o surgimento da filosofia prof. andré teixeira · nascimento da filosofia: ... percebe que o...
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COMPETÊNCIA DE ÁREA HABILIDADES
- Compreender os
elementos culturais queconstituem as identidades
H2 – Analisar a produção da
memória pelas sociedades
humanas.
H3 – Associar as manifestações
culturais do presente aos seus
processos históricos.
H4 – Comparar pontos de vista
expressos em diferentes fontes
sobre determinado aspecto da
cultura.
Como os gregos definiam
Filosofia?
FILO – AMOR, AMIZADE
SOPHIA – SABEDORIA
Uma forma de conhecimento capaz de explicar as diversas
mudanças que ocorriam na natureza.
Como nasceu a Filosofia?
A filosofia possui um conteúdo ao nascer: é uma
cosmologia (cosmos = mundo ordenado e organizado; logia
= pensamento racional, discurso racional, conhecimento).
Assim, a filosofia nasce como conhecimento racional da
ordem do mundo ou da natureza
Fatos históricos que marcaram o
nascimento da Filosofia:
viagens marítimas;
invenção do calendário;
invenção da moeda;
surgimento da vida urbana;
invenção da escrita alfabética;
invenção da política
AS NAVEGAÇÕES
Navegando por territórios antes
desconhecidos, os gregos
perceberam que as criaturas
imaginárias criadas pela mitologia
grega não eram reais e que também
não existiam deuses em outras
regiões, como sugeria a mitologia;
Com as viagens, o mundo perdeu seu
caráter mítico ou lendário; os
exploradores descobriram um mundo
repleto de belezas e conhecimentos;
INVENÇÃO DO CALENDÁRIO
Os gregos aprenderam que era possível
contar o tempo das estações do ano,
definindo quando e de que forma
aconteciam as mudanças do clima e do
dia. Notaram também que as
transformações pelas quais o tempo
passava ocorriam espontaneamente e
não por intervenções divinas
INVENÇÃO DA MOEDA
Os gregos aprenderam a arte
de negociar; não mais se
efetuava o comércio de uma
mercadoria aceitando-se como
pagamento a troca por
mercadoria semelhante. Assim,
o pagamento tornou-se
monetário, ou seja, a moeda
substituiu o poder de troca
A INVENÇÃO DO ALFABETO
Da mesma maneira do calendário e a
da moeda, o surgimento da escrita
revela o crescimento da capacidade
de abstração e de generalização, uma
vez que a escrita alfabética ou
fonética, diferentemente de outras
escritas - como, por exemplo, os
hieróglifos dos egípcios ou os
ideogramas dos chineses - supõe que
não se represente uma imagem da
coisa que está sendo dita, mas a ideia
dela, o que dela se pensa e se
transcreve
NA VIDA E
NÓS E NÓS
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A
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A
INVENÇÃO DA POLÍTICA
Surgiram novas fontes de informação e a lei passou a
abranger muitas outras coisas e chegou até as pessoas.
Criou-se uma área pública voltada para discursos e
debates, local no qual os gregos debatiam e propagavam
suas ideias a respeito da política
A política estimula um discurso que procura ser público,
ensinado, transmitido, comunicado e discutido. A ideia de
um pensamento que todos podem compreender e discutir,
que todos podem comunicar e transmitir é fundamental
para a filosofia.
Com a filosofia teve inicio um tipo
de conhecimento visando a
verdade, a explicação da
realidade por princípios racionais.
No mito havia um conhecimento que
visava a ordenação e significação do
mundo, buscavam explicações
daquilo que eles não tinham
condições de explicar.
É em Mileto, situado na Jônia (atual Turquia), no século VI a.C. que nasce Tales que, para a
Aristóteles, é o iniciador do pensamento filosófico e de toda a memória critica ocidental e é a
partir dai que passa a se distinguir do mito. No entanto, o pensamento mítico, embora sem a
função de explicar a realidade, ainda ecoa em obras filosóficas, como as de Platão, dos
neoplatônicos e dos pitagóricos.
Disponível em: http://www.mundoeducacao.com/filosofia/origem-filosofia.htm
O texto expõe a origem da Filosofia enquanto conhecimento, tendo como característica o fato
de que
a) estabeleceu um discurso acrítico e teve seus argumentos endossados pela força da
tradição.
b) desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia
cultural dos gregos.
c) reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de
alguma força divina.
d) retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses
lógico-argumentativas.
e) surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em
oposição aos mitos gregos.
A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico
moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão
provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A
dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia.
Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo,
1970, p. 11.
A partir do texto, entendemos que a Filosofia enquanto conhecimento
a) estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes.
b) serve apenas para separar a Ciência metódica e sistemática e para dar
fundamento a religião.
c) percebe que o espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando
opiniões e verdades são coincidentes.
d) Identifica que dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser
espontânea e dispensar o rigor metodológico.
e) propõe que a dúvida e o questionamento rigoroso, o espírito crítico são
fundamentos do pensamento filosófico moderno.
DO MITO À FILOSOFIA
NARRATIVAS
VERDADE QUE SE SUSTENTA NA
AUTORIDADE DAQUELE QUE
NARRA – RAPSODO.
COSMOGONIA E TEOGONIA
GENEALOGIAS QUE NARRAM A GERAÇÃO DE TODAS AS COISAS
OS MITOS ORDENAM O MUNDO,
SUPERAM O CAOS E INTRODUZEM
O COSMO
FILOSOFIA
VERDADE QUE SE SUSTENTA PELA
FORÇA DOS ARGUMENTOS E AO
MESMO TEMPO ADMITE
CONTESTAÇÃO.
COSMOLOGIA
DISCURSO QUE PROCURA. COMPREENDER A REALIDADE A PARTIR DO CONCEITO DE CAUSALIDADE. O COSMO TEM UMA ORDEM NATURAL E PODE SER CONHECIDO RACIONALMENTE.
FILÓSOFOS DA PHYSIS E A QUESTÃO
DO ARQUÉ.
TALES DE MILETO
SE A NATUREZA É UM TODO
ORGANIZADO QUE OBEDECE A
UMA CAUSALIDADE, É POSSIVEL
ENCONTRAR UM PRINCÍPIO
UNIFICADOR E ORIGINÁRIO EM
TODAS AS COISAS.
SEGUINDO ESSE ARGUMENTO,
TALES PROPÕE QUE O ÚNICO
ELEMENTO NATURAL CAPAZ DE
ESTÁ PRSENTE EM TODAS AS
COISAS E DO QUAL TUDO DEPENDE
PRA EXISTIR É A ÁGUA.
ANAXIMANDRO
Anaximandro que a arché era uma substância infinita e
indeterminada chamada
apeíron que formou as demais
coisas por um processo de
segregação (como uma
massa de modelar que pode
ser dividida em vários pedaços
para formar diversas figuras).
ANAXÍMENES
Anaxímenes dizia que
o ar é a arché, e que ele
origina o fogo por
rarefação e, por
condensação, faz a
água e os demais seres
HERÁCLITO
Heráclito cria que a arché é o fogo, causa da dinâmica
constante do devir e da
mudança, que seria regida por
um logos ordenador.
Tudo é e não é. A luta entre os
contrários é o que permite que
todas as coisas estejam em
constante mudança.
O ser é e não é para continuar
sendo.
O DEVIR:
Heráclito é especialmente conhecidocomo o filósofo do devir, ou seja, do “vir-a-ser”, que significa a mudança perpétua,sendo essa, a característica mais marcantede seu legado: “O devir é caracterizado porum contínuo fluir das coisas de um contrárioao outro: “as coisas frias se aquecem, ascoisas quentes se esfriam, as coisas úmidassecam, as coisas secas umedecem” (DK, 22 B126); “o jovem envelhece, o vivo morre, eassim por diante.” (REALE; ANTISERI, 1990 p.65). Afirmava que no mundo “tudo flui”, isto é,que a realidade não é estática, não hásubstância fixa, mas tudo encontra-se emconstante movimento.
O próprio fogo, por si, indica mudança em
suas propriedades. Por exemplo,
suas chamas, transformam-se em cinzas,
fumaças e vapores. Talvez esse tenha sido o
fator que levou Heráclito a defini-lo como
elemento básico formador da natureza. E
para o filósofo, as coisas que nos são
familiares (como terra, céu, ar) resultam de
processos dessa continua alternância do
fogo. “O fogo, com efeito, é perenemente
móvel, é vida que vive da morte do
combustível, é incessante transformação em
fumaça e cinzas (…)” (REALE; ANTISERI,
1990 p. 68). Tal elemento, portanto, é o
símbolo do devir e do equilíbrio que governa
os movimentos da natureza.
PARMÊNIDES
Parmênides dizia que o fundamento da natureza é
o Ser imutável ,imóvel e
atemporal (a dinâmica e a
pluralidade que vemos é
ilusória).
O ser é e não pode não ser. O
não ser não é e não pode vir a
ser de modo algum.
Heráclito e Parmênides: da
cosmologia a epistemologia
Heráclito
Tudo muda. Nada permanece fixo
e intacto. Todas as coisas são um
fluxo constante de oposição.
Unas, indivisíveis, mas opostas.
Parmênides
As coisas são essência e
aparência. A aparência muda, a
essência, contudo, permanece
intacta, imutável.
SE TUDO ESTÁ EM CONSTANTE MUDANÇA, SENDO E NÃO SENDO, COMO PODEMOS CONHECER AS COISAS?