Ó deus salve o oratório

1
Ó Deus salve o oratório Ó Deus salve o oratório Onde Deus fez a morada Oiá, meu Deus, onde Deus fez a morada, oiá Onde mora o calix bento Onde mora o calix bento E a hóstia consagrada Óiá, meu Deus, e a hóstia consagrada, oiá Uma de minhas primeiras lembranças é de estar no colo de minha mãe numa procissão e por mais que eu me remexesse e esperneasse ela não me colocava no chão E seguia cantando, comigo no colo muita fé no altar do peito, vela na alma da mão Conforme cresci ela percebeu que deixar ir também era uma forma de cuidar De Jessé nasceu a vara De Jessé nasceu a vara E da vara nasceu a flor Oiá, meu Deus, da vara nasceu a flor, oiá E da flor nasceu Maria E da flor nasceu Maria De Maria o Salvador Oiá, meu Deus, de Maria o Salvador, oiá Uma de minhas última lembranças é de estar ao lado de minha mãe numa procissão e por mais que eu chorasse e agonizasse ela continuava inerte no caixão a multidão seguia cantando e eu cantava conforme a voz vinha e eu gemia a cada suspiro eu chorava cada rio procurando explicação Será que agora é a minha vez de perceber que deixar ir também é uma forma de amar?

Upload: amlajd-ohlamar

Post on 12-Jan-2016

10 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

O DEUS

TRANSCRIPT

Page 1: Ó Deus Salve o Oratório

Ó Deus salve o oratórioÓ Deus salve o oratórioOnde Deus fez a moradaOiá, meu Deus, onde Deus fez a morada, oiáOnde mora o calix bentoOnde mora o calix bentoE a hóstia consagradaÓiá, meu Deus, e a hóstia consagrada, oiá

Uma de minhas primeiras lembrançasé de estar no colo de minha mãe numa procissãoe por mais que eu me remexesse e esperneasse ela não me colocava no chãoE seguia cantando, comigo no colomuita fé no altar do peito, vela na alma da mão

Conforme cresci ela percebeu que deixar ir também era uma forma de cuidar

De Jessé nasceu a varaDe Jessé nasceu a varaE da vara nasceu a florOiá, meu Deus, da vara nasceu a flor, oiáE da flor nasceu MariaE da flor nasceu MariaDe Maria o SalvadorOiá, meu Deus, de Maria o Salvador, oiá

Uma de minhas última lembrançasé de estar ao lado de minha mãe numa procissãoe por mais que eu chorasse e agonizasseela continuava inerte no caixãoa multidão seguia cantandoe eu cantava conforme a voz vinhae eu gemia a cada suspiroeu chorava cada rioprocurando explicação

Será que agora é a minha vez de perceberque deixar ir também é uma forma de amar?