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REVISTA O MUNDO DA USINAGEM 69TRANSCRIPT
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Publicação da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147
AutocAmMelhor preparada para a retomada, empresa cresce no mercado
IndústrIa automotIva
BiBliotecA BrAsiliAnA A contribuição de José Mindlin à cultura brasileira
69
Realidade virtual e manufatura flexível viabilizam produção caótica
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esféricos / maior rigidezPistola de ar e pistola de lavagem manuaisJato de arSistema de lubrificação central automáticoTrocador de calor para cabines elétricasSistema de refrigeração de alta potência / maior
durabilidade das ferramentas
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Irum
Sha
hid
pArA começAr...
Esperança, chama que não se estingue enquanto há fé.
Luz de ânimo e sinal de vida no caminho do peregrino.
Símbolo de crença dos que se curvam ante à própria
pequenez em prol da elevação da alma.
Busca que busca e a chama se acalma,
fazendo ascender o coração do homem.
O Mundo da Usinagem �
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Índice69edição 07 / 2010
03 para começar...
04 ÍNDIce / expeDIeNte
06 machINe INveStmeNtS: maNuteNçõeS e pequeNoS loteS SuSteNtam mercaDo De FuraDeIraS coNveNcIoNaIS
10 chão De FábrIca: Nova aborDagem amplIa eScopo Do métoDo De trabalho 5 S
16 eStratégIa: autocam alcaNça maIor competItIvIDaDe com revISão DoS proceSSoS De uSINagem
26 De olho No mercaDo: INDúStrIa automotIva buSca FlexIbIlIDaDe e eStratégIaS INovaDoraS
32 IDeIaS e peNSameNtoS: Doação De acervo De JoSé mINDlIN reSulta No proJeto braSIlIaNa uSp
40 NoSSa parcela De reSpoNSabIlIDaDe
42 aNuNcIaNteS / DIStrIbuIDoreS / Fale com eleS
Publicação da Sandvik Coromant do BrasilISSN 1518-6091 RG. BN 217-147
eXpediente o mundo dA usinAGem é uma publicação da Sandvik coromant do brasil,
com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados. av. das Nações unidas, 21.732 - Sto. amaro - cep 04795-914 - São paulo - Sp.
conselho editorial: aldeci Santos, ancelmo Diniz, aryoldo machado, edson truzsco, edson bernini, eduardo Debone, Fernando de oliveira, Francisco marcondes, heloisa giraldes,
Nivaldo braz, Nivaldo coppini, Nixon malveira e vera Natale. editor-chefe: Francisco marcondes
coordenação editorial, edição de arte, revisão e produção gráfica: equipe house press propaganda (Natália carcavilla, ronaldo monfredo, Décio colasanti, rogério morais e tiago marques).
Jornalista responsável: Francisco marcondes - mtb 56.136/Sp propaganda: gerente de contas - thaís viceconti / tel: (11) 2335-7558 cel: (11) 9909-8808
projeto gráfico: house press Gráfica: company
Contato da rEvIsta omu
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mAchine investments
Indispensáveis em indústrias e oficinas de todo o País, furadeiras convencionais recebem inovações tecnológicas
além de empresas de usinagem,
mineradoras e estaleiros tam-
bém são importantes usuários de
furadeiras. Geralmente compostas
por um cabeçote, denominado
fuso, responsável por colocar uma
ferramenta (broca) em rotação,
as furadeiras podem apresentar
diferentes tamanhos, modelos e
serem destinadas a diversas aplica-
ções, podendo realizar desde uma
operação simples, como furos de
pequeno diâmetro, até uma furação
complexa, que exige alta precisão.
EquipamEntos tradicionais são rEfErência Em
Desenvolvidas com base nos
antigos tornos mecânicos, as
furadeiras convencionais são utilizadas para realizar diversas
operações de furação. Nas indústrias
de manufatura, estes equipamentos
são fundamentais para qualquer pro-
cesso de usinagem, já que a maior
parte das peças usinadas necessita
de pelo menos um furo para receber
encaixes e outros procedimentos.
De acordo com Mauro eduardo trevisan, gerente de Marketing e
Vendas Internacionais da deb’MAQ,
fabricante de máquinas-ferramenta,
as furadeiras estão presentes em
praticamente todas as oficinas e in-
dústrias do País pois, em sua maioria,
são utilizadas como equipamentos de
apoio. “Pensando na linha de máqui-
nas-ferramenta, este tipo de equipa-
mento é um dos mais populares do
mercado”, analisa Trevisan.
Segundo thiago Henrique santos Apipi, gerente Comercial
da AtlAsMAQ – fabricante de
equipamentos para os mais va-
riados segmentos da indústria –,
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processos de furação
O Mundo da Usinagem�
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Diversidade de aplicaçãoNo setor industrial são utilizadas
furadeiras de bancada, de coluna,
fresadoras e radiais. De acordo com
Apipi, as primeiras furadeiras de ban-
cada apresentavam sistema de troca
de velocidade por meio de correias
e eram ideais para fazer furos de
até 25 mm. Hoje, este equipamento
ainda é utilizado para realizar peque-
nos furos; porém, com as recentes
evoluções tecnológicas, as operações
se tornaram mais rápidas e práticas.
“Desenvolvemos uma furadeira de
bancada totalmente engrenada e com
troca rápida de velocidade, realizada
por meio de uma manivela. Assim, o
profissional não precisa parar a ope-
ração para modificar a velocidade ou
rotação do equipamento”, ressalta o
gerente da ATLASMAQ.
Para operações de furação de
peças maiores, as furadeiras de
coluna são as mais adequadas, pois
apresentam coluna maior do que as
de bancada e capacidade de furação
de até 45 mm. Neste equipamento,
a evolução mais recente é o sistema
‘saca-broca’ – dispositivo que evita que
o operador empurre a ferramenta para
que ela se solte. “É um dispositivo sim-
ples e rápido, em que apenas girando
um botão é possível soltar a broca ou
encaixá-la em seu devido lugar, facili-
tando a operação”, explica.
Outro equipamento bastante
utilizado para executar furos de até
45 mm são as furadeiras fresadoras.
“Estas máquinas possuem todas as
funções de uma furadeira, contudo,
também permitem realizar algumas
operações típicas de uma fresadora”,
aponta Trevisan, da DEB’MAQ.
Com mesa coordenada de avanço
automático, as furadeiras fresadoras
são versáteis e alguns modelos pos-
suem dispositivos de microavanço
para furo. “Esta característica é im-
portante porque toda furação neces-
sita de precisão, e é possível alcançar
um alto nível de confiabilidade com
este dispositivo encontrado em todos
os nossos modelos de furadeiras e
fresadoras”, analisa Apipi.
Sem errosNa opinião de Trevisan, apesar
de existir furadeiras radiais de pe-
queno porte, estes equipamentos
são destinados principalmente para
a usinagem de furos de grande diâ-
metro, com elevada remoção de ca-
vacos. “Temos uma furadeira radial,
a FRN 100/3150, com capacidade
para fazer furos de até 100 mm, um
diferencial no mercado de furação,
já que normalmente a capacidade
das máquinas convencionais é de
até 60 mm”, explica o gerente da
DEB’MAQ.
Para Apipi, quando se trata de
peças de grande porte, é funda-
mental que o operador realize as
atividades de furação com o máximo
de precisão possível, para não haver
risco de danificar as peças. Pensando
nisto, a ATLASMAQ desenvolveu uma
furadeira radial com tecnologia digital
para facilitar o comando das coorde-
nadas. “Conseguimos proporcionar
redução relevante de desperdício de
material com esta tecnologia, garan-
tindo maior exatidão das operações”,
comenta o gerente da ATLASMAQ.
Assim como em diversos proces-
sos de usinagem, precisão é uma
característica essencial para que
as furadeiras alcançem excelentes
desempenhos. Segundo Apipi, para
oferecer alta precisão, o equipa-
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Furadeira radial Frn 100/3150, da dEb’maQ, é capaz de realizar furos de até 100 mm
Furadeira de coluna é ideal para executar furos de até 45 mm
O Mundo da Usinagem �
![Page 8: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/8.jpg)
mento deve ser robusto, versátil e
permitir operações variadas de fu-
ração, tanto em diferentes tamanhos
quanto em distintas posições.
Trevisan ainda ressalta que a pre-
cisão de uma furadeira convencional,
não computadorizada, depende dos
ajustes mecânicos realizados, e por
isso é imprescindível que a empresa
fabricante tenha conhecimento e ex-
periência neste mercado. “O que vai
garantir a qualidade de uma furadeira
é o fato de este produto ser fabricado
por meio de um processo adequado
e confiável, com mão-de-obra espe-
cializada e sistemas de montagem
precisos”, aponta.
Análise necessária Atualmente, também é possível
realizar operações de furação em
centros de usinagem ou em fresa-
doras CNC, entre outras máquinas.
No entanto, é preciso analisar o
custo–benefício da operação para
executar a furação nestes equipa-
mentos. De acordo com o gerente
da DEB’MAQ, diversos fatores podem
influenciar na escolha da máquina
ideal para o processo de furação.
“Um deles é a questão do custo, que
em uma furadeira convencional será
muito menor do que em um centro
de usinagem”, avalia Trevisan.
Segundo Apipi, dependendo da
operação e da competitividade do
produto que está sendo ofertado
ao mercado, muitas vezes é inviável
realizar o processo de furação em
um centro de usinagem. “No caso
de operações em pequena esca-
la, o ideal é executar o processo
em furadeiras tradicionais, pois o
custo–benefício será mais vantajoso”,
explica o gerente da ATLASMAQ.
Trevisan assinala que a comple-
xidade da peça que será usinada e o
número de furos a ser realizado também
são fatores importantes na hora desta
decisão. “Se for preciso fazer diversos
furos em uma só peça, a utilização de
uma furadeira convencional não é a me-
lhor opção, pois haverá perda de tempo
e precisão, já que o operador terá que
ajustar a máquina várias vezes”.
Portanto, é preciso analisar as par-
ticularidades de cada processo para
eleger o equipamento de furação mais
adequado. No caso de peças seriadas
com alta complexidade e que exigem
alta precisão, a melhor escolha seria
utilizar um centro de usinagem ou um
centro de furação. Já se a operação for
mais simples ou demandar pequenos
lotes, ou no caso de pequenas oficinas
de manutenção, onde a necessidade
da execução de um furo qualquer
pode surgir inesperadamente, o mais
comum seria a utilização de furadeiras
tradicionais.
Para os gerentes da ATLASMAQ e
da DEB’MAQ, a utilização de furadeiras
manuais sempre terá sua importância
nas indústrias e oficinas do País, por
tratar-se de uma máquina básica para
toda empresa que atua no mercado de
usinagem. “Só deverão investir em cen-
tros de furação aquelas indústrias que
realmente trabalham com processos
complexos e com produção seriada”,
esclarece Trevisan.
Fernanda Feres
Jornalista
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robusta versátilmontada com sistemas precisosoperada por profissionais
qualificados
Para garantir qualidade e precisão, uma furadeira deve ser...Di
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tecnologia digital incorporada à Furadeira radial da atlaSmaQ facilita o comando de coordenadas. na foto, thiago Henrique Santos apipi, gerente comercial
Furadeira fresadora FF-45Praa da atlaSmaQ garante alta precisão
O Mundo da Usinagem�
![Page 9: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/9.jpg)
![Page 10: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/10.jpg)
Focado no ambiente de trabalho, programa aplicado na Tooling Supply da Sandvik do Brasil se tornou referência na organização
“Atualmente, utilizamos recursos
que ajudam a manter a eficiência do
método de trabalho 5S e, periodica-
mente, procuramos inserir novidades
para que todos os colaboradores
participem ativamente do progra-
ma”, aponta Raquel.
Desenvolvido no Japão após a
Segunda Guerra Mundial, o 5S busca
promover a disciplina de todos os pro-
fissionais envolvidos nos processos de
uma empresa ou indústria por meio
de cinco conceitos base, que ajudam
a tornar o ambiente de trabalho mais
agradável, seguro e produtivo.
boas práticas
Como conscientizar
Pensando na manutenção da
qualidade e no desenvolvi-
mento de novos produtos,
uma das áreas de negócio do Grupo
Sandvik, a Sandvik Tooling Supply,
trabalha no Brasil com o conceito de
melhoria contínua, tanto nas áreas
administrativas quanto no chão de
fábrica. Foi seguindo esta filosofia
que o setor de Qualidade Assegu-
rada, no Brasil, decidiu implantar
em 2006 o programa 5s – também
conhecido como Housekeeping
(expressão que em inglês significa
‘cuidar da casa’) –, aplicado às áreas
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de pastilhas, ferramentas e centro
de distribuição, se estendendo
posteriormente ao departamento
de Administração Corporativa da
Tooling Supply.
Implantado por Raquel bidin e
atualmente coordenado por Renata sena, respectivamente analista e
assistente de Qualidade Assegurada
da Sandvik Tooling Supply no Bra-
sil, este conceito – que havia sido
implantado na empresa somente de
forma introdutória, sem apresentar
bons resultados – envolve hoje
aproximadamente 190 profissionais.
chão de fáBricA
O Mundo da Usinagem10
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Com o objetivo de manter a
organização e limpeza da fábrica,
reduzir riscos de acidentes, evitar
desperdícios e melhorar a produti-
vidade das operações e a qualidade
de vida dos profissionais, a filosofia
5S é um conceito que visa a melhoria
do ambiente de trabalho, mas que,
devido à sua simplicidade, pode ser
aplicado também na vida pessoal
do colaborador. O método recebeu
este nome por causa das iniciais
das palavras japonesas que sinteti-
zam o programa. Entre os conceitos
adotados e também adaptados pela
Tooling Supply estão o seiri (Senso
de utilização), seiton (Senso de
organização), seiso (Senso de lim-
peza), seiketsu (Senso de asseio) e
shitsuke (Senso de autodisciplina).
Simples e eficienteTendo como finalidade evitar a
duplicidade de material e reduzir o
tempo de procura de documentos e
ferramentas, o conceito seiri, adap-
tado na Tooling Supply como Senso
de Utilização, consiste em separar
o que é utilizado para a realização
do trabalho e descartar o que não
é utilizado, assim como identificar
todos os objetos e materiais envol-
vidos nos processos. Desta forma,
é possível obter maior espaço para
armazenamento de materiais e
melhor visualização do ambiente
de trabalho.
Seguindo a mesma linha do con-
ceito anterior, a ideia do segundo ‘S’
– seiton ou Senso de Organização – é
manter os departamentos da empresa
sempre organizados e definir um local
de armazenamento para cada objeto.
“Como trabalhamos com três turnos
na fábrica, este procedimento facilita
a organização do ambiente e obtemos
maior controle dos equipamentos e
ferramentas utilizados”, explica Raquel.
Já o conceito seiso é voltado para a
limpeza tanto dos departamentos en-
volvidos no programa quanto das áreas
comuns da empresa, como banheiros,
corredores e áreas de café.
Outro conceito relacionado à
limpeza é o seiketsu, ou Senso de
Asseio. Este ‘S’ consiste em preser-
var a higiene em todos os locais de
trabalho, quer sob o aspecto físico
ou mental. Segurança também é um
ponto importante e é por isso que
neste ‘S’ são observadas questões
como utilização correta de EPI’s,
identificação e localização de objetos
de segurança, como extintores de
incêndio, e outros fatores indispensá-
veis para o bem-estar dos profissio-
nais da organização. “Algumas áreas
trabalham com produtos químicos e,
portanto, é necessário disponibilizar
a folha de dados para situação de
emergência durante a utilização des-
tes produtos”, ressalta Renata.
Para verificar se os procedimen-
tos do programa 5S estão sendo
seguidos naturalmente pelos cola-
boradores da Tooling Supply, esta-
beleceu-se o quinto ‘S’ - shitsuke,
ou Senso de Autodisciplina, que
abrange o comprometimento dos
profissionais com o programa. “Po-
demos perceber a mudança cultural
Para manter a eficiência do 5S na tooling Supply foi criado um método de manutenção, realizado por meio de auditorias internas
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mudança cultural na tooling Supply pode ser percebida por meio de diversas atitudes, como a realização adequada da coleta seletiva
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O Mundo da Usinagem 11
![Page 12: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/12.jpg)
chão de fáBricA
na empresa por meio de diversas
atitudes, como a realização adequada
da coleta seletiva”, comenta Renata.
TrajetóriaDe acordo com Raquel, a implan-
tação e adaptação do programa 5S
na Tooling Supply foram realizadas
em três etapas. A área de pastilhas
foi a primeira a receber a fase de
treinamento, em que os profissionais
que não conheciam o método 5S
foram orientados sobre o conceito
e os procedimentos da filosofia.
Para os que já haviam participado
do programa, foram realizadas reu-
niões que abordaram os principais
desafios para a implantação e ma-
nutenção do novo método.
Após a etapa de treinamento, foi
realizado o ‘Dia D’, caracterizado por
um trabalho em conjunto de todos os
profissionais envolvidos no projeto
para a aplicação dos três primeiros
sensos, com o objetivo de eliminar
desperdícios causados pela falta de
organização e limpeza nos locais de
trabalho. “Neste dia, dedicamos um
período de aproximadamente cinco
horas para demonstrar na prática a
importância de adotar os sensos de
utilização, organização e limpeza,
contando também com a colabo-
ração dos diretores e gerentes da
empresa”, comenta Raquel.
Medidas inteligentesPara manter a eficiência do
programa foi criado um método de
manutenção do 5S, realizado espe-
cialmente por meio de auditorias
internas. As auditorias são realizadas
em dupla, por auditores voluntários
e qualificados de diferentes áreas,
onde a cada três meses ocorrem
auditorias surpresa nas áreas. No dia
em que são realizadas as auditorias,
tudo o que está correto e incorreto
em cada área é documentado pelos
auditores, por meio de fotos e pelo
preenchimento de um formulário
padrão. Uma pontuação é dada pelo
auditor para cada item analisado e
caso a nota seja abaixo de 100%,
é necessário apresentar uma justi-
ficativa, que servirá de base para a
posterior ação corretiva.
Finalizada esta etapa, são com-
putados os dados e uma pontuação
geral é disponibilizada para cada
área. O departamento que receber
a maior nota em cada auditoria tem
o direito de ficar com o troféu 5s
– que é rotativo – até o próximo
ciclo de auditoria. Além do troféu,
os profissionais do departamento
vencedor ganham um café da manhã
especial. É importante ressaltar que
cada área possui uma nota mínima
a ser atingida nas auditorias e, caso
esta pontuação não seja alcançada,
é necessário realizar um ‘Dia D’
complementar para que o departa-
mento corrija o que for preciso, se
alinhando assim ao que é praticado
pelo restante da organização.
Divulgado nos murais da fábrica,
o ranking com a posição de cada
departamento é enviado, junto aos
resultados das auditorias, para os
gestores e supervisores de cada área.
Para que o método corretivo seja
seguido adequadamente, é gerado
também um plano de ação por conta
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Ampliando o método 5SNos últimos anos, três conceitos foram incorporados ao método japonês de trabalho 5S, que segue cinco procedimentos simples para melhorar o desempenho dos processos de empresas e indústrias e também o bem-estar dos profissionais. São eles:setsuyaku (Senso de economia): quando os demais sensos estiverem
incorporados à rotina dos profissionais, a economia e o combate ao desperdício devem ser realizados por todos os colaboradores da empresashikari Yaro (Senso de determinação): a primeira fase de implantação
do 5S deve ter o comprometimento integral da Direção da empresa com o programashido (Senso de treinamento): deve ser realizado logo após a primeira
fase de comprometimento dos profissionais
departamento que alcança a maior pontuação em cada auditoria tem direito a café da manhã especial e de ficar com o troféu rotativo do 5S
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chão de fáBricA
das não conformidades detectadas
nas auditorias. “Este plano tem os
prazos negociados com os gestores
para a tomada de ação corretiva e,
quinzenalmente, a Qualidade verifica
se as ações foram concluídas e se
a não conformidade foi eliminada”,
aponta Raquel.
Conscientização Segundo Raquel, a principal
ferramenta de conscientização do
programa são as auditorias, pois os
auditores passam a ser vistos como
fiscais do programa 5S. “Existe uma
alternância de auditores para que
todos possam conhecer mais o mé-
todo, garantindo a constante recicla-
gem de treinamento, já que é também
responsabilidade do auditor orientar
os profissionais que estão tendo uma
atitude incorreta”, informa.
Para a analista, o principal re-
sultado obtido com a implantação
do programa 5S foi a mudança de comportamento dos profissio-nais. “Percebemos que as pessoas
realmente se preocupam com a or-
ganização e limpeza do ambiente de
trabalho e isso nos trouxe inúmeros
prometimento da Direção da empresa
– e shido (Senso de Treinamento).
Devido ao comprometimento da
equipe que implantou o 5S, da Dire-
ção e dos colaboradores envolvidos,
o método adotado e adaptado pela
Tooling Supply da Sandvik do Brasil
se tornou referência para outras subsi-
diárias da organização. “Fomos convi-
dados a implantar o projeto e orientar
os profissionais sobre os conceitos e
manutenção do 5S na filial da Tooling
Supply Tools da Sandvik dos Estados
Unidos”, evidencia Raquel.
Fernada Feres
Jornalista
benefícios, como redução de riscos
de acidentes e melhoria na qualidade
do produto”, garante Raquel. “O su-
cesso do programa se deve principal-
mente à manutenção que é realizada
por meio de auditorias internas e ao
comprometimento da Direção e dos
profissionais envolvidos”, enfatiza.
De acordo com Renata, a Tooling
Supply pretende incorporar mais três
conceitos ao programa 5S (veja mais
informações no quadro Ampliando
o método 5S). Nesta nova estrutura,
seriam implantados o setsuyaku
(Senso de Economia), shikari Yaro
(Senso de Determinação) – que na
realidade já é praticado com o com-
renata Sena e raquel bidin, do setor de Qualidade assegurada, são responsáveis pelo desenvolvimento do 5S na tooling Supply da Sandvik do brasil
Fern
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Novas oportunidadesAproveitando as boas perspec-
tivas apresentadas pelo setor, a
Autocam inaugurou em maio deste
ano mais uma unidade fabril em São
João da Boa Vista (SP), mesma cida-
de onde está localizada a Unidade I
da empresa. Assim como a primeira
planta, a nova fábrica apresenta
sete mil metros quadrados de área
construída, ocupando um terreno
com área total de 20 mil m2, um sig-
nificativo aumento em seu potencial
produtivo, lembrando que a Autocam
também possui uma terceira planta
Desde o início de 2010, o setor
automotivo tem surpreendido
positivamente a economia
nacional devido ao seu rápido rea-
quecimento após o período turbu-
lento instalado pela crise financeira
mundial de 2008.
Muitas montadoras de automó-
veis e veículos pesados tiveram que
dobrar os turnos de trabalho em
suas fábricas para atender o aumen-
to da demanda. Também para suprir
esta necessidade, empresas de
todo o segmento realizaram inves-
timentos significativos para ampliar
a produtividade de suas unidades
fabris. Em meio a este cenário, as
empresas responsáveis por fornecer
matéria-prima, componentes e siste-
mas para a indústria automotiva de-
vem estar preparadas para entregar
os produtos nos volumes e prazos
solicitados. Trabalhando com esta
premissa, a Autocam – empresa
de origem norte-americana (EUA)
que fabrica componentes para o
segmento automotivo – é uma das
organizaçôes que têm sentido os
bons resultados do crescimento
acelerado e contínuo desta área.
estrAtéGiA
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Durante o período de recessão econômica, Autocam investiu em melhorias nos processos do chão de fábrica e hoje colhe os bons frutos destas ações
otimização quE garantE
competitividade
O Mundo da Usinagem1�
![Page 17: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/17.jpg)
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na cidade de Boituva, em São Paulo
(acesse www.omundodausinagem.
com.br e confira o quadro Explo-
rando novos mercados).
Além da expansão física da empre-
sa, o quadro de funcionários também
sofreu mudanças positivas por conta
da ascensão do setor automotivo.
“Atualmente, a Autocam mantém 600
funcionários e a previsão é de que
possamos atingir um número de
colaboradores 25% maior do que o
período que antecedeu a crise”, projeta
José Roberto chaparim, gerente da
Unidade I de São João da Boa Vista.
No entanto, Chaparim observa que
esta expansão só pôde ser alcançada
devido ao esforço da Autocam em se
preparar adequadamente durante o
período de recessão – a organização
reestruturou suas operações produti-
vas e pôde sair à frente no mercado,
conquistando novos clientes. “Não
sabíamos como, nem quando a in-
dústria automotiva normalizaria suas
atividades, por isso, trabalhamos con-
tinuamente para estar prontos quando
isto acontecesse”, reforça o gerente.
Enquanto isso, no chão de fábrica...
Uma das estratégias adotadas
pela Autocam foi a reavaliação
dos processos de produção, com
o objetivo de otimizá-los. Odair chiqueto, técnico de Ferramentas
da Autocam, recorda que durante
a crise uma das principais dificul-
dades no chão de fábrica era o
gasto excessivo com ferramen-
tas de cor te. Esta situação era
estrAtéGiA
ainda mais evidente na linha de
produção de componentes para
direção hidráulica, que consiste
basicamente em operações de tor-
neamento. “Antes, os gastos que
tínhamos com ferramentas neste
processo estavam muito acima do
previsto para este tipo de opera-
ção”, relata Chiqueto.
Por este motivo, em outubro de
2009 a Autocam resolveu recorrer
ao distribuidor de ferramentas
cutting tools para ajudá-los a
resolver este desafio. Foi então
que indalecio Amaral neto, ge-
rente de Vendas do distribuidor,
junto aos especialistas da sandvik coromant, iniciou estudos para
definir a melhor solução a ser
aplicada na linha. Com a ajuda de
especialistas de diferentes áreas
da usinagem, a solução foi apre-
sentada em apenas 20 dias.
eliseu bueno santana, super-
visor geral de Produção da Autocam,
conta que o projeto apresentado pela
Sandvik Coromant/Cutting Tools con-
seguiu solucionar com eficiência o
Projetos de melhorias foram imPlantados em diversas linhas no chão de fábrica
da esq. Para dir.: okis richard bigelli, odair chiqueto, nelson dos santos (na fileira suPerior), indalecio amaral neto e jair munarolo (na inferior)
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![Page 19: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/19.jpg)
![Page 20: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/20.jpg)
desafio da linha de produção. “Da
forma que era feita anteriormente,
a usinagem dos componentes
hidráulicos apresentava variação
de medidas e um desgaste muito
rápido das ferramentas”, lembra
Santana. “Hoje, todas estas irregu-
laridades foram corrigidas e temos
maior confiabilidade no processo,
garantindo alta precisão na fabri-
cação dos componentes”, compara
o supervisor.
Os números alcançados sem
dúvida confirmam estas melhorias.
Outro benefício conquistado com
o novo processo foi a redução do custo com a aquisição de ferramentas.
Depois dos bons resultados
decorrentes do primeiro trabalho,
quatro outros processos da em-
presa foram otimizados. Em todos
eles, a metodologia aplicada foi a
do Programa de incremento da Produtividade (PiP), desenvolvi-
do pela sandvik coromant. Tal
metodologia implica a revisão geral
de todo o processo, reavaliando
não só os parâmetros de corte,
geometrias, quebra-cavacos e clas-
ses de metal duro das ferramentas,
mas também o sequenciamento de
operações, estratégias de fixação
das peças e programação da má-
quina, entre outros.
Produtividade potencializada
Na mesma linha de produção de
componentes para direção hidráulica
em que foi aplicada a primeira ação
da Cutting Tools, alguns meses mais
tarde outro gargalo foi detectado.
Desta vez, o principal desafio foi
aumentar o volume de produção da
linha, que não atendia a demanda
repassada à empresa. E, por meio do
PIP, foi possível melhorar os resulta-
dos também nesta operação.
Com o ferramental e fixação uti-
lizados anteriormente, era possível
usinar somente uma peça por vez.
Depois da implantação do projeto
sugerido pela Sandvik Coromant/
Cutting Tools, o novo processo per-
mite que três peças sejam usinadas
em uma única fixação. Okis Richard bigelli, especialista em Cortes de
Canais e Usinagem de Peças Peque-
nas da Sandvik Coromant, foi um dos
estrAtéGiA
josé roberto chaParim, gerente industrial da unidade i da autocam de são joão da boa vista
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Uma das estratégias adotadas pela Autocam
foi a reavaliação dos processos produtivos,
com o objetivo de otimizar a fabricação
O Mundo da Usinagem20
![Page 21: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/21.jpg)
![Page 22: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/22.jpg)
estrAtéGiA
profissionais que, ao lado da Cutting
Tools, realizou estudos de otimização
dos processos da linha em questão.
“Inicialmente, testamos nestas ope-
rações uma classe de pastilha mais
dura, a GC1125. No entanto, elas
se quebravam com muita facilida-
de”, conta Bigelli. “A pastilha que
nos forneceu melhores resultados
é dotada de uma nova tecnologia
de revestimento multicamadas, que
nos permite operar com altas velo-
cidades de corte e ainda apresenta
vida útil superior em relação às fer-
ramentas aplicadas anteriormente”,
avalia Okis.
Além da substituição do ferra-
mental, foram incluídas operações
de canais no processo de usinagem
e a forma de fixação das peças no
equipamento foi reestruturada.
Não pode pararTrabalhando em ritmo acelerado
de produção, uma das dificuldades
das empresas em encontrar solu-
ções para otimizar os processos produtivos são os tryouts feitos
nas fábricas. Como se sabe, esta
experiência exige parada de má-
quina e, consequentemente, parada
momentânea da produção, que pode
refletir em um menor volume de pe-
ças produzidas por hora. Por isso, a
metodologia utilizada pelo Programa
de Incremento de Produtividade é
um método que pode facilitar o dia
a dia do chão de fábrica.
“Na primeira etapa do PIP estuda-
mos o processo de usinagem atual e
registramos todos os detalhes, como
o percurso das ferramentas, tempos
de corte e fixação da peça”, explica
nelson dos santos, consultor de
Projetos de Produtividade da Sandvik
Coromant. Depois desta fase, os espe-
cialistas em ferramentas estudam qual
o melhor processo e o ferramental
ideal a ser aplicado. Após concluído,
o estudo é apresentado à empresa-
cliente, que poderá conferir as me-
lhorias que poderão ser alcançadas
linha de comPonentes Para direção hidráulica teve Produtividade amPliada com a aPlicação do Programa PiP. na foto, o PreParador e Programador adriel dias ao lado da equiPe da sandvik coromant/cutting tools
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O Mundo da Usinagem22
![Page 23: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/23.jpg)
![Page 24: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/24.jpg)
com a nova solução. “Por meio de
gráficos comparativos e simulações, o
cliente pode verificar de quanto será o
aumento de produtividade, a redução
com o custo de ferramentas e o tempo
de amortização dos investimentos fei-
tos”, indica Nelson. Só então, depois
de aprovado pela empresa, o projeto é
colocado em prática e as ferramentas
selecionadas são fornecidas para o
tryout da nova solução. Na prática, os
resultados obtidos podem apresentar
variações para mais ou para menos do
que os números previstos.
Jair Munarolo, diretor da Cutting
Tools, observa que os testes na
Autocam têm apresentado ainda
melhores resultados do que os pre-
vistos nos projetos do PIP. “Temos
alcançado avanços surpreendentes
na Autocam, porcentagens de eco-
nomia nos processos muito mais ale-
vadas do que havíamos previsto com
os estudos”, declara Munarolo.
Integração facilita o trabalho
De acordo com Indalecio Amaral
Neto, gerente de Vendas da Cutting
Tools, um dos fatores essenciais
para o sucesso obtido na Autocam
é o bom relacionamento que o distri-
buidor de ferramentas mantém com
a empresa. “Em muitas indústrias
encontramos certa resistência à
implementação de novos processos,
mas a Autocam sempre está dispos-
ta a considerar nossas sugestões de
melhorias”, descreve o gerente.
Neto também aponta que o
trabalho com outros departamentos
da organização – como Compras,
Diretoria e os responsáveis pelas
operações no chão de fábrica – faci-
lita a implantação de novas soluções.
Alguns dos profissionais envolvidos
na parceria Autocam–Cutting Tools
foram Adriel Dias, preparador de má-
quinas da Autocam, Luiz Roberto dos
Santos, afiador e responsável pelo
almoxarife de ferramentas, Rubens
de Sordi, supervisor de Engenharia,
e Ana Flavia Faria, responsável pelo
departamento de Compras. “Ali-
nhando os objetivos com as áreas
envolvidas, podemos buscar os re-
sultados que apresentam o melhor
custo–benefício e vantagens para a
organização”, finaliza.
Thaís Tüchumantel
Jornalista
Em boas mãosocupadas com a estruturação de novos processos, novas linhas de produção e em oferecer produtos diferenciados ao mercado, muitas empresas acabam deixando de se dedicar à otimização dos processos produtivos que já estão implantados no chão de fábrica. Segundo Jair munarolo, diretor da cutting tools, atualmente esta é uma realidade comum nas fábricas brasileiras. “Seja pela falta de tempo ou pela estrutura enxuta, muitas empresas não dispõem de profissionais dedicados exclusivamente à identificação de melhorias nos processos do chão de fábrica”, aponta munarolo. De acordo com o diretor, uma solução para estas organizações seria investir em parcerias com empresas especializadas na fabricação de cada componente do processo de usinagem. por adquirir conhecimento aprofundado, os profissionais especializados podem se dedicar exclusivamente à otimização dos processos produtivos de cada componente, acompanhando a usinagem do início ao fim da fabricação das peças, detectando ainda as possíveis oportunidades de aprimoramento. “profissionais especializados detêm melhores condições para avaliar qual alternativa é mais adequada para cada tipo de operação, pois estão por dentro das novidades e tecnologias disponíveis de seu mercado específico”, defende munarolo.
estrAtéGiA
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![Page 25: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/25.jpg)
![Page 26: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/26.jpg)
de olho no mercAdo
A manufatura foi uma das áreas da
indústria que precisou reajustar suas
operações para assegurar a continui-
dade da produção, mantendo sempre
a qualidade dos produtos.
“O Brasil reagiu muito bem à crise
e hoje a indústria automotiva nacional
apresenta ótimos resultados”, observou
Vagner galeote, diretor de Manufatu-
ra da Ford Motor company na Amé-
rica Latina – fabricante de automóveis,
busca soluçõEs difErEnciadas Manufatura automotiva
Segundo dados da Associação
Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores
(ANFAVEA), em 2010 o número de
veículos exportados entre os meses
de janeiro e junho – considerando-
se automóveis, caminhões, ônibus
e veículos comerciais leves – subiu
78% se comparado ao mesmo
período de 2009. Já no mercado
nacional, o número de unidades
vendidas no atacado neste mesmo
período subiu 10,79% em relação
ao ano passado.
Vale lembrar que este aumento
significativo da demanda ocorreu
após a crise econômica mundial, que
eclodiu no final de 2008. Durante
este período, as empresas do setor
automotivo tiveram que trabalhar com
estruturas enxutas de pessoal e com
reduções nos gastos de produção.
Flexibilidade de produção e novas tecnologias para processos continuam sendo tendências nas indústrias do setor, que precisam se adaptar à demanda oscilante
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![Page 27: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/27.jpg)
utilitários e veículos pesados – durante
o seminário A Reação da Manufatura
Automotiva Pós-Crise, evento realizado
pela SAE Brasil em junho deste ano. “A
ordem agora é realinhar a cadeia de
produção e buscar maior flexibilidade
para que possamos reagir com rapidez
às variações e oportunidades do mer-
cado”, ressaltou o diretor.
No seminário, alguns empresários
do setor apontaram soluções que já
estão sendo implantadas nas indús-
trias do segmento para otimizar produções e processos no chão de fábrica. Adotando estas estratégias,
as empresas esperam garantir seu
lugar no mercado reaquecido e obter
maior estabilidade neste cenário.
Produção flexível e compacta
José eugênio Pinheiro, vice-
presidente de Manufatura da general Motors na América do Sul, destacou
que nos últimos anos uma das lições
aprendidas pela indústria brasileira
foi trabalhar de forma flexível. Esta
estratégia permite que as empresas
acompanhem o mercado em suas
oscilações de demanda de forma
mais equilibrada.
Um exemplo desta lição já foi im-
plantado na GM por meio dos global
framers. Os framers são estruturas
utilizadas para a montagem dos
carros. Geralmente, cada estrutura é
responsável pela montagem de um
único modelo de veículo. A solução
encontrada pela GM foi criar um
equipamento que reúne seis tipos
diferentes de framers em uma só
estrutura, possibilitando a troca de
um framer para outro em poucos
segundos. “Com esta nova máquina
temos maior flexibilidade dos pro-
cessos fabris, pois podemos adaptar
rapidamente a linha de produção
ao modelo de carro que é mais
solicitado no momento”, declara o
vice-presidente.
Para que estratégias como esta
possam ser colocadas em prática,
Pinheiro indica que a área de Manufa-
tura e o departamento de Engenharia
de Produtos devem trabalhar de
forma conjunta. Assim, ao conce-
ber um novo modelo de carro, os
engenheiros já podem pensar como
a fabricação do veículo poderá se
adaptar às condições de produção
existentes na planta.
Simulando a produçãoEstar preparada para prever as
operações que serão realizadas no
chão de fábrica, desde as mais pon-
tuais até o acompanhamento integral
dos processos, é uma vantagem com-
petitiva para qualquer empresa. Por
isso, os projetos virtuais têm sido uma ferramenta muito adotada
pelas indústrias do setor automotivo.
Na Volkswagen, os projetos
virtuais são feitos em um programa
chamado Der Digitale Fabrik (DDF),
expressão alemã que significa A
Durante a crise, a manufatura foi uma das áreas da indústria que precisou reajustar
operações para assegurar a continuidade da
produção
número de veículos exPortados entre os meses de janeiro e junho subiu 78% se comParado ao mesmo Período de 2009
trabalho conjunto de engenharia de Produtos e área de manufatura Pode ser a chave Para soluções de otimização
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O Mundo da Usinagem 2�
![Page 28: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/28.jpg)
de olho no mercAdo
volkswagen reduziu temPo de tryout nas linhas de Produção Prevendo oPerações em sua fábrica digital
Por meio da estratégia monozukuri, colaboradores da renault-nissan Procuram oPortunidades de melhorias avaliando cada Processo da montadora
Fábrica Digital. Marco Antonio teixeira, diretor da fábrica Anchieta
da Volkswagen – localizada em São
Bernardo do Campo (SP) –, conta
que a empresa obteve diversos be-
nefícios a partir dos projetos executa-
dos pelo programa. “Com o DDF re-
duzimos o tempo de tryout nas linhas
de produção e temos a possibilidade
de testar antecipadamente todo o
ferramental que será necessário para
cada operação, mesmo que a linha de
produção ainda não esteja ativada”,
relata Teixeira. “Podemos utilizar este
programa até mesmo para melhorar
as condições ergonômicas dos ope-
radores da fábrica, prevendo as difi-
culdades físicas que poderiam existir
em algum procedimento específico”,
complementa o diretor.
Exemplo do setor de aviação
Outra empresa que incorporou
os projetos digitais em sua produção
é a embraer – empresa brasileira Aeronáutica, em São José dos Cam-
pos (SP). Por trabalhar com peças
de alto valor agregado e projetos
complexos, a possibilidade de prever
as operações digitalmente representa
uma vantagem importante para as
atividades deste setor.
De acordo com Francisco luciano soares neto, diretor de
Estratégia Industrial da Embraer, esta
solução se estendeu também ao
chão de fábrica da empresa. “Depois
de prontos, os projetos digitais são
disponibilizados em um tablet junto à
linha de produção para que os opera-
dores que trabalham com a peça em
questão possam seguir as orientações
exatas do produto a ser fabricado”,
descreve. Além da projeção virtual
dos processos, a Embaer passou a
automatizar um número maior de ope-
rações no chão de fábrica. Seguindo
o exemplo da Embraer, indústrias do
setor automotivo têm confiado muitas
de suas operações aos robôs.
Soares Neto enfatiza que a adoção
destes equipamentos em algumas
operações garante maior segurança
na fabricação dos aviões. “Em média,
em cada asa de um jato são feitos
60.000 furos. Antes, a furação era
feita manualmente; no entanto, hoje
as operações são realizadas com
maior precisão e agilidade por meio
da utilização de robôs”, ilustra. Ainda
de acordo com o diretor, os robôs
conseguiram eliminar muitas das
não-conformidades que acabavam
surgindo em alguns dos processos
de fabricação das aeronaves.
Competitividade industrial
Em muitos casos, uma visão
mais abrangente dos processos da
empresa pode ajudar na solução dos
desafios enfrentados pela área de
manufatura. Esta foi a constatação da
montadora Renault-nissan, que en-
controu uma forma para reduzir custos
Divu
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Programa digital pode melhorar as condições
ergonômicas dos operadores da fábrica
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![Page 29: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/29.jpg)
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de olho no mercAdo
operacionais por meio da estratégia
monozukuri. O termo, do japonês,
significa literalmente “processo de
fabricação” (zukuri) de alguma “coi-
sa” (mono), tendo sido usado pelos
artesãos japoneses para se referirem
à sua produção, indicando, em sentido
mais amplo, “o espírito de fabricar
produtos com excelência e a habili-
dade de melhorar constantemente um
sistema ou processo”. No contexto
industrial, o conceito foi aplicado pela
primeira vez pela Toyota, que buscava
oportunidades de melhoria em seus
processos fabris.
Desde 2008, a Renault-Nissan
aplica o monozukuri em suas filiais por
meio das “equipes transversais”, equi-
pes compostas por profissionais da
própria empresa que são selecionados
para representar cada departamento.
Trabalhando meio-período de seu
expediente para o monozukuri, os co-
laboradores destas equipes procuram
identificar oportunidades de melhorias
em todas as operações da montadora
– avaliando como cada processo pode
contribuir para o aprimoramento da
empresa como um todo.
Marcelo Mello, gerente execu-
tivo do Projeto Monozukuri para a
América da Renault, conta que resul-
tados positivos já foram alcançados
desde a implantação desta estra-
tégia na organização. “Em um dos
trabalhos propusemos readequar
as embalagens de determinados
produtos, pois alguns recipientes
eram copiados da matriz francesa
em modelos que não eram os mais
adequados à nossa realidade de
produção”, relata Mello. “Depois da
implantação do projeto proposto
pela equipe, passamos a utilizar
materiais com menor custo para
compor as embalagens, e consegui-
mos transportar um número maior
de produtos em cada recipiente”,
arremata o gerente.
Assim, ferramentas tecnológicas
e métodos de trabalho inovadores
possibilitam que as empresas do se-
tor automotivo aprimorem suas ope-
rações e otimizem procedimentos
industriais, fazendo com que estejam
melhor preparadas para aproveitar a
prosperidade econômica tão espera-
da para o País nos próximos anos.
Thaís Tüchumantel
Jornalista
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![Page 31: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/31.jpg)
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ideiAs e pensAmentos
Projeto Brasiliana USP prevê criação de biblioteca pública, digitalização de todo o acervo da Família Mindlin e criação de centros
de preservação e estudo dos livros
ordenador do projeto. “O termo bra-
siliana diz respeito a uma coleção de
estudos, livros ou publicações sobre o
Brasil, e este nome foi o escolhido em
razão de o acervo da Família Mindlin
reunir estas características”, define
Pedro Puntoni, atual coordenador
geral do projeto Brasiliana USP.
Esta importante coleção de livros
e manuscritos soma 17.000 títulos
ou um total de 40.000 exemplares,
incluindo obras de literatura brasileira
e portuguesa, relatos de viajantes,
manuscritos históricos e literários, pe-
“Um país se faz com ho-
mens e livros”, já dizia o
famoso escritor Monteiro
Lobato. Nada mais propício de se
lembrar quando se fala de José ephim Mindlin (1914–2010).
Apaixonado por livros, o empresário
do setor metalmecânico e bibliófilo,
colecionava, entre outras, obras-
primas da literatura brasileira desde
sua juventude. (veja mais detalhes
sobre as contribuições de Mindlin
no quadro Pioneirismo industrial
para o Brasil crescer). E foi por
causa desta paixão que nasceu o
projeto brasiliana usP, resultado
da doação do acervo particular da
Família Mindlin à Universidade de
São Paulo (USP) no ano de 2006,
para a criação de uma biblioteca
pública nacional.
Considerada a mais importante
coleção particular do gênero, o acer-
vo que integrará a nova Biblioteca
Brasiliana Guita e José Mindlin rece-
beu este nome durante conversas de
José Mindlin com o professor istván Janscó (1938–2010), primeiro co-
livrE acEsso à literatura brasileira
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![Page 33: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/33.jpg)
![Page 34: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/34.jpg)
ideiAs e pensAmentos
riódicos, livros científicos e didáticos,
iconografias e livros de artistas.
Devido à importância deste acer-
vo para a história e cultura do País,
o projeto acadêmico Brasiliana USP
engloba quatro ações integradas:
implantação da Biblioteca Brasilia-
na Guita e José Mindlin na Cidade
Universitária da USP, em São Paulo;
digitalização do acervo por meio da
Brasiliana Digital – disponibilizado
na Internet de forma gratuita; criação
do Centro Guita Mindlin: Centro
de Conservação e Restauro do
Livro e do Papel – um programa
de preservação e conservação dos
livros –, e do Centro de Estudos
do Livro – dedicado à história e ao
estudo da imprensa, dos livros e das
práticas da leitura.
Arquitetura interativaO edifício da Biblioteca Brasi-
liana foi projetado pelos arquitetos
Eduardo de Almeida e Rodrigo
Mindlin Loeb, tendo como base o
que há de mais moderno em termos
de interatividade e funcionalidade,
como os projetos da Biblioteca
Pública de Nova York e da Bibliote-
ca do Congresso, além da Biblioteca
Nacional de Paris (França).
Com inauguração prevista para o
primeiro semestre de 2012, a biblio-
teca – que ocupará área de 20.000
metros quadrados – começou a ser
construída em dezembro de 2006 e
seu projeto arquitetônico tem como
objetivo principal proporcionar maior
visibilidade do interior do local. Para
isso, grandes painéis de vidro serão
instalados na cobertura lateral de
todo o edifício, permitindo que o
acervo também possa ser apreciado
do lado externo.
A Biblioteca Brasiliana será ins-
talada entre os prédios da Reitoria e
da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas, na Cidade Univer-
sitária da USP. Por esta localização
Projeto arquitetônico da Biblioteca Brasiliana.
Painéis de vidro serão instalados na cobertura
lateral do edifício para que o acervo também possa
ser apreciado do lado externo
Pioneirismo industrial para o Brasil crescerprecursora na produção de peças automotivas, a metal Leve foi fundada em 1950. Sob a presidência do sócio fundador José Ephim mindlin, a empresa fabricante de peças automotivas construiu sua trajetória de sucesso como uma das principais multinacionais de origem brasileira no setor metalmecânico. Na década de 80, a metal leve ultrapassou as fronteiras do país e implantou um posto avançado de tecnologia em michigan (eua). Nos anos seguintes, a empresa manteve o ritmo de expansão e investiu em novas unidades nos estados unidos. a história de êxito desta empresa brasileira deve-se ao excelente sistema de gestão implantado na empresa desde o início de suas atividades, do qual José mindlin foi um dos principais atuantes. expandindo ainda mais seus mercados de atuação, em 1996, o grupo alemão mahle – um dos principais fabricantes de peças automotivas do mundo – comprou o controle da fabricante, que posteriormente foi incorporada à empresa, sendo denominada mahle metal leve.Fonte: portal ação e reação
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O Mundo da Usinagem��
![Page 35: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/35.jpg)
![Page 36: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/36.jpg)
a biblioteca brasiliana guita e José mindlin está repleta de obras raras e exclusivas. veja abaixo alguns dos destaques que farão parte da biblioteca brasiliana e consulte muitos outros na brasiliana Digital pelo site www.brasiliana.usp.br
antologia poética, de vinícius de moraes Segunda edição, revista e aumentada, da antologia poética, originalmente publicada no ano de 1954 revista de antropofagia
1ª edição publicada em maio de 1928 historia do brazil (volume 1), de robert Southey
os quarenta e quatro capítulos deste livro compõem o que alguns estudiosos consideram como a primeira história geral do país crystaes partidos, de gilka machado
gilka machado foi uma das primeiras escritoras do brasil. aos 13 anos, ganhou três prêmios concedidos pelo jornal a imprensa
ideiAs e pensAmentos
estratégica, outra forma de apro-
ximar a biblioteca de seus futuros
usuários será o vão presente no meio
da edificação, que permitirá que os
pedestres passem pela biblioteca e
sigam seus destinos interagindo com
a arquitetura do edifício.
Sobre a infraestrutura, o projeto
arquitetônico da biblioteca abrigará,
além do Centro Guita Mindlin, que
leva esse nome em homenagem à
esposa do colecionador, e do Centro
de Estudos do Livro, vários espaços
como auditório, centro de exposições
e uma cafeteria.
Literatura via webA Brasiliana Digital já permite
que internautas tenham livre acesso
e proximidade com os livros digitali-
zados, incluindo obras raras (acesse
gratuitamente o conteúdo em www.
brasiliana.usp.br). “Hoje, o portal da
biblioteca mantém cerca de 3.000
volumes oferecidos online para todos
os brasileiros”, explica Puntoni.
Mas, de que forma é possível
digitalizar estas obras raras sem
danificá-las? A resposta está nos
avanços tecnológicos. Apelidado
de Maria bonita, o sistema robo-
tizado utilizado para esta operação
apresenta um avançado software de
pós-processamento de imagem, que
permite processar com velocidade o
fluxo de imagens capturadas. Este
sistema também compreende um
editor automatizado para a publica-
ção e formatação das imagens em
arquivos PDF, em formato de livros
digitais –denominados e-books.
“Implantamos este método de
digitalização em 2009”, informa
Puntoni. “O projeto Brasiliana USP
é o primeiro da América Latina a
digitalizar um acervo raro por meio
de um robô. Esta nova tecnologia
permite que mais pessoas tenham
acesso aos livros e também possi-
bilita que as obras sejam melhor
preservadas, já que podem ser con-
sultadas pela Internet”, completa.
Raridades brasilianas
O Mundo da Usinagem��
![Page 37: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/37.jpg)
Divu
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ão F
amília
min
dlin Cuidando da história
“A Biblioteca Brasiliana tem
como função a preservação das
obras”, ressalta Puntoni. Por isso,
juntamente à digitalização dos livros,
outras formas de preservação do
acervo estão sendo implementadas,
como a conservação preventiva,
recuperação e restauro de obras
danificadas ou em risco eminente, e
a formulação de um plano de con-
tingenciamento e de riscos.
Estas ações farão par te do
Centro Guita Mindlin: Centro de
Conservação e Restauro do Livro
e do Papel (CGM) que, além de ser
responsável pela preservação do
acervo da Biblioteca Brasiliana,
também coordenará a implanta-
ção de um laboratório e realizará
atividades de formação e capaci-
Para José Mindlin (foto), as obras raras de seu arcervo eram um patrimônio público que ele tinha como missão preservar
tação de profissionais da USP e
de outras instituições para estas
finalidades.
Integrado às atividades do CGM,
o Centro de Estudos do Livro terá
como função agregar estudiosos e
interessados em literatura brasileira
para a realização de pesquisas,
ampliando as discussões sobre as
obras que compõem o acervo da bi-
blioteca. “Nosso intuito é tornar a bi-
blioteca uma instituição de referência
dos estudos da literatura brasileira,
garantindo acesso à cultura de nosso
País a esta geração e a todas que
estão por vir”, finaliza Puntoni.
Sula Zaleski
Jornalista
Veja mais informações em:www.omundodausinagem.com.br
Veja mais informações em:
![Page 38: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/38.jpg)
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O Brasil é mesmo um País extra-
ordinário! Mal acabamos de
sair de uma das piores crises
de nossa história e já estamos falan-
do em recorde de produção e falta de
infraestrutura para escoá-la.
Pela primeira vez em nossa re-
cente história, estamos prevendo um
período relativamente longo de cres-
cimento contínuo. É claro que tivemos
outras fases de forte crescimento,
porém, sempre acompanhadas de
perto por períodos desfavoráveis.
Os novos investimentos, a es-
tabilidade econômica, as novas
descobertas de reservas minerais e
a realização da Copa do Mundo de
Futebol e dos Jogos Olímpicos no
Brasil são fatores que irão influenciar
positivamente os nossos próximos
sete ou oito anos. Uma fase que
realmente promete muito desenvol-
vimento e prosperidade.
No entanto, para explorar ao má-
ximo estas oportunidades, teremos
desafios decorrentes de algumas
limitações tanto em âmbito governa-
mental quanto industrial.
No contexto governamental, já
estamos enfrentando desafios nas
importações e exportações, devido
à falta de infraestrutura em portos,
aeroportos, rodovias, energia, etc.
Novos investimentos estão sendo fei-
tos, porém com tempo relativamente
longo de execução e implementação,
e sabemos que nossa necessidade
é imediata. Além disso, este é um
ano eleitoral, o que invariavelmente
significa maior lentidão na tomada de
decisões importantes.
Pensando nos empresários e na
indústria, também temos muito o que
superar. Ultimamente fizemos menos
investimentos do que o necessário,
em função dos reveses da economia
mundial e das incertezas que isto nos
trouxe. Existe, assim, uma carência de
máquinas e equipamentos para suprir
as novas demandas, principalmente
de nosso mercado interno, o qual in-
dependentemente de estar receben-
do investimentos, enfrenta a questão
dos longos prazos de entrega.
O terceiro grande desafio que
certamente iremos enfrentar é o
do conhecimento para identificar
e explorar as novas oportunidades
com os recursos existentes. Mas
como fazer isso se, com a redução
incontestável de mão-de-obra espe-
cializada, em decorrência da última
crise, tivemos perda de recursos hu-
manos/intelectuais em grande parte
de nossa indústria? Recursos estes
indispensáveis para nosso desenvol-
vimento futuro e para a consolidação
de nossa posição mundial.
Todavia, existem algumas alter-
nativas. Primeiro, a melhor e mais se-
gura das possibilidades de aproveitar
ao máximo as novas oportunidades
com os recursos de que dispomos
é o aumento expressivo da pro-
dutividade. Ou seja, teremos que
encontrar cada oportunidade destas
e trabalhar no sentido de aumentar
nossa velocidade de produção, o que
certamente nos deixará mais compe-
titivos. Deste modo, fazer mais com
os recursos que temos.
Além desta, existem outras saídas.
Uma delas, por exemplo, é explorar
o conhecimento e os recursos dos
bons fornecedores especializados
em sua área de atuação. Alguns des-
tes fornecedores podem trabalhar em
parceria com as empresas no sentido
de encontrar tais oportunidades e
desenvolver novos processos mais
competitivos, explorando assim o
máximo dos recursos existentes.
Nós da Sandvik Coromant te-
remos o maior prazer em ajudar
nossos clientes neste grande desafio.
Estamos prontos para assumir nossa
parte desta grande responsabilidade
nacional.
Claudio CamachoDiretor da
Sandvik Coromant do Brasil
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produtividadE
superando limites
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![Page 41: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/41.jpg)
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aNuNcIaNteS NeSta eDIçãoo mundo da usinagem 69
Agie-charmilles . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20
Bucci . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
deb´maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3ª capa
dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23
dynamach . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33
ergomat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35
heller . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
hexagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30/37
machsystem . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25
provecto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36
romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19
sandvik local . . . . . . . . . . . . . . . . . .29
sandvik . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4ª capa
selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2ª capa
turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41
usinagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38-39
ARWI Tel: 54 3026-8888Caxias do Sul - RS
ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837 9106São Paulo - SP
COFAST Tel: 11 4997 1255Santo André - SP
COFECORT Tel: 16 3333 7700Araraquara - SP
COMED Tel: 11 2442 7780Guarulhos - SP
CONSULTEC Tel: 51 3343 6666Porto Alegre - RS
COROFERGS Tel: 51 33371515Porto Alegre - RS
CUTTING TOOLS Tel: 19 3243 0422Campinas – SP
DIRETHA Tel: 11 2063-0004São Paulo - SP
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GALE Tel: 41 3339 2831Curitiba - PR
GC Tel: 49 3522 0955Joaçaba - SC
HAILTOOLS Tel: 27 3320 6047Vila Velha - ES
JAFER Tel: 21 2270 4835Rio de Janeiro - RJ
KAYMÃ Tel: 67 3321 3593Campo Grande - MS
MACHFER Tel: 21 3882-9600Rio de Janeiro - RJ
MAXVALE Tel: 12 3941 2902São José dos Campos - SP
MSC Tel: 92 3613 9117Manaus - AM
NEOPAQ Tel: 51 3527 1111Novo Hamburgo - RS
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PS Tel: 14 3312-3312Bauru - SP
PS Tel: 44 3265 1600Maringá - PR
PÉRSICO Tel: 19 3421 2182 Piracicaba - SP
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TECNITOOLS Tel: 31 3295 2951Belo Horizonte - MG
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O Mundo da Usinagem�2
![Page 43: OMU_69](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022100305/568bd90a1a28ab2034a59123/html5/thumbnails/43.jpg)
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