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O que é o Pecado? William R. Downing

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Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Traduzido do original em Inglês

A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)

An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary

By W. R. Downing • Copyright © 2008

O presente volume consiste somente em um excerto da obra supracitada

Publicado por P.I.R.S. PUBLICATIONS

Um Ministério da Sovereign Grace Baptist Church (www.sgbcsv.org)

Publicações Impressas nos Estados Unidos da América

ISBN 978-1-60725-963-3

Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida

em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.

Tradução por Hiriate Luiz Fontouro

Revisão por Paul Cahoon, Benjamin Gardner, Albano Dalla Pria e Erci Nascimento

Edição Inicial por Calvin G. Gardner

Revisão Final por William Teixeira e Camila Rebeca Almeida

Edição Final e Capa por William Teixeira

Imagem da Capa: São Paulo perante o Areópago, por Rafael (Domínio Público)

1ª Edição: Fevereiro de 2016

As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF

Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Publicado em Português como fruto de uma parceria entre os websites oEstandarteDeCristo.com e

PalavraPrudente.com.br, com a graciosa permissão do amado autor W. R. Downing (Copyright ©

2008) e do amado, saudoso e agora glorificado, Calvin G. Gardner.

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O que é o Pecado? Por William R. Downing

[Excerto de Um Catecismo de Doutrina Bíblica, por William R. Downing • Parte V]

Pergunta 36: De acordo com as Escrituras, o que é pecado?

Resposta: O pecado é qualquer transgressão ou falta de conformidade com a lei moral de

Deus em disposição, pensamento, ato ou estado de ser.

1 João 3:4: “Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é

iniquidade”.

Veja também: Gênesis 39:9; Êxodo 20:1-17; Levítico 4:13; 1 Reis 15:30; Salmos 19:7-14;

39:1; 51:4; 109:7; Provérbios 14:9; 21:4; Isaías 53:10-12; Romanos 3:19-20, 23; 6:1-14, 17-

18, 23; 7:7-9; 1 Coríntios 6:18; 2 Coríntios 5:21; Efésios 4:26; Tiago 1:15; 2:9; 1 João 1:8-

10; 2:1; 3:3-10.

Comentário

O pecado não se originou com a Queda (apostasia) do homem. O pecado se originou dentro

do mundo espiritual ou angelical. Lúcifer (Satanás, o Diabo) apostatou de Deus por orgulho

e vontade própria, e levou consigo uma série de seres angelicais (Isaías 14:12-15; Lucas

10:18). Ele estava na forma da serpente que tentou Adão e Eva e através desta provocou

a Queda e apostasia da humanidade (Gênesis 3:1-19).

A entrada do pecado na raça humana veio através da desobediência voluntária de Adão ao

mandamento explícito de Deus (Gênesis 2:16-17; 3:1-7; Romanos 5:12). A raça humana

apostatou de Deus em Adão como sua cabeça federal ou representante (a imputação da

transgressão de Adão ou pecado original). Toda a humanidade caída ficou, assim, sob o

poder reinante do pecado (Romanos 6:1-23) e sob a sentença de morte (Romanos 5:12).

O pecado é uma violação ou qualquer coisa contrária à lei moral de Deus. A lei moral é a

expressão eterna da autoconsistência moral de Deus, a transcrição de Seu justo caráter.

Como este universo criado no contexto do caráter moral de Deus, tudo o que existe em vio-

lação ou contrariedade a isto é pecado. O pecado assim pressupõe Deus em Sua absoluta

perfeição moral. O epítome, ou seja, o resumo da lei moral de Deus em sua forma positiva

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está contido em Deuteronômio 6:4-5 e sua versão do Novo Testamento, em Mateus 22:36-

40. O epítome desta lei, em sua forma amplamente negativa, é encontrado nos Dez Manda-

mentos (Êxodo 20:1-17).

O pecado pode existir como uma imputação, uma concepção, uma inclinação, uma

disposição, um pensamento, um ato ou um estado do ser. Como o pecado pressupõe Deus

e Sua autoconsistência moral, então todo e qualquer pecado é contra Deus (Salmos 51:4):

O pecado é rebelião contra a lei de Deus (1 João 3:4); é um desafio à autoridade de Deus;

é a recusa obstinada de submeter-se à Sua vontade revelada (Gênesis 3:9-13; 4:3-14;

Romanos 9:14-21); é uma ignorância deliberada da imanência de Deus (Jeremias 23:23-

24); é um desafio à vontade revelada de Deus (Mateus 6:10); é uma negação da justiça de

Deus que considera levemente o precioso sangue de Cristo, que nos redimiu, e despreza

os sofrimentos infinitos de nosso amoroso Salvador (Hebreus 10:26-31; 1 Pedro 18-20); é

uma recusa da justiça de Deus (Romanos 3:21-26; Tito 3:5); é um abuso da bondade de

Deus (Romanos 2:4). O pecado é um repúdio da graça de Deus (Efésios 2:5, 8-10); é uma

rejeição da misericórdia de Deus (Salmos 103:8-18; Salmos 136; Efésios 2:4); é uma traição

do amor de Deus (João 3:16; Tiago 4:4; 1 Pedro 1:18-20; 1 João 4:9-10); é presunção sobre

a providência de Deus (Salmos 19:13); é uma difamação da santidade de Deus (Levítico

10:1-3; Romanos 6:15-22; 1 Pedro 1:15-16); é um poluente da pureza moral de Deus

(Êxodo 20:14; Habacuque 1:13; Hebreus 7:25; 1 João 2:1); é um desprezo da sabedoria de

Deus (Romanos 11:33-36); é engano e hipocrisia diante de Deus (Gênesis 4:5-10; Atos 5:3-

4; Romanos 6:16-18); é uma perversão da ordem de Deus quanto ao tempo (Êxodo 20:8-

11; 2 Coríntios 6:2; Efésios 5:14-15); é um desrespeito à autoridade ordenada por Deus

(Êxodo 20:12; Efésios 6:1-4); é uma presunção sobre a justiça e o caráter de Deus (Salmos

19:13; Romanos 6:1-6; Efésios 5:3-4; Apocalipse 20:11-15); é um insulto à inteligência de

Deus (Hebreus 12:3-15); é uma provocação da ira de Deus (Hebreus 10:31; 12:3-15).

O pecado possui cinco realidades: culpa, penalidade, contaminação, poder e presença. A

doutrina bíblica da salvação lida com cada aspecto: a justificação trata da culpa e da

penalidade do pecado, a santificação da contaminação e poder do pecado, e a glorificação

da própria presença do pecado. Qualquer doutrina da salvação que não corrigir comple-

tamente estas realidades não é bíblica.

O pecado não é natural para a ordem das coisas, ele é antinatural. É uma intrusão em um

universo de outro modo criado e estabelecido por Deus para ser “muito bom” (Gênesis

1:31). O pecado corrompeu o universo e permeou o mundo. Ele trouxe desunião e desarmo-

nia espiritual, religiosa, mental, moral, ética, social e física. Em um mundo amaldiçoado pelo

pecado nada é como deveria ser. Em um mundo afetado tão grandemente pelo pecado, é

normal que as coisas deem errado e que, às vezes, tudo dê errado.

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A consequência final do pecado é a morte — morte espiritual, física e eterna (ou seja, a

separação eterna de Deus sob julgamento). Veja a Pergunta 165. Quando Adão pecou por

sua desobediência e apostasia de Deus, ele morreu espiritualmente — a imagem de Deus

dentro dele foi desfigurada. Ele mais tarde morreu fisicamente. Veja a Pergunta 167. Haverá

uma ressurreição para o julgamento de todos os que fisicamente morrem apartados da fé

salvífica em Jesus Cristo, ou seja, os que estão espiritualmente “mortos”. Este julgamento

será eterno. Veja a Pergunta 171.

A salvação é do pecado, não só do juízo eterno. Existe uma libertação presente e

necessária do poder reinante do pecado bem como uma libertação futura da pena final do

pecado (Romanos 6:11-14, 17-18; 8:29; 2 Coríntios 3:17-18). Sustentar o contrário é negar

o caráter essencial de Deus (1 Pedro 1:15-16) e as realidades bíblicas necessárias de

regeneração, conversão, justificação, adoção e santificação. As consequências imediatas

do pecado, no entanto, devem ser frequentemente suportadas. Não devemos interpretar

mal isto. Deus pode não, e geralmente não liberta das consequências imediatas de pecado.

A conversão pode não restaurar um casamento fracassado. A saúde do bêbado pode não

ser restaurada. Os frutos da imoralidade podem ter que ser suportados nesta vida. Os

crimes cometidos antes da conversão não são anulados ou perdoados automaticamente

pelo sistema judicial. Tais questões devem ser suportadas e santificadas na experiência do

crente; a libertação final do pecado é a nossa esperança gloriosa, mesmo que não haja

libertação de suas consequências imediatas.

O pecado tem a tal ponto corrompido e permeado, que a sua completa erradicação deve

ser a destruição do velho e a recriação do novo, ou seja, “novos céus e uma nova terra

onde habita a justiça” (Isaías 65:17; 66:22; 2 Pedro 3:7-13).

O poder reinante do pecado foi quebrado em sua vida?

Pergunta 37: Qual foi o pecado de Adão?

Resposta: O pecado de Adão foi uma rebelião intencional contra o conhecido mandamento

de Deus.

Gênesis 2:16-17: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do

jardim comerás livremente, 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não

comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.

Gênesis 3:1-7: “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o

SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis

de toda a árvore do jardim? 2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim

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comeremos, 3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis

dele, nem nele tocareis para que não morrais. 4 Então a serpente disse à mulher: Certa-

mente não morrereis. 5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os

vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. 6 E viu a mulher que aquela

árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar enten-

dimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. 7 Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram

folhas de figueira, e fizeram para si aventais”.

Veja também: Romanos 5:12-14; 1 Timóteo 2:12-14.

Comentário

A tentação concentrou-se sobre a veracidade da Palavra de Deus — no próprio ponto de

fé na verdade de Deus. Satanás retratou Deus como sendo muito restritivo e irracional, e

como negando algo bom para Adão e Eva, ou seja, acusou-O de ser mentiroso. Eva tornou-

se a primeira “porta-voz” de si mesma e de seu marido. Ele falhou em agir sobre e sustentar

sua liderança. Ambos, como criaturas de fé, falharam no ponto da fé deles que devia

coincidir com e descansar na Palavra de Deus.

A oferta de Satanás em seu engano e sedução era uma suposta autonomia ou independên-

cia de Deus. O homem podia ser o seu próprio “deus” e determinar por si mesmo o que era

certo ou errado. Ele já não teria de “pensar os pensamentos de Deus e segui-los”, ou definir

ele próprio ou qualquer outra coisa nos termos da Palavra de Deus. Ele seria como o próprio

Deus — os mesmos pecados que causaram a queda de Lúcifer: orgulho e egocentrismo.

Nesta tentação, tudo que o Diabo fez foi agir sobre as tendências naturais — e ainda não-

pecaminosas — que ele percebeu na natureza humana de Adão e Eva. Eles eram justos,

mas evidentemente muito vulneráveis. A tentativa empírica de Adão e Eva em ganhar e

possuir conhecimentos à parte de Deus resultou em um conhecimento e experiência

pecaminosos. Isso é tudo que o homem pode esperar quando pensa ou age à parte da ou

contrário à Palavra revelada de Deus.

Eva foi seduzida pela astúcia da serpente, mas Adão, falhando em agir de forma respon-

sável como o cabeça da relação, agiu deliberadamente e como chefe responsável abaixo

de Deus, e foi considerado primariamente como responsável por Deus (Gênesis 3:1-19; 1

Timóteo 2:12-14). A raça humana caiu em Adão, seu cabeça constituído ou federal, não

Eva. Veja a Pergunta 34.

Qual é a nossa atitude diante do pecado? Nós entendemos que a tentação vem a nós da

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mesma forma que veio aos nossos primeiros pais — no mesmo ponto que nossa fé deve

ser fundamentada na Palavra de Deus?

Pergunta 38: Quais foram os resultados do pecado de Adão?

Resposta: Adão morreu espiritualmente. Seu ato de pecado foi imputado a toda a sua

posteridade. Todo o ser humano também herdou sua natureza pecaminosa, a qual se

expressa constantemente sob o poder reinante do pecado.

Romanos 3:23: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.

Veja também: Gênesis 5:3; Romanos 5:12, 18-19; 1 Coríntios 15:21-22.

Comentário

Adão teve morte espiritual imediatamente após seu ato de desobediência, ou seja, sua

relação com Deus, sua personalidade e sua natureza sofreram uma mudança substancial

de relacionamento. Sua personalidade estava originalmente sob o controle de uma inteli-

gência justa, mas ficou sob a influência da natureza física e de seus apetites. Esta mudança

pecaminosa na personalidade só pode começar a ser posta de lado pela graça salvífica

(João 3:3, 5; Romanos 6:6; Efésios 4:22-24; Colossenses 3:1-3; 9-10). Veja a Pergunta

164.

Adão ficou como o Homem Representante, e, portanto, quando ele pecou em apostatar de

Deus, toda a raça humana caiu nele como seu cabeça federal. Isso é chamado de “pecado

original”, ou imputação imediata. Mesmo se uma pessoa pudesse começar de qualquer

ponto de sua vida e viver perfeitamente sem pecado — mesmo que isso fosse possível —

ele ou ela ainda estariam totalmente condenados por causa do pecado original (a imputação

da transgressão de Adão). A condenação e culpa do pecado são, portanto, inevitáveis. Veja

a Pergunta 66.

Quando Adão e Eva, como pecadores, tiveram filhos, eles também foram pecadores (Gêne-

sis 5:3). A desfiguração da imagem Divina no homem foi passada à toda a posteridade de

Adão tanto pela imputação quanto pela herança. Assim, todos os seres humanos não têm

apenas o pecado original, mas também uma natureza pecaminosa e, por isso, são

propensos ao pecado pessoal. A herança da natureza pecaminosa de Adão e à propensão

à transgressão é chamada de “imputação mediata” (Romanos 3:9-18). Tanto a imputação

imediata quanto à mediata do pecado são realidades terríveis.

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Todo ser humano subsequente, de modo consequente, evidencia o seu estado pecaminoso

através dos pecados pessoais na disposição, inclinação, motivação, pensamento, palavra

e ação, estando sob seu poder reinante porque todos os seres humanos são pecadores,

todos necessitam de salvação tanto do poder reinante do pecado quanto de suas conse-

quências imediatas e finais.

Não é digno apenas de nota, mas absolutamente vital compreender que, mesmo com a

maldição, veio a promessa de um redentor (Gênesis 3:15) — o proto-evangelium, ou primei-

ra promessa do Evangelho). Esta revelação Divina para a serpente como um desafio e para

o homem como uma promessa demonstra constantemente que Deus é um Deus de propó-

sito, que Se deleita na misericórdia e Se gloria na graça (Isaías 45:22; João 3:16-18)!

Pergunta 39: Qualquer ser humano por seu próprio esforço ou mérito pode ganhar

aceitação diante de Deus?

Resposta: Não. Por qualquer tentativa de justificação pelas boas obras ou esforço próprio

o homem apenas se coloca contra a graça de Deus, apegando-se à sua justiça própria que

é inevitavelmente pecaminosa.

Isaías 64:6: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo

da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um

vento nos arrebatam”.

Tito 3:5: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericór-

dia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”.

Veja também: Lucas 18:9-14; Romanos 1:16-17; 3:9-18; 5:1; 10:1-4; Efésios 1:6-7; 2:8-10;

Tito 3:5.

Comentário

A grande questão a respeito de nossa relação com Deus como seres humanos pecadores

é: “Como se justificaria o homem para com Deus?” (Jó 9:2). Ser “justificado” significa ser

“justo”, isto é, declarado justo diante de Deus. Deus enviou Seu Filho eterno, o Senhor

Jesus Cristo, para viver e morrer pelos pecadores para responder às Suas reivindicações

de justiça (as justas exigências de Sua santa lei) contra eles. Pela obediência ativa de Cristo

(Sua vida perfeita vivida sob a Lei), Ele cumpriu Suas exigências. Por Sua obediência

passiva (sofrimento e morte), Ele pagou a pena exigida por aquela lei quebrada. Assim, por

Sua vida e morte Ele satisfez todas as exigências da lei Divina. Tanto a vida impecável do

Senhor Jesus quanto Seu sofrimento sacrificial e morte eram necessários, e ambos são

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imputados aos crentes. A mensagem do Evangelho é uma mensagem de justificação,

perdão dos pecados e reconciliação através da imputação da justiça de Cristo (Romanos

1:16-17; 1 Coríntios 15:1-4). Apenas pela fé, o Cristão está diante de Deus justificado por

meio da justiça imputada de Jesus Cristo.

O que é justiça própria? É tudo o que podemos fazer em nossa própria força e por nossos

próprios esforços para fazer de nós mesmos supostamente aceitáveis a Deus (nossas

ações mais fervorosas, santas e religiosas). É uma justiça que tenta deixar de lado ou igno-

rar a pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo como Mediador, Redentor e Fiador. Porque nós

somos pecadores por imputação (pecado original), por disposição (a natureza pecaminosa),

por dominação (poder reinante do pecado) e por comissão (pecado pessoal), não podemos

fazer absolutamente nada para adquirirmos merecer (ganhar) a aceitação de Deus ou

atingir o padrão de Suas justas absolutas exigências. Qualquer afastamento da graça em

princípio ou desempenho é justiça própria (Romanos 11:5-6). A justiça própria (justiça pelas

obras, o esforço próprio, autodeterminação ou habilidade humana) pode ser muito sutil. Por

exemplo, se a fé e o arrependimento são considerados de alguma forma como aquilo que

nos dá merecimento de aceitação diante de Deus, eles, também, são apenas a manifesta-

ção de uma mentalidade de obras, um estado enganoso de justiça própria e sem graça.

A graça salvífica é a obra redentora de Deus na salvação dos pecadores através da Pessoa

e obra do Senhor Jesus Cristo. Dizer que “a salvação é pela graça”, é dizer que a graça

salvífica de Deus é livre e soberana, isto é, não há nada que os homens possam fazer para

merecê-la (ganhá-la); é livre graça — ou não seria mais graça, mas sim, obras, capacidade

humana, mera autodeterminação. É da mesma maneira que a graça é soberana, ou seja,

Deus soberanamente concede esta graça a quem Ele quiser. Se houvesse alguma dose de

habilidade humana — obras, mera autodeterminação — seja qual for, então a salvação não

seria pela graça somente (Romanos 11:5-6; Efésios 1:3-14; 2:1-10).

Você conhece a graça como uma realidade em sua vida?

ORE para que o ESPÍRITO SANTO use este Catecismo para trazer muitos

ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para a glória de DEUS PAI!

Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide!

Solus Christus! Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

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Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

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Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

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Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

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Plenitude do Mediador, A — John Gill

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Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

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Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

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Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

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Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

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Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.