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ETANOL
O ETANOL
Também conhecido como álcool etílico é uma substância orgânica obtida da fermentação de açúcares, hidratação do etileno ou redução a acetaldeído,
OBTENÇÃO
• O etanol se forma na fermentação alcoólica de açúcares, como a glicose, pelo microorganismo Saccharomyces cerevisiae, reação que simplificadamente pode ser representada :
• C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2
TOXICOCINÉTICA
• Quatro aspectos essenciais devem ser considerados no estudo da toxicocinética do álcool: absorção, distribuição, metabolismo e eliminação. O etanol é absorvido rapidamente a partir do estômago e intestino e é igualmente distribuído por todo o organismo por difusão simples do sangue nos tecidos.
ABSORÇÃO
• Etanol é de baixa massa molecular e hidrossolúvel. Quando ingerido é absorvido rapidamente no estômago (20%) e intestino delgado(80%). A concentração plasmática máxima ocorre de meia hora até uma hora e meia após a ingestão.
ABSORÇÃO
• Sua absorção é rápida no começo do uso e cai posteriormente. O tempo de esvaziamento gástrico e o início da absorção intestinal podem ser considerados os principais fatores determinantes das taxas variáveis de absorção de álcool encontradas em diferentes indivíduos ou circunstâncias. Se o indivíduo possuir alimentos no estômago retardará a absorção de etanol pelo estômago. Porém, quando o álcool chega no intestino delgado, sua absorção é rápida e completa, não importando a presença de alimentos.
DISTRIBUIÇÃO
• Quando absorvido, sua distribuição é rápida. Sua hidrossolubidade faz com que o etanol passe para todos os tecidos, intra ou extra celularmente, dependendo da concentração de água. O etanol atinge o SNC e passa pela barreira hematoencefálica.
METABOLISMO
• O principal local de degradação do etanol é o fígado, onde a enzima álcool desidrogenase (ADH), transforma o etanol em etanal (alcetaideído) que é oxidado maia adiante em acetato pela enzima aldeído desidrogenase (ALDH). O acetato é então convertido a acetil-CoA pela acetate-CoA Ligase em uma reação dependente de ATP. A produção de acetil-CoA constitui a ligação entre degradação do etanol e metabolismo de intermediário.
ELIMINAÇÃO
• A eliminação do álcool no organismo demora de 6 a 8 horas e é feita através do fígado que quebra quimicamente o álcool restante em ácido acético (90%), da respiração (8%) e da transpiração (2%).
INTOXICAÇÕES
AGUDA
• Em pessoas que não costumam beber, níveis sangüíneos de 50mg/dl a 150 mg/dl são suficientes para provocar sintomas. Esses, por sua vez, dependem diretamente da velocidade com a qual a droga é consumida, e são mais comuns quando a concentração de álcool está aumentando no sangue do que quando está caindo.
SINTOMAS
• Os sintomas da intoxicação aguda são variados: euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo (muitas vezes inadequado ao ambiente) e emotividade exagerada. Há quem desenvolva comportamento explosivamente agressivo.
• Com o aumento da concentração da droga na corrente sanguínea, a função do cerebelo começa a mostrar sinais de deterioração, provocando desequilíbrio, alteração da capacidade cognitiva, dificuldade crescente para a articulação da palavra, falta de coordenação motora, movimentos vagarosos ou irregulares dos olhos, visão dupla, rubor facial e taquicardia. O pensamento fica desconexo e a percepção da realidade se desorganiza.
• Quando a ingestão de álcool não é interrompida surgem: letargia, diminuição da frequência das batidas do coração, queda da pressão arterial, depressão respiratória e vômitos, que podem ser eventualmente aspirados e chegar aos pulmões provocando pneumonia entre outros efeitos colaterais perigosos.
CRÔNICA
• A resistência aos efeitos colaterais do álcool está diretamente associada ao desenvolvimento da tolerância e ao alcoolismo.
• Horas depois da ingestão exagerada de álcool, embora a concentração da droga circulante ainda esteja muito alta, a bebedeira pode passar. Esse fenômeno é conhecido como tolerância aguda.
• O tipo agudo é diferente da tolerância crônica do bebedor contumaz, que lhe permite manter aparência de sobriedade mesmo depois de ingerir quantidades elevadas da droga. Doses de álcool entre 400mg/dl e 500 mg/dl, que muitas vezes levam o bebedor ocasional ao coma ou à morte, podem ser suportadas com sintomas mínimos pelos usuários crônicos.
DEPENDÊNCIA
• Diversos estudos demonstraram que as pessoas capazes de resistir ao efeito embriagante do álcool, estatisticamente, apresentam maior tendência a tornarem-se dependentes.
ABSTINÊNCIA
• O álcool é uma droga depressora do Sistema Nervoso Central. Para contrabalançar esse efeito, o usuário crônico aumenta a atividade de certos circuitos de neurônios que se opõem à ação depressiva. Quando a droga é suspensa abruptamente, depois de longo período de uso, esses circuitos estimulatórios não encontram mais a ação depressora para equilibrá-los e surge, então, a síndrome de hiperexcitabilidade característica da abstinência.
SINTOMAS
• Os sintomas mais frequentes da abstinência são: Ânsia pelo álcool
Tremor, irritabilidade Náuseas Perturbações do sono Taquicardia Hipertensão Sudorese Distorções da percepção
EFEITOS DO ÁLCOOL NO ORGANISMO
SÍNDROME FETAL
• A ingestão de álcool por grávidas pode resultar em síndrome fetal, que é um conjunto de sintomas ocasionados pelo consumo de etanol durante a gravidez, inclusive efeitos após o parto da criança.
• É caracterizada pela combinação de inúmeros fatores, incluindo abortos espontâneos, retardo mental, malformações no corpo, dificuldade de aprendizagem, fissuras palpebrais, recém-nascidos de baixo peso, entre outros problemas.
• Os fatores de maior peso nesta síndrome é a capacidade do álcool de atravessar a barreira placentária e sua atuação em qualquer parte do organismo humano.
TRATAMENTO
• Desintoxicação – Geralmente realizada por alguns dias sob supervisão médica, permite combater os efeitos agudos da retirada do álcool. Dados os altíssimos índices de recaídas, no entanto, o alcoolismo não é doença a ser tratada exclusivamente no âmbito da medicina convencional.
TRATAMENTO
• Reabilitação – Alcoólicos anônimos – Depois de controlados os sintomas agudos da crise de abstinência, os pacientes devem ser encaminhados para programas de reabilitação, cujo objetivo é ajudá-los a viver sem álcool na circulação sanguínea.
• Para que o tratamento tenha sucesso é fundamental a participação dos familiares e amigos próximos
ETANOL NO MEIO AMBIENTE
Atmosfera• O Etanol tem volatilização pouco expressiva, por
tanto pouca quantidade dele, em caso de vazamento por exemplo, vai para a atmosfera. Pode favorecer a formação de ozônio troposféricos sob certas condições. Quando lançado diretamente para a atmosfera ele pode sofrer reações fotoquímicas que o transforma em acetaldeído (composto capaz de causar câncer), e em outras substâncias prejudiciais aos seres vivos em ambiente.
CONCLUSÃO• O consumo de bebidas alcoólicas é um grave problema
de saúde pública, atingindo todas as faixas etárias da população, onde, no Brasil, estima-se que aproximadamente 1 entre 10 pessoas apresenta problemas com o uso indevido. O etanol sofre biotransformação e tem como produto final o acetato. Entretanto, tem como produto intermediário o acetaldeído, que participa do ciclo de Krebs aumentando a produção de ATP (ação calorigênica). Agudamente, o etanol causa depressão do SNC, que, com o uso continuado, induz a uma dependência física.