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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
CADERNO PEDAGÓGICO
A MODELAGEM MATEMÁTICA NA CONSTRUÇÃO DE MAQUETES
GUARAPUAVA 2013
PARANÁ GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE UNICENTRO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
NÚCLEO REGIONAL DE LARANJEIRAS DO SUL
MARIA CZECHOWSKI
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA CADERNO PEDAGÓGICO
Produção didático-pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE– SEED/PR, sob orientação da Prof. Ms. Emanueli Pereira do Departamento de Matemática da Universidade Estadual do Centro-Oeste-UNICENTRO.
GUARAPUAVA 2013
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
Título: A Modelagem Matemática na Construção de Maquetes
Autor: Maria Czechowski
Disciplina/Área: Matemática
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual John Kennedy
Município da escola: Quedas do Iguaçu
Núcleo Regional de Educação:
Laranjeiras do Sul
Professor Orientador: Emanueli Pereira
Instituição de Ensino Superior:
UNICENTRO
Relação Interdisciplinar:
Resumo:
A Modelagem Matemática é uma
alternativa metodológica que pode
contribuir para despertar o interesse do
aluno pela disciplina, uma vez que se
desenvolve o conteúdo matemático a partir
de situações reais, com assuntos de
interesse dos alunos. Esta pesquisa
objetiva desenvolver uma atividade de
modelagem matemática com os alunos do
Ensino Médio tendo como tema
“Construção de Maquetes.” Com isso
pretende-se: apresentar a metodologia aos
alunos, como alternativa que contribui para
o ensino e aprendizagem de forma
dinâmica e motivadora; utilizar as etapas
propostas por Burak para o
desenvolvimento da Modelagem
Matemática; oportunizar aos estudantes a
compreensão dos conteúdos matemáticos
de forma significativa e relacionada com
seu cotidiano. A construção de maquetes
pode favorecer na contextualização dos
conteúdos, pois os estudantes percebem
sua utilidade.
Palavras-chave: Modelagem Matemática,
Construção de Maquetes, Educação
Matemática
Formato do Material Didático:
Caderno Pedagógico
Público:
Alunos do 2º Ano do Ensino Médio
1- INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por finalidade desenvolver uma atividade de Modelagem
Matemática com os alunos do Ensino Médio com o tema Construção de
Maquetes, pretendendo assim apresentar uma das metodologias previstas nas
DCEs, considerando as experiências do aluno e a sua realidade. O objetivo final
será a construção da maquete de uma casa.
A Modelagem Matemática tem como pressuposto resolver problemas da
realidade do educando, com isso as aulas tornam-se mais atrativas e
significativas, facilitando o aprendizado.
De acordo com Burak (1992, p. 62) “a Modelagem Matemática constitui-se
como um conjunto de procedimentos, cujo objetivo é estabelecer um paralelo para
tentar explicar, matematicamente, os fenômenos presentes no cotidiano do ser
humano, ajudando-o a fazer predições e a tomar decisões”. Assim, o autor
acredita que com o uso da Modelagem na sala de aula facilita ao educando a
construção de conceitos e abstrações e os conteúdos surgem conforme os
problemas vão sendo resolvidos, dessa maneira os problemas indicam os
conteúdos a serem abordados.
Nessa perspectiva sabemos que a aprendizagem ocorre quando o
educando faz experimentações ou faz parte da construção dos conceitos sendo
sujeitos ativos desse processo.
Na aplicação desta metodologia o autor nos apresenta cinco etapas para
aplicar em sala de aula: 1. Escolha do tema. 2. Pesquisa exploratória. 3.
Levantamento dos problemas. 4. Resolução dos problemas e desenvolvimento do
conteúdo matemático relativo ao tema. 5. Análise crítica das soluções.
Nesses moldes o processo de ensino/ aprendizagem ocorre de forma
participativa, com maior interação entre professor/ aluno e aluno/ aluno. A
contextualização acontece naturalmente, pois os temas a serem estudados
podem ser de caráter social, econômico ou cultural, e ainda temas de interesse
dos educandos.
Depois da coleta dos dados os alunos farão o levantamento dos problemas
sendo estes os indicadores dos conteúdos a serem abordados.
Para Schliemann e Carraher e Carraher (1988, P.22) “o problema perde o
significado porque a resolução de problemas na escola tem objetivos que diferem
daqueles que nos movem para resolver problemas de matemática fora da sala de
aula”. Dessa forma, é necessário motivar os alunos para aprender e isto acontece
com a Modelagem, porque tais assuntos despertam o interesse dos alunos e os
conteúdos surgem naturalmente, os alunos resolvem os problemas como se
estivessem fora da sala de aula e isto torna as aulas dinâmicas. A Matemática é
vista com outro olhar, não tão formal como aparenta ser.
Lorenzato (2010) pontua a importância de se fazer uso de materiais
didáticos em sala de aula, na tentativa de desenvolver os conhecimentos
matemáticos e a formação geral do aluno, com isso será possível auxiliar o aluno
a: 1. Ampliar sua linguagem e promover a comunicação de idéias matemáticas; 2. adquirir estratégias de resolução de problemas e de planejamento de ações; 3. desenvolver sua capacidade de fazer estimativas e cálculos mentais; 4. iniciar-se nos métodos de investigação científica e na notação matemática; 5. estimular sua concentração, perseverança e criatividade; 6. promover a troca de idéias por meio de atividades em grupo; 7. estimular sua compreensão de regras, sua percepção espacial, discriminação visual e a formação de conceitos.
A Modelagem Matemática, assim como o uso de materiais didáticos em
sala de aula propicia aos estudantes atividades dinâmicas e de maior
envolvimento entre os alunos, pois geralmente são realizados em grupos, onde há
uma maior interação entre os estudantes, estimulando assim, a colaboração entre
eles, a troca de ideias, o respeito mútuo, a autonomia em resolver problemas e
tomar decisões. A Modelagem Matemática também estimula a criatividade, pois
possibilita o trabalho em grupos, envolve situações da realidade do aluno e de
seu interesse, e ainda o aluno resolve os problemas de outras formas, não
somente utilizando modelos prontos.
2. Etapas da Modelagem Matemática O desenvolvimento do trabalho será de acordo com as etapas propostas
por Burak:
2.1 Escolha do tema: O tema será sugerido pelo professor que irá motivar
os alunos sobre sua importância. Neste trabalho o tema proposto será ”A
construção da maquete de uma casa”. O tema pode ser sugerido pelos alunos e
nem sempre precisa estar ligado à matemática, pode abranger outras áreas
como: saúde, comércio, agricultura, entre outros. Inicialmente será feita a planta
baixa da sala de aula, depois a planta baixa de uma casa e depois de definir os
materiais será construída a maquete.
2.2 Pesquisa exploratória: Mediados pelo professor, os educandos irão
pesquisar tudo o que for pertinente ao tema. Poderão utilizar o laboratório de
Informática, pesquisa na biblioteca, bem como conversas com pessoas
especialistas no assunto.
2.3 Formulação dos problemas: Auxiliados pelo professor os alunos irão
fazer um levantamento dos problemas relacionados ao assunto. Na perspectiva
da Modelagem, os problemas são abertos e surgem a partir da pesquisa
realizada, portanto são contextualizados. Dentre os problemas levantados
teremos o da construção da maquete de uma casa, onde os alunos serão
questionados quanto ao material utilizado, custos, tempo de realização, entre
outros.
2.4 Resolução dos problemas: Na modelagem, conforme os problemas
listados é que serão indicados os conteúdos a serem trabalhados. Com isto o
professor fará as explicações necessárias para que os alunos possam solucionar
esses problemas. Como o tema indica a construção de maquetes, alguns
conteúdos serão indispensáveis, sendo: regra de três, proporcionalidade, escalas,
geometria plana e espacial.
2.5 Análise crítica das soluções dos problemas: Em cada etapa do
projeto os alunos irão fazer as reflexões sobre os resultados obtidos
anteriormente. Neste sentido poderão tomar decisões e validar ou não esses
resultados.
3. Sugestões de atividades Inicialmente o projeto será apresentado à direção, equipe pedagógica e
professores do Colégio. Em seguida será apresentado aos alunos, sendo
explanado os objetivos e sua metodologia de ensino adotada pelo professor, a
Modelagem Matemática.
Em cada atividade sugerida pelo professor os alunos percorrerão as etapas
propostas por Burak.
O trabalho será desenvolvido em grupos de 3 a 4 alunos onde irão
construir a maquete de uma casa, para isso farão as seguintes atividades.
3.1 Atividade 1 - História da Arquitetura – 1 aula
Objetivo:
• Despertar o interesse sobre o tema conhecendo sua história.
Encaminhamentos: O professor passará um vídeo sobre o tema, onde mostra os períodos da
História da Arquitetura, fará comentários e curiosidades sobre o assunto.
Resultado esperado: Observar as mudanças nas construções no decorrer
do tempo.
Questionamentos sobre os problemas levantados. Questionar os alunos sobre o que é necessário para construir a maquete
de uma casa. Os alunos irão concluir que é necessário fazer a planta ou projeto
da casa. Se alguém tiver a planta de sua casa poderá trazer para ajudar nos
questionamentos posteriores. Se surgir entre os questionamentos a ideia de
conversar com um engenheiro, será feita. Vai surgir no levantamento dos
problemas a planta da casa, mas para um início de trabalho o professor irá
solicitar que eles façam a planta baixa da sala de aula.
3.2 Atividade 2 – Planta baixa da sala de aula - 2 aulas Objetivo:
• Verificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre medidas e geometria
plana.
Encaminhamentos: Os alunos irão construir a planta baixa da sala usando seus
conhecimentos, podendo fazer as medidas com o uso do metro, de réguas e
esquadros, fazendo uso de escalas ou não. Ficarão livres para tomar suas
decisões.
Resultado esperado: Utilizar seus conhecimentos e construir a planta da
sala.
3.3 Atividade 3 – Planta baixa de uma casa – 9 aulas Na atividade anterior o professor observou as dificuldades enfrentadas
pelos alunos quanto às medidas e escalas, portanto é tempo de explanar os
conteúdos envolvidos nesse processo.
Na seqüência serão apresentados alguns conteúdos essenciais para essa
atividade.
Objetivos:
• Investigar quais conteúdos matemáticos se utiliza para construir a planta
baixa de uma casa.
• Desenhar a planta baixa de uma casa.
Encaminhamentos: Retomar alguns conteúdos que serão importantes para a realização dessa
atividade.
3.3.1 Medidas e áreas As medidas estão presentes em tudo o que fazemos, por exemplo: medir o
tempo para chegar à escola, medir a dosagem certa de um remédio, medir a
velocidade, medir a temperatura e outros.
Assim também as medidas estão presentes na vida profissional de muitas
pessoas, mas principalmente dos engenheiros, arquitetos, pedreiros,
marceneiros, entre outros.
Quando medimos algo fazemos a comparação entre duas grandezas, por
isso elas devem estar na mesma medida padrão.
Conversar com os alunos sobre o sistema de medidas, como podemos
fazer as conversões, questionar sobre o cálculo de áreas e suas fórmulas.
Objetivo:
• Compreender a importância das unidades de medidas e o uso da unidade
padrão.
• Calcular a área das figuras planas.
Encaminhamentos: O professor passará o vídeo sobre unidades de medidas do Novo
Telecurso do Ensino Fundamental - aula 16. Depois do vídeo serão feitas
algumas transformações de medidas.
1) Uma barra de ferro com 8 m será repartida em 32 pedaços do mesmo
tamanho.Quanto medirá cada pedaço?
2) Faça a conversão de:
a) 8,3 km em m
b) 5,9 m em cm
c) 76 dm em cm
d) 2,8 m em mm
e) 691 cm em dm
f) 5786 m em km
g) 856 cm em mm
h) 2,93 dm em cm
i) 164 cm em m
j) 0,84 m em cm
l) 0,82 cm em dm
m) 3,78 cm em m
Depois de concluída a atividade, levar os alunos ao laboratório de
Informática para acessar o WebCalc conversor de medidas para conferir suas
respostas.
Logo após as atividades, os alunos irão calcular a área da sala de aula.
Área do Retângulo
A = base. Altura
Retomar as fórmulas das áreas das figuras planas:
Área das figuras planas
Retângulo
Quadrado
Triângulo
Paralelogramo
Trapézio
Losango
Triângulo equilátero
FONTE: http://www.somatematica.com.br/areas.php
Questionar os estudantes sobre as unidades de medidas de área, da sala
de aula, por exemplo, de ambientes maiores e menores.
Após as conclusões dos alunos o professor fará explanação sobre a
unidade fundamental de área que se chama metro quadrado. O metro quadrado
(m²) é a medida correspondente à superfície de um quadrado com 1 (um) metro
de lado.
Atividades:
1) Construir o metro quadrado usando jornais ou papel pardo.
2) Depois determinar a área de alguns ambientes da escola como: Secretaria,
biblioteca, cozinha, ginásio Poliesportivo, etc.
3) Com o uso do Google Maps, você deve localizar o bairro onde está localizada a
escola, a quadra e a rua. Pesquisar a área da cidade.
4) Calcular a área da capa do seu caderno.
Resultados esperados: Através de atividades significativas espera-se que
o estudante compreenda o cálculo de área e suas unidades de medidas.
3.3.2 Escalas: Ao planejar a construção de uma casa ou de um prédio os engenheiros e
arquitetos usam para auxiliar seus trabalhos as plantas e maquetes em que são
utilizadas as escalas. Sendo esta a razão entre a medida do comprimento do
desenho e a medida correspondente ao comprimento real.
Objetivo:
• Compreender a importância do uso de escalas na resolução de problemas. Encaminhamentos: Retomar o conceito de escala e a importância da compreensão dos
números, para que os alunos utilizem corretamente esses dados na elaboração
da planta.
Solicitar aos alunos que meçam o comprimento e a largura da sala e
representem os segmentos encontrados numa folha de papel. Os alunos irão perceber que não conseguem representar estes segmentos
no papel com a medida real, então começam a utilizar as escalas para melhor
representá-los.
A partir dos questionamentos e conhecimentos prévios dos alunos, solicitar
que um aluno que sabe como calcular uma medida em escala explique no quadro
aos demais. O professor pode auxiliar o aluno quando necessário.
Caso seja necessário o professor fará a seguinte explicação: vamos iniciar
identificando MR como medida real e MD como medida no desenho.
Questionar os alunos sobre as seguintes situações:
a) Se uma sala de aula tem as seguintes dimensões: 6,4 m de
comprimento e 4,8 m de largura, como ficariam suas dimensões usando a escala
1: 100?
Então concluindo:
1:100 aplica-se a regra de três simples para saber a medida no desenho do
comprimento da sala:
MD (cm) MR (cm)
1 100
X 640
100.X = 640.1
X = 640/100
X = 6,4 cm
Atenção 1:100 significa que para cada 1 cm no desenho é preciso tomar 1m na medida real.
Agora a medida da largura:
MD (cm) MR (cm)
1 100
X 480
100.X = 480.1
X = 480/100
b) Desta vez, vamos calcular como ficam as dimensões da sala de aula na
escala 1: 50.
Comprimento da sala de aula
MD (cm) MR (cm)
1 50
X 640
50.X = 640.1
X = 640/ 50
Largura da sala de aula
MD (cm) MR (cm)
1 50
X 480
50.X = 480.1
X = 480/ 50
X = 4,8 cm
X = 12,8 cm
X = 9,6 cm
Atividades:
1) Numa maquete, a altura de um edifício é de 80 cm. Qual é a altura real do
prédio sabendo-se que a maquete foi construída na escala 1:50?
2) A figura abaixo mostra um terreno retangular dividido em três outros terrenos
menores. Se a escala do desenho é 1 : 1000, calcule a área real de cada uma das
partes.
3,0 cm
3,0 cm 2,0 cm
2,5 cm
4,0 cm 5,0 cm
Resultados esperados: Espera-se que os estudantes compreendam os
conteúdos de forma significativa, para que possam utilizá-los no cotidiano.
Planta baixa de uma casa Depois da compreensão dos conteúdos acima, cada grupo de alunos
escolhe as dimensões de uma casa e a divisão dos cômodos, bem como a escala
a ser utilizada e inicia-se o desenho da planta baixa.
Agora é com você:
B
A C
Primeiramente devemos localizar portas e janelas, depois anotamos a
espessura das paredes. Vamos considerar as paredes externas com 20 cm de
espessura e as internas com 15 cm de espessura.
Depois que os grupos tiverem realizado a atividade, o professor
questionará sobre o telhado. Como fazer o telhado? Qual deve ser a altura da
cumeeira? Quantas telhas cada casa irá precisar? Entre outros.
Para exemplificar os cálculos sobre o telhado, será desenvolvido uma
atividade com os alunos que consta no livro Telecurso 2000: Matemática-2º Grau-
volume 2, conforme segue:
Problema do telhado. Determinar a altura da cumeeira da
casa.
Para iniciar, precisamos saber o que é inclinação do telhado. A inclinação do telhado é definida por um número obtido da seguinte forma. Construímos um triangulo retângulo
O número 0,32 é igual a 32/100, ou seja, 32%. Assim
dizemos que a inclinação deste telhado é de 32%.
A inclinação ideal de cada telhado depende também
da telha que se decide usar. Em nossa casa vamos usar
telhas francesas, que pedem uma inclinação de cerca de
40%.
Para determinar, então, a altura da cumeeira da casa
será feita o desenho do seu lado esquerdo.
A largura da casa é 8m aproximadamente.
Se desejamos uma inclinação de 40%, devemos obter
um resultado da divisão do cateto vertical pelo cateto
horizontal igual a 0,4.
4y = 0,4 ou y = 4. 0,4 = 1,6 m
Portanto, a cumeeira será construída a 1,6 m acima do
teto da casa que está, por sua vez, a 2,80 m do chão. Logo, a
altura total da casa será de 1,60 + 2,80 = 4,40 m.
Vamos agora, finalmente, calcular a área do telhado
para podermos calcular o número de telhas que vamos
precisar.
Nesta figura, o ponto C é a cumeeira e o ponto A é o
encontro do teto com a parede, ou seja, é o ponto onde o
telhado se apoia.
Podemos calcular o comprimento de CA usando o
Teorema de Pitágoras:
Atividades relacionadas a planta feita pelos grupos:
1) Calcule o comprimento total da casa.
2) O piso de uma casa pode ser feito de várias formas: com tacos, lajotas, de
cerâmica, de tábuas, etc. Calcule a área total do piso da casa.
Resultados esperados: Saber utilizar corretamente os cálculos necessários para
fazer o telhado da maquete.
CA 2 = 4,0 2 + 1,6 2
CA 2 = 16 + 2,56 = 18,56
CA = 56,18 31,4≅ m
O telhado deve ser prolongado cerca de 30 cm
para formar um beiral que proteja as janelas da chuva.
Sendo AB = 30 cm, temos o comprimento de cada face
do telhado: 4,31 + 0,30 = 4, 61 m, aproximadamente.
Observe que o comprimento da cumeeira é igual
ao da casa, ou seja 11,15 m. Logo, a área do telhado ( as
duas faces ) será de:
2. 4,61. 11,15 = 102,8 m 2
A quantidade de telhas que devemos usar
depende da área do telhado e do tipo de telha. Com a
telha francesa, gastamos 15 telhas em cada m 2 de
telhado. Um primeiro cálculo indica que devemos gastar
em todo telhado, de 102,8 m 2 , uma quantidade de telhas
igual a 102,8.15 = 1542. Entretanto, devemos evitar ao
máximo cortar telhas, pois essa quantidade pode ser
maior.
3.4 Atividade 4 - Construção da maquete de uma casa – 20 aulas Levar o grupo de alunos a refletirem sobre o que precisa para fazer a
maquete de uma casa, qual é o material mais barato e a durabilidade da maquete.
Para confeccionar a maquete os alunos irão utilizar-se dos conhecimentos
desenvolvidos anteriormente, dando vida ao trabalho, ou seja, materializando - o.
A maquete construída é a casa em miniatura, ou seja, traduz com exatidão
como ficará a casa na realidade.
Objetivos:
• Reconhecer e aplicar os conhecimentos anteriores para a confecção da
maquete de uma casa.
• Introduzir noções de geometria espacial.
• Reconhecer as figuras planas na decomposição das representações dos
sólidos.
Encaminhamentos: Para motivar os estudantes na construção das maquetes e para aprender
sobre geometria espacial, iremos ter uma conversa com um ex - aluno do nosso
colégio, Rafael, que trabalha com projetos de móveis e usa o Google SketchUp. O
aluno Rafael fará uma breve exposição do uso dessa ferramenta para a
construção dos móveis e que pode ser utilizado para construir maquetes também,
irá contar ainda como aprendeu trabalhar com o programa e se os conteúdos por
ele estudado ajuda ou ajudou no início do seu trabalho, o que despertará a
curiosidade do aluno em aprender os conteúdos, bem como sua utilidade no dia –
a – dia.
Os alunos poderão questionar o aluno Rafael sobre suas diversas
curiosidades.
O professor questionará os alunos sobre as formas da maquete e
começará os conteúdos de geometria espacial. Para iniciar e motivar os alunos,
solicitará que desenhem uma caixa, desafiará os estudantes a construírem um
cubo com papel dobradura. Deixará que pesquisem e tentem confeccionar um
cubo. Em seguida apresentará a confecção de um cubo usando dobraduras.
Questionará os alunos sobre arestas, vértices e faces, em seguida
questionará também sobre a área do cubo e seu volume. Ainda com dobraduras,
construirá o tetraedro e o octaedro.
Após a explanação do assunto os alunos irão assistir a vídeos do site dia a
dia Educação onde são demonstradas as representações dos sólidos de Platão,
tendo a oportunidade de uma melhor visualização para formar assim um conceito
mais amplo das figuras.
Depois dos vídeos o professor fará a dedução das fórmulas relacionadas a
área e o volume dos sólidos Geométricos e passará algumas atividades do Livro
Didático relacionadas ao conteúdo.
Em seguida os grupos irão escolher o material para a confecção da
maquete, que poderá ser de isopor, papelão, palitos de picolé, madeira, etc. Pode
ser escolhido o material mais acessível.
Com as medidas reais da casa realizada na atividade anterior cada grupo
irá optar por uma escala calculando os valores correspondentes da maquete.
Os grupos irão anotar os materiais que utilizaram na construção da
maquete, suas quantidades e valores em reais.
Após a construção das maquetes os grupos irão organizar um painel com o
esboço da planta baixa, uma tabela com os materiais utilizados e seus
respectivos valores, fotos e depoimentos dos componentes do grupo.
Com a conclusão das maquetes e do painel será marcada uma exposição
do projeto para a comunidade escolar, onde os grupos irão apresentar seus
trabalhos fazendo a explanação do projeto e as conclusões.
Resultados esperados: Com a conclusão do projeto espera-se que os alunos compreendam a
importância da Matemática na nossa vida e que a metodologia apresentada
favoreça o estudante em sua aprendizagem.
4. Avaliação O desempenho do grupo será avaliado através dos seguintes critérios:
Criatividade
Cumprimento das atividades
Procedimentos utilizados para resolver as atividades
Apresentação do trabalho
Relatórios
Referências BURAK, Dionísio. A modelagem matemática e a sala de aula. In: - I EPMEM –
Anais... I Encontro Paranaense de Modelagem em Educação Matemática, 2004.
Londrina, PR, 2004. p.1-10.
BURAK, Dionísio. Uma perspectiva de modelagem matemática e a aprendizagem
da matemática. In: BRANDT, C. F (Org.); BURAK, D. (Org.); KLÜBER, T. E.
(Org.). Modelagem Matemática: Uma perspectiva para a Educação Básica. 1ª.
ed. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2010. p.15-38.
BURAK, Dionísio; KLUBER, Tiago Emanuel. Modelagem Matemática na
Educação Básica Numa Perspectiva de Educação Matemática. In: BURAK, D.
(Org.); PACHECO, E. R. (Org.); KLÜBER, T. E. (Org.). Educação Matemática: Reflexões e Ações. 1. ed. Curitiba, PR: CRV, 2010. v. 1. p.147-164.
FUNDAÇÃO, Roberto Marinho. Telecurso 2000: Matemática-2º Grau.V 2.
Editora Globo. São Paulo, 2000.
IMENES, Luiz Márcio. Geometria das dobraduras. Coleção: Vivendo a
Matemática. 7ª ed. São Paulo, Scipione, 1997.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública do Estado do Paraná – Matemática. Curitiba: SEED, 2008.
RÊGO, Rômulo Marinho do, RÊGO, Rogéria Gaudêncio do. Desenvolvimento e uso de materiais didáticos no ensino de matemática. In: LORENZATO, Sergio. (org.): O Laboratório de Ensino de Matemática na Formação de Professores. 3ª ed. Campinas. São Paulo: Autores Associados, 2010. p.39-56.
SCHLIEMANN, Analúcia Dias; CARRAHER, David William; CARRAHER,
Terezinha Nunes. Na vida dez, na escola zero. 2ª ed. São Paulo, Cortez, 1988.
Sites Consultados:
PARANÁ, Portal Educacional do Paraná. Disponível em:
<http//www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/> Acesso em: 15/09/2013.
http://www.somatematica.com.br/. Acesso em: 04/11/2013