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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

FORMULAÇÃO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS CONTEXTUALIZADOS COMO

ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA ENTENDER TEXTOS E ENUNCIADOS EM

MATEMÁTICA

Autor: Haroldo Francisco Dias da Motta1

Orientador: Altemir José Borges2

Resumo

Este artigo ressalta a importância da interpretação dos enunciados e textos em Matemática, mostra como o ato de formular problemas ajuda os alunos nos procedimentos de resolução dos mesmos e reforça a necessidade da busca por soluções alternativas nas aulas dessa disciplina. Faz parte de estudos realizados no ano de 2013, desenvolvido na Universidade Tecnológica Federal do Estado do Paraná – UTFPR, Campus Curitiba , subsidiado pelo Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, que é uma das modalidades de formação continuada do Estado do Paraná. Traz o desenvolvimento e conclusões da aplicação da Unidade Didática relacionada ao estudo citado e subsídios com atividades para auxiliar os docentes de um 9º ano do ensino fundamental em sua prática nas aulas de Matemática. Usa a Metodologia da Resolução de Problemas como suporte pedagógico, objetivando a sistematização de um método eficiente e prático na busca da transformação da linguagem usual em linguagem matemática, enfatizando a ideia de que o aluno só consegue resolver problemas e situações as quais tenha compreendido.

Palavras-chave: problemas; contexto; interpretação; formulação; resolução.

1. Introdução

Resolver problemas é uma característica humana ao longo da história. Uma

das questões discutidas atualmente entre os docentes de Matemática é investigar as

razões pelas quais a maioria dos alunos não consegue entender, interpretar,

analisar um texto e resolver problemas de forma eficaz. Se o professor “ traduz” o

1 Professor do Quadro Próprio do Magistério, com habilitação em Matemática e Pós-Graduação em Didática e

Metodologia do Ensino e em Educação Matemática.

2 Mestre em Matemática, professor do Departamento de Matemática da Universidade Tecnológica Federal do

Paraná - UTFPR, no Campus Curitiba - PR.

enunciado para um aluno que diz não saber resolver um problema, ele acaba

resolvendo-o, demonstrando claramente que o impede de resolver a situação é o

entendimento do enunciado. O processo pedagógico em Matemática deve contribuir

para que os alunos possam apropriar-se de linguagem adequada, constatar

regularidades, generalizar procedimentos, com o objetivo de interpretar e descrever

fenômenos não só do cotidiano matemático, mas o de outras disciplinas. A

capacidade e competência de apropriar-se de conhecimentos amplia o horizonte do

aluno tornando-o um cidadão pleno. Segundo os PCN’S: Matemática (2000, p.30),

a compreensão e a tomada de decisões diante das questões políticas e

sociais também dependem, da leitura e interpretações de informações

complexas, muitas vezes contraditórias, que incluem dados estatísticos e

índices divulgados pelos meios de comunicação. Ou seja, para exercer a

cidadania, é necessário saber calcular, medir, raciocinar, argumentar.

Assim sendo, com o intuito de minimizar essas questões, pesquisando

formas alternativas de ler enunciados e abordar conteúdos, buscou-se na

Metodologia da Resolução de Problemas uma maneira adequada para

contextualizar situações-problema e resolvê-las, trabalhando com a mesma

intensidade, a leitura e o entendimento dos enunciados. Essa metodologia usa os

Passos de Pólya que auxiliam os alunos a criar um método onde é explorada a

leitura, a análise de dados, a resolução da situação proposta e a conclusão de

resultados,possibilitando a disseminação do conhecimento.

2. Considerações sobre interpretação e resolução

Até pouco tempo atrás, ensinar a resolver problemas significava apresentar

um exemplo com uma solução técnica e, em seguida, propor outros problemas de

raciocínio e solução semelhantes. Essa forma de resolução e de proposta já não é

eficiente nos dias de hoje. Atualmente o aluno tem de estar capacitado para resolver

situações das mais diversas e por isso, nós professores, temos de torná-los

indivíduos autônomos, sujeitos de seu conhecimento.

Sabemos da necessidade da leitura para o entendimento de um texto

significando sua compreensão. Partindo do pressuposto de que cada palavra é um

texto e, os enunciados em Matemática são compostos por palavras, não temos

como negar a enorme interação entre a Língua materna e a linguagem matemática.

De acordo com SMOLE & DINIZ ( 2001, p. 29),

organizar o trabalho em Matemática de modo a garantir a apropriação

dessa área do conhecimento e da Língua materna, além de ser uma

proposta interdisciplinar, favorece a valorização de diferentes habilidades

que compõem a realidade complexa de qualquer sala de aula.

Outro fator importante é o ato de valorizar os pensamentos e os

questionamentos dos alunos por meio da oralidade. Nós professores devemos dar

muita importância a essas manifestações e as estratégicas usadas por eles na

tentativa de resolver problemas. Segundo DANTE ( 2010, p. 18),

a formulação e a resolução de problemas[...] desenvolvem o poder de

comunicação[...] quando trabalhadas oralmente e, valorizam o

conhecimento prévio do aluno, uma vez que dão a oportunidade dele

mesmo explorar, organizar e expor seus pensamentos, estabelecendo uma

relação entre suas noções informais e intuitivas e a linguagem abstrata e

simbólica da Matemática.

Para muitos alunos a transposição entre a língua materna, presente em

todos os textos e enunciados ou em qualquer problema matemático e a resolução

destas situações é difícil, pois ela, a resolução, é posterior ao entendimento do que

se leu. Segundo as autoras DINIZ& SMOLE ( 2007, p. 4),

atividades que requerem interpretação e comunicação, tais como leitura,

ajudarão aos alunos a esclarecer, refinar e organizar seus pensamentos,

melhorar na interpretação, na abordagem e na solução de problemas

matemáticos e desenvolver uma melhor significação para a linguagem

matemática.

Uma das justificativas e um dos objetivos do ensino da Matemática além

de propiciar o desenvolvimento do raciocínio lógico e no fato de dotar o indivíduo da

capacidade de resolver problemas e o de mostrar aos alunos estratégias de

resolução e, principalmente, instigá-los a buscar formas diferenciadas de resolução.

Então, o uso desta ferramenta pedagógica surge como uma estratégia e ser

considerada. De acordo com BRASIL ( 2009, p. 196),

[...] a resolução de problemas possibilita o desenvolvimento de capacidades

tais como: observação, estabelecimento de relações, comunicação

(diferentes linguagens), argumentação e validação de processos, além de

estimular formas de raciocínio como intuição, dedução e estimativa.

3. Procedimentos da aplicação

O desenvolvimento e resolução das atividades propostas na Unidade

Didático-Pedagógica que aplicou e viabilizou o conteúdo do Projeto de

Intervenção, foram apresentados através do uso de Datashow ou do uso da TV

Pen-drive.

Para a realização de cada atividade, os alunos trabalharam em grupos

de até 04(quatro) participantes. Esses grupos foram formados a partir de

dinâmicas que definiram seus componentes. As figuras 1, 2, 3 e 4 ilustram o

material utilizado nessas dinâmicas. Os alunos que apresentaram os mesmos

resultados nas dinâmicas ficaram no mesmo grupo. O objetivo dessa dinâmicas

foi o de integrar e socializar os alunos da turma escolhida pelo professor PDE,

transformando assim cada grupo em equipe de alunos. As dinâmicas

apresentadas foram recebidas pelos alunos, principalmente a primeira, como

desafiadoras. O fato de ter de realizar uma atividade, sem o controle de quem ia

fazer parte de seu grupo, provocou certo desconforto, logo contornado pelo

professor com as devidas explicações.

Na realização da Tarefa 1( textos sobre Geometria Espacial e Plana) os

alunos receberam todo o material de forma individual, fizeram as atividades e

após essa etapa realizaram a primeira dinâmica que dividiu toda a turma em

grupos. No início, tiveram contato com um texto motivador que explanava sobre

as Geometrias - Plana e Espacial. Após a realização da Dinâmica 1, os alunos

em grupos refizeram a tarefa, agora em grupos, e após escolhido o aluno

relator, iniciou-se uma plenária onde suas conclusões e considerações foram

colocadas a apreciação de todos e discussões. Essa plenária da Tarefa 1

também por ser novidade, gerou certa inquietação. Alguns alunos ficaram

intimidados, relutaram um pouco com relação a exposição ou a forma de

explanar seus pensamentos e conclusões mas, o resultado final foi positivo.

Com relação à Tarefa 2, a confecção do cubo foi muito bem vinda por

toda a turma. As etapas da dobradura transcorreram de forma bem ágil com a

participação de todos os envolvidos. Os alunos reagiram nesta etapa com

curiosidade e atenção e ficaram desafiados com relação à montagem dessa

figura espacial pois as etapas sugeriam uma espécie de quebra-cabeças. Houve

bastante participação, inclusive alguns alunos ajudando outros colegas que não

conseguiam de imediato encaixar e montar o cubo por conseqüência.

A Tarefa 3 ampliou e deu significado ao cubo feito com Origami. Os

alunos participaram de toda a sua criação, contribuindo com sugestões bem

elaboradas. Os elementos da Geometria foram trabalhados e reforçados, com

os alunos procurando no próprio ambiente da sala de aula, ângulos notáveis e

os tipos de retas mencionados na dobradura.

A Tarefa 4 foi a mais significativa de toda a Unidade Didática pois pedia

muita atenção e criatividade dos alunos, além da demonstração dos

conhecimentos adquiridos ao longo do processo.

Figura 1 – Dinâmica 1

Colégio Estadual Macedo Soares - Ensino Fundamental e Médio

Ficha material didático - PDE 2013 - Turma: - Professor: Haroldo - Data: ____/___/____

Aluno(a): _______________________________________________________

Marque no plano cartesiano abaixo os pontos solicitados. Depois disso, una-os, seguindo a ordem

alfabética, por meio de segmentos de reta. Você deverá formar uma figura geométrica. Escreva o

nome deste polígono no espaço específico. Calcule o valor de sua área e de seu perímetro e pinte

sua figura geométrica plana na cor de sua preferência.

Coordenadas dos pontos:

A=(1,0); B=(3,0; C=(3,2); D=(1,2)

Nome do polígono:_____________

Fonte: Arquivo pessoal do Autor

Figura 2 - Dinâmica 2 Figura 3 - Dinâmica 3

Figura 4 - Dinâmica 4

Fonte: Arquivo pessoal do Autor

3.1 Atividades envolvendo textos

Os textos, aqui caracterizando a Tarefa 1, tiveram como pano de fundo

os conteúdos estruturantes de Geometria Plana( textos 1, 2 e 3) e os de

Geometria Espacial( textos 4 e 5). Os alunos sublinharam as palavras

desconhecidas, fizeram pesquisas em dicionários e, posteriormente,

compartilharam com a turma os respectivos significados. O professor PDE usou

a TV Pen-drive para dinamizar a leitura dos textos. Após essas leituras, as

respostas dos roteiros e a resolução das atividades complementares (

exercícios) e as colocações das observações de cada grupo nas plenárias, o

professor PDE anotou na lousa as regularidades nas respostas e fez seus

comentários pertinentes. Como motivação ao estudo e à leitura dos textos de 1

a 5, os alunos receberam o material abaixo.

Considerações sobre Geometria Plana e Espacial – Texto Motivador

Existem objetos em todos os ambientes que nos encontramos. Muitos deles

lidamos em nosso cotidiano, outros não. Uns maiores que outros e outros de uma

única cor. Se você se dedicar a observá-los com mais atenção perceberá que eles

não apresentam a mesma forma.

Enquanto que uma bola é totalmente arredondada, isso já não acontece com

uma caixa de creme dental. Se você comparar o formato de um penal com o de um

pedaço de uma linha de costura verá mais e outras diferenças.

Os objetos possuem muitas qualidades como, por exemplo, o tamanho, o

material de que é feito, a cor, mas seu formato é uma das mais importantes. Tudo

que é próprio de um objeto é chamado de Atributo. Assim, a forma é um atributo dos

objetos.

O ser humano ao longo de sua história, observando a natureza, percebeu que

as diferentes formas dos objetos poderiam melhorar e facilitar sua vida. Passou

então a usar objetos para armazenar água e alimentos, utilizar galhos e pedras

como seus primeiros instrumentos de ataque e defesa etc.

Se você quiser desenhar em uma folha uma figura formada por três

segmentos de reta consecutivos mas, não colineares, desenhará um triângulo. Se

sua idéia for desenhar uma linha totalmente curva, poderá ter criado um círculo. É

importante perceber que independentemente das figuras desenhadas, elas ficaram

totalmente contidas sobre a folha. Esse fato não ocorre com todos os objetos. Ao

desenhar uma caixa de creme dental, em outra folha, perceberá uma parte da caixa

ficará sobre a folha, mas as outras não. As figuras que se comportam como o círculo

e a triângulo são chamadas de Planas e as que se comportam como a caixa de

creme dental são não-planas.

Normalmente quando pensamos em figuras planas vemos duas de suas

dimensões: o comprimento e a largura. Ao comprarmos um imóvel devemos estar

atentos as dimensões de cada cômodo. Então, o comprimento e a largura de cada

peça do imóvel são importantes. Assim, cada cômodo é classificado como figura

bidimensional (duas dimensões). Ao medirmos o espaço ocupado por cada uma

dessas figuras estamos calculando sua área.

Se você observa um objeto no qual poderá armazenar alguma coisa, outra

dimensão passa a ser importante: a altura ou profundidade. Pensando em uma

embalagem de óleo de cozinha além do comprimento e da largura, a altura entra

como elemento determinante. Assim, todas as figuras com essas características

possuem três dimensões e por isso são chamadas de figuras tridimensionais. Ao

medirmos a capacidade de armazenagem dessas figuras estamos calculando o seu

volume.

No momento que sucedeu as atividades dos textos, os alunos fizeram as

atividades complementares a eles. As figuras 5, 6 e 7 mostram esse momento.

Figura 5 Figura 6

Fonte: Arquivo pessoal do Autor Fonte: Arquivo pessoal do Autor

Figura 7

Fonte: Arquivo pessoal do Autor

3.2 Atividades envolvendo o Origami

Esta atividade foi realizada com a visualização de cada etapa da

montagem do cubo na TV Pen-drive. O professor ao explicar cada dobra

aproveitou cada uma delas para mostrar os tipos de retas e ângulos trabalhados

na Matemática antecipando-se à Tarefa 3. Os alunos usaram a criatividade para

fazer outras figuras e até cubos menores com as rebarbas do que sobrou da

folha de sulfite. As figuras 8, 9 e 10 mostram momentos da confecção das faces

de um Cubo feitas com Origami.

Figura 8 Figura 9

Fonte: Arquivo pessoal do Autor Fonte: Arquivo pessoal do Autor

Figura 10

Fonte: Arquivo pessoal do Autor

3.3 Atividade com tiras de frases e/ou palavras e números

O professor PDE instigou os alunos ao colar na lousa várias tiras com

frases, pedindo que cada aluno escrevesse o enunciado de um exercício e

depois o resolvesse. Orientou os alunos de que as seis tiras com frases faziam

parte de um único enunciado. Muitos alunos conseguiram formar o enunciado

que tratava do tema calculo de perímetro de um retângulo.

Após esse momento, os alunos fizeram parte de outra dinâmica que os

dividiu em grupo de até 4 (quatro) integrantes e foram distribuídas as atividades.

Nela cada folha trazia tiras com frases e o objetivo era o mesmo: formar o

enunciado de um exercício e resolvê-lo. Os grupos então trocaram as folhas

entre si, não repassando a resolução. Após essa troca de exercícios entre toda

a turma, foi escolhido um aluno relator que na plenária defendeu a escrita do

enunciado e a resolução que seu grupo realizou.

De maneira geral, os alunos gostaram muito dessa atividade e

comentaram que não é muito trabalhoso nem complicado elaborar um exercício.

Como exemplo do relato acima, temos a atividade abaixo.

Tiras com frases

1ª tira) como medidas dos ângulos internos 68º, 72º e 120º,

2ª tira) O valor da soma dos ângulos

3ª tira) internos de um quadrilátero é de 360º.

4ª tira) calcule o valor do ângulo restante.

5ª tira) Se um quadrilátero qualquer tem

Fonte: Arquivo pessoal do Autor

3.4 Atividade com charges

O professor desta vez colou uma charge na lousa e fez a leitura da

mesma. Essa charge não era exatamente de uma situação matemática embora

seu texto fazia alusão a uma situação próxima e sua mensagem visual trazia um

número. Baseado na ideia dela o professor criou um exercício e pensando na

quantia numérica, criou outro exercício. Resolveu os dois exercícios e nova

dinâmica foi realizada a fim de dividir os alunos em grupos de até 4 (quatro)

integrantes.Novas folhas forma distribuídas entre os grupos, cada qual com uma

charge diferente e esta atividade transcorreu nos mesmos moldes da Atividade

3.3 anteriormente descrita.

Os alunos também gostaram muito dessa atividade e muitos

comentaram sobre a forma diferenciada de se resolver exercícios de

Matemática e que fazer parte desse processo de criação estava sendo muito

prazeroso.

As charges utilizadas nesta atividade podem ser acessadas pelo link

WWW.humorcomciencia.com cujo acesso foi feito em 03/11/2013.

3.5 Atividade com folders

Esta atividade começa com o professor dividindo a turma em grupos

através de outra dinâmica e apresentando via TV Pen-drive alguns folders de

supermercados, farmácias e lojas de departamentos.

Nesses folders, o professor separa alguns produtos e cria enunciados

de exercícios de Matemática, resolvendo-os. Os alunos divididos em grupos

fazem o mesmo, isto é, cada grupo com seu folder, cria 02(dois) exercícios,

resolvendo-os. Esses exercícios são escritos em uma folha de sulfite que é

repassado a um outro grupo. Todos os grupos fazem o mesmo com o objetivo

de todos os grupos resolverem todos os exercícios criados. No final é eleito um

aluno relator por grupo que defenderá na plenária suas idéias, conclusões e

considerações. O professor PDE trabalha como mediador e fecha a Tarefa 4.

Os alunos visitaram dois supermercados, uma loja de departamentos e

duas farmácias, para pegarem os folders para dar inicio a atividade em sala de

aula.

Os alunos gostaram dessa atividade e de um modo geral não tiveram

dificuldades significativas, demonstrando interesse e criatividade na formulação

dos problemas.

4. Considerações Finais

A primeira evidência de que as atividades foram bem aceitas e

trabalhadas com interesse foi a percepção de que os alunos adquiriram mais

paciência e interesse ao lerem outros exercícios propostos sobre o mesmo

assunto: Geometria Plana e Espacial. É também percebível que o aluno

responda favoravelmente quando o professor coloca atividades diferenciadas

para que os conteúdos sejam trabalhados.

As dificuldades na transposição da linguagem usual em linguagem

matemática foram trabalhadas no desenrolar da Unidade no contexto dos

exercícios e dos textos e isso significou um ganho muito grande em termos de

vocabulário. Os alunos acostumaram a usar o dicionário e isso fez com que a

Língua Portuguesa fosse percebida como parte integrante dos enunciados em

Matemática.

O uso de materiais alternativos, não manipulados com freqüência nas

aulas de Matemática, fizeram, também, o diferencial deste Projeto.

É inegável que o uso de textos em aulas de Matemática está muito

aquém do desejável mas esse trabalho é importantíssimo para que os alunos

não sintam tanta dificuldade ao lerem um enunciado e tenham um interesse

maior pela leitura dos Livros Didáticos e Paradidáticos de Matemática.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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_______. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros

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IMENES, Luiz M.P. Problemas curiosos. Coleção Vivendo a Matemática. São

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MOTTA, Haroldo F. D. da. Imagens de acervo pessoal.Campo Largo, 2013.

SMOLE, Kátia C. S.; DINIZ, M. I. Ler, escrever e resolver problemas:

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