operacoes de retextualizacao no genero exposicao oral
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REVISTA MEMENTO
V. 2, n. 2, ago.-dez. 2011Revista do Mestrado em Letras Linguagem, Discurso e
Cultura - UNINCOR ISSN 180-!1
1
OPERAÇÕES DE RETEXTUALIZAÇÃO NO
GÊNERO EXPOSIÇÃO ORAL
ACADÊMICA
Ana Virgínia Lima da SILVA1
Resumo: Neste artigo discutimos as operações de retextualização de textos escritos para slides eletrônicos que são utilizados para orientar exposições orais !em como as operaçõesde retextualização de textos escritos para exposições orais acad"micas produzidas por estudantes de graduação# Nosso o!$eti%o & analisar as relações entre a compreensão detextos escritos e a qualidade das exposições orais# As teorias de 'arcusc(i )*++1, e -olz etal# .ornecem apoio / an0lise# s resultados demonstram a import2ncia da compreensão e o%alor dos slides para a e.eti%a produção de exposições orais acad"micas#
Palavas!"#ave: 3etextualização# 4xposição oral# 5ompreensão#
I$%o&u'(o
s g"neros que circulam na es.era acad"mica são em geral produzidos com !ase
em um ou mais textos disponi!ilizados aos alunos em situações de ensino6aprendizagem#
4sses g"neros ser%em como instrumentos para a construção de sa!eres e para a .ormação
pro.issional a partir da interação entre alunos e pro.essores# 4xige6se dos estudantes de
graduação a capacidade de produzir g"neros a partir de um ou mais textos de origem sem
pre$udicar o sentido desses textos ou se$a a capacidade de retextualizar #
Segundo 'arcusc(i )*++1, e -ell7Isola )*++8, retextualizar & trans.ormar um texto
em outro do mesmo g"nero ou de g"nero distinto mantendo a !ase in.ormacional do texto
de origem# A retextualização & uma ati%idade cotidiana que pode ocorrer entre textos
escritos entre textos orais de textos escritos para textos orais e de textos orais para textos
escritos acrescentam os autores#
-entre os g"neros presentes na es.era acad"mica a exposição oral )dora%ante 4,
ocorrida em sala de aula e apresentada por alunos resulta da retextualização9 1,
.requentemente de textos te:ricos produzidos por estudiosos e especialistas; *, de textos
de apoio )roteiros esquemas resumos etc# que podem ser expostos em handouts, slides
eletrônicos e<ou imagens# A produção de 4 acad"mica exige (a!ilidades de leitura e
escrita
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V. 2, n. 2, ago.-dez. 2011Revista do Mestrado em Letras Linguagem, Discurso e
Cultura - UNINCOR ISSN 180-!1
2
1-outoranda no =rograma de =:s6graduação em 4studos Linguísticos >aculdade de Letras ?>'@# elo
Borizonte 'inas @erais rasil# 46mail9 ana%irginialsCgmail#com
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pois os estudantes são desa.iados a compreender textos para em!asar sua apresentação e
como lem!ram -olz et al# )*++D, eles precisam ela!orar textos escritos para orientar sua
exposição#
Nesse sentido a an0lise de 4s acad"micas e dos processos de retextualização que
elas en%ol%em & de suma import2ncia pois propicia o entendimento desses processos e
re.lexões que podem contri!uir para o ensino e o desen%ol%imento da capacidade de
ela!orar o g"nero em questão# Neste artigo pretendemos discutir a relação entre a
compreensão de textos6!ase e os processos de retextualização desses textos em 4# A partir
da discussão apresentamos indícios de que exposições orais e.icazes podem depender tanto
da qualidade da leitura quanto do desempen(o do estudante na produção %er!al )escrita e
oral, para a di%ulgação de tra!al(os acad"micos#-ado o espaço destinado a este artigo explicitamos a an0lise de uma 4 de uma
estudante de Letras# A exposição analisada & representati%a de um corpus de EE 4
coletadas durante uma pesquisa de doutorado so!re esse g"nero# As exposições que
compõem o re.erido corpus .oram ela!oradas por estudantes que cursa%am entre o EF e GF
período da graduação em 5i"ncias Atuariais 5i"ncias Sociais 4conomia ou Letras# 4las
.oram gra%adas em %ídeo
e posteriormente transcritas con.orme as normas do =ro$eto N?35#*
5om !ase em -olz et. al )*++D, apresentamos a seguir as principais característicasda 4# 4m seguida explicitamos contri!uições de 'arcusc(i )*++1, para o tema da
retextualização# Analisamos os processos de retextualização do texto6!ase para slides; e
depois analisamos a retextualização do texto6!ase para a 4 considerando os slides como
recursos preparados para dar suporte /s exposições
A e)*os+'(o oal $a es,ea a"a&-m+"a
=ara -olz et al# )*++Da, a 4 & um g"nero do .ormal em que os estudantes sedirigem a um pH!lico de modo estruturado transmitindo6l(e in.ormações descre%endo ou
explicando o tema da sua apresentação# =odemos assim a.irmar que os estudantes !uscam
persuadir o pH!lico so!re o que expõem ou ao menos con%encer o pro.essor da leitura
do)s, texto)s,6 !ase da apresentação#
2As normas para transcrição podem ser %isualizadas em9
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(ttp9<<JJJ#..lc(#usp#!r<dlc%<nurc<normasKparaKtranscricao#(tm# Acesso em +* dez# *+11#
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-olz et al# acrescentam que na 4 (0 de um lado o expositor que se dirige a um
grupo de destinat0rios %eiculando in.ormações re.erentes a um determinado tema de
interesse comum e de outro os destinat0rios que !uscam aprender algo com a 4# =ara
tanto o expositor pesquisa so!re o tema a ser apresentado o que o con.igura como um
especialista em comparação aos destinat0rios com quem ele mant&m uma relação
assim&trica# Mal relação & amenizada pelo expositor quando ele considera os con(ecimentos
do pH!lico suas expectati%as e interesse#
4ntre as características linguísticas do g"nero notam6se o emprego de marcadores
de estruturação do discurso ) portanto sobretudo etc#, de organizadores temporais )então
no momento etc#, e dos tempos %er!ais# expositor articula as partes tem0ticas sinaliza as
ideias principais das secund0rias explica descrições# comum o uso de exemplos par0.rases e re.ormulações com o o!$eti%o de rea.irmar ou esclarecer o que & dito )-LO et
al# *++D,#
Puanto / estrutura a 4 se organiza da seguinte .orma de acordo com -olz et al#
)*++D,9
1, Abertura em que o expositor se anuncia como tal e introduz algumas considerações
iniciais so!re o que ser0 apresentado; explicita o tema; apresenta os o!$eti%os e ideias que
guiam a exposição;
*, Desenvolvimento do assunto em que o expositor explicita in.ormações posicionamentosdiscussões e por%entura instiga o pH!lico a re.letir so!re pontos do tema tratado;
recapitulação e síntese do que .oi apresentado;
E, Conclusão a qual pode con.irmar ou não in.er"ncias geradas pelos participantes durante a
apresentação do texto;
D, Encerramento momento em que o expositor pode agradecer declarar explicitamente que a
exposição terminou e<ou perguntar aos destinat0rios se eles t"m alguma pergunta
coment0rio sugestão etc#
A 4 acrescentam -olz et al# )*++D, & um meio de ação social que re%ela costumese con%enções da es.era em que & produzida# 4la & ancorada por textos escritos que são lidos
oralizados ou orientam sua realização# 4sses textos ser%em como recursos para a
exempli.icação a ilustração a explicação dentre outras capacidades que são desen%ol%idas
com a produção de 4#
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5a!e destacar que a exposição oral não pode ser con.undida com semin0rio pois
esse & um e%ento constituído de um ou %0rios g"neros inclusi%e a 4 )VI4I3A *++8, e
tam!&m de de!ate que pode ocorrer ou não ap:s uma exposição oral#
As o*ea'.es &e e%e)%ual+/a'(o
5omo produto de retextualização a exposição oral & constituída por algumas
operações que re%elam de modo mais ou menos explícito suas relações com o texto6!ase#
'arcusc(i )*++1, ao discutir so!re a trans.ormação de textos orais em escritos apresenta
algumas operações de retextualização explicitadas a seguir9
l+$0u1s%+"os!%e)%ua+s!&+s"us+vos "o0$+%+vos
2A3idealização
243reformulação
2C3adaptação
compreensão
eliminação acr&scimo tratamento da in.er"nciacompletude su!stituição sequ"ncia in%ersãoregularização reordenação dos turnosgeneralização
autor explica que os !locos )A, e ), re.erem6se /s operações e processos denatureza linguística6textual6discursi%a e ao c:digo inter.erindo tam!&m no discurso#
!loco
)5, re.ere6se /s operações de citação isto & ao tratamento dos turnos na .ala# !loco )-, por
sua %ez & constituído pelas operações cogniti%as que ocorrem em con$unto com as demais
operações# =ara 'arcusc(i )*++1, esse !loco & o menos tra!al(ado e exige um modelo
especí.ico pois est0 relacionado / compreensão do texto6!ase essencial no processo de
retextualização#
4ssas operações nos .ornecem uma !ase importante para a an0lise do processo deretextualização e para %eri.icarmos a exist"ncia de outras operações em 4 acad"micas#
-entre as operações apresentadas por 'arcusc(i )*++1, identi.icamos as seguintes no
corpus de nossa pesquisa9
• eliminação de conteHdo;
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• substituição de conteHdo;
• acréscimo de conteHdo;
•
reordenação tópica#Al&m dessas operações %eri.icamos outras relati%as a partes do texto6!ase e assim
denominadas9
• retomada integral de ideias na .orma de citação ou de discurso indireto;
• condensação de ideias;
• parárase#
Veri.icamos ainda operações re.erentes ao que & dito anteriormente na pr:pria 4
quais se$am9
• reormulação de conteHdo;
• construção de opinião;
• inserção de exemplo#
Apresentamos a seguir a an0lise das operações de retextualização de uma 4 que
como dissemos anteriormente & representati%a do total de exposições que .azem parte da
nossa pesquisa#
Do %e)%o!5ase aos slides
A exposição analisada a seguir ocorreu em uma turma da graduação em Letras de
uma uni%ersidade !rasileira# pro.essor da disciplina escol(eu alguns artigos so!re o tema
discutido na disciplina Q @"neros Mextuais Q e pediu que os alunos se organizassem em
grupos para apresentar cada grupo um artigo podendo os grupos complementar sua
exposição com outros textos# A 4 analisada no presente tra!al(o .oi a primeira dentre as
exposições realizadas por um grupo composto por tr"s estudantes que trataram cada uma
so!re seções especí.icas do texto !s "#neros do $ornal% &uest'es de pes&uisa e ensino deAdair onini# Na exposição .oram utilizados slides eletrônicos como recursos de apoio#
Neste primeiro momento identi.icamos as operações de retextualização do texto6
!ase para o conteHdo dos slides eletrônicos# Isso nos permite em um segundo momento
%eri.icar os modos de utilização dos slides na 4 e as operações de retextualização do
texto6!ase para as exposições orais#
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Na 4 .oram utilizados no%e slides# s quatro primeiros são explicitados a seguir e
os demais cont"m imagens que ser%em como exemplo para o conteHdo exposto#
>igura 19 (lide 1 da 4
>igura *9 (lide * da 4
>igura E9 (lide E da 4
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>igura D9 (lide D da 4
s slides são constituídos por títulos t:picos e su!t:picos ela!orados na .orma de
esquema e introduzidos por su!stanti%os ou perguntas# 4sses slides re.letem os principais
aspectos a!ordados nas seções do texto6!ase a que eles se re.erem con.orme %eri.icamos na
retextualização desse texto para o conteHdo dos slides#
-iscutimos a seguir as operações ocorridas da retextualização do texto6!ase para os
slides recursos %isuais de apoio / 4. s .ragmentos su!lin(ados no plano do texto e
macroestrutura do texto6!ase são aqueles re.erenciados nos recursos %isuais de apoio# 4sses
.ragmentos indicam as partes dos slides a que cada um deles corresponde partes essas
destacadas nos quadros em pontil(ado#
A aluna e participante da pesquisa introduz a apresentação do grupo# Sua exposição
tem a duração de *min# e *Gs# e o controle da pro$eção dos slides .ica so! a
responsa!ilidade de outra colega do grupo# 5on.orme question0rio respondido pelas
integrantes do grupo todas participaram da ela!oração dos slides utilizados na
apresentação#
primeiro slide pro$etado )>igura 1, retoma o título o autor a editora e o ano de
pu!licação do texto6!ase# 5omo podemos constatar a seguir (0 um equí%oco quanto /
editora que pu!licou o li%ro onde se encontra esse texto mas isso não inter.ere na
exposição#
M4RM6AS4 Q -A-Ss g"neros do $ornal9 questões de pesquisa e ensino Q Adair onini Q4ditora aTgangue 6 *++U
s g"neros do $ornal9 questões de pesquisa e ensino 6 )Adair onini?NIS?L *++U,W Q primeiro slide
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"Introd#$%o& 't(t#)o*
"Re)ev+nia soia)& 'tio 2 do rimeiro /)oo*
primeiro slide utilizado na exposição contempla parte do conteHdo da introdução
do texto6!ase# conteHdo desse slide & ela!orado a partir das operações de eliminação
su!stituição condensação e retomada# Assim como ocorre com no texto6!ase
primeiramente & apresentado o tema com %isualizamos a seguir ao comparar o t:pico 1#1#
do texto6!ase com o conteHdo do slide em pontil(ado9
A, IntroduçãoEM4RM6AS4 Q A
1# A=34S4NMAXY - M4'A1#1# estudo dos g"neros $ornalísticos & socialmente rele%ante#
4studo dos g"neros $ornalísticosW )tópico * do primeirobloco+
1#*# As pesquisas com os g"neros $ornalísticos contri!uem para a .ormação ea atuação social e tam!&m para a educação e .ormação do cidadão crítico#*#A=34S4NMAXY - A3MI@*#1# artigo resulta de pesquisas so!re os g"neros do $ornal no =ro$eto@"neros do Zornal )=3Z3,#
=esquisa =3Z3 )=ro$eto @"neros do Zornal,W Q tópico do primeiro bloco
E#P?4SM[4S -IS5?MI-AS N A3MI@E#1# -uas questões são consideradas# ?ma delas & que (0 uma relação
pro!lem0tica entre os g"neros e o suporte $ornal# 3elação entre g"neros e suporte do $ornalW )tópico * do se"undobloco+
E#*# A outra questão diz respeito / pesquisa e ensino dos g"neros# =or queestudar os g"neros do $ornal\ Puais g"neros estudar\=or que estudar os g"neros do $ornal\W )tópico - do se"undo bloco+
Puais g"neros estudar\W )t:pico E do segundo !loco,D#A=34S4NMAXY - =LAN - A3MI@
D#1# Na primeira seção & apresentada a .undamentação te:rica para a noção deg"nero e suporte#D#*# 4m seguida são demonstrados resultados das pesquisas do =3Z3#D#E# Na terceira seção discute6se o im!ricamento entre g"nero e suporte#
D#D# Na Hltima seção considera6se as razões te:ricas e de ensino en%ol%idas noestudo dos g"neros do $ornal#
4m primeiro lugar & retomado o sintagma estudo dos g"neros $ornalísticosW e
em seguida a expressão que sucede esse sintagma & su!stituída por outra de sentido
equi%alente 6 socialmente rele%anteW# Assim como ocorre no texto6!ase &
apresentado no slide o
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E As seções indicadas por letras são nomeadas con.orme as seções do pr:prio artigo#
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"O gnero araterizado e)a om#nidade, mas tam/m a arateriza&
.undamento do artigo Q =esquisa =3Z3 )=ro$eto @"neros do Zornal,W# 4mprega6se
nesse momento a operação de condensação e em consequ"ncia de eliminação# A seleção
desses conteHdos que são retextualizados o tema e o .undamento do texto6!ase são
importantes por explicitar pontos essenciais desse texto#
utro t:pico importante do texto6!ase presente no slide & a 3elação entre g"neros e
suporte do $ornalW construída a partir da eliminação do termo pro!lem0ticaW# 4ssa
eliminação altera o sentido do que & dito do texto6!ase pois não se explicita o tipo de
relação que como diz o texto6!ase & pro!lem0tica#
No mesmo slide Q IntroduçãoW Q são retomadas duas questões centrais do texto6
!ase quais se$am9 =or que estudar os g"neros do $ornal\W e Puais g"neros estudarW#
Veri.ica6se portanto a compreensão de ideias6c(a%e apresentadas na introdução do artigoretextualizado#
No que diz respeito ao re.erencial te:rico do texto6!ase alguns pontos importantes
desse texto sao contemplados# título do segundo slide utilizado na exposição &
g"neroW# 4sse título se re.ere a um dos assuntos centrais discutidos no re.erencial te:rico do
artigo# 4m seguida o primeiro t:pico desse slide & construído a partir da retomada da teoria
que introduz o t:pico Q Meoria de Zo(n SJalesW# utra retomada & a de.inição de g"nero
con.orme o autor no segundo t:pico do slide g"neroW e depois (0 uma par0.rase que
reHne os supt:picos U#*#1# U#*#* e U#E como %emos9
, 3e.erencial te:rico g"neroW )ttulo+
M4RM6AS4 Q
U# M43IA -4 ZBN '# S]AL4S )1GG+ 1GG* 1GG^,Meoria de Zo(n '# SJalesW )1GG+1GG*1GG^, Q tópico*
U#1# =ara SJales )1GG+, g"nero & uma classe de e%entos comunicati%os #@"nero9 classe de e%entos comunicati%osW Q tópico -
U#*# SJales apresenta um modelo de _introduções de artigos de pesquisa_# Asnoções6c(a%e desse modelo são9U#*#1# 'o%imento9 `ação ret:rica realizada no texto`#U#*#*# =asso9 `su!6ação que concretiza o mo%imento`#
U#E# As ações ret:ricas decorrem de prop:sitos comunicati%os socialmenteconstituídos#
5on$unto de ações ret:ricas )mo%imentos e passos, com um prop:sitocomunicati%oW / tópico
U#D# g"nero & `um modo de proceder em um meio social especí.ico` acomunidade discursi%a que caracteriza o g"nero e & caracterizada por ele #
'odo de proceder em um meio social especí.icoW / tópico 0
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- tio
U#U# -ependendo da comunidade o g"nero pode ser um elemento de manutençãoou ino%ação das pr0ticas discursi%as da comunidade#
U## As comunidades t"m uma estrutura (ier0rquica que & constituída por
mem!ros iniciantes e mem!ros experientes# 1uadro *% 2odelo de introdução de arti"os cienticos em in"l#s.5omunidade discursi%a / tópico 3'em!ros iniciantes x mem!ros experientes 6 t:pico
U#8# A exposição so!re o tra!al(o de SJales & sint&tica e não .az $us / riqueza doseu tra!al(o mas Htil para os prop:sitos deste artigo#
Nesse caso a par0.rase demonstra compreensão do texto6!ase# mesmo ocorre no
t:pico D do slide g"neroW em que se o!ser%a a operação de retomada; e no t:pico
seguinte construído a partir da par0.rase# Z0 nos t:pico e 8 ocorre a eliminação de que as
comunidades discursi%as t"m uma estrutura (ier0rquicaW mas se essa in.ormação .or recuperada na exposição oral não (0 pro!lemas para a qualidade da mesma#
Al&m do g"nero outro assunto central discutido no texto6!ase & o suporte# Nas
exposições aqui analisadas (0 um slide cu$o título & suporteW o qual se re.ere / seção
do artigo retextualizado# Veri.ica6se no%amente compreensão do texto6!ase nos t:picos
explicitados no re.erido slide# autor do texto6!ase apresenta a discussão so!re o assunto a
partir dos pressupostos de outro autor 'arcusc(iW# -o mesmo modo nos slides (0
re.er"ncia a este autor e a sua de.inição de suporteW# s t:picos 1 e * destacados a seguir
são construídos a partir da retomada de trec(os de uma citação como podemos constatar
em9
# NXY -4S?=3M4 suporteW )ttulo+
#1# A noção de suporte & importante para o estudo do g"nero mas `poucoconsiderada no de!ate acad"mico`#
#*# 4ssa noção se enriquecer0 com re.lexões nas pesquisas so!re g"nerotextual#
#E# Segundo 'arcusc(i )*++E,9 `o suporte não & neutro e o g"nero não .ica
indi.erente a ele# 'as ainda est0 por ser analisada a natureza e o alcancedessa inter.er"ncia`##D# -e.inição de suporte segundo 'arcusc(i )*++E,#
#D#1# Citação% o suporte & um portador do texto o lugar onde o texto se .ixa eque repercute so!re o g"nero nele .ixado#
'arcusc(i )*++E, Q tópico*
Suporte9 portador do textoW; locus no qual o texto se .ixaW / tópico -
#U# suporte & onde o g"nero se .ixa e coloca o g"nero em circulação#
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## 'arcusc(i discute a relação entre g"nero e suporte#
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Inidentais 'trono de 3rvore, m#ro, oro 4#mano, et.* 5 tio
8
##1 Citação% import2ncia de di.erenciar g"nero de suporte o que nemsempre ocorre com precisão# 4x9 outdoor que não & um g"nero mas umsuporte pH!lico para %0rios g"neros#
-istinção entre suporte e g"nero )ex#9 outdoors, Q tópico
8# AVALIAXY - M3AALB -4 'A35?S5BI8#1# 'arcusc(i se preocupa em relacionar g"nero e suporte mas caracteriza6 os
como elementos !astante independentes#8#*# 'arcusc(i classi.ica os suportes em _con%encionais_ )ela!orados para
portarem ou .ixarem textos, e _incidentais_ )ocasionais ou e%entuais podendo ser ilimitadamente realizados na relação com os textos escritos,#
5on%encionais )li%ro re%ista $ornal etc#, Q tópico 0
8#*#1# 'arcusc(i não apro.unda a relação entre g"nero e suporte#^# =43S=45MIVA =3b=3IA )do autor do texto6!ase,
^#1# usca6se caracterizar o que & um _portador_ de texto e o ní%el dainter.er"ncia do suporte no g"nero e do g"nero no suporte#
^#*# `Ser0 que a nu%em de .umaça como !ase de mensagens deixadas no ar porum a%ião e o $ornal suportam g"neros do mesmo modo\`^#*#1# A nu%em e o $ornal são suportes di.erentes#
^#E# suporte pode ser .ísico )distinção clara, ou con%encionado )so!reposiçãoentre g"nero e suporte# ?m g"nero pode ser suporte de outro g"nero#
Suporte .ísico Q tópico 4
Suporte con%encionado )so!reposição entre g"nero e suporte, Q tópico 5
^^#E#1# $ornal & um suporte con%encionado um (iperg"nero constituído por outros g"neros#
Zornal9 suporte con%encionado )(iper6g"nero Q g"nero constituído por%0rios outros, Q tópico 6
^#D# 0l!um & um suporte .ísico e o $ornal & um suporte con%encionado#
4xemplos9 con%ite anHncio<propaganda campan(a li%ros $ornais0r%ore corpo (umano muro ar edi.ício# Q slides se"uintes
t:pico E Q -istinção entre suporte e g"neroW Q & uma condensação do t:pico
##1# Nos t:picos seguintes 8 e ^ (0 retomada de con%encionais7 e incidentais7 e a
inserção de exemplos re.erentes a cada um dos elementos retomados o que demonstra
inter.er"ncia positi%a so!re o conteHdo do texto6!ase e compreensão# A retomada ocorre
tam!&m em Suporte .ísicoW e em Suporte con%encionado )so!reposição entre g"nero e
suporte,W !em como no Hltimo t:pico Zornal9 suporte con%encionado )(iper6g"nero Q
g"nero constituído por %0rios outros,W# s slides seguintes são exemplos apresentados em
imagens e ela!orados a partir da operação de inserção o que re%ela inter.er"ncia positi%a no
texto6!ase#
As operações presentes nos slides utilizados na 4 analisada re%elam compreensão
dos principais conceitos das seções do texto6!ase contempladas nessa exposição# 'as &
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preciso %eri.icar os modos de utilização desse slide e a compreensão do texto6!ase na
pr:pria exposição oral#
Do %e)%o!5ase aos slides e 6 e)*os+'(o oal
Nesta seção %eri.icamos os modos de utilização dos slides na 4 e em seguida as
operações de retextualização do texto6!ase para as exposições orais# As unidades tem0ticas
do texto6!ase retomam a macroestrutura e plano textual do mesmo; o conteHdo dos slides
eletrônicos & destacado nas ta!elas em pontil(ado; nas retextualizações explicitamos a
transcrição da 4 analisada# 5omparamos as relações sem2nticas entre o conteHdo
retextualizado do texto6!ase com as relações sem2nticas esta!elecidas na exposição#
?NI-A-4 M4'MI5A 1 - M4RM6AS4Mítulo9 27a3 8Os 0-$eos &o 9o$al: ues%.es &e *esu+sa e e$s+$o;789:;C!<
s g"neros do $ornal9 questões de pesquisa e ensino Q )Adair onini ?NIS?L *++U,W Q primeiro slide
34M4RM?ALIOAXY 1))ol(a para os interlocutores,, !om###!om###!om dia gente###&###meunome & -### essa & a V### e essa & a S###))apontando para as colegas dogrupo,, e a gente %ai apresentar o texto do Adair onini##
7;=8>!D?@! E A:>E(E=8A@! D! B>?:!))l" o slide s g"neros do $ornalW,, 2753 ue "#ama os 0-$eos &o
9o$al<<< ues%.es &e *esu+sa e &e e$s+$o<<< t0 dando para todomundo %er )não t0 dando,\ 7A:>E(E=8A@! D! 8E2A<)).az sinal para que a colega mude de slide,, ))ol(a para o slideIntroduçãoW e em seguida para os interlocutores,, !om###então primeiro )###,
Na retextualização 1 a expositora apresenta os componentes do grupo de alunas que
irão expor o texto6!ase# 4la tam!&m situa os interlocutores so!re o texto que ser0 tratado#
título do texto6!ase & retextualizado na .orma de retomada com a .unção de contextualizara exposição situando assim os interlocutores#
interessante perce!er o mo%imento da expositora em ol(ar para os interlocutores e
depois l" o slide o que indica interação com o pH!lico e uso desse recurso como apoio para
a apresentação#
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Convenionais ')ivro, revista, 6orna), et.* 5 tio 7
?NI-A-4 M4'MI5A * - M4RM6AS48# AVALIAXY - M3AALB -4 'A35?S5BI 789:;C!<
8#1# 'arcusc(i se preocupa em relacionar g"nero e suporte mascaracteriza6os como elementos !astante independentes#7(?89:;C! *<
8#*# 27a3 Ma"us"#+ "lass+,+"a os su*o%es em ="o$ve$"+o$a+s= 2>a32ela5oa&os *aa *o%aem ou ,+)aem %e)%os3 27a3 e =+$"+&e$%a+s=)ocasionais ou e%entuais podendo ser ilimitadamente realizados narelação com os textos escritos,# 7(?89:;C! -<
Incidentais )tronco de 0r%ore muro corpo (umano etc#, Q tópico3
8#*#1# 'arcusc(i não apro.unda a relação entre g"nero e suporte#7C>D8;CA<
34M4RM?ALIOAXY *
))alterna o ol(ar entre o slide suporteW e os interlocutores,,depois ele ))o autor do texto,, 2753 ,a/ uma &+s%+$'(o e$%e 0-$eos))leia6se suportesW,, 2753 "o$ve$"+o$a+s <<< e +$"+&e$%a+s<<<789:;C!<))ol(a para os interlocutores,, 2>53 os "o$ve$"+o$a+s se+amaueles ue ,oam<<< "+a&os es*e"+,+"ame$%e *aa au+lo<<< comoa .ol(a de papel###&99 a .ol(a de $ornal### 7(?89:;C! *<))alterna o ol(ar entre os slides e os interlocutores,, e os incidentaisseriam### o tronco de 0r%ore### o muro### o corpo (umano####7(?89:;C! -<
A expositora trata so!re os t:picos D e U do slide suporteW# s coment0rios natranscrição con.irmam o uso dos slides como recursos para a exposição oral uma %ez que a
expositora alterna o ol(ar entre esses recursos e os interlocutores posicionando6se como
especialista que comunica algo a um audit:rio#
su!t:pico * da unidade tem0tica do texto6!ase & trans.ormado em t:pico na
retextualização * mas isso não causa pro!lemas para a exposição oral pois esse su!t:pico
em!ora se con.igure como tal parece constituir a ideia mais importante de uma parte do
texto6!ase#
4ntre os trec(os 1a e 1! destacados na unidade tem0tica e na retextualizaçãorespecti%amente ocorre a operação de su!stituição a .im de expor o conteHdo# A primeira
su!stituição que ocorre & 'arcusc(iW por eleW )se re.erindo ao autor do texto6!ase, o que
altera signi.icati%amente o sentido da ideia expressa pois se atri!ui a responsa!ilidade
enunciati%a ao autor do texto6!ase# 4ssa ideia na %erdade se re.ere a um autor externo
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mencionado no texto6!ase para introduzir um conteHdo# A segunda su!stituição ocorrida &
classi.ica por .az uma distinçãoW# 4m!ora essas duas expressões não se$am em geral
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semanticamente equi%alentes nessa retextualização & aceit0%el que uma delas se$a utilizada
em su!stituição a outra#
=or&m a su!stituição de suportesW por g"nerosW ocasiona pro!lemas para a
exposição oral uma %ez que esses são elementos inclusi%e di.erenciados no texto6!ase# Z0
con%encionais e incidentaisW & mantido tal como no texto6!ase# =erce!emos pro!lemas de
compreensão do texto6!ase que inter.erem na exposição oral uma %ez que o conteHdo
retextualizado não corresponde ao que & dito por este texto#
=or outro lado entre os .ragmentos *a e *! ocorre a par0.rase que demonstra
compreensão do conceito de suportes con%encionaisW# Al&m disso a expositora re%ela uma
posição ati%a .rente / leitura do texto6!ase e da exposição oral atra%&s da inserção do
su!t:pico * que exempli.ica os suportes incidentaisW# Am!as as operações possuem a.unção de explicitar o conteHdo do texto6!ase#
Na retextualização E outras operações são %eri.icadas#
?NI-A-4 M4'MI5A E - M4RM6AS4^# =43S=45MIVA =3b=3IA )do autor do texto6!ase, 7 89:;C!<
^#1# usca6se caracterizar o que & um _portador_ de texto e o ní%el dainter.er"ncia do suporte no g"nero e do g"nero no suporte#7(?89:;C! *<
^#*# `Ser0 que a nu%em de .umaça como !ase de mensagens deixadas noar por um a%ião e o $ornal suportam g"neros do mesmo modo\`7(?89:;C! -<
^#*#1# A nu%em e o $ornal são suportes di.erentes# 7>E(:!(8A<^#E# 27a3 O su*o%e *o&e se ,1s+"o 2&+s%+$'(o "laa3 ou "o$ve$"+o$a&o
2so5e*os+'(o e$%e 0-$eo e su*o%e< ?m g"nero pode ser suportede outro g"nero#7(?89:;C! <
Suporte .ísico Q tópico 4
Suporte con%encionado )so!reposição entre g"nero e suporte, Q tópico 5
^^#E#1# 2>a3 O 9o$al ? um su*o%e "o$ve$"+o$a&o@ um #+*e0-$eo"o$s%+%u1&o *o ou%os 0-$eos< 7EE2:F! :A>A ! (?89:;C!<
Zornal9 suporte con%encionado )(iper6g"nero Q g"nero constituído por %0rios outros, Q tópico 6^#D# 0l!um & um suporte .ísico e o $ornal & um suportecon%encionado# 7(?89:;C! 0<
34M4RM?ALIOAXY E))ol(a para o slide,, 2>a3 &e*o+s ele ,a/ uma &+s%+$'(o e$%esu*o%e BSICO<<< e "o$ve$"+o$a&o<<< 789:;C!<))ol(a para os interlocutores,, o .ísico seria99 a coisa material### tipo99o papel tam!&m ser%e### 7(?89:;C! *<
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))ol(a rapidamente para o slide e depois para os interlocutores,, 2>53e o "o$ve$"+o$a&o se+a %+*o<<< o 9o$al### uma coisa que tem aquelaestrutura### que tem aquele taman(o### do!rado daquele $eito### .oidecidido que aquilo & um suporte c(amado $ornal###))alterna o ol(ar entre o slide e os interlocutores,, 2>53 e:: "om*le%a,ala$&o ue o ORNAL<<< al?m &e se su*o%e "o$ve$"+o$a&o<<<ele "o$s+&ea "omo um<<< #+*e0-$eo<<< *oue ele e$e v+os0-$eos &e$%o &e umF &e um 0-$eo s ue se+a o 9o$al<<< pode)passar, ))dirigindo6se / colega que pro$eta os slides,,###7(?89:;C! -<
Na retextualização E são retomados apenas o su!t:pico E da unidade tem0tica E do
texto6!ase# 5onsiderando que o t:pico e os su!t:picos anteriores consistem em ideias que
ancoram esse su!t:picos E não (0 pro!lemas em eles serem os dois Hnicos retomados nesse
momentos da exposição#
corre entre os .ragmentos 1a e 1! a condensação e ao mesmo tempo a eliminação
das explicações entre par"nteses Q )distinção clara,W e )so!reposição entre g"nero e
suporte,W# -e qualquer modo o conteHdo principal & mantido# 4ssas operações ser%em para
expor o conteHdo do texto6!ase# =odemos o!ser%ar a preocupação da expositora em tornar
mais claro para os interlocutores o conteHdo atra%&s da explicação o .ísico seria99 a coisa
material### tipo99 o papel tam!&m ser%eW ela!orada a partir do acr&scimo de conteHdo# Z0
entre os trec(os destacados em *a e *! (0 a par0.rase com a .unção de explicar o conteHdo
do texto6!ase#
Ap:s a apresentação de conceitos6c(a%e com !ase nos slides pro$etados a
expositora apresenta exemplos so!re o conteHdo# 4sses exemplos são ela!orados a partir do
texto6!ase ou a partir da pr:pria compreensão da expositora#
?NI-A-4 M4'MI5A D - M4RM6AS4## 'arcusc(i discute a relação entre g"nero e suporte# 789:;C!<##1 Citação% import2ncia de di.erenciar g"nero de suporte o quenem sempre ocorre com precisão# 27a3 E): outdoor @ ue $(o ? um0-$eo@ mas um su*o%e *5l+"o *aa v+os 0-$eos# 78E(E<-istinção entre suporte e g"nero )ex#9 outdoors, Q tópico
34M4RM?ALIOAXY D))ol(a e aponta para o slide 4xemplo outdoor W, aí eu coloqueialguns exemplos### no caso do outdoor### ))ol(a para osinterlocutores,, 2753 voF vo"- $(o *o&e ,ala ue o OUTDOOR ?um 0-$eo<<< *oue ele e$0lo5a<<< v+os 0-$eos<<< 78E(E<
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Na unidade tem0tica E o ponto EW .unciona como t:pico e E#1#W com su!t:pico# A
relação de tese se mant&m entre os .ragmentos 1a e 1!# A retextualização nesse caso se d0
pela par0.rase que rea.irma a ideia do texto6!ase uma %ez que a expositora utiliza o
pronome com %alor gen&rico %oc"W e .az uma a.irmação categ:rica marcada pela
modalização deôntica não podeW# -esse modo ocorre adesão da expositora ao conteHdo do
texto6!ase#
s exemplos seguintes são construídos a partir da inserção que ilustra o conteHdo do
texto6!ase# 4sses exemplos são demonstrados em imagens presentes nos slides# Vale
destacar na exposição desses exemplos o mo%imento da expositora em ol(ar e apontar para
os slides o que indica que eles são utilizados como apoio para a exposição como
constatamos na retextualização U934M4RM?ALIOAXY U
))ol(a e aponta para o slide,, no caso aqui & um con%ite### para um.esti%al de teatro### ))aponta para a pesquisadora,, a<a R)pesquisadora, $0 tin(a mostrado esse aqui###pode passar###))ol(a e aponta para o slide 4xemplo anHncio de sapatosW,, no casoaqui & um anHncio###de sapatos###uma propaganda###))ol(a rapidamente para a colega que pro$eta os slides# A colega pro$eta o slide 4xemplo campan(aW,,))ol(a e aponta para o slide,, e aqui uma campan(a###&99 do pessoal%egetariano###)).ala para a colega que pro$eta o slide ol(ando para o slide,, pode ir###
A unidade tem0tica D do texto6!ase & no%amente utilizada para explicar um ponto
que não & explicado na retextualização 9 o de que o outdoor & um suporteW e não um
g"neroW# corre no%amente a par0.rase para expor o conteHdo#
?NI-A-4 M4'MI5A D - M4RM6AS4## 'arcusc(i discute a relação entre g"nero e suporte# 789:;C!<##1 Citação% import2ncia de di.erenciar g"nero de suporte o quenem sempre ocorre com precisão< 27a3 E): outdoor @ ue $(o ? um
0-$eo@ mas um su*o%e *5l+"o *aa v+os 0-$eos< 78E(E<-istinção entre suporte e g"nero )ex#9 outdoors, Q tópico
34M4RM?ALIOAXY ))ol(a para os interlocutores gesticulando as mãos,, ou se$a são%0rios g"neros em um< em um Hnico suporte### não pode .alar### 2753ele ))o autor do texto6!ase,, $(o "o$"o&a ue vo"- *o&e ,ala ueoutdoor H um 0-$eo<<< se+a ma+s um su*o%e<<< ))nesse momentoa tela de pro$eção .ica em !ranco,, 78E(E<
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B0 nessa par0.rase a atri!uição da responsa!ilidade enunciati%a ao autor do texto6
!ase entretanto a ideia apresentada se re.ere a 'arcusc(iW cu$o tra!al(o & mencionado
nesse texto# 3e%ela6se portanto um pro!lema de compreensão do texto6!ase#
Ap:s apresentar o conteHdo do texto6!ase a expositora relaciona o conteHdo com
imagens que ser%em como exemplos# 5onstruídos a partir da inserção os exemplos ilustram
o conteHdo do texto6!ase e são expostos em slides# Interessante perce!er na exposição
desses exemplos o mo%imento da expositora em ol(ar e apontar para os slides o que indica
que eles são utilizados como apoio para a exposição# importante destacar o uso dos
exemplos como recurso para o enriquecimento desta exposição oral como meio de na
condição de actante a quem & atri!uída a ação e a responsa!ilidade agir como ator so!re o
texto6!ase nos termos de roncart )*++,#Assim como na retextualização a exposição de exemplos na retextualização 8 se
d0 pela inserção a qual ilustra o conteHdo do texto6!ase#
34M4RM?ALIOAXY 8))ol(a para a tela em !ranco,, pode )passar,### ))dirigindo6se / colegaque pro$eta os slides,,))ol(a e aponta para o slide 4xemplo li%ros $ornal etc# ,, nocaso### a gente tem agora os suportes### con%encionais###que seriam osli%ros### e o $ornal### e os incidentais que seriam
))alterna o ol(ar entre o slide e os interlocutores,, a< a 0r%ore###&99 ocorpo (umano para .azer uma tatuagem### um muro pra .azer uma pic(ação###))ol(a rapidamente para o lado da colega que pro$eta os slides# Acolega pro$eta o slide 4xemplo ar $ornal etc#W,,
Z0 a retextualização ^ & ela!orada a partir de um exemplo do texto6!ase#
?NI-A-4 M4'MI5A U - M4RM6AS4^#*# 27a3 `Se ue a $uvem &e ,uma'a "omo 5ase &e me$sa0e$s
&e+)a&as $o a *o um av+(o e o 9o$al su*o%am 0-$eos &omesmo mo&oJ 7:E>B?=8A/89:;C!<^#*#1# 27a3 A $uvem e o 9o$al s(o su*o%es &+,ee$%es<7>E(:!(8A<
^#E# suporte pode ser .ísico )distinção clara, ou con%encionado)so!reposição entre g"nero e suporte# ?m g"nero pode ser suporte deoutro g"nero# 78E(E<
^#E#1# 2>a3 O 9o$al ? um su*o%e "o$ve$"+o$a&o um (iperg"neroconstituído por outros g"neros# 7EE2:F!<
34M4RM?ALIOAXY
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))alterna o ol(ar entre o slide e os interlocutores apontando para o slide,, 2753 au+ a 0e$%e %em uma es*?"+e &e:: su*o%e ,1s+"o<<< uese+a<<< O AR<<< a1 vo"- ,a/ uma me$sa0em "om o av+(o<<< a1 vo"-%em um su*o%e ,1s+"o<<< 2>53 o su*o%e "o$ve$"+o$a&o ue se+a o 9o$al<<< igual eu .alei### naquele .ormato### naquele taman(o###con%encionou6se )o, que se c(ama $ornal###e ali eu ac(ei curiosocolocar que### a gente %" pala%ras cruzadas em $ornal e papel### enunca %iu em um<em um edi.ício### seria um### suporte incidental###7EE2:F!(<
A partir da sua interpretação so!re as in.ormações expostas nessa parte da unidade
tem0tica U do texto6!ase a expositora desen%ol%e exemplos# exemplo destacado em 1a &
ela!orado a partir da par0.rase e o que est0 destacado em %ermel(o consiste em uma
retomada# 4m seguida temos a inserção que demonstra mais uma %ez a inter%enção daexpositora dessa %ez marcada pelo uso repetido do euW#
Ap:s a exposição dos exemplos a expositora %eri.ica se (0 algo a mais a ser
apresentado e atendendo a uma das características da exposição oral anuncia a exposição
da pr:xima participante#
34M4RM?ALIOAXY 8))ol(a para a tela em !ranco,, pode )passar,### ))dirigindo6se / colegaque pro$eta os slides,,))ol(a e aponta para o slide 4xemplo li%ros $ornal etc# ,, nocaso### a gente tem agora os suportes### con%encionais###que seriam os
li%ros### e o $ornal### e os incidentais que seriam))alterna o ol(ar entre o slide e os interlocutores,, a< a 0r%ore###&99 ocorpo (umano para .azer uma tatuagem### um muro pra .azer uma pic(ação###))ol(a rapidamente para o lado da colega que pro$eta os slides# Acolega pro$eta o slide 4xemplo ar $ornal etc#W,,
Al&m da su!stituição da par0.rase e da inserção de exemplos ocorrem nessa 4 a
retomada a condensação a eliminação e o acr&scimo de conteHdo# A expositora apropria6se
do papel de especialista do texto6!ase apresentado pois comunica o conteHdo deste texto
aos seus interlocutores e emprega exemplos para ilustrar o que & comunicado#
As operações utilizadas indicam a compreensão parcial do texto6!ase# Apesar de
alguns pro!lemas explicitados anteriormente em sua maioria as operações de
retextualização apontam que a expositora compreendeu glo!almente o texto o que
.a%oreceu a produção de uma 4 de qualidade considerando6se a proposta que moti%ou sua
realização#
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Co$s+&ea'.es ,+$a+s
A an0lise das 4 que consituem o corpus da nossa pesquisa re%elam que qualidade
das exposições orais .uncionam em con$unto com a compreensão glo!al do texto6!ase e
com o uso dos textos selecionados como apoio )no caso os slides eletrônicos,# São .ortes os
indícios de que essa compreensão e esse uso in.luenciam a qualidade da 4# Ao ela!orarem
este g"nero os estudantes podem apenas relatar sua leitura como podem tam!&m
acrescentar críticas que impulsionem o de!ate em sala de aula#
estudo realizado aponta ainda para a necessidade de in%estimento na capacitaçãodos graduandos para que eles produzam exposições orais e.icazmente e de .ocalização dos
papeis desses estudantes como participantes da es.era acad"mica considerando a rele%2ncia
destes papeis# Não se pode perder de %ista que a 4 & um instrumento signi.icati%o para a
atuação dos estudantes na es.era acad"mica# Não s: no 4nsino Superior como no
desempen(o de di%ersas pro.issões esses estudantes necessitam realizar apresentações
orais como lem!ram -olz et al# )*++D,#
=ortanto a 4 merece atenção na uni%ersidade no sentido de ser uma ati%idade
guiada por o!$eti%os pre%iamente de.inidos e re.lexões so!re sua produção# Não se podedesconsiderar que este g"nero & uma oportunidade de os estudantes participarem da
construção do con(ecimento acad"mico6cientí.ico e desen%ol%erem capacidades re.erentes
/ produção oral tão importante quanto a produção escrita#
Operations of (re)textualization in academic oral exposition genre
Abstract % ;n this paper Ge discuss the operations o )re+textualization o Gritten texts toelectronic slides that are used to "uide the oral expositions as Gell as the operations o
)re+textualization o Gritten texts to academic oral expositions produced bH under"raduate students. !ur aim is to analHze the connections betGeen the comprehension o Gritten textsand the &ualitH o the oral expositions. 8he theories o 2arcuschi )-II*+ and Dolz et al#)-II0+ support the analHsis. 8he results demonstrate the importance o the comprehensionand the value o the slides or eective production o academic oral expositions.
Keywords% )>e+textualization J !ral exposition J Comprehension
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Re,e-$"+as
NINI Adair# s g"neros do $ornal9 questões de pesquisa e ensino# In9 A3]SI Acir 'ario et al # G-$eos %e)%ua+s: e,le).es e e$s+$o< =almas e ?nião da Vit:ria =39aTgangue *++U p#1688#
3N5A3M Zean =aul# A%+v+&a&e &e l+$0ua0em@ &+s"uso e &ese$volv+me$%o#uma$o# 'A5BA- Ana 3ac(el; 'AM4N5I 'aria de Lourdes 'eireles# )rgs#,#5ampinas9 'ercado de Letras *++#
-4LL7ISLA 3egina L# =&ret# Re%e)%ual+/a'(o &e %e)%os es"+%os. 3io de Zaneiro9Lucerna *++8#
-LO Zoaquim; S5BN4?]Lf ernard; -4 =I4M3 Zean6>rançois de e OABN-@a!rielle# A exposição oral# In9 G-$eos oa+s e es"+%os $a es"ola# Mradução erganização de 3oxane 3o$o @laís de Sales 5ordeiro# 5ampinas S=9 'ercado de Letras
*++D p#*1U6 *D#'A35?S5BI Luiz Antonio# Da ,ala *aa a es"+%a: a%+v+&a&es &e e%e)%ual+/a'(o # São=aulo9 5ortez *++1#
VI4I3A Ana 3egina >erraz# Sem+$+os Es"olaes: 0-$eos@ +$%ea'.es e le%ame$%os#3eci.e9 4ditora ?ni%ersit0ria da ?>=4 *++8#