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14 + 15 Abril 2016 quinta, 21:00h / sexta, 19:00h Grande Auditório Orquestra Gulbenkian Karl-Heinz Steffens Peter Mattei karl-heinz steffens © tonhalle düsseldorf

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14 + 15 Abril 2016quinta, 21:00h / sexta, 19:00hGrande Auditório

Orquestra GulbenkianKarl-Heinz SteffensPeter Mattei

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MUSICA.GULBENKIAN.PT

mecenasgrandes intérpretes

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasmúsica de câmara

mecenasrising stars

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quinta 14 Abril 201621:00h — Grande Auditório

sexta 15 Abril 201619:00h — Grande Auditório

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Orquestra GulbenkianKarl-Heinz Steffens maestro

Peter Mattei barítono

Richard WagnerIdílio de Siegfried

Gustav MahlerLieder eines fahrenden GesellenCanções de um Viandante

Wenn mein Schatz Hochzeit machtGing heut’ Morgen übers FeldIch hab’ ein glühend MesserDie zwei blauen Augen von meinem Schatz

intervalo

Ludwig van BeethovenSinfonia n.º 6, em Fá maior, op. 68, Pastoral

Allegro ma non troppoAndante molto mossoAllegroAllegroAllegretto

Duração total prevista: c. 1h 50 minIntervalo de 20’

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Richard Wagnerleipzig, 22 de maio de 1813veneza, 13 de fevereiro de 1883

Em abril de 1866, Wagner alugou uma casa de campo em Tribschen, perto de Lucerna, onde se estabeleceu até à mudança para Bayreuth, em 1872. Ali viveu na companhia de Cosima (filha de Liszt) e viu nascer os seus dois últimos filhos. Dedicou-se inteiramente à composição de Os Mestres Cantores de Nuremberga, Siegfried (retomado no 2.º ato, após uma interrupção de mais de dez anos) e O Crepúsculo dos Deuses. Anteriormente casada com o célebre maestro Hans von Bülow, um dos grandes defensores da obra de Wagner, Cosima tinha-se tornado amante de Wagner em 1864, vindo a casar com este último em 1870. Desta relação nasceram três filhos: Isolda, Eva e Siegfried. Nascido em 1869, Siegfried inspiraria a composição do Idílio, que Wagner ofereceu a Cosima no Natal de 1870. Na manhã de 25 de dezembro o compositor surpreendeu Cosima (que fazia anos nesse dia) com este insólito presente que foi tocado na escada interior da casa por um grupo de treze executantes.

Em 1864, o ano em que iniciou a sua relação com Cosima, Wagner tinha esboçado um primeiro andamento para um quarteto de cordas em Mi maior. Cinco anos depois, enquanto se dedicava à composição de Siegfried, resolveu reutilizar dois temas do quarteto que tinha abandonado e, no ano seguinte, voltaria a retomar o material musical desta obra no Idílio, que conservou a mesma tonalidade do quarteto. A esta estrutura, Wagner uniu uma canção alemã de embalar muito popular, confiada ao oboé, e associações temáticas com o drama musical homónimo (em especial com o 3.º ato), através de alguns dos leitmotiv que expressam a plenitude do amor de Brünnhilde e Siegfried e o caráter do protagonista:“A Imortal Bem-amada”, “O Sono de Brünnhilde”, “O canto do Pássaro do Bosque”, etc.). Este material é utilizado no seio de um discurso sereno e poético. O caráter pessoal desta peça teria determinado a hesitação do compositor em a publicar. Apenas o faria em 1878, devido à insistência do meio musical. cristina fernandes

Idílio de Siegfried

composição: 1870estreia: tribschen, 25 de dezembro de 1870duração: c. 20’

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Gustav Mahlerkalište (boémia), 7 de julho de 1860viena, 18 de maio de 1911

Gustav Mahler escreveu este ciclo de canções entre 1883 e 1885, ainda numa fase de afirmação profissional. Como diretor musical em Kassel conheceu as agruras, tanto da vida profissional como afetiva. A hierarquia a que estava subordinado revelou-se demasiado conservadora e deu-lhe motivos para sair ao fim de dois anos. O talento demonstrado despertou no entanto a atenção do diretor da Ópera de Leipzig que lhe ofereceu um contrato como assistente de A. Nikisch. Porém, antes do início das novas funções, Mahler teve tempo para aceitar o convite de A. Neumann, empresário de R. Wagner, para o Teatro de Praga. A infelicidade que viveu em Kassel deveu-se também ao caso amoroso com a soprano Johanna Richter que, de resto, teve como corolário inspirador a escrita de seis poemas. Destes, Mahler selecionou os quatro que perfazem as Canções de um Viandante. Assim, este ciclo oferece-nos um programa que diz diretamente respeito à experiência emocional do compositor, sendo o sentido dos seus próprios poemas intensificado sinfonicamente. A escrita demorada dociclo deveu-se ao pouco tempo que Mahler

tinha disponível para a composição.O processo arrastou-se ainda durante a década de noventa, passando pela orquestração da versão original, para piano e voz, entre 1891 e 1893, até à estreia sinfónica berlinense em 1896. O ciclo abre com Wenn mein Schatz Hochzeit macht, numa atmosfera dolente que é imediatamente transmitida pelo motivo expresso pelo clarinete e explorada pela caracterização orquestral do texto das primeira e terceira estrofes. Pelo meio, a toada de esperança e alegria radica na mudança de textura e timbres, conferida pelas figurações rápidas da flauta e das cordas. Ging heut' morgens übers Feld faz contrastar a alegria e a melancolia, com um acompanhamento mais lento. Ich hab' ein glühend Messer transmite as ideias de revolta e mal-estar, enfatizadas pela dinâmica orquestral e pelo recurso aos metais e percussão. Die zwei blauen Augen conclui o ciclo e utiliza material do terceiro andamento da 1.ª Sinfonia. O lento ritmo de marcha traduz os passos do viandante que se vai afastando da recordação funérea para, através do luto, entrar num mundode esperança e realização. joão pedro louro

Lieder eines fahrenden GesellenCanções de um Viandante

composição: 1883-1885estreia: berlim, 1896duração: c. 17’

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Gustav MahlerLieder eines fahrenden Gesellen / Canções de um Viandante

1.Wenn mein Schatz Hochzeit macht,Fröhliche Hochzeit macht,Hab’ ich meinem traurigen Tag!Geh’ ich in mein Kämmerlein,Dunkles Kämmerlein!Weine, wein’ um meinen Schatz,Um meinen lieben Schatz!Blümlein blau! Verdorre nicht!Vöglein süß! Du singst auf grüner Heide!Ach! wie ist die Welt so schön!Ziküth! Ziküth!Singet nicht! Blühet nicht!Lenz ist ja vorbei!Alles Singen ist nun aus!Des Abends, wenn ich schlafen geh’,Denk’ ich an mein Leide!An mein Leide! 2.Ging heut’ Morgen übers Feld,Tau noch auf den Gräsern hing;Sprach zu mir der lust’ge Fink:«Ei, du! Gelt? Guten Morgen! Ei, Gelt?Du! Wird’s nicht eine schöne Welt?Zink! Zink! Schön und flink!Wie mir doch die Welt gefällt!» Auch die Glockenblume am FeldHat mir lustig, guter Ding’,Mit den Glöckchen, klinge, kling,Ihren Morgengruß geschellt:»Wird’s nicht eine schöne Welt?Kling! Kling! Schönes Ding!Wie mir doch die Welt gefällt! Heiah!« Und da fing im SonnenscheinGleich die Welt zu funkeln an;Alles Ton und Farbe gewannIm Sonnenschein!Blum’ und Vogel, groß und klein!»Guten Tag, ist’s nicht eine schöne Welt?Ei du, gelt? Schöne Welt!« Nun fängt auch mein Glück wohl an?Nein! Nein, das ich mein’,Mir nimmer blühen kann!

Quando o meu tesouro se vai casarE tem alegres bodas,O dia para mim é triste!Vou para o meu quartinho,Quarto pequeno e escuro!Choro! Choro pela minha amada,Pelo meu tesouro de amor!Florinha azul! Não seques!Doce passarinho, tu cantas num verde prado!Oh! Como o mundo é belo!Choro! Choro!Não cantem! Não floresçam!A primavera já passou!Já não é tempo de cantar!À noite quando vou dormir,Penso na minha dor!No meu desgosto!

Esta manhã atravessei o campo,Ainda havia orvalho na erva.Disse-me o tentilhão:«Olá! Como estás? Bela manhã! Não é verdade?O mundo não está a tornar-se belo?Chip! Chip! Belo e vivo!Como me agrada o mundo!» Também as flores-campainhas do campoEstiveram a anunciar coisas alegresCom o seu pequeno sino, ding, ding.Ao darem os bons-dias:«O mundo não está a tornar-se belo?Ding, ding! Coisa linda!Como o mundo me agrada! Eia!» E ali, sob os raios do sol,Começou o mundo a brilhar.Tudo ganhou sons e corSob o brilho do sol!Flores e aves, grandes e pequenas!«Bom-dia! O mundo não é belo?E tu, que dizes? Não é verdade? O mundo é belo!» Agora talvez comece também a minha felicidade!Não! Não! Aquilo em que pensoNunca poderá florescer para mim!

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3.Ich hab’ein glühend Messer,Ein Messer in meiner Brust.O weh! Das schneid’t so tiefIn jede Freud’ und jede Lust.Ach, was ist das für ein böser Gast!Nimmer hält er Ruh’, nimmer hält er Rast!Nicht bei Tag, noch bei Nacht, wenn ich schlief.O weh! Wenn ich in dem Himmel seh’,Seh’ ich zwei blaue Augen steh‘n!O weh! Wenn ich im gelben Felde geh’,She’ ich von fern das blonde HaarIm Winde weh’n!O weh! Wenn ich aus dem Traum auffahr’Und höre klingen ihr silbern‘ Lachen,O weh!Ich wollt‘, ich läg‘ auf der schwarzen Bahr’,Könnt' nimmer die Augen aufmachen! 4.Die zwei blauen Augen von meinem Schatz,Die haben mich in die weite Welt geschickt.Da mußt ich Abschied nehmenVon allerliebsten Platz!O Augen blau, warum habt ihr mich angeblickt?Nun hab’ ich ewig Leid und Grämen!

Ich bin ausgegangen in stiller NachtWohl über die dunkle Heide.Hat mir niemand Ade gesagt.Ade! Mein Gesell’ war Lieb’ und Leide!Auf der Straße steht ein Lindenbaum,Da hab’ ich zum ersten Mal im Schlaf geruht! Unter dem Lindenbaum, der hatSeine Blüten über mich geschneit.Da wußt’ ich nicht, wie das Leben tut,War alles, alles wieder gut!Alles! Alles, Lieb und LeidUnd Welt und Traum!

Tenho uma faca em brasa,Uma faca no meu peito.Ai de mim! Ela enterra-se tão profundamenteEm toda a alegria, em todo o prazer,Oh! Como é um hóspede cruel!Nunca sossega, nunca para!Nem de dia nem de noite, quando eu durmo!Ai de mim! Quando olho para o céu,Vejo dois olhos azuis!Ai de mim! Quando atravesso o campo dourado,Vejo, ao longe, o cabelo loiroA esvoaçar ao vento!Ai de mim! Quando acordo do sonhoE oiço o tinir do seu riso prateado,Ai de mim!Desejo estar estendido no caixão negro,E nunca mais abrir os olhos!

Os dois olhos azuis do meu tesouroMandaram-me pelo mundo fora.Tenho de me despedirDestes lugares queridos!Ó olhos azuis! Porque olhastes para mim?Assim eternamente, não terei senão dor e sofrimento! Parti para a noite serena,Atravessei o prado adormecido.Ninguém me disse adeus.Adeus! Os meus companheiros eram o amor e a dor.À beira do caminho estava uma tília,Debaixo dela descansei pela primeira vez, adormeci. Debaixo da tília, que me cobriuCom o manto dos seus botões em flor.Ali esqueci o tormento da vida.Tudo, tudo ficou novamente claro.Tudo, o amor e o sofrimento,O mundo e o sonho.

tradução de nuno barreiros

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Ludwig van Beethovenbona, 16 (ou 17) de dezembro de 1770viena, 26 de março de 1827

A obra de Ludwig van Beethoven tem sido consensualmente dividida em três grandes períodos criativos, cujas transições correspondem igualmente a pontos de viragem na sua biografia. Neste sentido, um fator decisivo foi certamente o surgimento da sua surdez progressiva. A melancolia e o desespero por que passou estão bem patentes nas suas cartas datadas do início do século, tendo ficado famoso o chamado “Testamento de Heiligenstadt” (1802), documento em que rejeita a hipótese de suicídio e se declara pronto para enfrentar o seu destino. De facto, o seu novo ímpeto criativo é revelador da sua recuperação do desânimo que o prostrara anteriormente. É nesta altura, por volta de 1803, que se localiza o início de uma segunda fase criativa, o “estilo heroico”, o qual se prolongaria até cerca de 1812, um período ao longo do qual produziu a maior parte da sua música orquestral. É destes anos que data a Sinfonia n.º 6, em Fá maior, op. 68, Pastoral, concluída em 1808 e composta praticamente em simultâneo com a igualmente célebre

5.ª Sinfonia. Trata-se de uma das poucas obras do compositor alemão que contêm um conteúdo programático explícito, relacionado neste caso com a Natureza, elemento que era particularmente inspiradora para o compositor. A obra inicia-se com umAllegro ma non troppo, em forma-sonata, que descreve de modo animado os sentimentosdo compositor na sua chegada ao campo.O segundo andamento, um Andante molto mosso com temas de uma beleza melódica pastoril, é uma cena de grande serenidade que ocorre em plena natureza, à beira de um regato, encerrando com a recriação onomatopaica do canto dos pássaros. Segue-se um Allegro que evoca as festas populares e as suas danças. Do ponto de vista estrutural,é interessante notar neste scherzo a repetição da secção do trio. O quarto andamento, Allegro, descreve com um realismo espantoso o desenvolvimento de uma violenta tempestade. Entretanto a atmosfera desanuvia e inicia-se o Allegretto final, que pretende ser um hino de gratidão para com a natureza. luís miguel santos

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Sinfonia n.º 6, em Fá maior, op. 68, Pastoral

composição: 1808estreia: viena, 22 de dezembro de 1808duração: c. 40’

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Coleção de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ( 18)

Hein Semke (Hamburgo, 1899 – Lisboa, 1995)Sem Título, 1932Tinta-da-china e guache s/ papel36 x 27 cmInv. 13DP3375

Esta obra pode ser vista na exposição “Hein Semke: um Alemão em Lisboa”,até 13 de junho de 2016, no Centro de Arte Moderna, piso -1,

Um dos temas iconográficos de Hein Semke foi o corpo humano, sobretudo o corpo feminino, que se transformará em torso, em fragmento. Este desenho de uma fase muito

inicial revela o seu interesse pelas formas modeladas e metamórficas, pelos corpos que se transformam noutros corpos, ou que sugerema inscrição de rostos, perfis e cabeças de Janus.

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maestroKarl-Heinz Steffens

Desde que, em 2007, decidiu dedicar-seem exclusivo à direção de orquestra,o maestro alemão Karl-Heinz Steffens afirmou-se rapidamente nos palcos internacionais. A partir da temporada 2009-10 assumiu a direção musical da Deutsche Staatsphilharmonie Rheinland-Pfalz, em Ludwigshafen, tendo alcançado grande sucesso desde então. A Deutsche Staatsphilharmonie foi distinguida recentemente com o prémio ECHO para “Melhor Orquestra” em 2015, na sequência da gravação de música de Bernd Alois Zimmermann no festival de música moderna “Modern Times”, fundado pelo próprio Steffens. A partir da temporada 2016-17, assumirá também as funções de Diretor Musical da Ópera e Ballet Nacionais da Noruega. Karl-Heinz Steffens tem-se apresentado também com regularidade como maestro convidado. Nas últimas duas temporadas estreou-se à frente das Filarmónicas de Berlim e Munique, da Sinfónica de Viena, da Philharmonia Orchestra, da Filarmónica da Radio France, da Orquestra da Rádio Dinamarquesa, da

Philharmonia de Helsínquia e da Orquestra do Tonhalle de Zurique. Na presente temporada, além da Orquestra Gulbenkian, dirige a Orquestra do “Maggio Musicale”, em Florença. No domínio da ópera, Karl-Heinz Steffens dirigiu no Teatro alla Scala, em três temporadas consecutivas, as óperas Così fan tutte e Don Giovanni de Mozart e O Crepúsculo dos Deuses, de Wagner, com grande sucesso. Em 2008 estreou-se na Berlin Staatsoper Unter den Linden na direção de Fidelio de Beethoven, tendo nas temporadas seguintes regressado a esta sala para dirigir Tosca de Puccini, La traviata de Verdi, A noiva vendida de Smetana e Ariadne auf Naxos de R. Strauss. Em 2014-15, concluiu a direção do cicloO Anel do Nibelungo em Ludwigshafen coma Deutsche Staatsphilharmonie Rheinland-Pfalz. Antes de se dedicar inteiramente à sua vocação como maestro, Karl-Heinz Steffens percorreu uma brilhante carreira como instrumentista. Foi clarinetista principal da Sinfónica da Baviera e da Filarmónica de Berlim e apresentou-se muitas vezes como solista, sob a direção de maestros de renome internacional.

Notas Biográficas

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barítonoPeter Mattei

O barítono sueco Peter Mattei estudou em Estocolmo, na Real Academia de Música e na Escola de Ópera da Universidade. Estreou-se nos palcos de ópera em 1990, no Teatro do Palácio de Drottningholm (Estocolmo), onde interpretou o papel de Nardo, em La finta giardiniera de Mozart. No ano seguinte estreou-se na Ópera Real Sueca, com grande sucesso, no papel de Pentheus, em The Bacchae de Daniel Börtz, com encenação de Ingmar Bergman. Nas últimas temporadas, interpretou o papel principal de Don Giovanni no Teatro alla Scala e na Metropolitan Opera de Nova Iorque, Amfortas (Parsifal), também no Met, Wolfram (Tannhäuser) na Ópera Estadual de Berlim, para além de Figaro(O barbeiro de Sevilha), Marcello (La bohème), Rodrigo (Don Carlo) ou Yeletsky (A Dama de Espadas). O seu rico repertório inclui aindao papel de Shishkov, em Da Casa dos Mortos de Janácek, que interpretou no Met e no Scala de Milão, ou o protagonista de Billy Budd, que cantou na Ópera de Frankfurt e na Ópera de

Gotemburgo. Na temporada passada integrou os elencos de As bodas de Figaro (Condede Almaviva) numa nova produção do Met,sob a direção de James Levine, Fidelio (Don Fernando) no Teatro alla Scala, com Daniel Barenboim, e Evgeny Onegin na Ópera Estadual de Viena.Ao longo da sua carreira profissional de mais de vinte e cinco anos, atuou noutros prestigiados palcos como a Ópera Nacional de Paris, a Royal Opera House (Londres), a Ópera Estadual da Baviera, a Ópera de Zurique, a Ópera de São Francisco,a Lyric Opera de Chicago, ou os festivaisde Salzburgo, Aix-en Provence, Lucernae Tanglewood. Peter Mattei interpreta com regularidade o repertório de concerto, incluindo Um Requiem Alemão de Brahms, Des Knaben Wunderhorn de Mahler, o Messias de Händel, as Paixões de J. S. Bach, ou o War Requiem de Britten. Cantou recentemente, no Carnegie Hall, os Lieder eines fahrenden Gesellen de Mahler.

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Orquestra Gulbenkian

Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Na temporada 2012-2013, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) celebrou 50 anos de atividade, período ao longo do qual foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta e seis instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório, desde o Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora interior.Em cada temporada, a orquestra realiza

uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas). Atuando igualmente em diversas localidades do país, tem cumprido desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian tem vindo a ampliar gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, Ásia, África e Américas. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio.Paul McCreesh é o atual Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sendo Susanna Mälkki a Maestrina Convidada Principal e Joana Carneiro e Pedro Neves os Maestros Convidados. Claudio Scimone, titular entre 1979 e 1986, é Maestro Honorário, e Lawrence Foster, titular entre 2002 e 2013, foi nomeado Maestro Emérito.

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primeiros violinosBirgit Kolar Concertino principal *Bin Chao 2º Concertino AuxiliarPaula Carneiro 2º Concertino Auxiliar *Pedro Meireles 2º Concertino AuxiliarAntónio José MirandaAntónio Veiga LopesPedro PachecoAlla JavoronkovaDavid WanhonAna Beatriz ManzanillaElena RyabovaMaria BalbiMaria José LaginhaManuel Abecasis *Mafalda Vilan Pires *Tomás Costa * segundos violinosAlexandra Mendes 1º SolistaJordi Rodriguez 1º SolistaCecília Branco 2º SolistaMaria Leonor MoreiraStephanie AbsonJorge TeixeiraTera ShimizuStefan SchreiberOtto PereiraCatarina Silva Bastos *Catarina Barreiros *Félix Duarte * violasSamuel Barsegian 1º SolistaLu Zheng 1º SolistaIsabel Pimentel 2º SolistaAndré CameronPatrick EisingerLeonor Braga SantosChristopher HooleyMaia KouznetsovaAugusta Romaskeviciute *Nuno Soares *Fábio Vidago *

violoncelosVaroujan Bartikian 1º SolistaMarco Pereira 1º SolistaMartin Henneken 2º SolistaLevon MouradianJeremy LakeRaquel ReisFernando Costa *João Valpaços * contrabaixosMarc Ramirez 1º SolistaPedro Vares de Azevedo 1º SolistaManuel Rêgo 2º SolistaMarine TrioletMaja PlüdemannRomeu Santos *Margarida Ferreira * flautasSophie Perrier 1º SolistaCristina Ánchel 1º Solista AuxiliarAmália Tortajada 2º SolistaAntónio Nuez 2º Solista * oboésPedro Ribeiro 1º SolistaNelson Alves 1º Solista AuxiliarAlice Caplow-Sparks 2º Solista Corne inglês clarinetesEsther Georgie 1º SolistaJosé María Mosqueda 2º Solista Clarinete baixoIva Barbosa 2º Solista * fagotesRicardo Ramos 1º SolistaVera Dias 1º Solista AuxiliarJosé Coronado 2º Solista Contrafagote trompasGabriele Amarù 1º SolistaKenneth Best 1º SolistaEric Murphy 2º SolistaDarcy Edmundson-Andrade 2º Solista

trompetesStephen Mason 1º SolistaPaulo Carmo 1º Solista Auxiliar *David Burt 2º Solista trombonesJordi Rico 1º SolistaAndré Conde 1º Solista *Rui Fernandes 2º SolistaPedro Canhoto 2º Solista tubaAmilcar Gameiro 1º Solista timbalesRui Sul Gomes 1º Solista percussãoAbel Cardoso 2º Solista harpaCoral Tinoco Rodriguez 1º Solista *

* Instrumentistas Convidados

Paul McCreesh maestro titularSusanna Mälkki maestrina convidada principalJoana Carneiro maestrina convidadaPedro Neves maestro convidadoLawrence Foster maestro eméritoClaudio Scimone maestro honorário

coordenaçãoAntónio Lopes Gonçalves

produçãoAmérico MartinsMarta AndradeInês RosárioFrancisco Tavares

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Satélite: Shakespeare.Abr /Mai2016

Colaboram Gonçalo Frota,Catarina Homem Marques,Jorge Mourinha,José Carlos Fernandese Cristina Carvalhal.

Já disponível em musica.gulbenkian.pt

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21 Abrilquinta, 21:00h — M/6

musica.gulbenkian.pt

Fundação CalouSte Gulbenkian

mecenasgrandes intérpretes

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasmúsica de câmara

mecenasrising stars

PatriciaPetibon

Frédéric Chaslin

OrquestraGulbenkian

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6 Maiosexta, 21:00h — M/6

musica.gulbenkian.pt

Fundação CalouSte Gulbenkian

mecenasgrandes intérpretes

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasmúsica de câmara

mecenasrising stars

OrquestraGulbenkian

Estreia Mundial

Victor Gama

3milRIOSmúsicas do mundo

Ópera multimédia jaim

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direção criativaIan Andersondesign e direção de arteThe Designers Republicdesign gráficoAh–hA

Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentração dos artistas e do público. Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens duranteos espetáculos. Programas e elencos sujeitos a alteraçãosem aviso prévio.

tiragem600 exemplares

Lisboa, Abril 2016

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