o trabalho em equipe na saúde

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O trabalho em equipe na saúde Luís Fernando de Tófoli

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Apresentação dialogada para o 4º semestre do Curso de Medicina da UFC, Campus Sobral (Disciplina de Psicologia Médica)

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Page 1: O trabalho em equipe na saúde

O trabalho em equipe na saúde

Luís Fernando de Tófoli

Page 2: O trabalho em equipe na saúde

Objetivos

Ao final desta aula, o aluno deverá ser capaz de Conceituar elementos básicos do

trabalho em equipe, em especial no campo da saúde, como: Tipos de equipe Equipes que trabalham bem Trabalho multi/inter/transdiciplinar Papel do médico na equipe

Page 3: O trabalho em equipe na saúde

Trabalho em equipe: por quê?

Crescente especializaçãoO progressivo aumento da quantidade de

conhecimentos em cada campo não permite que um único indivíduo domine todos os conhecimentos do assunto estudado

Desinstitucionalização da saúdeA saída da atenção do hospital para a

comunidade reforçou o trabalho entre diferentes profissionais

Page 4: O trabalho em equipe na saúde

A complexa dinâmica das equipes de saúde

Estrutura organizacionalArranjos interpessoais estabilizadosIdeologia de atendimentoIntersubjetividadeAspectos técnicos Racionalidade assistencial

especificidade da saúde

Page 5: O trabalho em equipe na saúde

Características de grupos que funcionam bem

Metas clarasEntendimento compartilhado de objetivos

Processos clarosConhecimento e respeito pela contribuição

dos outrosComunicação clara e efetivaDissolução de conflitosEquiparação de papéisTreinamento de tarefas

Page 6: O trabalho em equipe na saúde

Características de grupos que funcionam bem

Estruturas flexíveis que levem a:Pessoal capacitadoEscolha correta de cada categoria de

profisisonalLiderança responsável que enfatize a

excelênciaReuniões de equipe efetivasDocumentação que facilite

compartilhamento de conhecimentoAcesso a recursos necessáriosPremiações e recompensas adequadas

Page 7: O trabalho em equipe na saúde

A importância da interação

Um dos indicadores claros de qualidade de uma equipe de saúde é a capacidade de interação

Boas equipes interagem bem, cuidam bem de seus pacientes e não têm problemas com quaisquer equipes de cuidado

Não existe especificidade de bom funcionamento para um ou outro tipo específico de cuidado.

Por exemplo, não costuma haver equipes de atenção primária “boas” para tratar hipertensão e “ruins” para a saúde mental

Page 8: O trabalho em equipe na saúde

Ententendo equipes pela sua interação

Equipes Integração Articulação das ações Interação dos agentes Projeto assistencial

comum Argüição da

desigualdade dos trabalhos especializados

Flexibilidade da divisão do trabalho

Autonomia técnica de caráter interdependente

(Peduzzi e Schraiber, 1998)(Peduzzi e Schraiber, 1998)

Page 9: O trabalho em equipe na saúde

Ententendo equipes pela sua interação

Equipes Agrupamento

Justaposições das ações

Agrupamento dos agentes

Autonomia técnica plena; ou

Ausência de autonomia técnica

(Peduzzi e Schraiber, 1998)(Peduzzi e Schraiber, 1998)

Page 10: O trabalho em equipe na saúde

Trabalho multiprofissional

Contribuição independente de cada disciplina para o cuidado de um cliente

Tradicionalmente é o médico o responsável pela prescrição dos cuidados e coordenação dos serviços

Trabalho em paralelo em soma de conhecimentos

Comunicação interdisciplinar é mínima, a não ser com o médico coordenador

Membros da equipe podem ser da mesma disciplina/profissão ou não

Page 11: O trabalho em equipe na saúde

Trabalho interdisciplinar

Membros trabalham em conjunto e se comunicam com freqüência

Organizado em se resolver um conjunto comum de problemas (e não em torno da figura de um “chefe”)

Trabalho em colaboração e sinergia de conhecimentos, levando em consideração as contribuições dos outros membros

Existem funções especializadas, porém com cada membro se colocando no centro dum contínuo de responsabilidades e interações

Page 12: O trabalho em equipe na saúde

Trabalho transdisciplinar

Oposto absoluto do trabalho multidisciplinar

Funções profissionais sobreponíveis

Cada membro da equipe tem que estar familiar com as concepções dos outros membros, de forma a poder assumir porções significativas dos papéis dos outros membros

Page 13: O trabalho em equipe na saúde

Desigualdades na equipe

Algumas profissões são consideradas hierárquica ou ideologicamente “superiores”

Estas desigualdades costumam reproduzir desigualdades sociais em geral

Quanto menor a desigualdade (real, e não apenas referida), maior a integração

Page 14: O trabalho em equipe na saúde

Intersubjetividade

As pessoas são diferentes e particulares, com diferentes disposições e habilidades; qualquer modelo organizacional, não importa quão bem estruturado, falhará se não levar em conta essa perspectiva

Para efetivamente se trabalhar em equipe é preciso administrar conflitos e embates advindas destas diferenças, e respeitá-las

Page 15: O trabalho em equipe na saúde

Conclusão: o papel do médico

Trabalhar com o conceito de autonomia interdependente e flexibilidade de funções

Evitar utilizar-se da hierarquização e da visão do médico como um profissional “superior”, lembrando-se de que isto implica em mudanças culturais na atitude do médico e dos outros profissionais

Participar do processo de elaboração de um projeto comum com sua equipe

Page 16: O trabalho em equipe na saúde