o mapeamento e a anÁlise da percepÇÃo e impactos do acesso aberto À literatura cientÍfica entre...

1
1 1 1 1 3 3 3 3 1 5 5 3 7 9 Acesso gratuito na internet Permissão para qualquer usuário ler, copiar, distribuir ou usar o conteúdo As únicas restrições ao acesso devem ser aquelas provenientes de obter o acesso à internet Os autores mantêm controle sobre a integridade de seu trabalho Os autores devem ser propriamente reconhecidos e citados 3. Acesso aberto significa: (Abs.) Discordo totalmente Discordo parcialmente Não discordo nem concordo Concordo parcialmente Concordo totalmente O MAPEAMENTO E A ANÁLISE DA PERCEPÇÃO E IMPACTOS DO ACESSO ABERTO À LITERATURA CIENTÍFICA ENTRE USUÁRIOS FINAIS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA Nelson Sebastian SILVA JEREZ¹; Ariadne Chloë FURNIVAL² ¹ Bolsista Iniciação Científica FAPESP; ² Orientadora Curso de Graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação, Departamento de Ciência da Informação, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar INTRODUÇÃO Este trabalho se propõe pesquisar como o acesso aberto (Open Access) à literatura científica revisada por pares é percebido e compreendido pelo público em geral, dito leigo, e como ele usa, acessa e entende a informação encontrada dessa forma. Procura-se também identificar de qual maneira essa literatura atende às necessidades informacionais desses usuários. A temática principal é o movimento do Open Access, entendido como acesso digital às publicações de comunicação científica, livre de outras restrições quaisquer que não aquelas provenientes da própria conexão à Internet. No escopo desta pesquisa, não utilizamos o termo como nos referindo simplesmente a alguém mas sim a aqueles que não possuem domínio técnico ou saber formal na determinada área em questão, dado que o leigo em um assunto pode muito bem ser um expert em outro campo. REFERÊNCIAS ATLAN, H. et al. Seremos mais inteligentes no ano 2000 do que na época de Sócrates? In: PESSIS-PASTERNAK, G. A ciência: deus ou diabo? 1ª. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2001. p. 226. BERLIN Declaration on Open Access to Knowledge in the Sciences and Humanities, 22 Outubro 2003. Disponível em: <http://www.zim.mpg.de/openaccess-berlin/berlin_declaration.pdf>. Acesso em: 5 Outubro 2012. BERTRAM, D. Likert Scales. are the meaning of life:, [2007?]. Disponível em: <http://pages.cpsc.ucalgary.ca/~saul/wiki/uploads/CPSC681/topic-dane-likert.pdf>. Acesso em: 5 Outubro 2012. BETHESDA Statement on Open Access Publishing, 20 Junho 2003. Disponível em: <http://www.earlham.edu/~peters/fos/bethesda.htm#note2>. Acesso em: 06 out. 2012. BOYCE, P. B.; DALTERIO, H. Electronic Publishing of Scientific Journals. Physics Today, v. 49, n. 1, Janeiro 1996. p. 42-47. BUDAPEST OPEN ACCESS INITIATIVE. BOAI declaration, Budapest, 14 Fevereiro 2002. Disponível em: <http://www.soros.org/openaccess/read>. Acesso em: 01 out. 2012. CASE, D. O. lnformation Behavior. Annual Review of Information Science and Technology, 2003. p. 293-327. DODDS, R. E.; TSEËLON, E.; WEITKAMP, E. L. C. Making Sense of scientific claims in advertising. A study of scientifically aware consumers. Public Understanding of Science, v. 17, n. 2, p. 211- 230, Abril 2008. FISHER, K. E.; JULIEN, H. Information Behavior. Annual Review of Information Science and Technology, v. 43, n. 1, 2009. p. 1-73. FURNIVAL, A. C. M. O acesso aberto à literatura científica e as necessidades e usos informacionais do público leigo. In: KERBAUY, M. T. M.; ANDRADE, T. H. N. D.; HAYASHI, C. R. M. Ciência, Tecnologia e Sociedade no Brasil. São Carlos: Alínea, 2012. p. 97-123. HARNAD, S. et al. The green and the gold roads to Open Access. Nature Web Focus, 2004. Disponível em:< http://www.nature.com/nature/focus/accessdebate/21.html >. Acesso em 06 Out. 2012. KITZINGER, J.; BARBOUR, R. S. Introduction: the challenge and promise of focus groups. In: BARBOUR, R. S.; KITZINGER, J. Developing focus group research. Londres: Sage, [1999]. Cap. 1, p. 225. LÉVY, P. A inteligência coletiva, por uma antropologia do ciberespaço. In: PESSIS-PASTERNAK, G. A ciência: deus ou diabo? São Paulo: Editora Unesp, 2001. p. 226. LIKERT, R. A technique for the measurement of attitudes. Archives of Psychology, v. 140, 1932. p. 1-55. LOPES, B. P. et al. A percepção sobre o interesse e os meios de informação na temática C&T, 2012. No prelo. LYMAN, P. Digital Documents and the Future of the Academic Community. Association of Research Libraries, [1997?]. Disponível em: <http://www.arl.org/resources/pubs/scat/lyman~print.shtml>. Acesso em: 5 Outubro 2012. MARCONI, M. D. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 6ª. ed. São Paulo: Atlas, 2007. MATTEL, M. S.; JACOBY, J. Is there an optimal number of alternatives for Likert-Scale items? Effects of testing time and scale properties. Journal of Applied Psychology, v. 56, n. 6, 1972. p. 506- 509. MEADOWS, A. J. A comunicação científica. Brasília: Briquet de Lemos, 1999. MEDICAL LIBRARY ASSOCIATION. The Medical Library Association Task Force on Health Information Literacy, 2003. Disponível em: <http://www.mlanet.org/resources/healthlit/define.html>. Acesso em: Maio 2013. MILLER, J. D. Public Understanding of, and Attitudes toward, Scientific Research: What We Know and What We Need to Know. Public understanding of science, v. 13, n. 3, Julho 2004. p. 273-294. MUELLER, S. P. M. A comunicação científica e o movimento de acesso livre ao conhecimento. Ciência da Informação, Brasília, v. 35, n. 2, Maio/Agosto 2006. p. 27-38. NIEMELÄ, R. et al. A Screening Tool for Assessing Everyday Health Information. Libri, v. 62, n. 2, Junho 2012. p. 125 134. PALMER, K. L.; DILL, E.; CHRISTI, C. Where a Will a Way?: Survey of Academic Librarian. College & Research Libraries, v. 70, n. 4, Julho 2009. p. 315-335. PANITCH, J. M.; MICHALAK, S. THE SERIALS CRISIS: A White Paper for the UNC-Chapel Hill Scholarly Communications Convocation, Janeiro 2005. Disponível em: <http://www.unc.edu/scholcomdig/whitepapers/panitch-michalak.html>. Acesso em: 05 Outubro 2012. PESSIS-PASTERNAK, G. A ciência: deus ou diabo? São Paulo: UNESP, 1995. RUSSEL, B. O conhecimento humano: sua finalidade e limites. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1958. SAVOLAINEN, R. Everyday life information seeking: Approaching information seeking in the context of way of life . Library & Information Science Research, v. 17, n. 3, 1995. p. 259-294. VOGT, C. et al. Percepção Pública da Ciência: uma Revisão Metodológica e Resultados. In: PAULO, F. D. A. À. P. D. E. D. S. INDICADORES DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SÃO PAULO 2004. São Paulo: Fapesp, 2005. Cap. 12, p. 1-28. WILSON, T. D. Human Information Behavior. Informing Science, v. 3, n. 2, 2000. CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebemos que, apesar do uso cada vez mais disseminado da Internet como fonte de informação cotidiana pelo público em geral, e da vontade latente de utilizar informação mais confiável, representada no estudo pela informação de origem científica, esta ainda encontra barreiras que poderiam ser minimizadas pelo acesso aberto à literatura científica, resultando em potencial melhoria do poder de tomada de decisão do público em geral. METODOLOGIA Para tanto, foi utilizada como ferramenta a análise quantitativa de dados obtidos por meio da aplicação de questionário estruturado. Foram realizadas entrevistas com 73 pessoas escolhidas aleatoriamente e com participação voluntária. Dessas, 55 foram realizadas online e 18 presencialmente. O questionário, consistindo de 26 perguntas fechadas, das quais duas eram de múltipla escolha, algumas obrigatórias e, outras, respondidas condicionalmente à resposta em outras questões anteriores, foi dividido para fins de construção e análise em quatro partes, além de um perfil demográfico simples. A primeira parte avaliou o letramento informacional referente à saúde (EHIL Everyday Health Information Literacy), utilizando-se para tal uma adaptação da ferramenta de monitoração desenvolvida por Niemelä et al. (2012), baseada em perguntas com respostas na escala Likert de concordância. A segunda parte buscava identificar como os usuários acessam a informação de saúde que atende às suas necessidades, e o quanto confiam nos diferentes meios nos quais as encontram. A terceira parte visou medir a percepção dos entrevistados quanto ao seu próprio conhecimento sobre literatura científica e sobre o conceito de acesso aberto à mesma. A quarta parte teve como objetivo avaliar como os sujeitos usam a informação encontrada em seu processo de tomada de decisão. JUSTIFICATIVAS Acreditamos que a relevância deste estudo é reforçada pela escassez de pesquisas no Brasil sobre os temas relacionados, identificada ainda durante a fase de elaboração do projeto de pesquisa. Conforme mencionado anteriormente no projeto de pesquisa, embora a literatura mostre a importância do acesso aberto para a sociedade como um todo, ainda são poucos os estudos que relacionem a temática do acesso aberto com as de comportamento de busca de informação pelo público dito leigo. 0 1 0 4 3 7 10 12 9 10 8 5 2 1 1 0 0 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 1. Pontuações em Letramento Informacional em Saúde (Abs.) 1,4% 2,7% 6,8% 9,6% 91,8% 87,7% 0% 50% 100% [1. É importante estar informado sobre assuntos de saúde.] [6. Eu acho interessante ter acesso a informação de saúde proveniente de fontes médicas ou científicas.] 1. Percepções sobre a importância da informação sobre saúde (%) Discordo totalmente (L1) Discordo parcialmente (L2) Não discordo nem concordo (L3) Concordo parcialmente (L4) Concordo totalmente (L5) 9,6% 5,5% 9,6% 11,0% 39,7% 17,8% 12,3% 9,6% 17,8% 12,3% 12,3% 57,5% 26,0% 46,6% 38,4% 21,9% 6,8% 17,8% 27,4% 0% 50% 100% [2. Eu sei onde procurar informação sobre saúde.] [3. É fácil estimar ou julgar a confiabilidade da informação de saúde encontrada.] [4. A linguagem de informação de saúde costuma ser difícil de entender.] [5. É difícil saber em quem acreditar em assuntos de saúde.] 1. Percepções sobre Everyday Health Information Literacy (%) Discordo totalmente (L1) Discordo parcialmente (L2) Não discordo nem concordo (L3) Concordo parcialmente (L4) Concordo totalmente (L5) 50,0% 58,6% 75,0% 56,2% 27,8% 31,0% 62,5% 32,9% 22,2% 24,1% 75,0% 28,8% 22,2% 17,2% 37,5% 21,9% 97,2% 79,3% 37,5% 83,6% 25,0% 27,6% 50,0% 28,8% 50,0% 41,4% 62,5% 47,9% 25,0% 13,8% 12,5% 19,2% 75,0% 65,5% 100,0% 74,0% 44,4% 31,0% 75,0% 42,5% Estudantes Profissionais Aposentados Total 2. Onde busca informação, por ocupação (%) 10- conhecidos com competência em assuntos de saúde 9-medico/profissional de saúde 8- médico de familia 7- rótulos/bulas 6 orgãos de saúde municipais 4-panfletos/material de divulgação em unidades de saúde 3-programas de tv 2-farmacia 1-Amigos, família, conhecidos, vizinhos, colegas de trabalho 5 - INTERNET 30,1% 19,2% 24,7% 11,0% 47,9% 37,0% 39,7% 15,1% 38,4% 26,0% 2. Que tipo de site você acessa buscando essa informação? (%) 1-Blogs 2-Fóruns 3-Wikis 4-Redes sociais 5-Portais 6-Governamentais 7-institucionais 8-Canais de vídeo 9-Nóticias 10- repositórios de artigos 0 5 10 15 20 25 totalmente não confiavel nem confiável nem não confiavel Totalmente confiável 2. Confiabilidade percebida da informação recuperada 1-Blogs 2-Fóruns 3-Wikis 4-Redes sociais 5-Portais 6-Governamentais 7-institucionais 8-Canais de vídeo 9-Nóticias 10- repositórios de artigos Não 26,0% N/A 16,4% Sim 38,1% Não 35,6% Sim 57,5% Conhece o SciELO? (%) Já usou o SciELO pra obter informação de Saúde? (%) 3. Sim 12,3% Não 13,7% N/A 74,0% 3. Percepção sobre definição do conceito de OA (%) 63,3% 66,7% 61,7% 75,0% 36,7% 33,3% 38,3% 25,0% [...] perguntou ao seu profissional de saúde sobre um possível tratamento? [...] recusou ou recusaria um remédio? [...] recusou ou recusaria um procedimento de saúde? [...] mudou ou mudaria de médico? Por conta de informação encontrada na internet, você já [...] 4. Uso da Informação encontrada na Internet (%) sim não

Upload: conferencia-luso-brasileira-sobre-acesso-livre

Post on 18-Nov-2014

450 views

Category:

Education


0 download

DESCRIPTION

Pôster apresentado à CONFOA 2013 (06 a 09 de outubro de 2013 - São Paulo, SP, Brasil) - Nelson Sebastian Silva Jerez, Ariadne Chloe Mary Furnival

TRANSCRIPT

1 1

1

1

3

3

3

3

1

5 5

3

7

9

Acesso gratuito nainternet

Permissão paraqualquer usuário ler,copiar, distribuir ou

usar o conteúdo

As únicas restriçõesao acesso devem ser

aquelasprovenientes deobter o acesso à

internet

Os autores mantêmcontrole sobre a

integridade de seutrabalho

Os autores devemser propriamente

reconhecidos ecitados

3. Acesso aberto significa: (Abs.)

Discordo totalmente Discordo parcialmente Não discordo nem concordo Concordo parcialmente Concordo totalmente

O MAPEAMENTO E A ANÁLISE DA PERCEPÇÃO E IMPACTOS DO ACESSO ABERTO À LITERATURA CIENTÍFICA

ENTRE USUÁRIOS FINAIS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA Nelson Sebastian SILVA JEREZ¹; Ariadne Chloë FURNIVAL²

¹ Bolsista Iniciação Científica FAPESP; ² Orientadora Curso de Graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação,

Departamento de Ciência da Informação, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

INTRODUÇÃO

Este trabalho se propõe pesquisar como o acesso aberto (Open Access) à literatura científica revisada por pares é percebido e compreendido pelo público em geral, dito leigo, e como ele usa, acessa e entende a informação encontrada dessa forma. Procura-se também identificar de qual maneira essa literatura atende às necessidades informacionais desses usuários. A temática principal é o movimento do Open Access, entendido como acesso digital às publicações de comunicação científica, livre de outras restrições quaisquer que não aquelas provenientes da própria conexão à Internet. No escopo desta pesquisa, não utilizamos o termo como nos referindo simplesmente a alguém mas sim a aqueles que não possuem domínio técnico ou saber formal na determinada área em questão, dado que o leigo em um assunto pode muito bem ser um expert em outro campo.

REFERÊNCIAS ATLAN, H. et al. Seremos mais inteligentes no ano 2000 do que na época de Sócrates? In: PESSIS-PASTERNAK, G. A ciência: deus ou diabo? 1ª. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2001. p. 226. BERLIN Declaration on Open Access to Knowledge in the Sciences and Humanities, 22 Outubro 2003. Disponível em: <http://www.zim.mpg.de/openaccess-berlin/berlin_declaration.pdf>. Acesso em: 5 Outubro 2012. BERTRAM, D. Likert Scales. are the meaning of life:, [2007?]. Disponível em: <http://pages.cpsc.ucalgary.ca/~saul/wiki/uploads/CPSC681/topic-dane-likert.pdf>. Acesso em: 5 Outubro 2012. BETHESDA Statement on Open Access Publishing, 20 Junho 2003. Disponível em: <http://www.earlham.edu/~peters/fos/bethesda.htm#note2>. Acesso em: 06 out. 2012. BOYCE, P. B.; DALTERIO, H. Electronic Publishing of Scientific Journals. Physics Today, v. 49, n. 1, Janeiro 1996. p. 42-47. BUDAPEST OPEN ACCESS INITIATIVE. BOAI declaration, Budapest, 14 Fevereiro 2002. Disponível em: <http://www.soros.org/openaccess/read>. Acesso em: 01 out. 2012. CASE, D. O. lnformation Behavior. Annual Review of Information Science and Technology, 2003. p. 293-327. DODDS, R. E.; TSEËLON, E.; WEITKAMP, E. L. C. Making Sense of scientific claims in advertising. A study of scientifically aware consumers. Public Understanding of Science, v. 17, n. 2, p. 211-230, Abril 2008. FISHER, K. E.; JULIEN, H. Information Behavior. Annual Review of Information Science and Technology, v. 43, n. 1, 2009. p. 1-73. FURNIVAL, A. C. M. O acesso aberto à literatura científica e as necessidades e usos informacionais do público leigo. In: KERBAUY, M. T. M.; ANDRADE, T. H. N. D.; HAYASHI, C. R. M. Ciência, Tecnologia e Sociedade no Brasil. São Carlos: Alínea, 2012. p. 97-123. HARNAD, S. et al. The green and the gold roads to Open Access. Nature Web Focus, 2004. Disponível em:< http://www.nature.com/nature/focus/accessdebate/21.html >. Acesso em 06 Out. 2012. KITZINGER, J.; BARBOUR, R. S. Introduction: the challenge and promise of focus groups. In: BARBOUR, R. S.; KITZINGER, J. Developing focus group research. Londres: Sage, [1999]. Cap. 1, p. 225. LÉVY, P. A inteligência coletiva, por uma antropologia do ciberespaço. In: PESSIS-PASTERNAK, G. A ciência: deus ou diabo? São Paulo: Editora Unesp, 2001. p. 226. LIKERT, R. A technique for the measurement of attitudes. Archives of Psychology, v. 140, 1932. p. 1-55. LOPES, B. P. et al. A percepção sobre o interesse e os meios de informação na temática C&T, 2012. No prelo.

LYMAN, P. Digital Documents and the Future of the Academic Community. Association of Research Libraries, [1997?]. Disponível em: <http://www.arl.org/resources/pubs/scat/lyman~print.shtml>. Acesso em: 5 Outubro 2012. MARCONI, M. D. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 6ª. ed. São Paulo: Atlas, 2007. MATTEL, M. S.; JACOBY, J. Is there an optimal number of alternatives for Likert-Scale items? Effects of testing time and scale properties. Journal of Applied Psychology, v. 56, n. 6, 1972. p. 506-509. MEADOWS, A. J. A comunicação científica. Brasília: Briquet de Lemos, 1999. MEDICAL LIBRARY ASSOCIATION. The Medical Library Association Task Force on Health Information Literacy, 2003. Disponível em: <http://www.mlanet.org/resources/healthlit/define.html>. Acesso em: Maio 2013. MILLER, J. D. Public Understanding of, and Attitudes toward, Scientific Research: What We Know and What We Need to Know. Public understanding of science, v. 13, n. 3, Julho 2004. p. 273-294. MUELLER, S. P. M. A comunicação científica e o movimento de acesso livre ao conhecimento. Ciência da Informação, Brasília, v. 35, n. 2, Maio/Agosto 2006. p. 27-38. NIEMELÄ, R. et al. A Screening Tool for Assessing Everyday Health Information. Libri, v. 62, n. 2, Junho 2012. p. 125 134. PALMER, K. L.; DILL, E.; CHRISTI, C. Where a Will a Way?: Survey of Academic Librarian. College & Research Libraries, v. 70, n. 4, Julho 2009. p. 315-335. PANITCH, J. M.; MICHALAK, S. THE SERIALS CRISIS: A White Paper for the UNC-Chapel Hill Scholarly Communications Convocation, Janeiro 2005. Disponível em: <http://www.unc.edu/scholcomdig/whitepapers/panitch-michalak.html>. Acesso em: 05 Outubro 2012. PESSIS-PASTERNAK, G. A ciência: deus ou diabo? São Paulo: UNESP, 1995. RUSSEL, B. O conhecimento humano: sua finalidade e limites. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1958. SAVOLAINEN, R. Everyday life information seeking: Approaching information seeking in the context of way of life . Library & Information Science Research, v. 17, n. 3, 1995. p. 259-294. VOGT, C. et al. Percepção Pública da Ciência: uma Revisão Metodológica e Resultados. In: PAULO, F. D. A. À. P. D. E. D. S. INDICADORES DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SÃO PAULO 2004. São Paulo: Fapesp, 2005. Cap. 12, p. 1-28. WILSON, T. D. Human Information Behavior. Informing Science, v. 3, n. 2, 2000.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebemos que, apesar do uso cada vez mais disseminado da Internet como fonte de informação cotidiana pelo público em geral, e da vontade latente de utilizar informação mais confiável, representada no estudo pela informação de origem científica, esta ainda encontra barreiras que poderiam ser minimizadas pelo acesso aberto à literatura científica, resultando em potencial melhoria do poder de tomada de decisão do público em geral.

METODOLOGIA Para tanto, foi utilizada como ferramenta a análise quantitativa de dados obtidos por meio da aplicação de questionário estruturado. Foram realizadas entrevistas com 73 pessoas escolhidas aleatoriamente e com participação voluntária. Dessas, 55 foram realizadas online e 18 presencialmente. O questionário, consistindo de 26 perguntas fechadas, das quais duas eram de múltipla escolha, algumas obrigatórias e, outras, respondidas condicionalmente à resposta em outras questões anteriores, foi dividido para fins de construção e análise em quatro partes, além de um perfil demográfico simples. A primeira parte avaliou o letramento informacional referente à saúde (EHIL Everyday Health Information Literacy), utilizando-se para tal uma adaptação da ferramenta de monitoração desenvolvida por Niemelä et al. (2012), baseada em perguntas com respostas na escala Likert de concordância. A segunda parte buscava identificar como os usuários acessam a informação de saúde que atende às suas necessidades, e o quanto confiam nos diferentes meios nos quais as encontram. A terceira parte visou medir a percepção dos entrevistados quanto ao seu próprio conhecimento sobre literatura científica e sobre o conceito de acesso aberto à mesma. A quarta parte teve como objetivo avaliar como os sujeitos usam a informação encontrada em seu processo de tomada de decisão.

JUSTIFICATIVAS Acreditamos que a relevância deste estudo é reforçada pela escassez de pesquisas no Brasil sobre os temas relacionados, identificada ainda durante a fase de elaboração do projeto de pesquisa. Conforme mencionado anteriormente no projeto de pesquisa, embora a literatura mostre a importância do acesso aberto para a sociedade como um todo, ainda são poucos os estudos que relacionem a temática do acesso aberto com as de comportamento de busca de informação pelo público dito leigo.

0 1

0

4 3

7

10

12

9 10

8

5

2 1 1

0 0

-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8

1. Pontuações em Letramento Informacional em Saúde (Abs.)

1,4%

2,7%

6,8%

9,6%

91,8%

87,7%

0% 50% 100%

[1. É importante estarinformado sobre assuntos

de saúde.]

[6. Eu acho interessanteter acesso a informaçãode saúde proveniente de

fontes médicas oucientíficas.]

1. Percepções sobre a importância da informação

sobre saúde (%)

Discordo totalmente (L1) Discordo parcialmente (L2)Não discordo nem concordo (L3) Concordo parcialmente (L4)Concordo totalmente (L5)

9,6%

5,5%

9,6%

11,0%

39,7%

17,8%

12,3%

9,6%

17,8%

12,3%

12,3%

57,5%

26,0%

46,6%

38,4%

21,9%

6,8%

17,8%

27,4%

0% 50% 100%

[2. Eu sei onde procurarinformação sobre saúde.]

[3. É fácil estimar ou julgar aconfiabilidade da informação de

saúde encontrada.]

[4. A linguagem de informaçãode saúde costuma ser difícil de

entender.]

[5. É difícil saber em quemacreditar em assuntos de saúde.]

1. Percepções sobre Everyday Health Information Literacy (%)

Discordo totalmente (L1) Discordo parcialmente (L2)Não discordo nem concordo (L3) Concordo parcialmente (L4)Concordo totalmente (L5)

50,0% 58,6% 75,0% 56,2%

27,8% 31,0% 62,5% 32,9%

22,2% 24,1%

75,0% 28,8% 22,2%

17,2%

37,5%

21,9%

97,2% 79,3% 37,5%

83,6%

25,0% 27,6%

50,0% 28,8%

50,0% 41,4%

62,5% 47,9%

25,0% 13,8%

12,5% 19,2%

75,0% 65,5% 100,0%

74,0%

44,4% 31,0% 75,0% 42,5%

Estudantes Profissionais Aposentados Total

2. Onde busca informação, por ocupação (%)

10- conhecidos comcompetência emassuntos de saúde9-medico/profissionalde saúde

8- médico de familia

7- rótulos/bulas

6 orgãos de saúde municipais

5-INTERNET

4-panfletos/material dedivulgação em unidadesde saúde3-programas de tv

2-farmacia

1-Amigos, família,conhecidos, vizinhos,colegas de trabalho

5 - INTERNET

30,1%

19,2%

24,7%

11,0%

47,9%

37,0%

39,7%

15,1%

38,4%

26,0%

2. Que tipo de site você acessa buscando essa informação? (%) 1-Blogs

2-Fóruns3-Wikis4-Redes sociais5-Portais6-Governamentais7-institucionais8-Canais de vídeo9-Nóticias10- repositórios de artigos

0

5

10

15

20

25

totalmente nãoconfiavel

nem confiável nemnão confiavel

Totalmenteconfiável

2. Confiabilidade percebida da informação recuperada

1-Blogs

2-Fóruns

3-Wikis

4-Redes sociais

5-Portais

6-Governamentais

7-institucionais

8-Canais de vídeo

9-Nóticias

10- repositórios de artigos

Não 26,0%

N/A 16,4%

Sim 38,1%

Não 35,6%

Sim 57,5%

Conhece o SciELO? (%)

Já usou o SciELO pra obter

informação de Saúde? (%)

3.

Sim 12,3%

Não 13,7%

N/A 74,0%

3. Percepção sobre definição do conceito de OA (%)

63,3% 66,7% 61,7%

75,0%

36,7% 33,3% 38,3%

25,0%

[...] perguntou ao seu profissional desaúde sobre um possível tratamento?

[...] recusou ou recusaria um remédio? [...] recusou ou recusaria umprocedimento de saúde?

[...] mudou ou mudaria de médico?

Por conta de informação encontrada na internet, você já [...]

4. Uso da Informação encontrada na Internet (%) sim não