os desafios da escola pÚblica paranaense na … · toda essa evolução no domínio comercial...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
AS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE HISTÓRIA
O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
E COMUNICAÇÃO (TICS) NAS AULAS DE
HISTÓRIA.
MARCOS ROQUE WESSELING
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
CADERNO PEDAGÓGICO
O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
(TICS) NAS AULAS DE HISTÓRIA.
Marcos Roque Wesseling
NRE Pitanga
Professor Orientador: Marcelo de Souza Silva
PDE 2013
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS
EDUCACIONAIS – DPPE
Ficha para Identificação da Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE - 2013
Título: O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nas aulas de
história
Autor: Marcos Roque Wesseling
Disciplina/Área História/2013
Escola de implementação do
projeto e sua localização
Colégio Estadual José de Anchieta –
EFMNP
Município da Escola Santa Maria do Oeste
Núcleo Regional de Educação Pitanga
Professor Orientador Marcelo de Souza Silva
Instituição de Ensino Superior UNICENTRO – Guarapuava
Relação interdisciplinar Português, Artes, Geografia, inglês.
Resumo O presente Caderno pedagógico tem como tema o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no ensino-aprendizagem do conteúdo de história na sala de aula como metodologia de ensino e uma construção do conhecimento coletiva.
A problemática fundamental que se estabelece é saber se com o uso de metodologias que utilizem as tecnologias de informação e
comunicação podemos auxiliar o aluno a melhorar seu conhecimento nas aulas de história, visto que nossa sociedade está fundada em um mundo tecnológico, as pessoas estão se correspondendo, relacionando, trabalhando com o uso das tecnologias; porém a educação ainda está muito aquém desta realidade. Será que com o uso das diferentes ferramentas tecnológicas em sala de aula podemos ter um aluno mais motivado, interessado, pesquisador, conhecedor?
O objetivo geral é estimular e oportunizar uma nova maneira de aprendizado e construção do conhecimento nas aulas de história com o uso das tecnologias de informação e comunicação. Os objetivos específicos são: refletir sobre a transformação da educação com o uso das tecnologias; perceber a evolução das tecnologias na educação: a superação de paradigmas; estimular o ensino-aprendizagem de história com as tecnologias por meio do uso de diferentes metodologias de ensino.
O conteúdo trabalhado será o da Revolução Industrial, fazendo um paralelo entre a revolução e a atual conjuntura econômica e industrial do século XXI. O conteúdo trabalhado será explicativo com a utilização de textos, vídeos, imagens, slides, pesquisa no laboratório de informática do colégio; utilizando as tecnologias para a exposição dos mesmos.
Formato do material didático Caderno Pedagógico
Público Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual José de Anchieta EFMNP.
APRESENTAÇÃO
Caro professor (a),
Sou do Núcleo Regional de Educação de Pitanga, município de Santa Maria
do Oeste Paraná com lotação no Colégio José de Anchieta, onde vou desenvolver o
projeto. Sou professor do ensino fundamental e médio na disciplina de História.
Nesta oportunidade do PDE, pensei num projeto que estivesse voltado para o
uso das tecnologias nos conteúdos de história para auxiliar na motivação e
aprendizado da disciplina aos alunos do ensino regular. A questão principal que
propus para a minha pesquisa é: saber se a utilização de metodologias que utilizem
as novas tecnologias de informação e comunicação pode auxiliar o aluno a melhorar
seu conhecimento e a melhoria da qualidade do ensino de história.
Escolhi trabalhar com o uso das TICs nas aulas de história, pois penso que
seja mais produtivo em sala de aula a transposição do conhecimento histórico com o
uso de ferramentas que tornem as aulas mais dinâmicas e adequadas ao cotidiano
dos alunos. Acredito que com novas metodologias e o uso de tecnologias as aulas
sejam mais eficazes na aprendizagem, promovendo no educando o interesse,
motivação e acima de tudo a busca pela construção do conhecimento.
O projeto foi elaborado com a orientação do Professor Marcelo de Souza
Silva da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava, tema
de estudo: As tecnologias na Educação e título: O uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs) nas aulas de história, sendo apresentado em
forma de Caderno Pedagógico.
Tendo em vista que nenhum material didático é fechado, muitas
possibilidades poderão ser desenvolvidas a partir deste.
Colegas um ótimo trabalho para todos nós!
Professor Marcos.
PALAVRA CHAVES: metodologia de ensino, tecnologia, história,
aprendizagem, TICs.
Falando do projeto aos alunos
Motivação
http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/aplicando-jogos-matematicos-sala-aula.htm. Acesso em: 21/10/2013
Que projeto
é esse?
Quem vai
participar?
Podemos
estudar em
equipes?
Que
legal!
A construção do
conhecimento
histórico?
Oba! Vamos
usar
tecnologias!
Observe o vídeo “QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO” (aproximadamente 12 minutos).
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=kUMVle68Usc. Acesso
dia 10/10/2013.
O vídeo conta a história de quatro ratinhos que vivem em um labirinto, retrata
a vida, os anseios, objetivos e as mudanças que todos nós estamos sujeitos e nos
alerta para não vivermos acomodados diante das situações que aparecem no
cotidano.
Que atitudes cada personagem assume diante das mudanças que foram
apresentadas? Identificou-se com algum personagem? De que forma podemos
crescer através de alguns obstáculos que aparecem em nossas vidas? Muitas vezes
precisamos fazer uma revolução no pensamento e nas atitudes?
Vamos assistir ainda ao vídeo “APRENDER A APRENDER” (aproximadamente 8
minutos).
Disponível em:
http://youtu.be/Pz4vQM_EmzI. Acesso dia 13/11/2013.
O vídeo retrata a relação do aprendiz com seu mestre, a dificuldade do
aprendiz em se concentrar e aprender a moldar potes de barro que podem ser
animados com magia. Retrata a necessidade de dedicação, empenho, paciência
para desenvolver um ofício.
ORGANIZANDO AS IDÉIAS!
O que podemos aprender com o vídeo? Qual é a nossa atitude diante das
dificuldades? Temos paciência e dedicação para aprender coisas novas? Desistimos
com facilidade ou enfrentamos os desafios? E na sala de aula, procuramos sempre
aprender mais?
REFLETINDO SOBRE O FILME!
DESENVOLVENDO O TEMA DO PROJETO!
Para começar o nosso trabalho vamos nos organizar em grupos e vamos refletir
alguns questionamentos:
Será que o mundo atual conseguiria sobreviver
sem tecnologia? Como seria nossa vida sem energia
elétrica, sem computador, sem televisão, vídeo game, lan
house, sem carros, caminhões, ônibus...? Vamos
imaginar um hospital sem os aparelhos para exames.
Seria possível realizar uma cirurgia sem a tecnologia que
dispomos atualmente?
E a aula? Como seria se o professor não utilizasse
vídeos, imagens, sons, slides? Como a tecnologia pode
ser utilizada na sala de aula? Quais seriam essas
tecnologias?
Você considera a tecnologia importante para
aprimorar o seu aprendizado? Com o uso das tecnologias
disponíveis no seu colégio é possível ter melhor ensino-
aprendizagem?
Após estas reflexões, chegamos a conclusões e questões que ainda não
conseguimos responder. Pensamos que o mundo no qual vivemos agora nem
sempre foi assim, ele foi passando por transformações múltiplas para chegar ao que
é hoje. Percebemos que durante a história da humanidade os seres humanos
passaram por processos que possibilitaram a criação de inventos que trariam
mudanças para as gerações futuras. É sobre esses fatos históricos que
aconteceram nos séculos XVIII e XIX que iremos refletir, questionar, aprender,
pesquisar, e problematizar.
Professor:
Espera-se que
os alunos
reflitam sobre a
influência das
tecnologias em
seu dia-a-dia e o
quão
dependentes
somos em
relação a estes
equipamentos e
que estão
presentes na
sala de aula e
são utilizados
para melhorar a
aprendizagem.
O recorte histórico que iremos estudar a partir deste momento é a:
Você já ouviu falar em REVOLUÇÃO? Você sabe o que foi a Revolução
Industrial? Sabe onde e quando ela ocorreu? Em quais países ela também se
desenvolveu? Quais foram seus precedentes? Quais foram os principais inventos
industriais? Quais foram suas conseqüências para a nossa vida? E para aquela
época? Como as pessoas assimilaram esses acontecimentos? É sobre esses fatos
e transformações que iremos estudar por algumas aulas.
1. A Primeira Fase da Revolução Industrial
Durante a história mundial foram vivenciadas
diversas revoluções, em todos os continentes e nos mais
diversos países do mundo. A grande parte dessas
revoluções foi motivada pela busca de riquezas, de poder,
prestígio, domínio e conquistas territoriais.
A chamada Revolução Industrial não foi uma exceção, foi uma busca
desenfreada pela riqueza, pelo aumento da produção e a utilização das máquinas
para conquistar esse objetivo. O desenvolvimento tecnológico foi o motriz dessas
grandes transformações que ocorreram inicialmente na Inglaterra após a metade do
século XVIII, e que posteriormente se estenderam para outros países como França,
Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Holanda, Suécia, Japão, isto já no século XIX.
Para que essa revolução industrial tivesse início na Inglaterra, ela contou com
uma série de fatores que já estavam se desenvolvendo dentro desse país. A
Inglaterra foi o país que mais acumulou capital através do comércio com suas
Conceito de Revolução
disponível em:
http://www.dicio.com.br/
revolucao/.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
colônias na América, na Ásia e na África, mas também com o intercâmbio comercial
com outras metrópoles.
Pode ser feito um recorte
histórico sobre a independência dos
Estados Unidos, uma das colônias
inglesas na América.
Vamos aproveitar esse momento e tentar descobrir quais eram as colônias
inglesas nos continentes? Qual era a colônia mais importante para a Inglaterra no
século XVIII? Quando ela conseguiu sua independência da metrópole? Identifique e
relaciona-as no mapa a seguir que representa a totalidade da colonização inglesa no
mundo até o século XX, aproximadamente 1920, após o fim da Primeira Guerra
Mundial.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Brit%C3%A2nico. Acesso em
04/11/2013.
Agora vejamos qual era o domínio colonial inglês no auge do
desenvolvimento industrial no século XIX, aproximadamente 1885 no mapa que
mostra a sua evolução desde o século XVI.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:British_Empire_evolution3.gif. Acesso em
04/11/2013.
Toda essa evolução no domínio comercial mundial favoreceu à Inglaterra
acúmulo de riquezas, indispensável para o investimento em invenções que
começaram a se desenvolver inicialmente no campo têxtil, devido também a uma
grande produção de lã que foi gerada pela prática dos cercamentos ainda no século
XVI e que tomou proporções importantes ao longo dos anos na Inglaterra.
Sobre a independência das treze
colônias inglesas da América, poderá
ser aprofundado o conteúdo com a
leitura da sua declaração de
independência. Disponível em :
http://www.arqnet.pt/portal/teoria/
declaracao_vport.html. Acesso em
18/11/2013
Vamos retomar o conceito de cercamentos. O que ele contribuiu para que a
industrialização inglesa tivesse êxito. Veremos este conteúdo através da
apresentação de slides com textos e imagens no projetor multimídia do colégio.
Nesses slides serão apresentados:
1- O conceito de cercamentos;
2- As técnicas dos cercamentos;
3- As mudanças ocorridas nos campos com sua implantação;
4- As conseqüências para os camponeses que não se adaptaram aos
cercamentos.
5- A contribuição dos cercamentos para o aumento da força de trabalho nas
indústrias das cidades.
A Inglaterra detinha também uma enorme quantidade de jazidas de minério de
ferro e carvão, que eram a matéria prima para o desenvolvimento da mecanização
da indústria têxtil e posteriormente a indústria náutica e automobilística, com a
invenção do motor a vapor.
Na indústria têxtil as grandes invenções que revolucionaram o ritmo de produção
foram: a lançadeira volante de John Kay em 1735; o tear mecânico de Edmund
Cartwright de 1785, que iniciou a mecanização da tecelagem.
A disponibilidade de matéria prima e:
AS INVENÇÕES.
Foi em 1769 que James Watt aperfeiçoou
um modelo de motor transformando-o no primeiro
motor movido com força gerada pela queima de
carvão. Após esse invento sucederam-se outras
incontáveis tentativas, algumas não bem
sucedidas, de aprimorar os inventos e melhorá-los
até se chegar em 1804 com Richard Trevithick à
primeira locomotiva a vapor capaz de transportar
25 toneladas de carga. Ainda em 1814, George
Stephenson também desenvolveu uma locomotiva
a vapor. Porém foi em 1825 que a primeira
locomotiva começou a funcionar na Inglaterra.
Vamos agora ver algumas imagens dessas fantásticas invenções que
mudaram o mundo sem precedentes. Mas que também tiveram conseqüências
desastrosas para os seres humanos e a natureza.
As imagens serão apresentadas através de slides no projetor multimídia. O
conteúdo das imagens perpassa desde as primeiras máquinas inventadas:
lançadeira volante, roda de fiar, tear mecânico, os primeiros motores a vapor, os
navios a vapor, a locomotiva, as grandes máquinas nas siderúrgicas, e algumas
máquinas atuais, a robótica, a informática. Isto para contrapor aquela época aos
tempos atuais.
Curiosidade:
Você sabia que a locomotiva
Rocket, desenvolvida em 1829
por Robert, filho de George
Stefhenson, conseguia atingir a
velocidade média de 24 km/h?
Qual será a velocidade média de
um trem atualmente?
E os carros?
Onde e quando foram construídos?
Sabemos que o automóvel com o formato que
conhecemos hoje necessitava de um grande salto
tecnológico. Eles já existiam com motor a vapor, mas
eram desajeitados, barulhentos. No modelo como o temos
hoje era necessário inventar o motor a explosão e que
usava petróleo como combustível. Isso aconteceu por
volta do ano...
Podemos também dar uma pequena olhada na história do automóvel no
Brasil que teve início no século XX. O site retrata uma exposição da história dos
primeiros meios de transporte no utilizados no Brasil que vão desde as cadeirinhas,
de tração humana carregadas por escravos; as carruagens, de tração animal; e por
fim o automóvel com tração mecânica. Para matar a curiosidade dos carros antigos
utilizados no período republicano do início do ano 1900 podemos ler o texto e ver as
imagens disponíveis em:
Para saber como continua essa história, vamos dar uma
passeada pelo seguinte site no laboratório de informática.
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-
inventado-o-automovel. Acesso em 05/11/2013.
http://www.public-domain-
photos.com/people/old-car-
4.htm. Acesso em 05/11/2013.
Do móvel ao automóvel: transitando pela história.
http://www.museuhistoriconacional.com.br/mh-e-
330i.htm. Acesso em 11/11/2013.
Vamos fazer
ATIVIDADES.
1- Após a leitura dos textos faça um paralelo entre a Revolução Industrial que
teve início na Inglaterra com o desenvolvimento industrial no Brasil.
2- Como você percebe a evolução dos automóveis hoje.
3- Relacione os diversos meios de transporte citados no texto do museu
histórico nacional.
4- Em grupos, faça uma exposição de algumas imagens de carros que mais lhe
chamaram a atenção e exponha o que você conheceu deles.
5- Quais os impactos da evolução tecnológica nos modos de vida das pessoas?
Voltando para a época do início da Revolução Industrial na Inglaterra vemos que
a produção era artesanal. Os artesãos eram organizados em Corporações para
proteger os negócios, regulamentar a produção, e se defender da concorrência.
Para entender um pouco mais sobre a organização destas corporações vamos fazer
uma pesquisa sobre elas. Para orientar nossa pesquisa levaremos em conta as
seguintes questões:
1- O que era uma Corporação de Artesãos na Inglaterra?
2- Quem fazia parte dela?
3- Qual sua finalidade?
4- Como era organizado o trabalho, a produção, e a concorrência nessas
corporações?
5- Havia alguma proibição ou restrição ao uso de máquinas feito pelas
Corporações em seus países?
6- Quais as mudanças ocorreram com o advento das indústrias?
E a Revolução Industrial?
Com essas invenções houve o início da substituição do trabalho humano pelas
máquinas. O trabalhador começou a ser o operador das máquinas e deixou de ter
controle sobre o processo de produção. Iniciou-se então o surgimento indústrias.
Fragmento do filme: Revolução Industrial – parte I.
Disponível em:
http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/sh
owVideo.php?video=5918 acesso em 04/11/2013.
Tempo: 6:36.
Neste vídeo é possível identificar as causas do pioneirismo inglês, a formação e
difusão do sistema fabril na Inglaterra do século XVIII.
1- Faça uma ficha em seu caderno sobre esta primeira fase da Revolução
Industrial relatando:
A) Onde e quando ela teve início.
B) Quais foram os fatores para que ela encontrasse terreno fértil para se
desenvolver.
C) Qual foi o setor que primeiro se mecanizou e por quê.
D) Quais foram os principais inventos aplicados à produção.
2- Faça a leitura do texto: “As Origens e o desenvolvimento da revolução
industrial britânica” de Eric J. Hobsbawm. Em grupos de quatro colegas
discutam: quais os fatores que tornaram possível à Inglaterra a passagem de
uma economia rural à produção industrial.
Para complementar os
estudos realizados,
assistiremos ao
fragmento de um filme!
ATIVIDADES
Texto: “Discutiu-se freqüentemente sobre as condições gerais para a
“arrancada” inicial. A maioria está de acordo em que o estímulo particular que
impulsiona a indústria a atravessar a porta da revolução industrial pode
apenas ocorrer sob determinadas condições econômicas e sociais, que não
precisamos discutir extensamente aqui, pois atualmente não são objeto de
controvérsia, pelo menos no que diz respeito à Grã-Bretanha, em cujo século
XVIII não faltou nenhuma. Além disso, é consenso que a presença deste
estímulos é mais provável numa industria produtora de bens de consumo
amplamente difundidos, estandardizados razoavelmente mais para
compradores pobres do que para ricos, fabricados com matérias-primas...”
HOBSBAUM, Eric J. As Origens da Revolução Industrial. São Paulo: Global,
1979. In: MARQUES, Adhenar Martins; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo.
História Contemporânea através de textos. 11ª Ed., São Paulo: Contexto,
2008. (coleção Textos e Documentos, v. 5), p. 28-31.
3- Com base na leitura texto de Adam Smith em grupos debatam as questões: O
que esse processo de divisão do trabalho possibilitou? O trabalhador
continuava tendo controle sobre o processo todo da produção? Se um só
homem fazia o trabalho de muitos, o que acontecia com esses “outros”?
Texto: “Este considerável aumento de produção que, devido à divisão do
trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é resultante de
três circunstâncias diferentes: primeiro, ao aumento da destreza de cada
trabalhador; segundo, à economia de tempo, que antes era perdido ao passar
de uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande número de
máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável, para o
realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos.” SMITH,
Adam. Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações
(1776). São Paulo: Abril Cultural, 1984. P. 7-12. (Coleção Os Pensadores). In:
PROJETO ARARIBÁ: HISTÓRIA. Organizadora Editora Moderna, 2ª Ed. São
Paulo: Moderna, 2007. P. 74.
2. A Segunda Fase da Revolução Industrial
Falamos muito sobre as indústrias até o momento, mas elas não faziam o
trabalho sozinho, precisavam de pessoas para que as invenções, as peças, os
produtos pudessem ser fabricados. Passaremos agora a segunda parte da
Revolução Industrial que já se encontra no século XIX e proliferada em diversos
países da Europa e na América. Dentre os aspectos relevantes dessa etapa vamos
dar importância à consolidação da indústria no panorama mundial; a vida dos
operários; o trabalho nas fábricas; aos movimentos e lutas operárias.
Após ter iniciado o processo de industrialização na Inglaterra na metade do
século XVIII, outros países também se lançaram no processo de industrialização.
Neste processo, temos um grande aumento da população das cidades de toda a
Europa em busca de empregos. Vamos ter uma migração dos povos rurais para a
cidade. A vida passa a ser controlada pelo relógio como necessidade de disciplinar o
horário de entrada e saída dos trabalhadores nas fábricas, o horário de levantar, o
almoço, o fim do expediente.
O modo de vida simples, pacato, e com controle do tempo pelos ciclos da
natureza: plantio, colheita, amanhecer, anoitecer, passa a ser controlado pelo apita
das fábricas, pelo relógio na torre das indústrias ou da igreja.
E a energia elétrica?!
Como ela foi inventada? Em que ano ela
começou a ser usada nas indústrias? Como ela
é produzida hoje? Quais as principais usinas do
Brasil?
Faça uma pesquisa sobre o tema para
aprofundar seus estudos.
As moradias nas cidades se tornam escassas e começam a surgir os bairros
próximos às fábricas. As casas, geralmente construídas pelos empregadores, eram
alugadas aos operários e eram pequenas, apertadas, sem rede de esgoto nem
divisórias. Todos dormiam amontoados, pela falta de espaço. Em muitos lugares os
dejetos eram jogados nas ruas, e exalavam cheiro muito ruim.
A alimentação era de péssima qualidade. Os trabalhadores recebiam pouco
pelo seu trabalho e não tinham condição financeira para comprar comida suficiente
ou diversificada, portanto, ela consistia de pão, batata, peixe, chá e carne. Na
maioria dos lares o que não faltava era pão, batata e chá. O lar que não tivesse chá
era considerado de extrema miséria. A carne era artigo de luxo, consumida somente
nos finais de semana, ou quando muito, duas ou três vezes na semana, pois era
muito cara.
Você já ouviu falar em Charles Chaplin? Deve ter visto alguma imagem dele
retratada em quadros, revistas, jornais, ou na TV. Charles Spencer Chaplin (1889-
1977) foi ator, produtor, cineasta, diretor e dançarino inglês. Ele também é
conhecido como “Carlitos”. Foi o mais expressivo representante da era do cinema
mudo mundial. Produziu vários filmes dentre os quais iremos destacar “Tempos
Modernos” em 1936, com a intenção de satirizar o sistema de mecanização da
produção, da produção em série, da alienação do trabalhador.
Vamos assistir ao fragmento do filme “Tempos
Modernos” de Chaplin disponível em:
http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/sh
owVideo.php?video=17301. Acesso em 04/11/2013.
Tempo: 9:15.
Que tal fazermos uma pesquisa sobre a Lei dos Pobres de 1834?
- O que ela retrata? A quem beneficiava? Qual o objetivo? Foi a
primeira lei para este segmento social?
Sinopse: O filme retrata a vida urbana e da fábrica
nos Estados Unidos, após a crise de 1929. Ele caracteriza
o modo de produção capitalista industrial na linha de
montagem, sua dependência do tempo da máquina, sua
alienação em relação à produção da qual ele não tem
consciência.
Questões para nortear a discussão.
1- Relacione os impactos da Revolução Industrial com os processos mecânicos
em relação à produção, lucro e desemprego?
2- Problematize a visão do patrão com a do proletário com relação ao sistema
de produção?
3- Que relações são possíveis com o trabalho nas indústrias atuais?
4- Você conhece alguma indústria na sua cidade? Sabe como ela funciona?
Quais os turnos de funcionamento? Quantos funcionários ela tem? Ela
proporciona intervalos de descanso aos funcionários durante o turno de
trabalho?
5- Para complementar as discussões sobre os aspectos sociais e os modos de
vida das pessoas na revolução industrial vamos ler e discutir o texto “Os
resultados humanos da Revolução Industrial” de Eric J. Hobsbawm.
Texto: “O debate a respeito dos resultados humanos da Revolução Industrial
ainda não se libertou inteiramente dessa atitude. Nossa tendência ainda é
perguntar: ela deixou as pessoas em melhor ou em pior situação? E até que
ponto?... Saber se a Revolução Industrial deu à maioria dos britânicos mais
Vamos
comentar
o filme!!
ou melhor alimentação, vestuário e habitação, em termos absolutos ou
relativos, interessa , naturalmente a todo historiador. Entretanto, ele terá
deixado de apreender o que a Revolução Industrial teve de essencial, se
esquecer que ela não representou um simples processo de adição e
subtração, mas sim uma mudança social fundamental. Ela transformou a vida
dos homens a ponto de torná-las irreconhecíveis...” HOBSBAUM, Eric J. Da
Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. 3ª Ed., Rio de Janeiro: Editora
Forense-Universitária, 1983. In: MARQUES, Adhenar Martins; BERUTTI,
Flávio; FARIA, Ricardo. História Contemporânea através de textos. 11ª Ed.,
São Paulo: Contexto, 2008. (coleção Textos e Documentos, v. 5), p. 34-36.
Vamos analisar a letra da Música: Fábrica, do grupo Legião Urbana e tentar
fazer a relação com o conteúdo que estudamos:
1- Que relações podemos estabelecer com o conteúdo da Revolução
Industrial na frase: “Eu quero um trabalho honesto em vez de escravidão.
Deve haver algum lugar onde o mais forte não consegue escravizar quem
não tem chance.”
2- Qual a resposta para: “Quem guarda os portões das fábricas?
3- Que compreensões são possíveis quando lemos: “O céu já foi azul, agora
é cinza... quem me dera acreditar que não acontece nada de tanto brincar
com fogo”
“Fábrica.
...
Após as atividades, e para complementar os estudos, faremos a visita a
duas indústrias de nossa cidade para analisarmos como funciona o
sistema de produção e a divisão do trabalho?
Observação ao professor: Os próprios alunos, sob a orientação do
professor, poderão elaborar questões para entrevistar o proprietário da
indústria e os empregados.
Quero trabalhar em paz.
Não é muito o que lhe peço.
Eu quero um trabalho honesto.
Em vez de escravidão.
Deve haver algum lugar.
Onde o mais forte não
Consegue escravizar
Quem não tem chance
...
Quem guarda os portões das fábricas?
...
O céu já foi azul, mas agora é cinza
O que era verde aqui já não existe mais
Quem me dera acreditar
Que não acontece nada
De tanto brincar com fogo.
...”
Renato Russo. Fábrica.
Disponível em: http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/fabrica.html.
Acesso em 19/11/2013.
E as leis trabalhistas? O que elas garantiam de direitos aos operários? Qual
era a jornada de trabalha? Quando os operários conquistaram seus direitos? Quais
eram eles? E hoje, quais são os principais direitos trabalhistas?
Vamos fazer uma pesquisa sobre esse assunto
utilizando o laboratório de informática do colégio.
Para visualizar melhor a Revolução Industrial iremos perpassar o processo
industrial na França, o trabalho nas fábricas, as crianças operárias, o início das
greves dos operários e as revoltas dos grevistas, iremos assistir trechos do Filme:
Germinal. Disponível em:
http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=17293.
Acesso em 13/11/2013. Tempo: 2:42
http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=17296.
Acesso em 13/11/2013. Tempo: 6:14
http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=17295.
Acesso em 13/11/2013. Tempo: 5:51
http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=17297.
Acesso em 13/11/2013. Tempo: 2:09
1- Qual era o trabalho das crianças?
2- Elabore um texto sobre a realidade do trabalho dos operários apresentado
nos trechos dos filmes.
3- Você consegue identificar uma preocupação com a saúde dos operários?
O trabalho é salubre?
4- Como os operários se organizaram para a greve? Quais eram os motivos?
5- Organize um texto com base nos questionamentos a seguir: Os operários
obtiveram sucesso na revolta? E hoje como os trabalhadores das
indústrias, do comércio, dos diversos setores produtivos se organizam?
Eles possuem sindicados? Há alguém que os represente ou luta por eles?
ATIVIDADES SOBRE OS VÍDEOS
A questão do trabalho infantil é um tema recorrente a Revolução Industrial,
pois foi nesse período que as crianças foram empregadas nas fábricas de forma
maciça para ajudar na renda familiar que era baixa. Como era um período em que o
que contava era o volume da produção realizado pelo trabalhador, e ele recebia por
esse volume, as crianças sempre recebiam muito menos que um adulto.
A vida destas crianças mudou drasticamente após sua saída do campo para
as cidades. Elas passam a trabalhar nas fábricas deixando as brincadeiras e o
estudo de lado como falta de opção, pois deviam ajudar na renda familiar.
Inicialmente eram empregadas apenas crianças órfãs. Porém, não passado
tempo, as crianças de famílias também passam a engrossar as massas
trabalhadoras na indústria. Elas começavam a trabalhar desde muito novas, com
apenas seis anos de idade e tinham que suportar uma jornada diária de quatorze
horas de trabalho em condições insalubres.
A princípio, nas indústrias têxteis, cabia às crianças recolher a lã, e limpar
máquinas em que o fio travasse, entre outros. Isso gerou inúmeros acidentes com
amputação de mão, dedo, ou até a morte de muitas crianças sem que sequer
fossem indenizadas por isso.
Não muito distante no tempo, na atualidade, ainda é possível ver resquícios
daquela época. Ainda ouvimos nos noticiários, nas revistas, jornais, denúncias de
trabalho infantil, trabalho escravo. Isso ocorre agora em nosso país também.
Vamos ler um texto de Friedrich Engels: “A CLASSE TRABALHADORA NA
INGLATERRA EM MEADOS DO SÉCULO XIX” onde podemos compreender a
situação da classe trabalhadora inglesa do século XIX, as condições de vida e
também o trabalho infantil presente nas fábricas.
Texto: “Retiramos do discurso... alguns dados que não foram refutados pelos
industriais sobre a idade dos operários e a proporção de homens e mulheres. Estes
dados só se aplicam a uma parte da indústria inglesa. Dos 419.590 operários de
fábrica do império britânico (em 1839), 192.887 (ou seja, quase metade) tinham
menos de 18 anos e 242.996 eram do sexo feminino, dos quais 112.192 menores de
18 anos... O resultado inevitável é a alteração da ordem social existente, que,
precisamente porque é imposta, tem conseqüências muito funestas para os
operários...
O emprego de narcóticos com o fim de manter as crianças sossegadas não
deixa de ser favorecido por este sistema infame e está agora disseminado nos
distritos industriais...
Acontece que a servidão da fábrica, como qualquer outra e mesmo mais que
todas as outras, confere ao patrão o Jus primae noctis. Deste modo o industrial é
também o dono do corpo e dos encantos das suas operárias. A ameaça de
demissão é uma razão suficiente para, em 90 ou 99% dos casos, anular qualquer
resistência da parte das jovens...
A elevada mortalidade que se verifica entre os filhos dos operários, e
particularmente dos operários de fábrica, é uma prova suficiente da insalubridade à
qual estão expostos durante os primeiros anos... O filho de um operário, que cresceu
na miséria, entre as privações e as vicissitudes da existência, na umidade, no frio e
com falta de roupas, aos nove anos está longe de ter a capacidade de trabalho de
uma criança criada em boas condições de higiene. Com esta idade é enviado para a
fábrica, e aí trabalha diariamente seis horas e meia (anteriormente oito horas, e
outrora de doze a catorze horas, e mesmo dezesseis) até a idade de treze anos. A
partir deste momento, até os dezoito anos, trabalha doze horas. Aos fatores de
enfraquecimento que persistem junta-se também o trabalho...” ENGELS, Friedrich. A
Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Global, 1986. In:
MARQUES, Adhenar Martins; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História
Contemporânea através de textos. 11ª Ed., São Paulo: Contexto, 2008. (coleção
Textos e Documentos, v. 5), p. 37-42.
Faremos agora uma atividade com o Poema de Vinicius de Moraes:
“OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO” (1959). Poema escrito entre 1949 e 1956. Período
em que se intensifica o processo de industrialização dos centros urbanos no Brasil.
“Era ele que erguia casas onde antes só havia chão...”
Após a leitura do poema vamos:
- Identificar no poema trechos que destacam a situação de vida do operário;
- Fazer um debate sobre o tema do poema;
- Em qual trecho do poema o operário toma consciência do seu trabalho;
- Quando o operário começa a dizer “não” podemos dizer que começa o
desenvolvimento da consciência de classe dos trabalhadores?
- Podemos relacionar o poema a uma tentativa de conscientizar os
trabalhadores para o processo de industrialização nacional dos anos 1940 e 1950?
Vamos dar uma olhada em algumas charges e tirinhas sobre a Revolução
Industrial. O que podemos identificar? Existe relação com os modos de produção?
Qual a crítica presente nas charges?
http://fatoseacontecimentos.wordpress.com/2013/01/10/charges-e-tirinhas-
sobre-revolucao-industrial/. Acesso em 25-10-2013.
Como no poema “Operário em Construção” de Vinícius de Moraes o operário
disse “NÃO”, também os operários das fábricas européias do século XVIII e XIX
disseram “NÃO” à exploração, ao trabalho infantil, à jornada de trabalho excessiva, à
falta de direitos, entre outros. Eles começaram a se organizaram em sindicatos que
estavam proibidos em 1800. Através dessas organizações de trabalhadores eles
conseguiram conquistar alguns direitos que refletiram diretamente sobre as
condições de trabalho e de vida.
Esses movimentos ficaram conhecidos como o Ludismo e o Cartismo.
O ludismo foi o movimento de quebra máquinas que se espalhou por diversas
regiões da Inglaterra. Estas eram vistas como as responsáveis pela miséria do povo
e o desemprego. O movimento, porém, foi violentamente reprimido e chegou-se a
aplicar a pena de morte aos envolvidos
O cartismo visava a conquista de direitos políticos pelos trabalhadores que
até então não possuíam o direito ao voto secreto, direito ao voto masculino, entre
outros direitos como: aumento de salários, diminuição da jornada de trabalho. Esse
movimento teve adesão nacional na Inglaterra e aos poucos as conquistas foram se
implementando.
Para aprofundar o estudo do movimento ludista vamos ler o texto: “O
Ludismo” escrito por W. O. Henderson.
Texto: “O movimento luddite em Inglaterra, que atingiu o auge em 1811-1812,
começou como um levantamento dos fabricantes de meias no condado de
Nottingam. Nessa altura, a manufatura de meias era ainda uma indústria caseira. ..
Em 1811, os operários das meias queixaram-se de que os patrões estavam
lançando no mercado quantidades excessivas de produto ao mesmo tempo barato e
vistoso, e, para se manterem em concorrência, diminuíam os salários, tornando mais
dura a vida dos operários. Estes pediam o regresso aos métodos tradicionais de
produção e venda e às tabelas anteriores de pagamento e serviam-se do terror
como principal argumento... Os luddites agiam em grupos de cerca de cinqüenta e
invadiam, rápidos, uma aldeia após outra para destruir as máquinas de malhas,
desaparecendo tão silenciosamente como tinham chegado, sem que as autoridades
os conseguissem apanhar...” HENDERSON, W. O. A Revolução Industrial. São
Paulo: Verbo/Edusp, 1979. In: MARQUES, Adhenar Martins; BERUTTI, Flávio;
FARIA, Ricardo. História Contemporânea através de textos. 11ª Ed., São Paulo:
Contexto, 2008. (coleção Textos e Documentos, v. 5), p. 49-50.
3. Reflexões sobre a Educação: Tecnologias e Paradigmas
Agora que você já estudou sobre a Revolução Industrial, seus
desdobramentos mundiais, que percebeu suas contribuições para a sociedade e
também suas conseqüências para os trabalhadores, vamos refletir um pouco sobre
a educação. Ela também foi profundamente influenciada por todas as
transformações que a Revolução Industrial proporcionou no mundo moderno e
Professor, neste mesmo conteúdo pode
ser trabalhado também com os alunos o
filme Oliver Twist, 2005, direção de
Roman Polanski.
O Filme é baseado no Romance de
Charles Dickens e retrata a miséria dos
trabalhadores e o sofrimento das crianças
na sociedade industrial inglesa do século
XIX.
contemporâneo. E para falarmos em educação vamos falar de tecnologia aplicada à
educação.
Primeiro, em grupos, gostaria de saber um pouco o que você pensa sobre a
educação, como você a concebe, quais suas expectativas em relação ao ensino.
Depois, refletiremos um pouco sobre a tecnologia na educação, o assunto que
perpassou todas as nossas aulas desde o começo do nosso projeto.
- O que é tecnologia para você?
- Você acredita que a tecnologia é importante no mundo atual? Por quê? Em quais
setores ela é mais desenvolvida?
- Você sabia que o ensino nem sempre foi assim? Ele passou por diversas
transformações até chegar ao que ele é hoje. Vamos conversar com nossos pais e
saber como eram as aulas no tempo em que eles estudavam. Existiam tecnologias
nas salas de aula naquele tempo? Quais eram os materiais que eles e os
professores utilizavam para estudar? Eles acham o estudo importante?
Não podemos nos esquecer que a tecnologia sozinha não resolveu nenhum
problema da sociedade, sempre foram necessários seres humanos para que as
máquinas, as invenções tecnológicas fossem postas em prática. Então, quando
usamos a expressão tecnologia na educação devemos ter sempre a compreensão
de que é a metodologia do professor que fará com que as aulas estimulem a
produção do conhecimento, a pesquisa.
Para exemplificar esses aspectos da educação vamos utilizar a música:
“ANOTHER BRICK IN THE WALL”, parte 1 e 2, da banda inglesa: Pink Floyd. O
clipe da música no site do youtube.com e a letra da música. E ainda, um trecho do
filme: “A voz do Coração”, de 2004, com direção de Christophe Barratier.
Clipe da música “ANOTHER BRICK IN THE WALL” da banda Pink Floyd:
http://www.youtube.com/watch?v=xpxd3pZAVHI. Acesso em 01-11-2013. Tempo
5:35.
Letra da música “ANOTHER BRICK IN THE WALL” da banda Pink Floyd:
http://www.vagalume.com.br/pink-floyd/another-brick-in-the-wall-traducao.html.
Acesso em 22/11/2013.
Após assistir ao clipe, ouvir a música, ver o filme, fazer como atividade uma
reflexão/paralelo entre o sistema de ensino tradicional com o sistema de ensino
atual. Verificar as filas, o “adestramento” mental, a repetição, alguém que saia da
linha: escrevia poemas, era visto como desordeiro. A turma de alunos do orfanato
que tinha um professor sem “controle” da turma não tinham interesse em estudar,
após a chegada de outro professor, que utiliza outra metodologia, os alunos se
interessam, progridem nos estudos.
Hoje com as tecnologias já não podemos ter o mesmo quadro de educação
daquele tempo. Necessitamos adaptar as tecnologias nas aulas através de
metodologias que cativem os alunos, que despertem neles o gosto pelo estudo,
pesquisa, aprendizagem.
Para encerrarmos nosso estudo de história sobre o conteúdo da Revolução
Industrial e uma reflexão sobre a educação vamos assistir ao vídeo a seguir.
Disponível em: http://youtu.be/Pkc_xBD4Cyo. Acesso em 14/11/2013. Tempo:
1:23, Vídeo sobre trabalho em equipe.
Como atividade final do conteúdo proposto, a sugestão é que após as
pesquisas e estudos, em grupos, os alunos organizem uma apresentação dos
conteúdos tabulados com a utilização dos diversos recursos tecnológicos
disponíveis no colégio. Poderá ser utilizado: o data show, a TV pen drive, o
laboratório de informática, um programa de computador como Movie Maker, entre
outros de conhecimento e domínio do grupo.
Após as apresentações será realizada uma reflexão a respeito das
explicações com utilização dos recursos tecnológicos, com metodologias que
utilizem as TIC’s. Elas conseguem prender mais a atenção dos alunos, estimulam a
pesquisa, fazem com que aprendam mais os conteúdos de história?
concluindo !
Vamos fazer uma mesa redonda e conversar um pouco sobre essas nossas
aulas:
- Quais foram as aulas que você mais gostou?
- O que você não conseguiu aprender?
- Quais foram suas dificuldades?
- Você entendeu a Revolução Industrial?
Continue sempre estudando, pesquisando e
tendo curiosidades históricas.
Obrigado!
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria do Estado de Educação – Departamento de Educação Fundamental. Diretrizes Curriculares Estaduais- História. - Curitiba: SEED/PR, 2008. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos I. da Costa. São Paulo: Ed.34, 2010.
10º reimpressão. COSCARELLI, Carla Viana (org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
LITWIN, Edith (org.). Tecnologia educacional – política, histórias e propostas.
Porto Alegre: Artmed, 2001. 2ª reimpressão. MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos; BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Papirus, 2000.
FERRETTI, Celso João (org.). Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. BAROM, Wilian Carlos Cipriani; CERRI, Luis Fernando. O ensino da história a partir da teoria de Jorn Rusen. Seminário de Pesquisa do PPE. UEL. MARINGÁ,
maio de 2011. LEAL, Fernanda de Moura. Educação histórica e as contribuições de Jorn Rusen. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. SÃO PAULO, julho 2011. MARQUES, Adhenar Martins; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História
Contemporânea através de textos. 11ª Ed. São Paulo: Contexto, 2008. (coleção
Textos e Documentos, v. 5).
PROJETO ARARIBÁ: História. Organizadora Editora Moderna; obra coletiva,
desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável: Maria Raquel
Apolinário. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2007.
CAMPOS, Flávio de; CLARO, Regina. A escrita da história 2. 1ª ed. São Paulo:
Escala Educacional, 2010.
MARX, Karl. O CAPITAL: edição resumida. Resumo dos três volumes por Julian
Borchardt. Trad. Ronaldo Alves Schmidt. 7ª ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores,
1982.
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1996.