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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DE GEOGRAFIA FÍSICA DO TERRITÓRIO PARANAENSE - UMA VISÃO BÁSICA PARA O ENSINO MÉDIO.

Autor Roberto Braz Aparecido Cabrera

Escola de Atuação Colégio Estadual Professor Newton Guimarães

Município da escola Londrina

Núcleo Regional de Educação

Londrina

Orientador Profª. Drª Eloiza Cristiane Torres

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Londrina

Disciplina/Área (entrada no PDE)

Geografia

Produção Didático-pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Geografia, ciências, Biologia.

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Alunos do 2º Ano do Ensino Médio

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

Colégio Estadual Professor Newton Guimarães

Rua Guarujá, 228 Jardim Flórida Londrina

Apresentação:

Este trabalho buscará fornecer subsídios para

o conhecimento geográfico dos educandos. O objetivo

será ensinar geografia física, superando o déficit desta

disciplina, na sala de aula. Para melhor instrumentalizar

os alunos para sua compreensão da geografia humana e

da geopolítica. Estas dimensões serão posteriores a

compreensão da geografia física tão importante para as

demais percepções do espaço e suas interferências

humano-culturais. Espera-se que este breve curso possa

fornecer elementos suficientes para que os alunos do

Ensino Médio tenham a possibilidade de se perceberem

como seres humanos inseridos no contexto social-

histórico reflexo das suas vidas em espaços e tempos

contextualizados nos seus dia-a-dia.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras)

Palavras-chave: Geografia Física, Paraná, Formação, Relevo e clima.

2. JUSTIFICATIVA

Este trabalho buscará suprir uma lacuna na formação dos

estudantes paranaenses. O currículo da educação básica por vezes limita-se as

imposições das políticas públicas. Existe uma descontinuidade visível das

prioridades, dos conhecimentos e dos conteúdos a serem ensinados na educação

básica; sobretudo nas escolas públicas do Paraná.

Ocorreu um esvaziamento claro de conteúdos essenciais dos

currículos. A escola foi se perdendo num excesso de programas, projetos pontuais,

sistema de avaliação permissivo, eventos ocasionais, exigências burocráticas de

registros, avaliações, pareceres etc.

Diante disto, as disciplinas das áreas humanas, por exemplo, foi

perdendo espaço e tempo para o ensino efetivo em sala de aula. Os próprios livros

didáticos e as cobranças em concursos, vestibulares acabaram solicitando cada vez

menos conteúdos específicos de geografia física do estado do Paraná.

O resultado desta prática é uma precariedade na formação dos

estudantes que saem do Ensino Médio sem noções básicas da geografia do seu

Estado. Este aspecto acaba por comprometer a cidadania destes paranaenses. Não

conhecendo, não defendo, não reivindico, não respeito, não preservo, não invisto,

não sinto pertencendo a este chão , este espaço, esta cultura, não sinto-me

protagonista, sujeito cidadão desta terra.

Este trabalho buscará despertar o conhecimento geográfico nos

alunos.

A missão suprema será ensinar geografia física,

superando essa deficiência comprovada no curso. Uma boa compreensão da

Geografia física abre espaço para o entendimento às vezes incompreensivo nas

áreas humanas, econômicas e até em geopolítica.

O Estado do Paraná apresenta características próprias e deve-se

conhecê-las para entender como algumas áreas são mais favoráveis à agricultura

que outras. No norte paranaense, por exemplo, encontra-se o terceiro solo mais fértil

do mundo e é importante saber como ele se formou e como utilizá-lo de forma

sustentável.

A vegetação típica do Paraná é a Araucária. Ela está reduzida a

aproximadamente 6% da área inicial. As margens da maioria dos rios paranaenses

também apresentam um grande déficit em Mata Ciliar. Quais as conseqüências

disso nas próximas décadas?

Por outro lado, os rios paranaenses, apresentam um elevado

potencial hidráulico, inclusive alguns já bastante explorados. Caso continue este

ritmo a degradação e poluição, muitas terras agricultáveis serão inundadas, por isso,

é necessário avaliar de forma precisa o que é mais favorável à população.

O relevo do Paraná é único, maravilhoso e com grande possibilidade

de ser explorado turisticamente. Nos quatro cantos do Estado encontram-se belezas

raras, formas esculpidas pela natureza em milhares de anos e que estão à mostra

para a humanidade.

Enfim, tudo isso está à disposição para ser mostrado. É isso que

pretende- se neste simples trabalho.

3. PÚBLICO ALVO

Alunos do 2º. Ano do Ensino Médio do Colégio Professor Newton

Guimarães.

4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Criar um curso básico sobre conteúdos relevantes e importantes de

Geografia do Paraná para ser ministrado no 2º ano do ensino médio, que dê uma

visão geral da formação física do Estado.

4.2 Objetivos Específicos

Construir um material básico sobre o assunto abordado no

formato de uma apostila com mapas, gráficos e fotos.

Apresentar as características das paisagens do Estado

Paranaense nas áreas físicas (geologia, relevo, vegetação, clima, solo e hidrografia).

Montar aulas em slides como suporte didático.

Elaborar vídeos-aulas e postar no You Tube para revisões

futuras.

Fechar o curso com aula de campo.

Distribuir material elaborado para outras escolas através de

CDs.

5. PROCEDIMENTOS

Como proposto nos objetivos, serão aplicadas, cinco aulas por turma

para completar os temas propostos.

A idéia central do trabalho é ministrar o curso em um espaço curto

de tempo.

Cada aula será aplicada na forma de:

início com aula expositiva introduzindo os temas a serem

aprofundados; exposição do tema com Power point e explicação de cada um deles;

fechamento da aula com vídeo demonstrando os fatos abordados na aula.

Nas aulas serão aplicados os conteúdos na sequência:

Primeira aula: Apresentação do curso, Localização do Estado no

mundo e no Brasil, Estrutura Geológica e Relevo do Paraná.

A aula será com uma pequena exposição da localização do Paraná

com um mapa, na sequência apresentação de slides sobre o assunto Estrutura

Geológica e Relevo do Paraná e para finalizando com um vídeo elaborado pelo

professor que está disponível no YouTube.

link do vídeo: http://youtu.be/SDbWyv4ln5M

Para os alunos será disponibilizado um material na forma de apostila

para acompanhamento e anotações.

5.1 Conteúdos da aula 1.

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E LIMITES

O Estado do Paraná encontra-se nos hemisférios sul e ocidental da

Terra, cortado ao norte pelo Trópico de Capricórnio, próximo da cidade de

Apucarana. Três quartos das suas terras localizam-se na zona temperada sul e o

restante na zona tropical.

Com uma área de aproximadamente 199.308 km2, representa 2,34%

da área total do país. O oceano Atlântico, três estados brasileiros e dois países sul-

americanos delimitam o espaço do Estado do Paraná. O perímetro das linhas

divisórias é de 2458 km, distribuídos da seguinte maneira:

Ao norte e nordeste com o Estado de São Paulo (940 km); a

noroeste com o Estado do Mato Grosso do Sul (219 km); ao oeste com a República

do Paraguai (208 km); a sudoeste com a República da Argentina (239 km); ao sul e

sudeste com o Estado de Santa Catarina (754 km) e a leste com o Oceano Atlântico

(98 km).

Os limites extremos do Paraná são:

Ao Norte: 22º 30’ 58” de latitude sul e 52º 06’ 47” de longitude

oeste, na cachoeira de Saran Grande (no rio Paranapanema –

Jardim Olinda).

Ao Sul: 26º 43’ 00” de latitude sul e 51º 24’ 35”de longitude

oeste, na nascente do rio Jangada (na serra do Taquaral Verde -

General Carneiro).

A Leste: 25º 19’ 17” de latitude sul e 48º 05’ 37” de longitude

oeste, na foz do rio Ararapira (Guaraqueçaba).

A Oeste: 25º 27’ 16” de latitude sul e 54º 37’ 08” de longitude

oeste, no Porto Palacim na confluência do rio Iguaçu com o

Paraná (Foz do Iguaçu).

O ponto mais elevado do Estado é o Pico Paraná com 1922 metros

de altitude e o ponto mais baixo é o Oceano Atlântico com de 0 metro de altitude.

ESTRUTURA GEOLÓGICA DO PARANÁ - FORMAÇÃO

O estado do Paraná formou-se da própria evolução geológica do

planeta, isto é, sua estrutura abrange compartimentos distintos desde terrenos do

pré-cambriano (arqueozóica e proterozóica), passando pela paleozóica, mesozóica

até a atual cenozóica.

A representação simplificada divide o nosso estado em cinco

compartimentos (Litoral, Serra do Mar, Primeiro Planalto ou Planalto de Curitiba,

Segundo Planalto ou Planalto de Ponta Grossa e o Terceiro Planalto ou Planalto de

Guarapuava).

O litoral apresenta-se parcialmente recoberto por sedimentos

recentes (quaternário) originários das proximidades continentais e marinhas.

Na Serra do mar e no Primeiro Planalto, aparecem as rochas mais

antigas e de origem cristalinas (ígneas e metamórficas) formadas no Pré-cambriano.

No Segundo Planalto, temos grande parte de sedimentos de origem

Paleozóica, o que favoreceu o surgimento posterior de minerais combustíveis como

o carvão mineral e o xisto.

O Terceiro Planalto, resultado da consolidação de derrames de lavas

ocorridos no Mesozóico e que após intenso intemperismo químico que atuou na

região deu origem a um solo extremamente fértil, conhecido como terra roxa. Ainda

no Terceiro Planalto, nas áreas mais baixas próximas ao rio Paraná e vales

interiores encontram-se também sedimentos mais recentes da era Cenozóica e

depósitos inconsolidados.

Principais Unidades Geológicas

http://files.professoralexeinowatzki.webnode.com.br/200000381-3ff7840f18/geologia%20pr.jpg (02/06/2013)

http://files.professoralexeinowatzki.webnode.com.br/200000388-4c3464d2e7/hipso%20pr.JPG (20/05/2013)

RELEVO O relevo do Paraná é marcado por duas cicatrizes do passado

remoto, são: a Escarpa Devoniana e a Escarpa da Esperança. Na realidade forma-

se um conjunto de Cuestas que delimita a passagem do Terceiro para o Segundo

Planalto (Escarpa da Esperança) e a passagem do Segundo para o Primeiro

Planalto paranaense (Escarpa Devoniana).

As Cuestas são formas de relevo resultantes de erosão regressiva e

que apresentam um lado escarpado e o outro em declive suave.

As escarpas paranaenses são mais conhecidas como serras e

apresentam vários nomes.

A Escarpa Devoniana é conhecida como: Serrinha, São Luiz

Purunã, Santa Ana, Almas, São Joaquim, Furnas, Taquara etc.

A Escarpa da Esperança é conhecida também como: Serra do

Cadeado, Geral, Macacos, Leão, Fria etc.

http://www.soscuesta.org.br/jpg/area_natural_cuesta_pardinho.JPG (30/05/2013)

Além das duas escarpas, o Paraná é cortado na sua porção leste

pela serra do Mar.

Foto Gisele Christina A. Castro Cabrera.

As figuras abaixo mostram a aparência geral do Estado.

http://3.bp.blogspot.com/-1JFR8ru4l0E/UKo-MxhSLWI/AAAAAAAAG8k/tox-4qQxG1w/s1600/cataratas05.jpg

(30/05/2013)

5.2 Segunda da aula

Hidrografia e solos do Paraná

Inicialmente será expositiva, através do quadro negro, na sequência

o professor utilizará o PowerPoint para fixar os assuntos abordados e finalmente o

vídeo sobre hidrografia e solos.

Links dos vídeos:

http://youtu.be/Ia9_78b2dlo hidrografia do pr

http://youtu.be/ulEhKJ8zL8c solos do Paraná – terceiro planalto

Conteúdos da aula 2

HIDROGRAFIA DO PARANÁ

O Estado do Paraná apresenta uma distribuição desproporcional

devido ao seu relevo, que apresenta elevação no sentido norte-sul (Serra do Mar),

onde aproximadamente 92% dos rios são tributários, direta ou indiretamente do rio

Paraná, seguindo as direções norte, noroeste e oeste, algumas vezes cortando boa

parte do Estado até encontrar-se com o rio Principal, já na divisa com outro estado

ou país.

Os 8% restante são pertencentes às bacias do Atlântico ou

litorâneas. São rios curtos que seguem direto para o litoral.

O rio Ribeira nasce no Paraná, passa pelo Estado de São Paulo

antes de desembocar no Atlântico.

http://site.sanepar.com.br/sites/novo.sanepar.com.br/files/content_images/noticias/MAPEAMENTO_BACIAS_HID

ROGRAFICAS_IKE160911_0.JPG (30/05/2013)

http://www.aguasparana.pr.gov.br/arquivos/File/DADOS%20ESPACIAIS/Unidades_Hidrograficas_A4.jpg

(31/05/2013)

BACIAS HIDROGRÁFICAS DO PARANÁ

PRINCIPAIS RIOS DO PARANÁ

Bacia do rio Paraná

Rio Paraná – que nasce da confluência dos rios Paranaíba e

Grande, em pleno Triângulo Mineiro, percorre no Estado do Paraná, cerca de 400

quilômetros, desde a foz do Rio Paranapanema até a foz do Rio Iguaçu. Além de

formar a principal bacia fluvial paranaense, destaca-se pelo seu grande potencial

hidráulico. É nele que se encontra atualmente a maior usina hidrelétrica em

funcionamento no planeta, a usina binacional de Itaipu.

Rio Paranapanema – nasce no Estado de São Paulo, sendo usado

como divisa entre este e o Estado do Paraná. Apresenta vários afluentes

importantes, tais como: Itararé, Cinzas, Tibagi e Pirapó.

Rio Ivaí – é o maior rio totalmente paranaense, percorrendo 685 km

até se juntar ao Paraná.

Rio Piquiri – nasce na escarpa da Esperança (Serra Geral). Possui

uma extensão aproximada de 485 km.

Rio Iguaçu – nasce no Planalto de Curitiba, bem próximo à Serra do

Mar. Segue em direção para oeste até desaguar no Rio Paraná, com 1.200 km de

percurso, servindo, em parte, de divisa entre os Estados do Paraná e Santa

Catarina, bem como entre o Brasil e a Argentina. Iguaçu é uma palavra indígena que

significa “Água Grande”. Também encontramos nele, uma das grandes maravilhas

da natureza, as Cataratas do Iguaçu.

Bacia Litorânea

Engloba a bacia do rio Ribeira e as bacias dos rios do litoral

paranaense.

Rio Ribeira – forma-se da fusão dos rios Açungui e Ribeirinha, na

porção norte do Primeiro Planalto Paranaense, dirige-se para o Estado de São

Paulo, onde passa a ser conhecido como rio Ribeira do Iguape.

O rio Ribeira tem vários afluentes importantes para a região, tais

como: Santa Ana, Ponta Grossa e o Pardo com seu braço Capivari, todos pela

margem direita; Turvo e Itapirapuã pela margem esquerda.

Os rios que correm diretos para o litoral, formam as bacias das: baía

das Laranjeiras, baía de Antonina, baía de Paranaguá, baía de Guaratuba e bacia

do rio Nhundiaquara. São rios poucos extensos, mas que quando apresentam

grande velocidade e queda, colaboram à produção de energia hidráulica. Entre eles

podemos destacar: rio Ipiranga, rio São João, rio Arraial, Cubatão,

Guaraqueçaba, Tagaçaba, Faisqueira, Cacatu, Cachoeira, Serra Negra, Itiberê e

Guaraguaçu.

É importante ressaltar que a hidrografia paranaense apresenta

pouca navegabilidade, apenas alguns trechos do rio Paraná (entre Guaíra – PR e

Porto Epitácio – SP). Em compensação tem um grande potencial hidrelétrico, com

mais de 26 milhões kW).

A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (COPEL) é a

responsável pelo aproveitamento, distribuição, controle e venda hidrelétrica do

Estado. Todavia todo o parque hidrográfico do estado necessita de investimento

para o seu melhor aproveitamento econômico, podendo favorecer melhor

desenvolvimento social e cultural para a população paranaense.

Foto Roberto Cabrera

CATARATAS DO IGUAÇU

SOLOS

Quando abordamos o tema no Paraná, devemos salientar que a

quantidade de solos no estado é elevada, por isso é importante ressaltar que a

intenção é de apenas se ter uma idéia básica da formação dos solos. No caso

específico do Paraná, o destaque será resumido ao 3º planalto, onde encontramos

os solos com maior fertilidade natural.

Nessa região ocorreram os grandes derrames de lavas básicas, por

volta de 150 milhões de anos que se derramaram sobre parte do Paraná, onde hoje

se encontra o terceiro Planalto.

http://www.mineropar.pr.gov.br/arquivos/Image/geoturismo/geologia/geologia01.jpg (20/05/2013)

As lavas que sobrepuseram a região logo se solidificaram tornando-

se basalto.

lava solidificando

https://encryptedtbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT1qMRmHhMs7hgjQslJpHpYLZCjkKgQe_q3pZ57hchaI

537qtZklA (20/05/2013)

Paredão de basalto

Foto Roberto Cabrera

O basalto, resultante da solidificação de lavas básicas, é a principal

rocha do 3º Planalto paranaense.

Podemos identificá-lo facilmente, pois ele está presente nas rodovias

como rocha base para a produção do asfalto. É a pedra britada (basalto triturado).

Brita

Foto Roberto Cabrera

Como nossa região apresenta uma boa disponibilidade de chuvas

(entre 1.000 e 2.000 milímetros anuais) e o basalto, pela sua composição, sofre

grande oxidação. Decomposição do basalto

Oxidação do basalto

Foto Roberto Cabrera

Decomposição do basalto

Foto Roberto Cabrera

A resultante dessa erosão (intemperismo químico) é a argila,

propiciando a formação de solos profundos e férteis (terra roxa).

Acebolamento do basalto

Fotos Roberto Cabrera

Perfil de solo comum na região

Solo

Rocha em decomposição

Rocha matriz

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/7/normal_neossolo_regolitico_londrina.jpg

(20/05/2013)

Solo profundo, resultado de grande erosão e decomposição química

no basalto.

Foto Roberto Cabrera

5.3 Terceira aula:

CLIMA E VEGETAÇÃO DO PARANÁ

O professor utilizará o PowerPoit para discorrer sobre os temas.

No final, serão passados os vídeos sobre vegetação e climas do

Paraná.

Links dos vídeos:

http://youtu.be/jXNAz5HNRSk climas do Paraná

http://youtu.be/xkN4qIRSZH4 vegetação do Paraná

Conteúdos da 3

CLIMA DO PARANÁ

Levando-se em consideração a localização do Estado do Paraná,

torna-se fácil o entendimento de seu clima. O Estado apresenta-se cortado ao Norte

pelo trópico de Capricórnio, tendo influências Tropicais (região Norte) e subtropicais

(região Sul). Além da latitude, também sofre influência da altitude, quanto mais ao

sul, maior é a altitude.

Com isso, o Paraná possui uma grande variação térmica no sentido

norte-sul. Isso só é quebrado na porção Leste do Estado onde uma grande barreira

natural (Serra do Mar) que minimiza as temperaturas pela sua elevação. O Litoral

sofre influência direta do mar, tendo sua temperatura mais estável (maritimidade) e o

regime de chuvas mais acentuado.

Por ter influência direta da Latitude, Altitude e da Maritimidade, o

clima paranaense é classificado como: Cfa, Cfb e Af, conforme classificação de

(KÖPPEN,19.....)

http://files.professoralexeinowatzki.webnode.com.br/200000384-31f4933e85/Mapaclimapr.gif (29/05/2013)

Af - Clima Tropical Superúmido: com média do mês quente

superior a 22ºC e do mês mais frio a 18ºC, sem estação seca e isento de geadas.

Aparece em todo o Litoral paranaense e no sopé oriental da Serra do Mar.

Cfa - Clima subtropical úmido (mesotérmico): com média do mês

superior a 22°C e do mês mais frio inferior a 18°C, sem estação seca definida, verão

quente e geadas menos freqüentes. Distribui-se por todo o norte, oeste e sudoeste

do Estado, pelo vale do rio Ribeira, pela vertente oriental da Serra do Mar e pelo

litoral (apesar daisenção de geadas neste).

Cfb - Clima subtropical úmido (mesotérmico): com média do mês

mais quente inferior a 22°C e do mês mais frio inferior a 18°C, sem estação seca,

verão brando e geadas severas desmasiadamente freqüentes. Distribui pelas terras

mais altas dos planaltos e das superfícies serranas (Planalto de Curitiba, Planalto

dos Campos Gerais, Planalto de Guarapuava, Planalto de Palmas, etc.).

Obs: Na região Noroeste do Estado, as médias pluviométricas no

inverno diminuem bastante por isso alguns autores adotam para a região o clima

Cwa (clima temperado úmido com Inverno seco e Verão quente).

As Massas de ar que atuam no Paraná são quatro: mEc (massa

equatorial continental), mTc (massa tropical continental), mTa (massa tropical

atlântica) e mPa (massa polar atlântica).

mEc – atua no Paraná principalmente no verão nas regiões norte e

noroeste, é uma massa quente e úmida.

mTc – atua no Paraná o ano todo, mas sentimos sua presença no

inverno, na região noroeste. É uma massa quente e seca.

mTa – atua no Paraná o ano todo, principalmente na faixa litorânea,

causando chuvas orográficas. É quente e úmida.

mPa – atua no Paraná principalmente no inverno, sendo responsável

pelas instabilidades no tempo e queda de temperaturas na região. É uma massa fria

e úmida.

Obs: atualmente estudos mostram que uma grande porcentagem de

umidade que chega até o Paraná, tem origem na região Amazônica. Essa umidade é

transportada na forma de vapor até a nossa região pelo interior do continente e

estes fenômenos são chamados de Rios Voadores

Ec – Equatorial Continental mEa – Equatorial Atlântica mTc – Tropical Continental

mTa – Tropical Atlântica

MASSA DE AR DO PARANÁ

https://encryptedtbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRs_rlAeTSFCl5d4KEcvvc6NykzSTvlzZJtUSb1gpAOMyJ

f6-qI (09/10/2-13)

VEGETAÇÃO DO PARANÁ

Antes da grande devastação sofrida nos últimos 70 anos, o Estado

do Paraná apresentava mais de 80% de sua área coberto por florestas e o restante

de vegetações variadas, mas com destaque para os campos.

As florestas se subdividiam em:

Floresta Tropical, uma sequência da Mata Atlântica, recobria toda a

porção leste, principalmente a região da Serra do Mar e avançava para o interior na

região norte do estado.

Floresta Subtropical, conhecida também por Mata de Araucária,

Pinheiro do Paraná entre outros nomes, sua preferência era as áreas de maior

altitude (acima de 500m), onde a temperatura é mais amena. Apesar de a Araucária

predominar, apareciam também associados a ela outros vegetais como a Imbuia e a

Erva-Mate.

Os Campos apareciam de forma mais esparsa no estado,

destacando a região do 2º Planalto paranaense (Campos Gerais), região de Curitiba

e Castro no 1º Planalto e região de Guarapuava e Palmas, já no 3º Planalto

paranaense.

Atualmente, devido aos avanços da agricultura e pecuária, a

vegetação paranaense se encontra bastante devastada, sobrando apenas algumas

áreas de difícil acesso (Serra do Mar - declarada Reserva da Biosfera pela

UNESCO, em 1991,) ou pequenos parques dispersos no Estado.

Ao se consultar o mapa oficial de vegetação do IBGE, o Paraná

demonstra esteticamente quase não ter mais vegetação.

Foto Gisele Christina A. Castro Cabrera

https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS8WNteIbcNW9OxKvbH0ajv6kHGP96yOiR-

AJnyLc_Mpxn8VnRc (25/05/2013)

Floresta Tropical do norte do Paraná que foi devastada para a prática de culturas (café) a partir da década de 30.

Floresta Tropical predominante na região leste do estado (Serra do Mar)

Foto Gisele Christina A. Castro Cabrera

Foto Amanda Raiane Braga

Floresta subtropical Aciculifoliada ou Mata de Araucária – predominou em grande parte do Estado do Paraná, em regiões mais elevadas e frias. Atualmente sua retirada e proibida por lei. Menos de 7% restou, geralmente em parques e reservas.

Vegetação de Campos – foi substituída pela agricultura (trigo e soja), hoje concentrada em pontos restritos de difícil acesso.

Foto Roberto Cabrera

http://files.professoralexeinowatzki.webnode.com.br/200000390-039ec0498c/vegetacao%20pr.JPG (02/06/2013)

Plantação de soja, muito comum no estado do Paraná

Ecossistemas de porções elevadas: Floresta Ombrófila Mista

(Mata com Araucárias – Domínio das Araucárias)

Ecossistemas de terrenos sedimentares: Campos Gerais do

Segundo Planalto (Ponta Grossa, Castro, Tibagi), Campos do Primeiro Planalto

(Curitiba) e Campos do Terceiro Planalto (Palmas e Guarapuava)

Ecossistemas de terrenos baixos (planícies aluviais do Rio

Paraná): Floresta Estacional Semi-decidual

Ecossistemas Litorâneos: Manguezais e Restingas

Ecossistemas da Serra: Floresta Ombrófila Densa (Floresta Pluvial

Atlântica – Domínio Morfoclimático Mares de Morros) e Campos de Altitude nos

picos da Serra

5.4 Quarta aula:

Revisão Geral dos conteúdos abordados; e discussão do tema:

Geografia física do Paraná.

Os alunos deverão trazer fotos, reportagens ou histórias vividas no

dia-a-dia por eles sobre o Paraná.

5.5 Quinta aula:

Prova sobre o tema Geografia Física do Paraná.

Avaliação com dez questões abertas sobre a Geografia Física do

Paraná.

Algumas questões serão diretas, tais como:

Discorrer sobre a vegetação de Araucária ou citar as diferenças do

segundo e do terceiro planaltos. Outras questões serão elaboradas durante o curso,

levando-se em consideração os assuntos mais polêmicos que surgirem.

5.6 A aula de campo:

Será feita em um sábado, com destino ao canyon Guartelá.

A saída será às 6 horas e durante o percurso será feito pequenas

paradas para constatar alguns temas citados na teoria em sala de aula. O retorno se

dará às 17 hora (saída do canyon).

6. RECURSOS

Humanos: alunos do 2º ano do Ensino Médio

Materiais: Sala de aula, quadro negro e giz, Tv-Pen Drive, Data

Show, DVD, Microsoft Power Point.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://fundacaoverde.org.br/tags/mata-atlantica/

http://imagensgratis.com.br/imagens-da-mata-atlantica/2

http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/geografia-do-parana/hidrografia-do-

parana/

http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/geografia-do-parana/geologia-

relevos-do-parana/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Relevo_do_Paran%C3%A1

http://site.sanepar.com.br/sites/novo.sanepar.com.br/files/content_images/noticias/M

APEAMENTO_BACIAS_HIDROGRAFICAS_IKE160911_0.JPG

http://viajelivre.files.wordpress.com/2011/02/dsc05803.jpg

http://www.aguasparana.pr.gov.br/arquivos/File/DADOS%20ESPACIAIS/Unidades_

Hidrograficas_A4.jpg

http://www.araucaria.pr.gov.br/sites/default/files/imagecache/galleryformatter_slide/w

ebfm/publico/imagens/noticias/galerias/horto_florestal_500x312.jpg

http://www.baixaki.com.br/usuarios/imagens/wpapers/159937-4848-1280.jpg

http://www.comoplanejarsuaviagem.com.br/imagem/325.jpg

http://www.ecodebate.com.br/foto/131023-1.gif

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_geo.pdf

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/7/normal_neossolo_reg

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http://www.ipardes.gov.br/anuario_2005/index.html

http://www.mineropar.pr.gov.br/arquivos/Image/geoturismo/geologia/geologia01.jpg

http://www.ra-bugio.org.br/images/mataatlantica/g/3/figura4.jpg

http://www.soscuesta.org.br/jpg/area_natural_cuesta_pardinho.JPG

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