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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP Jul/Ago/Set/2012 Editorial ANO VII N. 19 O SÃO FRANCISCO ISSN: 1983—862X Tiragem: 500 exemplares EDITORIAL Em sua 19ª edição, o Jornal O São Francisco traz à memória um Centro de São Paulo histórico, quase romântico, mas que hoje é palco de um cenário social nem um pouco agradável de se ver e conviver. Será mesmo essa apenas uma problemática social, ou a questão é muito mais profunda?! Convidamos a uma reflexão (e a- ção) séria sobre o assunto. Das muitas enfermidades modernas, consequentes da vida a- tribulada e estressante das últimas décadas, vamos entender o que é a síndrome do Transtorno Bipolar. O esclarecimento e a detecção precoce dessa anomalia emocional podem evitar problemas mais sérios no futuro. Continuamos falando dos valores perdidos, para incentivá-los ao resgate de si mesmos, inconscientes que estamos, cada dia mais, da nossa autoexistência: a autoestima é o foco. A seção “Dicas” traz um curioso projeto de lei, intitulado “Cultura da Paz”. Vale a pena saber do que se trata. E vamos relaxar um pouco com as biografias de nossos cole- gas, com um excelente livro indicado, saber o que faz o Setor de Copa e nos programar com a Agenda Cultural. Boa leitura! Editorial: Um olhar mais atento Destaque: São Paulo Histórico: O Largo de São Francisco Crônica: 01 02 Sozinha Filhos O Caminho para o Alto Saúde: Os Sete Ingredientes Psicológicos para seu Emagrecimento Entendendo o Transtorno Bipolar Reciclando Valores: Autoestima Dicas: Projeto de Lei: Cultura da Paz Probleminhas Cotidianos Variedades: Eu Indico: Vida, Amor e Riso - OSHO ?Quem sou eu?: Joel Simberg Vieira Reconstituindo Nossa História: Prof. Oris de Oliveira O que se Faz?: Setor de Copa Aniversariantes do Trimestre Agenda Cultural: Mostras e Exposições para todos os gostos 03 04 04 05 06 07 08 08 09 10 10 11 11 12 Os interessados em publicar maté- rias deverão encaminhá-las ao Ser- viço Técnico de Imprensa, Sala 110 - Prédio Anexo I (impressa e em arquivo.doc), ou pelo e-mail: [email protected]. Nesta Edição ATÉ QUANDO VAMOS FINGIR QUE O PROBLEMA NÃO É NOSSO?

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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP

Jul/Ago/Set/2012

Editorial

ANO

VII N. 19

O SÃO FRANCISCO

ISSN: 1983—862X

Tiragem: 500 exemplares

EDITORIAL

Em sua 19ª edição, o Jornal O São Francisco traz à memória um Centro de São Paulo histórico, quase romântico, mas que hoje é palco de um cenário social nem um pouco agradável de se ver e conviver. Será mesmo essa apenas uma problemática social, ou a questão é muito mais profunda?! Convidamos a uma reflexão (e a-ção) séria sobre o assunto.

Das muitas enfermidades modernas, consequentes da vida a-tribulada e estressante das últimas décadas, vamos entender o que é a síndrome do Transtorno Bipolar. O esclarecimento e a detecção precoce dessa anomalia emocional podem evitar problemas mais sérios no futuro.

Continuamos falando dos valores perdidos, para incentivá-los ao resgate de si mesmos, inconscientes que estamos, cada dia mais, da nossa autoexistência: a autoestima é o foco.

A seção “Dicas” traz um curioso projeto de lei, intitulado “Cultura da Paz”. Vale a pena saber do que se trata.

E vamos relaxar um pouco com as biografias de nossos cole-gas, com um excelente livro indicado, saber o que faz o Setor de Copa e nos programar com a Agenda Cultural.

Boa leitura!

Editorial:

Um olhar mais atento

Destaque:

São Paulo Histórico: O Largo de São Francisco

Crônica:

01

02

Sozinha Filhos

O Caminho para o Alto

Saúde:

Os Sete Ingredientes Psicológicos para seu Emagrecimento

Entendendo o Transtorno Bipolar

Reciclando Valores:

Autoestima

Dicas:

Projeto de Lei: Cultura da Paz

Probleminhas Cotidianos

Variedades:

Eu Indico: Vida, Amor e Riso - OSHO

?Quem sou eu?: Joel Simberg Vieira

Reconstituindo Nossa História: Prof. Oris de Oliveira

O que se Faz?: Setor de Copa

Aniversariantes do Trimestre

Agenda Cultural: Mostras e Exposições para todos os gostos

03

04 04

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08

09

10

10

11

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12

Os interessados em publicar maté-rias deverão encaminhá-las ao Ser-viço Técnico de Imprensa, Sala 110 - Prédio Anexo I (impressa e em arquivo.doc), ou pelo e-mail: [email protected].

Nesta Edição

ATÉ QUANDO VAMOS FINGIR QUE O PROBLEMA NÃO É NOSSO?

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Destaque

O SÃO FRANCISCO

ANO VII - N. 19

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SÃO PAULO HISTÓRICO

O LARGO DE SÃO FRANCISCO

Em 1819, Saint-Hillaire comentava que “alhures, o Brasil deve permanecer simplesmente agrícola. Não che-gou ao ponto que lhe convenha estabelecer grandes fábri-cas; mas, quando esse tempo chegar, será por São Paulo que se há de começar”. E São Paulo se tornou essa magní-fica metrópole: rica e orgulho dos seus paulistanos.

Nela existem o Pátio do Colégio, onde se ergue monumento em homenagem aos seus fundadores; o lendá-rio Rio Tietê que quando nele se fala é lembrar a arrancada bandeirante sertão adentro, avançando e ampliando o nosso

território; a Estação da Luz que nos faz recordar Irineu Evangelista de Souza, surgindo no cenário nacional como o iniciador da vida ferroviária brasileira; a Igreja de São Ben-to, fundada pela Ordem dos Padres do Largo de São Bento, a mais antiga de São Paulo, com exceção dos jesuítas que fundaram Piratininga no século XVI, exatamente aos 14 de julho de 1598.

Nela existem a arquitetura da bela Escola Politécnica que foi o primeiro estabelecimento de Ensino Superior, fun-dada pelo Estado no Brasil Republicano; o Viaduto do Chá, onde antigamente toda a zona na parte debaixo veio a se chamar Morro do Chá, porque era coberta de capoeiras, nas quais os moleques iam caçar passarinhos, um local de chá-caras e sítios. Neles, o plantio de chá em larga escala, inspi-rando o Marechal José Arouche de Toledo Rendon a publi-car, em 1833, sua “Memórias”, onde fala longamente sobre a cultura e a colheita desse produto; o Mercado Municipal que desde 1829 o Poder municipal tinha em pauta construir locais adequados para estabelecer um mercado central.

Na Paulicéia Desvairada, encontra-se o Largo Pais-sandu, cuja primeira denominação tinha sido Praça das Alagoas, por uma Ata da Câmara de 1813; antigamente um local lamacento e cheio de sapos que orquestravam sons à noite. Lembramos que em 23 de dezembro de 1830, graças à doação feita ao Estado pelo Conselheiro Francisco Paula Mayrink, nasce o Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga. A mais nova praça é esplendorosa: a Praça da República, onde se situava o famoso Cine Repú-blica, extinto para dar vazão ao Metrô República.

A Praça João Mendes em homenagem ao juriscon-sulto que era devoto de São Gonçalo é um espaço físico muito bem tratado. Antes desse nome tal logradouro públi-co por vários períodos foi denominado Largo de São Gon-çalo, Largo da Cadeia (porque ali era instalada a Cadeia Municipal), Largo Municipal e Largo do Teatro, porque

ficava o Teatro São José que desfrutou de muita popu-laridade naquela época.

Em certa madrugada de 1898 incendiou-se o Teatro São José, após 30 anos de atividade, daí surgin-do a ideia de novo teatro e, em 1900, Frederico Abran-ches em sessão do Congresso Legislativo apresentou um projeto que autorizava o Governo a construir um teatro que viesse a dotar a Capital do mais moderno teatro que houvesse. O projeto foi aprovado no mesmo ano. Os orçamentos de Ramos de Azevedo, Domiziano Rossi e Cláudio Rossi também foram acatados e os tra-balhos de construção foram iniciados em 26 de junho de 1903. Surge o Teatro Municipal, cuja arquitetura é considerada uma das mais belas do País.

A Catedral da Sé, de 1588, é a construção mais querida do paulistano e a minha também, depois do Largo de São Francisco, porque neste espaço público encontra-se a Academia de Direito da Universidade de São Paulo.

Porém, quando se visita o Largo de São Francis-co, atualmente, uma triste cena de âmbito social é veri-ficada aos olhos de paulistanos e turistas. Problema enfrentado pela Prefeitura, Polícia Civil, Administração da Faculdade de Direito, Viva Centro, ONGs benefi-centes e outros como a própria sociedade: o Largo tem abrigado mais de 150 moradores sem teto que se espre-mem de maneira desumana no intuito de sobrevivência para o dia seguinte.

Eles não estão cometendo infração alguma ou delito premeditado e mal, porque a maioria passou de um mundo de valores para o mundo do dever-ser-existir. Eles perderam vínculo empregatício como, tam-bém, escolheram e caíram no vício das drogas; alguns dependentes químicos com tendência a não conseguir o retorno ao mundo normativo. Dentre essas drogas, o maldito crack, mescla de resto de pasta de cocaína, cuja venda realizada pelos traficantes tem alterado o perfil da oferta, uma vez ser considerada de baixo custo, acar-retando ao traficante pouco lucro. E assim, gradativa-mente, desaparecido do mercado psicodélico.

Em época de humanização, é necessário subli-nhar que decisões e normas têm de estar acima de coisas

Destaque

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Destaque

O SÃO FRANCISCO

ANO VII - N. 19

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Momento Poético

e valores desse problema estritamente social. É o mundo real pairando sobre o mundo das necessidades de que têm de ser definidos em conjunto com as ações éticas e deter-minações necessárias pelo Governo, Ministério Público, Polícia Civil, ONGs, a Igreja que não se manifesta e a so-ciedade; dela têm de participar alunos, servidores e profes-sores da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.

A premissa final do denominado mensalão foi con-cluída pelos ministros do STF que verbas do Governo fo-ram desviadas para a corrupção de determinados políticos em montante exorbitante de dinheiro, fazendo com que o Povo brasileiro ficasse estupefato com o escândalo dos últimos governos. Em que pesem as dezenas de outros escândalos que sequer foram investigados, como as priva-tizações de um passado recente, época em que a Polícia Federal e o Ministério Público não tinham a liberdade que têm hoje para investigar. Essa exorbitância pecuniária, se fosse devolvida ao povo, teria chance de recuperar consi-derável número, atualmente assustador, de moradores sem teto. Eles não oferecem resistência; estão à espera da ajuda social que, com certeza, do Céu não virá.

O Largo de São Francisco apresenta infelizmente esse problema da falta de dignidade da pessoa humana que, por sua natural complexidade, demanda série de cui-dados a serem tomados com a maior brevidade e me faz enxergar que a cor da aura do Largo de São Francisco se reflete negra. Nele, o velho Convento de São Francisco construído em 1644; resistindo ao tempo, somente em 1936 foi substituído pelo atual prédio, cuja história é uma das mais belas da História de São Paulo.

Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa)

Rose Bonoto (Seção de Compras)

“Querem que vos ensine o modo de chegar à ciência verdadeira? Aquilo que se sabe, saber que se sabe; aquilo que não se sabe, saber que não se sabe; na verdade é este o saber.” (Confúcio)

SERENATA

Cecília Meireles

"Permita que eu feche os meus olhos, pois é muito longe e tão tarde!

Pensei que era apenas demora, e cantando pus-me a esperar-te.

Permita que agora emudeça: que me conforme em ser sozinha.

Há uma doce luz no silencio, e a dor é de origem divina.

Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo, e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo".

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Crônica Crônica

FILHOS

Ao contrário do Brás Cubas, tive filhos. Ele não queria transmitir aos seus filhos o que chamou de “legado de nossa miséria”. Eu, no entanto, transmiti aos meus o que penso ser o “grande legado da riqueza humana”, além de agregar a pequena soma de meus esforços, e os de mi-nha esposa, nossas dúvidas, desacertos, nossas vontades e prazeres em ser, amar e pensar.

Transmiti a meus filhos algo que sei que é comple-xo e difícil de realizar e de manter no dia-a-dia: o desejo de viver bem. Desejo esse com o qual a situação geral do mundo parece “jogar contra” e bombardear sucessiva-mente. Para nos ajudar e nos motivar nessa luta e nessa busca diária, temos que sempre nos lembrar de que o sen-tido da vida é, por certo, maior do que imaginamos, é ‘n’ vezes maior do que o que lhe temos dado normalmente.

Uma possibilidade de entendimento do significado da vida é a ideia – recorrente, durante ela – de que ela é uma jornada misteriosa, irreversível e irrecusável, para a qual parte-se com pouco conhecimento e pouco aparelha-do para enfrentá-la, mas que se vai adquirindo mais e mais conhecimentos ao longo dessa mesma jornada.

E vai-se ficando, por meio da coleta de mais conhecimentos, cada vez mais aparelhado para enfren-tá-la e ser bem sucedido no enfrentamento dos perigos da jornada.

Nada, em paralelo a outros fatos, ter filhos é um capítulo especial. Acontece até mesmo sem que você per-ceba no início. Acontece de modo apenas biológico. É uma consequência natural de ser, amar e pensar.

Quando há o nascimento de um filho, nos primei-ros dias ou semanas, pode parecer que sua vida não vai mudar muito. Ou que somente vai mudar no início. Mas isso, é claro, é um engano: sua vida muda para sempre. Muda todas as horas, muda todos os dias. A tal ponto que o fato de ter filhos desloca-se para o centro de nossas pre-ocupações e ocupações.

Se, no início, ter filhos é uma função de existir-mos, a partir da chegada deles, parece que há uma inver-são: passamos a existir em função de tê-los...

Tê-los e conhecê-los – e ajudá-los a ser, amar e pensar – passa a constituir-se num dos grandes sentidos de existirmos, de existir vida, de existir esse planeta onde essa vida está contida e de existir o universo onde esse planeta cheio de vida está contido.

Tudo isso – e mais – devido aos filhos...

Deve ser também porque os filhos são nossos melhores espelhos: vendo um filho, vemos e revemos a nós mesmos, como éramos no passado, vemos como somos hoje – para nos aprumar melhor – e podemos antever o que seremos no futuro.

Não apenas podemos ver ou antever, mas cons-truir o que queremos ver...

Prof. Dr. Roberto Correia de Melo – autor do livro “A aventura de ser, amar e pensar”,

Pela Editora Clube dos Autores.

___________________________________

O CAMINHO PARA O ALTO

Perguntas que precisam de respostas Philip Yancey. Ed. Textus

Minha carreira jornalística deu-me a oportunida-de de entrevistar as mais diversas pessoas. Olhando para trás, posso, grosso modo, separá-las em dois grupos: estrelas e servos. O primeiro grupo é composto por atle-tas conhecidos, atores e atrizes de cinema, musicistas, escritores famosos, personalidades da televisão e outros semelhantes a estes. São os que dominam as revistas e programas de televisão. Todos os bajulam, esquadri-nhando as minúcias de sua vida: as roupas que vestem, o que comem, os exercícios físicos a que se dedicam, as pessoas a quem amam, a pasta de dente que usam.

Ainda assim preciso dizer que, em minha experi-ência limitada, percebo que nossos “ídolos” são um grupo de pessoas tão infelizes quanto quaisquer outras. A maioria enfrenta problemas no casamento ou já se separou. Quase todas são totalmente dependentes da psicoterapia. E, em uma ironia profunda, esses heróis maiores do que a própria vida parecem ser atormenta-dos por uma insegurança pessoal incurável.

Passei algum tempo com servos também. Pesso-as como o Dr. Paul Brand, que trabalhou, durante vinte anos, entre os excluídos – os mais pobres dos pobres, leprosos da região rural da Índia. Ou profissionais de saúde que abandonaram empregos com salários bem elevados para trabalharem com o Ministério Mende-nhall em uma cidade atrasada no estado do Mississipi.

Eu estava preparado para honrar e admirar esses servos, para elevá-los como exemplos inspiradores. Não estava pronto, porém, para invejá-los. Mas, refletindo nos dois grupos, colocando-os lado a lado, estrelas e

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Crônicas Saúde

servos, os últimos emergem, claramente, como os mais fa-vorecidos e agraciados. Trabalham durante muitas horas para ganhar pouco dinheiro, não recebem aplausos. “Desperdiçam” seus talentos e conhecimentos entre os po-bres e ignorantes. Mas, de alguma forma, perdendo a vida eles a encontraram. Receberam “ a paz que não é deste mundo”, como descreveu Henri Nouwen, paz encontrada não dentro do prédio majestoso de Harvard, mas ao lado do descoordenado Adam.

Adam é um homem de 25 anos, que não consegue falar, se ves-tir, andar nem comer sem ajuda. (...) Sofre com uma epilepsia muito grave e, apesar dos medi-camentos pesados que toma, tem convulsões muito fortes quase todos os dias. Preciso de aproximadamente uma hora e meia para acordar o Adam, dar-lhe os remédios, carregá-lo para o banho, lavá-lo, barbeá-lo, escovar seus dentes, vesti-lo, levá-lo até à cozinha,

dar-lhe o café da manhã, colocá-lo na cadeira de rodas e conduzi-lo ao local onde passa a maior parte do dia, em exercícios terapêuticos.

O escritor Henri Nouwen deixou seu posto na Uni-versidade de Harvard, no ápice de sua carreira, e foi para uma localidade chamada Daybreak, perto de Toronto, para desempenhar tarefas comuns, como as descritas acima. Em vez de ministrar a intelectuais, assumiu o cuidado de um jovem considerado por muitas pessoas um vegetal, pessoa inútil que nem deveria ter nascido. Mesmo assim, até o fim de sua vida, Nouwen afirmava que ele, e não Adam, havia sido o maior beneficiado neste relacionamento estranho.

Ele disse que, a partir das horas que passou na com-panhia de Adam, alcançou uma paz interior tão satisfatória que todas as suas outras atividades, apesar de mais intelec-tuais, pareciam tediosas e superficiais. Logo que começou a acompanhar aquele homem-criança, de fôlego curto, perce-beu a violência, rivalidade e competição, a obsessão que existia em seu anseio pelo sucesso na vida acadêmica e no ministério cristão. Com Adam ele aprendeu que

O que nos torna humanos não é a mente, mas o co-ração, não a habilidade de pensar, mas a capacidade de amar. Qualquer pessoa que se refira ao Adam como um vegetal ou animal deixa de enxergar o mistério sagrado: ele é totalmente capaz de amar e de ser amado.

Com Adam, Henri Nouwen aprendeu – aos poucos, em meio à dor e à vergonha – que o caminho para o alto é voltar-se para baixo.

Sugestão: Fabiana Natália (Diretoria)

OS SETE INGREDIENTES PSICOLÓGICOS PARA SEU EMAGRECIMENTO

1 - Abandone por completo o sentimento de autopie-dade. Deixe a peninha de lado. Se você decidiu, está decidido. Não faça comparações com você e outra pessoa qualquer. Você é única, portanto seu organis-mo não é igual ao de ninguém. Suas necessidades e prioridades são apenas suas;

2 - Não encare este momento como um castigo. Geral-mente toda dieta, por suas restrições alimentares, é encarada como uma punição. Encare este período co-mo uma fase de ‘limpeza orgânica’. Portanto, alguns alimentos não são bem vindos.

3 - Acredite que é um período, uma fase. Todo e qual-quer projeto tem um início, meio e fim. Portanto, não é eterno. Nada é eterno, até que se tenha programado.

4 - Estabeleça metas a curto prazo. Para que se consi-ga chegar ao objetivo, estabeleça algumas metas quanto aos quilos a serem eliminados. Pese-se uma vez por semana e comemore cada obstáculo vencido. Seja fiel aos seus propósitos e vá atrás dos seus limi-tes. Desafie-se.

5 - Assuma um compromisso com você. A partir do momento em que decidiu pelo emagrecimento, você está assumindo um compromisso com você e não uma promessa. O vencedor assume compromissos e o per-dedor faz promessas.

6 - Vibre com suas conquistas. Por menor que sejam como, por exemplo, resistir a um doce, uma colherada a mais, ou um pequeno gole. A sensação de vitória é inegável. Você será invadido por uma incrível sensa-ção de prazer.

7 - Acredite em você. Seja capaz de tudo, desde que acredite no que quer e, principalmente, em você. Creia na capacidade de realização e plenitude que você pró-prio pode oferecer.

Camila Mareze – Psicóloga especialista em transtornos alimentares e obesidade.

“Quanto mais nos elevamos, meno-res parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.” (Friedrich Ni-

etzsche)

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Utilidade Pública

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Saúde Saúde

O sentimento de rejeição, solidão e incapacidade angus-tia portadores deste distúrbio.

TRATAMENTO

O tratamento varia de acordo com o estado em que o paciente se encontra. Portanto, é de extrema im-portância procurar ajuda profissional, pois só ele poderá dizer quais os procedimentos indicados para tratar o transtorno bipolar: medicamentos (estabilizadores de humor ou antidepressivos) e psicoterapia.

Devemos estar atentos a todo comportamento que se apresente de forma excessiva. Muitas vezes quem sofre da doença não é capaz de perceber os sinto-mas e, por isso, a ajuda da família é essencial para iden-tificar os sinais de perturbação afetiva.

Amanda Ferrari Gasparin (Pós-Graduação)

Fontes:

- http://www.mulhersexofragil.com.br/entendendo-o-transtorno-bipolar/

- Revista Em Condomínio – Saúde –Ano 5 – edição 53 – Jul/-2012

- http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/entenda-o-que-e-transtorno-bipolar-e-como-ele-afeta-o-desempenho-profissional/16814/

- http://www.ccs.ufsc.br/psiquiatria/981-02.html

ENTENDENDO O TRANSTORNO BIPOLAR

O QUE É?

O transtorno bipolar é um distúrbio que afeta diretamente o humor, por isso a pessoa que sofre desta doença ora está eufórica, sentindo uma felicidade imen-sa e em outros momentos fica infeliz e deprimida sem motivo aparente.

Hoje em dia esse transtorno não é mais classifica-do como uma perturbação psicótica e, sim, como uma perturbação afetiva (coexistência de estados afetivos diversos e inconciliáveis. Sintoma tipicamente esquizo-frênico).

A causa é desconhecida, mas existem fatores que influenciam ou incentivam seu surgimento, tais como: familiares com a doença, traumas, incidentes ou aconte-cimentos marcantes (troca de trabalho, fim de relaciona-mentos, morte de entes queridos etc.).

ESTATÍSTICAS

- entre 8% e 10% da população sofre de transtorno bi-polar;

- mais de 90% dos bipolares vivem mais a fase de de-pressão do que de euforia;

- em aproximadamente 80% a 90% dos casos os pacien-tes apresentam algum parente na família com a doença.

SINTOMAS

- mudanças de humor que duram pelo menos uma sema-na, podendo permanecer até meses;

- modificações nas formas de agir e sentir;

- fase alegre e de euforia: o paciente apresenta compor-tamento acelerado, extravagante e compulsivo. Humor elevado, perda do sono, fala acelerada, grande disposi-ção física. Muitas vezes a pessoa chega a ser inconve-niente;

- fase depressiva: sentimento de inferioridade, baixa capacidade física, cansaço permanente, baixa autoesti-ma, lentidão de pensamentos, indisposição para acordar.

A DOR É O LIMITE

Levar uma vida sedentária não faz bem para a saúde, mas exa-gerar nos exercícios físicos tam-bém pode acarretar problemas graves. Conhecido como over-training, a prática de forçar o próprio corpo mais do que ele é capaz de se recuperar, em busca de uma saúde perfeita, é tão comum e danosa quanto viver de forma inativa.

“Isso acontece pela busca insana das pessoas pela beleza. Muita gente se mata na academia para ter um corpo perfeito e termina se acabando realmente”, opina Márcio Marega, fisioterapeuta do Einstein, expli-cando o processo de desgaste do corpo.

“O exercício físico intenso normalmente desen-cadeia o estresse oxidativo (desequilíbrio entre a forma-ção e remoção de agentes oxidantes no organismo), que gera a diminuição do desempenho físico, além de fadi-ga e danos musculares, promovendo alterações do siste-ma imune e do estado de treinamento”.

Fonte: http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-

com-a-saude/Paginas/a-dor-e-o-limite.aspx

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Reciclando Valores Reciclando Valores

AUTOESTIMA

Aprendendo a gostar de si mesmo

Já não é sem tempo que o abismo entre a Ciência e a Religião se estreita; afinal, estamos no Século XXI e a humanidade necessita, urgentemente, sair da infância espiritual em que se encontra. Hoje, o contexto bio-psico-energético é um fato concreto na pauta, tanto da Ciên-cia quanto da Religião. Note-se que não se fala aqui da religião enquanto instituição hierárquica e dogmática; mas sim do sentido de religiosidade (espiritualidade).

Somos receptores e emanadores de vibrações e e-nergias, interagindo com tudo que existe no Universo, co-mo parte integrante dele; portanto, tudo nos afeta e afeta-mos a tudo. E quando se fala em energia, em vibração, fala-se em pensamentos, sentimentos, palavras e atitudes.

O que também nos passa despercebido é que se ainda somos capazes de criticar, julgar e culpar a ou-trem, o fazemos inconscientemente a nós mesmos, diari-amente. Essas feridas internas, mais dia menos dia, so-matizam-se e nos adoecem energética e fisicamente.

Nas palavras do p e s q u i s a d o r , escritor e psico-terapeuta norte-americano Natha-niel Branden, “os dramas da nossa vida são reflexos das visões mais ínti-mas que temos

de nós mesmos. Assim, a autoestima é a chave para o sucesso ou para o fracasso. É, também, a chave para entendermos a nós mesmos e aos outros.” Segundo Branden, não só os problemas biológicos, mas também e principalmente as dificuldades de ordem psicológica (ansiedade, depressão, medo da intimidade ou do suces-so, dependências químicas, vícios, deficiências na escola ou no trabalho, violência doméstica, criminalidade, dis-funções sexuais, suicídio) estão quase sempre relaciona-das com a autoestima negativa, ou baixaestima. “De todos os julgamentos que fazemos, nenhum é tão impor-tante quanto o que fazemos sobre nós mesmos”.

Mas o que vem a ser autoestima ou autovalor? É o conjunto de dois componentes psicológicos preponderan-tes: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Ou seja, é a soma da autoconfiança com o autorrespeito, refletindo o julgamento implícito da ca-pacidade de lidar com os desafios da vida (entender e dominar problemas) e o direito à felicidade (respeitar e defender os próprios interesses e necessidades).

Equivale dizer que baixaestima é o sentimento de inadequação à vida, de se estar errado, não sobre deter-minado assunto, mas ERRADO COMO PESSOA. O

ideal de vida seria vivenciar a autoconfiança intelectual e o sentimento de que a felicidade é adequada. Mas a reali-dade do ser humano, salvo raríssimas exceções, é nutrir sentimentos de inadequação, insegurança, dúvida, culpa e medo de uma participação plena na vida – o sentimento de “eu não sou suficiente” -, porque julgamos nossas próprias ações com uma compreensão e uma compaixão inadequadas. Sentimento esse que nos é incutido desde o berço pelos grupos sociais nos quais convivemos: famí-lia, sociedade e religião. Na infância, nossa autoconfian-ça e nosso autorrespeito podem ser alimentados ou ani-quilados pelos adultos, pois nossas escolhas são elemen-tos importantíssimos para o desenvolvimento futuro de nossa autoestima. A criança muito criticada, muito julga-da e punida tem altíssima propensão a desenvolver uma autoestima negativa, que a marcará para o resto da vida.

São incontáveis os benefícios da autoestima na vida do ser humano: - Capacita-nos a lidar com as adversidades e desafios, tornando-nos mais flexíveis e mais resistentes à probabi-lidade de sucumbirmos ao desespero ou à derrota;

- Aumenta nossa capacidade criativa no trabalho e, con-sequentemente a possibilidade de obter sucesso;

- Aumentam as possibilidades de manter relações saudá-veis, ao invés de destrutivas, pois o amor atrai amor, a saúde atrai saúde, a vitalidade e a comunicabilidade atra-em mais do que o vazio e o oportunismo;

- Torna-nos mais inclinados a tratar os outros com respei-to, benevolência e boa-vontade, a exemplo de como tra-tamos a nós mesmos, pois não os vemos como ameaça. O autorrespeito é o fundamento do respeito pelo outro;

- Aumenta nossa alegria pelo simples fato de ser, de des-pertar pela manhã, de viver dentro de nossos próprios corpos.

Por fim, a autoestima, seja qual for o nível em que se expresse, “é uma experiência íntima; reside no cerne do nosso ser. É o que EU penso e sinto sobre mim mes-mo, não o que o outro pensa e sente sobre mim”, e isso nada tem a ver com orgulho, mas tão somente o autorre-conhecimento.

Branden conclui que “a aclamação dos outros não cria nossa autoestima, também não o fazem os co-nhecimentos, a competência, as posses materiais, o casa-mento, a paternidade, a dedicação à caridade, as con-quistas sexuais ou as cirurgias plásticas. Essas coisas PODEM, às vezes, fazer com que nos sintamos melhor sobre nós mesmos temporariamente, ou mais confortá-veis em situações particulares, mas conforto não é auto-estima.”

Conceição Vitor (Imprensa)

Fonte: www.visionvox.com.br

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Dicas

CURIOSIDADES

PROJETO DE LEI: CULTURA DE PAZ

Por um mundo melhor

Desde 2004, tramita em Brasília um projeto de lei que traça diretrizes para a promoção da cultura de paz, cujo objetivo é instituir o Estatuto da Paz, a fim de estabelecer uma política de promoção da paz a partir da vivência e da transmissão de um conjunto de princípios, valores, atitudes, modos de comportamento e estilos de vida baseados, entre outros princípios, no fortalecimento da estrutura familiar como núcleo educacional e de pro-teção do indivíduo, envolvendo alguns fatores, como por exemplo, o respeito à liberdade, justiça, democracia, tolerância, solidariedade, cooperação, pluralismo, diver-sidade cultural, diálogo e compreensão, realizando-se a sua difusão pela educação formal e informal, em todos os níveis da sociedade.

No artigo 6º da Lei, os Estados e os Municí-pios deverão incluir, nos currículos escola-res do ensino funda-mental e médio, maté-rias que proporcionem uma educação sobre os valores, atitudes, modos de comporta-

mento e estilos de vida, de forma a permitir-lhes resolver conflitos pacificamente, num espírito de respeito pela dig-nidade humana, de tolerância e de não discriminação; e ainda envolverem as crianças, adolescentes e jovens em atividades elaboradas com vista a transmitir-lhes os valores e objetivos de uma cultura da paz.

Em outros artigos, os Poderes Executivos Federal e Estadual deverão incluir disciplinas, em suas universi-dades, que promovam o estudo de estratégias de resolu-ção pacífica de conflitos e que contenham as iniciativas de promoção de uma cultura de paz, e ainda promover a revisão dos programas curriculares que deverá incluir a escolha de materiais didáticos que proporcionem ao edu-cador o apoio no trato de temas como educação para a paz, direitos humanos, democracia e outros que propici-em a transmissão de valores ligados à promoção da paz.

Dr. Marcos D. de Paula (psicanalista e estudioso

na área de mediação de conflitos) Revista Em Condomínios – Saúde / Agsoto/2012

NOTA: O Projeto é da deputada distrital do PT/DF, Rejane Pitanga. Para ler todo o texto acesse: http://w w w . c a m a r a . g o v . b r / p r o p o s i c o e s W e b /fichadetramitacao?idProposicao=266039.

Dicas

PROBLEMINHAS COTIDIANOS

• Para tirar o cheiro forte da geladeira ou de vasi-lhames plásticos, é só lavá-los com bicarbonato de sódio diluído em um pouco de água. No caso dos vasilhames, deixe-os mergulhados nessa solução por algum tempo.

• Sujou a mão de graxa, tinta? Misture um pouco de sabão em pó com fubá, umedeça e esfregue nas mãos que sai.

• Não tente arrancar a cola que ficou grudada em suas mãos. Passe um algodão molhado em remo-vedor de esmaltes e a cola desaparecerá.

• Quando tiver dificuldade em retirar um parafuso, pingue algumas gotas de água oxigenada e espe-re alguns minutos.

• Para evitar mofo nas cortinas do chuveiro, colo-que as cortinas numa solução de água salgada, antes de pendurar para ser usada.

• Para pegar os pequenos cacos de vidro quebrado, utilize uma bola feita com miolo de pão. Os ca-quinhos grudam no miolo e sua mão fica prote-gida.

• Para evitar ferrugem nas ferramentas, coloque um pedaço de carvão, giz ou algumas bolas de naftalina na caixa de ferramentas para absorver a umidade.

• Para procurar objetos perdidos no tapete, cubra o cano do aspirador de pó com uma meia fina, e firme com um elástico, é ótimo para encontrar lentes de contato perdidas no tapete.

• Para renovar e limpar uma esponja, deixe-a de molho durante a noite em sal ou água com bicar-bonato de sódio.

• Para se livrar da tinta de esferográfica, esfregue um algodão embebido em álcool puro ou canfo-rado. Laquê de cabelo também é um bom remo-vedor de tinta de esferográfica.

Fonte: belashow.blogspot.com/2008/02/dicas-diversas.html

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Variedades

EU INDICO

Referência: OSHO. Vida, Amor e Riso. São Paulo: Ed. Gente, 2001. 282 p.

O livro “VIDA, AMOR E RISO” é composto de transcrições de palestras sobre os temas propostos, proferidas pelo místico indiano Osho.

Essa é não uma daquelas leituras que afaga a “alma”, “leitura gotosinha”, mas sim daquelas que mexem com as nossas crenças e causam incômodos, levando-nos a refletir, repensar nossa noção sobre o que é a vida, o amor e o riso. Outras questões como felicidade, meditação, compaixão, compreensão, filosofia, o livro nos traz para um estado de presença e de atenção plena. Saiba como:

Sobre a vida: Para o autor, a vida existe no viver, e não é uma coisa; é um processo. Se buscarmos a vida em algum dogma, alguma filosofia ou alguma teologia, esse é o caminho certo para perdê-la e o seu significado. Não está em algum lugar esperando por nós; ela está acontecendo em nós, ela é aqui-agora.

“A vida é um mistério.” E não devemos dispen-sar nosso tempo pensando sobe ela, mas simplesmente vivê-la. Para tanto, é preciso coragem, pois ela é inse-gurança e precisamos desapegar dos medos para vivê-la plenamente, sem as falsas seguranças, como por exem-plo, dinheiro, alcançando assim plena alegria

Sobre o amor. “O amor é força curativa da vida.” Explica-nos que o estado mais elevado do amor não é de modo algum um relacionamento, mas sim um estado de nosso ser. “Não faça aos outros o que não quer que seja feito com você”, ou seja, não pense no outro como o outro: só você é.

Sobre o riso. “As pessoas estão levando tudo tão a sério que isso se tornou um peso para elas. Aprenda a rir mais. Para mim, o riso é tão sagrado como a oração.”

“A vida uma é oportunidade tão valiosa! Ela não deve ser perdida na seriedade. Guarde a seriedade para a sepultura. Deixe a seriedade sofrer um colapso na sepul-tura. Esperando pelo juízo final, fique sério. Mas não se torne um cadáver antes da sepultura.” (p. 256.).

Osho nos convida a rir mais e diz que a seriedade é algo imposto pela sociedade que reconhece uma pessoa adulta pela sua seriedade.

O riso tem saúde, uma beleza, uma qualidade de graça e dança [...]. “Riso é vida e está muito próximo da vida universal, do próprio Deus que está espalhado por toda a parte”. (p. 268).

Rir e rir de nós mesmos: “Rir de si mesmo mata o ego e você se torna mais transparente, mais leve, quando se move no mundo. E se você riu de si mesmo, então o riso dos outros com relação a você não o perturbará. Na verdade, eles estão simplesmente cooperando, estão fa-zendo a mesma coisa que você está fazendo. Você se sentirá feliz.” (p. 271).

“Deixe que o riso seja um riso da barriga e não da cabeça. A pessoa pode rir a partir da cabeça – então, a coisa toda está morta. Vindo da cabeça, tudo está morto; a cabeça é absolutamente mecânica.” (p. 271). Então, antes que você comece a ler o livro, por favor, ria bem alto um riso bem largo vindo da barriga e “Não peça o impossível. Encontre a lei da existência e siga-a.” (p. 199). Boa leitura, recomendo vivamente.

Maria dos Remédios (Biblioteca)

OSHO

RAJNEESH CHANDRA MO-HAN JAIN (Índia, 11/12/1931 – 19/01/1990) foi o fundador de um movimento filosófico-religioso, primeiro na sua terra natal e mais tarde nos Estados Unidos da América. Durante a década de 1970 foi conhecido pelo nome de Bhagwan Shree Rajneesh e mais tarde como Osho.

Embora Rajneesh nunca te-nha escrito nenhum livro,

muitos foram publicados por transcrições de seus discur-sos e palestras; livros que até hoje fazem muito sucesso em diversos países, inclusive no Brasil, país que possui um pequeno mas muito ativo grupo de discípulos e sim-patizantes, espalhados em muitos dos grandes centros e em algumas comunidades mais afastadas.

Fonte: http://www.bilibio.com.br/biografia-de/323088/

Osho.html

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O SÃO FRANCISCO

ANO VII - N. 19

Variedades

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RECONSTITUINDO NOSSA HISTÓRIA

ORIS DE OLIVEIRA

“Lugar de criança não é na rua nem no trabalho, é na escola. A consciência sobre direitos humanos passa

por um processo histórico” (Oris de Oliveira)

Nascido em 9 de julho de 1925, em Franca/SP, o

professor ORIS DE OLIVEIRA é filho de Odilon Candido de Oliveira e Maria Nascimento Oliveira.

Em sua trajetória acadêmica, graduou-se em Direi-to, pela Faculdade de Direito da USP, em 1966, onde tam-bém cursou Mestrado (1976), Doutorado (1982) e Pós-doutorado (1983), todos na área de Direito do Trabalho.

Oris de Oliveira ingressou na Faculdade de Direi-to da USP em 1985, como docente da área de Direito do Trabalho, aposentando-se em 1992. Atualmente, é pro-fessor titular da Universidade de Franca/SP, tendo lecio-nado também na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e na PUC-Campinas.

Mesmo aposentado, Oris não deixou completa-mente a Faculdade de Direito ao solicitar, em 2002, “permissão de uso” para lecionar na graduação e na pós-graduação, contrato este que foi renovado em 2005.

Dentro do Direito do Trabalho, especializou-se e ficou conhecido pela pesquisa no campo do trabalho infan-til e da profissionalização de adolescentes. Sua obra “O Trabalho e Profissionalização do Jovem – O Estatuto da Criança e do Adolescente, comentários jurídicos e soci-ais” (organização) é a principal dentre muitas.

Em 2007, recebeu o prêmio “Comenda do Mérito Judiciário de Trabalho, no grau de OFICIAL, pelo Tri-bunal Superior do Trabalho”.

Conceição Vitor (Imprensa)

¿QUEM SOU EU?

Natural de São Paulo, Capital, JOEL SIMBERG VIEIRA é cristão batista praticante, casado há 20 anos e tem um filho de 17 anos.

Formado em Tecnologia da Informação, pela Fa-culdade Pentágono, hoje é estudante de Especialização em Direito e Tecnologia da Informação pelo PECE (Programa de Educação Continuada em Engenharia), POLI-USP.

Trabalha na Faculdade de Direito da USP como Analista de Sistemas desde 2002, onde atualmente e-xerce o cargo de Chefe da Seção Técnica de Informáti-ca e é membro do Conselho Editorial do Jornal “O São Francisco”.

Fora das Arcadas, trabalha como professor para concursos públicos, desde 2000, tendo elaborado provas de concursos públicos para a Fundação Getúlio Vargas, além de apostilas de Informática para várias escolas de concurso público.

Foi Diretor do INCOD – Informação e Comunica-ção ao Deficiente, onde também exerceu o cargo de pro-fessor e intérprete de Libras (Língua Brasileira de Si-nais). E trabalhou como voluntário na Biblioteca Braille do Centro Cultural Vergueiro.

Mas como a vida não é só trabalho, Joel adora viajar, ir à praia, ver filmes, ler, jogar basquete e ficar com a família.

Conceição Vitor (Imprensa)

“A autossatisfação é inimiga do estudo. Se queremos realmente aprender alguma coisa, deve-mos começar por libertar-nos disso. Em relação a nós próprios devemos ser insaciáveis na aprendizagem e em relação aos outros, insaciáveis no ensino”. (Mao Tse Tung)

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Variedades

ANIVERSARIANTES DO TRIMESTRE

Julho

Funcionário (Setor) Dia Pedro Luis Rodrigues Augusto (S. Pessoal) 03 Clovis Rufino Franco (Almoxarifado) 10 Daniel Lopes de Oliveira (Veículos) 10 Noemia da Souza Silva (Setor de Copa) 12 Jailson Bispo dos Santos (Audiovisual) 15 Lúcia dos Santos Pains (Com. Graduação) 25 Ester Toma Arakaki Miyazaki (Biblioteca) 27 José Osvaldo Neres da Silva (Segurança) 28

Agosto Funcionário (Setor) Dia Marcia Gomes dos Santos (Biblioteca) 04 Fábio Silveira Molina (CCInN) 05 Silvia Mara de Andrade Jastwebski (Bibl.) 05 Elielson Teotonio da Silva (Segurança) 07 Maria Lúcia Befa (Biblioteca) 07 Amanda Vieira Ferrari (Pós-Graduação) 10 Mercia Maria Costa da Fonseca (Bibl.) 11 Carlos Alberto Pereira Reis (Diplomas) 12 Marli Inocencia de Moraes (Pós-Grad.) 14 Afonso Matchil (Segurança) 15 Sylvia Regina Ferreira Caldeira (DPC) 15 José Raimundo Nascimento (Segurança) 28 Rosângela dos Santos (Setor de Xerox) 30 Aleksandro Ferreira Rocha (Manut) 31 Elisabete Fernandes Ferres (Bibl.) 31

Setembro

Funcionário (Setor) Dia Sergio Carlos Novaes (Biblioteca) 02 Aracari Anesio Anteguera (Segurança) 04 Eduardo Maciel (Recepção Diretoria) 05 Natanael Flausino da Silva (Manutenção) 06 Leônidas Jean Balabakis (Informática) 08 Cacilda de Oliveira Teixeira (DCO) 10 Mariene Aparecida Cicconi Santos (Bibl) 10 Aurelio Ribeiro dos Santos (Biblioteca) 14 Eliseu Marangoni (Manutenção) 16 Iraides da Silva Oliveira (Diretoria) 16 Alexandre Francisco da Rosa (Manut.) 18 Maíra Cunha de Souza Maria (Biblioteca) 19 Margareth Augusta B. da Silva (Materiais) 25

O QUE SE FAZ?

SETOR DE COPA

Na retaguarda dos grandes setores adminis-

trativos da Faculdade de Direito – como de qual-quer outra instituição -, setores sem pompa e des-taque fazem toda a diferença, mas passam desper-cebidos da maioria.

Assim é que, em sua 19ª edição, o Jornal O São Francisco homenageia o Setor de Copa da nossa Academia.

Neste Setor trabalham Azenilde Marques da Silva, Ligiane Laurentino dos Santos Oliveira, Vi-viane Pitanga, sob a chefia de Noemia de Souza Silva – a tão conhecida Nonô.

A atividade diária do Setor compreende o fornecimento de quatro cafés aos funcionários, incluindo os da empresa limpadora; cafés e água servidos na Sala dos Professores, no intervalo das aulas e na Diretoria; além de cafés, água e lanches servidos em concursos para docentes e em bancas examinadoras de pós-graduação.

Pontualmente, o mesmo serviço é prestado em eventos promovidos pela Escola e em reuniões da Diretoria e dos diversos setores da Faculdade.

Cabem ao Setor, também, o controle dos estoques de leite, água, café e açúcar para manter o serviço de copa; bem como providenciar e monito-rar pedidos de compra para os lanches servidos em concursos e bancas examinadoras.

Dalva Veramundo (DPM)

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM!

Se você quer sua biografia publicada no Jornal O SÃO FRANCISCO, envie seus dados em, no máximo, uma lauda (30 linhas) para o e-mail da Redação, juntamente com uma foto em boa resolução.

Sinta-se convidado, também, a enviar matérias ou sugestões de temas que você gostaria de ver publicados no seu jornal. O SÃO FRANCIS-CO é de todos que queiram colaborar.

E-mail: [email protected]

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FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Diretor: Professor Titular Antonio Magalhães Gomes Filho

Vice-Diretor: Professor Titular Paulo Borba Casella

Assistência Acadêmica: Eloide Araújo Carneiro

Assistência Administrativa:.Maria Cristina Giorlano de Moraes

Diretoria do Serviço de Biblioteca e Documentação: Andréia Terezinha Wojcicki

Chefia Técnica de Imprensa: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Conselho Editorial Coordenador: Professor Associado Alysson Leandro Barbate Mascaro

Editora: Maria da Conceição Vitor (DRT: 24456)

Revisores: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Neurilene Gomes da Silva

Diagramação: Maria da Conceição Vitor

Layout: Ana Rita Alves Meneses Lima

Expediente

Demais Membros: Amanda Vieira Ferrari

Dalva Veramundo Bizerra de Souza

Fábio Silveira Molina

Joel Simberg Vieira

Elival da Silva Ramos

Eunice Aparecida de Jesus Prudente

Janaína Conceição Paschoal

Umberto Celli Júnior

O SÃO FRANCISCO

ANO VII - N. 19

Agenda Cultural

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Redação: Largo São Francisco, 95 - 1º andar -Sala 110 Anexo I - CEP: 01005-010 -São Paulo/SP Tel.: 3111-4114 - E-mail: [email protected]

MOSTRAS E EXPOSIÇÕES PARA TODOS OS GOSTOS

II Mostra do Programa de Exposições 2012 no Centro Cultural São Paulo OBS: A mostra compõe-se de individuais simultâneas dos artistas Claudia Hersz, Fabio Riff e Guga Szabon, Marina Rheingantz e Marlene Stamm. Há ainda, em paralelo, Mabe Bethonico e Egidio Rocci apresentam projetos inéditos, a convite da Curadoria de Artes Visuais. Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos. Quando? Até 28 outubro: de 3ª a 6ª feira, das 10 às 20h e sáb/dom/feriado, das 10 às 18h. Onde? Rua Vergueiro 1000, no Paraíso/Tel: 3397-4002

Exposição “Cápsula do Tempo: Identidade e Ruptura no Vestir de Ney Matogrosso” no Centro Universitário SENAC/Campus Santo Amaro. O cantor sempre teve os seus shows marcados por figurinos deslumbrantes (e muitas vezes provocantes). Ele doou 30 looks e cerca de 50 peças usadas por ele ao longo de sua carreira para o acervo. A mostra é dividida em três setores: Ney Neandertal, Ney Farol e Ney Pérola. Há roupas, cocares, sapatos e outros aces-sórios usados pelo intérprete durante a fase do grupo Secos & Molhados e da carreira-solo. Quando? Até 14 dezembro (de seg a sex- 9h às 21h e de sáb - 8h às 17h) Onde? Av. Eng. Eusébio Stevaux, 823/Tel: 5682-7300

Seminário Qualidade de Vida Para Um Envelhecimento Saudável no Auditório Prestes Maia (1˚a), no Palácio Anchieta. Quando? Dias 05de novembro e 03 de dezembro - das 14 às 17h Onde? Viaduto Jacareí, n. 100, na Bela Vista.

Palestra “Maus-tratos ao Idoso” e Momento Cultural (filme) no Teatro Santa Catarina. Quando? Dias 18 outubro e 29 novembro respectivamente - das 14 às 16h Onde? Av. Paulista n. 200/Tel: 3016-2466/4269

Exposição Hollywoodiana – Gráfica Cinematográfica no Museu Afro Brasil. OBS: A mostra reúne 23 cartazes de filmes lançados entre as décadas de 1930 e 1960, como “A Dama das Camélias”, com Greta Garbo e Robert Taylor. Quando? De 08/08 a 25/11/2012 Horário? Terça a domingo, das 10h às 18h Onde? Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n./Tel: 3320-8900

Projeto Quadrinhando: com o especial Crianças Reflexivas e Questionadoras no Sesc Vila Mariana. Serão dispo-nibilizadas, para consulta no local, HQs da Mafalda, Charlie Brown etc. Quando? De 17 de julho a 14 de outubro. Horário? 3ª a 6ª feira, das 7h às 21h30 e sábados, domingos e feriados, das 9h às 18h30. Onde? Rua Pelotas, 141/Tel: 5080-3000

Neurilene Gomes (Imprensa)