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OFICINA PROTEGIDA TERAPÊUTICA: OPÇÃO DE TRABALHO E
VALORIZAÇÃO DO JOVEM E DO ADULTO COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL E/OU MÚLTIPLA.
ANA MARIA STRUJAK 1
ANIZIA COSTA ZYCH 2
Resumo: O presente artigo aborda a temática da educação, na modalidade
Educação Especial, na área de educação profissional, tendo como finalidade
buscar alternativa de inclusão no trabalho protegido, promovendo a integração
da pessoa com deficiência intelectual e/ou múltipla, com a intenção de
conscientizá-lo sobre sua participação efetiva no processo de exercício da
cidadania, oferecendo oportunidades práticas, com possibilidade de
desenvolver seu potencial, levando-o à integração sócio-cultural, envolvendo a
família, escola e sociedade. Originou-se de uma pesquisa fundamentada em
literatura específica, considerando também a preocupação para que os alunos
não fiquem isolados, pois o propósito é a criação de oportunidades às pessoas
mais comprometidas, evitando que fiquem alienadas devido às características
de suas deficiências. Através da interação proporcionada pela oficina protegida
terapêutica, houve possibilidade de elevar a auto-estima e o ajustamento
pessoal e social do alunado.
Palavras- chave: Trabalho; valorização; deficiência intelectual.
Abstract This work deals with the education theme, on the Special Education mode, professional education area, achieving an alternative to include and integrate the multiple and/or intellectual deficient person on protected work. The intention is aware of his effective participation on citizenship exercising, offering practical opportunities, with the possibility to potential development, leading to a sociocultural integration, involving family, school and society. It begin from a research based on a specifically research in the literature, considering the attention to don´t allow that students stay alone, because the purpose is create opportunities to most committed people, avoiding madness due deficiency characteristics. Towards integration provided by therapeutically protected workshop, it was possible to achieve an upgrade on students’ self-esteem social-personal adjustment.
1 Ana Maria Strujak – Professora PDE – Pós Graduação em Educação Especial – Deficiência Mental 2 Professora – Doutora – Anizia Costa Zych – UNICENTRO - Campus Irati - Paraná
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 10% da população mundial
apresentam algum tipo de deficiência e desta porcentagem 5% apresenta
deficiência mental. Este dado é de 1981. Um dado mais recente, do senso
realizado pelo IBGE, em 2000, informa que 14,5% da população brasileira, são
portadores de deficiência. Estes dados são importantes para a percepção de
que o trabalho com as pessoas portadoras de deficiência, não deve ser
negligenciado.
Não se pode negar a existência de avanços em relação à
profissionalização e inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado
produtivo de trabalho, contudo a legislação por si só não é suficiente para
assegurar tal direito, pois as contratações efetuadas acontecem
esporadicamente e muitas vezes não são compatíveis com a potencialidade da
pessoa.
Mendonça (2007) afirma que:
O entrave dos trabalhos de inclusão social das pessoas com deficiência, não reside na ausência de dispositivos legais que promovam essa garantia. Legislação protetiva tem-se em abundância, e do mais alto refinamento, digno dos países de primeiro mundo. O que falta, é integrar tais mandamentos ao dia a dia da sociedade brasileira, transformando o que hoje constitui obrigação, em satisfação de integrar um cidadão impedido de exercer sua cidadania plena, ao convívio social sadio, sem que isso se lhe seja concedendo uma graça, por simpatia ou piedade, mas promovendo justiça.
Vários estudiosos concordam com o pensamento de Mendonça, pois
sabemos que a dificuldade de colocação da pessoa com deficiência no
mercado de trabalho não se dá por falta de leis, pois o Brasil possui uma das
legislações mais avançadas sobre os direitos das pessoas portadoras de
deficiência e também sobre o direito ao trabalho.
Para Gugel (2003),
(...) a legislação voltada para a pessoa portadora de deficiência só será eficaz se órgãos e instituições que abrigam esses indivíduos zelarem pelo seu cumprimento, colaborando para extirpar preconceito em relação às potencialidades da pessoa portadora de deficiência, incluindo-os na sociedade, como sujeito de direitos e garantias.
Acreditando no potencial das pessoas que apresentam deficiência
intelectual e múltipla, tendo como foco a eficiência, foi apresentada uma
proposta de ação na educação escolar e profissional com os apoios
necessários para a inserção no trabalho de acordo com o potencial de cada
pessoa, bem como foram investidos esforços na educação ambiental dos
participantes, incentivando o aproveitamento de material orgânico para a
produção de adubo, reaproveitamento de restos de frutas e verduras,
separação e reaproveitamento do lixo reciclável.
Desta forma a Escola de Educação Especial “Nossa Escola” APAE- Irati
orientando seus alunos, observando a diversidade dos talentos, que puderam
ser explicitados por cada um, pode contemplá-los com atividades interessantes
e prazerosas.
Pensando na temática da educação na modalidade de educação
especial, buscou-se oferecer alternativa como a Oficina Protegida Terapêutica
(OPT), acreditando na possível superação das dificuldades encontradas pelos
alunos envolvidos na educação profissional e que apresentam maiores
comprometimentos nas áreas biopsicosociais.
A OPT propõe respeito às necessidades especiais dos educandos que
apresentam deficiência intelectual ou múltipla, reconhecendo seu direito de
acesso ao trabalho. As atividades pensadas envolvendo também os familiares
procuraram contemplar os princípios político-educacionais sugeridos pela
Secretaria Estadual de Educação, defendendo o direito de acesso e
permanência na escola, como também, o respeito e atendimento à diversidade,
e as Diretrizes Curriculares para a Educação Pública do Estado do Paraná,
quando se refere ao processo de ensino aprendizagem.
Portanto o trabalho de intervenção apresentou uma proposta de inserção
do alunado na Oficina Protegida Terapêutica, tendo como contexto a Apae
Rural, para a produção, cultivo e comercialização de flores, plantas e árvores
ornamentais.
A manutenção de um espaço de educação para o trabalho, tornou-se
necessário para pessoas com deficiência intelectual ou múltipla, resultando no
alcance progressivo de suas competências.
O trabalho como princípio educativo, não é em MARX (1963) e
GRAMSCI (1976)
(...) uma técnica didática ou metodológica no processo de aprendizagem, mas um pressuposto ontológico e ético-político no processo de socialização humana”. Esta proposta procura provocar
reflexões levando o professor a buscar conteúdos e saberes para a formação do alunado bem como da sociedade em que atua, pois a educação não é um fato isolado, ela ocorre no coletivo social.
Este estudo foi desenvolvido com base em fundamentação teórica
específica, considerando a investigação referente à:
- Programas de profissionalização nas escolas de educação especial
para pessoas portadoras de deficiência intelectual ou múltipla.
- Apresentação e análise de concepções de educação profissional nos
currículos das Oficinas Protegidas Terapêuticas.
- Tratou-se de uma pesquisa sob abordagem participante e
aprofundamento na pesquisa ação.
DESENVOLVIMENTO
A APAE - Irati, partindo do que foi exposto, trabalha com a intenção de
promover a educação profissional dos educandos tanto no espaço institucional
quanto fora dele, de modo a qualificar e habilitar os alunos para programas
compatíveis com suas habilidades e condições individuais. Também foram
oferecidas atividades complementares em informática, educação física,
educação artística e educação musical.
No Brasil, a formação profissional da pessoa com deficiência vem sendo
amplamente discutida no âmbito educacional, a partir do pressuposto de que o
trabalho constitui-se em uma via de inclusão social desta população com
deficiência e, conseqüentemente, em uma forma de minimizar os problemas
que enfrentam.
O termo formação profissional, em seu significado mais amplo, refere-se
aos processos educativos capazes de possibilitar ao indivíduo a aquisição de
conhecimentos teóricos, técnicos e operacionais, relacionados à prestação de
serviços, sejam estes desenvolvidos tanto na escola quanto nas empresas.
Este trabalho sobre o labor da pessoa com deficiência não estaria
completo se dele não constassem considerações sobre causas e níveis de
deficiência, facilitando, assim uma melhor compreensão das necessidades
especiais desses cidadãos.
Diante do novo paradigma dos Direitos Humanos no qual não é a
deficiência que conta como motivadora de respeito às necessidades especiais
desse coletivo, mas sim, a eficiência – procuramos fazer referência aos
princípios que regem a visão inclusiva:
• Igualdade de todos perante a lei.
• Garantia dos direitos sociais e o exercício da cidadania.
• O avanço institucional como meta da integração social da pessoa
com deficiência.
Pelo artigo 5º, parágrafo 2, da lei 8.112/90 e do artigo 93, da lei n.
8.213/91, considera-se:
Pessoa com deficiência, “aquela que apresenta, em caráter permanente, perdas ou anormalidades de sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que geram incapacidade para o
desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano” (Artigo 3º, Decreto 914/93).
Causas e fatores de risco
Inúmeras são as causas e os fatores de risco que podem levar à
instalação da deficiência intelectual. É importante lembrar, entretanto, que
muitas vezes, mesmo com a utilização de sofisticados recursos diagnósticos,
não se chega a definir com clareza a causa da deficiência intelectual.
a- Fatores de risco e causas pré-natais: são aqueles que vão desde a
concepção até o início do trabalho de parto, e podem ser:
- desnutrição materna;
- má assistência à gestante;
- doenças infecciosas: sífilis, rubéola, toxoplasmose;
- tóxicos: alcoolismo,consumo de drogas, efeitos colaterais de medicamentos,
poluição ambiental, tabagismo;
- genéticos: alterações cromossômicas, ex. : Síndrome de Down,; alterações
gênicas, ex.: erros inatos do metabolismo (fenilcetonúria), , esclerose tuberosa,
etc.
b- Fatores de Risco e Causas Peri-natais: os que vão do início do trabalho de
parto até o 30º dia de vida do bebê, e podem ser divididos em: Má assistência
ao parto e traumas de parto; hipóxia ou anóxia; prematuridade e baixo peso.
Icterícia grave do recém nascido
c- Fatores de Risco e Causas Pós Natais: os que vão incidir do 30º dia de vida
até o final da adolescência e podem ser: desnutrição, desidratação grave,
carência de estimulação global; infecções: meningoencefalites, sarampo, etc.
intoxicações exógenas, remédios, inseticidas, produtos químicos; acidentes: de
trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas, etc. infestações:
neurocisticircose
Podem ser identificadas pelo atraso no desenvolvimento neuro-
psicomotor (a criança demora em firmar a cabeça, sentar, andar, falar).
Dificuldade no aprendizado (dificuldade de compreensão de normas e ordens,
dificuldade no aprendizado escolar).
Caracterização das deficiências:
• Deficiência sensorial –
Compreende a deficiência visual e auditiva:
- Deficiência visual – refere-se a uma perda total ou parcial da visão.
- Deficiência auditiva – refere-se à perda total ou parcial da audição.
• Deficiência múltipla –
- Refere-se a duas ou mais deficiências ao mesmo tempo numa pessoa.
Exemplo: Intelectual e física, surdez e cegueira.
• Deficiência da fala -
Refere-se a um padrão de fala limitada ou dificultosa.
Obs. Os termos, mudo e surdo-mudo são incorretos, pois, em geral, a
dificuldade de fala, dos surdos, é conseqüência da falta de audição.
• Deficiência intelectual -
Refere-se a um padrão intelectual reduzido e abaixo da média.
- Deficiência intelectual leve, moderada, severa ou profunda – são termos
que indicam dificuldades cognitivas.
• Deficiência física –
- Perda ou redução da capacidade motora. A deficiência física engloba
vários tipos de limitação motora:
Paraplegia- Paralisia total ou parcial da metade inferior do corpo,
comprometendo as funções das pernas. Causada, geralmente, por lesão da
medula espinhal ou por poliomielite.
Tetraplegia- Paralisia total ou parcial do corpo, comprometendo as funções
dos braços e pernas. Possui as mesmas causas da paraplegia.
Hemiplegia- Paralisia total ou parcial das funções de um só lado do corpo. As
causas são lesões cerebrais por enfermidade, golpe ou trauma.
Amputação- Falta total ou parcial de um ou mais membros do corpo.
Malformação congênita- Anomalia física desde o nascimento.
Paralisia cerebral- Termo amplo que designa um grupo de limitações
psicomotoras resultantes de uma lesão do sistema nervoso central. Apresenta
diferentes níveis de comprometimento, dependendo da área do cérebro
afetada. Nem toda pessoa com paralisia cerebral possui também deficiência
intelectual.
Sindrome de Down- Erro genético que se caracteriza principalmente por sinais
físicos e desenvolvimento motor e mental diferente, como diferentes são as
pessoas. Síndrome significa conjunto de sinais que caracterizam uma condição
e Down é o sobrenome do cientista que descreveu essa síndrome com
características.
No que se refere à pessoa com deficiência inserida no trabalho, e tendo
como princípio o respeito à dimensão ética do ser humano, independente de
suas dificuldades, a educação profissional de jovens e adultos na APAE de
Irati, fundamenta-se na contribuição de teóricos da psicologia e da educação,
como Vygotsky (1994), em relação aos aspectos históricos e socioculturais da
aprendizagem e do desenvolvimento, também vemos, ainda em Vygotsky
(1994), a importância da valorização da zona de desenvolvimento proximal nos
alunos com deficiência intelectual ou múltipla; Paulo Freire (1985), no que se
refere à pedagogia da liberdade, nos faz perceber o quanto a nossa sociedade
ainda é opressora, principalmente ao negar à pessoa com deficiência o direito
de descobrir-se como homem através do trabalho que pode exercer, e de
Howard Gardner(1995), na sua teorização sobre as inteligências múltiplas que
nos permite observar mais as habilidades dos alunos o que nos leva a
questionar a forma como cada um aprende. Baseiam-se ainda, na teoria dos
estilos de aprendizagem também de Gardner (1995), que referencia o modelo
cognitivo e de processamento de informação.
A intervenção na OPT justifica-se pelo princípio do respeito à dimensão
ética do ser humano, independente de suas limitações.
- Considerando o Decreto 3298/99, que regulamenta a política nacional para a
integração da pessoa portadora de deficiência, ao tratar do acesso ao trabalho
e dispõe também sobre o trabalho protegido. A preocupação quanto a este
modelo é de que as pessoas não fiquem isoladas, pois nosso propósito é a
criação de oportunidades às pessoas mais comprometidas, que poderão ficar
alienadas devido a gravidade de suas deficiências. Desta forma, a interação
proporcionada pela OPT, é considerada benéfica, podendo elevar sua auto-
estima.
O processo de Educação Profissional da APAE de Irati segue o princípio
de identificar potencialidades e interesses da pessoa com deficiência e oferecer
programas de educação profissional na seqüência de três etapas conforme o
Plano orientador para gestores e profissionais - Educação Profissional e
Trabalho para pessoas com Deficiência Intelectual ou Múltipla da Federação
Nacional das APAEs.
1. PROGRAMA DE INICIAÇÃO PARA O TRABALHO
No programa de iniciação para o trabalho, são desenvolvidas ações
voltadas para atividades práticas de trabalho que revelarão as potencialidades,
aptidões e interesses do aluno para o exercício de uma atividade profissional.
Esta etapa envolve a avaliação inicial para o trabalho e a pré-
profissionalização.
1.1 PROGRAMA DE AVALIAÇÃO INICIAL PARA O TRABALHO
A avaliação inicial para o trabalho deve ser realizada por uma equipe
multidisciplinar, tendo em vista a pesquisa de potencialidades, interesses
profissionais e o nível acadêmico do aluno, procurando assim, encaminhá-lo
para atividades que melhor respondam às suas necessidades acadêmicas,
profissionais ou ocupacionais, sensibilizando-o para o bom desempenho da
tarefa laboral.
1.2 PROGRAMA DE PRÉ-PROFISSIONALIZAÇÃO
O programa de pré-profissionalização consiste em oferecer ao educando,
maior variedade de experiências de trabalho em atividades práticas,
complementares e acadêmicas para que, pela vivência, possa definir seu
interesse e desenvolver suas capacidades e potencialidades ocupacionais.
2. PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO/HABILITAÇÃO PROFISSIONAL
A etapa de qualificação e habilitação profissional caracteriza-se pelo seu
objetivo qualificador de mão de obra do portador de deficiência intelectual para
o emprego, que varia muito em decorrência do contexto regional.
A qualificação profissional possui duas modalidades:
* Treinamento para o trabalho: Agências Formadoras, Oficinas
Protegidas de Produção.
* Treinamento em estágio: Empresas e Oficinas Protegidas de produção.
3. PROGRAMA DE COLOCAÇÃO NO TRABALHO
A colocação no trabalho é a inserção do educando em atividades
laborativas, considerando sua condição física, aspirações pessoais, o nível de
escolaridade e de qualificação profissional, assim como as possibilidades de
colocação existentes na comunidade.
Esta etapa prevê três alternativas de inserção profissional:
• Mercado competitivo
• Mercado competitivo apoiado – modalidade individual e modalidade
equipe itinerante
• Trabalho autônomo
Atividades Complementares
2.4.1 Educação física e educação artística e educação musical
2.4.2 Orientação sexual
2.4.3 Desporto, lazer e cultura.
4. PROJETOS ESPECIAIS
Estes projetos especiais são destinados ao jovem, adulto e ao idoso,
quando necessitam de apoio constante ou temporário em diferentes áreas. De
modo geral, os alunos indicados para os projetos especiais apresentam
necessidades mais acentuadas de aprendizagem e limitações no
desenvolvimento prejudicando sua interação no ambiente físico e social. Estes
projetos especiais necessitam de formas especializadas de atendimento e
apoios apropriados. Portanto, não é um projeto estático, onde o aluno não vai
apresentar progresso, a intenção é promover as capacidades da pessoa
independente da gravidade de sua condição.
4.1 OFICINAS PROTEGIDAS TERAPÊUTICAS
A oficina protegida terapêutica destina-se a alunos que não têm
condições de ser inseridos no mercado de trabalho em razão da gravidade de
sua deficiência. O atendimento do aluno neste programa pode ser transitório
e/ou permanente.
O Decreto nº 3.298/99 em seu artigo 35 define oficina protegida
terapêutica como:
(...) a unidade que funciona em relação de dependência com entidade pública ou beneficente de assistência social, que tem por objetivo a integração por meio de atividades de adaptação e capacitação para o trabalho de adolescente ou adulto que devido ao seu grau de deficiência, transitória ou permanente, não possa desempenhar atividade laboral no mercado competitivo de trabalho ou em oficina protegida de produção. Dirigida a pessoas com deficiência mental com graves distúrbios de conduta e que não apresentam autonomia para realizar atividades de vida diária precisando de supervisão constante. Esses serviços incluem atividades educativas, reabilitadoras, terapia educacional e assistencial (BRASIL, 1999, p. 261).
A Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – Diretrizes e Bases da
Educação Nacional em seu artigo 59, inciso IV diz que, os sistemas de ensino
assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
(...) educação especial para o trabalho, visando à sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulações com os órgãos afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora.
Este programa procura desenvolver conteúdos voltados para atividades
de vida diária, prática acadêmica, ocupacionais, artística, física, cultural,
esportiva e de lazer.
Conteúdos:
Área Acadêmica:
1. Português
• Alfabetização - leitura e grafia do pré-nome, alfabeto, leitura e escrita de
rótulos, leitura incidental de frases curtas, interpretação de pequenos
textos com significado prático dentro da realidade vivenciada pelo
aprendiz no processo de educação profissional.
2. Matemática
• Conhecimento dos numerais e noções de quantidade.
• Figuras geométricas.
• Conhecimento e utilização do dinheiro.
• Noções sobre resolução das quatro operações fundamentais.
• Interpretação oral e resolução de problemas matemáticos fundamentais
a situações referentes ao seu cotidiano.
• Leitura do relógio.
• Noções de unidade, dezena e centena.
• Noções de medidas convencionais (metade, dúzia, kg, litro, metro, etc).
3. Ciências
• Hábitos de higiene.
• Alimentação
• Água, ar e solo (importância para a saúde)
• Ser humano
• Seres vivos (animais e plantas) caracterização e utilidade.
• Meio ambiente
Preservação
Reciclagem, reutilização e redução do lixo.
Importância das ações coletivas para a melhoria do meio
ambiente
Poluição ambiental
• Educação sexual
4. História
• História do aluno.
• Datas comemorativas.
• Meios de transporte.
• Meios de comunicação
• Família
• Escola
5. Geografia
• O aluno e meio ambiente
• A escola
• A comunidade
• O meio onde vivemos.
6. Habilidades básicas para o trabalho
7. Segurança higiene e saúde no trabalho
- Noções de primeiros socorros
- Prevenção de acidentes
- Vestuário
- higiene pessoal
- Doenças
- Cuidados com materiais, equipamentos e local de trabalho.
- Noções de organização
8. Documentação essencial do trabalhador
- Importância do documento
- RG, CPF, Carteira de trabalho, Título de eleitor...
- Cuidados necessários com os documentos.
9. Noções sobre legislação trabalhista
- Jornada de trabalho
- Direitos e deveres
- Faltas
- Férias
- Licenças
Conteúdos desenvolvidos na Oficina Protegida Terapêutica - APAE RURAL
1. Projeto Piá das Flores. (este projeto baseia-se na produção, cultivo e
comercialização de flores, plantas ornamentais e produção de mudas de
árvores nativas).
2. Horticultura
3. Agricultura
4. Fruticultura
5. Pecuária
6. Jardinagem
Descrição do desenvolvimento do trabalho
• Preparo da terra com mistura de adubo orgânico e demais componentes
para enchimento de pacotes que serão utilizados na repicagem das
plantas.
• Cultivo (semeadura e repicagem) das seguintes variedades de flores:
amor perfeito, boca de leão, celósia, salvia, petúnia, tagets, cravina,
alisson, beijinho.
• Plantio por estaquias das seguintes espécies: pingo de ouro, hortência,
lanterna japonesa, alamanda, glicínia, hibisco, roseiras, etc.
• Plantio de árvores nativas.
• Domínio da técnica de regar as plantas nas diversas fases do
crescimento.
• Envolvimento dos alunos nas tarefas de comercialização de flores, terra
com adubo orgânico, verduras e na aquisição e rações, fertilizantes,
insumos, etc, oportunizando uma maior integração dos mesmos na
comunidade.
• Participação nas diversas etapas do cultivo de milho, mandioca, batata,
abóbora, etc.
• Trabalho com atividades de preparo de canteiros, manuseio de
ferramentas, coleta de esterco e preparação de compostagem, controle
de ervas daninhas e colheita de verduras e legumes para consumo
interno e comercialização.
• Participação no trabalho de manejo de animais com tarefas de limpeza
de galinheiros, chiqueiros e estábulo, corte de pasto, moagem de milho
e preparação de ração, coleta de ovos, ordenha, etc.
• Atividades de preparação de covas, pantio de mudas, limpeza de
pomares e colheita de frutas.
• Manutenção de jardins e bosques, através de corte de grama, coleta de
paus e folhas, poda de arbustos, reposição de flores conforme a estação
do ano.
• Lazer: Caminhadas ecológicas, prática de natação, pescarias, gincanas
e outras atividades recreativas.
REALIZAÇÃO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A realização de oficinas juntamente com os pais teve a intenção de
atender uma necessidade de interação familiar, que, já prevendo as mudanças
que estão por vir quanto à educação para o trabalho em entidades
assistenciais, assim proporcionou-se condições para que estas famílias
observem as habilidades de seus filhos e assim acreditem que é possível em
um trabalho conjunto criar, em suas casas, maneiras de gerar renda,
trabalhando em parceria com seus filhos.
- Nessa proposta procurou-se reunir pessoas com deficiência e seus familiares,
com os mesmos interesses sociais, econômicos, culturais e educacionais, para
desenvolverem ações de trabalho. Buscando apoio nas teorias de Vygotsky
(1994), quando faz referência às relações sociais como determinantes da
formação pessoal e profissional. Espera-se, portanto que da mesma forma
aconteça na Oficina Protegida Terapêutica ,o grupo se fortaleça, resultando na
eficácia e no sucesso do trabalho. As atividades de plantio de árvores, flores e
demais atividades propostas, foram desenvolvidas durante uma semana,
exclusivamente como atividades própria da área.
- Uma vez por mês, foram reunidos alunos e familiares para palestras, cursos e
oficinas interativas, procurando propiciar um ambiente inclusivo, com
experiências direcionando-as à aquisição de atitudes e hábitos de trabalho que
passem a fazer parte do seu dia-a-dia.
Nas palavras de Abranches (1994), “no mundo contemporâneo, o
trabalho ocupa a centralidade de nossa sociedade, ou seja, o homem se torna
um ser social à medida que se identifica como trabalhador”.
Para a pessoa com deficiência, as chances de emprego são dificultadas
pela baixa escolaridade e comprovação de competências, assim a escola se
presta a oferecer, tanto para o aluno quanto para sua família, informações
sobre alternativas que possam se transformar em fonte e emprego e renda
para a família, como a coleta seletiva de lixo, reciclagem, possibilitando um
desenvolvimento das pessoas como um ser social e produtivo.
Ao final do primeiro semestre de 2009, depois de cumprida a primeira
etapa houve, uma melhoria na qualidade de vida dos familiares, despertando-
os individual e coletivamente para uma vida mais saudável e o entendimento
de que pode haver continuidade em seus lares, dos conhecimentos adquiridos,
em conjunto com seus filhos.
Com esta proposta a escola fortalece sua prática e inicia seu agir
voltado-se para a família, com ações que levam informações capazes de
modificar e transformar atitudes, conceitos, fundamentados nas vivencias com
atividades desenvolvidas pelo aluno dentro da própria instituição.
OFICINAS
OFICINA I
PRODUÇÃO DE ADUBO ORGÂNICO ATRAVÉS DE RESTOS DE
ALIMENTOS
Segundo Mokiti Okada( 1882-1955), fundador da religião que originou a
Igreja Messiânica e que em 1935 propôs um sistema de produção agrícola que
tornasse a natureza um modelo, corrente esta chamada “agricultura natural”, a
harmonia e prosperidade entre os seres vivos é fruto da conservação do
ambiente natural, a partir da obediência às leis da natureza. - Através do
princípio da reciclagem dos recursos naturais presentes na propriedade
agrícola, o solo se torna mais fértil pela ação benéfica dos microorganismos
(bactérias, fungos) que decompõem a matéria orgânica liberando nutrientes
para as plantas. Assim, o solo, o alimento e o ser humano recuperam a saúde
e a vitalidade.
É o princípio: solo sadio - plantas e animais sadios - ser humano sadio, válido
para a corrente natural e para todas as outras modalidades agrícolas.
Com base no princípio de sustentabilidade, adotar práticas de
reaproveitamento e reciclagem de acordo com o levantamento dos tipos de
resíduos produzidos na escola e na casa dos alunos. O “lixo” orgânico (da
cozinha) será usado para fazer adubo pelo processo de compostagem, que,
por sua vez, é utilizado no cuidado da horta e dos jardins. Os produtos da horta
voltam para a cozinha e o ciclo se inicia novamente. Os alunos e os pais
participaram de todos os processos levando o aprendizado para casa, fazendo
a compostagem e, preparando suas hortas contribuindo então para o sustento
da família.
OFICINA II
CULINÁRIA ALTERNATIVA- APROVEITAMENTO DE FOLHAS CASCAS E
TALOS DE LEGUMES, VERDURAS E CASCAS DE FRUTAS.
CULINÁRIA ALTERNATIVA
A quantidade de vitaminas, sais minerais e proteínas que estão
concentradas nas cascas e folhas das hortaliças, na maioria dos casos são
superiores do que na parte normalmente utilizada.
Ao falarmos em aproveitar alimentos, estamos falando de pequenas atitudes
em nosso dia a dia.
Por falta de informação, muitas vezes sem perceber, estamos jogando fora
muitos produtos que poderiam ser utilizados. Folhas externas do repolho
(folhas verdes) normalmente são descartadas. A folha mais externa do repolho
deve ser descartada, devido á utilização de agrotóxicos. As demais folhas
verdes, podem ser utilizadas em sopas, molhos, refogados, etc. Caso a
preparação seja a partir de repolho orgânico todas as folhas deverão ser
aproveitadas. Talos e ramas das hortaliças podem ser utilizadas:
-Talos de salsinha adicionados a diversos tipos de pratos, sopas por exemplo.
-Ramas de cenoura transformam-se em bolinhos, tortas, sopas.
-Rama de rabanete ou nabo pode ser feita com shoyu e azeite.
-Rama de beterraba transforma-se em refogado, e é laxante.
-Talo de couve pode fazer parte da torta de legumes ou sopa.
Alguns tipos de cascas de frutas ou legumes podem ser utilizados na culinária,
em diversas preparações como:
- Casca de banana pode ser ingrediente de um bolo delicioso.
- Casca de limão pode ser ralada e congelada, enriquecendo posteriormente o
sabor de pães, bolos, chás, etc.
- Casca de laranja pode ser transformado em doce cristalizado ou licor.
- Casca de abacaxi pode virar suco.
Foram realizadas oficinas explicativas e demonstrativas através de mini-
cursos sobre o reaproveitamento de cascas e talos de alimentos que seriam
descartados, com a participação dos pais e os alunos, para que estas práticas
sejam levadas para suas casas, proporcionando melhora na alimentação do dia
a dia, economia doméstica e criatividade. Utilizando-se de interdisciplinaridade
como fator de ampliação de conhecimentos esta atividade foi desenvolvida de
modo conjunto com a professora PDE, Cleonice Alessi Glinski, que em seu
projeto “Prevenção de deficiências”, expôs a preocupação com o déficit
nutricional. Ambos os projetos enfatizaram a necessidade de uma boa
alimentação a fim de propiciar uma vida mais saudável para as famílias. Houve
também participação da comunidade e Pastoral da Criança.
OFICINA III
RECILAGEM E COLETA SELETIVA DE LIXO
A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia do
destino em aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser
reciclados.
Não se pode ignorar que o lixo continua existindo depois que o jogamos
na lixeira e os alunos precisam estar conscientes disso, sendo orientados para
dar um destino adequado ao mesmo. Não existe maneira de não produzir lixo,
mas podemos diminuir essa produção, reduzindo o desperdício, reutilizando
quando e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva.
- A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que retira dos
aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser reciclados. Com
tal procedimento, alguns objetivos importantes são alcançados: a vida útil dos
aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente estará sendo menos
contaminado. Além disso, o uso de matéria prima reciclável diminui a extração
dos nossos tesouros naturais. Uma lata velha se transforma em uma lata nova,
papel velho em papel novo, e assim por diante.
No Brasil existe coleta seletiva em cerca de 135 cidades, de acordo com o
professor Sabetai Calderoni (autor do livro Os Bilhões Perdidos no lixo Ed.
Humanitas-1999). Na maior parte dos casos, a coleta é realizada pelos
Catadores das cooperativas.
Estes sistemas de coleta seletiva podem ser implantados nas casas dos
alunos, onde os pais podem gerar renda para a família.
A participação nas palestras realizadas com pessoas que fazem parte de
cooperativas de catadores de lixo de Irati, teve o objetivo de oferecer
informações sobre o processo de reciclagem e assim despertar o interesse dos
mesmos, para esta possibilidade de geração de renda e conscientização do
compromisso de cidadania responsável.
OFICINA IV
“FAZENDO ARTE”
O propósito desta oficina foi incentivar os pais através de uma prática
educativa, produtiva e transformadora sobre o reaproveitamento do material
que descartamos, pois devemos ter consciência da riqueza que jogamos no
lixo. Conhecendo possibilidades e técnicas transformadoras, a are constituiu-se
em recurso prazeroso e renovador, provocando a criatividade dos participantes.
Através deste trabalho pretendeu-se que alunos e pais tomassem
consciência da influencia na realidade do ambiente em que vivem. Com as
atividades oportunizou-se a iniciativa para levantar a auto-estima, desenvolver
potencial criativo, adquirir mais conhecimento, podendo se utilizar dele para
gerar renda.
Foram realizados cursos de reciclagem de latas, através de pintura e
decopagem, para os pais e educandos, ensinando a reaproveitar o lixo,
transformando-o em arte, esperando contribuir para a obtenção de resultados
positivos no meio familiar, motivando a intervenção na qualidade na ambiência
do lar.
MODO DE FAZER
Pode ser utilizado em: latão, alumínio e galvanizado.
1° - Retirar rótulo e qualquer vestígio da cola;
2° - Lavar c/detergente e secar bem ao sol ou forno baixo;
3° - Passar tinta Primer/antiferrugem a base água o u solvente na cor branca.
Deixe secar de um dia para o outro. Passar duas demãos;
4° - Tampa plástica: passar goma laca incolor, duas demãos. Pintar c/tinta
(PVA ou acrílica);
5° - Pintar a lata na cor desejada com tinta PVA ou acrílica e aplicar a técnica
de pintura, que pode ser esponjado, chuvisco, manchado etc;
6° - Decorar a seu gosto. Decoupagem c/papel: usar a cola rótulo azul, diluída
com água, guardanapo, usar cola específica e ter os cuidados na aplicação do
mesmo;
7° - Passar verniz, acrílico, geral, goma laca inco lor ou spray à base água ou
solvente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Nossa Escola, escola de educação especial mantida pela APAE- Irati,
vem aprimorando sua proposta educacional com serviços diversificados. As
atividades práticas com o objetivo de desenvolver uma ação pedagógica
apropriada, busca desenvolver competências e conhecimentos gerais,
essenciais para o trabalho, investindo na construção de uma cidadania
participativa. Considera-se para efeito de análise dos resultados do processo
desenvolvido na oficina protegida terapêutica, a maior e melhor aceitação da
pessoa com deficiência por parte da família e da sociedade, a melhoria na
qualidade de vida, na relação social, familiar e pessoal. A partir das
concepções apresentadas, o aluno com deficiência sai da condição de incapaz
para a de sujeito participativo, assim tornando-se parceiro dos familiares,
estabelecendo uma relação de confiança mútua e parceria entre pais e filhos.
Assim sendo a “Nossa Escola”, com a efetivação desta proposta, deu
oportunidade, a pais e alunos, para que tomem consciência de que podem
melhorar a realidade do meio em que vivem, elevando a qualidade relacional
com o ambiente em que vivem. Ainda, foi possível adquirir alternativas de vida
que poderão levantar a auto-estima, desenvolver potencial criativo, aquisição
de conhecimentos, podendo investir na geração de renda e melhoria pessoal.
Com este trabalho não se teve a pretensão de dizer que a escola
especial possa arcar com os problemas sociais que afastam a pessoa com
deficiência intelectual, apesar da existência de legislação que o ampare do
mundo do trabalho. Espera-se que as famílias se conscientizem do seu papel e
auxiliem a melhorar sua realidade, trabalhando em conjunto com seus filhos,
descobrindo novas opções de realização do grupo familiar, gerando renda e
melhorando a qualidade de vida com iniciativas propositivas.
O mundo do trabalho oferece vagas e mais vagas, segundo legislação
vigente, mas pede em troca capacitação, qualificação, escolarização, e o
trabalhador que possua deficiência intelectual mais acentuada vai sempre ficar
à margem da sociedade?
Vamos ficar esperando piedade, caridade dos empregadores que irão
contratar por contratar ou para simplesmente cumprir a legislação ou vamos
ajudar nossos alunos a participarem do mundo do trabalho pela valorização de
sua capacidade, buscando a colocação no mundo do trabalho compartilhada
com a família e não a falsa empregabilidade pura e simplesmente.
“Acredito que para um zeloso trabalhador sempre haverá um lugar, por
mais modesto que seja, entre as fileiras da humanidade laboriosa” Sigmund
Freud (1856-1939).
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