os jogos cooperativos na promoÇÃo da inclusÃo escolar · professores sobre a inclusão escolar e...
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OS JOGOS COOPERATIVOS NA PROMOÇÃO DA INCLUSÃO ESCOLAR
Autor: Rosana Batista de Andrade Maia¹ Orientador: Paulo Ricardo Ross²
RESUMO
Este artigo pretende contribuir com a formação de professores de educação física do ensino fundamental, analisando práticas pedagógicas relacionadas a jogos cooperativos no ambiente escolar. O trabalho apresentou orientações para os professores sobre a Inclusão Escolar e as Práticas Pedagógicas Inclusivas. Realizou atividades teóricas organizando estudo destas práticas na escola ressaltando os limites da competição e os valores que permeiam a cooperação, o sentido da diversidade, a subjetividade do espaço e do tempo do outro, a pedagogia da adequação à capacidade de cada pessoa, o combate à comparação, à rotulação e a toda espécie de exclusão, isolamento e abandono. A Inclusão baseada na cooperação considerou atitudes, valores, formas de pensar (discriminatórias consideradas naturais, liberais, centradas no mérito, subjetivas, guiadas pela visão da diversidade). Este estudo também favoreceu a compreensão do papel dos profissionais da educação envolvendo os professores, os pedagogos e gestores na prática e avaliação da inclusão escolar. Sendo primordial que a escola esteja preparada para receber os alunos que apresentam necessidades específicas de aprendizagem, organizando atividades motivadoras, cooperativas e experimentais nas aulas regulares e no contra turno. É necessário que a comunidade escolar proporcione a interação destes alunos garantindo a valorização das diferenças das condições de aprendizagem e do acesso ao conhecimento e às oportunidades sociais.
Palavra chave: Inclusão escolar; jogos cooperativos; aluno; deficiência
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é contribuir com a formação de professores, em
___¹ Professora do Estado do Paraná - Colombo ² Professor da Universidade Federal do Paraná - Curitiba
particular os de Educação Física na organização de práticas pedagógicas inclusivas
cooperativas e outras adequadas às necessidades, diferenças e capacidades de
cada um dos alunos promovendo a inclusão escolar.
Neste artigo, observamos a legislação que atendem aos princípios do direito à
diferença, à acessibilidade e ao desenho universal da não discriminação e da efetiva
participação de todos. Cabe à escola promover as condições para aprendizagem e o
desenvolvimento das capacidades dos alunos no ambiente escolar sem exclusão.
Para fins deste trabalho foram propostas as seguintes atividades de
formação: a organização das Práticas Pedagógicas Inclusivas juntamente com toda
a comunidade escolar e a proposta curricular. A utilização de novas estratégias
metodológicas onde foram desenvolvidas com os professores as práticas coerentes
com os princípios da educação inclusiva.
A Educação especial direcionou suas ações para o atendimento das
especificidades desses alunos no processo educacional. A atuação mais ampla na
escola identificou novas práticas pedagógicas inclusivas onde todos estavam
inseridos. Dentro desta perspectiva, direcionamos os jogos cooperativos as práticas
educacionais da disciplina de Educação Física transformando em novas atividades
com todos os envolvidos.
Nos jogos observamos muitas características onde os alunos tiveram a
oportunidade de participar, e não somente àqueles que possuíam uma determinada
habilidade. Os Jogos Cooperativos na escola foram aqueles que todos participaram,
através de modalidades diferenciadas e adaptadas, promovendo a cooperação e a
inclusão escolar durante as aulas.
Este trabalho permitiu aos professores proceder à investigação relativa à
Inclusão Escolar, onde aprofundaram seus conhecimentos e alcançaram os
objetivos. Nesta perspectiva:
- Identificou novas possibilidades de aprendizagem e concepções sobre educação
inclusiva entre os professores de Educação Física;
- Sensibilizou os professores de Educação Física a importância de participação dos
alunos com necessidades adicionais de aprendizagem em suas aulas.
- Proporcionou atividades experimentais com os jogos cooperativos para os
professores desenvolverem com a turma de alunos com deficiência;
- Reconheceu diferentes atividades e jogos cooperativos para trabalhar com os
alunos com e sem deficiência.
2 DESENVOLVIMENTO
A pesquisa quanto aos fins foi investigativa tendo em vista que contou com a
participação dos professores de Educação Física no conhecimento das aulas e sua
contribuição para educação inclusiva no ambiente escolar. A pesquisa foi descritiva,
pois registrou informações através de entrevista com os professores de educação
física. Foram levantados dados, quanto às práticas cooperativas conhecidas pelos
professores. As pessoas com necessidades específicas de aprendizagem são
concebidas como sujeitos de direitos, como o de ter identificadas suas capacidades,
participarem de práticas pedagógicas adequadas, interagirem com os colegas de
sala, considerando-se os apoios, os instrumentos, as alterações na forma, no grau
de complexidade que se fizerem necessárias a cada um para manifestar sua
compreensão da realidade e possibilitar sua ação e reelaboração no cotidiano.
O objeto investigatório se desenvolveu através das ações com os
professores, os alunos com deficiência inclusos e seus colegas de sala de aula.
Foram discutidos os valores explícitos e implícitos nas regras dos jogos competitivos
e dos jogos cooperativos. Foram levantadas diferentes possibilidades de se alterar
as regras, as finalidades para promover a participação de todos e destacar as
diferenças, o valor de cada pessoa.
Os jogos têm muitas características onde todos devem ter a oportunidade de
participar, e não somente àqueles que possuem uma determinada habilidade. Os
Jogos Cooperativos na escola são aqueles onde todos podem participar de forma
cooperativa, através de modalidades diferenciadas e adaptadas para promover
justamente a cooperação e a inclusão escolar durante as aulas de educação física.
Nas práticas e métodos pedagógicos não disciplinares predominam a
experimentação, a criação, a descoberta, a co-autoria do conhecimento. Vale o que
os alunos são capazes de aprender hoje e o que podemos lhes oferecer de melhor
para que se desenvolvam em um ambiente rico e verdadeiramente estimulador de
suas potencialidades. Em uma palavra, as escolas devem ser espaços educativos
de construção de personalidades humanas autônomas, críticas, nos quais as
crianças aprendem a ser pessoas. Nelas ensinam-se os alunos a valorizar a
diferença, pela convivência com seus pares, pelo exemplo dos professores, pelo
ensino ministrado nas salas de aula, pelo clima sócio afetivo das relações
estabelecidas em toda a comunidade escolar – sem tensões competitivas, solidário,
participativo (MANTOAN, 2002).
Escolas que estão preocupadas em incluir não excluem nenhum aluno de
suas classes, de seus projetos, de suas aulas, das propostas e do convívio escolar
diferenciado. São práticas educacionais em que todos os alunos têm muitas
possibilidades. Esclarecendo que trabalhar com a inclusão escolar é, de fato, dever
de todos, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
A escola pode organizar-se para aceitar todos os alunos e promover as
capacidades de cada um. A inclusão escolar produz sentido positivo para os alunos
com ou sem necessidades específicas de aprendizagem, com ou sem deficiência.
Após as pesquisas e atividades realizadas foi possível observar e concluir
com os estudos o quanto a educação física carrega consigo marcas de uma história
excludente. No entanto, é necessário superar a ênfase na aptidão física, centrada no
o rendimento padronizado decorrente deste referencial conceitual da educação
física.
Superando a aptidão e o rendimento físico, atua-se sobre a formação das
habilidades sociais, como a de defender a si mesmo, protegerem-se, oferecer apoio,
receber do outro o que precisa buscar o outro para resolver problemas e tomar
consciência do seu próprio corpo, a amplidão e riqueza de suas funções, o prazer e
a satisfação pessoais, os afetos que brotam e se estendem de suas interações. Mais
do que o físico, é preciso enxergar e valorizar todas as dimensões do ser humano
envolvido em cada prática de cultura corporal.
Suprimir o caráter classificatório da avaliação escolar, através de notas,
provas, pela visão diagnóstica desse processo que deverá ser contínuo e qualitativo,
visando depurar o ensino e torná-lo cada vez mais adequado e eficiente à
aprendizagem de todos os alunos. Essa medida já diminuiria substancialmente o
número de alunos que são indevidamente avaliados e categorizados como
deficientes, nas escolas regulares (MANTOAN, 1997).
Para que o aluno com necessidades específicas de aprendizagem seja
verdadeiramente incluído na Educação Física, não bastará estar no mesmo espaço
físico ou participar de algumas atividades, mas ela deve fazer parte do grupo e
participar de todas as brincadeiras e atividades desenvolvidas durante a aula,
mesmo que necessite de ajuda e apoio do professor e de outros colegas. A
cooperação, além de ter uma conexão direta com a inclusão, possui alguns
conceitos básicos a serem conhecidos.
O processo de cooperação parte do individual para o grupal ou social. Sendo
as características principais para desenvolver os jogos cooperativos: Auto-estima,
sustentabilidade, alter-estima e a comunidade em torno do Jogo Cooperativo
(BROTTO, 2000).
Porém este apoio, não deve transformar-se em super proteção, pois esta ao
invés de contribuir, tende a dificultar o processo de inclusão. Entender como o aluno
com necessidades específicas de aprendizagem elabora e estrutura seu
conhecimento sobre o mundo facilitará a aquisição de sua autonomia e
independência, necessárias à sua inclusão. Devemos oferecer ao aluno
oportunidades de aprendizado individual e coletivo que lhe permitam, nas ações
perceptivo-motoras, reconhecer a si próprio, os elementos constitutivos do seu corpo
e quais são suas possibilidades de ação diante do meio.
O estímulo deve consistir de atividades que visem a intensificar a interação do
ambiente com o aluno de maneira que seu desenvolvimento ocorra o mais próximo
possível da idade cronológica. A estimulação deve basear-se em ações perceptivo-
motoras, propostas em forma de jogos e/ou atividades ginástica, com caráter
socializado e, sempre que possível, também lúdico, tendo em vista atingir os
objetivos de formar um indivíduo participativo, autônomo, independente e crítico.
O desenvolvimento do aluno começa pelo reconhecimento e sua própria
corporalidade, pois é via organização corporal que todo ser humano estabelece
relações com os objetos e os indivíduos que fazem parte de seu ambiente. Os
professores devem ser orientados a partir de fundamentos teórico-práticos, para que
possam modificar práticas e métodos de ensino, com o objetivo de propiciar um
ensino de qualidade para todos.
É fundamental que o professor nutra uma elevada expectativa pelo aluno. O
sucesso da aprendizagem está em explorar talentos, atualizar possibilidades,
desenvolver predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades, deficiências e
limitações são reconhecidas, mas não devem conduzir/restringir o processo de
ensino, como comumente acontece (MANTOAN, 1997).
No processo de intervenção no campo da Educação Física primeiramente
deve ser estimulada as formas como os alunos podem agir sobre os objetos com a
finalidade de aprender, reconhecendo suas propriedades, identificando suas
múltiplas possibilidades de utilização individuais e coletivas estabelecendo relações
lógico-matemáticas, ao mesmo tempo em que executam ações comunicativas para
aperfeiçoar sua linguagem, à luz das reflexões em torno das atividades realizadas.
Alguns objetivos que podem ser alcançados nas aulas de Educação Física
para crianças com necessidades especiais como os mencionados a seguir:
identificar, reconhecer, comparar, agrupar e/ou classificar os elementos constitutivos
e as propriedades do corpo, dos materiais utilizados e das práticas sociais
manifestadas na aula, com atividades que tenham sentido, sejam desafiadoras e
enfatizem a superação do egocentrismo e individualismo. Socializar
permanentemente em todas as experiências de aprendizagem, fomentando a
autonomia, a capacidade criativa, a busca do prazer pelo que se faz e o acesso à
possibilidade de mudança de regras, tendo a organização grupal como fonte de
resolução de problemas (PALLAFOX, 1998).
Ainda esse mesmo autor se refere como objetivos mais específicos, aos
elementos psicomotores e cognitivos que são subjacentes ao desenvolvimento da
criança:
• Esquema corporal;
• Noção espacial e temporal;
• Habilidades motoras básicas;
• Desenho e escrita;
• Lateralidade;
• Coordenação fina e grossa;
• Atenção;
• Expressão oral e estimulação para a leitura;
• Percepção sensorial e memória;
• Equilíbrio e controle muscular.
Esses objetivos serão bem alcançados se as atividades forem desenvolvidas,
sempre que possível, em forma de jogos cooperativos e de brincadeiras, pois eles
são a melhor maneira do aluno comunicar-se, questionar e explicar. São os
instrumentos para relacionar-se com o mundo, projetando seu universo interior e
recriando as relações com os que convivem no grupo social.
Por meio dos jogos e das brincadeiras, o aluno tem a oportunidade de
confrontar seu ponto de vista com os demais colegas. Nessa interação, começa a
considerar a existência de diferentes pontos de vista, e isso favorece a construção
de sua identidade, contribuindo também, para o seu processo de socialização.
Após pesquisa com os professores de Educação Física conclui-se que a
cultura corporal e as atividades expressivas corporais como: jogo, brincadeira,
esporte, dança e as atividades que podem ser desenvolvidas cooperativamente com
toda a turma.
A adoção de novos conceitos e estratégias, como a educação cooperativa
adotando o trabalho coletivo e diversificado nas turmas e na escola como um todo é
compatível com a vocação da escola de formar as gerações. É nos bancos
escolares que aprendemos a viver entre os nossos pares, a dividir as
responsabilidades, repartir as tarefas. O exercício dessas ações desenvolve a
cooperação, o sentido de se trabalhar e produzir em grupo, o reconhecimento da
diversidade dos talentos humanos e a valorização do trabalho de cada pessoa para
a consecução de metas comuns de um mesmo grupo (MANTOAN, 1999).
Como encaminhamento, na pratica esportiva escolar, trabalhar nas aulas de
educação física com a educação cooperativa através dos jogos cooperativos possa
tornar-se uma tendência comum a todas as ações da escola e, que isso possa
contribuir não só para um ambiente de trabalho. Através deste estudo mais
produtivo, motivador, harmonioso e cooperativo, como também, para as ações que
esses alunos possam ter para a sua vida fora da escola.
Os Jogos Cooperativos foram escolhidos como forma de apresentar a pratica
a partir de novos enfoques para educação inclusiva no ensino Fundamental, isto é,
procurar novas estratégias para desenvolver os jogos cooperativos com os alunos
com deficiência promovendo a inclusão escolar na Educação Física.
O conteúdo deixa claro que a inclusão é para todos os cidadãos, pois a
cidadania edifica-se alicerçada pela aceitação das diferenças e a valorização do que
cada um pode oferecer.
Muitos valores surgem em situações de cooperação, assim como a amizade,
a sensibilidade, a ajuda mútua, a intercomunicação de idéias e o orgulho de
pertencer ao grupo (SOLER, 2002).
Características que um facilitador deveria ter:
Comunicação - comunicar o sentido do jogo aos alunos;
Amabilidade - amizade, união e solidariedade com os alunos;
Criatividade - no momento em que sugere um novo jogo realizar as adaptações
necessárias;
Flexibilidade - precisa mudar sempre;
Alegria - motivar os alunos com alegria;
Sensibilidade- ao grupo e as suas necessidades;
Paciência - sempre esperar os resultados.
Nos jogos o aluno pode adentrar no mundo adulto pela via da representação
e da experimentação e o espaço da escola deve propiciar sempre estes momentos
(BROWN e SOLER, 1994).
As dificuldades vivenciadas por todos os participantes do cotidiano da escola
que tentam, de diferentes maneiras, viabilizar a educação inclusiva de acordo com
suas possibilidades.
Nesse sentido, surgindo ambientes com ações que fortaleçam a inclusão nas
aulas de Educação Física, a escola determinará o seu sucesso quanto à melhoria no
seu processo de ensino e aprendizagem. A comunidade escolar não funciona melhor
do que as crenças e os valores que a norteiam. Por esta razão, a certeza da
importância da educação inclusiva, nos fazem perceber o quanto ainda tem de
responder a deficiência provocada no sistema educacional em períodos históricos
anteriores.
2.1 Atividades para desenvolver com os alunos com deficiência mental
As atividades podem ser desenvolvidas normalmente. O professor deve
explicar de forma clara e objetiva como vai se desenvolver a atividade. Todos os
alunos devem participar um ajudando o outro:
Atletismo:
• Salto em altura;
• Salto em distância;
• Arremesso;
• Corrida de velocidade;
• Corrida de longa distância;
• Corrida de revezamento.
• Futsal adaptado;
• Futebol de campo adaptado;
• Voleibol adaptado;
• Handebol adaptado;
• Basquetebol adaptado;
• Jogos;
• Brincadeiras;
• Lutas: judô e capoeira.
• Desenvolver a Psicomotricidade;
• Desenvolver a expressão corporal.
É importante destacar, que o aluno com deficiência mental, conforme o grau
deve participar normalmente de todas as atividades propostas:
• Ginástica aeróbica;
• Dança de salão;
• Dança folclórica;
• Ginástica acrobata;
• Atletismo:
• Salto em altura;
• Salto em distância;
• Arremesso;
• Corrida de velocidade;
• Corrida de longa distância;
• Corrida de revezamento.
2.2 Atividades para desenvolver com os alunos cadeirantes
É muito comum nas aulas de educação física, haver a presença de um aluno
cadeirante (aluno que usa cadeira de rodas para se locomover). A aula deverá ser
desenvolvida normalmente e o professor e toda a turma deverão atentar para nunca
deixar de fora este aluno cadeirante.
- Voleibol adaptado: se houver um aluno na cadeira de rodas, abaixarem-se a altura
de rede de vôlei e os demais alunos deverão desenvolver o jogo sentado. Todos os
alunos estarão na mesmo condição e a partida se desenvolverão naturalmente.
- Basquetebol adaptado: são inúmeras as formas de se praticar o basquetebol na
cadeira de rodas, handebol de cadeira de rodas já se tem campeonatos de
basquetebol em cadeira de rodas, mas em nossa sala de aula não haverá cadeira
de rodas para todos. O professor deverá encontrar uma forma que o aluno participe
efetivamente das aulas. Por exemplo: a bola tem que passar pelo aluno cadeirante
antes do arremesso, só o aluno cadeirante poderá fazer o arremesso na cesta.
No desenvolvimento dos fundamentos o aluno cadeirante deverá participar
normalmente de todas as práticas desenvolvidas pela turma, sempre procurando
envolver todos os alunos para que cooperem juntamente com toda a turma.
2.3 Atividades para desenvolver com os alunos com deficiência auditiva
Também muito comum em nossas escolas termos incluso um aluno ou mais
com deficiência auditiva. O professor de educação física deve usar bastante o gesto
para demonstrar as atividades, e se posicionar onde esteja bem visível a todos. Os
recursos visuais como vídeos, retro-projetor, fotos, são recursos importantíssimos
para todos os alunos.
No atletismo e mesmo qualquer atividade, o professor deve usar bandeiras,
de preferência vermelha, bem visível para sinalizar a mudança da atividade e
mesmo as regras.
O professor deve usar o máximo possível de gestos e sinais durante as aulas,
sempre deve colocar os alunos de forma estratégica onde todos possam ter uma
boa visualização da turma.
Quando temos alunos com deficiência visual em nossas aulas, o currículo
pode ser desenvolvido naturalmente, não será encontrada grande dificuldade no
desenvolvimento da aula. Nenhum aluno deverá ficar fora da aula.
Deficiência auditiva comprometedora, o professor poderá solicitar algum
trabalho sobre determinado assunto e a turma deverá apresentar de forma teatral,
tal dinâmica vem a somar para a turma de forma que todos os alunos participem
como atores na atividade.
2.4 Atividades para desenvolver com os alunos com deficiência visual
Durante o desenvolvimento de suas aulas, o professor deverá utilizar bastante
a fala, sons, músicas e principalmente o toque. Quando temos um aluno com
deficiência visual em nossa aula é um momento importante de toda turma cooperar
uns com os outros, todos deverão se ajudar na aula.
Desenvolver o futsal, onde todos deverão estar vendados. A bola pode ser a
especial com o guizo ou o professor pode confeccionar uma bola que faça barulho.
Dividem-se as equipes normalmente e o goleiro pode ficar sem a venda, onde o
mesmo poderá orientar os demais colegas a direção do gol.
No atletismo alguém da turma pode desenvolver as atividades de mãos dadas
com o aluno. As corridas serão desenvolvidas naturalmente, sempre com o apoio de
um colega de turma.
Saltos e arremessos, o aluno deverá ter o contato com os objetos e materiais
e o professor irão explicar para todos os alunos o objetivo da aula. O professor não
deve se preocupar com a competição, quem vai ganhar ou perder, mas sim com a
participação de todos.
O professor não deve se preocupar com pontuação do jogo ou quem é o
vencedor e o perdedor, isto pode aumentar muito a competição e a rivalidade. Ele
deve atentar para que todas as atividades sejam cooperativas. Todos devem se
ajudar, mesmo quando não possui alunos com necessidades adicionais de
aprendizagem nas aulas.
Depoimento de uma professora de Educação Física:
“Uma turma do oitavo ano com um aluno Deficiente Visual. Usei muito a televisão
multimídia, lia os textos sobre alongamentos, postura, estresse e outros, faziam
comentários pedia para ele comentar o que entendeu e o que não entendeu. Ele
debatia e perguntava muito. Trabalhava na sala de aula com ginástica laboral. O
aluno era muito participativo todos colaboravam. Todos trouxessem uma venda para
os olhos. Combinamos com o aluno que na próxima aula ele que iria nos conduzir
para andar com as vendas nos olhos, depois de cada um ter passado pela
experiência, nos iríamos trocar de par. O aluno com deficiência visual explicou que o
lugar certo para pegar era nos ombros e foi conduzindo os alunos que estavam sem
as vendas. O mais gratificante foi quando este aluno com deficiência visual falou que
aprendeu muito nas aulas interagindo com os colegas. Não só ele aprendeu, mas os
alunos da turma aprenderam muito com ele.”
2.5 Atividades para desenvolver com os Jogos Cooperativos
Jogos cooperativos são classificados como: jogos que possibilitam ao
indivíduo a chance de ajudar-se mutuamente e contribuir socialmente uns com os
outros.
Os jogos cooperativos são uma alternativa produtiva para se trabalhar a
inclusão na Educação Física. Os Jogos Cooperativos têm como característica
principal a participação onde todos cooperam, vencem e nenhum deles perde
(ORLICK, 2003). Portanto, foram criados para que as pessoas, e os alunos em
especial, pudessem jogar de maneira divertida enquanto aprendessem coisas
positivas a respeito de si mesmas, dos demais com quem jogam de modo como
devem comportar-se no mundo.
A cooperação é um meio eficaz a favor de uma retomada de consciência,
contribuindo para diminuir a distância que separa pessoas, cidades, nações, países,
enfim, incluindo todas as diferenças. Os jogos cooperativos além de fazer com que
todos participem das atividades a uma ajuda entre as pessoas envolvidas onde
aprendem a respeitar os limites do colega e o próprio limite. Esse olhar é muito
importante quando nos colocamos no lugar do outro. Benefícios da inclusão na
Educação Física são inúmeros, pois quando se participa com outras pessoas
acontece um aumento de auto-estima, melhoria da competência física e social e
também um aumento na variedade de modelos sociais propícios pela diversidade
dos participantes (GONZALEZ, 2002).
Com a educação inclusiva os professores têm possibilidades de:
1. criar clima adequado para a interação e a cooperação;
2. motivar os alunos, produzindo expectativas positivas e utilizando reforços de auto-
estima e reconhecimento;
3. aceitar a diferença como componente da normalidade;
4. fomentar a convergência de todos os educadores por meio da atividade em
equipe.
Devido a essa essência que o professor de Educação Física consegue atingir
facilmente os alunos, pelo lúdico e prazeroso que pode ser impressos na realização
das atividades nas aulas. Temos um universo de atividades e jogos, principalmente
os jogos cooperativos, que poderão ser trabalhados com os alunos.
O jogo é fundamental na formação do ser humano, o jogo aprimora algumas
dimensões como o desenvolvimento da linguagem, do cognitivo, do afetivo, do físico
do motor e a moral (FRIEDNAN, 1996).
O objetivo da Educação Física é que as atividades devam ser planejadas e
vividas de forma lúdica, permitindo com isso, que os alunos com necessidades
adicionais de aprendizagem participem das atividades e divirtam-se ao seu modo
para que sintam prazer em estar participando de todas as aulas.
2.6 Jogos desenvolvidos pelos professores de Educação Física
2.6.1 Jogo do Lenço
Tema: Estruturas corporais
Objetivos: Interpretar sinais corpo
Materiais: Lenços e cordas
Espaço: Quadra ou espaço amplo e plano.
Disposição: Em duplas.
Desenvolvimento: Os alunos se organizam em duplas e se colocam uma atrás da
outra. A criança da frente fica com os olhos vendados e a de trás apóia as mãos nos
ombros do seu colega. Ao sinal do professor, as duplas se movem livremente pela
quadra. Ao sinal do professor, as duplas se movem livremente pelo espaço evitando
o choque entre elas. O aluno que estiver atrás guia seu colega pressionando seus
ombros para indicar-lhe a direção a ser seguida (pressionar com ambas as mãos,
seguir em frente, com a mão direita virar a direita, coma mão esquerda virar para a
esquerda, com uma mão seguida de a outra parar, duas pressionadas com ambas
as mãos para trás). Os papéis são trocados quando o professor indicar.
Obs. delimitar o espaço com cordas e demonstrar ao aluno com DV como é este
espaço e perceber com os pés as cordas no chão. Quando ele conduzir os colegas
das outras duplas tem o papel de não se chocar com ele e seu companheiro.
2.6.2 Voleibol divertido
Objetivo do jogo: Jogar voleibol, modificando as regras para que se torne um jogo
Cooperativo.
Propósito: Este jogo permite o exercício da visão sistêmica, do voleibol, da
cooperação e da alegria.
Recursos: Uma corda elástica ou uma corda feita com tiras de tecido colorido e uma
bola que poderá ser de voleibol ou outra mais leve, dependendo do grupo.
Número de Participantes: Seis jogadores de cada lado da rede, podendo este
número ser ampliado de acordo com os objetivos do facilitador.
Duração: Indefinida, enquanto os jogadores estiverem se divertindo e/ou enquanto o
facilitador verificar ser importante continuar.
Descrição: O facilitador e um auxiliar, ou mesmo dois auxiliares seguram uma corda
atravessada na quadra e os times se colocam um de cada lado da corda.
Seu objetivo agora, é não deixar a bola cair no chão. É um jogo de voleibol,
respeitando-se as regras do jogo, os dois times juntos devem atingir os 25 pontos
(como no voleibol infinito).
Ao mesmo tempo em que os participantes jogam, o facilitador e o auxiliar
devem movimentar-se pela quadra afim de que a quadra se modifique a cada
instante, ou seja, os jogadores além de se movimentarem pelo jogo, agora precisam
estar atentos as mudanças físicas que a quadra vai sofrendo á medida que a corda
vai sendo movimentada.
2.6.3 Cadeiras livres
Objetivo do jogo: O grupo precisa ocupar todas as cadeiras, não deixando cadeiras
livres.
Propósito: Despertar a Consciência da Cooperação diante de situações de Alta
Turbulência. Vivenciar situações de pressão e mudanças, tomada de decisão,
iniciativa, criatividade, integração e aquecimento.
Recursos: Vendas; cordas ou tiras de tecido para amarrar as pessoas; tiras de pano
ou lenços para amordaçar. Cadeiras, de preferência sem braço, igual ao nº de
pessoas existentes no grupo mais uma (livre).
Número de participantes: Mínimo de 10 e máximo de 50 participantes.
Duração: Enquanto o grupo estiver envolvido, terminar antes que fique cansativo.
Descrição: Formar um círculo, igual ao nº de participantes + 1 cadeira que ficará livre
e todos sentam voltados para o interior do círculo. Colocar as cadeiras bem
juntinhas, sem deixar espaço entre uma e outra cadeira. Após a montagem do
circulo dar as instruções abaixo e iniciar o jogo.
Instruções: A cadeira vazia deve ser ocupada pelo participante que estiver á direita
ou á esquerda da cadeira, o mais rápido possível. O participante que conseguir
sentar-se diz em voz alta: “Eu sentei!”. Sobra então uma nova cadeira livre que será
ocupada pela pessoa que estava ao lado do 1º participante a se movimentar. Esse,
ao sentar, diz em voz alta: “No jardim!”. Na seqüência, sobra outra cadeira livre que
será ocupada pelo participante que estava ao lado daquele que se movimentou.
Esse, por sua vez, completa a frase dizendo: "Com meu amigo!" (dizer o nome da
pessoa escolhida). A pessoa chamada é escolhida aleatoriamente, sendo qualquer
pessoa do círculo. Esta pessoa deverá ir mais depressa possível até a cadeira e
sentar. Dessa forma, a cadeira em que essa pessoa estava sentada ficará livre, o
que possibilita o início de um novo ciclo: “eu sentei", "no jardim”, "com meu amigo.
2.6.4 Jogo
Tema: Jogo.
Objetivo: Agilidade, reflexo, coordenação, espírito de equipe, respeito às regras,
atenção.
Materiais: Bola de borracha macia ou de vôlei, fita crepe e cordas.
Espaço: Quadra ou espaço amplo e plano.
Disposição: Dividir a turma em duas equipes.
Desenvolvimento: No espaço do jogo, marcar um corredor com as cordas e fita
crepe de mais ou menos dez metros de extensão por três de largura. Uma equipe
ficará distribuída na lateral do corredor (rua), e a outra em forma de coluna no início
dele. Um arremessador da equipe que defende (a que está no corredor) lança a bola
de um local predeterminado e marcado no chão, o primeiro jogador da coluna que
ataca rebate a bola, que só pode ser lançada para frente (três tentativas, caso erre
todas vai para o final da coluna). Após acertar o lance, a pessoas tenta correr até o
final do corredor sem que seja queimada. A equipe que está na lateral tenta pegar a
bola e queimar o jogador que está correndo. Caso pegue a bola no ar (sem tocar o
chão) o jogador que lançou a bola volta para o final da coluna; ou então tem que
fazer a bola chegar até o arremessador. Quando isso acontece, a corrida de quem
lançou a bola é interrompida. Caso ele não seja queimado e nem tenha sua corrida
interrompida, ganha um ponto se conseguir chegar até o final do corredor. Após
todos tentarem, invertem-se as posições das equipes. Pode-se estipular um número
de pontos, ou acabar jogo por tempo, vence quem tiver mais pontos.
OBS: Combinar com a turma, caso necessário, se o tempo de tentar queimar o
aluno DV será maior para dar o tempo de reação necessário do mesmo e orientado
pela sua equipe.
2.6.5 Tartarugas Gigantes
Este é um jogo simples, mas que ajuda no exercício da cooperação.
Objetivo do jogo: Mover a tartaruga gigante em uma direção.
Propósito: Jogar cooperativamente, compartilhando os valores da alegria pela
brincadeira, da simplicidade, da parceria e da união a caminhar juntos.
Recursos: Um tapete grande ou algo como uma folha de papelão, um cobertor ou
outro material apropriado.
Número de participantes: mínimo de três, máximo de oito por papelão.
Duração: Quando não quiserem mais continuar o jogo acabará por si só.
Descrição: Os grupos de alunos engatinham sob a “casca de tartaruga” e tentam
fazer a tartaruga se mover em uma direção.
Dicas: No começo os alunos podem se mover para diferentes direções e pode
demandar algum tempo até que eles perceberem que têm que trabalhar juntos para
a tartaruga se mover. Mas não desista. Repita outras vezes, em outros dias e, se
necessário, faça um “ensaio” com eles sem estarem carregando a casca. Um
desafio maior pode ser ultrapassar “montanhas” (um banco) ou percorrer um
caminho com obstáculos sem perder a casca.
2.6.6 Voleibol sentado
A organização é igual ao voleibol a única diferença é que a rede é abaixada e
os jogadores jogam sentados, é feito rodízio igual ao do vôlei, no máximo três
toques.
2.6.7 Voleibóis gigantes cooperativos
Organização: Igual ao voleibol gigante.
Execução: No momento do rodízio, o participante que estiver saindo pela posição
nove (09) de uma equipe, deve entrar na posição um (01) da outra equipe. Para o
rodízio dar certo e não acumular participantes esperando numa equipe e faltar em
outra (caso uma equipe faça muitos pontos seguidos), sugere-se que as duas
equipes façam rodízio cada vez que for ponto (tanto de uma equipe como da outra).
2.6.8 Basquetes cooperativos
Material: Uma bola de basquete.
Disposição: Dois grupos com o mesmo número de participantes numa quadra de
basquete.
Desenvolvimento: A bola deve ser passada entre todos os jogadores do grupo antes
de ser arremessada à cesta.
Todos fazem a cesta: O grupo só atingirá o objetivo se todos os participantes de um
mesmo grupo fizerem cesta durante o jogo. - desenvolve habilidades motoras, tais
como: correr, girar, lançar e receber.
2.6.9 Caça-palavra (caça ao tesouro) com letras do alfabeto de Libras
Foram divididos em dois grupos eles tinham que traduzir uma frase que
estava em libras foi escondido as letras do alfabeto em libras e junto estava o
alfabeto da língua portuguesa então através do alfabeto de libras ele formavam a
frase na língua portuguesa. O objetivo foi à integração na sala havia dois alunos com
deficiência auditiva e com os demais eles passaram a conhecer um pouco do
alfabeto de libras.
2.6.10 Goaball Adaptado
Outra atividade foi uma adaptação do futebol para cego goaball com uma bola
de futebol enrolada por varias sacolas para fazer barulho às regras foram as
mesmas do goaball e os alunos estavam com os olhos vendados.
Com o trabalho dos professores da APAE observou-se que os alunos podem
e estão sendo inclusos no Ensino Regular, nem sempre está inclusão é boa para o
aluno, pois ele esbarra em algumas dificuldades pela falta ou de estrutura ou de
preparo do quadro de professores e funcionários da escola.
3 CONCLUSÃO
Organizar o trabalho pedagógico na escola pública é abrangente. Trata-se de
um trabalho coletivo que busque incessantemente a autonomia, liberdade,
emancipação e a participação na construção do projeto político-pedagógico.
Podemos perceber que no esporte, assim como na educação em geral, o
desenvolvimento dos valores (sociais, morais e éticos) é necessário quando
trabalhamos para a formação humana. Obter condições de igualdade de
oportunidades das pessoas com deficiência passa, necessariamente, pela tomada
de consciência de seus direitos sociais e corporais (FERREIRA, 2010). Tais
contribuições e a consciência sobre os direitos dos alunos com necessidades
adicionais de aprendizagem também é um dos papéis da escola.
Nas práticas do cotidiano da escola, está se conhecendo cada um dos
alunos. Aprendendo que é essencial identificar os conhecimentos e as
potencialidades de que ele já dispõe, para poder planejar os passos seguintes do
processo de ensino e de aprendizagem. Aprendendo a empregar a avaliação, não
como instrumento para classificar quem é “melhor” e quem é “pior”, mas sim para
poder identificar quais áreas o aluno necessita de um auxílio específico em seu
processo de apreensão de conhecimento. Aprendendo sobre a importância de usar
a criatividade, de aproveitar os dados da realidade de cada aluno para que as
atividades tenham significado.
As dificuldades, deficiências e limitações são reconhecidas, mas não devem
conduzir restringir o processo de ensino, como comumente acontece. A escola deve
refletir na sua prática, o pensamento de um grupo de profissionais que trabalha por
uma educação de qualidade para todos.
É preciso formação continua sobre o processo de inclusão. Não basta dizer
que há alunos inclusos matriculados. A inclusão se faz por inteiro, não se faz pela
metade tem que estar em todas as funções da escola, desde os profissionais
administrativos, secretaria, biblioteca, laboratório de informática, sala dos
professores, no trabalho dos agentes operacionais, na cantina com os inspetores e a
comunidade. Todos devem ter consciência de suas responsabilidades para atender
as diferenças e necessidades de cada um dos alunos. Cada profissional há que
mostrar-se acolhedor e disponível para adaptar suas práticas e rotinas de acordo
com o projeto de inclusão escolar isto é a valorização de cada ser humano.
Os professores, quando confrontam com os seus sentimentos este se
manifesta no sentido de não se encontrarem ou localizam-se e não se sentem
capazes de conter a dinâmica do processo de exclusão social. Percebe o quanto a
escola reproduz este processo na forma de classificação e seleção dos alunos. Mas
é precisa encorajá-los e lhes conferir instrumentos e práticas pedagógicas que os
fortaleça e os oriente para a modificação de si e dos processos de ensino da
aprendizagem e da avaliação.
O professor tem como papel contribuir tomando consciência de suas
potencialidades. Lutando por seus objetivos como a autodisciplina, a busca
persistente de novos objetivos e vencer seus limites. Isso resultará em um
sentimento de autonomia e superação. Observando que a escola, não é um
apêndice da sociedade, mas sim uma parte integrante desse contexto e os
professores são responsáveis pela formação e a transformação social, tornando-se
essencial a reflexão desta problemática social.
Cada professor precisa vencer a competição, o individualismo e o
egocentrismo nas aulas de educação física e estas devem ser inclusivas e atender a
todos os alunos, valorizando suas diferenças.
A escola tem um papel fundamental na formação do cidadão deste novo
milênio, formando o cidadão mais humano (RUBENS ALVES, 2003). A questão da
humanização perpassa pela retomada de valores. No combate as práticas
individualistas, a ideologia em vigor. Os cidadãos do novo milênio devem estar
preocupados e comprometidos com a humanização de toda a sociedade.
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