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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: O Artigo de Opinião e as Estratégias para a Produção Textual

Autora: Dalete Gomes Pires

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Rio Branco - Ensino Fundamental e Médio

Município da escola: Rio Branco do Ivaí

Núcleo Regional de Educação: Ivaiporã

Professor Orientador: Dr. Paulo Roberto Almeida

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina

Relação Interdisciplinar Sociologia

Resumo:

Esta Produção Didático-Pedagógica consiste em uma Sequência Didática sobre o gênero discursivo artigo de opinião, visando subsidiar os educandos na prática de produção textual escrita, pois esta configura-se como uma das dificuldades observadas no processo de ensino e aprendizagem. Assim, procura-se desenvolver as atividades que favoreçam aos alunos a compreensão das características do gênero em questão, em todos os seus aspectos constitutivos e a produção textual. Portanto, considera-se essencial inserir o aluno nos usos da linguagem, nas diferentes práticas sociais, que lhes possibilite o desenvolvimento pessoal e social.

Palavras-chave: Gêneros discursivos. Produção textual

Formato do Material Didático: Sequência Didática

Público: Alunos do 3º- Ano - Ensino Médio

APRESENTAÇÃO

Esta Produção Didático-Pedagógica apresenta uma Sequência Didática

sobre o gênero discursivo/textual Artigo de Opinião, de circulação na esfera

jornalística, visando subsidiar os educandos do 3º ano do Ensino Médio no ensino e

aprendizagem de Língua Portuguesa.

A presente Sequência Didática constitui-se de oito oficinas que serão

desenvolvidas em 32 horas/aulas, com atividades diversas: apresentação,

reconhecimento e constituição do gênero discursivo em estudo. Tem como objetivo

fundamental o desenvolvimento da produção textual escrita dos alunos, pois esta

prática configura-se como uma das dificuldades dos nossos educandos.

Dessa forma, pretende-se oferecer condições para que o aluno possa,

gradativamente, desenvolver suas capacidades de interação e ação pelo uso da

linguagem. E com a convicção de que o gênero discursivo/textual artigo de opinião é

um instrumento linguístico essencial para o conhecimento e desenvolvimento dos

nossos alunos, e que muitos deles não têm acesso ao gênero textual em questão,

faz-se necessário que haja um incentivo e estímulo para ler, compreender e escrever

artigos de opinião.

Diante do exposto, espera-se que a oportunidade de estudar o gênero possa

despertar o interesse dos alunos pela leitura e melhor compreensão do artigo de

opinião, texto predominantemente argumentativo, possibilitando assim um melhor

desempenho do aluno na prática escrita do gênero. O estudo desse gênero

discursivo constitui um subsídio para a produção textual argumentativa dos nossos

educandos, requisito primordial nas práticas sociais.

PREVISÃO DAS AÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO

Ações Aulas Previstas

Oficina 1 _ Apresentação da situação comunicativa e

Produção inicial

4 horas/aulas

Oficina 2 _ Apresentando o gênero textual Artigo de

Opinião

4 horas/aulas

Oficina 3 _ Da informação à Opinião 4 horas/aulas

Oficina 4 _ Questões polêmicas e Argumentação 4 horas/aulas

Oficina 5 _ Caracterizando o Artigo de Opinião 4 horas/aulas

Oficina 6 _ O artigo de opinião e os mecanismos

linguísticos

4 horas/aulas

Oficina 7 _ Pesquisar para produzir 4 horas/aulas

Oficina 8 _ Produção final e Refacção textual 4 horas/aulas

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Apresentação da situação comunicativa e Produção inicial

Objetivos: Expor aos alunos a proposta que será desenvolvida ao longo das oficinas;

Diagnosticar os conhecimentos dos educandos sobre o gênero textual

proposto.

Nesta oficina, o/a professor/a deverá descrever aos alunos, detalhadamente, a

proposta e a finalidade do trabalho com o gênero textual artigo de opinião em que o

suporte será um mural intitulado Seção Opinião, construído na sala de aula, onde

serão fixados os textos produzidos pelos alunos e os textos de outras atividades

propostas, para a leitura dos interessados que circulam nesse ambiente.

A situação comunicativa aborda as questões: Qual é o gênero abordado? A

quem se dirige a produção? Quem participará da produção? Com que objetivo? Que

forma assumirá a produção?

1 – Leia os textos abaixo.

15/05/2013 http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--1762-20130515

Redução da maioridade penal

Com o devido respeito à opinião de cada cidadão relativo à redução da

maioridade penal, não vejo solução no combate à criminalidade a simples redução

da maioridade penal. Até porque encher cadeias e educandários de delinquentes

não resolverá o problema, ao contrário, aumentarão os gastos com construções de

mais estabelecimentos prisionais, alimentação, funcionalismo público, desvio de

verbas e tantos outros gastos que estamos calejados de saber e pagar. Vejo como

única e necessária solução, embora a longo prazo, mas que carece ser iniciada já, a

escolaridade em tempo integral, desde a iniciação escolar, com inclusão de esporte

de qualidade, educação religiosa, ensinamentos básicos constitucional e político,

para que passe a ser realmente construídos homens, ao invés de reformá-los.

REGINALDO ARCEBISPO DE SÁ (serventuário da Justiça) – Londrina.

19/04/2013 http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--2216-20130419&tit=opiniao +do+leitor

Redução da maioridade já

Os crimes cometidos pelos menores de idade, principalmente daqueles

situados entre 16 e 18 anos, já romperam todos os limites suportáveis. A sociedade

brasileira, insegura e assustada, necessita de medidas urgentíssimas para conter

essa banalização da morte de inocentes. Os defensores da atual situação mais

teorizam e filosofam do que apresentam soluções práticas e objetivas. O Estatuto da

Criança e do Adolescente, criado há 23 anos, é ineficiente. O Estado falha em

educação, saúde, na ressocialização dos infratores e não dá sinais que isso vai

melhorar. Uma pessoa de 16 anos tem vontade própria, pode recusar ir à escola e

ninguém é responsabilizado, está apto a votar e já tem maturidade psíquica. Estudos

do Unicef mostram que dos 40 países mais avançados em direitos das crianças e

dos adolescentes, apenas Colômbia, Peru e Brasil adotam a maioridade de 18 anos.

Na Argentina é 16; no Egito, 15; no Japão e na Alemanha, 14; na França, 13; e na

África do Sul, 7. Reino Unido e USA adotam a capacidade psíquica, em vez da

idade, que varia de 7 a 10 anos. Por isso, não há razão plausível para "demonizar" a

redução da maioridade penal no Brasil.

LUDINEI PICELLI (administrador de empresas) – Londrina

2- Com base na leitura dos textos você irá produzir um artigo de opinião, ou seja, um

texto argumentativo em qual deverá expor sua opinião e defendê-la com argumentos

convincentes ao leitor do seu texto. De acordo com o assunto abordado nos textos,

você deverá opinar sobre: A redução da maioridade penal de 18 para 16 anos

reduzirá a criminalidade? O seu texto deverá apresentar um título e conter, no

mínimo 15, e no máximo, 25 linhas.

O/A professor/a deverá conscientizar os alunos de que essa produção servirá

para norteá-los ao que sabem ou não sabem, quanto ao gênero artigo de opinião,

pois as dúvidas apresentadas serão trabalhadas passo a passo nas próximas

oficinas. O professor fará comentários sobre as produções.

3- Troque seu texto com um colega de classe para fazer uma leitura com sugestões

de melhoria. Para dúvidas de ortografia, consulte um dicionário ou professor/a.

4- Produzir um mural, intitulando-o “Seção Opinião”, fixá-lo na parede da sala de

aula ou outro lugar na escola e expor os textos produzidos.

Apresentando o gênero textual Artigo de Opinião

Objetivos: Ter contato com o artigo de opinião;

Identificar entre diversos textos o artigo de opinião;

Reconhecer o gênero em seu suporte, jornal e revista (impresso e digital).

Para trabalhar esta oficina o/a professor/a deverá providenciar com

antecedência os materiais e recursos necessários. Questionar os educandos sobre o

artigo de opinião e auxiliá-los nas atividades propostas. Expor no mural os vários

exemplos de artigos de opinião desta oficina.

O que é artigo de opinião?

É um gênero discursivo que defende um ponto de vista sobre um tema

geralmente polêmico, buscando convencer o leitor. É sempre assinado e pode ser

escrito em primeira pessoa.

É escrito por jornalista ou colaborador de jornal ou revista, considerado autoridade

na área/tópico.

O propósito é de convencer o leitor a aderir à posição tomada pelo autor.

Circula, em âmbito geral amplo, em jornais e revistas (impressos ou virtuais).

É publicado diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente, de acordo

com a periodicidade do veículo.

Os leitores são principalmente adultos, com um nível de instrução médio ou

superior (profissionais, aposentados, estudantes etc.) A leitura serve para informar e

formar opinião sobre temas polêmicos.

Possível influência da leitura é tomada de posição alinhada com a do autor, ou

contrária a ela, quando os argumentos não forem convincentes.

As reações em resposta à leitura serão comentários nos círculos de convívio e

manifestação ao veículo através de e-mail ou carta do leitor. (Cf. FONTANA,

PAVIANI, PRESSANTO, 2009, p. 147)

1- Em dupla, leiam os diversos textos e identifiquem entre estes o artigo de opinião.

(carta do leitor, notícia, artigo de opinião, charge, anúncio publicitário etc.).

2- Leiam os artigos de opinião identificados na atividade anterior e respondam às

seguintes questões:

a) Qual é o veículo de circulação em que o artigo de opinião foi publicado?

b) Quem o escreveu? Quais outras informações há sobre o autor?

c) Qual é o assunto principal tratado no artigo de opinião ?

d) Em relação à data de publicação o assunto é atual ou ultrapassado?

Comente.

e) O texto está relacionado a alguma notícia (fato) desse período? Qual?

f) Para que tipo de leitor o artigo de opinião é destinado?

g) Com que objetivo o assunto é abordado?

3- Localizem no jornal o artigo de opinião e observem a página em qual está

disposto. Como ela está intitulada? Quais outros gêneros discursivos compõem

a página? Qual é a relação entre esses textos?

4- Apresentar à classe o jornal digital, com o uso de data show, evidenciando os

textos argumentativos que compõem uma seção especial e destacando o artigo

de opinião.

Da informação à opinião

Objetivos: Relacionar e diferenciar informação/fato de opinião.

1- Leia e compare os seguintes textos:

Texto 1

30/04/2013 http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--3557-20130430

LEGISLAÇÃO - Reforma do Código Penal levanta polêmicas

O anúncio do Conselho Federal de Medicina (CFM) defendendo a legalização

do aborto até a 12ª semana de gestação por decisão da mulher suscitou com fervor

a discussão sobre as mudanças que podem ocorrer com a reforma do Código

Penal (CP). O projeto está na fase de elaboração do relatório com a realização de

audiências públicas. A iniciativa tem causado polêmica e é alvo de várias críticas

de entidades e da própria comunidade jurídica, que apontam que o teor não foi

amplamente discutido com a sociedade.

Entre as reformulações que causaram reação imediata estão a

descriminalização do uso e porte de drogas, novas hipóteses de aborto legal,

tipificação de crimes cibernéticos, terrorismo e jogos de azar, criminalização do

preconceito contra estrangeiro, ao que vem de outra região do país ou ao

homossexual, e especificação do crime de eutanásia.

Outras mudanças importantes são o aumento da pena máxima para até 40

anos, redução de pena para os que trabalharem na prisão, criminalização do

abandono de animais, do bullying, do jogo do bicho e do "enriquecimento ilícito",

além de penas mais duras para quem cometer calúnia, injúria ou difamação através

de meios de comunicação.

Para o advogado Gabriel Bertin, de Londrina, o modelo atual precisa de

mudanças, mas "há grandes chances de o projeto não ser aprovado pela conturbada

situação que se instalou". "Em bens jurídicos que tratam da vida (aborto e eutanásia)

é normal que aspectos ideológicos e religiosos sejam colocados em questão. Mas o

código deve refletir a vontade da maioria", destaca.

Criado em 1940, é o conjunto de leis que visa a um só tempo defender

os cidadãos e punir aqueles que cometam crimes e infrações. Já passou por

várias modificações com o propósito de modernizá-lo.

Reuniões em que a população pode debater sobre as mudanças de leis

que envolvem a administração pública.

Texto 2

09/06/2013 http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--1067-20130609

Fim da polêmica sobre o aborto

O Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou ao Legislativo o seu

posicionamento a respeito do aborto no último dia 21 de março. Segundo consta no

documento, o CFM propõe a criação de "causas excludentes de ilicitude". Deixando

o eufemismo de lado, a situação prática é deixar a decisão do aborto para cada um.

É de causar espanto que uma entidade como CFM tenha emitido esse

documento. Mais do que qualquer outro profissional, o médico sabe que realizar um

aborto é a última opção considerada pela mulher que o pratica. É considerado

mesmo a falta de opção. Se uma consulta de rotina ao ginecologista já é um

procedimento desconfortável, imaginemos o contexto da mulher se encaminhando

para a realização do procedimento abortivo.

Se existe realmente uma preocupação com a integridade feminina, se

efetivamente se quer dar à mulher o direito de escolha, então o óbvio é dar-lhe a

opção de engravidar ou não. Porque uma vez havendo a gestação e feita a opção

pelo aborto, não há ninguém, absolutamente ninguém, que possa assegurar a essa

mulher a ausência de sequelas, físicas ou psicológicas, após o aborto. Todo

procedimento médico, clandestino ou legalizado, envolve diversos riscos, desde

infecções hospitalares a erros de conduta, sem falar no impacto psicológico,

impossível de ser dimensionado e muitas vezes ignorado.

A polêmica sobre o aborto precisa ter um fim. É inquestionável que é muito

melhor evitar uma gestação não programada do que decidir sobre o aborto. Aos que

pensam ser o aborto a melhor solução, considerem que estarão contribuindo muito

mais para a integridade feminina se aplicarem suas energias na prevenção da

gravidez indesejada. Mais fácil, mais barato, mais eficiente, mais inteligente e isento

de sequelas físicas e psicológicas.

Seria de se esperar que o CFM atuasse com uma bandeira de vanguarda, na

raiz do problema. O cerne da questão é a necessidade urgente de uma educação

adequada, para que a sexualidade seja compreendida e vivenciada de modo

saudável e responsável. Falando em educação sexual, não estamos nos referindo

somente às aulas, mas no diálogo franco e aberto, no aproveitamento das imensas e

gratuitas oportunidades de comunicação da internet, das redes sociais, dos vídeos

didáticos, etc. Quantos vídeos didáticos, extremamente úteis, poderiam ser

disponibilizados pelo CFM na internet, a custo zero?

É importante ressaltar que para os casos de riscos à saúde materna, já há

protocolos e procedimentos estabelecidos para aplicação imediata. Portanto, a

questão aqui se trata da nossa postura, enquanto sociedade, para a situação

massiva de gravidez não planejada. Se realmente queremos preservar e respeitar a

mulher, o caminho verdadeiro é o da prevenção da gestação indesejada. Esta é a

solução adequada. Chega de propostas "tapa-buracos".

Vamos encarar a questão do modo mais racional. Independente de

convicções religiosas, biológicas, jurídicas ou qualquer outra, a primeira opção para

priorizar a mulher, sua vontade, seu corpo, seus direitos é dar-lhe plenas condições

de decidir quando e se quer engravidar. Esta questão deve ser a grande proposta

para nossa sociedade. Ao invés de nos desgastarmos sobre o que fazer com a

gravidez indesejada, vamos todos aproveitar nosso tempo e nossa energia com a

bandeira de prevenir a concepção, pois assim, certamente, a mulher terá sua melhor

condição de escolha e respeito.

MARCELO SENEDA é doutor em biotecnologia da reprodução, pós-doutorado

em epigenética de gametas e professor da Universidade Estadual de Londrina.

2- Responda as questões com base na leitura dos textos 1 e 2.

a) O texto 1 é um tópico de uma reportagem. Qual é a sua finalidade?

b) Há palavras, no texto, que você desconhece os seus significados? Destaque-

as e procure-as no dicionário.

c) Qual é a função do trecho em destaque no final do texto?

d) No texto há opinião sobre o fato ou apenas noticia mostrando sua

repercussão?

e) Por que as reformulações do Código Penal são consideradas polêmicas?

f) Das reformulações citadas no texto, qual você considera a mais relevante?

Por quê?

g) Qual das reformulações propostas você considera menos importante? Por

quê?

h) O texto 2 é um artigo de opinião. O que o título do texto sugere?

i) No 1º. parágrafo, o que quer dizer “Deixando o eufemismo de lado”?

j) O articulista manifesta-se favorável ou contra a questão levantada?

k) Identifique e grife, no texto 2, os trechos que indicam que o articulista teve

contato com o fato e os que constituem a opinião dele.

l) Na opinião do autor, qual é a possível solução para o problema discutido?

Questões Polêmicas e Argumentação

Objetivos: Identificar e formular questões polêmicas.

Estabelecer uma definição de argumentação.

1- Discuta com os colegas e o professor: o que é uma questão polêmica? Anote a

conclusão.

2- Identifique e elabore questões consideradas polêmicas.

Na escola:

No bairro:

No município:

3- Retome o texto 1 (oficina 3). Entre os itens de reforma do Código Penal, formule

as possíveis questões polêmicas.

4- Identifique e elabore outras questões polêmicas universais, por exemplo, as que

referem ao meio ambiente, comunicação virtual, comportamento etc.

5- Troque as questões entre os colegas para avaliar se as questões são mesmo

polêmicas e discuta se realmente estão bem formuladas.

O/A professor/a deverá discutir com os alunos sobre as questões polêmicas,

reformulando-as se necessário. Poderá fazer exposição no mural da sala de aula.

6- Discuta com seus colegas e professor: o que é argumentação? Qual é a

importância da argumentação no nosso dia a dia? Anote sua conclusão.

O professor poderá apresentar a definição segundo PERELMAN (apud

FONTANA et al, 2009) e ir além com outras informações, buscando promover uma

discussão.

A argumentação pode ser entendida como uma função da linguagem ou um

modo de organizar o discurso para conseguir a adesão do nosso interlocutor.

Já que todas as ações realizadas por meio da linguagem têm intencionalidade,

argumentar é orientar o discurso para determinadas conclusões. Usando a

argumentação podemos convencer (visando à razão, por meio de raciocínio lógico e

de provas objetivas) ou persuadir (atingindo a vontade e a emoção, por meio de

argumentos subjetivos).

7- Dinâmica argumentativa: (Os alunos selecionam uma questão polêmica, o

professor solicita ao aluno A que diga um argumento favorável à questão

polêmica, ao aluno B que diga um argumento contra a questão e ao aluno C que

diga com qual dos dois concorda e por quê. A dinâmica terá continuidade com a

solicitação de novos argumentos. O professor comentará os argumentos

apresentados).

8- Escolha uma das questões polêmicas (atividade anterior) e escreva um

argumento em defesa do seu ponto de vista (tese).

Caracterizando o Artigo de Opinião

Objetivos: Reconhecer as características do artigo de opinião;

Analisar a organização textual de um artigo de opinião.

Estrutura textual prototípica do artigo de opinião

Texto argumentativo, apresentando uma ou mais teses (posições) sobre um tema,

geralmente, combinadas com argumentos para defendê-las (evidências, provas,

exemplos, citações).

Contextualização inicial (abordagem geral), detalhamento, problema, análise, tese,

argumentos, conclusão (idéia geral ou convite à ação). (FONTANA et al, 2009, p.

147)

Tipos de argumentos

(O professor apresentará os conceitos disponíveis no endereço abaixo)

http://cidinhasantosfernandes.blogspot.com.br/2011/05/tipos-de-argumentos-e-

elementos.html

1- Em dupla, leiam o artigo de opinião abaixo.

10/07/2013 http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--1245-20130710&tit=espaco +aberto

Aborto e a educação sexual

A educação sexual foi apontada, no artigo de "Fim da polêmica sobre o aborto"

(Espaço Aberto, 9/6), como sendo a alternativa eficaz para se pôr fim ao problema

do aborto. De fato, ela pode contribuir, significativamente, para reduzir o número de

gravidezes não planejadas. Contudo, para alcançarmos um nível satisfatório de

educação sexual, precisaríamos do envolvimento real dos órgãos municipais e

estaduais de educação e das universidades, com investimentos em formação inicial

e continuada dos educadores. Além disso, seria imprescindível oferecer ao educador

assessoria de profissionais especializados. Trabalho há mais de 20 anos, com a

formação de educadores sexuais, na Universidade Estadual de Londrina, e posso

afirmar, com tristeza e convicção: o Brasil está longe, muito longe, de um quadro

satisfatório nessa área.

Portanto, considero utópico creditar à educação sexual o potencial de

modificar a realidade de abortos clandestinos, pois, ainda que tivéssemos uma

situação idealmente positiva em relação à educação sexual, isso, por si só, não se

apresentaria como uma solução para a questão. E por que não? Porque, segundo

estudos feitos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os métodos

contraceptivos apresentam falhas, inclusive, a laqueadura e a vasectomia. Além

disso, o índice de estupros é altíssimo e há fatores de ordem inconsciente que levam

uma mulher a engravidar sem planejar.

Em todos os tempos, a mulher tem sofrido não só com o cerceamento de sua

autonomia como também com penalizações e culpabilizações de toda ordem que

recaem sobre ela. Lembro-me de um caso que me foi relatado em uma palestra que

ministrei: uma estudante de Pedagogia contou que era a quarta filha de uma família

e que, quando tinha 5 anos, sua mãe engravidou e submeteu-se a um aborto, vindo

a falecer. Os boatos que surgiram, na época, sobre tal fato, imagino que diziam mais

ou menos assim: "Viu só?! Pecou e foi castigada!". Mas outra leitura pode ser feita

da situação: "Se essa mãe vivesse em um país em que o aborto fosse um direito e

pudesse ser realizado em condições de segurança, não teria deixado órfãos seus 4

filhos!".

A 4ª Conferência Mundial da Mulher, em Beijing, na China, em 1995,

recomendou "a todos os países a revisão das leis punitivas em relação à realização

de abortos ilegais" e reconheceu "o aborto como uma questão de saúde pública",

pois este é feito clandestinamente, o que gera mortes ou sequelas físicas e mentais

para a mulher. No Brasil, que foi signatário deste compromisso, a estimativa é que

aconteçam cerca de um milhão de abortos clandestinos por ano, e as mulheres

pobres são as mais prejudicadas, pois quem tem dinheiro paga mais e corre menos

risco. A OMS também recomenda aos países que autorizem a interrupção da

gravidez em condições de segurança e que preservem a saúde física e psíquica da

mulher. Nas regiões onde o aborto é permitido não se constatou aumento em seu

índice.

O presidente do Uruguai, José Mujica, em outubro do ano passado, ao

descriminalizar o aborto em seu país, afirmou: "É mais inteligente não proibir!". A

presidente Dilma está se acovardando diante deste assunto, pois sabemos que a

postura dela seria em prol da autonomia da mulher. Prefere calar-se para não perder

a aceitação à popularidade. É uma omissão que ficará na história da única

presidente mulher que o país já teve.

Penso que se o aborto for descriminalizado e equipes de profissionais de

apoio forem capacitadas, muitas mulheres que optariam por abortar talvez não o

façam, pois passarão a ter com quem dividir seu desespero. O tema aborto precisa,

sim, ser debatido, ser compreendido, pois é um sério problema social para o qual

não podemos fechar os olhos.

MARY NEIDE DAMICO FIGUEIRÓ é psicóloga, doutora em Educação e

professora sênior da Universidade Estadual de Londrina.

2- Observe que a articulista levanta uma questão polêmica e apresenta uma

posição de acordo com o seu ponto de vista e na tentativa de convencer o leitor

a concordar com sua opinião, defende-a com argumentos, ou seja, o texto é

argumentativo. Responda as seguintes questões:

a) Qual é a questão polêmica discutida no texto?

b) A questão polêmica é socialmente relevante? Por quê?

c) Por se tratar de um texto argumentativo, a autora procura defender uma tese.

Qual é a tese (opinião) defendida?

d) Identifique no texto as partes que o compõem: Introdução (contextualização

inicial); desenvolvimento (detalhamento, argumentos etc.) e conclusão.

e) Quais são os argumentos usados para defender a tese?

f) No texto, há alguma referência a posições anteriores? Identifique-a.

g) O artigo apresenta estratégias argumentativas como a refutação

(contestação) e uso de citações? Grife-as no texto.

h) Analise e classifique os tipos de argumentos usados pela autora.

O artigo de opinião e os mecanismos linguísticos

Objetivos: Analisar a argumentação do autor;

Conhecer palavras e expressões que organizam um texto argumentativo.

Mecanismos linguísticos do artigo de opinião

Apresentação de informações e ideias de outros autores (citação direta ou indireta,

a partir de verbos de dizer e expressões de conformidade: segundo fulano; de

acordo com sicrano; fulano diz/afirma/adverte/contrapõe/argumenta/questiona...).

Emprego de conectores que introduzem argumentos (já que, visto que, pois, posto

que, dado que).

Emprego de conectores que acrescentam argumentos (também, e, além disso,

mais, ainda).

Emprego de conectores que expressam oposição (no entanto, mas, porém,

contudo, todavia) ou concessão (embora, apesar de).

Emprego de conectores que expressam conclusão (portanto, assim, assim sendo,

deste modo).

Predomínio do uso do presente do indicativo. ( FONTANA et al, 2009, p. 147)

1- Leia o artigo de opinião abaixo:

24/04/2013 http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--2789-20130424

Causas estruturais da violência juvenil

O estudo das causas do fenômeno da violência é controvertido. Desde os

primórdios da formação da sociedade e do Estado vários estudiosos buscaram

compreender a natureza humana e suas lutas e o papel que o Estado deveria

desempenhar nesse contexto. Alguns basearam-se na natureza maldosa do ser

humano, outros na formação do indivíduo a partir de sua relação com a sociedade.

Na atualidade, discute-se demasiadamente a violência praticada por jovens

relacionando-a as leis específicas que delimitam a imputabilidade penal aos

menores de 18 anos. Em momentos de comoção, faz-se necessário a centralidade

nas causas desse fenômeno, evitando o sensacionalismo ou as soluções que

aparentemente aparecem como mágica, como a redução da idade penal. Vale a

pena ressaltar que o Brasil contou, por décadas, com uma lei discriminatória e

punitiva que deixou evidenciado que não resolve o problema.

Precisamos encarar a questão a partir da estrutura da nossa sociedade

capitalista, em sua organização em classes, com interesses inconciliáveis. Com a

expansão do capitalismo, expandiu-se juntamente o consumismo, ideologia que

mantém o capital, repassada de forma global sem distinção. Assim o impulso de

consumir está presente em todas as classes, sendo que todos buscam adquirir bens

de consumo. No entanto, o poder de aquisição não é o mesmo.

A sociedade contemporânea está baseada no ter e não no ser. Esse contexto

tem um impacto especial sobre os adolescentes que, impulsionados pelo possuir,

procuram formas de adquirir bens e serviços e, muitas vezes, questionam e invadem

a propriedade privada alheia.

Para minimizar essas sequelas tão evidentes e amenizar o conflito entre as

classes, é chamado o Estado. Vários teóricos buscaram explicar seu papel nesse

contexto. Thomas Hobbes delimitou que o homem era mal por natureza, egoísta e

imoral. Para ele, os homens não respeitam uns aos outros, conduzindo-se a um

estado permanente de guerra. Dessa instabilidade surge a necessidade de uma

força soberana - no caso o Estado - que por meio da repressão coloque ou imponha

a paz e a segurança a todos. Todavia, outros teóricos como Marx, nos trouxeram

que o homem é produto de seu meio, sendo um ser sócio histórico e que o Estado,

apesar de sua aparência neutra, mantém e reproduz a desigualdade.

Podemos de fato acreditar na maldade do ser humano que somente busca a

fama, a glória e o poder e criar leis muito severas já para a criança que cometer

algum ato infracional. Basta saber para quem serão aplicadas e para qual classe

social. Ou temos a opção de encarar a realidade que nenhum adolescente nasce

com uma arma na mão, sendo delineado a partir de suas relações pessoais e

influência de uma sociedade que prega, por exemplo, que para ser incluído

socialmente é necessário usar uma roupa de marca e que o Estado de fato somente

repassa os mínimos sociais, o que mantém a classe subalterna viva, porém, não

diminui a desigualdade social.

Não existe mágica e solução a curto prazo, por mais que todos desejem.

Somente políticas eficazes que ofereçam de fato os direitos igualitários e

perspectivas de ascensão social poderão trazer alternativas, pois o sistema está

imposto e não mudará. No caos a que chegamos todos, em algum dado momento,

se tornam vítimas: sejam das condições discriminatórias e precariedade diária ou

pela violência brutal que invade famílias, destrói vidas e choca a todos. A punição

severa poderá trazer a falsa sensação de justiça, porém a história já demonstrou

que não resolve.

JACQUELINE MARÇAL MICALI é mestre em Políticas Sociais e assistente

social em Londrina e Cambé.

2- Com base na leitura do texto responda as seguintes questões:

a) Qual é a questão polêmica de fundo tratada no texto?

b) A autora manifesta-se favorável ou contra essa questão?

c) Qual é a tese defendida por ela no texto?

d) Qual é o principal tipo de argumento usado pela articulista?

e) Qual é a relação entre a função social da articulista e a tese defendida por ela?

f) De que forma a articulista apresenta as citações em seu texto? Para que

servem essas citações?

g) Destaque no texto os conectivos usados pela autora e identifique a ideia que

cada um expressa.

h) Substitua o conectivo do último período do texto, mantendo um sentido

adequado.

i) Em dupla, procurem em jornais, revistas ou internet um artigo de opinião,

analisem-no em todos os aspectos constituintes do gênero e apresentem-no à

classe. Vocês poderão usar a tv pendrive ou data show para a apresentação.

Depois, vocês deverão fixá-lo no mural.

Pesquisar para produzir

Objetivos: Obter informações sobre uma questão polêmica de livre escolha;

Apresentar os resultados da pesquisa à classe.

1- Escolha uma das questões polêmicas levantadas em atividades anteriores ou

outra se preferir e faça uma pesquisa focalizando o assunto sobre o qual irá

produzir o seu texto, você deverá buscar informações como: pontos de vistas de

diferentes autoridades no assunto, dados histórico-culturais, dados estatísticos,

causas e consequências, exemplos de acontecimentos e leis. (atividade

extraclasse)

2- Organize sua pesquisa fazendo uma síntese das informações consideradas

mais importantes, necessárias para a construção de argumentos consistentes,

ou seja, bem fundamentados na produção do seu texto. Não esqueça de citar as

referências.

3- Apresente à classe a síntese da sua pesquisa. Você poderá usar a tv pendrive

ou data show.

Produção final e Refacção textual

Objetivos: Produzir um artigo de opinião;

Analisar e reescrever o texto.

1- Com base na questão polêmica sobre a qual você pesquisou, produza o seu

artigo de opinião, planejando-o de acordo com as seguintes perguntas:

_ Que aspecto da questão polêmica você irá discutir?

_ Qual opinião (tese) será defendida?

_ Quais argumentos serão usados para defender o seu ponto de vista (tese)?

_ De quais fatos (acontecimentos) ou dados você irá partir?

_ O que escreverá na introdução de forma que contextualize a discussão?

_ Como serão desenvolvidos os argumentos?

_ Como será concluído o seu texto?

_ Que título será adequado de forma que situe o leitor sobre a tese (opinião)

defendida e desperte o interesse pela leitura do seu texto?

_ Seu texto deverá conter no mínimo 15, e no máximo, 25 linhas.

2- Releia o seu texto, troque-o com um colega, faça comentários e sugestões no

texto dele e ele fará o mesmo em seu texto, com base nas perguntas abaixo,

faça uma autoavaliação e depois, reescreva-o.

_ O título está adequado e interessante?

_ A questão polêmica está indicada claramente?

_ Os argumentos apresentados são consistentes?

_ Considerou pontos de vista opostos para construir seus argumentos?

_ São usadas palavras ou expressões que estabelecem conexões entre as

partes do texto?

_ A conclusão reforça a posição defendida?

_ Tirou as dúvidas quanto à ortografia e pontuação?

_ Evitou repetições desnecessárias?

_ Fez a organização dos parágrafos do texto (introdução, desenvolvimento,

conclusão)?

3- Entregue o seu texto ao/à professor/a para fazer uma correção final. Finalmente,

digite o seu texto para exposição no mural, “Seção Opinião”, exposto na sala de

aula.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

A produção deste material pedagógico baseia-se na proposta de DOLZ,

NOVERRAZ E SCHNEUWLY para a construção de uma sequência didática.

Segundo os autores, a sequência didática (SD) “é um conjunto de atividades

escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral

ou escrito” (p. 97, 2004). Os autores explicitam a necessidade de trabalhar,

sobretudo, com um gênero que o aluno ainda não domina ou apresenta dificuldades

de acesso ou de produção, pois de acordo com os autores uma sequência didática

tem a finalidade de ajudar o aluno a ter domínio das características do gênero

textual, apropriar-se da escrita ou fala numa situação de comunicação específica.

Nesta perspectiva de ensino, para a produção desta SD, foi selecionado o

gênero discursivo/textual artigo de opinião, visando desenvolver a produção textual

argumentativa dos alunos do 3º. Ano do Ensino Médio. Na elaboração das atividades

considerou-se os textos de conteúdos interligados entre si e de circulação

jornalística, desenvolvendo uma sequência de oito oficinas que compreendem etapa

por etapa do gênero textual a ser trabalhado. E para tanto, busca-se consolidar as

estratégias para a produção textual escrita, pois segundo ELIAS E KOCH (p. 34,

2012) quem escreve utiliza-se de muitas estratégias, como: ativação de

conhecimentos sobre os componentes da situação comunicativa; seleção,

organização e desenvolvimento das ideias; balanceamento entre informações

explícitas e implícitas e a revisão da escrita ao longo do processo.

Neste sentido, propõe-se que o professor ao trabalhar essa sequência

didática atente para as necessidades dos alunos e de orientação mais pontual em

cada uma das oficinas. Para desenvolver as atividades o professor fará uso de

recursos pedagógicos diversos, como: jornal impresso e edição digital, revista,

notebook, internet, data show, tv pendrive e outros que dispor e se fizer necessário,

pois, compreende-se que no processo de interação professor / aluno, aluno /

material é que acontecem as situações de dúvidas e tomadas de decisões, cabendo

ao professor buscar as possíveis soluções.

Inicialmente, na oficina1, o professor compartilhará com os alunos a

proposta de trabalho em que estarão inseridos, explicando sobre o que será

estudado e as atividades que serão desenvolvidas. Poderá construir um cartaz,

expondo cada etapa da proposta. Depois de uma conversa com os alunos sobre o

que conhecem do gênero a ser estudado e o detalhamento da situação

comunicativa, estes escreverão um primeiro texto com base nos textos de apoio, as

cartas do leitor, que expõem opiniões controversas sobre uma questão polêmica.

Através dessa produção, o professor poderá intervir melhor no processo de

aprendizagem, comentando com os alunos sobre suas dificuldades e em que

deverão melhorar. A produção de um mural tem a finalidade de expor os textos

produzidos pelos alunos e os textos das próximas oficinas que exemplificam o artigo

de opinião.

Na segunda oficina, o professor providenciará recortes ou xerox de textos

diversos, por exemplo, carta do leitor, notícia, artigo de opinião, charge e anúncio

publicitário de campanhas (doação de órgãos etc.), retirados de jornais e revistas.

Os alunos serão dispostos em duplas para procederem à leitura e identificação do

artigo de opinião. Na sequência, responderão as questões propostas na atividade 2

e para realizar a próxima atividade, o professor deverá levar jornais para que os

alunos localizem nesse suporte o artigo de opinião e façam a leitura do mesmo. No

jornal, deverá mostrar as diversas seções e os textos que as compõem, com

destaque para a seção que se encontra o artigo de opinião. Em seguida, utilizando o

notebook e data show, o professor apresentará à classe o jornal digital, destacando

os textos argumentativos, em especial o artigo de opinião.

Para o desenvolvimento da oficina 3, o professor dispõe de dois textos, um

tópico de reportagem e um artigo de opinião, para que os alunos façam a leitura e

respondam aos questionamentos propostos e outros que o professor achar

convenientes, pois no momento de interação e leitura poderão surgir dúvidas que

precisarão ser esclarecidas para promover a compreensão do artigo de opinião e

instigar o pensamento reflexivo dos educandos.

Na quarta oficina, o professor mediará as discussões sobre a definição para

questões polêmicas, orientará os alunos a elaborar as possíveis questões, citando-

lhes exemplos e auxiliando-os na reformulação, se necessário. Ainda, na segunda

etapa, promoverá uma discussão sobre argumentação e sua importância no dia a

dia de todos. Realizará uma dinâmica, procurando envolver todos os alunos da

turma, de forma que estes percebam as posições controversas diante de questões

polêmicas e o valor da argumentação. O professor avaliará o desenvolvimento do

aluno nas atividades propostas, tanto na escrita quanto na oralidade.

Para trabalhar a oficina 5, o professor dispõe de um artigo de opinião para

desenvolver uma leitura que instigue os alunos a perceber as características do

texto, ou seja, explicando como costuma ser estruturado, que este apresenta uma

contextualização inicial (introdução), desenvolvimento e conclusão, destacando,

além disso, os tipos de argumentos utilizados e discutindo sobre a fundamentação

deste. As atividades propostas são básicas, porém o professor poderá explorar,

oralmente, outras questões pertinentes, solicitando que os alunos façam as devidas

anotações.

Na sexta oficina, apresenta-se mais um artigo de opinião para que os

alunos, juntamente com o professor, leiam e analisem os recursos linguísticos

empregados em sua organização textual, por exemplo, as palavras e expressões

que fazem as conexões entre as partes do texto e as ideias que expressam, como

recursos que garantem a coesão e coerência textual. Com isso, procurar-se-á

proporcionar aos alunos a compreensão do encadeamento dessas ideias para a

construção de sentidos do texto. Além dessas atividades, os alunos encontrarão um

artigo de opinião em um dos seus referidos suportes e farão uma análise, com base

nos conceitos apresentados e estudos realizados sobre este gênero discursivo, e

apresentarão à classe. O professor fará uma avaliação do desempenho e

participação dos alunos na atividade proposta.

Na penúltima oficina, o professor orientará os alunos para a realização de

uma pesquisa sobre uma questão polêmica de livre escolha e interesse do aluno, a

fim de coletar informações que o auxiliarão na produção textual. Para isso, eles

deverão consultar fontes diversas e confiáveis de pesquisas e citá-las nas

referências. Esta atividade será extraclasse, porém haverá o momento de

socialização dos resultados em sala de aula. Caberá ao professor estipular um prazo

para a pesquisa e um tempo para cada apresentação, orientar os alunos para a

expressão oral e avaliar o desempenho de cada um durante o processo.

A última oficina consiste na produção final e refacção do texto. O aluno é

exposto aos questionamentos que direcionam ao planejamento da produção e à

revisão do seu texto. O professor deverá orientá-lo durante a produção e fará a

correção final. Posteriormente, os textos serão digitados para a exposição no mural

da classe.

Enfim, com este trabalho, o professor promoverá a leitura de vários

exemplos do gênero discursivo, artigo de opinião, focalizando o texto e a

compreensão dos mecanismos constitutivos do gênero de forma contextualizada.

Além disso, considerará a linguagem argumentativa como recurso imprescindível

nas relações sociais, e relevante para o desenvolvimento do aluno nas práticas de

ensino e aprendizagem.

REFERÊNCIAS

DOLZ, J; NOVERRAZ, M; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a

escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B; DOLZ, J. e col.

Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004.

FOLHA DE LONDRINA, O JORNAL do Paraná, Brasil. www. Folhaweb.com.br

FONTANA, Niura.M; PAVIANI, Neires.M.S; PRESSANTO, Isabel M. P. Práticas de

linguagem: gêneros discursivos e interação. Caxias do Sul, RS: Educs, 2009.

KOCH, Ingedore V; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Escrever: estratégias de produção

textual. 2. ed. São Paulo: contexto, 2012.

RANGEL, Mary. Dinâmicas de leitura para sala de aula. 7.ed. Petrópolis, RJ:

Vozes, 1990.

http://cidinhasantosfernandes.blogspot.com.br/2011/05/tipos-de-argumentos-e-

elementos.html. Acesso em: 15 ago. 2013.

Portal Cenpec. www.cenpec.org.br. Acesso em: 08 set. 2013.