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Este caderno apresenta a concepção cenográfica para o espetáculo teatral intitulado Noturno como resultado final do trabalho prático desenvolvido ao longo da disciplina Oficina de Cenografia, ofertada pela Universidade Federal de Minas Gerais para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Teatro e Design de Moda. EQUIPE Alexandre Hugo - Teatro Alissa Rezende - Arquitetura e Urbanismo Arthur Marques - Arquitetura e Urbanismo Fernanda Comparth - Arquitetura e Urbanismo Maiara Camilotti - Arquitetura e Urbanismo Orientador: ED ANDRADE

TRANSCRIPT

projeto de concepção cenográfica

ALEXANDRE HUGO . ALISSA REZENDE . ARTHUR MARQUES

FERNANDA COMPARTH . MAIARA LUCHI

ED ANDRADE

professor orientador

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E M I N A S G E R A I S

PILAR: Não se preocupe! A água é limpa!JÚLIO: Vai me dizer que é água fervida?PILAR: Não! A água é antiga!JORGE: Tem dois anos que não trocamos a água da piscina.

O presente trabalho tem como objetivo a criação de um espaço cênico que tra-duza espacialmente toda a complexi-dade simbólica do texto dramático que nos foi proposto pela disciplina Oficina de Cenografia. A disciplina, ofertada pela Universidade Federal de Minas Gerais para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Graduação em Teatro e Design de Moda, objetiva transmitir aos alunos o conhecimento das funções e possibilidades da cenografia na consti-tuição do discurso cênico. A Oficina também se propõe a passar noções bá-sicas do processo de concepção e pro-dução do espaço cênico e abordar as-pectos técnicos e teóricos referentes ao campo da cenografia através de au-las expositivas, discussões, análise de espetáculos teatrais com foco na com-posição do espaço, dinâmicas em gru-po, participações de outros profissio-nais da área nas aulas e orientação do trabalho prático. A disciplina é minis-trada pelos professores Ed Andrade, Cristiano Cezarino e Tereza Bruzzi e contou com a participação especial do professor convidado Juarez Gui-marães Dias - que ministrou duas aulas ao longo do curso. Este caderno apre-senta a concepção cenográfica para o espetáculo teatral intitulado Noturno como resultado final do trabalho práti-co desenvolvido ao longo da disciplina.

NOTURNO é a sétima montagem do Grupo Teatro Invertido e celebra os 10 anos da companhia mineira. O espetáculo tem tex-to inédito de Sara Pinheiro e direção compartilhada entre Mo-nica Ribeiro e Yara de Novaes. O Professor Ed Andrade, orien-tador do grupo, é também o cenógrafo responsável pela criação do cenário da peça - que estreia em janeiro de 2015. O texto se divide em três momentos distintos. O prólogo mostra a relação entre uma mãe - que tenta obsessivamente interpretar com per-feição a peça Noturno, de Chopin - com seu filho. O segundo momento, aparentemente desconexo, retrata um fim de tarde de domingo, à beira de uma piscina, em que cinco amigos, legítimos representantes da classe média brasileira, reúnem-se para assar um churrasco à beira de uma piscina, cuja água, verde musgo, está parada há tempos. Essa seria uma situação comum na vida dessas pessoas, se não fosse a iminente ameaça do fim do mun-do que paira no ambiente. O terceiro e último momento apresenta a relação entre Pilar e sua filha recém nascida Martina, mediada pela governanta Beta. Essa situação serve como metáfora para a discussão de relações afetivas, políticas e sociais da contem-poraneidade e coloca em cena as angústias de uma elite que vê seus privilégios ameaçados e resiste a relacionar-se com uma nova ordem.

Fim de tarde. Exterior de uma casa de veraneio, classe média alta. Podemos ver uma piscina, cuja água, verde musgo, aparen-ta estar parada há tempos. Ao fundo, há uma churrasqueira, de onde sai fumaça. Provavelmente alguém acabou de acendê-la.Há também uma mesa, cadeiras no entorno, e espreguiçadeiras.

Fora da cena, de um lado, está a cozinha. Do outro, os quartos da casa. Embora não seja possível ver esses cômodos, é impor-tante que se saiba para onde os personagens vão, quando não estão na área de lazer, onde se passa esta parte da peça.

Do interior da casa, sai Pilar (entre 30-35 anos), segurando mui-tas sacolas plásticas de supermercado e um pequeno monitor rosa. Coloca o monitor sobre a mesa e tira as compras da sacola.Entra o marido, Jorge (entre 30-35).

Cena ágil. Jogo de entra e sai. Jorge quase sempre atrás da mulher.

Após a apresentação das atividades propostas para a disciplina, a turma foi dividida em grupos e foram sorteados três textos para os diferentes grupos de alunos. Os textos foram temas de mon-tagens profissionais que se desenvolviam em Belo Horizonte paralelamente ao percurso da dis-ciplina. Os professores estavam diretamente en-volvidos nos processos reais dessas montagens, e a ideia era que os alunos estabelecessem uma ponte com esses processos, tendo, no entanto, to-tal liberdade para criar sua própria versão da ce-nografia do espetáculo. Lemos, então, o texto que embasaria nossa proposta cenográfica, tivemos importantes aulas teóricas e nos reunimos com a finalidade de definir diretrizes para o espaço cênico que seria criado. Nas primeiras reuniões, discutimos nossas impressões iniciais e tudo que o texto nos transmitia. Na tentativa de nos aproxi-mar do processo real de criação cenográfica, nos-so orientador, Ed Andrade, nos trouxe as deman-das, desafios e escolhas que a própria equipe de direção do espetáculo passava a ele enquanto cenógrafo da montagem que acontecia paralela-mente ao nosso processo criativo. Dessa forma, compreendemos melhor as expectativas e limita-ções de uma criação profissional. Escolhas como materiais, viabilidade técnica, soluções de movi-mentações de cena e projeções de imagens foram feitas a partir de demandas trazidas da equipe de criação real do espetáculo. Essas demandas im-puseram-nos desafios aos quais tínhamos total autonomia para resolver, tornando-se importantes estímulos para o nosso processo criativo.

Durante nosso proces-so de criação, contamos com a visita da autora do texto, a dramaturga Sara Pinheiro. Tivemos a opor-tunidade de conhecer um pouco mais sobre suas motivações durante a es-crita do texto, saber quais elementos para ela eram mais significativos e que deveriam estar represen-tados pela cenografia. Nessa primeira etapa bus-camos referências que transmitissem tais per-cepções para servir de alicerce na elaboração da nossa proposta. Durante o processo elaboramos dife-rentes propostas que, mais tarde, foram lapidadas até chegarmos ao resulta-do final. Nossas primeiras propostas foram pensadas para montagem em espa-ços alternativos, mas após discussões e atendendo a uma demanda da própria direção da peça repensa-mos o projeto para que a apresentação fosse viável em palcos à italiana.

Referências relevantes ao longo do processo de criação foram obras dos artistas Olafur Eliasson e Pina Bausch. Dos trabalhos de Bausch, importante coreógrafa alemã, buscamos imagens que privilegiassem a composição dos corpos de seus performers com o espaço. Seus trabalhos fazem referência a ambientes oníricos, com rupturas e contraposições. As referências mais significativas para o grupo foram encontradas em trabalhos como: “1980 - A piece by Pina Bausch” e seu gramado; e “Two cigarettes in the dark” com seu espaço branco, contraposto por uma selva emoldurada por uma espécie de janela. Os trabalhos de Olafur Eliasson são geralmente marcados por uma críti-ca a questões ambientais e pela alteração na percepção de escala. Dos seus trabalhos, nos serviram de referência: “The Weather Project”, trabalho que traz um Sol artif icial em grande escala, instalado dentro de uma galeria; “Lava-floor”, contendo em seu interior grandes paredes brancas e janelas e o chão coberto por pedras vulcânicas; e “No-tion Motion”, trabalho que nos trouxe a referência para a projeção de água.

À partir dos artistas citados anteriormente foram surgindo desdobramentos de outras referências, como os trabalhos de Lars Von Trier (Melancolia), Grupo Armazém (A Marca D`água), Spike Jonze (Her), e o da artista plástica Louise Bourgeois. Esta ultima artista, referência fundamental no desenvolvimento do trabalho, nos apresentou grades e silêncios de instalações profundamente simbólicas e psi-canalíticas. As personagens de Noturno encontram-se iso-ladas em um mundo onde o não dito resvala sentimentos de solidão, medo, vazios e impotência. O gosto árido da falta de água e ressacamento das plantas representam in-divíduos estéreis e solitários. As grades remetem ao afas-tamento, e o isolamento traduz a psique corroída-solitária das personagens.

Sinopse / HER - Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema opera-cional para seu computador. Para a sua surpresa, ele aca-ba se apaixonando pela voz deste programa informático, dando início a uma relação amorosa entre ambos. Esta história de amor incomum explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia. Referência: clima retro-fu-turista, relação espaço-tempo indeterminada.

Sinopse / Melancolia - Um planeta chamado Melancolia está prestes a colidir com a Terra, o que resultaria em sua destruição por completo. Neste contexto Justine (Kirsten Dunst) está prestes a se casar com Michael (Alexander Skarsgard). Ela recebe a ajuda de sua irmã, Claire (Char-lotte Gainsbourg), que juntamente com seu marido John (Kiefer Sutherland) realiza uma festa suntuosa para a co-memoração. Referência: clima apocalíptico, iminência do fim.

Ao analisar o texto, percebemos que o assunto abordado ali é extremamente atual e pertinente, e logo vimos que nosso próprio contexto cotidiano serviu como referência e como chave fundamen-tal para a imersão naquela realidade proposta pela autora. Noturno coloca em debate a falência do sistema como um todo, retratando, numa atmosfera apocalíptica, a iminência de um fim da vida humana provavelmente causado pela ação do homem.

O tema da política está na base das reflexões provocadas pelo texto. A realidade apre-sentada pela fábula coloca em xeque uma sociedade delineada pelos valores de consu-mo individualistas, governada por uma política que se orienta pelos interesses de um capitalismo pós-industrial. Podemos perceber questionamentos sobre como o consu-mismo inserido na cultura capitalista e as relações interpessoais se mantêm como uma prática usual. Ao encontrar na falta d’água um de seus principais argumentos, a autora traça um paralelo com a atual situação de vários estados brasileiros que sofrem com a escassez de chuvas e a seca de reservatórios em decorrência disso. A discussão sobre as questões políticas vigentes se tornam a base fundadora do texto de Sara Pinheiro.

Uma das primeiras propostas foi concebida tendo como elemento principal a piscina, locali-zada no centro do palco, que teria uma aparência esverdeada, como se a água não fosse tro-cada há tempos. A ideia era aproximar o público a partir de elementos reais e cotidianos, por isso introduzimos a grama, as espreguiçadeiras e a churrasqueira; seriam móveis bonitos, nobres porém mal cuidados e sujos - aproximando os elementos do ambiente de decadência que o espetáculo trata. Haveria ainda arbustos e plantas secas em volta de todo o cenário, um mato estranho e mal cuidado. Para solucionar a terceira cena, que se passa no quarto do bebe na parte interna da casa, foram introduzidas duas janelas ao fundo antes da tela de projeção, que seriam recolhidas ao final da segunda cena e desceriam invertidas na boca de cena, de modo que o quarto do bebe estivesse no proscênio e a parte externa atrás da janela.

Outro caminho pensado inicialmente foi de pensar a concepção cênica para um espaço alternativo. Dessa forma seria possível trazer a platéia para dentro da grade, insinuando que aquela situação representada pela peça era parte também do mundo dos espectadores. Nessa outra concepção os pontos mais relevantes eram a grade, a presença dos espectadores dentro daquele universo e a pisci-na - presente no plano de fundo do espaço. Nessa outra concepção procuramos deixar a área de atuação com uma estética limpa, sem muitos objetos compondo o espaço. A primeira e a terceira cena seriam projetadas na fachada de fundo da grade, que teria um tecido com um rasgo no meio revelando um sol apocalíptico.

Atualmente percebe-se no Brasil uma as-censão do Teatro Cotidiano, que na defi-nição do teatrólogo Jean-Pierre Ryngaert está “ancorado no fait divers ou na tranche de vie”. O texto Nuturno, de Sara Pinheiro, localiza-se nesse gênero, já que o mesmo compreende características ancoradas em fatos da vida cotidiana. O texto pos-sui sua ação principal na fala, o conflito é quase inexistente e a potência do discur-so está no não dito, nos silêncios e vazios experienciados pelas personagens. Nessa contexto, as imagens que emergem da lei-tura de Noturno mergulham na psicologia de seus viventes, trazendo à tona camadas mais profundas e subjetivas dos mesmos.

Para pensar a cenografia, construímos uma paralelo entre a aridez do texto e o vazio de seus personagens. A esteril idade onde encontram-se as pessoas de Noturno nos remeteu, imediatamente, aos trabalhos da artista Louise Bourgeois. Francesa que se mudou para os EUA em 1938, Bourgeois carrega em seu trabalho referências psi-canalíticas, fi losóficas e literárias. Descar-regando sua psique em materialidades, a artista apresenta obras onde o cotidiano engendra seres humanos com estados dia-leticamente dependentes de seu oposto. A falação, o lodo, a secura e as grades, tornaram-se, desde então, a matéria-prima da nossa concepção cenográfica.

“O corpo deposita sobre o papel a tradu-ção de movimentos emocionais em busca de materialidade e simbolização”. Nessa frase de Claudia Berliner, encontra-se o processo que desembocou em nosso pro-jeto cênico. A linguagem de onde nasce a atmosfera e os personagens de Notur-no carrega em si a concretude do espa-ço-tempo da encenação. Considerando os símbolos e as emoções geradas pelo tex-to, foi possível pensar em uma cenografia simples, mas, ao mesmo tempo, com uma materialidade que suscitasse o isolamento e complexidade psicológica onde encon-travam-se as personagens.

A estrutura da grande gaiola foi concebida a partir de peças de metalon 50x50mm, com dimensão máxima de 220m para viabilização de transporte, que são montadas a partir de encaixes macho-fêmea. A composição com as peças de metalon criam retângulos de tamanhos diferentes. Alguns desses re-tângulos são preenchidos com elementos metálicos diversos: chapas de aço galvanizado oxidadas com ácido muriático; duas aberturas metálicas, uma em cada lateral da grade; uma porta de bunker, com o mesmo aspecto das chapas metálicas, e maçanetas de diferentes formas.

Toda a estrutura é revestida com uma tela de pinteiro, comprada com 2 metros de largura e emendada com solda especial. A tela é fixada à estrutura com sistema de amarração para permitir sua remoção e transporte. Ressaltamos que a presença da tela entre a cena e o público não atrapalha a visibilidade do espetáculo ou o entendimento das cenas que acontecem no palco, mas cria o efeito de isolamento daquele ambiente ficcional do seu meio externo, considerado como inóspito, sujo, em decadência.

No interior dessa estrutura há uma piscina, elemento central na dramaturgia, representada por um plano de fundo infinito, feito em telagarça, que nasce do piso e sobe pela parede de fundo, servindo como suporte de projeção de imagens de água. Elemento emblemático do texto, a piscina ocupa todo o fundo da cenografia, sendo cercada por um guarda-corpo de policarbonato sobre o qual há uma escada de piscina acoplada. O piso é coberto com gra-ma sintética de paisagismo 30mm, trabalhada com pigmentação natural de terra. Sobre a grama repousam arbustos, matos e ervas daninhas de diversos tamanhos, reproduzindo a sensação de um meio negligenciado. As cadeiras, a churrasqueira e a mesa que compõem o mobiliário da cena seguem um estilo que não se firma no tempo, remetendo simultaneamente a um passado distante e a um futuro que pode estar próximo.

Por fim, há, atrás do plano infinito que representa a piscina, um pequeno tablado (dimensões 2x2m e 1,10m de altura), sobre o qual acontece a cena final que se passa no quarto de um bebê. As laterais e o fundo do tablado são fechados com tecido branco com listras azul claro, remetendo a um papel de parede suave, que será amarrado a uma estrutura em forma de “U” acoplada à vara do teatro. Sobre o tablado, um berço e uma cadeira compõem o quarto do bebê, que se torna visível através da telagarça com efeito de iluminação.

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Nosso projeto cênico contempla os três ambientes diferentes da dramaturgia. O primeiro, conforme discutido com a própria autora do texto, será materializado em forma de projeção - na tela de tecido presente na parede de fundo. O segundo ambiente, onde ocorre a maior parte da peça, se dá todo dentro da estrutura envol-ta pela grade, conformando uma espécie de grande gaiola. O terceiro e último am-biente acontece em cima de um pequeno palco elevado a 110 cm do chão, situado atrás do plano de fundo da estrutura da grande gaiola. O tecido que reveste esse plano de fundo - chamado Talagarça - per-mite, conforme a iluminação, que a plateia veja através dele. A Talagarça é um teci-do fabricado em 100% algodão, usado em nosso cenário como substituto do tecido “Sharkteeth”, geralmente importado. Por ser produzido no Brasil e por produzir um efeito técnico semelhante, o tecido foi es-colhido como alternativa por sua viabili-dade, tanto econômica quanto logística. Este tecido tem a característica de permi-tir um efeito, muito usado com projeções de imagens, por possibilitar que a imagem projetada em sua face anterior e qualquer elemento cênico posicionado em sua face posterior, sejam vistos ao mesmo tempo, através de jogos de iluminação.

Completamente absorvida, Pilar continua a história. Aproxima-se da criança. Encara-a. E continua a história. Entretanto, já não é mais possível escutá-la. Os ruídos de fora abafam Pilar. Po-deriam ser os barulhos de uma hecatombe, de explosões... Ou, simplesmente, os barulhos de um churrasco entre jovens. Tudo se mistura. E não escutamos mais Pilar.Mesmo assim, perto da filha, ela continua a contar. Como em um transe. Ela continua e continuará assim....

AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos professores da disciplina Cristiano Cezarino e Tereza Bruzzi, e em espe-cial ao nosso orientador Ed Andrade - sempre acessível e desafiador, trazendo ao longo do trabalho novos questionamentos e referências.

Agradecemos a ajuda de nossos colegas de disciplina, que colaboraram com as discussões e trouxeram novos pontos de vista, em espe-cial Dayane Lacerda, Gabriel Corrêa, Débora de Oliveira e Ana Carolina Alvim.

Agradecemos a Sara Pinheiro pelo excelente texto e pela disponibilidade de ter ido em uma das aulas para esclarecer dúvidas e fomentar a discussão.

Alexandre HugoTeatro

4° ano graduação

Alissa RezendeArquitetura e Urbanismo

3° ano graduação

Arthur MarquesArquitetura e Urbanismo

2° ano graduação

Fernanda Comparth Arquitetura e Urbanismo

4° ano graduação

Maiara LuchiArquitetura e Urbanismo

3° ano graduação

EQUIPE