os desafios para a descoberta de novos fármacos

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Notícias FAPESP - Ed. 19

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Page 1: Os desafios para a descoberta de novos fármacos

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MINISTRO DEFENDE INICIATIVAS CONJUNTAS

PARA AMPLIAR INVESTIMENTOS

EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Página 3

PROJETO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

CONSEGUE REDUZIR CUSTO

DE PRODUÇÃO DE LATAS

Página 6

PROJETO TEMÁTICO

OS DESAFIOS PARA A DESCOBERTA DE NOVOS FÁRMACOS

Cientistas do Laboratório de Cristalografia de Proteínas do Instituto de Física da USP - São Carlos estudam a estrutura de proteínas da semente de jaca, de uma espécie de feijão e do Trypanosoma cruzi, com vistas ao desenvolvimento de drogas mais eficientes, respectivamente no controle de infecções, no combate ao câncer e à Doença de Chagas. Os experimentos de crescimento de cristais dessas proteínas no espaço, frustrados com o retorno antecipado do ônibus espacial Colúmbia neste mês de abril, serão tentados novamente nas próximas missões

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Inovação nas pequenas A FAPESP vai implementar,

já a partir de maio, seu mais recente programa especial, que apóia projetos de inovação tec­nológica em pequenas empresas. Anunciado no final do ano pas­sado, esse programa aprofunda a política de estímulo à pesquisa no setor produtivo e tem um caráter completamente inovador para a Fundação, na medida em que lhe permite, pela primeira vez, apli­car recursos para pesquisa dire­tamente na empresa. As normas do primeiro programa de inovação tecnológica (o de parceria empre­sa-instituição, que continua em curso, apresentando excelentes resultados) só permitem à FAPESP fmanciar a parte do projeto sobres­ponsabilidade de uma instituição de pesquisa. A parte a cargo da empre­sa (de qualquer porte) tem que ser bancada por ela mesma.

No caso do estímulo para pe­quenas empresas, pólo dinâmico de inovação tecnológica no mun­do inteiro, mas sempre carente de recursos financeiros, a Fundação entendeu que seria fundamental financiar diretamente suas pes­quisas. Os empresários que quise­rem candidatar-se à obtenção des­ses recursos deverão enviar seus projetos para a FAPESP até 30 de julho. Inicialmente estão sendo disponibilizados para o programa R$ 2,5 milhões.

Pesquisas no espaço O pesquisador e astronauta

norte-americano Larry DeLucas, diretor do Centro de Cristalogra­fia Macromolecular da Univer­sidade do Alabama, terá uma reu­nião na FAPESP, no dia 22 de maio, com pesquisadores e empre­sários dos setores químicos e far­macêuticos. Pauta do encontro: projetos de pesquisa na área de crista­lografia e em outras com potencial para realização de experimentos no

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espaço, em ambiente de rnicrogravi­dade. As discussões devem dar parti­da a uma cooperação mais sistemáti­ca entre instituições de pesquisa de São Paulo, com apoio da Fapesp, e a instituição norte-americana, com apoio da NASA, para as experiências no espaço. Há uma expectativa muito favorável na comunidade científica quanto às possibilidades do ambiente de rnicrogravidade acelerar resulta­dos de pesquisa em vários campos.

Viagem de reconhecimento A instituição dirigida por

Larry DeLucas foi a responsável pelo desenvolvimento da tecnolo­gia de crescimento de cristais no espaço e sua colaboração foi deci­siva para os experimentos do pes­quisador paulista Glaucius Oliva, levados a bordo do Colúmbia, no começo de abril. Agora, DeLucas quer ampliar seus contatos no Brasil e, além da reunião na FAPESP, sua passagem pelo país inclui visitas à Fiocruz, à Academia Brasileira de Ciências, à Finep e ao Instituto de Biotecnologia do Exército. Tudo isso no dia 20 de maio.

Progrnma de qualidade A FAPESP está iniciando a

implantação de seu programa de qualidade e prevê um prazo de dois anos para concluí-lo, obten­do o certificado ISO 9002. Em­bora a Fundação seja respeitada dentro e fora do país por sua efi­ciência, o Conselho Técnico­Administrativo entende que é possível, à instituição, melhorar cada vez mais seus padrões de atendimento à comunidade cientí­fica e tecnológica e ao setor pro­dutivo no Estado de São Paulo. Outro objetivo do programa de qualidade - que se baseará não só nas normas da série ISO 9000, mas também nos critérios da Fundação para o Prêmio Na­cional da Qualidade - é trans­formar a Fundação num modelo

• I:fAPESP

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de gestão pública, com base na qualidade dos serviços presta­dos.

Quem financia C&T no país

O Conselho Nacional de De­senvolvimento Científico e Tec­nológico (CNPq) acaba de lançar a 9.a edição do Guia de Fontes de Financiamento à Ciência e Tecnologia do país, trazendo in­formações sobre as fontes de financiamento de âmbito nacio­nal, estadual, regional e interna­cional, as modalidades existentes em cada instituição, formalização de solicitação de apoio e crono­gramas para 1997. O Guia traz, ainda, informações sobre impor­tação e incentivos fiscais a impor­tações destinadas à pesquisa cien­tífica e tecnológica e dados sobre as principais premiações em Ciência e Tecnologia.

Cresce número de bolsas Nos primeiros três meses

deste ano, o número de bolsas no país concedidas pela FAPESP totalizou 927, o que representa um crescimento de 26% em rela­ção às 737 bolsas concedidas no mesmo período do ano passado. O maior aumento proporcional no número de concessões ocor­reu nas bolsas para pós-doutora­do, passando de 35, no primeiro trimestre de 1996, para 81, no primeiro trimestre deste ano, correspondendo a um cresci­mento de 131%. As concessões de bolsas para doutorado no país (níveis I e II) somaram 261, representando· um acréscimo de 83% em relação às 142 concedi­das de janeiro a março de 1996. Já as concessões de bolsas para mestrado passaram de 283 para 392, correspondendo a um au­mento de 38% .

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Esforço conjunto para ampliar os investimentos em Ciência e Tecnologia

As fundações de amparo à pesquisa - entre elas a FAPESP - têm um papel fun­damental para que seja atingi­da, até 1999, a meta principal da política nacional de Ciência e Tecnologia: aumentar os in­vestimentos do país neste setor, do equivalente a 1% do PIB para 1,5%.

Há uma razão básica para esse esforço, claramente ex­pressa no PPA - Programa Plurianual de Atividades, apro­vado pelo Congresso Nacional em 1995. A sociedade bra­sileira pós-reserva de mercado está confrontada pelo desafio de aumentar substancialmente seus investimentos em pes­quisa e inovação tecnológica, sob pena de perder competitivi­dade na atual conjuntura de mercado globalizado e de frus­trar sua necessidade de pro­gresso social.

Esse cenário vem transfor­mando-se positivamente após o período 90/92, quando os investimentos do MCT caíram para R$ 400 milhões - o menor valor já registrado pelos indicadores nos anos recentes. Naquela época, os gastos na­cionais em Ciência e T ecno­logia equivaliam a apenas 0,6% do PIB e as empresas aplica­vam somente 10% desse total. Hoje, atingimos valores equiva­lentes a 1% do PIB e o setor industrial também aumentou sua presença para 25% do total de recursos investidos na pesquisa.

A meta do PPA, todavia, é não apenas aumentar a massa total de recursos, mas corrigir

José Israel Vargas*

uma histórica distorção na par­ticipação relativa dos agentes sociais responsáveis pelo pro­gresso científico e tecnológico brasileiro. Ilusoriamente prote­gidos pela reserva de mercado, os produtores - isolados das decisões políticas gerais, quan­do não mal-vistos - e os pes­quisadores, ambos agentes fundamentais do progresso, agora estão convocados para a superação desse desafio.

O PPA prevê que a partici­pação relativa do setor privado atinja entre 35% a 40% do total de investimentos até o final da década. Os Estados e Muni­cípios devem participar com 1 O a 15% dos gastos nacionais, que se estima atinjam a R$ 14 bilhões até 99.

Essa retomada foi possível com o apoio do então Presi-. dente Itamar Franco e, agora, com a firme decisão do Pre­sidente Fernando Henrique Car­doso. Os recursos federais para C& T estão crescendo em média 10% ao ano. Para 1997, o MCT tem aprovados R$ 1,2 bilhão, dos quais 78% para a pesquisa direta, fomento e bol­sas de pesquisa e formação. Quase a metade dos "gastos com pessoal" destina-se ao pagamento de salários dos pesquisadores.

Com os Estados, temos uma carteira de contratos em andamento da ordem de quase R$ 300 milhões (meio a meio), sem contar um esforço cres­cente de investimentos em recursos próprios, como é exemplo o caso de São Paulo.

Esse esforço é duplamente significativo quando sabemos que os recursos para custeio e investimento em pesquisa nas universidades federais são, em média, de apenas 7% do total.

Portanto, cresce de impor­tância o papel das fundações estaduais de amparo à pes­quisa, entre as quais a FAPESP é paradigmática. O MCT, mais a FAPESP e demais fundações, estão aplicando mais de R$ 900 milhões ao ano só com bolsas de estudo, com uma taxa de crescimento na forma­ção de pessoal acima de 12% ao ano. No caso da Química, por exemplo, essa taxa chegou a 15% ao ano.

Essa união de esforços -governo federal, estados, muni­cípios e o setor privado - é o caminho para enfrentarmos os desafios que são comuns a todo o país.

• Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia

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