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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

PARANÁ

GOVERNO DO

ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Maria do Socorro Araújo Chemim

UNIDADE PEDAGÓGICA

O Negro no Espaço Escolar

Ponta Grossa

2013

PARANÁ DO

GOVERNO DO

ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS -

DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Maria do Socorro Araújo Chemim

Jean-Baptiste Debret - Família Brasileira no Rio de Janeiro

Fonte: http://commons.wikimedia.org/

PONTA GROSSA

2013

3

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TURMA-PDE\2013

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Título O Negro no Espaço Escolar

Autor Maria do Socorro Araújo Chemim

Disciplina da área História

NRE Ponta Grossa

MUNICÍPIO Ponta Grossa

Escola de implementação

Escola Estadual Pe. Pedro Grzelczaki

IES Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG

RELAÇÃO INTEDISCIPLINAR

Sociologia, Geografia, Antropologia Geografia, Arte.

Professor Orientador Profa. Drª Maura Regina Petruski

Resumo O presente trabalho denominado unidade pedagógica faz parte

de uma produção didático-pedagógica exigida pelo Programa de

Desenvolvimento da Educação Pública do Paraná (PDE). A

mesma será desenvolvida junto aos alunos do 7º ano do ensino

fundamental da Escola Estadual Pe. Pedro Grzelczaki localizado

em Ponta Grossa Paraná. Como uma instituição que influencia e

é influenciada pela sociedade em que está inserida, a Escola

deve desenvolver a consciência do respeito á diversidade. Além

disso, deve primar por uma educação de qualidade capaz de

propiciar o acesso á uma vida digna, independente da cor da

pele ou da classe social a que o individuo pertença. Sendo

assim, o objetivo principal desse trabalho é desconstruir a ideia

de submissão e inferioridade do povo africano e

afrodescendente no Brasil mostrando a sua importância para a

construção histórica da sociedade brasileira, bem como

Pesquisar junto aos alunos os reflexos dessas representações

estereotipadas na construção do que pensam sobre a população

negra, e finalmente, construir com os mesmos a ideia de

respeito e valorização á diversidade. Ressalta-se que para neste

estudo será utilizada a metodologia de pesquisa qualitativa

exploratória, na qual a coleta dos dados será feita através de

questionário aberto e da observação participante.

Palavras-chave Preconceito racial, desigualdade social, e representação social.

Formato Unidade didática

Público-alvo Alunos do 7º ano do ensino fundamental.

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UNIDADE DIDÁTICA

O NEGRO NO ESPAÇO ESCOLAR

Autora: Maria do Socorro Araújo chemim

Orientadora: Maura Regina Petruski

Prezados alunos entendemos que o mito de não discriminação como forma

de camuflar o preconceito no cotidiano escolar, é ainda muito presente em nosso

cotidiano. Diante disso, procuraremos entender como se dão as representações

sociais do povo negro no Brasil. É frequente afirmação feita por alguns teóricos,

pela mídia e entre alguns setores de nossa sociedade de que no Brasil não existe

preconceito étnico.

Essa afirmação vem perdendo força nos últimos tempos. Entende-se que o

esforço feito nos últimos anos por instituições governamentais e não

governamentais, no sentido de criar mecanismos através dos quais os direitos

dos afrodescendentes sejam respeitados, deixa claro que o preconceito é real

no Brasil.

Algumas conquistas históricas obtidas pela população negra (lei das cotas,

lei da inclusão da História da África e afrodescendentes no currículo escolar, a lei

contra a discriminação racial entre outros), acabam na verdade confirmando a

existência do preconceito e sendo usadas por alguns grupos para disfarçar o

preconceito existente.

Essa situação se reproduz no cotidiano escolar onde encontramos

frequentemente textos, imagens e atitudes que mesmo de forma "diluída" trazem

1- Apresentação

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em si conteúdos discriminatórios e pejorativos sobre a historia da população

negra no Brasil. Antonio Sergio A. Guimarães é um dos autores que mencionam

essa perspectiva que pode ser constatado em um dos trechos produzidos por ele:

Assim é o racismo brasileiro: sem cara, travestido em roupas ilustradas, universalistas, tratando-se a si mesmo como antirracistas e tratando como antinacional, a presença integral do afro-brasileiro e do índio brasileiro. Para este racismo, o racista é aquele que separa não o que nega a humanidade de outrem; desse modo, racismo para ele, é o racismo do vizinho [...] (1999 p.60).

Para que ocorra o fim do preconceito étnico, precisamos contar com uma

educação democrática e de qualidade, considerada a base do processo de

inclusão social. É através dela que ocorre a transformação da sociedade, que se

toma consciência das desigualdades, da exclusão social, da falta de acesso a

bens materiais e sem dúvida, da promoção e acesso á cidadania e á dignidade

humana. No entanto, ainda é pequena a parcela de negros nas escolas e menos

ainda nas universidades.

Assim sendo, queridos alunos, convido vocês a fazer uma reflexão durante os

oito encontros que teremos na perspectiva de que no final dos quais, tenhamos

eliminado qualquer resquício de preconceito que exista em nossas mentes e se

possível, tenhamos conseguido espalhar essa semente entre as pessoas de

nosso convívio!

Sabe-se que a educação é considerada a base do processo de inclusão

social. É através dela que ocorre a transformação da sociedade, que se toma

consciência das desigualdades, da exclusão social, da falta de acesso a bens

materiais e sem dúvida, da promoção e acesso á cidadania e á dignidade

humana. No entanto, ainda é pequena a parcela de negros nas escolas e menos

ainda nas universidades.

2- Apoio Teórico

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Entende-se que as políticas públicas criadas por governos (na maior parte

das vezes por pressão da sociedade) com o objetivo de democratizar a escola, ou

seja, de tornar a escola realmente para todos, esbarra no descaso da sociedade e

na falta de cuidado da comunidade escolar, o que significa cuidado com a escolha

de materiais que tragam exemplos de cidadania e respeito á diferença do outro,

cuidado de professores com alunos para impedir qualquer forma de discriminação

e violência, cuidado de alunos com professores para que haja respeito mútuo,

enfim, cuidar das relações que se constroem nas escolas, pois elas irão se

expandir para além dos muros da mesma.

Nesse sentido caros alunos, não podemos desprezar também, a importância

do livro didático enquanto um dos principais instrumentos de apoio ás atividades

dos alunos e principalmente como veiculador das representações sociais contidas

nas sobre a população afrodescendente. Estas acabam por influenciar a visão

que os estudantes têm seus principais contatos com as diferenças culturais e

talvez o reforço á atitudes que discriminam e excluem.

Segundo Paulo Silva (2008 p.25), é também na escola que a criança tem seus principais contatos com as diferenças culturais e, talvez o reforço ás atitudes discriminatório. Para ele, os próprios livros didáticos trazem o negro e o índio como figuras diferentes e folclóricas, criando um estereótipo que passa a fazer parte do imaginário dessas crianças que dependendo, da educação que recebem, tornam-se adultos preconceituosos e perpetuam essa visão através de seus filhos.

É claro que não se pode colocar o livro didático como o único instrumento

de veiculação dos textos e imagens referidas acima. Mas, existe ainda hoje, uma

parcela dos alunos da escola pública, que possui uma situação econômica

desprivilegiada e que muitas vezes, em suas casas, ele é o único instrumento de

consulta que possuem.

É sabido que a formação do Brasil, esta calcada em três povos (índios,

europeus e africanos), o que reflete uma grande variação étnica e cultural que

deveria ser valorizada. Entretanto, isso não ocorre devido ao preconceito contra

as culturas que diferem da cultura branca euro centrista. Assim, nesse país, as

pessoas de etnias diversas, são apresentadas como iguais, mas não são tratadas

como iguais, necessitando da força da lei para que seus direitos sejam

respeitados.

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Um exemplo disso foi a LEI n.º10.639\03, promulgada em 09 de janeiro de

2003, no governo Luis Inácio. Essa lei tornou obrigatória a inclusão de conteúdos

relacionados á cultura africana e afro-brasileira, até então relegada a um segundo

plano nos currículos do ensino médio e fundamental de ensino do Brasil.

As questões apresentadas nos leva a pensar, que a situação é causada por

fatores estruturais e que se todos fossem tratados como iguais a lei não seria

necessária. O problema necessita sem dúvida de muito debate, na tentativa de se

buscar meios que promovam a mudança de mentalidade e que incentivem o

respeito á diversidade. Antonio Sergio Alfredo Guimarães (2005 P.52) afirma: “o

racismo brasileiro é heterofóbico, ou seja, é a negação absoluta das diferenças”

[...].

Justifica-se assim, a necessidade de trazer para a nossa realidade escolar a

discussão e a reflexão sobre o tema, Como forma de aprofundar o debate sobre o

assunto. Compreender, juntamente com os alunos do sétimo ano do ensino

fundamental, em que medida as representações sociais construídas socialmente,

influenciam sua visão sobre o valor histórico da contribuição cultural da população

negra no Brasil, e, até que ponto, as representações e as atitudes que observam

á sua volta, geram preconceito racial entre eles. Para isso, traçamos alguns

objetivos específicos:

a) identificar as representações em textos e imagens;

b) reconhecer a contribuição do povo africano e seus descendentes no

desenvolvimento social e econômico do Brasil;

c) pesquisar junto aos alunos os reflexos dessas representações estereotipadas

na construção do que pensam sobre a população negra;

d) construir com os alunos a ideia de respeito e valorização á diversidade.

Dessa forma prezado aluno, estamos iniciando nossa intervenção pedagógica.

Dessa forma prezado aluno, estamos iniciando nossa intervenção pedagógica.

cujo objetivo é repensarmos nossa visão e atitudes á respeito da história dos

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Dessa forma prezado aluno, estamos iniciando nossa intervenção pedagógica.

cujo objetivo é repensarmos nossa visão e atitudes á respeito da história dos

africanos e seus descendentes. Para isso faremos uso de textos, imagens e

vídeos.

Nesse momento começaremos com uma exposição oral á respeito do assunto

em questão seguida por um dialogo com o objetivo de verificar o que os alunos

sabem e pensam sobre a maneira com que o povo africano e seus descendentes

são representados nos vários seguimentos da sociedade. Para melhor entender o

assunto abordado neste trabalho, entende-se que é fundamental o esclarecimento

de alguns conceitos utilizados com frequência ao longo do texto como:

preconceito étnicorracial, desigualdade e representação social.

- Preconceito étno-racial é uma espécie de racismo, ou seja, é uma visão

pejorativa, pré-concebida sobre uma etnia ou cultura de um determinado povo.

Veja o que diz Estatuto da Igualdade Racial; Lei12288\10.

Toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais no campo político,econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida privada. (inciso I, parágrafo único do Art. 1º).

- Desigualdade social é a diferença estabelecida entre indivíduos ou grupos de

acordo com á sociedade em que vive;

Segundo MARX (1968) citado por TOMAZI (2000, P.88),

3- Encaminhamentos Metodológicos

1º Encontro (4 aulas )

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A desigualdade é produto de um conjunto de relações pautadas na propriedade [...] È a dominação que garante a manutenção e a reprodução dessas condições desiguais, que embasa suas reflexões. Assim, é produto dessas relações contraditórias e manifestam-se na forma de apropriação e dominação num sistema de organização social no qual uma classe produz e outra se apropria desse trabalho [...].

Representações sociais é a forma como pessoas ou grupos são mostrados

repetidamente por seguimentos da sociedade que nem sempre corresponde á

realidade.

MOSCOVICI (2011, P.41), coloca “que as representações sociais” é a forma

de criação coletiva. “Para ele, pessoas e grupos criam representações, uma vez

criadas, contudo, ela adquire uma vida própria, circulam, se encontram se atraem

e se repelem e dão oportunidade ao nascimento de novas representações [...].”

Agora leia com atenção o texto do DR.Dráuzio Varela sobre a origem do

ser humano baseado em pesquisas cientificas:

Éramos Todos Negros

“Até ontem, éramos todos negros. Você dirá, se os gorilas e os chimpanzés, nossos parentes mais chegados, também o são e se os primeiros hominídeos nasceram justamente na África negra há 5 milhões de anos,qual é a novidade? A novidade é que não me refiro a antepassados remotos, do tempo das cavernas (em que mediamos um metro de altura), mas as populações europeias e asiáticas com aparência física indistinguível da atual.

Trinta anos atrás, quando as técnicas de manipulação de DNA ainda não estavam disponíveis Luca Cavalli-Sforza um dos grandes geneticistas do século 20 conduziu um estudo clássico com centenas de grupos étnicos espalhados pelo mundo. Com base nas evidências genéticas encontradas e nos arquivos paleontológicos, Cavalli- Sforza concluiu que nossos avós emigrar da África para a Europa a meros 100 mil anos. Como os deslocamentos eram feitos com muito sacrifício, só conseguiram atingir ás terras geladas localizadas no norte europeu cerca de 40 mil anos atrás.

A adaptação a um continente com invernos rigorosos, teve seu preço. Como o faz desde os primórdios da vida na terra sempre que as condições ambientais mudam, a foice impiedosa da seleção natural ceifou os mais frageis. Que eram eles? Filhos e netos de negros africanos, nômades, caçadores, pescadores e pastores que se alimentavam predominantemente de carne animal. Dessas fontes naturais absorviam vitamina D, elemento essencial para construir ossos fortes, sistema imunológico eficiente para prevenir enfermidades que vão do raquitismo á osteoporose; do câncer ás infecções, ao diabetes, ás complicações

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cardiovasculares.

Há 6000 anos quando se disseminou pela Europa e fixou as famílias á terra, a dieta se tornou, sobretudo vegetariana. De um lado, essa mudança radical tornou-as menos dependentes da imprevisibilidade da caça e da pesca; e de outro, ficou mais problemático o acesso ás fontes de vitamina D.Para suprir as necessidades de cálcio e garantir a integridade das demais funções da vitamina D, a seleção natural conferiu vantagem evolutiva aos que desenvolveram um mecanismo alternativo para obter esse micronutriente: a síntese na pele mediada pela absorção da radiações ultravioletas da luz do sol.

As dificuldades da pele negra de absorver raios ultravioletas e a necessidade de cobrir o corpo para enfrentar o frio deram origem ás forças seletivas que privilegiaram a sobrevivência das crianças com menor concentração de melanina na pele. As previsões de Cavalli-Sforza foram confirmadas por estudos científicos recentes [...] Num estudo publicado pela revista “scence”, o grupo de Keith Cheng, sequenciou esse gene em europeus, asiáticos africanos e indígenas do continente americanos.

Tomando por base o numero e a periodicidade das mutações ocorridas, os cálculos iniciais sugeriram que as variantes responsáveis pelo clareamento da pele estabeleceram-se na população europeia há apenas 18 mil anos. No entanto, como as margens de erro nessas estimativas são apreciáveis, os pesquisadores tomaram a iniciativa de sequenciar outros genes, localizados em áreas vizinhas do genoma. Esse refinamento técnico permitiu concluir que a pele branca surgiu na Europa num período que vai de 6000 á 12 mil anos atrás. A você, leitor, que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho apenas um conselho: não seja ridículo”.

(Dráuzio Varela, 26-4- 2008, Folha de São Paulo)

Atividade 1

Responda as questões abaixo:

a) quem é Luca Cavalli-sforza e o que ele concluiu?

b) De que forma ocorreu o branqueamento das pessoas?

c) Como vocês interpretam a frase: ”a você, leitor, que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho apenas um conselho: não seja ridículo”.

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Atividade 2

Após a leitura do texto” Éramos Todos Negros” do DR. Dráuzio Varela e baseado nas explicações e discussões feitas, construa um texto com seu grupo mostrando o que vocês pensam sobre o preconceito racial.

Os escravos

“A vida do escravo foi pautada pela violência. A retirada forçada da terra natal,

os trabalhos pesados e insalubres, a alimentação precária, os castigos

frequentes, a desintegração das famílias e das nações africanas marcaram a

existência do negro escravizado na América portuguesa.

Os africanos escravizados eram tratados como “peças”. No momento da

compra, os senhores procuravam adquirir grupos de escravos de diferentes

nações africanas para dificultar resistências organizadas.

No engenho essas “peças” eram mais uma vez selecionadas. Os escravos que

tinham dificuldade de se adaptar aos trabalhos, á língua e aos costumes da

colônia eram chamados de boçais. Estes eram destinados ás tarefas cansativas,

repetitivas, tanto no eito quanto na casa das máquinas.

Os escravos considerados mais capazes para apreender as novas técnicas e

manusear equipamentos mais complexos eram os ladinos. Esses cativos

estavam presentes nas moendas, nas caldeiras, nas casas de purgar, na casa

grande e nas oficinas (olarias, carpintarias, ferrarias). [...] Nos mercados,

próximos aos portos de desembarque, a população negra era exposta para ser

comercializada.

Os preços variavam de acordo com o sexo, a idade e as condições físicas.

Dos mercados os africanos escravizados eram levados para os engenhos, para

2º Encontro (4 aulas

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as minas e para as cidades. A violência da captura na África e da viagem nos

tumbeiros também fazia parte do cotidiano dos escravos no Brasil. Além dos

trabalhos forçados, castigos eram aplicados para controlar e reprimir os escravos

nas fazendas. Para isso, empregavam-se diversos instrumentos de tortura:

chicote, troncos, gargalheiras, algemas, correntes, palmatórias [...]”.

(Projeto Araribá \História, 7º ano. p221-224).

Atividade 1

No primeiro encontro discutimos alguns conceitos. Entre eles o de representação

social. Sendo assim, após leitura, discussão do texto e observação da imagem

abaixo responda:

a) quem são as pessoas representadas no texto?

b) Como essas pessoas são representadas e o que você pensa sobre elas?

c) Quando você lê textos como este sente vontade de fazer parte de qual grupo

dos que são representados?

Atividade 2

Ainda Observando ás imagens abaixo analise:

a) elas reforçam á ideologia e o racismo?

b) Qual visão o artista quis passar sobre o cotidiano e do tratamento dado aos

africanos no Brasil?

c) O que as imagens de Debret e Calixto sugerem a você?

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Gravura de Benedito Calixto séc.xix

O Feitor de Jean-Baptist De Bret

No livro Casa Grande e Senzala o autor Gilberto Freyre afirma que no Brasil a

escravidão aconteceu de forma mais branda, uma vez que a convivência entre

senhores e escravos era amistosa. Porém existem outros autores que pensam

diferente como é o caso de Jacob Gorender. Leia o que dizem abaixo:

“[...] os negros trabalham sempre cantando: seus cantos de trabalho, tanto

quanto os de xangô, os de festa, os de ninar menino pequeno, encheram de

3º Encontro (3 aulas )

3º Encontro (3 aulas )

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alegria africana a vida brasileira. Ás vezes de um tipo de banzo: mas

principalmente de alegria. [...]”.

FREYRE (1996, p.463 in Projeto Araribá p.226).

“[...] Os escravos eram seres humanos oprimidos pelo mais duro dos

regimes de exploração de trabalho. Não escapavam ilesos ás degradações

impostas por esse regime. Enfrentavam-nas com sofrimento,humor , astúcia e

também um egoísmo perverso. Escravos agrediam escravos em disputa por

mulher, para entregá-los a capitães do mato ou para roubá-los[...]”

GORENDER (1991, p.121 in Projeto Araribá p.226).

Atividade 1

Depois de ler as falas dos autores, No texto “A convivência entre senhores e

escravos” (p.225 livro 7º ano da coleção Araribá), e levando em conta os

conhecimentos que você adquiriu sobre a escravidão no Brasil, discuta com um

colega a posição dos autores e com qual a dupla concorda, e responda:

a) o que os levou á escolha em questão;

b) a relação entre senhores e escravos era realmente harmoniosa;

c) o que Gorender quis dizer com a frase “egoísmo perverso”.

Atividade 1

4º Encontro (5 aulas)

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a) Nesse encontro, assistiremos ao filme “Vista Minha Pele”, e depois com um

colega discuta: do que trata o filme e qual é a posição da dupla com relação ao

assunto (a colocação será feita oralmente).

Atividade 2

Leia o texto abaixo e responda ás questões que seguem:

todos nós provem que Martin Luther King, Jr. estava certo quando disse que a humanidade já não poderia estar tragicamente ligada à noite sem estrelas do

a) Pesquise sobre:

[...] são as próximas gerações de estudantes em formação que têm a incumbência histórica de demonstrar que o Brasil ainda não é uma democracia racial e que não haverá República se a matriz cultural africana esbarrar na seleção cultural e científica. Na verdade, esta luta deve ser de todos os homens e mulheres com humanidade no rosto: democracia racial para concretizar uma nação que, para além de mestiça, seja reconhecidamente multirracial, portanto, também negra. Há cientistas, historiadores, professores e alunos que ainda não pensam desta maneira, suplico-lhes então que leiam e reflitam sobre o que escreveram dois africanos, um negro e outro branco, ao evocarem um não menos notável afro-americano. Elio Chaves Flores (2006, p.81).

Nelson Mandela, sul-africano, ao receber o Prêmio Nobel da Paz, em 1993: Mas ainda permanece a esperança de que também estes sejam abençoados om razão suficiente para entender que a história não será negada e que a nova sociedade não poderá ser criada pela repetição de um passado repugnante, ainda. que refinado ou sedutoramente maquiado. (...) Que as aspirações de todos nós. provem que Martin Luther King, Jr. estava certo quando disse que humanidade já não

poderia estar tragicamente ligada à noite sem estrelas do racismo e da guerra.

José Eduardo Agualusa, angolano, ao finalizar seu último romance, em 2004: Vem-me à memória a imagem a preto e branco de Martin Luther King discursando à multidão: eu tive um sonho. Ele deveria ter dito antes: eu fiz um sonho. Há uma diferença, pensando bem, entre ter um sonho e fazer um sonho. Eu fiz um sonho.

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- quem é Nelson Mandela; -quem é José Eduardo Agualusa; -quem foi Martin Luther king; -o que é democracia racial? b) O que essas pessoas têm em comum? c) destaque os principais pontos do texto de Elio Alves, explicando o que ele propõe. O Preconceito Racial e suas Repercussões na Instituição Escolar Waléria Menezes

[...] Os sujeitos que possuem tal crença constroem conceitos próprios, marcados por estereótipos, que são os fios condutores para a disseminação do preconceito, pois se encontram em consonância com os interesses do grupo dominante, que utiliza seus aparelhos ideológicos para difundir a imagem depreciativa do negro. Nesse sentido, o estereótipo leva a uma "comodidade cognitiva", pois não é preciso pensar sobre a questão racial de modo crítico, uma vez que já existe um (pré) conceito formado, fazendo com que os sujeitos simplesmente se apropriem dele, colaborando para a acentuação do processo de alienação da identidade negra. Esses estereótipos dão origem ao estigma que vem sinalizar suspeita, ódio e intolerância dirigidos a determinado grupo, inviabilizando a sua inclusão social.

A consequência dessas construções preconceituosas é a manifestação da discriminação, uma ação que pode variar desde a violência física - quando grupos extremistas demonstram todo o seu ódio e intolerância pelo extermínio de determinada população - até a violência simbólica, manifestada por rejeições provenientes de uma marca depreciativa (estigma) imputada à sua identidade, por não estar coerente com o padrão estabelecido (branco/europeu) [...].

Atividade 1 A) Ao ler este texto, você concorda com a autora que existe o interesse de alguns grupos de difundir uma imagem depreciativa do negro? Explique.

5º Encontro (4 aulas )

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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ b) Em sua vivência você foi ensinado a ver o negro como igual ao branco?Sim ou não? Explique.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ c) Para você as imagens dos livros didáticos ( como as colocadas acima) desperta que tipo de sentimento em você?--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- d) Observe a imagem a seguir e depois de refletir descreva (no espaço ao lado) o que ela significa para você:

WWW.canstockphoto.com

6º Encontro (4 aulas)

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WWW.geledes.org.br

Em seu livro África e Brasil Africano (P.132), a autora Marina de Mello e Souza, coloca que “á medida que o africano se integrou á sociedade brasileira tornou-se afro-brasileiro e, mais do que isso,brasileiro. Usamos o termo afro-brasileiro para indicar produtos das mestiçagens para os quais as principais matrizes são as africanas e as lusitanas e frequentemente com pitadas de elementos indígenas, sem ignorar que tais manifestações são acima de tudo brasileiras[...]. Atividade-1 interpretando o texto. a) O que para a autora significa ser afro-brasileiro? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ b) Para a autora a mestiçagem das 3 etnias nos torna todos brasileiros,e portanto o mesmo povo? Explique: ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ c) para ela como podemos perceber essas semelhanças? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Atividade 2 Agora releia o texto, observe á figura e veja se existe alguma associação entre eles e qual é?------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Nesse encontro faremos uma discussão em conjunto baseada no trabalho da professora paranaense Silvana Klenk Walter, onde ela discute as Relações Étnico-Racias na Escola, o mesmo dará suporte para ás nossas indagações e reflexões finais.

www.blogspot.com

As Relações Étnico-Raciais na Escola [...] “As raízes das praticas racistas contra os negros no Brasil remontam á chegada das primeiras levas de africanos que aqui aportaram na condição de escravos. Hoje, passados mais de cem anos da abolição da escravatura, as marcas deixadas pela opressão ainda se fazem presentes sob a forma de preconceito, discriminação e exclusão social, sendo esta compreendida na sua dimensão política, econômica e cultural. Muitas vezes implícita, através de procedimentos que colocam pessoas de grupos raciais ou étnicos discriminados em situação de desvantagem no acesso a benefícios gerados pelo Estado e por demais instituições e organizaçõesTentou-se camuflar.

7º Encontro (4 aulas)

20

O racismo esta presente em todos os setores da sociedade, Manifestando-se não só a nível individual, através de atos discriminatórios impetrados por indivíduos contra outros, mas também a nível institucional. O denominado racismo Institucional vem a ser a forma mais perversa em que este se sustenta uma vez que atua dentro das organizações, profissões, instituições educacionais, meios de comunicação de massa etc. de forma a camuflar a realidade das relações raciais no Brasil propagando-se a crença de que vivíamos uma democracia racial, ou seja, que aqui grupos raciais distintos coexistiam pacificamente. Essa crença considera as desigualdades causadas pelas estruturas hierárquicas excludentes e afere aos negros a culpa pela própria condição gerada pela falta de competência ou desinteresse. Até o final dos anos 1970 o ideal da democracia racial permaneceu praticamente sem contestação e apesar das mudanças sociais ocorridas, as desigualdades raciais permaneceram inalteradas. Somente com o processo de redemocratização do país a questão racial volta a ser pauta de debates públicos”[...]. “[...] Entretanto, saber que a “democracia racial” brasileira não passa de um mito estruturante da nossa sociedade não basta, cabe-nos a tarefa de atuar no sentido de criar novas relações raciais e sociais pautadas no principio da igualdade conforme estabelece nossa Constituição Federal. Um dos espaços de manifestação de racismo, preconceito e discriminação racial e a escola. A escola e considerada via de acesso ao conhecimento,como possibilidade de ascensão social para uma grande maioria que deseja ingressar no mercado de trabalho e sair da condição de pobreza. As expectativas dos pais com relação à escola levam-nos a crerem que esta terá uma ação transformadora na vida dos filhos garantindo-lhes o exercício pleno da cidadania, bem como o aperfeiçoamento de suas aptidões pessoais, o que garantir-lhes-á o acesso a vida em sociedade. No entanto, essas expectativas, não raro, são frustradas, sobretudo quando se trata de crianças negras. O que se observa é que, em geral, a escola desconsidera a pluralidade cultural presente na sala de aula e acaba direcionando sua metodologia para satisfazer as necessidades do grupo dominante, o que via de regra leva a inculcação dos valores da classe dominante. Sendo assim, o que deveria ser espaço de promoção da equidade pode converter-se em espaço de exclusão, inclusive refletindo-se em outros espaços sociais [...]”.

Atividade 1 Agora que lemos o texto, em dupla discuta e responda com seu colega ás seguintes questões: a) você percebe a questão da discriminação racial entre as pessoas que você convive? b) Para você as pessoas negras têm as mesmas oportunidades que as brancas?

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c) Quantos alunos negros existem na sua escola e com quanta você se relaciona? d) Você tem amigos negros? e) Você considera que em sua escola todos são tratados igualmente pela comunidade escolar (professores, funcionários e equipe pedagógica), independente da cor da pele, da classe social ou da cultura a que pertença? Nesse momento, estamos concluindo nossa unidade didática e para isso, precisamos seguir alguns passos:

a) releitura e discussão das questões respondidas no 7º encontro;

b) produza um texto em dupla dizendo o que mudou no seu modo de ver a

situação dos negros no espaço escolar e o que precisa ser feito para que ocorra

uma mudança efetiva em nossa escola e na sociedade com relação ao

reconhecimento e respeito á posição do afro-brasileiro.

Grairelalon. wordpress.com

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou

ainda por sua religião. Para odiar as pessoas precisam aprender, e se podem

aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

Nelson Mandela.

8º Encontro (4 aulas)

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Queridos colegas ao usar esse material vocês terão a tarefa de levar aos

alunos a abordagem de um tema bastante discutido nos últimos anos,

principalmente a partir da Lei nº 10.639\03, tratada ao longo do texto em questão.

Espera-se que toda a comunidade escolar assuma o papel de valorizar a

pluralidade cultural, bem como o respeito ao direito que todos possuem de serem

vistos e tratados como igual. Partindo desse principio, entendemos que é preciso

que os professores estejam comprometidos com uma educação multicultural,

onde todos, independente da etnia ou classe social tenham um sentimento de

pertencimento cultural ao grupo.

Reconhecemos que a criação da lei citada acima representou um avanço na

educação brasileira. Entretanto, muito ainda tem a ser discutido principalmente no

ambiente escolar que é um espaço de formação e socialização de saberes.

Esse material propõe um repensar sobre á história do povo africano e

afrodescendente, como são vistos no espaço escolar e, a pensar e rever

determinados conceitos na intenção de desconstruir os estereótipos culturalmente

construídos em torno desse povo.

Nesse sentido propomos o uso de imagens, vídeos e textos (inclusive do livro

didático), que abordem o assunto. Vocês perceberão que das atividades

propostas no trabalho, muitas são feitas em grupos. A intenção foi juntar alunos

com perfis diferentes, o que a meu ver vão ampliar á discussão e ajudar na

desconstrução das falácias e estereótipos.

Ao longo do texto são encontrados alguns exemplos de materiais para serem

usados, mas cada professor, como pesquisador que é, deve acrescentar outros

materiais que julgar importante no sentido de enriquecer o conhecimento e debate

sobre o assunto.

4- Proposta de trabalho

com esse material

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Finalmente, esperamos que essa unidade didática, além de promover o

aumento de conhecimentos sobre a história e o valor do povo africano e

afrodescendente na construção da história do Brasil, consiga amenizar (ou até

acabar com o preconceito) em todos os lugares onde for trabalhado.

O objetivo principal deste trabalho é levar os alunos á perceberem que a

história dos africanos e afrodescendentes constituíram um dos pilares da cultura

brasileira e como tal devem ser reconhecidos e respeitados. As atividades foram

elaboradas pensando em levar á reflexão do aluno sobre o preconceito existente

contra os negros no Brasil e o espaço que os mesmos ocupam na escola.

Para isso, foram colocados alguns textos que propiciarão essa reflexão, bem

como imagens e vídeo cujo objetivo é a variação nas abordagens, a

desconstrução dos estereótipos e mostrar que a democracia racial ainda é um

mito no Brasil.

Sendo assim, esperamos contribuir para a melhoria do conhecimento dos

alunos sobre o assunto, trazer á tona uma discussão que muitas vezes é

colocada em segundo plano e a partir da abordagem clara e franca com os alunos

provocar mudanças “radicais” na visão dos alunos sobre a questão proposta.

AZEVEDO, Thales de Democracia racial: ideologia e realidade. Petrópolis,

vozes, 1975

5- Considerações Finais

6- Referências

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