oficina encea nov14 brasíliadf

95
SOLAR FORMAÇÃO, PESQUISA E GESTÃO LTDA EPP CNPJ: 06.079.533/0001-97 Qd. 204, Bl. A Lote 2, Ed. Alfa Mix, Sala 250, Águas Claras, Brasília/DF CEP 71939-540 Telefax: 061 3364-2097 [email protected] * www.solarconsultoria.com Contratante: Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola IICA. Projeto: BRA/IICA/09/005 EDUCAÇÃO AMBIENTAL Contrato 214032 Beneficiários: Ministério do Meio Ambiente MMA. Instituto Chico Mendes de Biodiversidade ICMBio. Executora: Solar Formação, Pesquisa e Gestão. Objeto: Desenvolvimento de estudo técnico sobre o processo de implementação da Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental em unidades de conservação ENCEA. Produto 1 Documento contendo relatório técnico de oficina de gestores e educadores com o objetivo de construir as diretrizes, as abordagens metodológicas e as ferramentas de educação ambiental e de comunicação para o material educativo.

Upload: jj

Post on 21-Jul-2016

230 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

Documento contendo relatório técnico de oficina de gestores e educadores com o objetivo de construir as diretrizes, as abordagens metodológicas e as ferramentas de educação ambiental e de comunicação para o material educativo.

TRANSCRIPT

Page 1: Oficina encea nov14 brasíliadf

SOLAR FORMAÇÃO, PESQUISA E GESTÃO LTDA – EPP

CNPJ: 06.079.533/0001-97 Qd. 204, Bl. A Lote 2, Ed. Alfa Mix, Sala 250, Águas Claras, Brasília/DF – CEP

71939-540 Telefax: 061 3364-2097 [email protected] * www.solarconsultoria.com

Contratante:

Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola – IICA.

Projeto:

BRA/IICA/09/005 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL – Contrato 214032

Beneficiários:

Ministério do Meio Ambiente – MMA.

Instituto Chico Mendes de Biodiversidade – ICMBio.

Executora:

Solar Formação, Pesquisa e Gestão.

Objeto:

Desenvolvimento de estudo técnico sobre o processo de implementação da

Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental em unidades de

conservação – ENCEA.

Produto 1

Documento contendo relatório técnico de oficina de gestores e educadores

com o objetivo de construir as diretrizes, as abordagens metodológicas e as

ferramentas de educação ambiental e de comunicação para o material

educativo.

Consultoria - Educação Ambiental e Comunicação nas Unidades de Conservação

O Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA-MMA) e a Coordenação de Educação

Ambiental do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (CGSAM/CEA - ICMBio) estão coordenando consultoria com o

objetivo de desenvolver estudo técnico para o desenvolvimento de programas de educação ambiental e comunicação em

Unidades de Conservação, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Educação Ambiental, do SNUC¹ e da

ENCEA².

A consultoria terá a duração de aproximadamente seis meses e está estruturada em 04 (quatro) etapas principais:

Etapa 1: Levantamento de experiências de educação ambiental e comunicação desenvolvidas em unidades de

conservação

Etapa 2: Oficina de gestores e educadores com o objetivo de construir as diretrizes, as abordagens metodológicas

e as ferramentas de educação ambiental e de comunicação para o material educativo.

Etapa 3: Proposição de indicadores para acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações de educação

ambiental  propostas  para  os  programas  de  ed ucação  ambiental  e  co

m

u nicação  nas  UC’s.

Etapa 4: Consolidação  dos  trabalhos  em  formato  de  “Material  Educativo  de  Apoio  a  Construção  dos  programas  de  

educação ambiental e comunicação  das  unidades  de  co nservação”

Solicitamos o seu apoio e colaboração em disponibilizar informações por meio de resposta ao questionário e entrevistas

por telefone. Caso possua relatórios sistematizados, artigos, publicações, sites, páginas nas redes sociais e outros materiais

de referência de projetos e programas de educação ambiental e comunicação realizados nas UCs federais, pedimos que

encaminhem para o email: [email protected] (o prazo para envio dos materiais é até 30 de outubro de 2014).

Todas as informações solicitadas serão utilizadas como referência na consultoria, a qual complementa as ações articuladas

entre o MMA e o ICMBio para fortalecer a educação ambiental e sua interface com a comunicação no âmbito das Unidades

de Conservação.

Esta consultoria se enquadra no Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/09/005, estabelecido entre o MMA e o Instituto

Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e é realizada pela empresa SOLAR consultoria, cujos interlocutores

nesse trabalho são: Fernando Ferreira, Débora Menezes e Vivian Battaini.

Educação Ambiental nas UCs federais:

Canal de Educação Ambiental do ICMBio - http://www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/

Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental em Unidades Conservação (ENCEA)

http://www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/images/stories/Politica/publicac3a7c3a3o-encea.pdf

¹Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental em Unidades Conservação -ENCEA: é um documento que traz diretrizes, objetivos e propostas para o desenvolvimento de políticas públicas, programas e ações de Educação Ambiental na interface com a Comunicação, incluindo também ações no âmbito do campo da Educomunicação. Este documento compõe estratégias no contexto do Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), com base na Política Nacional de Educação Ambiental.

Page 2: Oficina encea nov14 brasíliadf

2

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Presidenta: Dilma Rousseff

Vice-Presidente: Michel Temer

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Ministra: Izabella Teixeira

Secretário Executivo: Francisco Gaetani

SECRETARIA DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E CIDADANIA AMBIENTAL

Secretária: Regina Gualda

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Diretor: Nilo Diniz

Gerente: Renata Maranhão

Equipe Técnica

Patrícia Barbosa

Taiana Brito Nascimento

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

Coordenacao Geral de Gestao Socioambiental: Daniel de Miranda Pinto de Castro

Coordenacao de Educacao Ambiental: Karina Dino

SOLAR CONSULTORIA

Diretor / Gerente de Projeto: João de Jesus

Coordenador: Luiz Fernando Ferreira

Debora Menezes – Pesquisadora

Vivian Battaini – Pesquisadora

Lia Chaer – Assistente de pesquisa

José Gabriel Pesce Júnior – Moderação da Oficina

Larissa Fernandes Miranda – Facilitação Gráfica

Hugo Joji Miura – Colheita para a Facilitação Gráfica

Cácio Nunes Borges – Apoio Logístico

“Este produto foi realizado no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/09/005 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL – EEN

Ministério do Meio Ambiente”

Novembro/2014

Page 3: Oficina encea nov14 brasíliadf

3

OFICINA DE GESTORES E EDUCADORES COM O

OBJETIVO DE CONSTRUIR AS DIRETRIZES, AS

ABORDAGENS METODOLÓGICAS E AS FERRAMENTAS

DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DE COMUNICAÇÃO PARA

O MATERIAL EDUCATIVO.

Novembro/2014.

Page 4: Oficina encea nov14 brasíliadf

4

LISTA DE FIGURAS

Figura – 1: Facilitação Gráfica - “Como estao chegando?”.........................................14

Figura – 2: Facilitação Gráfica - Visão dos Participantes Sobre a ENCEA.........16

Figura – 3: Facilitação Gráfica - Diretrizes da ENCEA ...................................... 18

Figura – 4: Facilitação Gráfica - A EA e a Comunicação na Gestão das UCs....28

Figura – 5: Facilitação Gráfica Charge do Palestrante........................................35

Figura – 6: Facilitação Gráfica – Síntese das Percepções Sobre Apresentação ...38

Figura – 7: Facilitação Gráfica – Síntese das Percepções Sobre Apresentação ...40

Figura – 8: Facilitação Gráfica – Perguntas Orientadoras....................................41

LISTA DE FOTOGRAFIAS

Foto – 1 Facilitação Gráfica - Como eu vejo a ENCEA hoje? ....................14

Foto – 2 Sra Renata Maranhão MMA|/DEA Apresentação sobre a ENCEA ........18

Foto – 3, 4, 5, 6 e 7: Grupos para Discussão das Perguntas Orientadoras .........21

Foto – 8: Representante do Grupo 1 - Resultado do Trabalho do Grupo ............22

Foto – 9: Representante do Grupo 2 - Resultado do Trabalho do Grupo ............23

Foto – 10: Representante do Grupo 3 - Resultado do Trabalho do Grupo ..........24

Foto – 11: Representante do Grupo 4 - Resultado do Trabalho do Grupo ..........25

Foto – 12: Representantes do Grupo 5 - Resultado do Trabalho do Grupo ........ 26

Foto – 13: Apresentação da Sra. Vivian Battaini.................................................. 29

Foto – 14: Painel - Contribuições dos Participantes (Potencial e Obstáculos) .... 31

Foto – 15: Painel - Contribuições dos Participantes (Êxitos e Deficiências) ........ 32

Foto – 16: Carlos Marinelli (Caê) ......................................................................... 35

Foto – 17 e 18: Apresentações dos Representantes do Grupo ........................... 36

Foto – 19 e 20: Apresentações dos Representantes do Grupo ............................37

Foto – 21: Apresentação da Sra. Débora Menezes (Solar) ................................. 39

Foto – 22: Apresentação da Representante do Grupo 1..... .................................41

Foto – 23: Apresentação da Representante do Grupo 2...................................... 42

Foto – 24: Srs. Daniel Castro (ICMBio) e Nilo Diniz (DEA/MMA) ........................ 48

LISTA DE TABELAS

Tabela – 1:...............................................................................................................8

Tabela – 2:...............................................................................................................9

Tabela – 3:.............................................................................................................33

Tabela – 4:.............................................................................................................34

Tabela – 5:.............................................................................................................37

Tabela – 6:.............................................................................................................37

Tabela – 7:.............................................................................................................42

Tabela – 8:.............................................................................................................42

Tabela – 9:.............................................................................................................43

Tabela – 10:...........................................................................................................45

Page 5: Oficina encea nov14 brasíliadf

5

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................... 6

2. ESTRUTURA DA OFICINA ................................................................................. 7

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 7

3. PRIMEIRO DIA ............................................................................................................................................... 12

3.4. ALINHAMENTO DE CONCEITOS E INTERFACES ....................................................................... 20

3.5. RESULTADO DO LEVANTAMENTO PRELIMINAR DE AÇÕES NAS UCS. .......................... 28

3.6. CENÁRIO ATUAL E FUTURO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COMUNICAÇÃO. ............. 30

4. SEGUNDO DIA .............................................................................................................................................. 35

4.1. CONSTRUÇÃO DE INDICADORES PARA O SISUC. ................................................................... 35

4.2. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COMUNICAÇÃO. ........................................ 36

4.3. CONSTRUÇÃO DOS CADERNOS...................................................................................................... 39

5. PRÓXIMOS PASSOS. ................................................................................................................................. 45

6. AVALIAÇÃO DA OFICINA. .......................................................................................................................... 46

7. ENCERRAMENTO. ...................................................................................................................................... 48

ANEXO 1 – INFORMAÇÕES SOBRE LOGÍSTICA ................................................................................. 49

ANEXO – 2 – SLIDES DA APRESENTAÇÃO DE RENATA MARANHÃO SOBRE A ENCEA .. 50

ANEXO – 3: SLIDES DA APRESENTAÇÃO DA SRA. VIVIAN BATTAINI ........................................ 58

ANEXO – 5: SLIDES DA APRESENTAÇÃO DA SRA. DÉBORA MENEZES .................................. 84

ANEXO – 6: PAINÉIS DA FACILITAÇÃO GRÁFICA ................................................................................ 88

ANEXO – 7: LISTAS DE PRESENÇA .......................................................................................................... 90

Page 6: Oficina encea nov14 brasíliadf

6

OFICINA DE GESTORES E EDUCADORES DE UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO FEDERAIS

Relatório Técnico.

1. APRESENTAÇÃO

Nos dias 17 a 18 de novembro de 2014, no Auditório do Brasília Imperial

Hotel, em Brasília/DF, foi realizada a oficina de gestores e educadores de

unidades de conservação federais, que contou também com a presença de

dirigentes e coordenadores do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto

Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).

Essa oficina integra o estudo técnico sobre o processo de implementação

da Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental (ENCEA) em

unidades de conservação, que está sendo realizado pela Solar Consultoria, por

meio de contrato com o Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA),

no âmbito do Projeto BRA/IICA/09/005 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL.

O evento contou com a participação de 28 gestores/educadores ambientais

vinculados ao ICMBio ou ao MMA, além de 8 profissionais contratados pela Solar

Consultoria.

Esse documento reúne os insumos utilizados na Oficina e os resultados

dos diálogos realizados, que serão subsídios importantes para a continuidade do

estudo técnico e, especialmente, para a construção do material educativo pela

consultoria.

Na oficina, os trabalhos seguiram os princípios do Enfoque Participativo

com ênfase no intercâmbio de experiências e conhecimentos, tendo como

ferramentas metodológicas a visualização, a problematização, trabalhos em

grupo, sessões plenárias, facilitação gráfica e documentação.

Page 7: Oficina encea nov14 brasíliadf

7

2. ESTRUTURA DA OFICINA

2.1. OBJETIVO GERAL

Promover um debate sobre os fundamentos conceituais e metodológicos

que orientarão a elaboração (construção) de materiais educativos

relativos à Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental

em Unidades de Conservação – ENCEA.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apresentar síntese das experiências relatadas de educação ambiental e

comunicação em unidades de conservação;

Refletir sobre desafios da comunicação em interface com a educação

ambiental na gestão das unidades de conservação;

Dialogar sobre indicadores e mecanismos de avaliação e monitoramento

de ações de educação ambiental e comunicação em unidades de

conservação;

Construir coletivamente propostas de abordagem metodológica e

diretrizes para material educativo relativo à ENCEA.

Page 8: Oficina encea nov14 brasíliadf

2.3. PROGRAMAÇÃO

Almoço - 12h30 às 13h30

Socialização dos Resultados das pesquisas realizadas. 13h30 – 14h00 Apresentação dos Resultados dos Levantamentos Preliminares

Entendimentos sobre a condução dos trabalhos 14h00 – 15h30 Diálogo sobre as experiências e a condução dos trabalhos

Café - 15h30 às 16h00

Identificar junto aos participantes os desafios e potencialidades para a implementação da Educação Ambiental e da Comunicação/ educomunicação na gestão de unidades de conservação e da conservação da biodiversidade. Análise EDPO - (êxitos e deficiências) e futuro (potenciais e obstáculos)

16h00 – 17h30 Cenário atual e futuro de EA e Comunicação

Avaliação do Dia 17h30 – 18h00 Interação com os painéis da Facilitação Gráfica

Encerramento – 18h00

Tabela 1

1º dia: 17/11-2014

Objetivos de Aprendizagem Horário Momento

Recepção 8h00 – 8h30 Chegada dos participantes

Abertura 8h30 – 8h45 Mesa de Abertura

- Conhecer o grupo - Identificar suas percepções sobre a ENCEA

8h45 – 9h10 Apresentação dos Participantes

- Dialogar os objetivos do evento com a expectativas a dos participantes (para promover processo dialógico)

9h10 – 9h30 Programação

Apresentar histórico de elaboração da ENCEA e discussão sobre estratégias de implementação

9h30 – 10h30 ENCEA – Histórico e Estratégias

Café - 10h30 às 11h00

Refletir sobre os conceitos de Educação Ambiental e Comunicação em unidades de conservação a partir de diferentes concepções de Educação e Comunicação.

11h00 –

12h30

Alinhamento de conceitos e interface entre EA, comunicação e educomunicação (na gestão participativa).

Page 9: Oficina encea nov14 brasíliadf

9

2º dia: 18/11-2014

Objetivos de Aprendizagem Horário Momento

- Refletir sobre os desafios para a construção de indicadores

8h30 – 09h30

Exposição dialogada sobre a construção de indicadores para o Sistema de Indicadores de Unidades de Conservação (SISUC). Palestra.

ORIENTAÇÕES PARA OS GRUPOS E TRABALHO DE GRUPO

Café - 10h15 às 10h30

- Refletir sobre os diversos entendimentos sobre EA e Comunicação nas UCs.

10h30 – 12h00 . Concepções de EA e Comunicação.

Almoço - 12h00 às 13h30

13h30 – 14h00 Proposta para Construção dos Cadernos

Reflexões sobre a proposta de construção dos cadernos 14h00 – 16h00 Apresentação sobre a proposta de Construção dos cadernos

Alinhamento sobre a concepção da proposta de construção dos cadernos 16h00 – 16h30 Trabalho em Grupo Sobre a Construção dos

Cadernos

Café - 16h00 às 16h30

Próximos Passos 16h30 – 17h00 Encaminhamentos

Avaliação 17h00 – 17h30 Avaliação da Oficina

Encerramento 17h30 – 18h00 Encerramento

Tabela 2

OBS: Em relação ao tema indicadores, embora a programação proposta inicialmente incluísse uma reflexão sobre os processos de monitoramento e avaliação de ações de EA e Comunicação para serem trabalhados nos grupos, a coordenação entendeu que não seria proveitoso em função das reflexões travadas em plenária sobre o tema. Optou-se por se refletir nos grupos sobre os diversos entendimentos sobre EA e Comunicação nas UCs.

Page 10: Oficina encea nov14 brasíliadf

2.4. PARTICIPANTES

1. Allan Crema – DMOC/ICMBio.

2. Carlos Felipe de Andrade Abirached – DEPAR/ICMBio.

3. Cláudia Conceição Cunha – CRG/ICMBio.

4. Cláudia Silva Barbosa – APA Carste de Lagoa Santa/ICMBio.

5. Cláudio Rodrigues Fabi – APA Costa dos Corais/CEPTA/ICMBio.

6. Daniel de Miranda Pinto de Castro – CGSAM/ ICMBio.

7. Eduardo Barroso de Souza – RESEX Recanto das Araras de Terra

Ronca/ICMBio.

8. Fátima Aparecida Fabiano – Consultora/ICMBio.

9. Iaiá Floresta – ICMBio.

10. João Arnaldo Novaes Júnior – DISAT/ICMBio.

11. José Ulisses dos Santos – CMA/ICMBio.

12. Karina Jorge Dino – COEDU/ICMBio.

13. Laci Santim – RESEX PIRAJUBAÉ/ICMBio.

14. Lílian de Carvalho Lindoso – ICMBio/DF.

15. Luiz Fernando Schneider Loureiro – DAP/MMA.

16. Marcus Machado Gomes – Parnaso/ICMBio.

17. Maria Elizabeth Carvalho da Rocha – APA Baleia Franca/ICMBio.

18. Nana Brasil Falcão Nascimento – DCOM/ICMBio.

19. Nilo Sérgio de Melo Diniz – DEA/MMA.

20. Patrícia Fernandes Barbosa – DEA/MMA.

21. Paula Moraes Pereira – SBF/MMA.

22. Renata Rozendo Maranhão – DEA/MMA.

23. Rogério Eliseu Egewarth – COEDU/ICMBio.

24. Ronaldo Freitas Oliveira – Resex Corumbau/ICMBio.

25. Serena Turbay dos Reis – CGEUP/ICMBio.

26. Sérgio Fernandes Freitas – RESEX Canavieiras/ICMBio.

27. Taiana Brito Nascimento – DEA/MMA.

28. Walcicléa P. da Silva Cruz – REBIO TABIRAPÉ/ICMBio.

Page 11: Oficina encea nov14 brasíliadf

11

2.5. EQUIPE DA SOLAR

1. Luiz Fernando Ferreira (coordenador geral).

2. Débora Menezes (pesquisadora/comunicadora e educadora ambiental).

3. Vivian Battaini (pesquisadora e educadora ambiental).

4. José Gabriel Pesce Junior (moderação da oficina).

5. Larissa Fernandes Miranda (facilitação gráfica).

6. Hugo Joji Miura (colheita para a facilitação gráfica).

7. João de Jesus da Costa (diretor do projeto).

8. Cácio Nunes Borges (apoio logístico).

2.6. CONVIDADO

1. Carlos Eduardo Marinelli (Grupo NSC/INPA).3. Desenvolvimento da

oficina

OBS: Listas de presença anexas.

Page 12: Oficina encea nov14 brasíliadf

12

3. PRIMEIRO DIA

A programação do primeiro dia de trabalho incluiu a recepção dos participantes,

permitindo que expressassem graficamente os seus sentimentos no momento em

que chegavam ao local da Oficina.

Houve realização de uma abertura formal dos trabalhos, que incluiu conhecer os

participantes por meio de uma dinâmica de apresentação. Também se buscou a

identificação de suas percepções sobre a ENCEA, além de dialogar sobre os

objetivos do evento.

Foi realizada uma apresentação do histórico de elaboração da ENCEA e a

discussão sobre as estratégias para sua implementação.

A partir daí, teve-se uma reflexão sobre os conceitos de educação ambiental e

comunicação em unidades de conservação a partir das diferentes concepções de

Educação e Comunicação e a socialização dos resultados das pesquisas

realizadas até o momento no âmbito da consultoria.

Foi desenvolvida, ainda no primeiro dia, uma dinâmica para identificação dos

cenários relativos à implementação da Educação Ambiental e da Comunicação /

Educomunicação na gestão de unidades de conservação, por meio de uma

análise EDPO – presente (êxitos e deficiências) e futuro (potenciais e obstáculos).

3.1. ABERTURA

A abertura da oficina contou com saudação dos representantes da Solar

Consultoria, do Departamento de Educação Ambiental (DEA/MMA) e do ICMBio.

João de Jesus da Costa (Solar) – Esta oficina é um momento de interação para

analisar, sugerir e definir possibilidades de percursos formativos para que as

ações na ponta tenham mais qualidade e consistência. Nossa empresa tem

algumas parcerias com o MMA e outros ministérios e organismos internacionais.

Em 2010/2011, tivemos a oportunidade de, junto com o DEA/MMA e Unesco,

fazer a avaliação formativa da Política Nacional de Educação Ambiental. Aquele

foi um momento de pesquisa, mas de certa forma incompleto do ponto de vista da

consultoria, porque não se tinha uma perspectiva de desdobramentos. Nesta

consultoria, temos uma possibilidade de desdobramentos a partir da utilização

que será dada aos produtos que forem gerados, ao material educativo. Isso é

Page 13: Oficina encea nov14 brasíliadf

13

fundamental na atualidade da sociedade brasileira que demanda posturas mais

coerentes que garantam a preservação do meio ambiente.

João Arnaldo Novaes Junior (ICMBIO) – Temos necessidade de uma

abordagem estratégica em relação à educação ambiental, em especial na gestão

das áreas protegidas, que têm um salto a dar no sentido da interação com a

sociedade. Nosso desafio é colocar para funcionar essa engrenagem que acredita

na política da educação ambiental como mobilizadora e conscientizadora da

sociedade para transformar realidades. A história mostra que não vamos

implementar unidades como ilhas. A educação ambiental é a principal ferramenta

para que, de forma integrada com os instrumentos de gestão, possamos superar

os riscos que teremos no caminho. Estamos oferecendo aqui o que há de melhor

no Instituto Chico Mendes para essa construção, em parceria com o MMA.

Renata Maranhão (DEA/MMA) – Agradeço a parceria com o Instituto Chico

Mendes, pois sem ela não seria possível fazer este trabalho. Também agradeço à

equipe da Solar que dá suporte a todo esse trabalho para realização de pesquisa

sobre as experiências nas unidades, mapeamento de indicadores e elaboração de

materiais que estimulem os processos educativos nas UCs. Este momento é para

colher subsídios para a construção desses materiais. A partir de 2009, o

DEA/MMA colocou-se o desafio de fortalecer os sistemas: SISNAMA, SNUC e

SINIMA, com prioridade para o SNUC, a partir do trabalho conjunto com as

unidades de conservação e com o ICMBio. Nosso objetivo é fazer com que, cada

vez mais, tenhamos os servidores envolvidos na construção da educação

ambiental como instrumento de gestão nas UCs, pois o que interessa é fortalecer

os componentes de educação ambiental e comunicação nas unidades. O desafio

agora é implementar as diretrizes e os objetivos da ENCEA para que as unidades

de conservação deixem de ser ilhas e passem a ser motores da mobilização das

comunidades.

3.2. APRESENTAÇÃO DOS PARTICIPANTES E CONSTRUÇÃO DO

PAINEL: “COMO EU VEJO A ENCEA?”

Ao chegarem ao local da Oficina, os participantes foram convidados a

manifestarem-se graficamente sobre como estavam se sentindo em relação à

oportunidade de participação na Oficina. Estas manifestações constituíram o

painel gráfico a seguir, que retrata esses sentimentos.

Page 14: Oficina encea nov14 brasíliadf

14

Figura 1: Facilitação Gráfica - “Como estou chegando?”

Logo após a abertura formal do evento, os participantes apresentaram-se e foram

convidados a manifestarem-se sobre como veem a ENCEA atualmente. Estas

manifestações deram origem a construção de um painel que reuniu as

manifestações de todos.

Foto 1: Facilitação Gráfica - Como eu vejo a ENCEA hoje?

Page 15: Oficina encea nov14 brasíliadf

15

A lista dessas manifestações reunidas no painel está transcrita abaixo:

Documento pouco internalizado, mas com grande potencial.

Potencial de contribuição para fortalecer ações das UCs.

Um desafio ainda em construção de perspectivas.

Oportunidade de integração e qualificação dos trabalhos do ICMBio.

Deve ser usada como mais um reforço à participação social.

Um desafio e uma oportunidade para avançar.

Processo de fortalecimento.

Começo de uma estrada cheias de obstáculos.

Confiança.

Desconhecida.

Desconhecida ou não utilizada.

Mais uma política pública.

Pouco difundida.

Engavetada.

Distante da realidade.

Distante do contexto real.

Não vejo.

Quero conhecer mais.

Não absorvida e entendida.

A partir da construção do referido painel a Facilitadora Gráfica pode retratar

no grafismo apresentado a seguir a diversidade de olhares dos participantes

sobre a ENCEA.

Page 16: Oficina encea nov14 brasíliadf

16

Figura 2: Facilitação Gráfica - Visão dos Participantes Sobre a ENCEA

Analisando-se as falas dos presentes com relação à ENCEA, transcritas na

tabela acima pode-se perceber que muitos gestores não se enxergam no

documento. Um dos fatores identificados durante a oficina que pode refletir estes

sentimentos está relacionado ao momento delicado de sua criação. Momento da

criação do ICMBio, entendido por muitos, não como um novo órgão, mas como

um processo de divisão do IBAMA e que, no entendimento de alguns,

enfraqueceu muito o trabalho de Educação Ambiental relacionado às UCs.

Alguns participantes alegaram não ter havido um amplo processo

participativo para a construção da ENCEA, o que teria como reflexo a falta de

identidade dos gestores com este documento.

Esse estranhamento dos gestores com a ENCEA, justifica os olhares de

estranhamento, manifestado em algumas falas dos participantes: “desconhecida”,

“nas nuvens”, “engavetado”, “não vejo” e “distante da realidade”.

Porém, alguns gestores demonstram otimismo nas suas falas em relação à

ENCEA: “Um desafio, uma oportunidade para avancar”, “quero ver difundida”,

“processo de fortalecimento”, “potencial de contribuicao” e “quero conhecer mais”.

Page 17: Oficina encea nov14 brasíliadf

17

Dessa forma, a Oficina mostrou-se uma excelente oportunidade para

dialogar com todos, sejam aqueles que depositavam um olhar de desconfiança e

descrédito, ou aqueles que já vislumbravam esse trabalho como uma

oportunidade de efetivação das diretrizes propostas pela ENCEA.

3.3. ENCEA – HISTÓRICO E ESTRATÉGIAS

A Sra. Renata Maranhão apresentou o histórico relacionado à construção

da Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental em Unidades de

Conservação – ENCEA, com destaque para os processos participativos que

envolveram sua construção até o momento atual. Apresentou os principais

documentos utilizados como referência para a construção da ENCEA.

Foi apresentado o objetivo geral da ENCEA “fortalecer e estimular a

implementação de ações de Comunicação e Educação Ambiental em Unidades

de Conservação, Corredores Ecológicos, Mosaicos e Reservas da Biosfera, em

seu entorno e nas zonas de amortecimento; promovendo a participação e o

controle social nos processos de criação, implantação e gestão destes territórios,

e o diálogo entre os diferentes sujeitos e instituições envolvidos com a questão no

país”.

E, por fim, foram apresentadas as suas cinco diretrizes:

• DIRETRIZ 1: Fortalecimento da ação governamental na formulação e

execução de ações de comunicação e educação ambiental no âmbito do

SNUC;

• DIRETRIZ 2: Consolidação das formas de participação social nos

processos de criação, implementação e gestão de Unidades de

Conservação;

• DIRETRIZ 3: Estímulo à inserção das Unidades de Conservação como

temática no ensino formal;

• DIRETRIZ 4: Inserção das Unidades de Conservação como temática nos

processos educativos não-formais;

Page 18: Oficina encea nov14 brasíliadf

18

• DIRETRIZ 5: Qualificação e ampliação da abordagem da mídia com

relação às Unidades de Conservação e estímulo às práticas de

comunicação participativa com foco educativo na gestão ambiental.

Foto 2: Sra. Renata Maranhão (MMA/DEA) em apresentação sobre a ENCEA

Figura 3 Facilitação Gráfica Diretrizes da ENCEA

Page 19: Oficina encea nov14 brasíliadf

19

Após a apresentação, teve início um diálogo com questionamentos e

reflexões dos participantes, destacados abaixo:

“O documento é repetitivo, de difícil leitura com letras pequenas,

diagramacao ruim.”

“Se o livro com 58 diretrizes nao foi lido, imagine 5 cadernos.”

“É necessário fazer uma autocrítica, talvez o processo não tenha sido tão

participativo. Precisa ser participativo, como colocar para os nossos

colegas nas nossas unidades?”

“Por que a ENCEA nao pega? É preciso ser uma necessidade sentida dos

indivíduos. Talvez ela não esteja respondendo as necessidades dos

gestores.”

“Como a ENCEA dialoga com outros instrumentos de gestao?”

“Receio que essa nova etapa da ENCEA fique numa nuvem mais alta”

“O que a ENCEA traz de novo?”

Os cadernos vão responder as necessidades dos gestores?

Além dessas que denotam um certo ceticismo em relação ao trabalho

proposto, também surgiram algumas falas positivas, como:

“Tudo que gostaríamos de falar está lá”.

“Quando têm contato com a ENCEA, as pessoas gostam”.

Outras falas contribuíram para o entendimento e reforço da análise de

conjuntura, como:

“EA nao é prioridade (nao especificou para quem)”.

“Participacao social nao é prioridade para o estado Brasileiro”.

“ENCEA para estímulo a participacao dentro da Casa (se referindo ao

ICMBio, MMA)”.

A análise de conjuntura faz parte do pano de fundo para o desenvolvimento

do trabalho.

Page 20: Oficina encea nov14 brasíliadf

20

3.4. ALINHAMENTO DE CONCEITOS E INTERFACES

Nesse momento da Oficina, foi proposta uma reflexão sobre os conceitos

de Educação Ambiental e Comunicação em unidades de conservação, para que

aflorasse o entendimento que os participantes possuíam sobre estes temas e a

relação com os trabalhos que realizam.

Iniciando a discussão das questões conceituais, os participantes, divididos

em cinco grupos, formados aleatoriamente, trabalharam as características e

interfaces da Comunicação e da Educação Ambiental e suas correlações com a

gestão de UCs.

3.3.1. PERGUNTAS UTILIZADAS

Os participantes divididos em grupos responderam as respectivas

perguntas:

1. Quais as características do campo da EA que contribuem para a gestão

das UCs?

2. Quais as características do campo da Comunicação que contribuem

para a gestão das UCs?

3. Como a associação de EA e Comunicação pode contribuir com a gestão

da UC?

4. De que forma se relacionam EA e Comunicação?

5. Como se trabalha EA e Comunicação na gestão das UCs?

Page 21: Oficina encea nov14 brasíliadf

21

Fotos 3, 4, 5, 6 e 7: Grupos para discussão das perguntas orientadoras

Page 22: Oficina encea nov14 brasíliadf

22

3.3.2. RESULTADOS DOS GRUPOS

Foram trazidas para a plenária as reflexões realizadas em cada um dos

grupos e apresentadas por representantes destes, conforme seguem abaixo:

Foto 8: Representante do Grupo 1- Resultado do Trabalho do Grupo

Grupo 1

Quais as características do campo da EA que contribuem para a

gestão das UCs?

Capacidade de permear todos os processos de gestão;

Intencionalidade crítica e transformadora;

Estimular o conhecimento do seu lugar (contexto – social e histórico);

Promoção do diálogo entre saberes diversos (sem hierarquizá-los);

Envolvimento e qualificação de atores sociais, reduzindo assimetrias

(para o processo de participação);

Promoção de processos formativos (ensino e aprendizagem –

transformando a realidade).

Page 23: Oficina encea nov14 brasíliadf

23

Foto 9: Representante do Grupo 2 - Resultado do Trabalho do Grupo

Grupo 2

Quais as características do campo da Comunicação que contribuem

para a gestão das UCs?

Qual gestão? Participativa ou centralista;

Ausência de comunicação;

Concepção de comunicação que transforme valores e atitudes (crítica);

Reconhecer as assimetrias de poder (senao pode “silenciar” os grupos

envolvidos);

Precisa estar inserida no contexto;

Meio de linguagem adaptado ao público prioritário.

Page 24: Oficina encea nov14 brasíliadf

24

Foto 10 Representante do Grupo 3 - Resultado do Tralho do Grupo

Grupo 3

Como a associação de EA e Comunicação pode contribuir com a

gestão da UC?

De qual EA estamos falando?

De que comunicação estamos falando?

EA e comunicação no planejamento da gestão macro e local;

Comunicação para se associar à EA tem que evidenciar o ferramental?

(ex: plano de comunicação);

Não existe educação sem comunicação;

Educação na gestão é:

* conhecimento;

* informação estratégica;

* comunicação;

* problematização;

* análise crítica;

* transformação;

Page 25: Oficina encea nov14 brasíliadf

25

Educação e comunicação são estratégias de gestão.

Foto 11: Representante do Grupo 4 - Resultado do Tralho do Grupo

Grupo 4

De que forma se relacionam EA e Comunicação?

A comunicação é intrínseca aos processos educativos;

Comunicação fora de processos educativos é apenas transmissão de

informação;

Educação se faz com sujeitos em relação;

O estabelecimento da relação pressupõe estratégias de comunicação;

Educação e comunicação são importantes para a gestão (estratégia /

ferramenta);

Pode-se fazer EA em comunicação informal, por exemplo, comunicação

corporal (não houve consenso sobre esta ideia);

Page 26: Oficina encea nov14 brasíliadf

26

Foto 12: Representantes do Grupo 5 - Resultado do Tralho do Grupo

Grupo 5

Como se trabalha EA e Comunicação na gestão das UCs?

A EA acontece em todo o processo de gestão;

Orienta, promove e qualifica a participação social (ex: inclusive numa

ação de fiscalização);

A comunicação necessária ao processo é internalizada, mas um plano

de comunicação estruturado de forma a envolver a sociedade não

existe;

Minimizando assimetrias (na participação e na tomada de decisão);

Deve ser contínuo e permanente (institucionalizado);

Conselhos baseados nos princípios da EA (com “forca política” –

superando o romantismo – propostas práticas);

Experiências identificadas:

* mobilização para resolução de problemas / conflitos na UC

(saneamento, acessibilidade etc.);

* elaboração / revisão do plano de manejo;

* proteção;

* licenciamento;

* fórum socioambiental;

* capacitação de grupos vulneráveis;

Page 27: Oficina encea nov14 brasíliadf

27

* funcionamento e capacitação de conselhos;

* comunicação: página e grupos em redes sociais, placas, folder, carro e

bike-som, e-mail etc.

A sistematização da atividade desenvolvida evidencia que o objetivo de

refletir sobre os conceitos de Educação Ambiental e Comunicação em unidades

de conservação a partir de diferentes concepções de Educação e Comunicação

foi atingido. Deve-se ressaltar que o grupo presente apresentava uma

convergência de concepções de EA e Comunicação.

Tal convergência, provavelmente está relacionada ao trabalho que vem

sendo desenvolvido por boa parte dos participantes no âmbito da Acadebio.

No entanto é importante destacar que espalhados pelas mais de 300

unidades de conservação federais existentes, certamente existem outras

concepções elaboradas por seus gestores, mas que não foi possível ver

representadas nesta Oficina.

As contribuições dialogam e fortalecem os referenciais teóricos com que a

consultoria vem trabalhando, principalmente no que se relaciona à educação

ambiental crítica. Porém, foi evidenciada a fragilidade com relação as concepções

de Comunicação, que pareceu não estar consolidada entre os participantes.

Nas discussões realizadas, houve destaque para a importância da

participação e gestão nas ações de comunicação e educação ambiental.

Page 28: Oficina encea nov14 brasíliadf

28

Figura 4: Facilitação Gráfica – A EA e a Comunicação na Gestão das UCs

3.5. RESULTADO DO LEVANTAMENTO PRELIMINAR DE AÇÕES NAS UCS.

Um dos produtos desta consultoria é um Relatório Técnico contendo os

registros de experiências de educação ambiental e comunicação desenvolvidas

em unidades de conservação.

Esses levantamentos foram feitos com o objetivo de reconhecer as

atividades desenvolvidas nas UCs, identificar interfaces com a ENCEA e dar

subsídios para a construção de indicadores e do material didático a ser elaborado

no âmbito desta consultoria.

Buscando compartilhar as informações coletadas até o momento e recolher

contribuições dos participantes como subsídios para elaboração dos cadernos, a

Sra. Vivian Battaini, da Solar Consultoria, realizou apresentação sobre o

levantamento preliminar de ações nas UCs.

Page 29: Oficina encea nov14 brasíliadf

29

Foto 13: Apresentação da Sra. Vivian Battaini

Foram relatados os procedimentos utilizados para a pesquisa, os critérios

utilizados para a pesquisa, apresentado o roteiro utilizado nas entrevistas e os

resultados alcançados.

Foram ainda compartilhadas as dificuldades enfrentadas e como estão

sendo superadas, As análises que estão sendo realizadas sobre o material

pesquisado. A representatividade das amostras por tipo de experiência e outros

aspectos do trabalho.

A partir da apresentação realizada foi aberta uma discussão em plenária

para avaliação dos participantes sobre o trabalho até aqui realizado.

O grupo evidenciou que acha que o número de experiências identificadas

não é representativo. Foi esclarecido que a busca, de acordo com o TR, é por

registro de experiências que estejam sendo realizadas no âmbito da ENCEA.

Dessa forma, a busca é por experiências que possam dialogar com os princípios,

diretrizes e objetivos do documento.

Com relação ao modo como foi feito o levantamento, um dos presentes

disse: “Quando me perguntam, quais sao as acões de EA que você desenvolve?

Eu odeio essa pergunta, ou digo nada, ou digo tudo. Tudo que fazemos é

educacao ambiental numa Resex”. Essa fala reforça uma dificuldade já apontada

Page 30: Oficina encea nov14 brasíliadf

30

pela consultoria no levantamento das experiências que é a diversidade de

entendimentos sobre o que é Educação Ambiental e Comunicação o que dificulta,

muitas vezes, a identificação da experiência.

Foi questionado de que forma que foi identificado se a ação é de EA,

Comunicação, ambas e/ou Educomunicação. Foi esclarecido que foi o modo

como o gestor e/ou responsável pela ação a identifica.

Os participantes também contribuíram ao elucidar a necessidade dos

procedimentos, metodologias e resultados estarem bem explicados e

contextualizados.

3.6. CENÁRIO ATUAL E FUTURO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E

COMUNICAÇÃO.

Nesta etapa os participantes, divididos em pequenos grupos,

aleatoriamente, avaliaram as ações de comunicação e educação ambiental a

partir da construção de cenários. Por meio de uma análise EDPO – Êxitos e

Deficiências / Potenciais e Obstáculos, foram identificados: o cenário atual (êxitos

e deficiências) e futuro (potenciais e obstáculos). Por meio das seguintes

perguntas orientadoras:

1. Quais os principais êxitos nas ações de educação ambiental e de

comunicação nas UCs?

2. Quais as principais deficiências nas ações de educação ambiental e de

comunicação nas UCs?

3. Quais os principais potenciais nas ações de educação ambiental e de

comunicação nas UCs?

4. Quais os principais obstáculos nas ações de educação ambiental e de

comunicação nas UCs?

Obs.: Cada grupo trabalhou, simultaneamente, as quatro dimensões, ou seja, êxitos,

deficiências, potenciais e obstáculos.

3.6.1. RESULTADOS DOS GRUPOS

Os resultados dos trabalhos foram apresentados pelo próprio moderador

para que fosse possível o cumprimento do horário planejado para conclusão dos

trabalhos do dia.

Page 31: Oficina encea nov14 brasíliadf

31

Os trabalhos elaborados pelos grupos, quando apresentados em plenária,

demandou pouquíssimas complementações dos demais participantes, o que

denota muita convergência na análise.

Foto 14: Painel - Contribuições dos participantes (potenciais e Obstáculos)

Page 32: Oficina encea nov14 brasíliadf

32

Foto 15: Painel - Contribuições dos participantes (êxitos e Deficiências)

Page 33: Oficina encea nov14 brasíliadf

33

CENÁRIO ATUAL

Êxitos (positivo) Deficiências (negativo)

Boa fundamentação teórica e legal;

Marcos legais estabelecidos;

Importância dos NEAs na criação de UCs (Resex);

SNUC, criação de UCs conselhos gestores;

Manter o “locus” da EA;

Definição de identidade institucional da EA;

ENCEA (discussão) e Acadebio mantiveram a discussão de EA;

ENCEA;

Consolidacao da EA no Ibama → avanço na participação social;

Aumento da participação social na gestão das UCs;

Diretrizes da EA na gestão no Ibama;

Capacitação continuada nas UCs;

Experiências de formação de servidores em EA (Ibama e ICMBio);

Conhecimento e experiência acumulada em EA;

Cursos de EA e gestão participativa na Acabebio;

Incorporação e capacitação de servidores;

Estabelecimento de linhas de ação;

EA como estratégia de gestão das UCs.

Divergências conceituais;

Diferenças conceituais;

Falta de definição nos conceitos de EA e outros;

Diferentes percepções sobre o que são ações de EA;

Fragilidade política;

Desvalorização política da EA no ICMBio;

Desarticulação das ações de EA na Instituição;

Eliminação do locus da EA com a criação do ICMBio;

Desagregação institucional da EA;

Não incorporação da educação nos demais processos institucionais;

Ausência de diretrizes institucionais claras de EA e comunicação;

Sistematizar resultados;

Falta de cultura de sistematização dos processos educativos;

Formação em gestão dos servidores;

“Falta” de visao da EA como instrumento de gestão;

Falta de tempo / experiências de alguns gestores nas ações de EA;

“Fulanizacao” da gestao;

Não enxergar o centro de pesquisa como espaço educativo;

Recursos humanos escassos no ICMBio;

Falta de recurso financeiro e humano;

Má distribuição dos recursos – humanos, materiais e financeiros;

Tabela 3

Page 34: Oficina encea nov14 brasíliadf

34

CENÁRIO FUTURO

Potenciais (positivo) Obstáculos (negativo)

Maior visibilidade da questão ambiental;

Maior sensibilização nas questões ambientais;

Integração de outras instituições;

Reflexões da crise;

Explorar riqueza conceitual e metodológica;

Ampliar o número de experiências de referência;

Capacidade de abertura para revisão e aprimoramento;

Existência de uma coordenação de EA (DISAT);

“Gente boa” querendo fazer;

Cursos de EA e gestão participativa consolidados;

Fortalecer a educação e definir papel da comunicação na gestão;

Este espaço pode ser o embrião da construção de diretrizes de EA na gestão;

Fortalecer a rede de educadores ambientais no ICMBio;

Continuidade de processos formativos com servidores e parceiros;

Cursos de formação para novos servidores;

UCs como espaços promissores de EA;

Efetiva implantação dos NGIs;

IN.../12 – Ibama: EA no licenciamento (diretrizes).

Desvalorização política da EA no ICMBio;

Falta de consolidação da EA no ICMbio;

Desarticulação da EA na Instituição – ICMBio;

Preservacionismo conservador não dialoga / impositivo;

Priorização das ações emergenciais comprometendo os processos educativos;

Imediatismo nas ações nas UCs em contrapartida às ações processuais;

Fragilidade da EA formal;

Indefinicao do “mínimo” (básico) em EA;

Não explicitação das divergências conceituais;

Ausência de diretrizes de EA na gestão dificulta a inter-relação com espaços e atores do território;

Não reconhecimento dos encaminhamentos participativos nos níveis decisórios;

“Falta” de visao da EA como instrumento de gestão;

Resultados imensuráveis;

Dependência do perfil e concepção de quem está no comando;

Descontinuidade dos processos;

Modelo de desenvolvimento capitalista / consumista;

Resistência ideológica;

Preconceitos relativos à EA;

Falta de recursos financeiros, humanos e infraestrutura;

Tabela 4

O primeiro dia foi encerrado com uma visita ao painel da facilitação gráfica, onde

todos puderam analisar as sínteses captadas e interagir, manifestando seus

sentimentos e percepções sobre as atividades do dia. Ali estavam retratadas as

percepções captadas pela facilitação gráfica das atividades realizadas ao longo

do dia, desde a chegada, passando pela apresentação e discussão sobre a

ENCEA, a reflexão realizada sobre os conceitos de educação ambiental e

comunicação em unidades de conservação e a dinâmica para identificação dos

cenários relativos à implementação da Educação Ambiental e da Comunicação /

Educomunicação na gestão de unidades de conservação.

Page 35: Oficina encea nov14 brasíliadf

35

4. SEGUNDO DIA

Para o segundo dia de trabalho a equipe de coordenação da Oficina havia

planejado uma reflexão sobre os desafios para a construção de indicadores a

partir da palestra do Sr. Carlos Marinelli (Caê).

Foi proposta uma reflexão sobre os diversos entendimentos sobre EA,

Comunicação em UCs e sobre a proposta de construção dos cadernos.

Ainda na programação foi proposta a discussão dos próximos passos do

trabalho, além de uma avaliação da Oficina e do encerramento.

4.1. CONSTRUÇÃO DE INDICADORES PARA O SISUC.

O Sr. Carlos Marinelli (Caê) proferiu palestra sobre a experiência de

construção de indicadores adquirida em trabalho realizado para o Sistema de

Indicadores de Unidades de Conservação (SISUC) a fim de compartilhar sua

experiência e inspirar os participantes a contribuírem com a discussão sobre este

tema que é um dos objetos da contratação da consultoria.

Foto 16: Carlos Marinelli – CAÊ Figura 5: Charge do palestrante

Page 36: Oficina encea nov14 brasíliadf

36

A palestra provocou reflexões sobre os grandes desafios para a construção

de indicadores, quais os instrumentos importantes para o processo de aprovação

e aprendizagem. Ficou clara a necessidade de que se tenha uma lógica fundante

para a construção da base conceitual daquilo que se pretende contemplar.

4.2. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COMUNICAÇÃO.

Os participantes não se sentiram muito seguros para contribuir com a

construção de indicadores, mas se dispuseram a contribuir com uma reflexão

sobre as concepções teóricas necessárias para a sua construção e do material

educativo e sobre que Educação Ambiental e comunicação queremos.

Com base nos trabalhos anteriores e na experiência de conhecimento de

cada um e procurando dar mais base para os aspectos conceituais, os

participantes, divididos em quatro grupos, aleatoriamente, refletiram sobre os

temas que foram de comum acordo definidos.

4.2.1. PERGUNTAS ORIENTADORAS

1. Quais as concepções teóricas necessárias para pensarmos nos

indicadores e materiais educativos?

2. Que EA e comunicação queremos?

4.2.2. RESULTADOS DOS GRUPOS.

Foto 17 e 18: Apresentações dos representantes do grupo

Page 37: Oficina encea nov14 brasíliadf

37

Grupo 1 Grupo 2

EA inserida nos processos de gestão com intencionalidade crítica e transformadora, que estimule o conhecimento do contexto, promovendo o diálogo de saberes, qualificando a participação dos sujeitos / atores e envolvidos, reduzindo assimetrias por meio dos processos de ensino e aprendizagem, respeitando as diferenças e o protagonismo social, visando ao fortalecimento da gestão participativa e o controle social.

Educação e comunicação como estratégia de gestão num plano integrado com a finalidade de despertar a criticidade e transformação da realidade, levando em conta as assimetrias de poder não limitada à transmissão de informação.

EA que promova a participação social crítica e transformadora, voltada ao desenvolvimento socioambiental e a conservação da biodiversidade, propiciando aos indivíduos autonomia, autorreconhecimento e afirmação das identidades sociais e culturais.

Comunicação que seja democrática e transparente, difundindo o conhecimento para a redução de assimetrias na tomada de decisão. Com construção de espaços que fomentem a autonomia, sendo ferramenta de transformação social.

Comunicação efetiva, acessível, que garanta apreensão do conteúdo pela diversidade de sujeitos da ação comunicativa.

Tabela 5

Foto 19 e 20: Apresentação dos Representantes do grupo

Grupo 3 Grupo 4

Relacionada com os diversos instrumentos de gestão da UC.

Priorize atores com foco na redução de assimetrias.

Que o ato possua intencionalidade.

Desperte para ação.

Engajamento.

Uma EA que qualifique os processos de gestão, no âmbito da conservação da biodiversidade, através da preparação dos sujeitos para intervenção nas esferas de decisão.

Uma comunicação que traduza esta concepção de EA.

Tabela 6

Page 38: Oficina encea nov14 brasíliadf

38

Figura 6: Facilitação gráfica – Síntese das percepções sobre a apresentação

A partir da apresentação e das discussões dos grupos, pode-se concluir

que se deve buscar a abordagem que melhor atenda à finalidade do que está

sendo pensado. Sabe-se que nenhuma metodologia é perfeita e que não há uma

receita pronta, pois a metodologia a ser desenvolvida depende do foco específico

do que se pretende monitorar.

Para que se identifiquem os indicadores deve-se refletir sobre quais são os

desafios prioritários. Eles servem para que se possam desenvolver ações

preventivas e que se possa pensar antes de construir propostas, conceitos e

estratégias.

Page 39: Oficina encea nov14 brasíliadf

4.3. CONSTRUÇÃO DOS CADERNOS.

A contratação desta consultoria tem como um de seus objetivos principais

a elaboração proposta de conteúdos e metodologias de educação ambiental e

comunicação nos processos de criação de unidades de conservação, instituição

dos conselhos gestores, de elaboração, implementação e revisão dos planos de

manejo, e nos demais processos relacionados à gestão da UC, considerando as

diferentes categorias.

Para tanto, está prevista a elaboração de cadernos educativos que venham

a subsidiar a construção de programas de educação ambiental e comunicação

nas unidades de conservação.

Buscando alinhar as informações junto aos participantes, sobre o trabalho

da consultoria em relação à produção de Cadernos Educativos, a Sra. Débora

Menezes, da Solar Consultoria, realizou uma apresentação sobre o tema.

Foto 21: Apresentação da Sra. Débora Menezes (Solar)

As reflexões propostas pela Sra. Débora estavam pautadas sobre o tipo de

material capaz de estimular a leitura, que elementos nos atrai em uma publicação

e o tipo de material que seria interessante para uma publicação educativa? E

provocou os participantes a fim de estimular suas contribuições perguntando se o

que seria interessante seria algo em um formato de “enciclopédia”, ou seja

tentando abranger tudo o que é necessário para um trabalho de comunicação e

Page 40: Oficina encea nov14 brasíliadf

40

educacao ambiental em UCs; se seria interessante algo similar à um “almanaque”

com informações interessantes e práticas, contendo vários assuntos e

apresentado de forma criativa e com uma diagramação livre? Ou ainda se na

opinião dos participantes os materiais educativos deveriam ter um outro perfil

editorial?

Os participantes, no entanto manifestaram-se questionando a própria

existência de um material deste tipo?

Foi esclarecido a todos que não se trata de um manual, mas sim de um

material que deverá oferecer subsídios para que se possa trabalhar educação

ambiental e comunicação nas unidades de conservação.

A partir desta premissa os participantes se dispuseram a refletir sobre

quais as principais utilizações dos cadernos.

Figura – 7: Facilitação Gráfica – Síntese das Percepções Sobre a Apresentação

Page 41: Oficina encea nov14 brasíliadf

41

4.3.1. TRABALHO EM GRUPOS.

A partir das discussões anteriores os participantes, em três grupos

aleatoriamente constituídos, trabalharam a utilização do material a ser construído,

seguindo três campos, a saber: para quem, para que e o que fazer com eles.

Figura – 8: Facilitação gráfica - Perguntas Orientadoras.

4.3.2. RESULTADOS DOS GRUPOS.

Foto - 22: Apresentação da representante do Grupo - 1

Page 42: Oficina encea nov14 brasíliadf

42

Foto - 23: Apresentação da representante do Grupo - 2 Para quem?

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3

Gestores de UCs (órgãos públicos e conselheiros).

Gestores.

Servidores.

Conselheiros.

Parceiros.

Sujeitos envolvidos com a gestão da UC.

Gestores.

Moradores;

Usuários.

Comunidade do entorno.

Pesquisadores.

Tabela 7

O foco do material educativo para os participantes deve ser os gestores

das UCs, servidores dos órgãos públicos, os membros dos Conselhos Gestores,

parceiros e outros sujeitos envolvidos com a gestão da UC, como: moradores da

UC ou entorno, usuários em geral e pesquisadores.

Para que?

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3

Para utilizar em processos formativos no âmbito das instâncias de gestão de UCs e parceiros.

Atrair e inspirar para integrar EA e comunicação na gestão.

Referência teórico-prática de EA e comunicação.

Refletir sobre contexto e realidade socioambiental local.

Trazer elementos para estruturar programas / projetos de EA e comunicação.

Esclarecer sobre a obrigatoriedade de participação social SNUC (não é perfil).

Fortalecer e visibilizar a EA e a comunicação nos processos de gestão.

Promover a troca de experiências.

Apresentar possibilidades metodológicas.

Esclarecer e informar sobre direitos.

Tabela 8

Page 43: Oficina encea nov14 brasíliadf

43

Na opinião dos participantes, a motivação do trabalho da consultoria deve

ser sua utilização em processos formativos no âmbito das instâncias de gestão de

UC e parceiros. Para atrair e inspirar a integração da educação ambiental e a

comunicação é necessário buscar uma referência teórico-prática de EA e

comunicação, além de refletir sobre o contexto e a realidade socioambiental local,

trazendo os elementos para estruturar programas e projetos de EA e

comunicação, esclarecendo sobre a obrigatoriedade de participação social

proposta no Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC.

Também foi proposto o fortalecimento dos processos de educação

ambiental e comunicação nos processos de gestão, promovendo a troca de

experiências, considerando as diversas possibilidades metodológicas e

esclarecendo a todos os cidadãos sobre os seus direitos.

O que fazer com eles?

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3

Não haver distribuição indiscriminada (mesmo havendo demanda).

Estar sempre atrelado a processos formativos.

Análise de experiência sob a perspectiva das diretrizes da EA crítica e da comunicação popular.

Propor exercícios de análise de contexto.

Utilização de diferentes mídias.

Realizar oficinas / reuniões / consultas aos gestores de outras esferas.

Diferentes meios e mídia.

Material com diferentes níveis: principiante e avançado.

Diretrizes teórico-metodológicas (EA e comunicação social).

Processos integrados de gestão por caderno.

Tabela 9

Quanto à utilização dos materiais a serem produzidos, os participantes

alertaram que, mesmo havendo demanda, é de fundamental importância a

distribuição dos materiais impressos e que esta esteja sempre atrelada a

processos formativos.

Page 44: Oficina encea nov14 brasíliadf

44

Os materiais deverão considerar os diferentes níveis de desenvolvimento:

principiante e avançado. Devem versar sobre as análises de experiências sob a

perspectiva das diretrizes da EA crítica e da comunicação popular e propor

exercícios de análise de contexto. Também devem considerar as diretrizes

teórico-metodológicas da Educação ambiental e comunicação social e os

processos integrados de gestão em cada um dos cadernos. Deverão propor a

utilização de diferentes mídias e ainda a realização de processos participativos,

tais como: oficinas, reuniões e consultas aos gestores de outras esferas.

Page 45: Oficina encea nov14 brasíliadf

45

5. PRÓXIMOS PASSOS.

Os participantes definiram os próximos passos (ações) que podem garantir

a continuidade deste processo.

O que fazer? Responsável Quando / até

quando?

Enviar experiência em EA para a

coordenação.

Representantes de UC que

ainda não disponibilizaram.

A partir de 24/11

Enviar relatório desta oficina aos

participantes.

Fernando, Gabriel A partir de 26/11

Ouvir outros públicos ou reforçar

alguns (atores diversos inclusive

estaduais e municipais).

Patrícia, Karina Até março / 2015

(2)

Decidir sobre questões que não

foram consenso.

Patrícia, Karina Até março / 2015

(2)

Criar GT para acompanhamento da

construção (comitê revisor).

Patrícia, Karina e Cláudia

Cunha (1)

Até março / 2015

(2)

Abrir período de consulta após o

“para que” e “para quem”.

Patrícia Até março / 2015

(2)

Tabela 10 (1) Interessados em integrar o GT: Cláudio, Cláudia, Marcus, Laci, Dete, Sérgio, Rogério, Flávia e

Lila.

(2) O cronograma será detalhado a partir da decisão sobre o que será possível realizar, levando

em consideração os prazos da Consultoria / TR.

Page 46: Oficina encea nov14 brasíliadf

46

6. AVALIAÇÃO DA OFICINA.

Os participantes avaliaram todos os aspectos positivos e negativos

relacionados ao trabalho.

Foram tomados cuidados para que esta avaliação pudesse ser livremente

realizada, sendo que foram orientados pela seguinte pergunta:

Como eu avalio o nosso trabalho?

Produtivo.

Boa moderação (2).

Cansativo, mas produtivo.

Válido com espaço de reafirmação de princípios norteadores.

Muito bom ter integrado esse grupo ao processo.

Convergimos apesar das divergências.

Um processo crescente: confuso no início (faltava clareza nos

encaminhamentos e fio lógico / objetivo), ao final, mais aberto a

sugestões, fomos nos afinando.

Objetivos alcançados??

Início...

Quem sabe desta vez sai. Mas, aí vem janeiro / 2015, continua?

Um pequeno passo numa longa caminhada.

Podia ir além.

Objetivo não foi claro.

Processo confuso.

Necessário, mas confuso, não linear e incompleto.

Conflituoso.

Difícil sintonia.

Difícil política e metodologicamente.

Dificuldade de trabalhar com participação.

Page 47: Oficina encea nov14 brasíliadf

47

Obs.: O número entre parênteses refere-se à quantidade de vezes que a mesma ideia surgiu.

Avaliando-se as afirmações dos participantes, pode-se verificar que apesar

de manifestarem dúvidas iniciais sobre a condução do processo, houveram

muitas manifestações positivas, no sentido de que, apesar de conflituoso, em

função das divergências que pareciam extrapolar o foco do trabalho, o processo

foi muito produtivo e que “convergimos, apesar das divergências”.

Foram manifestadas dúvidas sobre, se “Os objetivos foram alcancados??”

e manifestada “dificuldades de trabalhar com participacao”, nao ficando explicito

se as dificuldades observadas estavam da parte dos participantes, de quem

coordenou ou de quem conduziu.

O único aspecto em que ficou uma lacuna no atendimento aos objetivos da

Oficina, foi relativo às contribuições para a identificação de indicadores, pois os

participantes se manifestaram impossibilitados de elaborarem indicadores no

âmbito de uma Oficina. Na opinião do grupo este é um processo muito complexo

e que demandaria muito mais tempo de elaboração e necessitaria de um

processo participativo mais amplo e representativo. Em relação aos demais

objetivos propostos e resultados planejados houve pleno atendimento!

Como ponto fraco da oficina, pode-se apontar a falta de sintonia entre a

proposta do MMA exposta no Termo de Referência e o entendimento dos

participantes sobre o que e como deveriam ser elaborados materiais para

fomentar os processos de educação ambiental e comunicação. Na verdade

afloraram outras divergências políticas, técnicas e metodológicas entre as

instituições ou entre os representantes que ali estavam, que não serão aqui

tratadas por extrapolar o âmbito desta consultoria, mas na prática, estas

dificultaram a condução dos trabalhos.

Como aspectos positivos podem ser destacados o elevado nível de

conhecimento e experiência sobre o tema educação ambiental o que contribuiu de

maneira decisiva para que, no balanço se possa aferir um resultado muito positivo

em relação ao atendimento dos objetivos da oficina.

Também apareceram opiniões, com as quais pode-se concordar de que o

processo foi cansativo, mas produtivo!

Page 48: Oficina encea nov14 brasíliadf

48

7. ENCERRAMENTO.

O encerramento da atividade foi realizado pelos gestores do DEA/MMA e

do ICMBio.

A fala de ambos reforçou a necessidade e a importância de que se somem

os esforços das instituições e dos técnicos ao invés de se dividir, pois os

enfrentamentos que se fazem necessários para o avanço da conservação do

meio ambiente dependem de todos nós. Enfatizaram que a educação ambiental e

a comunicação são essenciais neste processo e que o atendimento às demandas

dos próprios gestores das unidades de conservação é que motivaram as

instituições à contratação desta consultoria.

Foto 24: Srs. Daniel Castro (ICMBio) e Sr. Nilo Sérgio de Melo Diniz (DEA/MMA)

Page 49: Oficina encea nov14 brasíliadf

49

ANEXO 1 – INFORMAÇÕES SOBRE LOGÍSTICA

A Solar Consultoria providenciou a seguinte logística para a oficina:

Salão para a oficina, com capacidade para 50 (cinquenta) pessoas.

Salas de apoio para o trabalho em grupos.

Sonorização do salão, com microfones sem fio.

Projetores multimídias.

Notebooks.

Quadro branco.

Flipchart.

Pastas.

Blocos.

Canetas.

Crachás.

Material de apoio para a moderação (painéis de cortiça, tarjetas, pincéis,

alfinetes etc.).

Material de apoio para a facilitação gráfica (painéis, pincéis, fita adesiva

etc.).

Coffee-break pela manhã e à tarde.

Almoço no local da oficina.

Café e chás disponíveis em todo o período da oficina.

Água mineral.

Page 50: Oficina encea nov14 brasíliadf

50

ANEXO – 2 – SLIDES DA APRESENTAÇÃO DE RENATA MARANHÃO SOBRE

A ENCEA

Page 51: Oficina encea nov14 brasíliadf

51

Page 52: Oficina encea nov14 brasíliadf

52

Page 53: Oficina encea nov14 brasíliadf

53

Page 54: Oficina encea nov14 brasíliadf

54

Page 55: Oficina encea nov14 brasíliadf

55

Page 56: Oficina encea nov14 brasíliadf

56

Page 57: Oficina encea nov14 brasíliadf

57

Page 58: Oficina encea nov14 brasíliadf

58

ANEXO – 3: SLIDES DA APRESENTAÇÃO DA SRA. VIVIAN BATTAINI

Page 59: Oficina encea nov14 brasíliadf

59

Page 60: Oficina encea nov14 brasíliadf

60

Page 61: Oficina encea nov14 brasíliadf

61

Page 62: Oficina encea nov14 brasíliadf

62

Page 63: Oficina encea nov14 brasíliadf

63

Page 64: Oficina encea nov14 brasíliadf

64

Page 65: Oficina encea nov14 brasíliadf

65

Page 66: Oficina encea nov14 brasíliadf

66

ANEXO – 4: SLIDES DA PALESTRA SR. CARLOS MARINELLI (CAÊ),

Page 67: Oficina encea nov14 brasíliadf

67

Page 68: Oficina encea nov14 brasíliadf

68

Page 69: Oficina encea nov14 brasíliadf

69

Page 70: Oficina encea nov14 brasíliadf

70

Page 71: Oficina encea nov14 brasíliadf

71

Page 72: Oficina encea nov14 brasíliadf

72

Page 73: Oficina encea nov14 brasíliadf

73

Page 74: Oficina encea nov14 brasíliadf

74

Page 75: Oficina encea nov14 brasíliadf

75

Page 76: Oficina encea nov14 brasíliadf

76

Page 77: Oficina encea nov14 brasíliadf

77

Page 78: Oficina encea nov14 brasíliadf

78

Page 79: Oficina encea nov14 brasíliadf

79

Page 80: Oficina encea nov14 brasíliadf

80

Page 81: Oficina encea nov14 brasíliadf

81

Page 82: Oficina encea nov14 brasíliadf

82

Page 83: Oficina encea nov14 brasíliadf

83

Page 84: Oficina encea nov14 brasíliadf

84

ANEXO – 5: SLIDES DA APRESENTAÇÃO DA SRA. DÉBORA MENEZES

Page 85: Oficina encea nov14 brasíliadf

85

Page 86: Oficina encea nov14 brasíliadf

86

Page 87: Oficina encea nov14 brasíliadf

87

Page 88: Oficina encea nov14 brasíliadf

ANEXO – 6: PAINÉIS DA FACILITAÇÃO GRÁFICA

Page 89: Oficina encea nov14 brasíliadf

89

Page 90: Oficina encea nov14 brasíliadf

ANEXO – 7: LISTAS DE PRESENÇA

Page 91: Oficina encea nov14 brasíliadf

91

Page 92: Oficina encea nov14 brasíliadf

92

Page 93: Oficina encea nov14 brasíliadf

93

Page 94: Oficina encea nov14 brasíliadf

94

Page 95: Oficina encea nov14 brasíliadf

95