erro devemos destacar

    alguns autores, clebres por outros motivos, mas

    sem conhecimento algum de Parapsicologia. Na

    suaHistriaNatural, Plnio, pelo ano 77 a.C., dizia

    que a magia, m na sua inteno, poderia apresentar,

    excepcionalmente, outra face curativa. Segundo

    Plnio, a magia poderia atuar fisicamente distncia.

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/simpatias01.jpg
  • Entre os que a empregavam para curas distncia,

    cita a Pirro.

    Avicena, famoso mdico e naturalista do sculo X,

    citado por So Toms de Aquino no sculo XIII

    como atribuindo a certos homens o poder

    espiritual (PN, Paranormal) de cura

    distncia: Se a alma () no est sujeita a paixes

    do corpo e tem forte poder de sugesto, no s pelo

    prprio corpo ser obedecida, mas tambm pelos

    corpos de outras pessoas (distantes)curando as

    doenas ( a Segunda Hiptese de cura

    parapsicolgica, hiptese j refutada no artigo

    anterior). So Toms de Aquino discordou de

    Avicena em atribuir o fenmeno purezada alma,

    pois a conceituao moral, em si, no influi na

    natureza, como evidente. Mas aceitava um

    poder anmico de efeito fsico para curar

    distncia. Ao fsica distncia por uma fora

    espiritual: Idntica inexistente chamadaPK.

    (Insisto: nem Avicena nem So Toms de Aquino

    pensaram em atribuir o fato adivinhao, pelo

    paciente, dos bons desejos do curador e que por

    esta adivinhao haveria um real incentivo ou real

    estmulo, seria o curandeiro catalisador para que

    agisse o prprio paciente no prprio organismo. Isto

    a quarta hiptese que teremos que estudar no tema

    da Psicohigiene).

    Na Assemblia de Montpellier

    Em 1643, e por motivos polticos, foi pronunciado

    um longo discurso (umas 25 mil palavras)que

  • exerceu muita influncia durante muitos anos. O

    desterrado poltico, ex-chanceler ingls, Kenelm

    Digby, em discurso proferido em sesso solene na

    assemblia de Montpellier, apresentava os

    ensinamentos teraputicos, que teria aprendido de

    um velho monge carmelita residente em Florena

    que, por sua vez, o aprendera quando missionrio na

    ndia.

    No discurso se revelava o segredo at ento

    zelosamente guardado. Digby antes s o revelara ao

    rei. Aps o discurso, porm, o segredo se revelaria

    num livro para a lucrativa venda massiva (j ento

    havia tcnicas em truques publicitrios!).

    Segundo Digby , o Poder das Simpatias pode

    curar distncia, mesmo sem conhecimento do

    paciente.

    Ele destaca que no se trata de magia diablica ou

    esprita nem nada semelhante, nem do poder de

    sugesto como as chamadas curas pela f das

    seitas de curandeiros j existentes na poca.

  • Acreditam que impregnando de sangue a estatueta

    do exu, este burlar-se- (lngua) de todos os inimigos

    e manter vivo (corao)o cliente que tanto pagou

    As crendices de Digby. Tratar-se-ia do poder

    curativo do universo, captado e armazenado pelo

    sulfato de ferro ou de cobre (vitrolo) em

    determinadas circunstncias. Este sulfato era o p

    de simpatia. Tal fora curativa do p de

    simpatia transferiria do objeto ao paciente inclusive

    ausente misteriosas aes dos raios solares aliados s

    partculas viscosas dos quatro elementos materiais,

    junto ainda com a emanao impalpvel de aromas

    diversos e sutis (!?).

    Na realidade, Digby fez-se eco da antiqussima

    crendice dos egpcios (ainda persistente nos

    espritas, tesofos, ocultistas), na cura por

    simpatia ou representao.Acreditavam que a roupa

    ntima ou objetos usados se impregnavam

    pelo Ka (depois chamado fora vital,duplo

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/simpatias02.jpg
  • etrico, magnetismoanimal, periesprito e

    tantos outros nomes designando tal disparate).

    Encontrando-se dificuldades em pegar alguma

    prenda ntima ou algum cabelo, unha, etc., tambm

    desde poca imemorial passou-se a empregar a

    representao da pessoa em questo com uma

    estatueta de cera, boneca de trapo, etc.

    Nela,magicamente, tambm residiria o

    Ka (o duplo, etc.).

    Pois bem, toda ao para o mal ou para o bem que se

    exerce-se sobre o objeto ou representao,

    repercutiria distncia sobre a pessoa representada

    ou o dono desses objetos.

    No sculo XVI, o poder de simpatia encontrara ,

    em Paracelso (1493-1541) um defensor de prestgio.

    Posteriormente Sir Kenelm Digby (1603-1665), o

    clebre poltico e escritor mstico (?) catlico e o

    velho monge carmelita que o convenceu, s seguem

    as teorias de Paracelso.

    Essas teorias, porm, no preciso fris-lo, esto

    cheias de muitas outras supersties tradicionais. Por

    outra parte, aceitar emanaes impalpveis de

    aromas, essncias, partculas que, apesar de

    midas e viscosas, so to sutis que podem

    transferir-se de objeto ao paciente distncia,

    demais. Simplesmente contraditrio!

  • Segundo a superstio, toda a sexualidade e paixo

    impregna a galinha sacrificada que, deixada

    ocultamente perto do pretendido pela consulente, a

    transmitir a ele

    Mas a teoria teraputica (?) de Digby e suas

    explicaes (?), no comeo s toleradas, chegaram

    a ser preferidas aos mtodos menos

    modernos (?) da Medicina. Digby encontrou

    defensores entre tantos desorientados filsofos

    naturalistas do sculo XVII. Inclusive alguns

    mdicos se ergueram em paladinos dos encmios

    incomparvel descoberta (?).

    Sarou dagangrena.- Com esse mtodo, e

    segundo Digby, um ilustre senhor chamadoJames

    Howell , haveria sido curado das feridas recebidas

    quando tentava separar dois amigos, que se batiam

    em duelo. Dois cirurgies haveriam realizado mal

    (?) o seu trabalho, pelo que foi solicitada a

    interveno de Digby para deter a gangrena de uma

    mo.Digby nem sequer examinou o paciente. Pediu

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/simpatias03.jpg
  • um objeto que se tivesse impregnado do sangue de

    James Howell. Recebeu uma liga de meia (jarreteira,

    com a qual lhe haviam feito um curativo de urgncia

    no local do duelo). Digby mergulhou a liga numa

    vasilha de gua onde previamente depositou o seu

    misterioso p de simpatia: Howell percebe uma

    sensao agradvel na mo doente e no sente mais

    dor. Uma hora depois Digby retira da gua a liga de

    meia e a traz perto do fogo: Howell sente um calor

    abrasador, como se colocasse a mo sobre brasas.

    Digby mete de novo na gua curadora a liga de

    meia, e Howell se sente aliviado. Ao fim de cinco a

    seis dias as feridas estavam completamente curadas

    e cicatrizadas (?).Digby assegura que foi devido ao

    poder de simpatia (no sentido etimolgico do

    termo: sentir conjuntamente) entre Howell e a liga

    de meia.

    Comprovao real. O rei Jacques haveria

    comprovado pessoalmente o poder da simpatia:

    Havendo ouvido falar do prodgio, o rei foi visitar

    Digby, acompanhado pelo duque de Buckingham.

    Howell estava ausente, na sua casa. Digby colocou

    na gua a liga, previamente impregnada com o p

    de simpatia, e colocou tudo junto ao fogo. Pouco

    tempo depois, chegou o lacaio de Howell correndo

    para comunicar que subitamente tinham voltado as

    dores ao seu senhor, que se queixava de um calor

    insuportvel no antigo ferimento. Digby mandou

    dizer que seria aliviado imediatamente. Bastou

    retirar a liga de junto do fogo

  • truque to freqente como fcil. Aps simular

    total paralisia, levanta o pastor curandeiro que o

    pagou. E o numeroso pblico se sugestiona

    Pingos nos is. Suponhamos que o fato no esteja

    colorido, o que em certos aspectos e analisadas todas

    as circunstncias muito supor: o truque faclimo,

    e mais sendo tudo arquitetado pelo prprio

    curandeiro para sua prpria propaganda; contado

    sem verificao nem testemunho de especialistas,

    etc.

    Mas suponhamos Em si, o fenmeno, isto , o

    efeito(no a absurda explicao da simpatia)

    possvel. Em primeiro lugar, contra as propaladas

    foras curativas distncia do p da simpatia,

    tenhamos em conta que, na realidade, neste caso no

    houve tal distncia. Digby e Howell estavam na

    mesma habitao. Com esta observao, a sensao

    agradvel, o calor, a cura no passam de efeitos

    perfeitamente explicveis pela mais comum das

    sugestes, indireta, mas incutida em

    presena.Repetimos: os efeitos so possveis.

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/simpatias04.jpg
  • Parapsicolgicos, certamente, e portanto

    espordicos.

    Digby obteve xito com uma pessoa especial. Mas

    certamente que no foram muitos os seus xitos com

    quaisquer outras pessoas.

    Recolhendo, porm, de um lugar e de outro, antigos

    e modernos, poderamos citar inmeros casos

    idnticos ou muito parecidos, com ps de

    simpatia, com objetos impregnados, com

    estatuetas, com papis contendo o nome, com

    fotografias, com sapos Com mil tcnicas a gosto

    do consumidor.

    Como se explica o fenmeno? Comecemos por

    prescindir dos objetos. Analisemos os prprios

    efeitos, limpos, sem ps nem mandingas. Analisar o

    fenmeno limpo j um grande passo para

    compreender a sua explicao. Um exemplo

    moderno:

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/simpatias05.jpg
  • Entre tantssimas supersties de curandeirismo,

    mais uma tcnica a gosto do consumidor

    Transferncia de sensibilidade. A Sra. J. B. era

    esposa de um destacado advogado de New York.

    Tinha cerca de quarenta anos, era bondosa, amvel e

    complacente. Havia desenvolvido uma harmonia de

    solidariedade afetiva com seu marido, at o ponto de

    ter conscincia de muitas das emoes mais fortes

    do esposo, mesmo quando este se achava a

    quilmetros de distncia.

    Numa ocasio, os membros da Sociedade de

    Pesquisas Psquicas (SPR) de New York se

    achavam na casa dessa senhora preparando

    experincias. A Sra. J. B. encontrava-se numa ampla

    sala de recepo entre as senhoras do Instituto,

    conversando animadamente, enquanto trs ou quatro

    homens se achavam em companhia do senhor Joo

    B., o esposo, numa varanda, fumando, aguardando a

    hora de comear a reunio.

    Sem qualquer aviso, um dos pesquisadores

    subitamente e com certa violncia bateu com um

    espeto no brao do senhor Joo B. , como se fosse

    um acidente. O Sr. Joo deu um salto enquanto no

    rosto aparecia uma expresso de dor, mas no gritou.

    Menos do que uma frao de segundo depois, ouviu-

    se um forte grito. Era a Sra. J. B. , que se achava a

    uns 25 metros de distncia do marido, separada dele

    por vrias salas cheias de pessoas que conversavam

    e caminhavam.

  • Quando se ouviu o grito da Sra. J. B. , todos

    correram para l. As primeiras palavras da senhora

    foram: Joo deve ter sentido algum golpe doloroso

    em seu brao, precisamente aqui; eu o senti. Desejo

    ver o que lhe aconteceu.

    No h ao distncia

    evidente que o espeto no feriu diretamente o

    brao da Sra. J. B., como se a sensibilidade dele se

    exteriorizasse at o brao da esposa ou vice-versa.

    Alguns antigos metapsquicos acreditavam

    na Exteriorizao da Sensibilidade, mesmo a

    quilmetros de distncia!

    So muitas as experincias que pareceriam

    comprovar (?) a inexistente

    No o copo que absorve a doena. No o leno

    que protege de todo mal. Como dizia Roger Bacon:

    Esses remdios em si mesmo nada valem, tudo

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/simpatias06.jpg
  • depende da sugesto suplente. A chamada em

    Parapsicologia Harmonia de Solidariedade Afetiva

    Exteriorizao da Sensibilidade a qualquer

    distncia, atravs de qualquer obstculo, inclusive

    para o passado e para o futuro. Mas, por exemplo o

    grande parapsiclogo russo, Dr. Vassiliev ( Lonid

    Lonidovth Vasiliew, 1889-1964), diretor do

    Instituto de Parapsicologia na Universidade de

    Leningrado, com observaes e experincias desse

    tipo, acabou por compreender, como evidente, que

    trata-se de captao teleptica por parte do receptor.

    E, mais uma vez, contra a afirmao absurda

    da Micro-Parapsicologia ou Escola Norte-

    Americana: no existe PK.

    prefervel com outra pessoaDamos importncia

    a casos como o da Sra. J. B., sem objetos

    impregnados nem eqivalentes, porque tais casos

    so muito elucidativos para a compreenso do

    curandeirismo distncia. Os objetos

    impregnados so completamente dispensveis:

    eles no tm fora mgica, eles no desempenham

    por si mesmos tarefa nenhuma na cura. O

    curandeiro e o curado, que neles acreditam, tm

    neles simplesmente o suporte material para sua

    superstio, crendice irreal, fantasia infundada.

    O objeto s poderia ter um papel a desempenhar

    quando constitudo por outra pessoa. Para a cura

    nada valem em si mesmos o animal, a planta, a

    substncia empregada na simpatia (ou

  • no transplante, ou impregnao,

    ou descarga etc.)

    Mas outra pessoa em tais funes alguma vez

    poderia ter algum valor para essas curas. J o

    descobrira h muito tempo o chamado Doutor

    Admirvel, o frade franciscano Roger Bacon

    (1214-1294), pai do mtodo experimental em

    cincia. Bacon, alm de ser o primeiro a propor

    mtodos experimentais para verificar fenmenos que

    hoje chamamos parapsicolgicos (vrios esboos

    destes experimentos aparecem em diversos lugares

    do seu Sylva Sylvarum), verificou a cura

    por sugesto suplente. O termo do prprio

    Bacon.

    Escreve no livro citado: Querendo curar por meio

    da esperana a um cavalheiro doente (de doena

    influencivel psiquicamente), procure-se um dos

    seus criados que seja de natureza crdula. Quando o

    cavalheiro estiver dormindo, faz-se beber ao criado

    alguma coco incua (um placebo ), e diga-se-lhe

    que com isso seu amo sarar em certo espao de

    tempo. A imaginao do criado se tornar favorvel

    pela sua completa f em vossos poderes curativos.

    Aceitar a imagem da cura com grande fora. Este

    convencimento se exteriorizar e influir no mesmo

    sentido na imaginao do seu amo, tambm em

    estado de receptibilidade por estar dormindo.

  • No tema da impregnao, j Homero descreveu

    pateticamente que para aplacar Artemisa, deusa das

    doenas, o rei Agamenn, de Troya, concordou em

    sacrificar sua filha Efignia. Na feitiaria e

    curandeirismo, sacrificar pessoas mais freqente

    do que parece

    A frase de uma riqueza extraordinria de

    conceitos. Traduzindo expresses da poca a termos

    modernos: O consciente menos crdulo e menos

    influencivel. Facilita-se essa comunicao pela

    inconscincia do amo:estado de receptividade por

    estar dormindo. escolhido um criado ignorante,

    supersticioso, nada crtico, crdulo, at o extremo de

    ficar firmemente convencido de que ele bebendo,

    infalivelmente beneficiar a seu amo. Porque H

    uma ligao afetiva profunda entre o criado e seu

    amo (naquela poca de fato era muito

    freqente que os criados considerassem a seus amos

    como pais e, se possvel at mais, pela total afeio e

    dependncia). o rapport, que facilita a

    comunicao parapsicolgica. Por isso que

    tecnicamente chamada por alguns

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/simpatias07.jpg
  • parapsiclogos: Harmonia de Solidariedade

    Afetiva. No objeto, o percipiente no teria mais do

    que um suporte subjetivo para a sua superstio. No

    homem, porem, pode captar a idia confiante e

    segura da cura. Animado por essa confiana total

    na cura, que ele capta inconscientemente do

    criado, o prprio psiquismo do amo faz a cura.

    luz da moderna Parapsicologia, nada se pode

    acrescentar breve, mas fecundssima sntese que h

    j quatro sculos formulou o filsofo do empirismo,

    Francis Bacon.

    Nenhuma experincia cientificamente vlida e

    nenhum caso, se bem analisado, permite suspeitar a

    existncia no homem, no curandeiro, nos remdios,

    de um poder de cura distncia. distncia, o

    curandeirismo parapsicolgico como tal se reduz,

    pois, ao curandeirismo meramente

    de aparncia parapsicolgica.

    A paraiatria distncia (no tempo e no espao),

    suposta a adivinhao parapsicolgica,

    unicamentepoder do psiquismo do paciente sobre o

    prprio organismo.

    O fenmeno passaria portanto a enquadrar-se na

    quarta possibilidade terica em que dividamos antes

    a cura parapsicolgica. Vamos falar dela no

    prximo artigo.

    O Curandeiro age a distncia do doente?

    Curandeirismo

    http://institutopadrequevedo.com.br/?portfolio_category=curandeirismo
  • Num artigo anterior havamos distinguido

    quatro hipteses tericas de

    influncia Parapsicolgica no campo

    de Psicohigiene (Curandeirismo). Corresponde

    agora abordar esta Segunda Hiptese.

    Telergia

    Como sobejamente sabido, a Telergia uma

    fora fsica. No age a mais de alguns metros de

    distncia (para garantia ponhamos um mximo de 50

    metros). Tem tempo: no pode atuar nem no passado

    nem no futuro. Tem obstculos: no pode agir

    atravs de obstculos muito espessos. Etc. Por

    exemplo numa casa mal-assombrada (assim as

    chamam os supersticiosos), afastemos a mais de 50

    metros todas as pessoas, enchamos a casa de

    mquinas automticas de filmar, de gravar e todos

    os fenmenos acabam.

    Mas poderia transportar-se juntamente com alguns

    objetos que ela tivesse impregnado?Isso afirmam

    muitos curandeiros. o primeiro aspecto a estudar

    dentro do tema curandeiroagindo distncia.

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura01.jpg
  • Est generalizada mundialmente a superstio de

    atribuir as doenas ao sobrenatural, inclusive

    absurdamente imaginrio, inexistente. A sanguinria

    deusa (?) Kali, com quatro braos e muitos

    ajudantes, adornando-se com cabeas e braos de

    pessoas que j matou, e mostrando a lngua em burla

    dos mdicos que pretendem curar a vtima que ela

    est conculcando e enviando venenos (cobras).

    Como j fazia o Dr. Luys, do Hospital St. Louis, em

    Paris.Colocava uma coroa magnetizada sobre a

    cabea de um doente durante alguns minutos.

    Depois passava-a para a cabea de um mdium

    passivo (?). Se o paciente sofria de nuseas, o

    mdium (?) sentia os mesmos sintomas. Se o

    doente era paraltico da perna direita, o

    mdium (?) logo queixava-se de no poder mexer

    a perna direita. Etc. (Esta prtica tem origem na

    superstio de acreditar que as doenas so

    encostos de deuses maus, de demnios, de maus

    espritos (?) de mortos

    Assim o mdium (?) possibilitaria ao mdico o

    diagnstico da doena no fgado, nos rins ou nos

    pulmes, um tumor cerebral ou uma insuficincia

    coronria, etc.

    E aps o diagnstico por transplante, a cura por

    transplante

    Acreditar em tais diagnsticos e em tais curas

    absoluto desconhecimento de Parapsicologia.

    Transplante de doenas ou transplante de sintomas

  • no tem a menor base cientfica ou real. Alguma vez

    poderia ser adivinhao pelo mdium, mas a

    adivinhao no regular nem controlvel. Essa

    atuao do mdium puro subjetivismo. Fiar-se

    desses diagnsticos e curas absolutamente

    supersticioso.

    Conseqncias msticas de um banquete

    macabro

    Na mais remota Antigidade (e ainda algumas tribos

    primitivas) acreditavam que os guerreiros que

    comiam os miolos dos inimigos valentes, herdavam

    sua valentia.

    Na realidade h um mnimo fundamento: os miolos

    esto em grande parte constitudos por lecitina e

    lipides, substncias que agem favoravelmente sobre

    a capacidade de trabalho e o rendimento muscular.

    Paralelamente, o hbito de comer os miolos dos

    inimigos valentes ou dos animais ferozes se

    encaixa plenamente na mentalidade supersticiosa

    dos povos mesopotmicos e do Egito primitivo,

    onde se originou toda a mentalidade mgica

    universal at hoje. Comendo-se os miolos ou o

    corao ou o fgado, etc. do vencido, o vencedor

    incorporaria em si parte principal do Ka (!?) do

    morto e com isso as qualidades morais.

    Atravs dos sculos, o Ka (?) foi tomando outros

    nomes, igualmente supersticiosos, comoCorpo

    Astral (?), Duplo Etrico (?), Perisprito (?), etc.

  • Ora, entre o corpo e o esprito (alma humana) no

    existe Ka, nem Duplo Etrico, nem

    Perisprito absolutamente certo que

    simplesmente um corpo-animado.

    Em Santa F, Califrnia, na primeira noite das

    celebraes do Dia do Trabalho, uma seita

    preparando-se para queimar a efgie da Velha Me

    Triste, aonde eles teriam transferido todas as

    doenas que ameaariam os trabalhadores da seita.

    Prtica Supersticiosa

    Essa a qualificao que se deve dar prtica com

    inteno teraputica no Egito daquelas pocas

    antiquadas.

    Posteriormente houve progresso com respeito

    qualificao das doenas. Os egpcios, como os

    caldeus e em geral os povos

    mesopotmicos, primitivamente identificavam as

    doenas com diversos conceitos anlogos a

    possesses demonacas (?).

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura02.jpg
  • J nas ltimas dinastias egpcias, e os outros povos,

    comearam a considerar as doenas como processos

    naturais. Mas na prtica continuaram acreditando

    que podiam dominar as doenas e a sade por

    magia (?).Comearam a usar elementos naturais

    como remdios, mas no atribuam a essas

    substncias naturais valor curativo suficiente em si

    mesmas, seno que os remdios tinham que ser

    reforadas distncia com frmulas e estranhas

    cerimnias de magia (?).

    Os mtodos teraputicos incluam a aplicao

    duma confusa mistura de razes e entranhas de

    animais. Principalmente eram utilizados os rgos

    genitais de animais sacrificados, pois os rgos

    genitais adquiririam com o ritual um poder mgico

    de doadores de vida.

    Com o emprego de razes, folhas e substncias

    animais, que empiricamente eles descobriram como

    mais eficazes junto com a magia, foi-se dando

    indeliberadamente ocasio a que com o tempo se

    descobrissem s virtudes curativas de alguns

    elementos e se iniciasse a farmacopia

  • E pior hoje

    O antigo ritual macabro de comer os inimigos

    derrotados mais valentes ou animais ferozes

    abatidos, foi substitudo em cultos afro-brasileiros

    pela matana de galinhas e animais domsticos,

    cobrir-se com seus despojos e beber seu sangue.

    A partir de Mesmer (1733-1815) os poderes

    atribudos ao Ka (?) e equivalentes, foram

    substitudos pelo Magnetismo Animal (?) ou Fludo

    Magntico (?). Sem necessidade de banquetes

    macabros, dando passes ou impondo as mos sobre

    uma pessoa ou sobre um objeto, supersticiosamente

    pensavam que misteriosos fludos passariam a

    impregn-los.

    J vimos no artigo anterior, que no fundo dessas

    crendices do Magnetismo h muito pouco de

    verdade em quanto identificado com a Telergia, e

    que mesmo este pouco est impregnado de conceitos

    falsos. Alis, aTelergia irregular, espontnea,

    incontrolvel

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura03.jpg
  • Sendo falsa a magnetizao de uma pessoa, com

    mais direito deve rejeitar-se, evidentemente,

    a pretenso de transportar do curandeiro ao paciente

    os pretendidos fludos curativos servindo-se de

    objetos magnetizados.

    Esta antiquada e supersticiosa elucubrao,

    lamentavelmente muito difundida entre os

    curandeiros do Brasil, est sendo ressuscitada hoje

    na Itlia por um ativo grupo de curandeiros e alguns

    que, para mais enganar, indevidamente chegam

    petulncia de autonomear-se Parapsiclogos (!?).

    At pretendem legalizar este curandeirismo (que

    tanto os enriquece).

    A superstio de hoje, tanto ou mais irracional que a

    dos primitivos, paga qualquer quantia e desprende

    qualquer esforo parar entesourar objetos

    magnetizados pelo curandeiro de moda.

    E especialmente gua.

    Segundo este tipo de curandeiros modernos, a gua

    teria aptides especiais para ser portadora do

    magnetismo. E inclusive protestam contra os

    antigos mesmeristas, porque no utilizavam

    suficientemente a gua para receber os passes

    magnticos.

    A gua magnetizada pode ser usada como bebida

    ou em banhos e loes Ela encerraria as mais altas

    qualidades teraputicas, segundo a vontade do

  • curandeiro magnetizador. No havendo gua, no

    h problema: magnetiza-se o vidro das garrafas, dos

    copos vazios Depois s aplicar sobre a parte

    enferma. Doenas dos olhos? Magnetizam-se os

    culos e, melhor ainda, as lentes de contato. A

    magnetizao dos alimentos seria muito til,

    principalmente nas perturbaes digestivas.

    Em Haiti as crianas riem e se divertem, mas os

    adultos tomam muito a serio o ritual de banhar-se

    nas guas carregadas pelas foras do Vud para

    assim livrara-se de todos os maus espritos

    O magnetismo na Umbanda

    O Espiritismo uma amlgama de todas ou quase

    todas as supersties surgidas ao longo da Histria.

    O alto (!?) e o baixo Espiritismo. No podiam

    faltar as elucubraes sobre impregnaes fludicas.

    A ttulo de exemplo. Disparata um mestre

    umbandista:

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura04.jpg
  • Os espritos (?) adiantados podem, pela ao

    fludica, aumentar o efeito medicamentoso de

    qualquer remdio. Podem mais ainda: pelos seus

    fludos combinados com o fludo

    universal(Mesmerismo) e com os fludos de

    um mdium () curador, tornar a gua em timo

    medicamento.

    Absoro das doenas

    Parecida com o transporte de fluidos teraputicos

    impregnados em objetos, seria o objeto absorver os

    maus fluidos que estariam impregnando o

    organismo.

    Paracelso (1493-1541), seus discpulos e seguidores

    durante sculos, tambm acreditavam que as

    doenas se deviam a maus fluidos, que atingiam

    determinados rgos, afetando l o esprito vital.

    Assim, colocando sobre a parte afetada uma fruta,

    uma planta, um pedao de carne fresca ou um

    animal vivo, que atrairiam sobre si os maus fludos.

    Depois, afastando estes objetos ou animais, sarariam

    os doentes.

    Melhor empregando algo semelhante ao que se

    pretende curar. s vezes a tcnica era um tanto

    difcil: Para curar a dor de olhos pegue o olho de

    um lobo, esmague-o e coloque-o sobre o olho

    doente. Para curar os olhos inchados, pegue um

    caranguejo vivo dentro da gua, e ponha os olhos

    dele no pescoo do homem que est sofrendo, e ele

    ficar bom.

  • Paracelso (Theophrastus Bombastus von

    Hohenheim, dito), 1493-1541, professor em Basilia

    e depois mdico itinerante, muitas vezes perseguido

    por algumas das suas pretendidas inovaes em

    Medicina inclusive a partir das supersticiosas

    Astrologia, Ocultismo, Alquimia Quadro de

    Quentin Metius, Museu do Louvre, Paris.

    Tcnicas populares

    So inumerveis as tcnicas de absoro

    empregadas pelos curandeiros.

    Assim, para fazer desaparecer a ictercia(colorao

    amarela da pele devida deposio de pigmento

    biliar nas reas profundas), h que procuraruma

    aranha numa estrebaria, e, cobrindo-a com uma

    casca de noz, aplic-la sobre o estmago do paciente

    durante uma hora. E outras vezes at que a aranha

    morra por haver absorvido os maus fludos. (Ou se a

    aranha for venenosa, complicar tudo para doente,

    que at poder passar para melhor vida eterna).

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura05.jpg
  • Outra tcnica recomendada para curar as doenas

    dos olhos quebrar e retirar a casca de uma lesma,

    sem matar o animalzinho, e ento colocar a lesma

    sobre o olho doente mantendo-a l, amarrada com

    um pano, durante a noite toda. Na manh seguinte o

    bicho dever estar morto ou asfixiado (Por haver-se-

    lhe arrancado casca e amarrado! Nada de

    absoro!)

    Como talvez no se tenham absorvido todos os

    fludos, h que renovar a operao com outra ou

    com vrias lesmas, at que se encontre viva a

    lesma (por sorte ou desleixo na forma de prepar-la):

    a ento o mal teria desaparecido (com o tempo, se

    no for grave a doena).

    Para curar o cncer, pegar um sapo grande que tenha

    ficado em jejum e coloc-lo sobre a parte

    doente durante nove dias. Se o sapo morrer, dever

    ser substitudo Em vez do nojento sapo, podem-se

    empregar bifes bem sangrentos.Se no conseguiu

    paralisar a doena (porSugesto), deve-se substituir

    tambm os bifes todos os dias (at que o paciente j

    sem dor por Sugesto, achando-se curado, morra!).

    Para a enxaqueca, partir ao meio uma pombinha

    branca, colocando-a sobre a cabea do

    doente durante seis horas. Ao cabo das seis horas, se

    o doente ficou quieto (para que no caia a

    pombinha!) e relaxado, praticamente seguro que a

    enxaqueca ter passado (pelo relax! Ou por si

    mesma em seis horas!).

  • O mesmo remdio se recomenda para a meningite:

    caso a cura no sobrevenha(claro que no, se o

    diagnstico de meningite est correto), porque o

    tratamento foi aplicado tarde demais (morte por

    haver esperado com tal tratamento em vez de

    acudir ao mdico aos primeiros sintomas!).

    Freqentemente os feiticeiros-curandeiros vestem-se

    com cabeas de animais, inclusive de touros ou de

    veados, com a absurda inteno de impregn-las

    com os fluidos vitais que nos curandeiros

    abundariam e depois transferiam esses fluidos aos

    doentes. Ou pelo contrrio com o mesmo mtodo

    extrairiam dos doentes os maus fluidos, enterrando

    depois as cabeas dos anima

    Umbanda

    A Umbanda brasileira oficializou o transplante,

    como oficializou tantas outras supersties. Assim,

    por exemplo, o ritual de troca de cabea: as

    doenas de uma pessoa se transplantariam para outra

    por meio de um objeto impregnado

    A operao consiste em concentrar por meio de

    encantamentos (?) em qualquer objeto ou roupa do

    doente os males que o atormentam. Encerr-lo numa

    embalagem atraente e abandon-lo em qualquer

    ponto freqentado, para despertar a ateno dos

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura06.jpg
  • transeuntes. Se um deles toc-lo, por curiosidade ou

    inadvertncia, atrair para si os males que

    simbolicamente ali se encontram e o verdadeiro

    dono ficar livre deles.

    Este ritual muito usado. No museu do

    CLAPtemos muitos destes embrulhos

    em embalagens atraentes. Os umbandistas e

    muitas outras pessoas j impregnadas pela

    superstio ambiente, quando nos visitam (inclusive

    com m inteno e mesmo correspondendo aos

    nossos desafios) maravilham-se de que no

    estivssemos j todos mortos por causa das

    embalagens atraentes e outros feitios recolhidos

    e aqui conservados. Por fim alguns

    sentenciam: Vocs esto com o corpo fechado.

    muito forte o santo que vos protege!

    Ritual de curandeirismo, por exemplo na Indonsia.

    Em vez de vestir-se com peles e outros membros de

    animais, disfaram-se chamativamente. Curiosa a

    juba do leo, e mais curiosa posio e at com rabo

    imitando ao macaco.

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura07.jpg
  • Vemo-nos obrigados a responder: Curioso: aqui

    todos ridicularizamos esses poderes de orixs, exs,

    espritos, demnios agindo no nosso mundo;

    feitios, trocas de cabea e demais supersties e

    ainda eles nos protegem?

    Descarga

    Em contraposio ao magnetismo impregnado na

    gua, h no Espiritismo a gua que descarregaria o

    corpo. Os banhos de mar e cachoeira servem

    tambm para fortalecer a ao de descarrego das

    guias, colares e rosrios. Os banhos de ervas tm

    ao teraputica, sendo que a arruda, a guin, o sal

    grosso e o fumo tambm exercem ao

    desimpregnante sobre o paciente. Os espritas

    desprezam os mdicos que ignoram esses

    descarregos

    s vezes recomendam banhos repugnantes. Para

    tirar os maus fludos provocados por uma praga

    ou mal olhado ou qualquer dessas supersties em

    que eles vivem mergulhados, recomenda-se pegar as

    fezes de um boi completamente preto, p-las dentro

    de um pano e amarrar as bordas do pano de modo

    que as fezes no saiam. Colocar uma panela com

    gua no fogo e, quando a gua estiver fervendo,

    colocar no interior o saco e deixar dar uma boa

    fervura. Quando a gua estiver morna, tomar com

    ela o banho. Dentro da lata que cozinhou, pr o que

    puder apanhar da gua aps o banho juntamente com

    o pano e as fezes do boi preto, deixando-a na

  • encruzilhada; pedir ao ex do boi preto que leve

    todas as cargas de feitiaria, maus olhados, pragas

    etc..

    E a cura?

    Estaria subestimando a inteligncia do leitor se

    pensasse que necessrio refutar as pretenses de

    tais impregnaes, descargas e transplantes

    fludico-teraputicos.

    claro que a sugesto mais excitada colocando a

    vela sobre um crnio com olhos postios

    exorbitando, e com a nudez da mdium curadora

    Como tambm no necessrio frisar que qualquer

    cura decorrente de tais prticas no passaria de

    mero efeito da sugesto contra a dor e outros

    sintomas, mas ficando a doena psquica ou

    orgnica.

    Como j indicamos inmeras vezes, tem-se

    demonstrado que os mesmos efeitos das guas

    magnetizadas se obtm com gua comum, desde

    que se afirme que est magnetizada, assim como

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura08.jpg
  • deixam de aparecer as curas, com gua

    magnetizada, afirmando-se a essas pessoas

    supersticiosas que no houve magnetizao. Tais

    experincias tm-se repetido saciedade,

    principalmente aps Mesmer haver posto em moda o

    magnetismo e pretendido dar-lhe cunho cientfico.

    Chegou-se ento a administrar grandes quantidades

    de ferro aos doentes para torn-los mais sensveis

    ao do magnetismo!

    Por sua parte, as desimpregnaes, descarregos, ou

    limpezas so ao gosto do consumidor. Os

    mesmos efeitos so conseguidos com qualquer outra

    tcnica sugestiva sem pretenso alguma nem

    possibilidade de desimpregnao por contato ou

    transplante.

    Inclusive com bebs

    A explicao a mesma quando se trata de

    criancinhas. evidente que um beb no est

    sabendo nem sequer o que se pretende com todo o

    ritual de limpeza ou transplante. Mas os bebs,

    repetimos, vivem como por osmose. Os bebs,

    certos bebs, ou em certas ocasies, so

    muito capazes de captar o ambiente otimista ou

    pessimista, a esperana da cura, ou o medo ao

    mal olhado, a ansiedade ou tranqilidade dos

    familiares que os rodeiam.

    Por exemplo, entre tantos: O senhor Claudir

    Espndola, de Governador Valadares (Minas Gerais),

  • comunicava-nos este fenmeno estranho. Contado

    a ele, por pessoa de inteira confiana:

    claro que muitas vezes em vez de queimar o

    animal transportador da doena, mais fcil deitar

    no fogo p dos pelos do animal e at de cadveres

    roubados nos cemitrios, imaginando que se est

    queimando o animal e os maus espritos. Gravura

    de Vandervelt (sculo XVII), Biblioteca Bodleiana,

    Oxford

    Uma criancinha de quarenta dias no dormia

    seno durante o dia. Foram tomadas as

    providncias necessrias, incluindo receiturio

    mdico, para conciliar o sono da criana durante a

    noite. Nada disso adiantou. A av da criana

    aconselhou o pai que fizesse a seguinte simpatia:

    colocar sob o travesseiro do beb uma tesoura. A

    criana passou a dormir placidamente todas as

    noites. Isto aconteceu logo na primeira noite.

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura09.jpg
  • Poder das pontas da tesoura contra os maus espritos

    ou maus fludos? Absoro dos maus fludos pela

    tesoura? Simplesmente superstio e sugesto.Da

    criancinha? Dos pais, que supersticiosamente

    acreditavam na simpatia receitada pela velha e ento

    se acalmaram e, assim, o beb deixou de captar

    angstia e tenso e passou a captar calma. O mesmo

    efeito haver-se-ia conseguido com qualquer outra

    terapia, a condio de ser aceita por aquela

    famlia. Ou simplesmente, como recomendam nestes

    casos os pediatras, afastando a criancinha da me

    preocupada, pondo-a em outro quarto.

    Uma cena impressionante

    O Rev. Padre Trilles, missionrio na frica,

    descreve com detalhes a cena tpica do curandeiro

    entre as tribos africanas: O Paj, ou o chefe do

    terreiro, primeiramente anuncia sua frmula mgica

    que em seguida receita. Depois entra em transe, e

    dana at ficar esgotado. Durante a dana anuncia

    o transplante da doena de algum dos pacientes

    para o corpo de um animal ou para uma rvore.

    uma cerimnia das mais estranhas; v-se sob a

    influncia dos passes magnticos o doente acalmar-

    se pouco a pouco e, depois de ter suado

    abundantemente (pela esperana

    angustiada!), adormecer calmamente(hipnotizado ou

    sugestionado e condicionado!), enquanto que o

    animal treme, geme e deita-se por terra enrijecendo

    de repente e caindo como uma massa, e muitas vezes

  • morre agitado por arrepios convulsivos. Nesse caso

    geralmente usam um cabrito e muito amide um

    cachorro de estimao do doente.

    Vimos agir desse modo um babala (chefe

    de terreiro ou centro de Espiritismo) da tribo

    Fang: Paulo Nsoh, um dos nossos catequistas, tinha

    contrado uma febre lgida (com sensao dolorosa

    de frio) chamada febre dos bosques e que muito

    grave (poderia referir-se clera ou malria, mas

    fcil um erro de diagnstico por parte do

    missionrio). O quinino no adiantava.O babala

    mandou que o levassem embaixo de uma rvore de

    folhas grandes (precisamente aquela arvore

    concreta indicada detalhadamente pelo

    babala), executando em seguida os passes rituais;

    primeiro no doente e depois na rvore. Pouco

    depois as folhas ficaram pretas e caram. Sudao

    abundante do doente. No dia seguinte ele estava

    curado (Acreditava estar curado s por haver

    deixado de sentir a dor aps essa anestesia

    sugestiva).

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura10.jpg
  • H vrias frmulas, assim em outros lugares em vez

    de com areia e em panela de barro, a muginga

    feita com cerejas e em panela de madeira

    Ora, os pajs, babalas, xams, curandeiros, etc.,

    autnticos charlates e megalomanacos que so

    sempre, chegam a ser profissionais nos truques.

    No podiam faltar os truques para as curas por

    magnetizao, descarga ou transplante.

    Tais curandeiros inmeras vezes foram

    desmascarados por bons Parapsiclogos (repetimos

    mais uma vez: um bom Parapsiclogo deve ser

    profundo conhecedor de mgicas). Toda aquela

    pantomima do babala muito fcil. Basta de

    antemo envenenar o animal ou a rvore (a rvore

    com bastante antecedncia) com venenos de efeito

    progressivo. O trucador sabe bem o tempo em que

    comearo a surgir os maiores efeitos. A morte

    mgica (!?) do animal ou da rvore impressiona e

    sugestiona muito o paciente. Nada de real

    transplante da doena, de maus fludos ou de

    esprito encostado

    A este respeito, no se sabe o que admirar mais: se a

    esperteza e sem-vergonhice dos curandeiros ou a

    ingnua e doentia credulidade dos pacientes e

    testemunhas. E mesmo de testemunhas

    categorizadas por outros motivos!

    Herana sem truque

    A Umbanda brasileira, filha do feiticismo africano,

    herdou a mesma tcnica do transplante para a rvore

  • e animal, introduzindo algumas modificaes.

    Tambm morre o animal, mas sem truque: matam-

    no. Pelo contrrio, preserva-se a rvore com

    posteriores cuidados secretos

    A fenda na rvore com a oferenda a Irico fica

    tampada por outros pertences sem importncia, e em

    baixo est enterrado o cadver do animal

    No quarto do enfermo acha-se o babala com seus

    auxiliares, todos vestidos com os trajes (brancos) do

    ritual. O animal que vai para a troca est presente.

    O animal coberto por um pano preto, passando-lhe

    antes po (azeite de dend). Riscam-se os pontos

    de Omulu (orix ou divindade da morte e das

    pestes, representado por SoLzaro. Na realidade

    So Lzaro, irmo de Marta e Maria, amigo de

    Jesus, no era leproso. E Lzaro, o leproso, no

    existiu: foi personagem de uma parbola de

    Jesus). Acende-se parte da vela de cera virgem e

    parte da vela de sebo ou espermacete, cumprindo-se

    os preceitos necessrios. Tira-se a roupa do doente e

    cantam-se os pontos prprios devumbi (cerimnia

    fnebre aps a morte de um babala). Passa-se

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/cura11.jpg
  • a muginga de pipoca (constitui outra cerimonia o

    preparar pipoca com areia em panela de barro

    nova)Passa-se depois o po pelo corpo do doente,

    cantando-se as frmulas mgicas do ritual.A roupa e

    os cabelos do doente so entregues a Iroco (orix

    das rvores). Abre-se uma fenda em uma rvore

    determinada ou em sua raiz, e a se colocam. Depois

    fecha-se a fenda. Isso feito para que Iroco conceda

    sade ao doente. A vida do doente depender da

    vida da rvore.

    Juntamente com outros objetos do doente, faz-se

    enterro do animal, com as cerimnias do vumbi. O

    doente fica escondido at que, no prazo de sete dias,

    se complete o ritual do vumbi.

    Uma reflexo prtica

    No queremos deixar este tema dos transplantes de

    fludos ou doenas, sem chamar a ateno, uma vez

    mais, para certos tipos de diagnose que

    lamentavelmente se introduziram em certos

    hipnotizadores.

    O Dr. Charcot (1852-1893), como tambm seu

    mestre Dr. Libeault (1823-1904) recorreram e

    induziram seus seguidores a diagnsticos s vezes

    meramente sugestivos, visando os sintomas sem

    focalizar diretame

    Diagnsticos Parapsicolgicos?

    Curandeirismo

    Inumerveis diagnosticadores - Segundo Marc

    Brivet, presidente da Associao para o

    http://institutopadrequevedo.com.br/?portfolio_category=curandeirismo
  • Reconhecimento da Radiestesia Mdica (at agora

    no conseguiram e esperemos que no consigam!)

    havia em 1954 na Frana mais de 40.000 pessoas

    que praticavam a radiestesia. Quase todos se

    arriscavam a estabelecer diagnsticos e a tratar

    doentes.

    O Dr. Colinon e o grande parapsiclogo Robert

    Amadou aps suas pesquisas, no acham este

    nmero exagerado. E o nmero vai sempre em

    aumento. Acrescentemos os outros diagnosticadores

    no-radietesistas, evidentemente mais numerosos. E

    em outras partes do mundo. E ficaremos

    assombrados com o nmero ingente de curandeiros

    diagnosticadores no mundo.

    Radiestesia - O nome radiestesia, no seu sentido

    especfico e etimolgico (perceber radiaes), no

    corresponde realidade, salvo em rarssimas

    ocasies.

    Os tericos da radiestesia argumentam (?) que

    possvel perceber as radiaes cerebrais que

    correspondem aos diversos estados de sade, da

    mesma forma que as percebe o eletroencefalgrafo.

    O receptor biolgico, o homem, mais sensvel do

    que o receptor fsico, o eletroencefalgrafo,

    afirmam.

    verdade, no inconsciente existe a Hiperestesia

    (direta: HD; e indireta do pensamento: HIP, como

    provamos na 1 serie sobre A prodigiosa sabedoria

    do inconsciente, ou no libro A Face Oculta da

  • Mente). Mas isto no quer dizer que esteja provada,

    para estes casos, a radiestesia. Analogia no

    argumento.

    No negamos que um radiestesia possa captar, at

    sem contato, por hiperestesia inconsciente, essas

    mnimas emisses eltricas do crebro de outra

    pessoa, como inconscientemente se captam muitas

    radiaes humanas. Mas ainda ficaria o problema

    por parte do inconsciente do radiestesista da

    interpretao dessas captaes. Mas ainda fica o

    problema da manifestao ao consciente.

    No negamos que em algum caso essa captao e

    interpretao possa se manifestar por movimentos da

    mo ampliados pelo pndulo. Mas, neste caso, o

    fenmeno entraria de cheio no terreno dos

    fenmenos parapsicolgicos. No seria um

    fenmeno comum e regular como pretendem os

    radiestesistas. Seria um fenmeno parapsicolgico,

    no um fenmeno orgnico comum e portanto

    essencialmente irregular, incontrolvel como todo

    fenmeno parapsicolgico e sujeito a mil erros pela

    interveno do psiquismo inconsciente e seu vasto e

    complexssimo mundo.

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/img001.jpg
  • A Catedral de Milo, iniciada no sculo XIV (1386)

    e terminada no sculo XIX (1813). O misterioso

    repicar dos sinos foi no sculo XVII.

    Diagnstico por radiestesia?

    A mesma coisa, ou muito mais!, devemos dizer com

    respeito s demais afirmaes dos radiestesistas

    sobre o diagnstico mdico.

    O radiestesista compara a radiao humana vital (?)

    com as radiaes das substncias qumicas de um

    rgo sadio, que seriam diferentes das dos rgos

    doentes. Pondo-se o remdio na mo do doente, o

    pndulo giraria numa direo quando o remdio

    conveniente; na direo contrria quando

    desaconselhvel, e ficaria quieto quando o remdio

    fosse intil. Inclusive, pela amplitude dos

    movimentos do pndulo, determinar-se-ia o grau de

    convenincia ou inconvenincia do remdio, e o

    grau de acerto ou erro do diagnstico. Idnticos

    poderes se teriam para a localizao de rgos

    afetados, etc.

    Nenhuma destas afirmaes est comprovada. Ao

    contrrio, comprovou-se cientificamente que so

    falsas. Alguma vez tambm o radiestesista pode

    acertar, como pode errar pelos inumerveis fatores

    de erro do psiquismo. Porque a radiestesia uma de

    tantas tcnicas ou mancias, a gosto do

    consumidor, para a manifestao dos

    conhecimentos e adivinhaes, erros, invenes ou

    associaes do inconsciente, como a psicografia,

  • oui-j, movimentos do copo ou da mesa, projeo

    alucinatria na bola de cristal ou cristalomancia,

    oniromancia, etc.

    A radiestesia mdica, por conseguinte, entra de

    cheio no mbito escuro do curandeirismo.

    Repercusso orgnica - O Dr. Calligaris, professor

    de Fisiologia na Universidade de Roma e

    parapsiclogo, entre milhares de experincias sobre

    as placas epiteliais cita a que indicaria, por exemplo,

    se a quantidade de alimento, veneno ou remdio, que

    se tem na mo, est ou no dentro dos limites

    mximos compatveis com a sade normal daquela

    pessoa nesse momento. O mesmo aconteceria

    tocando-se na fotografia ou num manuscrito que

    descrevesse esses remdios, etc.

    As experincias do Dr. Calligaris, so muitas e

    impressionantes. Mas tambm, em primeiro lugar,

    precisam ser confirmadas, como ele mesmo

    confessa. Em segundo lugar, a reao em tais placas

    corresponderia, como percebe Calligaris,

    adivinhao inconsciente a respeito das substncias

    em questo, no a um influxo das substncias, ou da

    sua fotografia, ou do manuscrito, sobre o

    organismo do radiestesista.

    Tambm desta maneira podem-se explicar alguns

    diagnsticos e receitas dos curandeiros. Seria uma

    espcie de HIP ou HIE (veja-se a serie ou livro

    citados): o curandeiro adivinharia atravs das

    excitaes das placas ou atravs de outra srie de

  • reflexos, o pensamento ou mesmo a adivinhao

    inconsciente do prprio consulente. No um

    fenmeno orgnico, mas parapsicolgico.

    Adivinhao de adivinhao. O curandeiro se

    exporia, pois, a inmeros erros por duplo motivo. Diagnstico em sonhos - O diagnstico divinatrio

    de doenas empregou outras inumerveis tcnicas,

    sendo relativamente comum em todas as pocas e

    civilizaes. Por exemplo, a oniromancia ou

    adivinhao atravs dos sonhos.

    Sem cair, de um lado, nos exageros dos ocultistas,

    magos, adivinhos, nem, de outro lado, nos exageros

    e abusos inclusive de certos psicanalistas freudianos,

    no h dvida de que a oniromancia tem algum

    fundamento e, concretamente, para o diagnstico de

    doenas. Tem sido usada desde a Antigidade.

    evidente, porm, que com enorme perigo de

    subjetivismo e erro, confundindo eventualidade com

    regularidade!

    J os sacerdotes mdicos gregos analisavam os

    sonhos para diagnosticar o estado humoral ou

    surpreender nos seus comeos certos processos

    morbosos. Descreveremos alguns casos em

    prximos artigos.

    Aristteles alude a isso. Em seus tratados de

    Medicina, Hipcrates e Galeno tratam dos

    diagnsticos por sonhos. Hipcrates inclusive

    aprendeu grande parte dos seus conhecimentos de

    Medicina estudando as descries das doenas e

  • remdios sonhados, tal como se conservavam nas

    inscries do templo de Esculpio, em Cs, cidade

    onde ele nasceu e viveu. O grande mdico Galeno,

    nascido na sia Menor, no ano 129 d.C., afirmava

    que em algumas ocasies ele mesmo sonhara no s

    com o diagnstico, mas tambm com o modo de

    tratar certas doenas.

    O inconsciente avisa - Esses eventuais sonhos de

    diagnstico at muito precoce so explicados

    perfeitamente pelo talento do inconsciente, que

    simboliza e exagera os mnimos sintomas que capta

    hiperestesicamente (rarissimamente por telepatia,

    extrasensorial).

    Abundam os exemplos. Os Drs. Meunier e Masselon

    citam o caso de uma menina que, em sonhos, sentia

    que lhe apertavam a cabea com um torno. Pouco

    depois se apresentavam sintomas de meningite.

    Os Drs. Vaschide e Piern referem o caso de outra

    menina que sonhara com um carregador que lhe

    punha sobre o pescoo uma caixa muito pesada:

    poucas horas depois de acordar, apareceu angina.

    Dias antes de surgir uma ferida maligna na perna. A.

    de Villeneuve sonhou que um cachorro o mordia.

    Gessner sonhara que fora picado por uma serpente,

    surgindo mais tarde no lugar da picada uma lcera,

    causa de sua morte.

  • Macrio sentiu em sonhos a garganta fortemente

    inflamada. Acordou em perfeita sade. Horas depois

    se manifestava violenta amigdalite.

    Um estudante sonhara que sentia dor no peito e que

    aumentava ao respirar profundamente, produzindo

    tosse. Quando acordou, sentiu-se perfeitamente e,

    por conseguinte, no deu importncia ao sonho. Dois

    dias depois, porm, surgia a febre e dor no lado,

    tendo o exame revelado inflamao pleural.

    So tantos os caos semelhantes que completamente

    inaceitvel atribu-los casualidade. Como tambm

    inaceitvel atribu-los todos, ou na maior parte,

    inverso do processo, atribuindo as doenas ao

    influxo da imaginao excitada no sonho.

    Nas antigas experincias de magnetismo e nas

    modernas de hipnotismo, os casos de lucidez

    mdica tem atrado a ateno (s vezes em

    demasia).

    A experincia mais simples e clssica pr um

    hipnotizado em relao com uma pessoa atacada de

    uma doena qualquer, ignorada pelo pesquisador. Se

    o prprio doente no sabe com preciso em que

    consiste sua doena, se no tem instruo do ponto

    de vista mdico-fisiolgico, o fator leitura-do-

    pensamento ficar anulado tanto quanto possvel.

    Nestas circunstncias, o hipnotizado tendo entre as

    suas as mos do paciente, tentar como que

  • contagiar-se; sentir dor em si mesmo exagerando os

    sintomas da doena, ou ver os prprios rgos

    correspondentes aos afetados no paciente.

    Se o hipnotizado predisposto lucidez mdica,

    alguma vez poder por esta espcie de transposio

    da sensibilidade (pela hiperestesia direta ou

    indireta), fazer um diagnstico mais ou menos

    preciso.

    No propriamente a transposio da

    sensibilidade o que nos interessa aqui, mas o

    diagnstico. A transposio da sensibilidade, isto

    que o dotado sinta no seu prprio corpo a doena

    do consulente, no mais do que o modo de

    expresso da adivinhao do inconsciente, como

    poderia expressar-se pela escrita automtica, pela

    brincadeira do copo e por outras maneiras, at pela

    dermografia (estigmatizao).

    O inconsciente do adivinho manifesta seu

    diagnstico com dores nas partes do seu prprio

    corpo, que podem corresponder (ou no!) s

    realmente doentes no corpo do consulente, presente

    ou ausente. Tambm pode experimentar dores em

    relao a pessoas j falecidas (o que s a falta de

    lgica prpria dos espritas pode aceitar que estaro

    ainda doentes no alm), como por exemplo

    aconteceu nas experincias realizadas pelo Dr. Osty.

    Ou em relao a pessoas fictcias ou doenas

    inexistentes

  • Desta maneira se explicam alguns diagnsticos dos

    curandeiros.

    Os xitos nestes casos de HIP no so regulares, mas

    certamente so menos raros do que aqueles nos

    quais nenhum dos presentes conhece a doena e seu

    tratamento. Se a HIP pouco freqente, a ESP

    (Percepo Extra-Sensorial distncia, do passado e

    inclusive do futuro) exceo.

    Numa reunio em nossa casa (), com a

    assistncia de trs conhecidos mdicos e uma

    senhorita recm-apresentada, a vidente (a senhora da

    casa, D. Maria Amanda Ravagman de Fernndez)

    disse: a senhorita tem algo menos bom em seus rins

    () Tem um pouco de albumina. Um dos mdicos

    presentes, o Dr. Jun A. Schoeder, diretor de

    Laboratrio do Hospital Muiz, fez no dia seguinte a

    anlise correspondente e encontrou pequena dose de

    albumina.

    Explicao?: conscientemente a Srta. A. no sabia

    nada da sua prpria doena. Mas o inconsciente a

    sentia. Muito freqentemente, espritas mal

    intencionados se disfaram at de cristianismo para

    melhor enganar no exerccio do curandeirismo.

    Diagnstico distncia - O inconsciente

    hipersensvel (hiperestsico) e pode sentir os

    mnimos sinais ou prdromos absolutamente iniciais

    de uma doena.

  • Quando um fato se refere a ns mesmos (ou a seres

    ligados a ns afetivamente) e, se alm disso, um

    fato importante, precisamente por isso o fato est

    mais excitado no nosso inconsciente e mais

    facilmente captado pelo adivinho. o fenmeno

    chamado HIE: Hiperestesia sobre o Inconsciente

    Excitado.

    Com o chamado mecanismo em L ou a trs,

    algum capa de nosso inconsciente alguma coisa que

    ns temos inconscientemente adivinhado com

    respeito a uma terceira pessoa. Se consultarmos um

    adivinho ou curandeiro sobre a sade de parente,

    alguma vez pode adivinhar. Mas, se lhe

    perguntarmos por carta, dificilmente adivinhar: a

    manifestao da ESP rarssima, mas no to rara

    a manifestao da HIP.

    Se adivinhassem, arruinar-se-iam Consideramos

    importantes estas distines entre adivinhao

    sensorial e extra-sensorial. Os parapsiclogos da

    Escola Norte-Americana, de grande influxo nos

    parapsiclogos de todo o mundo, confundem

    freqentemente qualquer adivinhao sensorial com

    a extra-sensorial. Tratando-se de percepo extra-

    sensorial, nunca seria preciso visitar curandeiros (ou

    adivinhos em geral, que igualmente poderiam

    diagnosticar distncia), As grandes organizaes

    econmicas de hotis, agncias de viagens, etc.

    ficariam enormemente prejudicadas; o entusiasmo

    sugestivo e contagiante diminuiria; se as

  • adivinhaes fossem extra-sensoriais,

    automaticamente viria a runa dos curandeiros e seus

    associados.

    Em resumo podemos dizer: possvel adivinhar

    parapsicologicamente. Se nenhum dos presentes tem

    cincia do diagnstico, a adivinhao

    absolutamente mera exceo. Se algum dos

    presentes o conhece, a adivinhao, sem deixar de

    ser perigosa e pouco freqente, no ser to

    excepcional.

    Muito freqentemente, espritas mal intencionados

    se disfaram at de cristianismo para melhor enganar

    no exerccio do curandeirismo.

    Sabemos errar sozinhos - Fazer uma viagem,

    hospedagem, gastar dinheiro para que o

    curandeiro nos diga, alguma vez, o que eles mesmos

    ou seu mdico j sabem, algo completamente

    infantil.

    Com o perigo de que confirme o que acreditam

    erradamente. Como no caso, entre milhares, do Sr.

    Castillo, de Lins:

    Arig (Jos Pedro de Freitas), afirmou que o Sr.

    Castillo sofria de cncer e receitou remdios

    contra o cncer. O mdico de Lins afirmava que, na

    http://institutodeparapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/img002.jpg
  • realidade, no era cncer. Fizeram-se todas as

    anlises clnicas, sempre com resultado negativo.

    Mas o Sr. Castillo temia que fosse cncer, que a

    famlia lhe estaria ocultando.

    Arig confirmou o erro do Sr. Castillo. Este chegou

    a pesar 37 quilos, apesar de ser um homem de quase

    1.80 m de altura. Pouco depois estava morte.

    Continuava acreditando que tinha cncer.

    O mdico, seguro de que o diagnstico de Arig era

    falso, queria operar. Por fim, visto que Arig no o

    curara, o Sr. Castillo permitiu a operao. Era tumor

    benigno no pncreas. Hoje o Sr. Castillo vive forte e

    sadio. Fiando-se de Arig, que adivinhou (ou se

    inteirou?) o seu pensamento, quase morre vtima de

    um cncer, que no tinha. O mdico disse que a

    operao e a convalescena estiveram muitssimo

    prejudicadas por no se ter submetido operao,

    seno no ltimo momento.

    Outro aspecto. Escreve o parapsiclogo argentino

    Jos Salvador Fernndez:Visitvamos, num grupo

    de pessoas, o conhecido vidente Mister Eric Luck,

    na residncia que ocupava, perto do povoado de

    Temperley, onde atendia de forma desinteressada (?)

    e cordial a seus convidados. Entre os assistentes

    estava o Dr. Olives, conhecido odontlogo, a quem

    Luck disse de imprevisto: O senhor tem um molar

    cariado. A resposta foi: no. Seguiu nova

    afirmao de Luck. O Dr. Olives, molestado, revelou

    que era dentista e que no tinha dente algum nessas

  • condies. Mas Luck, assinalando com o dedo um

    lado do prprio rosto, tornou a afirmar

    categoricamente: Asseguro-lhe que neste ponto, h

    um molar que poder estar bem por fora, mas por

    dentro est oco. Sinto que h um vazio a. E logo

    veio a explicao do Dr. Olives: Bem a me falta

    um molar.

    Adivinhao real, mas s parcialmente manifestada

    e interpretada com diagnstico errneo.

    Desafio aos curandeiros A adivinhao,

    hiperestsica ou extra sensorial,

    no pode ser de manifestao regular e certa, sendo

    numerosssimos os fatores de erro em toda

    manifestao do inconsciente. Mas o povo no

    aceita muitas vezes o ditame cientfico, preferindo

    acreditar nos curandeiros. Por isso alguns sbios

    mais humanos tm descido ao nvel popular

    empregando um argumento convincente: o

    desafio.

    No Brasil o Dr. Xavier de Oliveira, prestigioso

    psiquiatra do Rio de Janeiro, autor do livro

    Espiritismo e Loucura, apostou uma boa quantia:

    Desafiava o curandeiro, que se apresentava sob o

    pomposo ttulo de Professor Mozart, a fazer no

    hospital o diagnstico de um doente qualquer. No

    paciente de alguma dessas doenas para as quais

    baste simplesmente ver o paciente, e sim dessas

    doenas que sem anlises clnicas, ou sem

    interrogatrio dos sintomas, o mdico no pode

  • diagnosticar. O Professor Mozart fugiu ao desafio.

    Eu mantenho desde 1964 a aposta de dez mil dlares

    contra mil, a qualquer curandeiro, pastor exorcista

    com seu endemoninhado, mdium esprita, ou

    adivinho de qualquer espcie, para me acertar quatro

    entre cinco cartas de um baralho que eu misture. Eu

    e o juiz, para facilitar, podemos olhar as 5 cartas

    que sarem ao acaso do baralho bem misturado.

    Existe a adivinhao, mas essencialmente

    espontnea e incontrolvel. Por que abrem

    consultrio sobre todo tipo de problema, ou para

    diagnosticar qualquer doena e remdio? Anti-

    cientfico! Aposto dez mil dlares contra mil.

    Espontaneamente, alguma vez, uma pessoa poder

    sonhar, por exemplo, com uma ou duas, at

    excepcionalisimamente at com as 5 cartas

    separadas do baralho. Mas, com hora marcada, como

    os curandeiros, adivinhos

    Espertalhes parte - evidente que em tudo o

    que temos dito sobre os diagnsticos, prescindimos

    da charlatanice aberta dos que montaram uma rede

    mais ou menos completa de espionagem para

    inteirar-se, antes da visita ao curandeiro, da doena

    que afeta os consulentes mais importantes e

    influentes e do tratamento adequado.

    Tambm prescindimos dos diagnsticos, nada

    meritrios, que possa fazer com uma simples

    observao quem tem, s vezes, muitos e muitos

    anos de prtica de curandeiro. Ele dir que lhe foi

  • revelado do alto

    Tambm no consideramos os diagnsticos dessas

    doenas sumamente comuns num grande nmero

    das pessoas que consultam o curandeiro: a

    desnutrio, a fome e o sofrimento com todas as

    conseqncias. O curandeiro fingir mistrios e

    receitar simplesmente fortificantes e calmantes.

    Conversas habilidosas - O curandeiro procura,

    habilmente, dentro das suas possibilidades, aprender

    do mdico, do farmacutico, do enfermeiro.

    O mdico esprita Ccero Valrio afirma, por

    exemplo a respeito do curandeiro Z Arig:

    Acompanhamos algumas consultas clnicas. O Dr.

    Fritz (personalidade inventada; seria o esprito (?) de

    um mdico falecido a quem Arig responsabilizava

    pelo seu exerccio ilegal da Medicina) me perguntou

    se conhecia algum produto farmacutico lipotrpico

    recentemente lanado. Citei um, tendo como base o

    cido lenolico, o que lhe causou viva admirao, ao

    verificar que eu estava ao corrente das novidades

    teraputicas, informando-me que j tinha

    conhecimento do produto, antes mesmo do seu

    lanamento.

    No entraremos em discusso sobre se Arig (Fritz

    ?!) de fato j conhecia ou no esse remdio. Citamos

    o acontecimento unicamente como anedota que

    mostra a tcnica muitas vezes empregada por Arig

    e outros curandeiros: provocam uma conversa

    perante mdicos benvolos, a respeito do que lhes

  • interessa saber Posteriormente, quando o

    curandeiro fizer uso do que ouviu dos prprios

    mdicos, o mdico partidrio e fantico seguidor do

    espiritismo perguntar demonstrando sua

    ingenuidade: Como podero ser interpretados

    fenmenos de tal natureza, j observados por grande

    nmero de mdicos que passaram por Congonhas?

    humanamente impossvel a um indivduo inculto,

    completamente ignorante de assuntos mdicos

    Medicina uma coisa, Parapsicologia outra.

    Realmente inadmissvel que um mdico como

    Ccero Valrio no compreenda que no

    corresponde aos mdicos desmascarar ou investigar

    charlatanice, tcnicas e habilidades, ou qualquer

    outra maravilha real ou aparente. E os mdicos

    espritas certamente so os menos indicados para

    esta tarefa.

    Arig inicialmente se lanava irresponsavelmente a

    diagnsticos fceis. Mas, tendo cometido erros

    crassos, como o de diagnosticar lepra em uma

    pessoa portadora de albinismo, terminou por

    aprender a ser prudente. Na pesquisa do CLAP

    comprovamos amplamente que, nos ltimos dez

    anos, o Dr. Adolfo Frizt (?!) p