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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO FABIANA SILVA DA CONCEIÇÃO O SISTEMA DE FRANCHISING COMO ESTRATÉGIA DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO REDENÇÃO - PARÁ 2013

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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

FABIANA SILVA DA CONCEIÇÃO

O SISTEMA DE FRANCHISING COMO ESTRATÉGIA DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO

REDENÇÃO - PARÁ 2013

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FABIANA SILVA DA CONCEIÇÃO

O SISTEMA DE FRANCHISING COMO ESTRATÉGIA DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC apresentado ao Curso de Bacharelado em Administração da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração. Área de concentração: Franchising e Empreendedorismo. Orientadora: Profª. Ms. Maria Graciete Rodrigues do Amaral.

REDENÇÃO - PARÁ 2013

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FABIANA SILVA DA CONCEIÇÃO

O SISTEMA DE FRANCHISING COMO ESTRATÉGIA DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC apresentado ao Curso de Bacharelado em Administração da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração. Área de concentração: Franchising e Empreendedorismo.

Aprovada em: ____/____/______.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________ Profª. Ms. Maria Graciete Rodrigues do Amaral

Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida – FESAR

________________________________________________ Profº.Ms. Laudicério Aguiar Machado

Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida – FESAR

________________________________________________ Profª. Drª. Valdirene Cássia da Silva

Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida – FESAR

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Dedico esta conquista aos meus pais Lourival Alves e Maria Silva, pois só tenho á agradecer pelo amor, carinho, afeto, cuidados e orações.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me conduzido até aqui, pois sem ele não teria forças suficientes para ultrapassar as dificuldades, barreiras, superar os limites que muitas vezes me foi imposto, mas quando buscamos e cremos a vitória é certa.

Aos meus pais (Lourival Alves e Maria Silva), por ter me ensinado o verdadeiro sentido da vida, por suas orações, seu cuidado, seus conselhos, por seu amor incondicional, na verdade por tudo, sem palavras...

Aos meus irmãos, cunhados, sobrinhos familiares e amigos que sempre estiveram na torcida por mim, meus sinceros agradecimentos.

Aos meus colegas e amigos de curso, este não deixa de ter um pouquinho de vocês, em especial a duas amigas mais que especiais Claudiane Gomes Tavares Sardeiro e Lívia Mara Lopes de Moura, que durante essa jornada na academia nos mantivemos unidas com o mesmo propósito que é chegar até aqui e conquistarmos a vitória que é a conclusão e aprovação deste trabalho, obrigada por tudo.

Aos mestres que me conduziu, ensinou, compartilhou de seus conhecimentos e ensinamentos, graças ao auxílio de cada um pude construir dia após dia a concretização deste trabalho.

A coordenação de curso, embora tantas mudanças no decorrer deste curso, sempre se puseram a disposição para melhor atender dentro de cada particularidade ora solicitada. Meus sinceros agradecimentos, que Deus em sua infinita graça possa abençoar a todos nós nesta jornada rumo ao sucesso.

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A pedra O distraído, nela tropeçou, o bruto a usou como projétil, o empreendedor, usando-a construiu, o campônio, cansado da lida, dela fez assento. Para os meninos foi brinquedo, Drummond a poetizou, Davi matou Golias... Por fim; o artista concebeu a mais bela escultura. Em todos os casos, a diferença não era a pedra. Mas o homem.

Antonio Pereira (Apon)

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RESUMO

Este trabalho aborda o sistema de franchising como estratégia de apoio ao empreendedorismo. Será exposto o surgimento desse sistema e sua evolução histórica, seu conceito e legislação. Também os tipos de franquias e suas áreas de atuação, com isso suas vantagens e desvantagens quanto franqueador. O mesmo apontará o empreendedorismo, seus significados, evolução histórica. Com a aceleração desse sistema o mesmo chega ao Brasil, onde empreendedores buscaram ajuda no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - (SEBRAE), onde esse serviu de auxílio para empreendedores que estavam iniciando seus negócios. Nesse sentido quem poderá ser um empreendedor de sucesso? Não existem regras para quem deseja atuar nesse ramo, pois qualquer indivíduo pode ser um empreendedor bem sucedido, mas é importante atentar-se para qual tipo de empreendedorismo o sujeito se adapta, pois esse é um fator determinante no ato de operar com o franchising ou em qualquer outro modelo de negócio. Para isso, é essencial um planejamento estratégico de atuação, conhecer os seus concorrentes, analisar as forças e fraquezas do mercado, pois o franchising na última década tem se destacado como uma excelente oportunidade de negócio. Os números indicaram crescimento segundo a Associação Brasileira de Franchising – (ABF) em 2012 esse setor chegou a faturar cerca de R$ 103,92 bilhões e os números de unidades franqueadas só aumentaram. Nos últimos dois anos seu faturamento chegou à casa dos 16,2%. No ranking de franquias a ABF aponta as 25 primeiras redes e seus segmentos no mercado brasileiro, sendo a líder nesse ramo a rede de perfumaria e cosméticos o “Boticário” com 3520 unidades franqueadas e em vigésimo quinto lugar IGUI com segmento voltado para Entretenimento, Brinquedos e Lazer com um total de 510 unidades franqueadas. E por fim sua segmentação por Estados e Regiões apontando quais destas mais possuem empresas sedes e unidades franqueadas em seu campo de atuação.

Palavras-chave: Franchising. Empreendedorismo. Empreendedor. Estratégia. Franqueador.

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ABSTRACT

This paper addresses the system of franchising as entrepreneurship support strategy, this will be explained the emergence of this system and its historical evolution, its concept and legislation. Also the types of franchises and their fields, thus its advantages and disadvantages as franchisor. The same point the entrepreneurship and its meanings and its historical evolution. With the acceleration of this system it comes to Brazil, where entrepreneurs seek help in the Brazilian Service of Support for Micro and Small Enterprises - (SEBRAE). Where this has served to aid entrepreneurs who were starting their business. In this sense who can be a successful entrepreneur? There are no rules for those who want to work in this line of business, because any individual can be a successful entrepreneur, but it is important to pay attention to what kind of entrepreneurship fits the subject, because this is a determining factor in the act of operating with franchising or any other business model. For this, it is essential to strategic planning activities, know their competitors, analyze the strengths and weaknesses of the market, because the franchise over the last decade has emerged as an excellent business opportunity. The numbers indicate growth according to the Brazilian Franchising Association - (ABF) in 2012 this sector came to make about U.S. $ 103.92 billion and the number of franchised units only increased . Over the past two years its turnover came to the house of 16.2%. Ranking franchise ABF points the first 25 networks and their segments of the Brazilian market and the leader in the branch network of perfumery and cosmetics the "Apothecary" with 3520 franchised units and twenty fifth place with thread facing IGUI Entertainment, Toys Outdoor with a total of 510 franchised units. And finally your targeted states and regions pointing which of these seats have more companies and franchised units in its field.

Keywords: Franchising. Entrepreneurship. Entrepreneur. Strategy. Franchisor.

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Faturamentos do Setor de Franchising por segmentos (valor em

bilhões de R$) 47

TABELA 2 Evolução do Número de Redes Franqueadoras 49

TABELA 3 Classificação por segmentos do franchising 51 TABELA 4 Classificação por segmentos do franchising 53 TABELA 5 Localização das Sedes das Empresas Franqueadoras por Regiões –

2012 54

TABELA 6 Distribuição das Unidades Franqueadas por Regiões – 2012 55 TABELA 7 Distribuição das Unidades Franqueadas por Estados – 2012 56

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 Faturamento do Setor de Franchising Brasileiro (valor em bilhões de R$)

42

GRÁFICO 2 Evolução do Número de Redes de Franquias do Setor de

Franchising Brasileiro 43

GRÁFICO 3 Evolução do Número de Unidades Franqueadas do Setor de

Franchising Brasileiro 44

GRÁFICO 4 Evolução do Número de Empregos Diretos Gerados Pelo Setor de

Franchising Brasileiro 45

GRÁFICO 5 Comparativo entre o PIB Brasileiro e o PIB do Crescimento do

Franchising Brasileiro 46

GRÁFICO 6 Distribuição do faturamento do setor de franchising por

segmentos de atuação em 2012 48

GRÁFICO 7 Distribuição do Número de Redes de Franquias por Segmentos

de Atuação do Franchising em 2012 50

GRÁFICO 8 Distribuição do número de unidades franqueadas por segmentos

de atuação do franchising em 2012 52

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

A&W All American Food

ABF Associação Brasileira de Franchising

CEBRAE Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa

PIB Produto Interno Bruto

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio ás Micros e Pequenas Empresas

SOFTEX Sociedade Brasileira para Exportação de Software

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 12

2 FRANCHISING 15

2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA 15

2.2 CONCEITO E LEGISLAÇÃO 18

2.3 TIPOS DE FRANQUIAS 20

2.4 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SISTEMA DE FRANQUIAS PARA FRANQUEADOR

24

2.4.1 Vantagens 24

2.4.2 Desvantagens 27

3 EMPREENDEDORISMO 31 3.1 O QUE É EMPREENDEDORISMO? 31 3.1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO EMPREENDEDORISMO 31

3.1.3 Empreendedorismo no Brasil 33

3.2 QUEM PODE SER UM EMPREENDEDOR? 34 3.3 TIPOS DE EMPREENDEDORISMO 36

4 FRANSHISINGCOMO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA EVOLUÇÃO DO SETOR NA ÚLTIMA DÉCADA

39

4.1 DESEMPENHO DO FRANCHISING EM 2011 – 2012 47 4.1.2 Ranking das franquias em 2012 52

4.1.3 Segmentação por estados e regiões em 2012 54 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 58 REFERÊNCIAS 60

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1 INTRODUÇÃO

O mercado de franquias é um dos que mais tem crescido no Brasil ao

longo da última década, acompanhando a tendência deste crescimento no setor de

produtos e serviços no Brasil.

A escolha deste tema é demonstrar o quanto esse segmento vem

crescendo e despertando o interesse de forma estratégica de novos

empreendedores em investir no seu próprio negócio, sendo este um segmento

seguro e lucrativo, não deixando de ter os seus riscos como em qualquer outro

empreendimento.

Para isso um dos meios ao qual se faz necessário nesse ou em qualquer

tipo de negócio são as estratégias que deverão ser traçadas, onde as mesmas irão

direcionar o empreendedor em que área ele deve investir, analisando todos os

pontos, sendo eles positivos ou negativos.

Diante disso, o presente trabalho por meio de pesquisa bibliográfica se

ocupa de analisar e compreender o sistema de franchising como estratégia de apoio

ao empreendedorismo, bem como apresentar as suas vantagens e desvantagens.

Através desta pode-se pesquisar diversos autores que tratam da temática

com propriedade, pois a pesquisa requer do pesquisador um pensamento reflexivo,

aprofundado e científico.

Ressaltando que a pesquisa é composta por uma série de informações

análise e estudos que tratam a questão do sistema de franchising, através da

mesma observa–se o quão interessante é este tema.

Com isso, Lakatos e Marconi, acreditam que toda pesquisa implica o

levantamento de:

Dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os métodos ou técnicas empregadas. Os dois processos que podem obter os dados são a documentação direta e indireta. (...) A segunda serve-se de fontes de dados coletados por outras pessoas, podendo constituir-se de material já elaborado ou não. Dessa forma, divide-se em pesquisa documental (ou fontes primárias) e pesquisa bibliográfica (ou de fontes secundárias). (LAKATOS e MARCONI, 2009, p. 43).

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Esses processos e tipos de pesquisas acima citados serão aplicadas no

desenvolvimento deste trabalho. Diante disso, Rampazzo (2005, p. 53) destaca que

esta “procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em

(livros, revistas, etc.). Pode ser realizada independentemente, ou como parte de

outros tipos de pesquisa”.

Com isso, pode-se dizer que ela é a busca de uma problematização de

um projeto de pesquisa a partir de referências já publicadas, que constituem-se de

excelentes técnicas para fornecer ao pesquisador a bagagem teórica, como

conhecimento e treinamento científico que o habilitam a produção dos trabalhos.

Assim Gressle (2004, p. 44), reforça que a mesma “tem por finalidade a

solução de um problema e o método visa orientar a busca da solução deste

problema”. A pesquisa bibliográfica é o primeiro passo para todo e qualquer tipo de

análise científica, além do tipo de pesquisa a ser desenvolvida o método ao qual

será tratada também é muito importante, pois o mesmo irá nortear a maneira ao qual

será conduzido o trabalho.

Portanto o método utilizado no desenvolvimento deste trabalho é o

Indutivo, pois Battaglia (2003, p. 34), reforça que este “permite alcançar conclusões

gerais a partir de observações empíricas, em um processo que vai além de uma

suposição até uma conclusão”. Essa metodologia permite ir além de situações sem

caráter científico como suposições, observações, também situações lógicas e

concretas, que poderão ser avaliadas cientificamente.

Diante do exposto, considera-se o tema relevante para analisar essa

problemática instituída levando-se em conta o interesse de novos empreendedores

em investir neste ramo de negócio. E para facilitar a análise e compreensão

estruturou-se este trabalho em três capítulos distintos, ficando assim distribuídos.

No primeiro capítulo – a história do franchising, sua evolução histórica,

quais foram os pioneiros nesse molde de negócios; seu conceito e legislação, pois a

mesma tem todo um aparato legal; os tipos de franquias e os seus formatos e

campos de atuação, pois existem parâmetros que delimitam a atuação dos

franqueados quanto á comercialização de uma Unidade Fraqueada; as suas

vantagens e desvantagens quanto franqueador, embora esse seja um ramo já

testado e aprovado, não deixa de ter seus riscos.

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No segundo capítulo – a história do empreendedorismo, os seus

significados e sua evolução; quando surgiram as primeiras ações empreendedoras;

quando o mesmo chegou ao Brasil, as áreas que mais cresceram; e quem pode ser

um empreendedor de sucesso, o que pode ser feito para se destacarem como tal; e

alguns dos tipos de empreendedorismo.

No terceiro capítulo – será exposto através, de dados e gráficos o

franchising como planejamento estratégico para a evolução do setor na última

década; o desempenho do franchising nos anos de 2011 e 2012; o ranking das

franquias no Brasil em 2012; quais os ramos e segmentos mais lucraram e por fim

Segmentação da mesma por Estados e Regiões em 2012.

Ressaltando-se ainda, que esses gráficos serão detalhados, destacando

as áreas de crescimento e maior lucratividade, pois os resultados alcançados com

esse modelo de negócio têm sido altamente satisfatórios na última década, pois a

cada dia novos empreendedores tem se destacado e lucrado com seus

empreendimentos.

O franchising tem causado uma revolução no mundo dos negócios, com

isso a cada dia vem surgindo novas marcas, produtos e/ou serviços, com isso, tem

despertado o interesse de novos empreendedores ao fazer do seu negócio um

modelo de franquias.

Com essa expansão Mauro (2007) a tendência é que o mesmo venha a

crescer cada vez mais e surpreender o mercado com os resultados obtidos através

dos empreendedores que ousam e acreditam que poderão tornar-se pessoas de

sucesso.

Para o autor acima essa tendência vem transformando a sociedade,

passando de uma sociedade orientada para produtos para uma sociedade orientada

para serviços, significa que o setor de serviços poderá ter um maior crescimento no

mercado brasileiro.

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2 FRANCHISING

2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA

O sistema de franquias se faz presente desde a idade média na época do

feudalismo, embora naquele período a mesma tivesse uma política diferenciada do

que se tem hoje, sua prática era meio que rudimentar comparada ao sistema atual.

(FERNANDES, 2000).

Diante disso, Ribeiro et al. (2009, p. 12), reforça que, “alguns

historiadores afirmam que o conceito nasceu na idade média, quando a Igreja

Católica passou a conceder licenças ou Franquias a Senhores de Terras para que,

em seu nome, coletassem impostos e taxas”. No entanto, existem controvérsias a

respeito do surgimento da mesma, onde Andrade apud Fernandes afirma que:

A franquia nasceu nos EUA, mas alguns estudiosos querem remontá-la a idade média, quando a Igreja Católica concedia autorização para que os senhores feudais agissem como coletores de impostos, contando que lhes pagasse por isso parte do recolhido. Tratava-se, no entanto de uma atividade rudimentar, longe de ser como é a franquia hoje, obviamente. Jamais aquela atividade foi fonte do atual contrato, mesmo quando mais tarde passou a ser usada por mascates ou mercadorias. (FERNANDES, 2000, p. 45).

Observa-se que esse está relacionado às atividades desenvolvidas da

época na Idade Média, onde através do sistema adotado pela Igreja e os

fazendeiros, ali se iniciaram as primeiras ações do Franchising de forma simples que

com o passar dos tempos a mesma começou a se formalizar.

Ressalta-se ainda que naquele período a Igreja Católica detinha poder e

influência muito grande sob as pessoas e os seus principais aliados neste contexto

eram os grandes fazendeiros que em parceria com a igreja tinham o poder de colher

impostos em nome da mesma.

Diante disso, o termo Franchising, tem um esclarecimento lógico a

respeito de sua origem e derivação, com isso Fernandes (2000, p. 44) esclarece

que: “sua derivação franchisage, vem de franc, que significa a autorgação de um

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privilégio ou autorização”. Com o passar dos tempos estes termos tiveram um

período útil de vida, pois ainda na França no período da Idade Média os mesmos

desapareceram.

Com o passar do tempo e os acontecimentos ora surgidos à prática

comercial de forma rudimentar, através da franquia começou a tomar corpo e forma.

Diante disso, Fernandes (2000) relata que esta teve o seu início em 1860 nos

Estados Unidos da América, onde as indústrias do norte celebravam contratos com

comerciantes da Região Sul e Oeste para que fosse possível distribuir através das

vendas seus produtos e suas marcas.

Essa expansão não para, empresarialmente o Franchising teve seu

surgimento segundo Ribeiro et al. (2009), por volta de 1850 especificamente em

1852 informam os historiadores, com a Singer Sewing Machines quando a

fabricante de marcas de costura nos Estados Unidos, resolveu conceder licenças de

uso de marca e métodos de operação a comerciantes que revendiam seus produtos

de forma exclusiva em cidades pelos países norte americano.

Diante disso, Fernandes (2000) relata que antes mesmo da primeira

guerra mundial, a Franquia, como técnica de mercado, era utilizada pelo setor

automobilístico, sendo ela a General Motors pioneira neste ramo de mercado, onde

iniciou o processo de expansão e distribuição de sua rede em 1898.

A mesma utilizou-se de seu formato para expandir seus negócios, sua

rede de pontos vendas e seus veículos, como forma de acessar o mercado de

maneira mais estruturada dando origem às concessionárias de veículos conhecidas

atualmente.

Com isso, Ribeiro (2000) reforça no ano de 1899 a Coca-Cola criou o seu

primeiro sistema de produção no formato de franquias, concedendo licenças para

empresários que desejavam produzir e comercializar seus produtos em

determinadas áreas geográficas.

Já no século seguinte, Ribeiro (2000) relata que houve o grande salto do

Franchising quando as empresas de mercearias, locadoras de veículos (Hertz–

1921) começou a se destacar no mercado e em seguida as redes de alimentação as

(fast-foods) iniciaram sua expansão no ano1925 pela A&W – (All American Food).

Cinco anos após a esta grande expansão, exatamente em 1930 as distribuidoras de

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petróleo iniciaram seus procedimentos de câmbio em unidades próprias de

franquias, potencializando ainda mais sua produção.

Segundo Fernandes (2000) esse sistema teve sua grande expansão

após a segunda guerra mundial, em que um grande número de combatentes

retornava da mesma. Neste período os Estados Unidos passava por diversos

problemas socioeconômicos, e com isso era necessário superar a crise e uma das

medidas adotada foi à colocação destes guerreiros soldados ao mercado de

trabalho.

Fernandes (2000) reforça, onde muitos destes que haviam retornado da

guerra já viam nas atividades comerciais soluções para os seus problemas, um dos

principais era o desemprego, mas como nem tudo é tão simples como se parece ser,

de repente deparam com problemas financeiros que em muitos casos impediam de

iniciar seus negócios.

Para Fernandes (2000), esses valentes soldados geralmente com

nenhuma ou pouca experiência na condução de empresas, os mesmos viram no

sistema de franchising uma oportunidade para se tornarem seus próprios patrões e

gerirem seu próprio negócio. Pois, os mesmos não tinham capital inicial para montar

seus negócios, recorreram á Small Business Administration, um órgão

governamental subordinado ao Departamento de Comércio Americano, que

disponibilizaram na época o capital inicial para a criação de negócios.

A partir de então, com a expansão do formato de Franchising seus

métodos bem definido se com seus manuais sendo usados, cada vez mais tornou-se

uma alternativa bem sucedida para aqueles que buscavam uma forma de vencer na

vida.

Diante disso, Ribeiro (2000) prossegue em1950 surge a Burger King – o

Grupo 3G e o McDonald´s, pois estes resolveram investir neste formato de negócio,

e hoje está entre tantas outras empresas presentes mundialmente no mercado,

expandido sua rede e servindo de exemplos para novos empreendedores que

buscam uma fatia do mercado em especial o brasileiro, ressaltando que são grandes

marcas reconhecidas mundialmente.

Mas sabe-se que nem tudo é perfeito várias redes de franquias se

rescindiram neste mesmo período, com isso foi necessário à regulamentação para

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proteger aqueles que pretendiam usar o Franchising com meio de conquistar sonhos

e seus objetivos pessoais.

Finalmente, na década de 80 esse fenômeno também chega ao Brasil,

com isso empreendedores brasileiros adotaram esse sistema, onde viram no mesmo

uma excelente oportunidade de negócio, tendo início segundo Mauro, precisamente

no ano de 1980, onde se concentrou nas áreas de:

Distribuição de veículos, combustíveis e engarrafamento de bebidas, franquias tradicionais de produto e marca. O desenvolvimento de Shopping Centers por todo o país na década de 1980 e o fortalecimento da interiorização do país levaram ao desenvolvimento quase que automático das redes de varejo, concentradas nas áreas de confecções, acessórios e cosméticos. (MAURO, 2006, p. 107).

Essas foram às áreas que mais se destacaram no Brasil no segmento de

franquias na época, mas se considerar atualmente houve-se uma grande expansão

em outros segmentos, que vem tendo um grande destaque no cenário brasileiro e os

Shoppings Centers é um dos moldes que mais se concentram esta grande

variedade de franquias.

Com toda essa evolução existiu a necessidade de regulamentação desse

sistema, seu crescimento tem sido de forma expressiva, tendo a mesma, todo um

conceito e aparato legal.

2.2 CONCEITO E LEGISLAÇÃO

Franquia ou Franchising é uma espécie de contrato segundo Reis e

Armond (2012) previsto na lei de n°. 8955/94, intitulada como Lei Magalhães

Teixeira. A partir de então, passando a ter um conceito regulamentado em lei, diante

disso Branchier e Tesolin, a conceituam como:

Um contrato que liga uma pessoa a uma empresa, para que esta mediante condições especiais conceda á primeira o direito de comercializar marcas ou produtos de sua propriedade, sem que, contudo, a estes esteja ligada por vinculo de subordinação. (BRANCHIER e TESOLIN, 2006, p. 346).

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A partir do momento que o franqueador concede ao franqueado

concessão para comercialização de sua marca, produto ou serviço, o mesmo estará

disponibilizando através de um contrato todas as especificações quanto à

comercialização e uso da marca.

Onde estará explicito tudo que pode ou não ser feito, dando ao

franqueado o direito de comercializar seu produto, sendo que esse franqueado não

possuirá nenhum vínculo empregatício ou subordinação com o franqueador como

frisa acima Branchier e Tesolin.

Nesse sentido, o franqueado terá que obedecer às restrições quanto à

comercialização do serviço e/ou produto. É sabido que a mesma é regida por lei,

onde assegura o franqueador e franqueado garantindo todos os requisitos básicos

de segurança e comercialização da marca, ressaltando que a mesma segundo

Mauro, vigora desde:

16/02/1995, o Conceito de Franchising - Franquia empresarial é o sistema pelo qual o franqueador cede ao franqueado o direito de uso da marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços, e eventualmente, também da ao direito de uso de tecnologia e implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvido ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vinculo empregatício. (MAURO, 2007, p. 133).

Uma caracterização própria da franquia é a independência quanto

franqueado e a sua autonomia como empresário, sem nenhum vínculo empregatício

ou de subordinação com o franqueador.

Onde cada um é responsável pelos atos praticados tanto o franqueador

quanto o franqueado, lembrando que a empresa franqueada tem toda a autonomia

jurídica e financeira sobre a unidade franqueada.

Para o franqueador esse é o meio mais rápido para expansão do negócio,

pois terá mais agilidade e rapidez diante das vantagens de fazer do seu comércio

um modelo de franquias.

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Ressaltando que este mercado é um dos que mais tem crescido ao longo

da última década e principalmente no Brasil, acompanhando desde então a

tendência deste crescimento no setor de produtos e serviços. Para Dornelas, este

visa:

Estabelecer uma estratégia para distribuição e comercialização de produtos e serviços, o Brasil é um dos países com maior número de franquias no mundo, nos mais variados setores, aderirem a esse sistema é uma boa possibilidade para empreendedores brasileiros que são assessorados pelo franqueador, tendo mais segurança no seu próprio negócio. (DORNELAS, 2008, p. 191).

O franqueador é o responsável pela oferta e distribuição dos produtos ao

qual o mesmo atua, asseguram ao franqueado toda assistência técnica e as

informações contínuas sobre a forma de se distribuir seus produtos e/ou serviços.

Pois, esse mercado vem se expandindo, com isso novos nomes tem

surgido, e se está tendo toda esta expansão tão rápida é porque esse formato é

viável, não somente para o franqueador, mas para o franqueado.

E essa expansão é possível pela seriedade e o padrão de qualidade,

segundo Plá (200, p. 79) “por definição termo franquia significa padrão e rigidez”.

Isso significa que existem normas que precisam ser obedecidas para que não se

coloque em risco o sucesso da franquia.

Para que a empresa se mantenha no mercado, necessita de

determinados cuidados entre eles estão à qualidade em seus produtos e/ou

serviços, e em relação ao sistema de franquias não é diferente, esse requer ainda

mais um padrão e rigidez, pois a credibilidade na prestação de seus serviços é o

carro chefe do desenvolvimento da marca.

2.3 TIPOS DE FRANQUIAS

Existe uma variedade de tipos e formatos a serem desenvolvidos dentro

do segmento de franquias, basta escolher aquela que mais se adapte ao perfil do

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empreendedor, pois esse é um fator muito importante na hora de fazer da sua marca

um modelo de franchising.

Pode-se ser citar: Franquia de produto, de distribuição, shop in shop ou

miniunidades, de conversão, combinada, unitária, múltipla, regional, pura, mista,

máster e Franquia desenvolvimento de área estas são apenas alguns dos inúmeros

tipos existentes, onde posteriormente serão expostos os conceitos e formatos dos

mesmos.

Ressaltando que todos esses modelos exigem uma forma de

comercialização e padrões que devem ser obedecidos dentro da sua modalidade de

atuação.

Segundo Reis e Armond (2012), os mesmos são divididos basicamente

em três modelos distintos, sendo eles: Modelo de negócio, Modelo de atuação

geográfica e Modelo de remuneração.

No modelo de negócio, esse formato mostrará como as franquias serão

classificadas e como o negócio poderá ser conduzido, onde este estabelecerá o

modo de relacionamento entre franqueado e franqueador, diante disso Reis e

Armod, classificam estes moldes especificamente nos seguintes tipos de:

Franquia shop in shop ou miniunidades - O empresário nessa modalidade aproveita seu atual ramo de negócios, incluindo o seu ponto comercial para incorporar uma franquia de outro ramo de negócios, a franquia de miniunidades trata-se de uma modalidade da franquia individual, com ponto comercial versátil. Pode funcionar em uma pequena loja, quiosque, carrinho, ponto de coleta de serviços, ou seja, com área reduzida para operação do negócio. Franquia de conversão - a experiência empresarial e os investimentos do franqueado se revertem para o franqueador, num mesmo ramo de negócios. Inclui os fracassos ou sucessos do empreendimento com adaptação ás normas gerais da respectiva franquia. Nesta modalidade, o empresário independentemente transfere sua tecnologia de negocio isolado para o franqueador, numa troca de experiências. Aproveita e valoriza o ponto comercial já existente, visando maior rentabilidade e menor investimento entre as partes. Franquia combinada - reúne franquias diferentes, com um mesmo franqueado, num mesmo ponto comercial. As unidades de negócios são similares, numa linha complementar de produtos/serviços. Visa vantagens através de uma integração total de atividades, desde que não haja restrição por parte dos franqueados. (REIS e ARMOD, 2012, p. 248).

Esses tipos de franquias envolvem o relacionamento entre o franqueado e

franqueador, ressaltando que uma das vantagens para o franqueado é que este

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pode incorporar franquias diferentes num mesmo estabelecimento comercial,

podendo a partir de então complementar seu mix de produtos e serviços, desde que

não haja nenhum tipo de restrição entre as partes.

A união destes diferentes tipos de franquias com um mesmo franqueado

em um mesmo local é mais uma oportunidade de negócio em especial para o

franqueado. Diante desta variedade, nota-se que estes não param por aqui, neste

modelo observa se que há uma troca de experiências entre os contratantes e para

os franqueadores que já possuem algum tipo de franquia.

Com isso, no modelo de atuação geográfica as franquias se classificam

pela maneira ao qual ás unidades franqueada deverão ser instaladas

geograficamente, qual o limite de atuação por parte do franqueado e qual o espaço

que o mesmo poderá atuar no mercado quanto à cidade e região, as especificações

quanto ao seu campo de exploração, diante disso, Mauro, simplificam cada uma,

sendo estas:

Franquia unitária - O franqueador cede o direito de implantação e operação ao franqueado. Exige uma unidade específica em local determinado, com exclusividade. Como exemplos têm: casas lotéricas, Correios e Telégrafos. Franquia múltipla – quando o mesmo franqueado possui mais de uma franquia unitária, ás vezes formando até sua rede local ou regional. O franqueador deve incentivar os franqueados competentes a crescer até seu limite local. Franquia regional – quando é cedido o direito de implantação e operação do número de unidades que determinada região comporta. Franquia de desenvolvimento de área – quando é cedido o direito da rede em determinada região, que pode ser em um ou mais municípios ou estados. A grande diferença em relação à franquia regional é que o franqueado de desenvolvimento de área abrirá algumas unidades próprias, mas venderá e implantará franquias no seu território. Franquia máster – quando é cedido o direito de implantação e operação de unidades em determinado território. Essas unidades poderão ser implantadas pelo franqueado máster diretamente (unidades próprias) ou por terceiros. Franquia de representação - neste caso, o franqueador não cede os direitos geográficos de atuação, não estrutura as filiais para suporte. O franqueado responsabiliza-se por determinados serviços, treinamentos, inspeção, publicidade, vendas de franquia etc.(MAURO, 2007, 126 – 128).

Esses formatos é uma das maneiras ao qual fica especificado ao

franqueado, quando o mesmo adquire um modelo de franquia, em que deixa claro o

seu limite de atuação.

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Dos tipos citados observa-se que há restrições quanto à extensão

territorial e o que é de competência daqueles que adquirem uma franquia e quais

são as responsabilidades de cada um.

O modelo de remuneração relaciona três categorias de acordo como

ordenado da firma franqueadora, onde esta refletirá o modo com que o franqueado

atuará e relacionará com a marca franqueada, diante disso, Mauro, especifica cada

tipo de franquia, sendo elas:

Franquia de distribuição - o franqueador tem sua remuneração básica recebida dos produtos que fabrica, muitas vezes não cobrando de forma explícita a taxa de franquia ou os royalties. Franquia pura–o franqueador tem sua rentabilidade apenas dos royalties e das taxas de franquias. Não exerce nenhuma função de fornecimento e não recebe nenhum tipo de ganho sobre fornecimentos de terceiros. É o caso do McDonald´s e diversos outros franqueadores, com maior concentração nas áreas de alimentos e serviços. Franquia mista – o franqueador tem sua rentabilidade advinda tanto do fornecimento de terceiros como dos royalties e das taxas de franquias. Esse tipo de franquia deixa clara a função distribuição e as receitas para administrar a rede. A maioria dos franqueadores está nessa classificação. (MAURO, 2007, p. 129 - 130).

Esses modelos deixam claro como o franqueador irá lucrar com a

expansão de sua marca, pois quando o mesmo permite que um terceiro adquira uma

concessão de seu produto esse estará também expandindo seus lucros, sejam com

os royalties, sejam com as taxas de franquias ou do fornecimento de terceiros.

Mas, para que haja toda esta expansão é importante para o franqueador

estruturar sua marca, traçar metas a serem cumpridas, convencer o seu público alvo

de que seu produto é bom.

Para isso é importante ter um plano de ação bem estruturado,

compromisso, credibilidade, ética, entre outros fatores para convencer o franqueado

dando a ele total segurança e credibilidade de sua marca.

Pois, através de todos estes quesitos é que se poderá analisar o padrão e

rigidez da marca em questão, ressaltando que o acompanhamento do negócio é

muito importante.

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Para isso, existem várias maneiras para todo o crescimento desses

serviços, mas uma das mais adequadas e eficazes, segundo Kotler, é através do

licenciamento de todo um:

Formato de negócios, segundo qual uma empresa (franqueadora) autoriza um ou mais pontos de vendas (franqueados) a comercializar produtos ou serviços e a participar do empreendimento desenvolvido pela franqueadora, utilizando as denominações, marcas registradas, marcas de serviços, técnicas e métodos de comercialização da franqueadora. (KOTLER, 2002, p. 374).

Diante disso, essa forma de negócio irá crescer mais rapidamente, com a

aquisição de novos franqueados ao grupo para comercialização e exploração dos

produtos e/ou serviços, e um fator de sucesso é o gosto e o prazer pelo que se faz,

sendo este a base principal para que o empreendimento seja promissor, não basta

querer somente ganhar dinheiro se o encanto não estiver acima deste pressuposto.

2.4 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SISTEMA DE FRANQUIAS PARA O

FRANQUEADOR

2.4.1 Vantagens

Empreender com franquia é uma tática promissora no mundo dos

negócios, embora não seja um negócio barato, os investimentos iniciais são altos. É

uma faca de dois gumes, não ter que tomar decisões sozinhos é um voto a seu

favor, pois tomar decisões nem sempre é tão simples como possa parecer. Para

Spers franquia trata:

Se de um tipo de tática empreendedora que tem seu lado positivo e negativo, positivo visto que o empreendedor não decide sozinho sobre as estratégias de abertura do negocio e o negativo é o nível de investimento necessário, principalmente no que se refere aos gastos iniciais. (SPERS, 2009, p. 102).

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Diante disso, é importante traçar o perfil na hora de escolher qual

segmento deseja seguir é a maneira mais sensata, pois a identificação com o

trabalho ao qual se almeja desempenhar será mais satisfatório.

Abrir uma empresa, criar um produto, desenvolver uma marca são uma

das inúmeras táticas empreendedoras, para (SPERS, 2006, p. 102), vai além, ele

acredita que “Franquia é uma das táticas de empreender, o que a difere

substancialmente de outra forma de abrir um negócio é a transferência da marca, da

tecnologia, além de oferecer consultoria operacional de produtos e serviços”.

Com isso, muitas são as vantagens, pois quando se tem uma marca já

estabilizada no mercado à venda do produto é mais fácil e rápida, os riscos do

negócio fracassar são bem menores. Pois o franqueador pode ser beneficiado no

sistema de franquia, segundo Maricato (2006, p. 49) pela “possibilidade de expandir

seu próprio negócio em larga escala, ocupando espaços rapidamente no mercado,

investindo pouco (em relação expansão possível) e usando trabalho, boa vontade e

capital do franqueado”.

A partir do momento que o franqueador começar a expandir seus

negócios, passará a responsabilidade ao franqueado, em relação à venda da marca,

com isso o franqueador irá aumentar cada vez mais seus rendimentos.

Pois o mesmo receberá taxas que são os royalties por admissão de novos

franqueados em sua rede, com isso ocupará um maior espaço no mercado com um

investimento menor relacionado ao que foi investido no início do negócio.

Nesta modalidade de negócio todos ganham o franqueador por receber

uma porcentagem pelas vendas de suas filias e o franqueado por adquirir um

negócio que está dando certo em outros lugares e por adquirir uma marca já

conhecida e estabilizada no mercado.

Com isso, são inúmeras as vantagens para o franqueador como exemplos

a expansão veloz do negócio, pois a franquia permite o aumento de sua base de

atuação de uma forma muito mais rápida.

Mais eficiência, no momento que alguém adquire uma franquia fará o

possível e o impossível para que o seu novo negócio der certo, pois somente a partir

do sucesso da aquisição da franquia que este poderá ter todo o capital investido,

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com isso o aumento de seus lucros, e o franqueador irá também beneficiar-se com

esta dedicação.

Diante disso, Reis e Armond (2012, p. 241), acredita que uma das

inúmeras vantagens neste modelo é feedback, ou seja, o retorno que se tem, pois “a

partir do momento de operação do franchising, é comum que o know-how passe a

transitar numa via de mão dupla, como o que acontece com o McDonald´s, talvez a

franquia mais conhecida no mundo”.

Esse retorno está relacionado às inovações do negócio, nesse sentido é

comum desenvolver um produto ou serviço inspirado em um já existente, isso

significa que está tendo uma boa aceitação no mercado e consequentemente este

será alvo de novas criações.

Para Reis e Armond (2012), um exemplo simples é o caso de um

franqueado da rede McDonald´s, que criou um novo sanduíche inspirado na

concorrência, melhorou um produto já existente e agregou sabores ao seu novo

produto, onde o mesmo, tem se tornado o maior sucesso desta rede de fast-food

conhecido como Big Mac, onde seu concorrente, fonte de inspiração foi o Big Boy.

Contudo, é possível inovar utilizando como fonte de inspiração um

produto que já esteja sendo aceito pelo mercado, agregando valor e qualidade em

um novo produto e/ou serviço.

Com o advento de novos parceiros será mais fácil o ingresso em novos

mercados, pois a franquia lhe permitirá conquistar espaços que dificilmente

conseguiria se dependesse primeiramente de seus próprios recursos, sendo eles

financeiros ou humanos. Com isso, Aaker acredita que em:

Primeiro lugar, as empresas preocupam com sua imagem, chegando mesmo à obsessão; Em segundo lugar, elas colocam suas marcas em uma ampla variedade de produtos, fazendo da marca corporativa uma grande marca guarda chuva (a denominação geral da marca que se estende sobre as classes de produtos); Por fim, as empresas se preocupam com o impacto das identidades das marcas sobre os clientes atuais e potenciais, mas também com o impacto interno sobre os funcionários e os candidatos potenciais. (AAKER, 1996, p. 112).

As empresas precisam preocupar-se com a reputação de sua marca

passando credibilidade para seus clientes. Com isso este estará colocando seus

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produtos e serviços em um patamar mais elevado, agregando valor e novos clientes

potenciais, envolvendo funcionários e novos candidatos.

Diante disso, Dias, (2003, p. 235), acredita que, “em essência, o

franchising consiste na “clonagem”, em diversos locais ou mercados, de um mesmo

conceito de negócio”. Dentre as vantagens a favor do sistema de franquias para o

franqueador, pode citar-se o fortalecimento de sua marca no mercado e menores

riscos com causas trabalhistas, pois se o produto é bom esse terá procura, com isso

mais clientes irão até ele.

Responsabilidades divididas, quando o franqueador concede a um

franqueado a comercialização de sua marca, esse franqueado que estará

assumindo as responsabilidades quanto aos funcionários que irão ajudar a vender e

divulgar esse produto e/ou serviço.

Com isso, o detentor da marca não assume nenhum risco em relação a

causas trabalhistas com os colaboradores do franqueado, em virtude disso, ponto

positivo para o franqueador.

Mas como todo negócio, o franchising também tem seus perigos e suas

desvantagens, embora seja um comércio promissor que está em grande ascensão

no mercado. O mesmo não está ileso ao fracasso, porém com fatores de riscos

menores em relação aos empreendimentos convencionais, pois sua estruturação

possibilita menores prejuízos e danos.

2.4.2 Desvantagens

Todo e qualquer tipo de negócio não deixa de ser uma atividade de risco

e no sistema de franchising não é diferente, para Maricato:

Todo empresário que decide abrir seu próprio negócio está sujeito a perder todo o capital que lhe foi investido no negócio, correndo o risco de quebrar, e no sistema de franquias não é diferente, o franqueador que, assumiu o primeiro risco ao abrir um empreendimento, corre um segundo risco quando resolve implantar um sistema de franquias, e um terceiro, quando entrega sua marca na mão de um franqueado. (MARICATO, 2006, p. 52).

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Quando se faz um investimento não significa deixar de correr riscos, de

perder tudo que foi investido, pois não existe uma receita para que tudo ocorra como

programado.

Para isso existem cuidados, entre esses a escolha do seu produto se o

mesmo terá uma boa aceitação no mercado, se terá demanda e principalmente se o

franqueado tem condições de dá continuidade em seu negócio, pois eles serão os

agentes de disseminação daquela marca.

Diante do exposto, o franqueador deverá ter muita calma e habilidades

para manter o controle sobre a rede e, especialmente sobre os franqueados, que em

boa parte, insistem em fazer alterações por conta própria.

Quando se contrata o sistema de franquias existem regras que precisam

ser obedecidas, regras essas que já vem expressa em seu contrato de franquia,

quando o franqueado resolve agir por iniciativa própria no que diz respeito às formas

de divulgação ou exposição da marca, esse poderá comprometer a evolução da

mesma.

Com isso, o franqueador precisa ter certeza se esse é o caminho para

desenvolver seu produto, pois Hisrich, Peters e Shepherd (2009, p. 563) acreditam

que “nem toda franquia é adequada pra todo empreendedor, que deve avaliar as

alternativas de franquia para decidir qual é a mais adequada”.

A insegurança ou o medo não devem fazer parte do negócio, embora os

mesmos não deixem de estarem presentes, por isso é importante gostar do que se

faz, pois esse é o trajeto mais prazeroso para o sucesso.

Portanto, Plá (2001, p. 30) associa algumas das inúmeras desvantagens,

sendo elas as dificuldades quanto “ás manutenções dos padrões operacionais e da

disciplina do franqueado; Problema no processo de quebra de vínculo com o

franqueado; Complexidade quanto á divisão dos ganhos e Formação de

concorrência potencial”.

Não é fácil para o franqueador acompanhar todas as suas unidades

franqueadas, pois o negócio acaba ficando nas mãos dos franqueados, se esses

não tiverem comprometimento com a marca, os mesmos acabarão colocando em

dúvida o caráter da franquia.

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Com isso, poderá ocorrer o desligamento com esse franqueado, mas isso

não é bom para o franqueador, pois causará uma imagem negativa principalmente

quando a unidade franqueada vem a ser fechada, contudo haverá perdas dos lucros

advindos dessa unidade, então abrirá se cada vez mais espaço para os

concorrentes perdendo cada vez mais sua fatia no mercado.

Sabe-se que abrir mão do controle de sua marca é um fator de risco

muito grande, é o que acontece quando concede uma franquia a um empresário,

para (MARICATO, 2006), o franqueador necessita assumir posturas assertivas,

convencer o franqueado de como as coisas precisa ser feitas como foi proposto.

Outros fatores de riscos no franchising são aqueles que envolvem alguns

tipos de mudanças na marca ou até mesmo em uma linha de determinados produtos

e/ou serviços, pois se tratando de franquias é mais complicado qualquer tipo de

alterações ou modificações.

Para o empreendedor, esse terá uma menor flexibilidade de seu negócio

e estratégias de atuação no mercado, como se trata de uma cadeia de negócios é

mais complexo fazer qualquer tipo de mudança, se fosse uma loja apenas seria mais

fácil para o franqueador atuar.

Diante de tantas incertezas Hisrich, Peters e Shepherd (2009) destacam

que essas desvantagens em inúmeras situações se concentram na falta de

habilidades dos franqueadores em especial quando os mesmos oferecem serviços e

propagandas locais aos franqueados.

Pois quando se promete algo dessa natureza principalmente quando são

expressas no contrato de franquia, e essas não são mantidas a franquia poderá ficar

sem o apoio necessário em áreas importantes do negócio.

Outro fator relacionado a essa situação é a necessidade de investir na

formatação do negócio, Candeloro, acredita que:

Também é necessário contar com uma equipe muito bem preparada e disponível, que cuide adequadamente do negócio: treinando e reciclando os franqueados e seus colaboradores; desenvolvendo novos produtos; aperfeiçoamento ou modificando a forma de operar, por meio de resultados de pesquisas obtidos; adotando novas tecnologias disponíveis; desenvolvendo novas estratégias, além de ter que supervisionar e controlar, de modo que o negócio não corra o risco de ser descaracterizado. (CANDELORO, 2010, p. 147).

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Abranger todos esses pontos não é uma tarefa fácil para o

empreendedor, pois requer do mesmo um amplo conhecimento e entendimento de

todas as partes do negócio e de todos os envolvidos no processo de criação,

desenvolvimento, expansão e seleção de seus franqueados.

Portanto o franqueador precisará de uma boa equipe, onde essa esteja

comprometida com o desenvolvimento, expansão e crescimento do empreendimento

que seus colaboradores estejam na mesma sintonia, pois caso contrário não será

tão fácil para o mesmo traçar as melhores estratégias de atuação no mercado.

Para isso, é essencial a escolha dos candidatos a franqueados, pois

esses que irão comercializar e disseminara marca, onde serão os agentes de

transformação da franquia, caso o (a) escolhido (a) não tenha tino para os negócios

e tão pouco para o ramo ao qual se atua, os resultados poderão ser catastróficos.

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3 EMPREENDEDORISMO

3.1 O QUE É EMPREENDEDORISMO?

Existem diversos conceitos ao que se refere a esse termo, com isso Reis

e Armond (2012, p. 13) definem empreendedorismo como “um estilo de vida que

pode ser aplicado no mundo profissional das mais diversas formas”.

Quer dizer que esse pode ter inúmeras utilidades em relação às

atividades profissionais, não importando sua atuação e nem como esta pode se

aplicada. Dornelas (2008, p. 22), vai além e acredita que o “empreendedorismo é o

envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, leva á transformação de

ideias em oportunidades”.

Nesse contexto, empreendedorismo é a criação ou inovação de uma ideia

já pronta, onde o indivíduo tem a capacidade de enxergar uma excelente

oportunidade de negócio em algo, porém muitas vezes simples mais ainda não

explorado. Diante disso, Hisrich, Peters e Shephered afirmam que:

Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e da independência financeira e pessoal. (HISRICH, PETERS e SHEPHERED, 2009, p. 30).

Assim, o empreendedorismo é um método muito eficiente que liga a

ciência e o mercado, onde o mesmo possibilitará criações de novas empresas,

produtos e/ou serviços.

3.1.2 Evolução histórica do empreendedorismo

Quando surgiu o empreendedorismo, observa-se que quando o homem

começou a caçar para garantir sua sobrevivência e a confeccionar armas para se

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defender dos animais selvagens esse primeiro indivíduo já demonstrava obras

empreendedoras.

Dentre essas habilidades pode citar-se também a descoberta da roda e

do fogo até mesmo como mantê-lo aceso, provavelmente foram obras

empreendedoras, mais tarde por volta do século XII, Razzolini Filho, entendia-se

como empreendedor aquele indivíduo que:

Incentivava brigas de rua para lucrar com aposta. Mais tarde no século XVI,

entendia-se como empreendedor o sujeito que comandava uma caça militar, uma vez que se vivia em um período histórico em que as conquistas de terra eram de fundamental importância, mas somente depois, no século XVII, é que economistas começaram estudar mais detalhadamente o fenômeno empreendedorismo, e passa-se a entender como empreendedor o indivíduo que criava e dirigia um empreendimento; assim, o empreendedor passou a ser visto como agente importante de mudança. Porém, nessa fase, os economistas diferenciavam a figura de empreendedor da figura do capitalista, entendendo o empreendedor com quem assumia os riscos, enquanto o capitalista era quem fornecia o capital. (RAZZOLINI FILHO, 2012, p. 20).

Naquele período, embora não tivessem as informações que se têm hoje

aqueles primeiros hominídeos já desenvolviam suas táticas empreendedoras e com

o passar dos séculos estes começaram a tirar proveito com suas estratégias e

descobertas.

A partir de então, começaram a estudar mais detalhadamente sobre esse

assunto, analisando que o empreendedor é aquele que assume os riscos, não tem

medo de criar e ousar. É aquele que tem as melhores ideias coloca-as em prática, já

o capitalista era aquele que investia nas ideias empreendedoras e que

disponibilizavam o capital inicial para estas novas formas de negócios.

Ressaltando que esses são os primeiros relatos a respeito do

empreendedorismo, onde o mesmo tem conquistado mais espaço, com isso tem

gerado mais emprego e renda em momentos históricos e de dificuldades

econômicas.

Diante disso, Razzolini Filho (2012) destaca, em 1929 com a crise da

Bolsa nos Estados Unidos e também com as duas grandes guerras mundiais no ano

de 1929, juntamente com a Guerra do Vietnã e a grande crise do petróleo que

ocorreu em 1973, nesse período os empreendedores foram os agentes e criadores

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de novos empregos na economia da época afetada pelo os acontecimentos

advindos de todas as catástrofes ocorridas nestas décadas.

Conforme o autor acima, o fenômeno empreendedorismo tem ganhado

força, onde no ano de 1980, este passou a ser incluído nos currículos das escolas

de administração, além deste ser estudado como uma importante prática para a

economia, tendo como incentivos o governo e instituições diversas, com isso

ganhando força também no Brasil.

3.1.3 Empreendedorismo no Brasil

Segundo Razzolini Filho (2012) com todos esses acontecimentos o

mesmo chega ao Brasil, e começa a ganhar força na década de 1990 com a

abertura da economia, uma condição importante que levou o país a crescer foi à

entrada de produtos importados, onde estes ajudaram a controlar os preços.

Os mesmos também trouxeram problemas para outros setores aos quais

não tinham mínima condição de competir com os importados, sendo estes, os

setores de brinquedos e confecções.

Foram necessárias mudanças e as empresas de diversos setores e

tamanhos tiveram que modernizar-se para poder competir por igual, com isso,

voltarem a crescer.

Para o autor acima, as empresas sozinhas não conseguiriam estas

modificações, o governo teve sua parcela e contribuição fazendo reformas e

controlando as inflações e a cada dia ajustando a economia do país.

Para Razzolini Filho (2012) a partir de então, o país adquiriu estabilidade

com isso, veio o reconhecimento e respeito, a economia voltou a crescer, em 2000

surgiram novos postos de trabalho e outros investidores de diversos países e houve

um aumento expressivo nas exportações dos produtos brasileiros.

Com esse aumento nas exportações, novos empreendedores começaram

a atuar no mercado brasileiro, onde estes buscam no Serviço Brasileiro de Apoio ás

Micros e Pequenas Empresas - (SEBRAE), uma formatação mais profissional quanto

à aplicação do empreendedorismo como forma de negócio.

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Segundo Dornelas (2008) o SEBRAE era anteriormente conhecido como

Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa - (CEBRAE), onde este era

vinculada diretamente ao Governo Federal, fundado em 1972.

Como o SEBRAE, outras instituições resolveram formalizar, como o caso

da Sociedade Brasileira para Exportação de Software – (SOFTEX), onde seu

histórico segundo Dornelas (2008, p. 11), “pode ser confundido com o histórico do

empreendedorismo no Brasil na década e 1990”.

Segundo Dornelas (2008) já se passou vários anos e o Brasil se destaca

nesse novo milênio com grande potencial para desenvolver um dos maiores

programas de ensino de todo o mundo. Com isso, algumas das maiores ações

desenvolvidas, onde apontam esse desenvolvimento como exemplos os programas:

Softex e Genesis (Geração de Novas Empresas de Software, Informação e Serviços; Brasil Empreendedor, do Governo Federal, que foi dirigido a capacitação de mais de 6 milhões de empreendedores em todo o país; Ações voltadas a capacitação do empreendedor, como os programas Empretec e Jovem Empreendedor do Sebrae, que são líderes em procura por parte dos empreendedores e com ótima avaliação; Os diversos cursos e programas sendo criados nas universidades brasileiras para o ensino do empreendedorismo; Mais recentemente, várias escolas estão criando programas não só da criação de novos negócios, mas também focados em empreendedorismo social e empreendedorismo corporativo; O crescente movimento de franquias no Brasil também pode ser considerado um exemplo de desenvolvimento de empreendedorismo nacional. (DORNELAS, 2008, p. 11-12).

Esses programas são apenas alguns dos inúmeros existentes que

estimulam no individuo a descoberta de suas ações empreendedoras, os mesmos

servem de estímulos e auxílios na hora de criar ou montar seu próprio negócio.

Com isso, é importante entender de fato o que o termo

empreendedorismo quer emitir.

3.2 QUEM PODE SER UM EMPREENDEDOR?

Quando se para pensar sobre esse termo o mesmo faz refletir que nem

todo indivíduo possa ter capacidade para ser um empreendedor bem sucedido, mas

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quão não deixa de ser um pensamento equivocado, pois “qualquer um pode ser

empreendedor, a babá que cuida de seu filho é uma empreendedora e Henry Ford

também era um empreendedor, qualquer pessoa que tenha um pouco de iniciativa

pode ser empreendedora”. (KIYOSAKI, 2011, p. 54).

Não se deve pensar que essas pessoas são as únicas especiais ou as

melhores do mundo, mas sim faz refletir que tipos de empreendedores querem ser,

sejam babás ou Henry Ford´s, pois ambos oferecem produtos ou serviços diferentes,

onde não deixam de serem importantes, embora os mesmos possam atuar em

campos diferentes de empreendedorismo.

Com isso, não existem regras para que uma pessoa possa ser um

empreendedor de sucesso, mas este precisa se destacar para ser notado como um

empreendedor. Pois, “o sucesso de um empreendimento vem de sua capacidade de

acumular, combinar e direcionar recursos, de forma mais eficiente de que outras

empresas, para satisfazer uma necessidade”. (HARRISON, 2005, p. 164).

Essa capacidade está relacionada à sua atuação no negócio, estar

buscando novas maneira de inovar sua marca, seus produtos e/ou serviços, saber

direcionar os recursos existentes, com o intuito de suprir suas necessidades.

Portanto, Chér (2008, p. 227) acredita que “a capacidade de empreender

proporciona criar, inovar e avançar sempre na busca de novos horizontes, de

melhores níveis de qualidade de vida”. Não ter medo de arriscar é um fator muito

importante para ser um empreendedor de sucesso, pois sem risco não há como

mensurar êxito ou fracasso.

Pois Mauro (2007, p.15) acredita que “empreendedor é aquela pessoa

cuja vontade de estabelecer um negócio e ser bem-sucedido é maior do que o medo

de perder o capital investido”. Nesse sentido, em um negócio não há como mensurar

o quanto pode lucrar e onde se possa chegar, pois todo empreendimento é uma

atividade de risco e uma vantagem do empreendedor é que os seus sonhos não têm

limites este procura ir além de seus medos, pois a vontade de ser bem sucedido são

maiores que os possíveis riscos.

Diante disso, (MAURO, 2007), acredita que o verdadeiro empreendedor

pode ser identificado por sua coragem, identificação de oportunidades, por seus

conhecimentos, independência e organização, pelas tomadas de decisões, pela

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liderança, dinamismo e independência, pelo planejamento em seus negócios e por

seu tino empresarial.

Essas são algumas das inúmeras características existentes em um

verdadeiro empreendedor. Com isso, difere-se um empreendedor de um franqueado,

onde Hashimoto (2010), em seu artigo intitulado Franquias e Empreendedorismo,

acredita que empreendedor é aquele que irá:

Começar um novo negócio, neste sentido, o franqueador é empreendedor, pois ele está começando o seu negócio do zero, com algumas vantagens, é certo, mas ele tira o negócio do chão, bem dentro do conceito de empreendedorismo. Neste mesmo sentido, o franqueado não é empreendedor, necessariamente, pois ele não está mais começando o seu negócio, está em outra etapa, fazendo ele se expandir. Não existe uma unanimidade em torno do uso da palavra 'crescimento' em definições de empreendedorismo e por isso podemos dizer que o franqueador empreendeu no passado, quando começou o seu negócio, mas não agora, para fazer o negócio prosperar. (HASHIMOTO, 2010).

Observa-se que o empreendedor é aquele que cria, ousa, inova que dá o

ponto a pé inicial no negócio, que o retira - o do chão, já o franqueado é aquele irá

dá continuidade ao negócio, pois este já irá adquirir uma marca pronta.

Nesse sentido, o mesmo não terá que se desgastar com a criação da

mesma, apenas terá que seguir os critérios existentes para exploração da marca ou

produto, mas com o seu diferencial no negócio.

Para Marques (1994, p. 11) o empreendedor é “uma pessoa iluminada,

detectam coisas que os outros não conseguem enxergar. A sua luz brilha no

horizonte, descobre formas, métodos e presentes ações que tornam diferente dos

demais”. Esse é um visionário, ver além do horizonte, ver uma oportunidade na

necessidade, com isso sua luz irradia conquistando campos não explorados.

3.3 TIPOS DE EMPREENDEDORISMO

Dentre tantos tipos, serão apontados alguns desses, e quais são os seus

ramos de atuação no mercado existente.

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Diante disso, Lemes Junior e Pisa (2010, p. 12), destaca “o

empreendedorismo por necessidades e o empreendedorismo por oportunidades,

estes que viram negócios e negócios podem ser fonte de lucro e geração de riqueza

para empresários”. Já o por oportunidade está relacionado a um novo processo,

produto e/ou serviço de inovação a serem lançados, onde empreendedores

enxergam um nicho de mercado ainda carente podendo assim ser explorados.

Esse é visionário sabe onde deseja chegar visando cada vez mais lucros,

empregos e geração de riqueza e poder, Já o por necessidade está relacionada a

uma inusitada oportunidade, onde o indivíduo enxerga como uma única fonte de

renda, sustento e geração de emprego.

Segundo Lemes Junior e Pisa (2010), neste modelo de

empreendedorismo não há análise e estudos aprofundados a respeito do mesmo e

nem quanto a sua sustentação no mercado e os seus riscos, este nada mais é do

que um aventureiro na jornada empreendedora, sem muita opção se sujeita a esta

prática, onde são criados informalmente sem mensurar os riscos de sucesso ou

fracasso.

Destacam-se ainda mais dois tipos de empreendedorismo, segundo Reis

e Armond (2012, p. 20) sendo eles: “O empreendedorismo de start-up (ou de criação

de empresas) e o intra - empreendedorismo (ou empreendedorismo corporativo)”.

Esses dois termos se assemelham aos citados anteriormente, o de start-

up, procura trabalhar diretamente com os empreendedores em potenciais e com

empresas que estão em inovação e em estágio inicial de desenvolvimento, onde

nestas são aplicadas treinamentos, palestras e consultorias relacionadas ao

empreendedorismo, plano de negócios, inovação e capital de risco.

Para Reis e Armond (2012), o Corporativo procura trabalhar as inovações

e conceitos em se tratando de empreendedorismo, através de programas

direcionados para o perfil do empreendedor, de seus funcionários e executivos e

também em implementação, onde pode ser aplicada em organizações já

constituídas, sendo elas de médio e pequeno porte, com treinamentos, palestras,

seminários, workshops e consultorias, neste contexto se assemelham ao tipo

anterior.

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Diante disso, o verdadeiro empreendedor não se limita ao seu campo de

atuação, esse sempre busca criatividade e inovação, não importando o que tem ser

feito ou investido, Gotarddello Filho (2010, p. 20) reforça que, “empreendedores bem

sucedidos não se preocupam com quanto dinheiro têm no banco, eles gostam

mesmo é de solucionar problemas”. Os mesmos se realizam com as descobertas e

soluções de problemas, sem medo de arriscar o que se tem, o lema é se auto

surpreender, ultrapassar fronteiras romper seus limites, criando negócios de

sucesso.

Embora esses em alguns casos sejam passageiros, mas, porém

lucrativos para Sertek (2007, p. 157) estes são “aqueles que se baseiam na

exploração de uma oportunidade passageira, um modismo, são negócios que não

duram mais que uma temporada, tem vida curta e são muitos lucrativos”. Aproveitar

todas as oportunidades que o mercado oferece é uma tática dos verdadeiros

empreendedores, pois enxergam oportunidades de negócios sejam eles duradouros

ou não.

O importante é explorar os estilos e formatos que o mercado oferece,

expondo suas práticas e habilidades frente ao negócio ao qual esteja atuando ou

deseja atuar. Pois Chiavenato e Sapiro (2009) acreditam que:

O empreendedorismo está associado caracteristicamente á inovação, seja em um negócio já existente, em uma instituição pública de serviços ou em um novo empreendimento iniciado por um único indivíduo na cozinha da família. Em outras palavras, o empreendedorismo, juntamente com a inovação que ele gera, é um aspecto importante para grandes e pequenas organizações, tanto para investimentos iniciais como para manutenção da posição competitiva no mundo dos negócios. (CHIAVENATO e SAPIRO 2009, p. 289).

A inovação é um meio de criação ao qual o empreendedor irá inventar

novos negócios e recursos produtivos, com isso gerará mais riqueza e renda, sendo

que a mesma promoverá a expansão do mercado e aumentará a oportunidade de

gerar mais empregos.

Ressalta-se que essa novidade é o centro das vantagens competitivas,

mais só sairão na frente àqueles que enxergarem uma oportunidade e tirarem

proveito da mesma.

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4 FRANSHISING COMO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA EVOLUÇÃO

DO SETOR NA ÚLTIMA DÉCADA

“Sem conhecer a missão, os objetivos e a estratégia do empreendimento,

os gestores não podem gerenciar, as organizações não podem ser estruturadas e os

cargos gerenciais não podem ser produtivos”. (KRAMES, 2010, p. 140).

Para que todo e qualquer empreendimento possa vir a se manter no

mercado o mesmo necessita planejar-se de forma estratégica, pois este é o pilar

para qualquer tipo de negócio.

E no sistema de franchising não é diferente, pois através de

planejamentos estratégicos o empreendedor irá desenvolver ações e traçar os

objetivos aos quais se deseja atingir, tirando proveito de suas experiências como

empresa franqueadora, com isso o mesmo terá como missão modelar e remodelar o

seu negócio objetivando cada vez mais o lucro e crescimento em suas vendas.

Pois, este viabilizará o entendimento e o estado atual do mercado e a real

situação da empresa, diante disso Plá acredita que:

Além de projetar cenários e desenvolver estratégias para adequar a franquia aos novos panoramas, o que acaba por permitir o aproveitamento das oportunidades, a minimização das ameaças, a potencialização das suas forças e a proteção de suas vulnerabilidades. (PLÁ, 2001, p. 39).

Com isso, será necessário analisar minuciosamente todos os pontos da

empresa franqueadora, sejam os fortes ou os fracos, como também as

oportunidades e as ameaças da mesma. Sendo que os pontos fortes seriam os

positivos que estão relacionados às forças da empresa, ou seja, o que é favorável a

ela, com a identificação desses pontos esse determinarão a continuação e o

crescimento dos diferenciais da franquia e do negócio.

Já os pontos fracos associam-se a maneira de se trabalhar ao qual

dificultará a atuação e o progresso da empresa franqueadora, ou seja, o que não irá

favorecer o negócio sendo elas as fraquezas, o lado negativo do mesmo. Diante

disso é sabido, quando se tem conhecimento a respeito dessas fraquezas será mais

fácil corrigi-los evitando maiores danos à organização.

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Com isso, é importante atentar-se para as oportunidades que o mercado

oferece para que o empreendedor direcione seus esforços, para que esse possa ter

proveito diante das oportunidades que o mesmo oferece. Focar em algo que seja

prazeroso e lucrativo podendo então, agregar o gosto e prazer por aquilo ao qual

deseja operar, podendo a partir de então direcionarem-se os efeitos do marketing á

seu favor.

Analisar os pontos fortes e fracos, conhecer as tendências sendo elas

favoráveis ou não, enfocar em especial naquelas que são desfavoráveis ao negócio,

pois a partir de então, será mais fácil traçar ações defensivas, a deterioração do

negócio e a elevação das vendas.

Segundo Pinto (2007, p. 52) “O planejamento contínuo permite que sejam

estabelecidos providências, condições e meios para aproveitamento das

oportunidades, a superação das ameaças, o uso das competências centrais e a

superação das fragilidades”. Pois, coma análise das tendências negativas o

indivíduo poderá traçar ações, onde essas impedirá a efetivação dessas em seu

empreendimento.

Para isso, é importante analisar-se como empresa franqueadora,

identificar os seus pontos, procurar corrigir os negativos e aprimorar os positivos. E

mais conhecer as forças e fraquezas de seus principais concorrentes, pois a partir

então será mais fácil criar estratégias que possam vira moldar o modelo de franquia

ao qual se atua.

Portanto, o planejamento estratégico ainda é uma das ferramentas mais

utilizadas no mundo dos negócios, pois a partir da formulação do negócio será

possível definir a visão, missão e valores da empresa.

Embora, isso necessariamente não seja o fator chave e nem sempre

esses garantirão o futuro e o sucesso da organização. Ribeiro (2009) acredita que

há outros elementos presentes como exemplo a gestão efetiva dos resultados e

indicadores de uma política de retenção de talentos, por fim a capacitação contínua,

envolvendo ainda os artifícios de comunicação, alinhamentos entre os envolvidos no

processo, políticas comerciais favoráveis ao mercado ao qual esteja inserido, e uma

variedade de produtos. (Mix de produtos).

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Observa-se que o planejamento estratégico é um importante instrumento

de gerenciamento e gestão para as organizações, pois este é constituído de

respeitáveis funções administrativas.

Para Adion e Fava (2002, p. 27) é através desta que “o gestor e sua

equipe estabelecem os parâmetros que vão direcionar a organização da empresa, a

condução da liderança, assim como o controle das atividades”.

Partindo desse principio observa-se que o objetivo do planejamento é

abastecer os administradores, diretores, coordenadores e empreendedores e toda a

sua equipe com ferramentas que os muni de informações na hora das tomadas de

decisões, contribuindo de maneira ativa e antecedendo as mudanças que ocorrem

e/ou que podem vir a ocorrer no mercado ao qual estejam inseridos.

Com isso, as estratégias que uma empresa ou organização pode adotar

para expandir seus negócios e elevar os lucros, para Dias (2003, p. 235) é o

“franchising, por suas características inerentes, costumam ser a que permite

desenvolver a “equação” mais equilibrada, a proporção mais adequada”. Este

permite uma maior expansão de seu negócio, com qualidade e credibilidade.

Acompanhando as tendências que este oferece observa-se que o mesmo tem

crescido de forma acelerada, com isso tem aumentado cada vez mais o seu

faturamento.

Segundo Lignelli (2013) em seu artigo intitulado: Crescimento do setor de

franquias tem reflexo na procura por lojas na expansão de shoppings do interior, o

crescimento do setor de franquias tem sido promissor, sendo tratado como

investimento de grande rentabilidade, pois em:

2012, o mercado nacional de franquias cresceu 16,2%, mostrando faturamento de R$ 104 bilhões. O setor experimentou aumento de 19,4% em marcas, atingindo 2.426 em atuação no Brasil, o que valeu ao país a terceira posição no ranking mundial, liderado pelos Estados Unidos e pela China. O número de unidades totalizou 104.543, com ampliação de 12,3% em comparação ao ano anterior. Para a ABF, o grande fator de crescimento das franquias no Brasil tem sido a ascensão das classes sociais D e E à classe C. No ano passado, a indústria caiu. (Lignelli, 2013).

Esses dados serão apresentados graficamente especificando cada área

de atuação e crescimento. Onde o primeiro apresentado será o faturamento do setor

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no país, quanto essa área tem faturado com esse sistema, pois a cada dia todas a

classes sociais passaram a consumidor ou utilizar esses produtos e/ou serviços, até

mesmo aqueles que se mantinham bem distantes como as classes D e E á C, como

frisa a autor. Segundo Portal da ABF – o mesmo informa os Números do Franchising

e a Evolução do Setor de 2002 a 2012.

Gráfico 1: Faturamento do Setor de Franchising Brasileiro (valor em bilhões de R$)

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising - 2013

Observa-se que na última década o setor de franchising tem se superado,

pois os números são evidentes, o faturamento nesse setor é eminente o gráfico

mostra o faturamento diante de todo esse crescimento, de 2002 a 2012 os

apontadores são altamente expressivos, ressaltando que esses englobam todos os

segmentos de franquias no Brasil.

Diante de todo esse ganho é notório que houve uma evolução quanto ao

número de franquias no país, empreendedores tem se inserido nesse modelo de

negócio, pois acredita-se que o mesmo é uma importante área para atuação, pois o

mercado está sedento de novos nichos e de novas marcas, produtos e/ou serviços.

Com isso, a elevação dos indicadores de crescimento no setor de

franquias, o número de novas unidades franqueadas tem surpreendido nos últimos

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anos. A procura por este mercado é altamente surpreendente e o resultado é a

quantidade de redes que estão sendo franqueadas.

Gráfico 2: Evolução do Número de Redes de Franquias do Setor de Franchising Brasileiro

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising - 2013

Nos últimos anos os números quase que quadriplicaram isso significa que

investir nesse formato de negócio tem sido altamente lucrativo, caso contrário os

dados indicados não seriam tão expressivos.

Mas, não é suficiente apenas criar novos negócios e formalizar-se no

ramo de franquias, se os mesmos não forem adequados ao perfil dos novos

empresários que tem o interesse em adquirir um negócio já conhecido e estabilizado

no mercado.

Portanto, os empreendedores brasileiros tem conseguido agradar sua

clientela, com isso tem distribuído suas marcas e agradado a milhares de brasileiros,

onde os mesmos a cada dia vem crescendo e se destacando com suas unidades

franqueadas.

Observa-se que o número de unidades franqueadas quase que dobraram

de 56.00 unidades em 2002 saltou-se para 104.543 em 2012, mas atualmente

provavelmente esses números já tenham tido acréscimos, mas os mesmos só

poderão ser contabilizados ao término do último semestre de 2013.

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Gráfico 3: Evolução do Número de Unidades Franqueadas do Setor de Franchising Brasileiro

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising - 2013

Com a expansão de franquias e com o crescimento de suas unidades

franqueadas, automaticamente houve uma necessidade de se contratar novos

profissionais para contribuírem com a construção e expansão do negócio contribuído

assim com a geração de emprego e renda.

Lignelli (2013) afirma segundo diretor executivo da Associação Brasileira

de Franchising, Ricardo Camargo (2013), que não existe emprego informal nesse

sistema, todos são formais e mais, não existe hipótese da franquia ter funcionários

não registrados, até porque os franqueadores cobram a legalidade com rigidez

absoluta dos franqueados.

As franquias não só tem crescido com o país, acompanhadas desse

crescimento em números de pessoas empregadas, o que diminui ainda mais o

índice de desemprego no Brasil.

Portanto, tanto franqueadores quanto franqueados tem dado suas

contribuições econômicas e sociais para com a promoção de oportunidades de

trabalho tanto para os próprios investidores quanto para a população em geral.

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Com isso, é possível acompanhar toda essa geração de emprego e renda

comum dos sistemas mais requisitado na atualidade como forma de melhoria de

vida e complementação de riqueza.

Gráfico 4: Evolução do Número de Empregos Diretos Gerados Pelo Setor de Franchising Brasileiro

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising - 2013

Em 2002, o número de empregos diretos eram 504.000, após cinco anos

o número de empregados formais eram 563.256, em 2012, a elevação de

empregados nesse setor foi para 940.887, ou seja, na última década quase que

dobrou esse quantitativo, e a tendência é que esses números se multipliquem cada

vez mais.

Com toda essa tendência de crescimento e faturamento o resultado é

bastante expressivo um fator relevante relacionado a todo esse aumento é Produto

Interno Bruto Brasileiro e o crescimento PIB do Franchising Brasileiro, com o

aumento de 16,2% registrado em 2012, o setor de franquias faturou R$ 103,292

bilhões ante os R$ 88,854 bilhões atingidos em 2011. Observa-se que no mesmo

período, o PIB Brasileiro caiu de 2,7% para 0,9% em 2012.

Em resumo o PIB Brasileiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística – (IBGE), em 2012, os 0,9% totalizaram R$ 4,403 trilhões ante os

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2,7%,em 2011,totalizando R$ 4,143 trilhões, mesmo com o aumento no faturamento

do mesmo a queda no percentual é eminente.

Gráfico 5: Comparativo entre o PIB Brasileiro e o PIB do Crescimento do Franchising Brasileiro

Fonte: ABF, Banco Central, IBGE e Credit Suisse – 2013

Portanto, mesmo com o cenário econômico desfavorável, as franquias

têm aumentado consideravelmente, e se estas estimativas se repetirem no ano de

2013 já será um quadro bastante favorável, segundo o diretor executivo da ABF,

Ricardo Camargo.

Segundo Camargo (2013) em matéria intitulada: Sinal verde para as

franquias, o mesmo prever que em 2013 as redes de negócios devem se aproximar

de 115 mil unidades franqueadas, tendo acréscimo de onze mil franquias, e no

mercado de franchising espera-se faturar R$ 120 bilhões, acredita-se que o mercado

deve contar com nada menos que 2,4 mil novas marcas. Pois, o que reforça essa

estimativa é o indicador de que o setor vai muito bem e o volume de novas

empresas em operação.

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4.1 DESEMPENHO DO FRANCHISING EM 2011 – 2012

Diante dos dados apresentados é importante conhecer os segmentos que

mais cresceram, faturaram e expandiram seus mercados e com isso, tem se

destacado nesse formato de negócio. Observe que a tabela está relacionada com os

gráficos apresentado anteriormente.

Tabela 1: Faturamentos do Setor de Franchising por segmentos (valor em bilhões de R$)

SEGMENTOS 2011 2012 VARIAÇÃO

Acessórios Pessoais e Calçados 5,477 6,286 14,8%

Alimentação 17,499 20,576 17,6%

Educação e Treinamento 5,902 6,509 10,3%

Esporte, Saúde, Beleza e Lazer 14,715 17,866 21,4%

Fotos, Gráficas e Sinalização 1,580 1,605 1,6%

Hotelaria e Turismo 2,774 5,487 97,8%

Informática e Eletrônicos 1,198 1,588 32,5%

Limpeza e Conservação 0,730 1,055 44,5%

Móveis, Decoração e Presentes 4,743 5,523 16,4%

Negócios, Serviços e Outros Varejos 24,087 24,718 2,6%

Veículos 3,076 3,699 20,2%

Vestuário 7,066 8,375 18,5%

TOTAL 88,854 103,291 16,2%

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising - 2013

Os setores que mais cresceram foram Hotelaria e Turismo com um

faturamento de 97,8%, Limpeza e Conservação com 44,5% e o terceiro segmento

que manteve seu destaque foi Informática e Eletrônicos 32,5%. Por outro lado, os

setores com menor desempenho foram, pela ordem, Fotos, Gráficas e Sinalização,

com expansão de 1,6%, Negócios, Serviços e Outros Varejos, setor líder em

faturamento, mas com apenas 2,6% de crescimento, e Educação e Treinamento,

com 10,3%.

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Os números revelam a maturidade conquistada pelo sistema de

franchising. Observa-se que é considerado normal que o comportamento do setor

de Fotos, Gráficas e Sinalização tenha tido uma performance tão fraca, já que há

uma mudança comportamental do consumidor nesse ramo.

As pessoas estão deixando de revelar e imprimir suas fotos e imagens

fora de casa está fazendo isso em equipamentos caseiros, impactando diretamente

no modelo do serviço, por isso é considerável esse índice tão pequeno. Mas

Camargo (2013) “prevê que certamente, haverá uma migração, uma transformação

neste formato”, para que esse tenha resultados mais expressivos.

Gráfico 6: Distribuição do faturamento do setor de franchising por segmentos de atuação em 2012

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising – 2013

Dentre tantos segmentos nota-se que existem aqueles que se

sobressaem quanto aos demais e as áreas que mais faturaram nesse sistema foram

a de Alimentação, Esporte, Saúde, Beleza e Lazer, Educação e Treinamento e o

setor de Vestuário com um maior percentual, só estes totalizaram 64%,

abocanhando uma maior fatia do mercado de franchising e os demais 36%

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correspondem às outras áreas como mostra o gráfico acima. Ressaltando que este

está relacionada à distribuição do setor por segmentos de atuação.

O consumo e uso desses produtos e/ou serviços só aumentam, significa

que e os empreendedores tem acertado em cheio em seu ramo de negócio e campo

de atuação, os números indicam crescimento em todas as atividades e segmentos,

com isso, os indicadores só aumentam conforme se observa a seguir:

Tabela 2: Evolução do Número de Redes Franqueadoras

SEGMENTOS 2011 2012 VARIAÇÃO

Acessórios Pessoais e Calçados 138 166 20,3%

Alimentação 481 573 19,1%

Educação e Treinamento 234 270 15,4%

Esporte, Saúde, Beleza e Lazer 371 435 17,3%

Fotos, Gráficas e Sinalização 22 23 4,5%

Hotelaria e Turismo 27 36 33,3%

Informática e Eletrônicos 83 102 22,9%

Limpeza e Conservação 58 75 29,3%

Móveis, Decoração e Presentes 100 125 25,0%

Negócios, Serviços e Outros Varejos 200 249 24,5%

Veículos 82 99 20,7%

Vestuário 235 273 16,2%

TOTAL 2.031 2.426 19,4%

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising – 2013

Verifica-se como destaque o setor Hotelaria e Turismo com processo de

33,3%, Limpeza e Conservação com 29,3%, e Móveis, Decoração e Presentes com

crescimento de 25,0%. Estas foram às áreas com maior número de unidades

franqueadas no país.

O gráfico abaixo indica as áreas de distribuição de redes de franquias por

segmentos de atuação no cenário brasileiro, é notório, as áreas que mais foram

contratadas e mais uma vez Alimentação lidera o ranking com 24%, Esporte, Saúde

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e Lazer 18%, Educação e Treinamento 11% e Negócios, Serviços e outros Varejos

10%.

Essas quatro áreas foram as que mais cresceram no ano de 2012, não

desprezando as demais que também se destacaram em seus negócios com o

franchising.

Gráfico 7: Distribuição do Número de Redes de Franquias por Segmentos de Atuação do Franchising em 2012

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising – 2013

Esse destaque de ascensão só é possível devido às habilidades e

estratégias que os empreendedores têm com isso Holanda (1999), acredita que a

estratégia é uma arte de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições

favoráveis com vista e objetivos específicos, podendo assim defini-la como os

caminhos que devem ser trilhados para se atingir um determinado objetivo.

Para Chiavenato e Sapiro (2009, p. 286) “os empreendedores são

pessoas que agem de maneira independente ou como os componentes de uma

organização que criam um novo empreendimento ou desenvolvem inovação

relevante e assumem riscos ao introduzi-los no negócio”.

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Pois estes são admiráveis e importantes agentes do desenvolvimento e

da expansão econômica, mas isso só é possível graça aos novos produtos e

serviços, e seus processos de inovações com soluções inovadoras que elevam a

organização ao um novo patamar de excelência e competitividade. Com esse campo

de visão é nítido que esses têm contribuído para a evolução do setor de franquias.

Tabela 3: Evolução do Número de Unidades de Franquias

SEGMENTOS 2011 2012 VARIAÇÃO

Acessórios Pessoais e Calçados 4.717 5.260 12,0%

Alimentação 13.866 16.029 16,0%

Educação e Treinamento 12.845 13.376 4,0%

Esporte, Saúde, Beleza e Lazer 16.983 19.767 16,0%

Fotos, Gráficas e Sinalização 1.925 1.953 1,0%

Hotelaria e Turismo 864 1.848 114,0%

Informática e Eletrônicos 1.834 2.548 39,0%

Limpeza e Conservação 2.105 2.742 30,0%

Móveis, Decoração e Presentes 4.285 4.680 9,0%

Negócios, Serviços e Outros Varejos 23.519 24.457 4,0%

Veículos 4.501 5.224 16,0%

Vestuário 5.654 6.659 18,0%

TOTAL 93.098 104.543 12,3%

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising – 2013

O setor que mais cresceu foi Hotelaria e Turismo nos últimos dois anos

tendo uma variação de 114,0%, logo em seguida, vieram Limpeza e Conservação

com uma variação de 30,0% e Informática e Eletrônicos com variação 39,0% e por

outro lado, os setores com menor desempenho foram, pela ordem, Fotos, Gráficas e

Sinalização, variação de 1,0%, Negócios, Serviços e Outros Varejos, setor líder em

faturamento, mas com uma pequena variação de 4,0% apenas e Educação e

Treinamento, variação de 4,0% de crescimento.

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Diante disso, observa-se que os empreendedores que conseguem esse

feito estes estarão à frente de seus principais concorrentes, podendo estão se

destacarem em seu campo de atuação.

Gráfico 8: Distribuição do número de unidades franqueadas por segmentos de atuação do franchising em 2012

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising – 2013

A distribuição dos negócios, ou melhor, das unidades franqueadas por

seus segmentos lideram os seguintes ramos: Negócios, Serviços e Varejos com

23%, Esporte, Saúde, Beleza e Lazer com 19% ocupando o segundo lugar e o setor

de Alimentação em terceiro lugar com 15%, estas foram às áreas mais procuradas

no segmento de franchising. As demais também tiveram destaque, porém não com

tanta expressão quantos esses. Na atualidade pode-se observar o quanto tem se

empreendido com o sistema de franquias, o crescimento nesse setor tem chamado a

atenção de novos empreendedores a investirem nesse ramo de negócio.

4.1.2 Ranking das franquias em 2012

Segundo a ABF – essas foram às redes de negócios que mais se destacaram

no ano passado.

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O mesmo informa suas posições no cenário brasileiro voltado para o sistema

de franquias.

Tabela 4: Classificação por segmentos do franchising

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising – 2013

CLASSIF. REDE SEGMENTO TOTAL DE UNIDADES

1ª O BOTICÁRIO Cosméticos e Perfumaria 3520

2ª UNEPXMIL 48HORAS Serviços Automotivos 1795

3ª COLCHÕES ORTOBOM Móveis, Decoração e Presentes 1770

4ª KUMON Educação e Treinamento 1565

5ª CACAU SHOW Bebidas, Cafés, Doces, Salgados e Sorvetes

1473

6ª AM PM MINI MARKET Negócios, Serviços e Conveniência 1377

7ª SUBWAY Alimentação 1298

8ª WIZARD IDIOMAS Escolas de Idiomas 1264

9ª L´ACQUA DI FIORI Cosméticos e Perfumaria 1166

10ª BOB´S Alimentação 1011

11ª ESCOLAS FISK Escolas de Idiomas 1002

12ª HOKEN Beleza, Saúde e Produtos Naturais 896

13ª JET OIL Serviços Automotivos 887

14ª BR MANIA Negócios, Serviços e Conveniência 801

15ª MCDONALD´S Alimentação 773

16ª CCAA Escolas de Idiomas 731

17ª DOUTOR RESOLVE Negócios, Serviços e Conveniência 712

18ª PREPARA CURSOS PROFISSIONALIZANTES

Educação e Treinamento 633

19ª ÓTICAS DINIZ Bijuterias, Jóias e Óculos 613

20ª CNA Escolas de Idiomas 589

21ª CHILLI BEANS Acessórios Pessoais, Calçados e Tênis

560

22ª HERING STORE Vestuário 557

23ª DIA% Negócios, Serviços e Conveniência 538

24ª LOCALIZA RENT A CAR Serviços Automotivos 513

25ª IGUI Entretenimento, Brinquedos e Lazer 510

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No ranking das vinte cinco melhores e maiores redes de franquias no

cenário brasileiro a marca O Boticário do setor de cosméticos e perfumaria lidera em

primeiro lugar com 3.520 unidades espalhadas, em segundo lugar UNEPXMIL

48HORAS Serviços Automotivos ocupa o pódio com 1.795 unidades franqueadas e

em terceiro a rede de Colchões Ortobom no segmento de Móveis, Decoração e

Presentes com 1.770 unidades distribuídas no país e por última colocação ocupando

o vigésimo quinto lugar a rede IGUI no segmento de Entretenimento, Brinquedos e

Lazer com 510 unidades franqueadas.

4.1.3 Segmentação por Estados e Regiões em 2012

Segundo a Associação Brasileira de Franchising, o mesmo informa as

regiões com o maior número de franquias sede.

Tabela 5: Localização das Sedes das Empresas Franqueadoras por Regiões - 2012

REGIÃO % PART.

Sudeste 70,7%

Sul 16,9%

Nordeste 7,7%

Centro-Oeste 3,9%

Norte 0,8%

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising – 2013

Observa-se que a Região Sudeste lidera com 70,7% o número de sedes de

empresas franqueadoras, nessa região concentra-se um maior percentual de

empresas sede. A Região Sul em segundo lugar com 16,9%, o Nordeste tem

surpreendido com esse modelo de negócio, segundo Camargo (2013) essa região

tem superado, o mesmo destaca a ”cidade de Recife com um movimento muito

grande de franquias”. Já a Região Centro-Oeste ficou na penúltima colocação com

3,9% e por fim a região norte está em último lugar com 0,8%.

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A tabela abaixo indica as regiões que distribuíram seus negócios com o

sistema de franquias pelo país, observe:

Tabela 6: Distribuição das Unidades Franqueadas por Regiões - 2012

REGIÃO % PART.

Sudeste 58,0%

Sul 15,3%

Nordeste 14,4%

Centro-Oeste 8,0%

Norte 4,3%

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising – 2013

Seguindo a mesma ordem anteriormente, o Sudeste lidera com seus

58,0% os números de suas unidades franqueadas, o Sul com seus 15,3% ocupa

segunda colocação, o Nordeste em terceiro com seus 14,4%, o, o Centro-Oeste está

na casa de seus 8,0% e o Norte em última colocação com 4,3%.

A tabela abaixo informa as distribuições das suas unidades franqueadas

por estados no ano passado. Foram selecionados doze estados, pois esses foram

os que mais adotaram unidades de franquias, observa-se que os empresários

brasileiros a cada dia tem aceitado e acreditado nesse molde de negócio.

Pois os indicativos são expressivos, a procura por marcas consolidadas

no mercado, segurança e confiança no negócio, pode ser o fator chave para esses

investidores. Isso indica que o franchising é um sistema altamente eficiente.

Os empreendedores têm acertado o gosto e o perfil dos seus

franqueados, e também de seus consumidores, pois os números indicam

crescimento, com isso geração de emprego e renda.

Em destaque os estados que tiveram maior crescimento na aquisição

desse modelo de negócio, não desprezando os demais estados brasileiros, embora

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não tenham sido citados, estes também tiveram grande desenvolvimento, talvez não

com tanta ênfase quanto os que serão apresentados a seguir.

Tabela 7: Distribuição das Unidades Franqueadas por Estados - 2012

U.F. % PART. % PART. ACUM.

SP 37,1% 37,1%

RJ 11,1% 48,2%

MG 8,1% 56,3%

PR 6,1% 62,4%

RS 5,2% 67,6%

SC 4,0% 71,6%

BA 3,9% 75,5%

PE 2,9% 78,4%

DF 2,8% 81,2%

GO 2,7% 83,9%

CE 1,9% 85,8%

ES 1,7% 87,5%

Outros 12,5% 100,0%

Fonte: ABF – Associação Brasileira de Franchising – 2013

O estado de São Paulo é o que tem o maior percentual de participação na

distribuição de suas redes de franquias com 37%, em seguida, Rio de Janeiro com

seus 11,1%, em terceiro lugar Minas Gerais com 8,1%e na última colocação Espírito

Santo 1,7%.

No estado do Pará segundo a ABF na Lista completa de Franquias

Associadas, o mesmo possui apenas uma empresa sede no ramo de franquias,

denominada AÇAY, a mesma está localizada Rua Duque de Caxias, n⁰ 250, CEP:

68741-360 - Saudade I - Castanhal – PA.

Para adquirir uma unidade dessa franquia o empresário deve

desembolsar em torno de R$ 132.000,00 á 157.000,00. Em breve a capital do CE,

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Fortaleza, estará recebendo as primeiras unidades dessa franquia nos North

Shoppings. Pois segundo ABF em matéria publicada no portal Sua Franquia.com:

Esses centros comerciais oferecem maior visibilidade às marcas, além de segurança, ações de marketing, climatização, facilidade de estacionamento para os clientes e limpeza. A Associação Brasileira de Franchising estima que as franquias representem de 60% a 70% das ocupações em shoppings. Apesar dos custos maiores para locação, contar com lojas em shoppings pode ser muito rentável, mas é importante que os franqueados e franqueadores tomem algumas precauções na hora de formalizar o contrato. Essa realidade demonstra que os shoppings vêm optando pelas redes de franquias por diversos motivos. Muitas vezes já têm visibilidade no mercado, pois são marcas consolidadas e de prestígio, ou o modelo de negócio já foi testado e comprovado na prática, dispensando qualquer período de maturação. (SUA FRANQUIA, 2013).

Os Shoppings Centers tem sido o principal alvo de ocupação de franquias

por suas inúmeras vantagens, pois o fluxo nesses ambientes sãos bem maiores

observa-se que nos mesmos só se veem em sua maioria lojas com segmentos de

franquias. Nesses encontram-se de todos os tipos e formatos, calçados, confecções,

alimentação, cama, mesa e banhos, perfumaria entre tantos outros tipos de marcas,

produtos e/ou serviços.

Pois o franchising segundo (ZILBER et al., 2003) serve para o

franqueador como estratégia de expansão do empreendimento, para o franqueado

como oportunidade de adquirir o seu próprio negócio. Com isso, o local ao qual será

instalada a sua marca é muito importante, este poderá agregar ainda mais valor ao

seu produto, para isso é essencial ter certos cuidados, pois a localização poderá ser

um fator determinante para seu negócio.

Observa-se que todo o sucesso do franchising é devido a uma série de

fatores e cuidados que empreendedores e empresários tem tido, objetivando

sempre a auto realização e satisfação, pois para alcançar estes resultados muitas

foram as ações que tiveram que desempenhar com suas estratégias de ações e

comprometimento.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O propósito desta pesquisa foi o de apresentar o sistema de franchising como

estratégia empreendedora, e mostrar o quanto esse modelo de negócio tem crescido

e faturado na última década, pois as vantagens com esse sistema têm sido

altamente satisfatórias.

O faturamento do mesmo tem chamado á atenção de novos empreendedores

em fazerem de sua marca produto e/ou serviço um modelo de franquia. Pois os

números apresentados indicaram crescimento e o quanto esse tem contribuído com

a economia brasileira gerando cada vez mais emprego e renda.

A partir dos estudos e pesquisas realizadas o Brasil tem se destacado com o

sistema de franchising, pois empreendedores têm acreditado nesse sistema como

excelentes oportunidades de negócios.

Com isso tem buscado as melhores estratégias para se destacarem e

operarem em seus campos de atuação, sendo que a estratégia é uma forma de

comercialização e distribuição de determinados produtos em segmentos de

mercados ainda não alcançados.

Ressalta-se que em um relacionamento de franquia existem dois

personagens de um lado o franqueador, sendo ele o dono da marca e do sistema, o

mesmo é quem concede a franquia como modelo de negócio, e do outro o

franqueado sendo este o que propaga a marca, produto e/ou serviço do

franqueador.

Mas para abrir um negócio, não é necessário somente vontade, tem que

haver a composição de vários fatores fundamentais, para que o empreendimento

seja bem sucedido. Como coragem, inovação ousadia, determinação entre outros

fatores devem fazer parte daqueles que querem investir neste ramo de negócio, pois

o empreendedor é visionário, ousado e corajoso, não tem medo de arriscar, portanto

sem riscos não há como mensurar o sucesso ou fracasso do negócio.

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Esse molde é uma excelente oportunidade de investimento, pois através

deste sistema o empreendedor poderá expandir seus interesses com maior rapidez

e garantia.

Diante disso, empreendedores têm sido atraídos para esse ramo de

negócio, embora para fazer da sua marca um modelo de franquia se faz necessário

um alto investimento, mas se comparar a expansão do mesmo esse passa a ser

irrisório quanto a sua expansão e lucratividade.

As garantias de crescimento e lucratividade são evidentes diante dos

percentuais apresentados quando o franqueador concede uma unidade a um

franqueado, esse já começa a lucrar com o negócio, pois desde então já se é

cobrado taxas de aquisição da mesma conhecida como royalties.

Ressaltando que essa atividade também é perigosa, mesmo com toda a

estruturação e Know-how, quando o franqueador concede essa licença deixando o

seu negócio nas mãos do franqueado é necessário ter um acompanhamento para

que o mesmo não venha a comprometer o andamento da unidade e da marca.

Para isso, será necessário uma equipe altamente competente e

responsável, pois o franqueador não tem condições de controlar todos os seus

franqueados, mas com uma equipe preparada esses irão ajudar no

acompanhamento da rede, oferecendo treinamentos de como devem proceder seus

franqueados.

Por fim, verificou-se que é viável fazer de seu negócio um modelo de

franchising. Os resultados em sua maioria são positivos, por isso a ascensão desse

sistema.

Identificar-se com uma área ao qual deseja atuar, analisar o seu perfil e

dos seus clientes é um dos segredos para o sucesso. Ter coragem e ousadia,

enxergar oportunidades nas necessidades, pois só os visionários terão esse tino

para os negócios.

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