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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
JOGOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO SOCIOCULTURAL E
MOTOR DOS ALUNOS DO 6º ANO DA ESCOLA ESTADUAL SÃO PEDRO
DE TELÊMACO BORBA
Autor: Silvana Aparecida Geremia Silva1
Orientador: Constantino Ribeiro de Oliveira Jr.2
RESUMO: O presente artigo está fundamentado na pesquisa sobre jogos e brincadeiras e sua relevância para o desenvolvimento motor e sociocultural dos alunos do 6º ano da Escola Estadual São Pedro de Telêmaco Borba, pois, percebe-se que a realidade na qual a comunidade escolar está inserida, parece não haver oferta de atividades culturais e esportivas, expondo as crianças ao convívio da rua, assistindo TV, ou em jogos eletrônicos, diminuindo assim os momentos de brincadeira, apresentando dificuldades em realizar as práticas corporais constatado nas aulas de Educação Física. O objetivo do presente artigo é: resgatar jogos e brincadeiras antigas através de pesquisas com pais e alunos do 6º ano vivenciando-as; organizar atividades que possibilitem a convivência harmônica entre os alunos; descrever a experiência da promoção do desenvolvimento motor por meio das capacidades físicas; apresentar novos jogos e brincadeiras, que despertaram o interesse do grupo. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação e efetivam-se por meio de atividades que contemplem jogos com regras, organizados de forma democrática que promovam a convivência em grupo e atividades motoras que atendam a abordagem desenvolvimentista aliado a cultura corporal, tornando a prática corporal mais reflexiva e contextualizada. Espera-se que este relato do projeto de intervenção pedagógica apresente possibilidades de melhorar a coordenação motora dos alunos, contribuir para a uma melhor convivência em grupo e consequentemente melhorar a aprendizagem.
PALAVRA-CHAVES: Jogos e Brincadeiras; desenvolvimento motor,
aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo é parte integrante do Programa de Desenvolvimento
Educacional- PDE- 2013, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e
apresenta a fundamentação teórica do Projeto que tem como tema: Jogos e
1 Formada em Educação Física pela Universidade Estadual de Ponta Grossa; Especialização em Políticas
Públicas para o Lazer e Esporte. 2 Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual de Ponta Grossa; Especialização em
Teoria e Prática do Futebol e Futsal pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Arapongas; Especialização em Ciência da Educação Motora pela Universidade Estadual de Ponta Grossa; Mestrado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba; Doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas; Professor Adjunto da Universidade Estadual de Ponta Grossa junto ao Departamento de Educação Física e do Programa de Mestrado em Ciências Sociais Aplicada.
Brincadeiras e suas possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento dos
alunos do 6ºano da Escola Estadual São Pedro na cidade de Telêmaco Borba,
e cujo título é “Jogos e Brincadeiras no Desenvolvimento Sociocultural e Motor
dos Alunos do 6º ano”. Descreve as práticas desenvolvidas na Produção
Didática Pedagógica e mostra as reflexões e contribuições realizadas com o
Grupo de Trabalho em Rede - GTR - e os resultados alcançados.
Após observações realizadas com alunos do 6º ano, no ano de 2009 a
2012, percebeu-se que as mesmas apresentavam dificuldades em realizar as
diversas práticas corporais, por falta de vivência de movimentos corporais no
seu dia a dia, pois, muitos deles não têm acesso a atividades culturais e
esportivas, e por conta disso, ficam expostas ao convívio da rua, na maioria
das vezes sem a presença dos pais ou responsáveis.
Diante dessa realidade, os alunos chegam ao 6º ano com as
capacidades coordenativas (força, coordenação, flexibilidade, agilidade,
resistência, velocidade e equilíbrio) pouco desenvolvidas. Por outro lado, o
convívio coletivo, através de jogos e brincadeiras, está deixando de fazer parte
da sua realidade, causando prejuízos à iniciação das modalidades esportivas,
presente no currículo escolar.
Uma das possibilidades de intervenção nessa realidade foi a utilização
dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento sociocultural e motor dos alunos
do 6º ano, pois considera-se essa, uma importante ferramenta pedagógica para
o desenvolvimento do aluno. Nesse sentido, cabe a pergunta: como os jogos e
as brincadeiras podem contribuir para um melhor desenvolvimento corporal,
dentro dos aspectos socioculturais e motores dos alunos do 6º ano?
Na fase do 6º ano, o aluno passa por algumas transformações sociais,
afetivas e psicomotoras, nas quais as brincadeiras ainda fazem parte de seu
cotidiano, porém, já vislumbra nos jogos uma possibilidade de desenvolvimento
motor e social. Em face do exposto, como elaborar aulas práticas motivadoras
e proveitosas através da vivência da cultura lúdica?
Para pensar nessa questão, Brougère (2010, p.26) mostra que a
cultura lúdica é produzida pelos indivíduos que dela participam. Existe na
medida em que é ativada por operações concretas que são as próprias
atividades lúdicas. A criança adquire e constrói sua cultura lúdica brincando. É
o conjunto de sua experiência lúdica acumulada.
Desse modo, se o conteúdo trabalhado pelo professor for ao encontro
do conhecimento já adquirido pelo aluno, através da vivência que ele possui
das manifestações corporais, este, terá um maior significado e uma melhor
compreensão (MOREIRA, 1999). Nesse sentido, ocorre a aprendizagem
significativa, quando o aluno percebe a relação entre o que ele aprendeu e
como vai utilizar esse conhecimento no seu cotidiano.
Assim, como possibilitar aos alunos, através dos jogos e brincadeiras,
uma aprendizagem mais significativa, contribuindo para que se apropriem dos
conhecimentos sistematizados, dando a eles um novo significado?
Segundo Darido (2011) um dos caminhos para o atingimento de um
expressivo resultado transformador está nos fundamentos da abordagem
desenvolvimentista, cujos fundamentos estão no estabelecimento de objetivos,
conteúdos e métodos de ensino, coerentes com as características motoras de
cada aluno, respeitando o real significado do movimento dentro do ciclo de vida
do ser humano.
No entanto, para dar maior significado aos movimentos corporais,
surge outra concepção para a Educação Física, a cultura corporal, na qual os
movimentos humanos são vistos não apenas como um comportamento motor,
mas sendo eles vivenciados e contextualizados de maneira histórica e social.
Nesse sentido, será que a disciplina de Educação Física na escola, está
proporcionando ao aluno condições para que seu comportamento motor seja
desenvolvido, oferecendo experiências motoras adequadas às faixas etárias?
No sentido de tentar superar essas lacunas existentes nesta faixa
etária, é que o trabalho desenvolvido buscou resgatar e refletir sobre a
importância dos jogos e brincadeiras, para o desenvolvimento motor e social
dos alunos, possibilitando a vivência dos mesmos.
Portanto neste trabalho houve os seguintes objetivos:
Objetivo Geral:
Apresentar a importância dos jogos e brincadeiras no
desenvolvimento sociocultural e motor dos alunos, tornando a
intervenção pedagógica mais significativa.
Objetivos Específicos:
Resgatar jogos e brincadeiras antigas através de pesquisas com
pais e alunos do 6º ano;
Apresentar novos jogos e brincadeiras, que despertaram o
interesse do grupo.
Organizar atividades que possibilitem a convivência harmônica
entre os alunos;
Relatar a promoção do desenvolvimento motor através das
capacidades físicas;
Na sequência apresenta-se o referencial teórico, por meio do qual
permitiu compreender a importância de brincar e jogar na vida das pessoas.
Em seguida, apresenta-se o material didático elaborado que contemplou
atividades tanto para desenvolver os aspectos motores, quanto os sociais,
possibilitando a vivência das mesmas. Por fim, os dados coletados serão
apresentados e analisados.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2. O Jogo e sua Relevância no Desenvolvimento dos Alunos do 6º Ano
O Jogo nas aulas de Educação Física, torna-se uma possibilidade de
vivenciar diferentes tipos de movimentos corporais, propiciando aos alunos
uma maneira de expressar sua cultura, valores, crenças e costumes, auxiliando
no processo educativo e colaborando com seu desenvolvimento pessoal e
coletivo. Porém, o ritmo acelerado da vida moderna, tem colaborado para que
as crianças brinquem cada vez menos. Em muitos casos, as brincadeiras são
substituídas pelos jogos eletrônicos ou por atividades impostas por seus pais.
Antigamente, a rua enquanto prolongamento da casa do operário
integrava o cotidiano das crianças. A urbanização e a industrialização alteraram
o panorama da cidade e da vida das crianças (KISHIMOTO,1993 p.83).
De acordo com o autor, os jogos tradicionais infantis aparecem de
forma mais abundante no dia a dia dos grupos infantis de tempos passados,
marcados por um ritmo de vida menos ativo. As preferências pelas brincadeiras
de rua presentes principalmente nas grandes cidades mostra o poder dos jogos
tradicionais infantis eternizados pela oralidade e pela apropriação do espaço
coletivo.
Considerado espaço perigoso, degenerador da criança, a rua não era tida com local ideal para a sua permanência. Na visão das autoridades, brincadeiras de rua pertenciam ao mundo das crianças de rua, filhas do operariado, consideradas miseráveis, maltrapilhas, promíscuas, desordeiras e imorais. Meninos de famílias mais abastadas eram proibidos de sair às ruas e suas brincadeiras restringiam-se ao espaço doméstico, nos quintais e clubes. No discurso do poder político, a rua era representada como “a grande escola do mal”, espaço público por excelência onde se gerariam os futuros delinquentes e criminosos irrecuperáveis. Os jogos tradicionais de rua eram repudiados pela classe dominante e associados à criminalidade e promiscuidade. A função educativa do jogo não fazia parte do ideário da maioria dos mantenedores de instituições infantis,
exceto jardim de infância. (KISHIMOTO, 1993, p.83).
As condições sociais de crianças ricas segundo Kishimoto (1993) estão
associadas à utilização de brinquedos industrializados ou artesanais, sendo
economicamente privilegiados e as das crianças pobres, brinquedos
construídos a partir de materiais facilmente disponíveis na natureza, como o
barro.
Os jogos existem desde os primórdios da civilização e acredita-se que
primeiramente estavam ligados a práticas religiosas, mitos e rituais mágicos.
Os jogos eram utilizados para transmitir valores e padrões da vida social às
gerações mais jovens. Alguns jogos eram ricos de um simbolismo que hoje se
perdeu. Esses jogos foram transmitidos oralmente de geração para geração e
podem ainda hoje ser considerados como patrimônio coletivo de toda
humanidade. (VILA E SANTANDER, 2003, p.51).
É importante ressaltar que nos tempos antigos, os jogos eram
utilizados para transmitir valores para as gerações mais jovens. Nesse sentido,
faz-se necessário que a sociedade atual, de acordo com sua cultura, continue
transmitindo valores para as novas gerações, para que possam, do mesmo
modo, perpetuar culturas relacionadas aos jogos.
Como forma de ensino, o jogo possibilita a rápida introdução de questões similares àquelas que ocorrem na vida real. O cérebro tem a capacidade de extrair aprendizagem de qualquer simulação e transferi-la para outras circunstâncias em que os mesmos elementos estejam contidos. (VILA e SANTANDER, 2003, p.53).
Para salientar a importância do jogo Freire (2005, p. 65) no discurso de
Tomás de Aquino na Suma Teológica, relata:
Assim como o homem necessita de repouso para o corpo para restabelecer-se, pois, sendo limitadas suas forças físicas não pode trabalhar continuamente – assim também necessita de repouso para a alma: o que se faz pelo jogar.
O autor faz ainda algumas considerações sobre o jogo e sua relevância
na aprendizagem:
a) O jogo ajuda a não deixar esquecer o que foi aprendido. Se o
conhecimento recém-adquirido não for solicitado por algum tempo, tenderá a
se atrofiar como os músculos de um braço quebrado. Quando o fim desse
processo de repetição caracteriza aprendizagem registra o prazer da conquista.
b) O jogo faz a manutenção do que foi aprendido. Jogamos com as
coisas que já incorporamos, quer sejam habilidades motoras, quer sejam
sensações ou ideias, mesmo que isso remeta para outros conhecimentos,
garantindo a integridade dos conhecimentos adquiridos.
c) O jogo aperfeiçoa o que foi aprendido. A repetição sistemática do
jogo inevitavelmente aperfeiçoa as habilidades adquiridas e envolvidas nele,
porque essa circularidade facilita o exercício.
d) Se, durante o jogo, as habilidades podem ser aperfeiçoadas pela
repetição, isso vai fazer com que o jogador se prepare para novos desafios,
isto é, para assimilar conhecimentos de nível superior.
O jogo é como vemos, uma das mais educativas atividades que o ser
humano pode realizar. Ele educa não para que saibamos mais matemática ou
português ou futebol; ele educa para sermos mais gente, e isso nos parece que
não é pouco. (FREIRE, 2005). O jogo tem a propriedade de trazer as
experiências do mundo exterior para o espírito humano, de maneira que,
jogando com elas, a cultura possa ser criada, revista, corrigida, ampliada,
garantindo o ambiente de nossa existência. Sendo assim, o jogo passa a ser
indispensável à formação de nossa cultura. É pelo jogo que construímos
nossas condições fundamentais de vida. É através do jogo que construímos
nossas habilidades e capacidade mais tipicamente humanas: a habilidade de
imaginar e a imaginação. (FREIRE, 2005, p.88).
Cerisara (2010, p.130) aborda o jogo enquanto atividade criadora,
marcado pela cultura e mediado pelos sujeitos com quem à criança se
relaciona e considera que:
As situações imaginárias criadas pela criança quando ela brinca estão interligadas com a capacidade de imitação, além de trazerem consigo regras de comportamento implícitas, advindas das formas culturalmente constituídas de os homens se relacionarem e com as quais as crianças convivem.
É importante destacar, que o jogo dentro da perspectiva sociocultural,
está diretamente ligado a hábitos culturais característicos da realidade em que
a criança já viveu em sua história de vida. Isso influencia na forma de como as
brincadeiras serão escolhidas e organizadas.
Nesse sentido, pode-se dizer que na escola as manifestações culturais
são diversas, e está presente de maneira nítida principalmente nos jogos e
brincadeiras, e, em todas as suas relações sociais. Essa cultura pode ser
ampliada e modificada de acordo com o meio social no qual está inserido.
Desta maneira, é de fundamental importância, a prática constante dos
jogos nas aulas de Educação Física, tornando este conteúdo significativo, de
maneira que o aluno possa relacionar com as situações de sua vida, pois
através deles, aprendemos a respeitar regras, conviver em grupo e ao mesmo
tempo propiciar momentos de prazer.
A Criança e a Cultura Lúdica
Este tópico nos remete ao sentido do brincar na vida das pessoas,
especialmente na faixa etária em que se encontram os alunos do 6º ano. O
aspecto lúdico e divertido do jogo facilita a conexão entre as pessoas, estimula
o desenvolvimento intra e interpessoal, propiciando um ambiente de harmonia.
Para entender como se dá a cultura lúdica na criança, Brougère (2010)
faz uma análise sobre as seguintes teorias: antropológicas, filosóficas e
psicológicas.
Assim, considerando as teorias antropológicas:
A cultura lúdica é antes de tudo um conjunto de procedimentos que permitem tornar o jogo possível. Portanto, ela é um conjunto vivo, diversificado conforme os indivíduos e os grupos, em função dos hábitos lúdicos, das condições climáticas ou espaciais. Ela compõe tanto sua própria cultura lúdica, àquela em que o indivíduo traz consigo, quanto as que são
determinadas pela sociedade. Elas se diversificam conforme o meio social, a cidade e mais ainda o sexo da criança. (BROUGÈRE, 2010, p. 24),
O autor destaca que uma das características do mundo
contemporâneo, são as formas solitárias de jogos, manifestados através de
objetos portadores de ações e significações, sendo oferecido a eles, um grande
número de brinquedos, como por exemplo: bonecos e videogames, criando
novas experiências lúdicas.
O aprendizado do ambiente lúdico e prazeroso do jogo, quando
corretamente desenvolvido, é inconscientemente transferido para o ambiente
da vida real, mostrando-se um poderoso instrumento de ensino e
aprendizagem. Qualquer Ser que brinca, seja criança ou adulto, atreve-se a
explorar, a ir além, já que dentro do ambiente lúdico do jogo não existe
avaliação ou punição. (VILA e SANTANDER, 2003, p. 54).
A construção da cultura lúdica se dá através de participações em jogos
com os companheiros, pelas observações que os pequenos fazem das
brincadeiras dos mais velhos, para depois se lançarem nela. Além disso,
quando as pessoas brincam, resgata seu lado criança, e dentro desta
perspectiva, amplia sua mente e sua participação, abrindo-se para novos
conhecimentos.
O jogo é antes de tudo o lugar de construção de uma cultura lúdica. Existe realmente uma relação profunda entre jogo e cultura, jogo e produção de significações. É uma cultura rica, complexa e diversificada. Ele é produto de múltiplas interações
sociais. (BROUGÈRE, 2010, p.30).
Nesse sentido é importante destacar que o desenvolvimento da criança
determina as experiências lúdicas construídas através das interações sociais.
E, que o contexto social em que a criança está inserida interfere na forma como
a brincadeira é organizada e vivenciada.
A brincadeira é a atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida humana enquanto um todo – da vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o mundo... A criança que brinca sempre, com determinação auto ativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado, capaz de auto sacrifício para a promoção
do seu bem e de outros. Como sempre indicamos: o brincar em qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de profunda significação. (FROEBEL, 2010, p. 55)
É importante destacar o quanto a brincadeira se faz importante na vida
da criança. Se os momentos dedicados ao brincar forem conduzidos com
serenidade e seriedade podem trazer inúmeros benefícios ao seu
desenvolvimento.
Por certo, grande parte da vida das crianças é dedicada à brincadeira,
quer com jogos que elas aprendem com as crianças mais velhas, quer com
aqueles inventados por elas mesmas. O valor da educação nas brincadeiras
torna-se importante na medida em que eles ensinam às crianças a respeito do
mundo em que vivem.
No sentido de fundamentar as relações dos jogos e brincadeiras com a
cultura que a criança traz consigo no decorrer de sua vida, é que os autores
aprofundaram suas pesquisas. Na visão sociológica de Brougère (2010),
analisa o brincar como fenômeno cultural que se origina das interações sociais.
Em outro capítulo, Froebel (2010) e a concepção de jogos infantil merece
destaque por conceber o brincar como atividade livre e espontânea da criança
e ao mesmo referendar a necessidade de supervisão do professor. Segundo
ele na brincadeira a criança tenta compreender seu mundo ao reproduzir
situações da vida. No capítulo posterior, na abordagem filosófica de Dewey
(2010) ele apresenta o jogo, mostrando como a vida social é à base do
desenvolvimento infantil e consequentemente da própria educação. Ele coloca
o jogo como expressão máxima da atividade espontânea da criança e
instrumento educativo poderoso, capaz de propiciar a ligação vital. Dando
continuidade às teorias psicológicas, no capítulo seguinte, Kishimoto (2010)
traz sua contribuição no sentido de introduzir a brincadeira como uma
oportunidade para a criança explorar, aprender a linguagem e solucionar
problemas. Para ela, educar e desenvolver a criança significa introduzir
brincadeiras mediadas pela ação do adulto, sem omitir a cultura. Cada autor,
de acordo com sua visão e pesquisa contribui com as reflexões acerca dos
jogos e brincadeiras.
Aprendizagem Significativa
Para dar maior significado à nossa prática, é que abordamos a
aprendizagem significativa de forma que o ensino e a aprendizagem
aconteçam com mais qualidade.
A aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação ancora-
se em conceitos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva de quem
aprende. (MOREIRA, 1982).
Nessa perspectiva, faz-se necessário antes de iniciarmos o trabalho
referente aos jogos, detectar o que os alunos já conhecem sobre o assunto,
para que possamos introduzir novos conhecimentos, e estes interagir com
aquilo que ele já sabe, para que se torne um conceito significativo e auxilie em
conhecimentos novos. Nessa interação, o conhecimento prévio poderá se
modificar pela aquisição de novos significados.
Se o conhecimento for ao encontro das vivências e do conhecimento geral do aprendiz, terá um significado maior e uma melhor compreensão, fugindo assim da memorização ou da mecanização do que foi ensinado. Pensando dessa forma, fica clara a diferença entre aprendizagem significativa e aprendizagem mecânica. (MOREIRA, 1999, p. 11).
A abordagem cognitivista diferencia a aprendizagem mecânica da
aprendizagem significativa. (BOCK, 2002).
a. Aprendizagem mecânica - refere-se à aprendizagem de novas
informações com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes
na estrutura cognitiva.
b. Aprendizagem significativa - processa-se quando um novo
conteúdo (ideias ou informações) relaciona-se com conceitos relevantes, claros
e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assim assimilado por ela.
Cabe salientar ainda, que, por meio dos jogos o aluno entra em contato
com o mundo, através dos movimentos realizados, e isso permite que ele
incorpore elementos relevantes para sua aprendizagem.
Para que o processo ensino-aprendizagem se torne efetivo, será
sempre importante que o professor conheça a realidade de vida do seu aluno,
sua classe social, suas experiências de vida, suas dificuldades, a realidade de
sua família. É nesse sentido que a escola e o professor têm um grande poder
em suas mãos: o ensino.
Possibilidades de Abordagens: desenvolvimentista X Cultura Corporal
A abordagem desenvolvimentista foi enfatizada por fazer referência aos
movimentos, sendo eles de suma importância para o ser humano, servindo de
instrumento para expressar aquilo que somos e sentimos, tornando-se
relevante à proposta dos jogos e brincadeiras, por ser o movimento um
elemento essencial na base das atividades.
A abordagem Desenvolvimentista da Educação Física, originou-se da necessidade de subsidiar os professores envolvidos com a Educação Física Escolar em referências teóricas para o ensino fundamental. A justificativa dessa fundamentação teórica, era que esses conhecimentos sobre o comportamento motor, tornam-se imprescindíveis para compreender crianças em movimento, diagnosticar suas capacidades e definir linhas de ação em programas de atividades motoras com fins educacionais (TANI, 2005, p.19).
Segundo o autor, um importante ponto de partida para a abordagem
desenvolvimentista é a concepção do ser humano como um sistema aberto, ou
seja, que interage com o meio ambiente, um sistema dinâmico, que muda,
evolui dentro do ciclo de vida de um indivíduo, enquanto um elemento que
contribui num aspecto crítico da vida.
Para Tani (2005), os movimentos são também de grande importância
social e cultural. Por meio deles se faz a comunicação e expressão da
criatividade e dos sentimentos. Eles possibilitam ao ser humano relacionar-se
com o outro, aprender sobre si mesmo, quem ele é, o que é capaz de fazer. É
mediante movimentos que o ser humano aprende sobre o meio social e cultural
em que vive. Em suma, os movimentos são de fundamental importância para a
vida do ser humano, com um significado educacional inegável, sendo conteúdo
prioritário no processo de educação escolarizada, devendo ser trabalhado de
forma sistemática e organizado.
Nesse sentido, a Cultura corporal permite tornar as práticas corporais
de forma mais reflexiva e contextualizada. Contudo a Educação Física deve
ampliar a dimensão motriz, enriquecendo os conteúdos com experiências
corporais das mais diferentes culturas. (DCE, 2008, p.62).
Entende-se assim, que os movimentos além de vivenciados devem ser
contextualizados, pois a relação entre a cultura e movimento é essencial para a
vida.
METODOLOGIA
O desenvolvimento deste trabalho consistiu na elaboração de atividades
que se articularam em quatro semestres, que são: Projeto de Intervenção
Pedagógica; Produção Didático-Pedagógica; Implementação do Projeto de
Intervenção e Artigo Final.
Os resultados apresentados fazem parte da Implementação do Projeto
de Intervenção, que foi desenvolvido numa turma de 6º ano do Ensino
Fundamental, da Escola Estadual São Pedro, do município de Telêmaco
Borba-PR, com a finalidade de desenvolver nos alunos, através dos jogos e
brincadeiras, as capacidades coordenativas além de possibilitar a vivência de
atividades coletivas visando à integração do grupo.
A princípio, foi apresentado o projeto para a direção, professores, equipe
pedagógica e funcionários da Escola, o qual teve aprovação de todos os
presentes. Todos consideraram o tema relevante, já que atualmente a
urbanização e a industrialização alteraram o panorama da cidade e da vida das
crianças e consequentemente o ritmo acelerado da vida moderna tem
colaborado para que as crianças brinquem cada vez menos. (KISHIMOTO,
1993, p.83).
O projeto também foi apresentado aos alunos quando se iniciaram as
aulas, os quais acharam a proposta interessante demonstrando empolgação
em participar.
Nesse sentido, foi utilizada a pesquisa-ação, pois como define David
Tripp3: “pesquisa-ação é toda tentativa continuada, sistemática e
empiricamente fundamentada de aprimorar a prática consequentemente o
aprendizado de seus alunos, intervindo na prática de modo inovador”. Partindo
deste encaminhamento, pode-se então (re) significar a prática já existente.
O encaminhamento para realização das atividades se dará da seguinte
forma:
No primeiro momento, foi realizado um resgate histórico com os alunos
através de entrevistas e questionários sobre os jogos e brincadeiras
vivenciados por seus familiares. Esse resgate serviu de alicerce para as
3 TRIPP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31,
n.3, p443-466, set/dez 2005.
reflexões em grupo, auxiliando no entendimento do conceito do tema e
possibilitando vivências práticas entre os mesmos, bem como a construção de
tabelas de comparação para verificarmos coletivamente quais jogos e
brincadeiras eram vivenciados no passado e quais são vivenciados atualmente.
De posse dessas informações, escolheram algumas das brincadeiras para a
realização na escola. Foram elas: pular corda, esconde-esconde, ´peteca, bete
ombro, pega-pega e queimada4.
Resgatar com os alunos e seus pais, através de questionário, os jogos e
brincadeiras da sua infância foi muito interessante, pois além de trabalhar com
os alunos a história da comunidade, fez os alunos perceberem que esses
elementos fazem parte da sua história, da sua cultura, além de despertar o
desejo de praticar algumas brincadeiras e jogos que acharam interessantes.
Dessa forma, foi possível refletir sobre a importância dos jogos e
brincadeiras no convívio escolar e familiar, o quanto eles contribuem para o
desenvolvimento humano, sendo este conteúdo da Educação Física, mediador
de novas aprendizagens, tornando-se possível aproximar os conhecimentos
apreendidos na escola e vivenciá-los em seu dia a dia.
No segundo momento, foi abordada a importância dos Jogos e
Brincadeiras para o desenvolvimento sociocultural dos alunos do 6º ano,
tornando-se uma possibilidade de vivenciar diferentes tipos de movimentos
corporais no ambiente escolar, propiciando aos alunos uma maneira de
expressar sua cultura, valores, crenças e costumes, auxiliando no processo
educativo e colaborando para o seu desenvolvimento pessoal e coletivo. Por
meio da valorização da cultura corporal, os alunos tiveram a oportunidade de
vivenciar diferentes jogos e brincadeiras, construindo e reconstruindo regras,
estabelecendo sentido entre o que já conheciam e um novo conteúdo,
propiciando uma aprendizagem mais significativa que contemplem o ser
humano de forma integral (ROSSETO JÚNIOR, 2009). As atividades foram:
corrida em grupos, brincadeiras com corda, voleibol com balões, bola presa,
boliche com garrafa pet, queimada sentados.
4 Em virtude do número de páginas deste artigo ser limitada, as atividades foram apenas citadas. Os
questionários e atividades se encontram na íntegra na Produção Didática Pedagógica disponível no site www.diaadiaeducacao.pr.gov.br.
No terceiro momento, foram trabalhados jogos e brincadeiras na
abordagem desenvolvimentista, proporcionando ao aluno condições para que
seu comportamento motor fosse desenvolvido, oferecendo experiências de
movimento adequadas às faixas etárias (DARIDO e RANGEL, 2011, p.9).
Nessa perspectiva, foram propostas atividades que desenvolvessem
as capacidades coordenativas dos alunos. São elas: força, flexibilidade,
resistência aeróbia, velocidade e equilíbrio. As atividades foram: exercícios
para trabalhar a força (corrida do saco, carrinho de mão, exercícios para
peitoral, tríceps, costas, ombro e abdômen). Exercícios para flexibilidade
(abertura lateral, sentar e alcançar, alongamento de braço e pescoço,
exercícios em duplas, exercícios em círculos). Exercícios para resistência
aeróbia (caminhada e corrida). Exercícios para velocidade (guarda-bolas, sol e
lua, jogo dos números, pegar a cobra, corrida dos quatro cantos). Exercícios
para equilíbrio (andar devagar sobre uma corda esticada, sobre pedaços de
madeira, atividades com bastões de madeira).
Paralelo ao trabalho de Implementação do Projeto de Intervenção, foi
realizada a atividade do Grupo de Trabalho em Rede – GTR. Momento que
possibilitou aos professores compartilharem, discutirem ideias e novos
conhecimentos sobre o Projeto de Intervenção Pedagógica. O grupo era
composto de 18 professores, incluindo o Orientador do Projeto, sendo que
destes, 14 concluíram todas as etapas do GTR.
Os participantes consideraram relevante trabalhar com jogos e
brincadeiras na escola, por ser este conteúdo de suma importância para o
desenvolvimento motor, afetivo e social de nossos alunos. Eles relataram o
seguinte: “Através dos jogos e brincadeiras, podemos também oportunizar aos
nossos alunos o desenvolvimento da expressão corporal, uma vez que o corpo
“fala”, permitindo assim que os mesmos externem através de suas ações seus
desejos, necessidades, sentimentos, enfim, sua personalidade” 5.
Os participantes do grupo enfatizaram “ser positivo trabalhar dentro
da abordagem sociocultural proposta por Vygotsky, pois enfatiza a influência do
meio cultural, das relações entre os indivíduos na definição de um percurso de
desenvolvimento humano. Dentro desta proposta, valorizamos aquilo que o
5 Relato de alunos participantes do Grupo de Trabalho em Rede- GTR no ano de 2014.
aluno traz de sua cultura familiar, as diversas vivências que tiveram com seus
colegas de rua, com seus pais, avós e tios, podendo socializá-las com o grupo
e contribuir no ensino-aprendizagem. Desta forma, as atividades tornam-se
mais significativas para eles, desenvolvendo não apenas os aspectos motores,
mas também a formação humana”.
Nesse sentido, verifica-se que trabalhar com brincadeiras e jogos
nas aulas de Educação Física, estimula o aluno a conhecer seu próprio corpo,
suas potencialidades e capacidades, despertando o interesse e uma maior
participação nas atividades, na construção de novas regras, tornando-se uma
ferramenta essencial no desenvolvimento sociocultural, afetivo e motor,
possibilitando ao aluno momento de diversão e convivência saudável.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluir o presente trabalho percebeu-se que trabalhar com jogos
e brincadeiras nas aulas de Educação Física, pode contribuir de maneira
significativa para o desenvolvimento dos alunos, pois tiveram a possibilidade de
resgatar e vivenciar diferentes tipos de movimentos corporais, propiciando a
eles uma maneira de expressar sua cultura, valores, crenças e costumes,
auxiliando no processo educativo e colaborando com seu desenvolvimento
pessoal e coletivo.
Os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar diferentes jogos e
brincadeiras, construindo e reconstruindo regras, estabelecendo sentido entre o
que já conhece e um novo conteúdo, propiciando uma aprendizagem mais
significativa que contemplem o ser humano de forma integral.
Através dos movimentos realizados com os alunos, de forma
reflexiva e contextualizados, foi possível demonstrar sua importância cultural e
social, pois serviram de instrumento para expressar aquilo que somos e
sentimos, dando a eles a possibilidade de relacionar-se com o mundo a sua
volta. Nesse sentido, pode-se dizer que na escola as manifestações culturais
são diversas, e está presente de maneira nítida principalmente nos jogos e
brincadeiras, e, em todas as suas relações sociais.
Para aferir isso, foi utilizado o questionário antes e depois da aplicação
do projeto. A primeira questão foi feita a seguinte pergunta: O que é brincadeira
e quais os benefícios que ele proporciona? Dos 28 alunos 65% responderam:
diversão, alegria e felicidade. Já no segundo questionário, com 96%
acrescentaram à resposta que fazemos novas amizades e desenvolve a
coordenação motora, 4% responderam que desenvolve somente a
coordenação motora.
Na questão 2, quais são suas atividades preferidas no seu tempo livre,
obtivemos as seguintes respostas no primeiro questionário: 53%jogos
online(internet, celular), 18%TV, e prática de esportes 23%, outras atividades
com 5%. Podemos observar que no segundo questionário a prática de esportes
aumentou significativamente, atingindo 53%, os jogos online diminuindo para
32%, andar de skate com 11% e andar de bicicleta com 4%.
Na questão 3, foi perguntado se foi importante vivenciarem jogos e brincadeiras
antigas? Por quê? 100% responderam que precisamos conhecer os jogos e
brincadeiras do passado dos nossos familiares e poder brincar com os colegas.
Na questão 4, foi quanto ao uso dos jogos eletrônicos na adolescência: 64%
responderam que pode ser jogado de maneira esporádica, desde que não
deixe de brincar com os colegas e praticar esportes, além de outras atividades.
36% responderam que é prejudicial ao desenvolvimento motor levando a uma
vida sedentária.
Na questão 5, qual a importância dos jogos e brincadeiras na escola? 93%
responderam que ajudou a respeitar mais os colegas e a desenvolver suas
habilidades motoras e 7% diz ser tímido e ter dificuldades em realizar as
atividades.
Através das respostas obtidas nos questionários e diante dos
objetivos propostos, é possível afirmar que houve avanço em todos os
aspectos no desenvolvimento dos alunos, ficando claro que os jogos e as
brincadeiras são elementos bastante importantes para promover a
aprendizagem.
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