os desafios da escola pÚblica paranaense na … · o movimento mundial pela educação inclusiva...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
PRODUÇÃO DIDÁTICO–PEDAGÓGICA - TURMA - PDE/2013
Título: As contribuições da Psicologia Histórico-Cultural na busca de mediações para com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem
Autora Ana Amélia Pizzini
Disciplina/Área Educação Especial
Escola de Implementação do Projeto
Escola Estadual Guimarães Rosa – Ensino Fundamental
Município da escola Assis Chateaubriand – PR
Núcleo Regional de Educação
Assis Chateaubriand – PR
Professora Orientadora Lucia Terezinha Zanato Tureck
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual do Oeste Paranaense – UNIOESTE-Cascavel
Relação Interdisciplinar
Ensino Regular e Educação Especial, envolvendo todas as áreas.
Resumo A presente produção didático-pedagógica tem a intenção de suscitar reflexões e contribuir com a fundamentação do trabalho docente no processo ensino e aprendizagem, a partir de um novo olhar que pode ser obtido na Psicologia Histórico-Cultural. Encontra-se organizada com instrumentos que visam à identificação do processo de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos com deficiência intelectual com reprovações recorrentes e possíveis denominações de incapacidade e fracasso escolar, valorizando o professor, considerando o seu papel na construção e nas mudanças das perspectivas pedagógicas e de sua relação com os envolvidos no processo educativo.
Palavras-chave Dificuldades de aprendizagem; mediação; atuação docente; Psicologia Histórico-Cultural.
Formato do material didático
Unidade Didática
Público-alvo
Professores do Ensino Regular e Sala de Recursos Multifuncional, Pedagogos.
1 APRESENTAÇÃO
A Produção Didático-Pedagógica é um trabalho que resulta do estudo
realizado e implementado no Plano Integrado de Formação Continuada-Programa
de Desenvolvimento Educacional–PDE, Turma VI, e tem por objetivo possibilitar
subsídio científico para as ações dos professores, pedagogos e comunidade escolar,
enfatizando as Salas de Ensino Regular e Sala de Recursos Multifuncional, como
parte da implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola
Guimarães Rosa, em Assis Chateaubriand, da Secretaria do Estado da Educação do
Paraná – SEED/PR.
As atividades que compõem esta unidade didática foram selecionadas para
subsidiar teoricamente os trabalhos dos professores nas adaptações curriculares às
necessidades educacionais especiais dos alunos inseridos na Sala de Recursos
Multifuncional, bem como com os pedagogos da escola, para a administração e
organização das situações que demandem intervenção pedagógica para aqueles
alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem nas salas de aula comum.
2 JUSTIFICATIVA
O Programa de Desenvolvimento Educacional proporciona aos professores
da rede pública estadual de ensino, por meio de seleção periódica, participar do
processo de formação continuada com foco na prática docente, sendo a
implementação de um projeto de intervenção pedagógica na escola uma de suas
etapas. O afastamento dos professores de suas atividades profissionais por um
período destinado à pesquisa, seguida de estratégias de ação na escola, é
necessário para a caminhada de transformação da realidade quando a preocupação
é a formação humana.
Com o propósito de ampliar os conhecimentos, buscando subsídios para o
processo de intervenção nas dificuldades de aprendizagem encontradas em alunos
das escolas estaduais, prioriza-se a Escola Estadual Guimarães Rosa - Ensino
Fundamental para a implementação.
A Escola Estadual Guimarães Rosa – Ensino Fundamental é a escola de 6º
ao 9º ano mais antiga do município, criada em 15/02/1968, nesta época sob a
denominação de Ginásio Estadual de Assis Chateaubriand e oferta exclusivamente
os anos finais do Ensino Fundamental. A escola atende à educação inclusiva
ofertando a educação especial como atendimento educacional especializado – AEE,
em Sala de Recursos Multifuncional. Funcionando em 3 turnos, conta com um
alunado bastante heterogêneo, recebendo alunos oriundos de vários bairros da zona
urbana e rural provenientes de famílias de diversas camadas sociais, culturais e
econômicas e ainda alunos com necessidades educacionais especiais. Possui duas
Salas de Recursos Multifuncionais–Tipo I1, na Educação Básica; uma das salas
funciona no período matutino, atendendo 14 alunos, e a outra no período vespertino
atendendo um número de 26 alunos, num total de 40 alunos, que as frequenta em
período contrário ao da classe comum, no ano letivo de 2013.
Atualmente, muitos professores das escolas do ensino regular defrontam-se
com turmas superlotadas, principalmente as turmas dos anos finais do ensino
fundamental, e muitos dos alunos matriculados nessas turmas apresentam
dificuldades de aprendizagem, sendo encaminhados para possíveis retenções.
Como possibilitar que as mudanças realizadas no contexto escolar,
principalmente na sala de aula, contribuam efetivamente para a aprendizagem de
todos os alunos, proporcionando sucesso escolar?
Importa anotar, para que ocorra acesso e a permanência de crianças e
adolescentes das camadas populares na escola, alcançando sucesso escolar com a
apropriação do conhecimento escolar, ou seja, os elementos culturais necessários
para viver na sociedade a que se pertence, cabe à escola, como local responsável
socialmente pela educação sistematizada, prover aos indivíduos tal conhecimento,
como segue:
À escola fundamental deve ser reservada a tarefa de contribuir, em sua especificidade, para a atualização histórico-cultural dos cidadãos. Isso implica uma preparação para o viver bem, para além do simples viver pelo trabalho e para o trabalho (PARO, 1999, p. 111).
Acredita-se que o conhecimento do professor deve ultrapassar os conteúdos
de sala de aula e que o conhecimento científico proposto neste estudo tem
condições de propiciar a análise das causas das dificuldades no processo de 1 Sala de Recursos Multifuncional-Tipo I, na Educação Básica é um atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a escolarização de alunos que apresentam deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculados na Rede Pública de Ensino.
escolarização.
Para tais encaminhamentos, Manganotti (2008, p.18) explicita que a
Psicologia Histórico–Cultural, ao tratar de temas como funções psíquicas, mediação,
aprendizagem e desenvolvimento, conceitos espontâneos e científicos, tem
fornecido ricos subsídios para estudos e investigação na área da educação, no que
se refere à aprendizagem.
Tais subsídios contribuem para que o professor, no contexto escolar, mediante
atividade pedagógica e de um ensino estabelecido e intencional, realize um trabalho
no que diz respeito as suas teorias, práticas e metodologias diferenciadas. A
atividade pedagógica deve criar possibilidades e instrumentalizar o aluno para que
ele conheça de forma crítica a realidade social e que este conhecimento promova
sua aprendizagem.
3 OBJETIVO
A perspectiva histórico-cultural propicia uma visão de sujeito que não se
restringe às suas incapacidades, mas que aposta nas possibilidades, uma vez que
desloca o seu olhar, anteriormente voltado somente ao aluno e suas próprias
condições biológicas de desenvolvimento, para o campo da cultura humana e das
relações sociais no qual ele está inserido, e de possíveis encaminhamentos, dos
quais dependerá sua aprendizagem.
Diante da visão ainda presente na escola sobre o insucesso e fracasso
escolar como responsabilidade do próprio aluno, decorrente de suas condições
biológicas, objetiva-se a necessidade de instrumentalizar os professores da classe
comum com referencial teórico pautado nos pressupostos da Psicologia Histórico-
Cultural, que se constituem como fundamentais para a investigação do processo de
constituição psicológica do sujeito, na perspectiva de criar condições para a
transformação da práxis pedagógica, como mais um meio de superar barreiras para
a aprendizagem, socializando os resultados por meio da elaboração de um artigo
científico.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Ao longo dos anos, desde as últimas décadas do século XX, no Brasil, vem
sendo discutida e buscando-se assegurar, em consonância com a fundamentação
legal já garantida, uma educação de qualidade e por direito para todos, seja o aluno
com alguma deficiência ou não, pois todos devem ser tratados com igualdade. Isto
implica em que se processem modificações na escola para superar o paradigma da
homogeneização. Assim, a educação especial, tendo como um dos documentos
norteadores a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (BRASIL, 2008), apresenta-se em um novo patamar:
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.
Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas (p. 1 – grifos nossos).
Tradicionalmente a educação se organizou de forma distinta quanto ao
atendimento dos alunos. De um lado, aqueles que se enquadram nos padrões
considerados normais de aprendizagem estabelecidos pelo sistema - todos
aprendem juntos e ao mesmo tempo - e de outro os alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem e não acompanham os demais, constituindo-se a
educação especial um sistema paralelo de ensino.
É nessa perspectiva da compreensão histórica da educação especial que
Bianchetti (1998) descreve:
É na procura do atendimento das necessidades básicas que os homens constroem a sua experiência. Essa construção se dá a partir da inter-relação entre os homens, mediatizados pelo mundo, num momento e local determinados. Nesse afã histórico, os homens, como afirma Marx, vão estabelecendo relações “determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção, que correspondem a um determinado grau
de desenvolvimento das forças produtivas materiais” (p. 8 – grifos do autor).
Dessa forma, é reconhecido que as condições concretas da existência
humana, e da educação, constituem–se nas relações que são estabelecidas na
sociedade, por iniciativa dos próprios homens que a compõem. Ainda assim, na
escola tem sido diferente, inexistindo atendimento às necessidades educacionais de
todos os alunos, apesar da preceitualização legal alcançada por esta mesma
sociedade a respeito da Educação Especial. Cita-se como referencial a Constituição
da Republica Federativa do Brasil (1988), que estabelece nos artigos “promover o
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação” (art.3º - inciso IV); define, ainda, no artigo 205, “a
educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa,
o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho”; no artigo 206, inciso I,
estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como
um dos princípios para o ensino e garante como “dever do Estado, a oferta do
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de
ensino” (art. 208).
O exposto acima elencado não pode ser entendido como se ocorresse no
vazio, isto é, de forma abstrata. Neste enfoque, Vigotski ressalta a educação num
tempo historicamente situado e como um processo de humanização, conforme
exposto por Tuleski e Eidt (2007):
Vale frisar que somente quando se busca apreender o desenvolvimento humano a partir de uma perspectiva histórica é possível compreender a importância da mediação do adulto desde a formação e desenvolvimento dos conceitos espontâneos, adquiridos assistematicamente em seu meio familiar e social e, posteriormente, na aquisição sistematizada dos conceitos científicos no interior da escola mediatizada pelos educadores, como o fator que conduz a criança, gradativamente, à regulagem de seu próprio comportamento e à formação da consciência, o que é caracterizado por Vigotski (1991) como processo de humanização (p. 535).
É possível, então, refletir sobre as dificuldades de aprendizagem que alguns
alunos apresentam como uma situação inserida no contexto social e escolar, e não,
apenas, como um problema inerente a cada aluno em particular. E ainda, apoiado
nos estudos de Vigotski, Lucci (2006, p. 9) descreve:
As relações entre desenvolvimento e aprendizagem ocupam lugar de destaque, principalmente, na educação. Ele pondera que, embora a criança inicie sua aprendizagem muito antes de frequentar o ensino formal, a aprendizagem escolar introduz elementos novos no seu desenvolvimento.
Na articulação possível de ocorrer entre a família e a escola, os professores
encontram inúmeras possibilidades de compreender e resgatar as aprendizagens já
alcançadas pelos alunos, extraindo delas e sistematizando conceitos que, num
primeiro estágio, encontram-se desorganizados, existem no aluno de forma
sincrética, sendo responsabilidade do professor a condução do processo de síntese.
Para que isso aconteça, a Pedagogia Histórico-Crítica defende que os alunos devem
ter acesso aos conhecimentos científicos produzidos pela humanidade, cabendo à
escola a função de possibilitar-lhes tal acesso.
Entendo que o processo educativo é passagem da desigualdade para igualdade. Portanto só é possível considerar o processo educativo em seu conjunto como democrático sob a condição de distinguir a democracia como possibilidade no ponto de partida e a democracia como realidade no ponto de chegada [...] e nesse ponto vale lembrar que, se para os alunos a percepção dessa possibilidade é sincrética, o professor deve compreendê-la em termos sintéticos (SAVIANI, 1991, p. 87).
Para que os alunos tenham acesso a esse conhecimento, o professor em seu
trabalho de sala de aula deverá propor, primeiramente, o levantamento da prática
social inicial e do conhecimento sobre os conteúdos a serem trabalhados.
Segundo Saviani (1991), a Pedagogia Histórico-Crítica, embora consciente da
determinação exercida pela sociedade sobre a educação, fato que a torna crítica,
acredita que a educação também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir
para a sua própria transformação.
Não se trata de uma essência independente do processo histórico, das formas concretas de educação em cada sociedade. Trata-se da análise dos processos historicamente concretos de formação dos indivíduos e de como, por meio desses processos vai se definindo, no interior da vida social, um campo específico de atividade humana, o campo da atividade educativa (DUARTE, 2012, p.38).
Para a Pedagogia Histórico–Crítica, há que se identificar no ato educativo em
quais condições a aprendizagem age, de fato, a serviço do desenvolvimento dos
indivíduos, representa um esforço no sentido de tornar o processo educativo
significativo para o educando. Cada aluno tem sua particularidade e possui
diferentes maneiras de aprender, necessitando por parte de a instituição escolar
proporcionar mediação pedagógica e promover o seu desenvolvimento.
Mioranza e Röesch (2012) destacam Gomes (2003), ao expor que é
necessário “[...] compreender melhor a teia de relações que se estabelece dentro da
escola, e essa melhor compreensão deve ocorrer a partir do conhecimento de que a
escola, como uma instituição social, é construída por sujeitos socioculturais”, (p. 67)
e complementam com a observação fundamental de que “[...] o conhecimento não
se restringe a sala de aula” (p.69).
Para Tuleski (2013), problemas de escolarização impõem a pensar a
constituição múltipla tanto do aprender como do não-aprender em relação com o
ensinar e o não-ensinar, ou seja, a totalidade do fenômeno que vai além, inclusive,
das relações unicamente intra-escolares.
Em síntese, afirma Martins (2010, p. 12): “[...] entendemos que compete à
escola ensinar aquilo que grande parcela da população não aprenderá fora dela: o
conhecimento historicamente sistematizado pela humanidade” (grifo da autora).
Socialmente, sobre os alunos que apresentam um “defeito” em sala de aula e
são “incapazes” de aprender como os demais, pressupõem-se terem uma
deficiência intelectual que, ao longo da história foi denominada por diversos
vocábulos, inclusive por deficiência mental, que não vem ao caso neste trabalho
denominar a cada um deles. Destaca-se que qualquer aluno, durante seu percurso
acadêmico, pode apresentar dificuldades de aprendizagem, com atraso em uma ou
mais disciplinas, o que não significa que os motivos dessa dificuldade de
aprendizagem estejam associados a uma deficiência.
Tuleski e Eidth (2007) destacam Duarte (2000) quando afirma “[...] que o
conhecimento científico deve ser apropriado por todos os membros da sociedade”,
(p. 532) e ainda concluem: “[...] uma teoria como a Psicologia Histórico-Cultural, que
compreende o homem não como mais um animal na escala evolutiva biológica, mas,
sim, um ser capaz de superar limites” (p. 539). Essa teoria contribui para a
superação de algumas vertentes do pensamento pedagógico numa sociedade
excludente tendo como resultado números elevados de repetência, exclusão e
rotulação.
O trabalho educativo é um ato de produção direta e intencional que tem como
finalidade formar o indivíduo humano. Tuleski (2013) destaca que:
Para a Psicologia Histórico-Cultural o aprendizado é considerado um aspecto fundamental para que as funções psicológicas superiores aconteçam e o ensino impulsiona, promove o desenvolvimento. A adoção da Psicologia Histórico-Cultural nos proíbe pensar os fenômenos de maneira fragmentada, pois ao compreender o homem como HISTÓRICO, não o vê como refém da maturação neuronal ou de estruturas biológicas herdadas (grifo da autora).
O homem nasce com as características da espécie humana, vai constituir-se
como ser humano e, com a socialização e interação, apropria-se dos significados
sociais. Vigotski (1997) não olha as deficiências, olha as capacidades e também
objetiva esses significados ao manifestar seus aprendizados e sentidos atribuídos ao
mundo. Para Souza (2007, p.75-76), segundo Leontiev (1998), “[...] em outras
palavras o homem, diferentemente dos animais, acumula e transmite às gerações
seguintes seus valores, sua cultura e a história humana, mediante o processo de
produção de objetos externos materializados sob a forma de cultura”.
Para a Psicologia Histórico-Cultural, o que determina a individualidade não é
algo dado ou nativo, ela se forma no contato com as pessoas e com os objetos da
cultura, pois o sujeito transforma e é transformado pelas formas de vida e educação,
uma vez que é na atividade que se apropria das qualidades humanas, histórica e
socialmente construídas.
O psiquismo é uma das determinações na formação dos indivíduos; o
psiquismo é unidade material ideal, formando-se a partir da experiência humana, em
contato com a produção cultural histórica da humanidade, como apontado por
Leontiev (2004, p. 339). Resumindo esse processo de formação o autor indica três
princípios fundamentais no desenvolvimento psíquico da criança: o desenvolvimento
mental na criança enquanto processo de apropriação da experiência humana,
acumulada ao longo de sua história social, sendo este significativamente
diferenciado do comportamento nos animais; o desenvolvimento de uma aptidão
como processo de formação de sistemas cerebrais funcionais, as aptidões
adquiridas decorrem do percurso do desenvolvimento sócio-histórico, quanto mais
exercita o cérebro e mais este é estimulado, melhor seu desempenho se dá; e o
desenvolvimento intelectual da criança enquanto processo de formação de ações
mentais. Precocemente, a criança se apropria da comunicação verbal interagindo
com outros, posteriormente, compreendendo o significado das palavras através da
linguagem. Segundo tais estudos, o entendimento do atraso escolar não se limita
apenas em simples avaliação com dados psicométricos, deve-se levar em
consideração princípios do desenvolvimento psiquismo da criança que não se
esgotam nos três citados, mas,
Trata-se, sobretudo, da influência das condições sociais em que a criança se desenvolve e de que depende a sua receptividade aos métodos pedagógicos ativos e eventualmente a necessidade de uma ajuda pedagógica especial. A segunda questão é a das disposições biológicas e das particularidades intelectuais, sobretudo as que pertencem à atividade nervosa superior, que é impossível, bem entendido, não levar em conta. E, por fim, há que ver a importância das questões que tocam às particularidades emocionais e ao campo das motivações da criança (LEONTIEV, 2004, p. 352).
Neste sentido, é possível compreender que as transformações mais
categóricas referem-se à formação da consciência dos indivíduos, sob o ponto de
vista psicológico acentuam na formação dos processos funcionais superiores. Cabe
à educação escolar garantir a todos o saber e as capacidades necessárias a um
domínio de todos os campos da atividade humana, como condição para a redução
das desigualdades de origem social. É preciso transformar o meio sócio-cultural dos
alunos em objeto de estudo, já que ele fornece as bases para o trabalho escolar.
Buscar apoios pedagógicos nas próprias condições sociais concretas dos alunos é
uma forma de colher os meios de levar um aluno com dificuldades escolares a
interessar-se pelas atividades, a ter vontade de aprender, a dedicar-se aos estudos.
Cabe aqui sintetizar que o olhar Histórico-Cultural acerca do desenvolvimento
psíquico na infância: provoca o surgimento de uma nova concepção de criança e de
infância, da qual os três princípios são considerados: a atividade da criança, suas
relações com o entorno e a mediação do educador.
5 METODOLOGIA
A realização do Projeto de Intervenção Pedagógica na escola ocorrerá no
primeiro semestre do ano de 2014 através da Produção Didático-Pedagógica e
consiste na constituição de grupo de estudo com pedagogos, professores do ensino
regular e professores da Sala de Recursos Multifuncional–Tipo I, da Escola Estadual
Guimarães Rosa – Ensino Fundamental e do Colégio Estadual Padre Anchieta –
Ensino Fundamental e Médio, de Assis Chateaubriand, Paraná, como formação
continuada, entre os meses de março a junho.
A realização dessa formação será em parceria com o Programa Institucional
de Ações Relativas às Pessoas com Necessidades Especiais-PEE da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE, que emitirá a certificação.
A metodologia utilizada contempla estudos coletivos e individuais sobre o
embasamento teórico aqui apresentado, abordando também assuntos recorrentes
(avaliação, medicalização, estudo de caso, plano de atendimento educacional
especializado...), utilizando-se de instrumentos como: textos, vídeos, palestras,
dinâmicas de grupos, oficinas tecnológicas, depoimentos e troca de experiências.
Ainda neste grupo de estudo será produzida atividade utilizando o software Jclic,
contribuindo para a ação dos professores e pedagogos na mediação pedagógica em
Sala de Recursos Multifuncional - Tipo I.
Estão programados 10 encontros, sendo 07 presenciais e 03 à distância, com
carga horária total de 40 horas em uma das salas de aula da Escola Estadual
Guimarães Rosa. Nos encaminhamentos metodológicos à distância, fica à escolha
dos participantes a realização das tarefas individualmente ou em pequenos grupos.
Os encontros ocorrerão no período noturno, às sextas-feiras, levando em
consideração a disponibilidade da maioria dos participantes. A programação geral
lista a proposta de temas e atividades a serem trabalhados durante os encontros do
curso.
5.1 ORGANIZAÇÃO DOS ENCONTROS
PRIMEIRO ENCONTRO
TEMA
Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola.
OBJETIVO
Apresentar o Projeto de Intervenção Pedagógica com a exposição das
concepções teóricas que norteiam a educação especial.
METODOLOGIA
Neste encontro, subsidiando este trabalho, contaremos com a participação
das professoras Orientadoras do PDE da UNIOESTE/Cascavel, coordenação
pedagógica PDE/NRE, direção e equipe pedagógica da escola estadual Guimarães
Rosa e colégio estadual Padre Anchieta, do município de Assis Chateaubriand-PR.
A apresentação do Projeto de Implementação Pedagógica na Escola será
feita pelos professores PDE aos cursistas, expondo objetivos, procedimentos,
desenvolvimento e plano de ação, bem como enfatizando a necessidade de estudo
e aprofundamento do conhecimento científico que poderão auxiliá-los no processo
de ensino-aprendizagem, dentro da proposta para desenvolver um trabalho com os
alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, demonstrando os passos dos
tópicos que subsidiam as partes do projeto e orientando ainda as ações propostas
dos próximos encontros. Posteriormente, serão apresentadas as concepções da
Educação Especial e Inclusão no Ensino Regular pela professora mestre da IES,
Lucia Terezinha Zanato Tureck.
Textos referência como subsídio teórico para leitura, análise e interpretação
reflexiva contextualizando-os com a Educação Especial e Inclusão.
• Pessoas com deficiência na política da assistência social: refletindo
sobre concepções (TURECK, 2003, p. 01-10).
• Aspectos políticos e jurídicos da Educação Especial brasileira (ROSA e
ANDRÉ, 2013, p. 37 – 58).
AVALIAÇÃO
Observação do interesse e participação dos cursistas durante o encontro.
SEGUNDO ENCONTRO
TEMA
Fundamentos da Psicologia Histórico-Cultural e da Pedagogia Histórico-
Crítica.
OBJETIVO
Compreender a importância do processo de escolarização, intervenção e
mediação do professor e aluno, considerando sua dimensão individual, cultural e
social.
METODOLOGIA
Apresentação de estudos das teorias tendo como referência escritos de
autores clássicos e contemporâneos da Psicologia Histórico-Cultural e da Pedagogia
Histórico-Crítica.
AVALIAÇÃO
Observação do interesse e participação dos cursistas durante o encontro.
TERCEIRO ENCONTRO – EAD
TEMA
Contribuições da Psicologia Histórico-Cultural e da Pedagogia Histórico-
Crítica no processo de escolarização.
OBJETIVO
Analisar e compreender as transformações das práticas pedagógicas
escolares a partir da compreensão dos fundamentos psicológicos e pedagógicos que
subsidiam as relações do processo ensino e aprendizagem.
METODOLOGIA
Leitura dos textos abaixo, tendo em vista destaque dos pontos relevantes:
• Os sujeitos da educação especial a partir da perspectiva Histórico-Cultural
(ROSSETO, 2012, p. 55 – 72).
• O desenvolvimento do psiquismo na criança (LEONTIEV, 2004, p. 303-
333).
• AVALIAÇÃO
Apresentação oral e escrita destacando os pontos relevantes e significativos
contextualizando-os ao sujeito e sua transformação, a ocorrer no próximo encontro.
QUARTO ENCONTRO
TEMA
Avaliação Pedagógica e Psicoeducacional no contexto escolar de alunos com
necessidades educacionais especiais.
OBJETIVO
Refletir e compreender o processo de identificação, avaliação pedagógica e
psicoeducacional no contexto escolar, à luz da Psicologia Histórico-Cultural e da
Pedagogia Histórico-Crítica.
METODOLOGIA
Discutir coletivamente sobre a importância do processo de identificação,
avaliação e encaminhamento no contexto escolar a partir das seguintes questões:
A identificação e avaliação são fundamentais no processo ensino e
aprendizagem.
- De que forma esses procedimentos são mediados na escola?
- Como os pais e ou responsáveis podem auxiliar nessa avaliação?
- Analisando as concepções das teorias da Psicologia Histórico-Cultural e da
Pedagogia Histórico-Crítica, quais os aspectos principais devem ser considerados
nesse processo?
Em decorrência das respostas, será provocada discussão que norteará
possíveis reflexões e encaminhamentos metodológicos.
AVALIAÇÃO
Realizar atividade escrita individual e ou em pequenos grupos, relatando
sobre alguma experiência significativa, vivenciada e praticada na escola.
QUINTO ENCONTRO – EAD
TEMA
As relações sociais como principal mecanismo do processo de construção e
formação humana.
OBJETIVO
Realizar análise reflexiva do filme buscando pontos em comum no que
vivenciamos no cotidiano escolar e social.
METODOLOGIA
Filme: “ O Enigma de Kaspar Hauser”
Resenha do filme “O enigma de Kaspar Hauser”– Herzog, Werner (Alemanha,
1974). Kaspar Hauser, desde a mais tenra idade, foi privado do convívio social. A
partir daí sua triste trajetória nos aponta muitos resultados obtidos por sua privação
cultural, pelo não desenvolvimento de sua linguagem. O fato de ter vivido muito
tempo isolado de outras pessoas (até mesmo seu alimento era deixado à noite,
quando dormia) trouxe a Kaspar Hauser graves consequências em sua formação
como sujeito, como indivíduo.
Quando Kaspar é retirado do cativeiro e mesmo muito tempo depois, já com a
linguagem desenvolvida é possível perceber através de seu olhar atônito, o espanto,
o estranhamento frente à paisagem, frente às pessoas e suas reações.
Questões norteadoras a serem refletidas após assistir ao filme:
• Qual a relação do filme quanto à privação do convívio social e as
consequências em sua formação e transformação enquanto sujeito, sob a luz das
teorias da Psicologia Histórico-Cultural e a Pedagogia-Histórico-Crítica?
• Em que momento do filme demonstra que Kaspar Hauser entenderia estar
vivendo em um mundo rodeado pela diversidade?
AVALIAÇÃO
Análise argumentativa sobre o filme, por escrito.
SEXTO ENCONTRO
TEMA
Dificuldades de Aprendizagem, uso da medicalização, Transtorno de Déficit
de Atenção e Aprendizagem – TDAH.
OBJETIVO
Possibilitar aos professores elementos para análise de alunos com TDAH,
durante seu processo de aprendizagem, tendo como concepção teórica a Psicologia
Histórico-Cultural e Pedagogia Histórico-Crítica; refletir sobre as implicações do uso
da medicalização como solução pedagógica para o fracasso escolar.
METODOLOGIA
Palestra com a professora doutora Maria Lidia Sica Szymanski, da
UNIOESTE, Cascavel, Paraná.
Texto para reflexão sobre Medicalização, contextualizando com os casos
diagnosticados de alunos atendidos na Sala de Recursos Multifuncional - Tipo I.
AVALIAÇÃO
Leitura, observação, análise, interesse e participação durante o encontro.
SÉTIMO ENCONTRO
TEMA
Software Jclic (1)
OBJETIVO
Possibilitar suporte tecnológico de um software como mais uma ferramenta
para a aprendizagem, contribuindo para as ações do pedagogo e do professor,
enfatizando a Sala de Recursos Multifuncional-Tipo I.
Investigar possíveis contribuições do Software educacional para melhorar o
desempenho de alunos com dificuldades de aprendizagem.
METODOLOGIA
Elaboração de um software que contribua para a mediação do pedagogo e
professor da Sala de Recursos Multifuncional - Tipo I
Utilizar-se-á a prática de elaboração de uma atividade de associação simples,
no Laboratório de Informática, utilizando o software JClic.
AVALIAÇÃO
Produção e elaboração de uma atividade de associação simples na disciplina
específica ou afins.
OITAVO ENCONTRO – EAD
TEMA
Associação simples no software Jclic.
OBJETIVO
Desenvolver uma atividade de Associação Simples no software Jclic
METODOLOGIA
Desenvolvimento de atividade didática, através da ferramenta software livre
Jclic reconhecendo a plataforma e suas aplicações em diversos tipos de atividades
educacionais.
AVALIAÇÃO
Produção e elaboração de uma atividade de associação simples na disciplina
específica ou afins.
NONO ENCONTRO
TEMA
Software Jclic (2)
OBJETIVO
Possibilitar suporte tecnológico de um software, como mais uma ferramenta
de aprendizagem contribuindo para as ações do pedagogo e do professor,
enfatizando o atendimento aos alunos da Sala de Recursos Multifuncional.
METODOLOGIA
Será realizado com o grupo, atividades de associação complexa e jogo da
memória no software JClic, enfatizando a importância da escola e a mediação do
professor tendo o conhecimento sócio-histórico, como propulsor do desenvolvimento
das funções psíquica superiores.
AVALIAÇÃO
Realizar por escrito uma síntese do uso do software ressaltando sua
importância e contribuição no processo educativo.
DÉCIMO ENCONTRO
TEMA
Apresentação da sistematização e elaboração de proposições para mediação
e intervenção pedagógica na escola.
OBJETIVO
Socializar as experiências e partilhar as ideias, contextualizando-as com a
realidade da escola pública.
METODOLOGIA
Realizar a síntese dos encontros trabalhados relacionando com a prática
pedagógica, com proposições para sua melhoria na qualidade no processo ensino e
aprendizagem. A elaboração das propostas será organizada em pequenos grupos e
apresentada em forma de painel para os professores PDE, docentes da UNIOESTE,
diretores, pedagogos das escolas envolvidas, chefia e coordenação do PDE e
Educação Especial do Núcleo Regional de Educação.
AVALIAÇÃO
Exposição escrita e oral das propostas apresentadas no painel.
5.2 CRONOGRAMA
Local: Escola Estadual Guimarães Rosa
Carga Horária total: 40 horas (28h presenciais e 12h à distância).
Nº DATA HORÁRIO TEMA
1 07/03/2014 18h 30 às 22h30 Implementação do Projeto de Intervenção
Pedagógica na Escola.
2 14/03/2014 18h 30 às 22h30 Fundamentos da Psicologia Histórico-
Cultural e da Pedagogia Histórico-Crítica.
3 21/03/2014 18h 30 às 22h30 Contribuição das teorias da Psicologia
Histórico-Cultural e da Pedagogia
Histórico-Crítica.
4 28/03/2014 18h 30 às 22h30 Avaliação Pedagógica e Psicoeducacional
no contexto escolar de alunos com
necessidades educacionais especiais.
5 04/04/2014 18h 30 às 22h30 As relações sociais como principal
mecanismo do processo de construção e
formação humana.
6 25/04/2014 18h 30 às 22h30 Dificuldades de aprendizagem, uso de
medicalização, transtorno de déficit de
atenção e aprendizagem-TDAH.
7 09/05/2014 18h 30 às 22h30 Software Jclic (1).
8 16/05/2014 18h 30 às 22h30 Associação simples no software Jclic.
9 23/05/2014 18h 30 às 22h30 Software Jclic (2).
10 06/06/2014 18h 30 às 22h30 Apresentação da sistematização e
elaboração de proposições de mediação e
intervenção pedagógica na escola.
6 REFERÊNCIAS
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