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O Conflito das Eras ou Combate
da Fé
Por
Silvio Dutra
Out/2018
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A474 Alves, Silvio Dutra O conflito das eras ou combate da fé Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2018. 80p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra. I. Título. CDD 252
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Pode estar ocorrendo comigo ou contigo,
prezado leitor, neste exato momento, ou a nível
governamental em uma ou mais nações da
terra, mais uma das inumeráveis batalhas em
que fomos lançados de uma guerra que
começou não muito depois da criação do
primeiro casal, e que tem se arrastado ao longo
das eras e terá fim somente por ocasião da
restauração de todas as coisas depois da volta de
Jesus Cristo.
Todos temos um único Inimigo comum, mas ele
tem diversos auxiliares, e estabelece
principados e potestades no mundo, sem cessar,
há milênios, com vistas a aumentar o seu poder
e esfera de atuação. Para isto, estabelece reinos
e domínios, como também sistemas, para que
por meio deles exerça o comando de suas ações
em várias frentes simultaneamente, sempre
com vistas a produzir roubo, morte ou danos.
Sua principal tática é o engano e a mentira, Seu
principal alvo são a mente e o coração humano,
com vista a trazer principalmente, embaraços
ou danos espirituais passageiros ou
permanentes, conforme isto lhe seja permitido
por Deus.
Tão sutis são os seus métodos e estratagemas na
arte de enganar, que ele pode se valer de
4
estruturas que os homens pensam terem sido
criadas por si mesmos, e nisto se comprazem e
se gloriam sem poder perceber que a mente que
está por detrás de tudo é a de Satanás, o diabo,
que os usa para atingir os seus fins, e não
propriamente o deles.
Quem diria, por exemplo, que o
comunismo/socialismo, imaginado e criado
primeiro como doutrina filosófica, e depois
como prática política, a partir de fins do século
XVIII, viria a se transformar no principal meio
usado pelo diabo para destruir a fé na existência
de Deus, e com isto afastar homens e mulheres
da possibilidade da salvação eterna de suas
almas?
Um outro meio que viria a ser usado
poderosamente pelo diabo para destruir a fé em
um Deus Criador de todas as coisas, foi o
evolucionismo, cuja teoria tem seu expoente
máximo na pessoa de Charles Darwin, que viveu
no século XIX. Não passa de uma teoria maligna,
que sequer possui argumentos que lhe deem
uma sustentação lógica, notadamente quando
comparada com a cronologia bíblica, a partir
dos primeiros atos da Criação por Deus.
Esta tem sido uma outra cabeça muito utilizada
pelo dragão vermelho de sete cabeças e dez
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chifres, para conduzir os homens à ruína, pois
atinge-lhes no coração mesmo da fé, que é
reduzida ao pó da incredulidade.
Uma outra cabeça do dragão que está presente
no mundo desde o princípio da criação, é a falsa
religião, com seus muitos falsos deuses, pois
sendo criado com uma inclinação para a
adoração, o homem virá a adorar qualquer outra
coisa ou pessoa, quando lhe falta a adoração no
verdadeiro Deus, que exclui todas as demais
formas de adoração falsa.
Dinheiro, fama, poder, artes, dentre outros,
podem se apresentar para serem os falsos
deuses a serem adorados por alguns, que por
meio disto, permanecerão afastados do único e
verdadeiro Deus.
Os argumentos para justificar isto são os mais
variados, e o homem não está sozinho nesta
empresa pois o que não lhe faltará serão as
justificativas que lhe serão apresentadas
sutilmente pela velha Serpente.
Quem diria que o socialista endurecido contra
Deus e Seus mandamentos, e que tudo faz para
desconstruir os valores cristãos, apresente
como fundamento de sua doutrina socialista o
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bem da humanidade, especialmente dos mais
pobres e das minorias?
Ele pensa que está libertando o homem das
muitas amarras que lhe foram colocadas pela
religião, e pelos muitos mandamentos que lhe
disseram que deveria cumprir para agradar a
um Deus que ele sequer pode ver.
Ele deve trazer a si a elevada incumbência moral
de ajudar os homens a se livrarem de suas
crendices, pelas quais se tornam escravos do
pensamento de outros.
Quanto prazer é desperdiçado pelas renúncias
dolorosas que são impostas pela religião?
Não. Ele não pode permitir tal coisa, Então lutará
para que a humanidade seja feliz, livrando-se de
uma vez por todas deste laço terrível de crer em
Deus, em um livro (a Bíblia), em impostores
(pastores).
Como isto não pode ser feito de forma frontal e
direta em sociedades conservadoras em que
haja o predomínio de uma mentalidade cristã, o
verdadeiro propósito do socialismo deve
permanecer oculto, enquanto o trabalho de
dilapidação dos bons costumes vai sendo
realizado aos poucos e sorrateiramente, até que
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a sociedade seja trazida a uma disposição
mundana e contrária aos princípios e valores
bíblicos.
Muito deste trabalho já foi realizado nestes dois
séculos, desde a formação do pensamento
socialista, em quase todas as nações do mundo
ocidental, especialmente desde a Revolução
Russa de 1917.
Não é para se estranhar que em vez de focar em
economia e outras formas de conhecimento
científico, que os socialistas concentrem seus
ataques nas sociedades ainda conservadoras,
em propostas relativas à área sexual. Pois, é
sabido que a reserva moral é ditada sobretudo
pela forma de comportamento sexual. Quando
há recato temos um bom indicativo de sã
moralidade, mas quando as portas se abrem
para o que chamam de revolução sexual, com
permissividade para tudo aquilo que Deus
condena em Sua Palavra, então outras barreiras
relativas à moralidade também cairão, porque
esta é a primeira e grande porta por onde entra
a tentação que conduz o homem a pecar, a saber,
a da fornicação.
Não foi sem motivo que Deus rejeitou a forma
que o homem buscou para cobrir a sua nudez
depois de haver pecado, com folhas de figueiras,
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e substituiu-a por algo mais protetor e
duradouro, a saber, peles de animais.
A partir de então, o homem ficaria sujeito a se
promiscuir e abandonar o estado de pureza
original com que havia sido criado, não tendo
mais apenas olhos de amor para a pessoa amada,
mas também sentindo-se tentado à luxúria pela
observação de suas partes íntimas, desejando
não mais a pessoa como um todo, mas para
simples posse de um objeto para a satisfação de
um desejo descontrolado pelo pecado em
manifestações de mera sensualidade solitária e
egoísta, e não pela busca da satisfação mútua.
Não é sem motivo que a lei dada a Moisés
contenha tantas prescrições relativas à
proibição de atos de impureza sexual, porque,
com dissemos, é a primeira e grande porta, pela
qual outras formas de impureza são admitidas.
“Levítico – 18
1 Disse mais o SENHOR a Moisés:
2 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Eu sou o
SENHOR, vosso Deus.
3 Não fareis segundo as obras da terra do Egito,
em que habitastes, nem fareis segundo as obras
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da terra de Canaã, para a qual eu vos levo, nem
andareis nos seus estatutos.
4 Fareis segundo os meus juízos e os meus
estatutos guardareis, para andardes neles. Eu
sou o SENHOR, vosso Deus.
5 Portanto, os meus estatutos e os meus juízos
guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por
eles. Eu sou o SENHOR.
6 Nenhum homem se chegará a qualquer
parenta da sua carne, para lhe descobrir a
nudez. Eu sou o SENHOR.
7 Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua
mãe; ela é tua mãe; não lhe descobrirás a nudez.
8 Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai;
é nudez de teu pai.
9 A nudez da tua irmã, filha de teu pai ou filha de
tua mãe, nascida em casa ou fora de casa, a sua
nudez não descobrirás.
10 A nudez da filha do teu filho ou da filha de tua
filha, a sua nudez não descobrirás, porque é tua
nudez.
11 Não descobrirás a nudez da filha da mulher de
teu pai, gerada de teu pai; ela é tua irmã.
10
12 A nudez da irmã do teu pai não descobrirás;
ela é parenta de teu pai.
13 A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás;
pois ela é parenta de tua mãe.
14 A nudez do irmão de teu pai não descobrirás;
não te chegarás à sua mulher; ela é tua tia.
15 A nudez de tua nora não descobrirás; ela é
mulher de teu filho; não lhe descobrirás a
nudez.
16 A nudez da mulher de teu irmão não
descobrirás; é a nudez de teu irmão.
17 A nudez de uma mulher e de sua filha não
descobrirás; não tomarás a filha de seu filho,
nem a filha de sua filha, para lhe descobrir a
nudez; parentes são; maldade é.
18 E não tomarás com tua mulher outra, de sorte
que lhe seja rival, descobrindo a sua nudez com
ela durante sua vida.
19 Não te chegarás à mulher, para lhe descobrir
a nudez, durante a sua menstruação.
20 Nem te deitarás com a mulher de teu
próximo, para te contaminares com ela.
11
21 E da tua descendência não darás nenhum
para dedicar-se a Moloque, nem profanarás o
nome de teu Deus. Eu sou o SENHOR.
22 Com homem não te deitarás, como se fosse
mulher; é abominação.
23 Nem te deitarás com animal, para te
contaminares com ele, nem a mulher se porá
perante um animal, para ajuntar-se com ele; é
confusão.
24 Com nenhuma destas coisas vos
contaminareis, porque com todas estas coisas se
contaminaram as nações que eu lanço de diante
de vós.
25 E a terra se contaminou; e eu visitei nela a sua
iniquidade, e ela vomitou os seus moradores.
26 Porém vós guardareis os meus estatutos e os
meus juízos, e nenhuma destas abominações
fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que
peregrina entre vós;
27 porque todas estas abominações fizeram os
homens desta terra que nela estavam antes de
vós; e a terra se contaminou.
12
28 Não suceda que a terra vos vomite, havendo-
a vós contaminado, como vomitou o povo que
nela estava antes de vós.
29 Todo que fizer alguma destas abominações,
sim, aqueles que as cometerem serão
eliminados do seu povo.
30 Portanto, guardareis a obrigação que tendes
para comigo, não praticando nenhum dos
costumes abomináveis que se praticaram antes
de vós, e não vos contaminareis com eles. Eu sou
o SENHOR, vosso Deus.”
Você percebe agora porque o diabo através do
comunismo/socialismo não apenas visa à
eliminação da fé em Deus, mas que se pratique
coisas que são abomináveis para Deus,
conforme as tem descrito em Sua Palavra?
Porque eles insistem tanto com a questão de
união homo afetiva, da ideologia de gênero, do
ensino de práticas sexuais pervertidas às
crianças em tenra idade escolar? Não apenas o
nome e a existência de Deus devem ser negados,
como também todos os Seus mandamentos
contidos na Bíblia.
Eles pensam que com isto estão livrando a
humanidade da escravidão, quando na verdade
13
estão fechando a porta para a única
possibilidade de sua libertação e salvação, que é
por meio da fé em Jesus Cristo e prática da Sua
Palavra.
Nós temos vários tipos de libertação operadas
por Deus, especialmente em relação a Israel, a
nação eleita, e registradas nas páginas do Velho
Testamento, para a nossa instrução, e para
aprendizagem da forma correta de se viver pela
fé, e usar a fé.
Nós vemos repetidamente que quando Israel se
encontrava em aperto, sobretudo pelas
dominações de povos inimigos, conforme Deus
permitia como forma de visitação dos pecados
do Seu povo, que eles clamavam por livramento
quando já não mais suportavam a carga de
aflição em que se encontravam.
Por que clamar?
O clamor é a prova da fé em um Deus que não
vemos mas ao qual estamos recorrendo em
busca de socorro.
Não somos páreo para o diabo e seus agentes,
pois além de não os vermos, são mais poderosos
do que nós. Mas relativamente ao Senhor, eles,
por sua vez, não são páreo para ele, que é o
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Criador de tudo e de todos, inclusive deles, que
abandonaram por sua rebelião o seu estado
original de obediência e santidade.
Então, é como se fosse permitido ao diabo nos
afligir enquanto não recorremos a Deus em
busca de socorro. Mas se o fizermos através do
clamor para sermos libertos, Ele contemplará a
nossa fé e responderá com livramento.
Não foi isto que aconteceu com Israel quando já
não mais suportavam o cargo da escravidão no
Egito?”
“23 Decorridos muitos dias, morreu o rei do
Egito; os filhos de Israel gemiam sob a servidão
e por causa dela clamaram, e o seu clamor subiu
a Deus.
24 Ouvindo Deus o seu gemido, lembrou-se da
sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó.
25 E viu Deus os filhos de Israel e atentou para a
sua condição.” (Êxodo 2.23=25)
Depois de terem sido livrados pelo braço forte
do Senhor o exército de faraó os perseguiu no
deserto e lhes teria destruído caso não tivesse
clamado a Deus e confiado nele para serem
salvos.
15
“10 E, chegando Faraó, os filhos de Israel
levantaram os olhos, e eis que os egípcios
vinham atrás deles, e temeram muito; então, os
filhos de Israel clamaram ao SENHOR.
11 Disseram a Moisés: Será, por não haver
sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para
que morramos neste deserto? Por que nos
trataste assim, fazendo-nos sair do Egito?
12 Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-
nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor
nos fora servir aos egípcios do que morrermos
no deserto.
13 Moisés, porém, respondeu ao povo: Não
temais; aquietai-vos e vede o livramento do
SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios,
que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver.
14 O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis.
15 Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a
mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.
16 E tu, levanta o teu bordão, estende a mão
sobre o mar e divide-o, para que os filhos de
Israel passem pelo meio do mar em seco.
17 Eis que endurecerei o coração dos egípcios,
para que vos sigam e entrem nele; serei
16
glorificado em Faraó e em todo o seu exército,
nos seus carros e nos seus cavalarianos;” (Êxodo
14.10-17)
Deus tinha uma aliança com aquele povo e o
livraria da destruição, como tem feito até os dias
de hoje.
Assim, como salvou e livrou Israel, Ele também
o faz com todo aquele que o busca e clama por
livramento da escravidão ao pecado. Por meio
da simples fé em Jesus Cristo, Deus operará as
salvação pelo uso de todos os poderes da Sua
graça que forem necessários para tal.
Faraó e o Egito, e todas as forças que se
encontravam com ele são um tipo adequado
para todas as forças que se levantam em
oposição aos homens, para que eles não se
convertam a Deus, e assim, sejam libertados da
escravidão em que se encontram em razão do
pecado.
Tão importante é que não tenhamos uma fé
passiva, de mero assentimento mental de
confiança na existência de Deus, mas que ela
seja também ativa e operativa e que se expresse
em clamores, ainda que seja no silêncio do
coração, em decorrência das circunstâncias em
que possamos nos encontrar, para que com isto
17
sejamos testemunhas da completa fidelidade de
Deus em socorrer-nos a partir do momento em
que nos movemos em direção a ele em busca de
auxílio.
Os israelitas aprenderam isto e o aplicaram em
suas sucessivas gerações, como podemos ver
especialmente no período dos Juízes, que durou
cerca de 300 anos, e que consistiu em
constantes livramentos de dominações
estrangeiras quando o povo clamava.
Os poderes do pecado que nos dominam são
estranhos para Jesus, pois nada tem o diabo a ver
com ele, pois é completamente santo e justo. E
todos aqueles que lhe pertencem não são mais
do mundo e de Satanás, pois foram comprados
pelo precioso sangue que ele derramou na cruz
por nós.
Foi para a plena liberdade dos filhos de Deus que
Jesus nos libertou, e devemos tomar posse desta
liberdade pelo exercício constante da fé.
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou.
Permanecei, pois, firmes e não vos submetais,
de novo, a jugo de escravidão.” (Gálatas 5.1)
18
Todo este conflito das eras ou combate da fé tem
em vista alcançar esta liberdade que está em
Jesus Cristo, e nela permanecer inabaláveis.
O trabalho principal da fé é o de resgatar as
almas da escravidão ao pecado, ao mundo, ao
diabo, e transportá-las em liberdade para o
reino da luz do Senhor.
“15 Então, eu perguntei: Quem és tu, Senhor? Ao
que o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem
tu persegues.
16 Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés,
porque por isto te apareci, para te constituir
ministro e testemunha, tanto das coisas em que
me viste como daquelas pelas quais te
aparecerei ainda,
17 livrando-te do povo e dos gentios, para os
quais eu te envio,
18 para lhes abrires os olhos e os converteres das
trevas para a luz e da potestade de Satanás para
Deus, a fim de que recebam eles remissão de
pecados e herança entre os que são santificados
pela fé em mim.” (Atos 26.15-18)
Enquanto lermos todos os pensamentos que
serão desfilados neste livro, é de suma
importância que tenhamos sempre presente
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como ideia central norteadora de todo
julgamento crítico que fizermos, a seguinte
verdade: todo homem, sem qualquer exceção, é
escravo do pecado, caso não seja libertado de tal
condição por Jesus Cristo.
Assim, toda busca de liberdade para si ou para
outros através do exercício da política se
revelará ineficaz ou um meio para aumentar
ainda mais a citada escravidão ao pecado.
Todos os programas de governo ou de partidos
políticos, ao longo da história da humanidade,
que deixaram Deus e seus mandamentos do
lado de fora, sempre caíram em fracasso e
deixaram os governados numa condição ainda
pior do que aquela em que haviam sido
encontrados.
Agora, a bem da verdade, nunca fez parte do
plano eterno de Deus para a humanidade, que
ela sempre teria, obrigatoriamente governantes
e governados justos, que na plenitude do
exercício de sua cidadania fariam somente
aquilo que fosse bom diante de Seus olhos.
Uma grande prova pode ser tirada da própria
experiência das nações, em todas as épocas, em
que, até mesmo, muito mais se tem visto de um
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desvio da vontade de Deus, do que um acordo
com ela.
Ainda que Ele tenha escrito a sua lei na
consciência de todo homem, de forma a
poderem discernir entre o que é bom e o que é
mau, todavia, esta consciência pode ser
cauterizada, e não há no homem o poder de
fazer o bem que pretenda e rejeitar o mal que
não queira, por ter sua vontade escravizada ao
pecado,
Se para aqueles que são convertidos a Cristo a
carreira neste mundo é difícil quanto a terem
sempre um comportamento aprovado, segundo
a lei que foi escrita por Deus, pelo Espírito Santo
em suas mentes e corações, quanto mais não é
isto difícil, senão impossível, para aqueles que
não são convertidos ao Senhor.
Já por estas breves reflexões iniciais podemos
tirar algumas conclusões quanto às formas de
governo que deveriam existir no mundo, uma
vez que está disposto que haja nações e
governantes.
Uma conclusão óbvia é que não poderia jamais
haver uma nação em que todos os governados
fossem fieis cumpridores da Palavra de Deus,
pois é notório que a maior parte da população de
21
qualquer nação não é composta por crentes
nascidos e santificados do Espírito Santo.
Nem mesmo é requerido por Deus que estas
nações sejam obrigatoriamente governadas por
cristãos autênticos, senão por aqueles a quem
Deus dispor para a vocação política.
Enquanto o pecado não for erradicado da face da
Terra depois do retorno de Jesus, não haverá um
governo com governantes e governados que
sejam todos perfeitamente justos e obedientes a
Deus.
Então é perversa, desnecessária e demoníaca a
ação comunista/socialista de impor o ateísmo
ou mesmo a desconstrução dos valores do
cristianismo, quando o governo segue a citada
orientação.
Até mesmo porque, para legitimarem o poder
constituído, nenhum cristão lutaria para impor
seus costumes aos governantes e aos demais
governados, para que a nação pudesse existir
como tal.
Por que há então, esta perseguição aos valores
cristãos? Isto será respondido ao longo deste
livro.
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“Não queremos nenhum Deus ditando regras
sobre nós sobre o que possamos ou não fazer!” É
o clamor comum dos ímpios.
Mas eles não param nisto, e acrescentam:
“Muito ao contrário, o que ele não aprova é o
que faremos e o que ele aprova não faremos.”
Assim, há esta inclinação no pecado para
conduzir aquele a quem escraviza a fazer
exatamente o oposto do que Deus espera dele.
Todavia, num mundo chamado civilizado,
convém que isto não cheire a barbárie, mas a
coisas refinadas movidas por causas nobres.
Então temos estes movimentos em prol de
minorias, de ações contra intolerância, racismo,
violência, fome, direitos humanos etc.
Tudo porém é uma cortina de fumaça para a real
e única intenção de se manter no poder, e
contrariar sutilmente os princípios divinos,
pois, se Deus é pela família nuclear, constituída
por homem e mulher, vão ampliar isto para
pessoas de qualquer sexo e em qualquer
número. Se Deus exige que o transgressor da lei
seja penalizado, eles apelarão para o amparo dos
criminosos através da chamada agenda de
direitos humanos. Se a infância deve ser
protegida e resguardada da imoralidade, eles
tentarão expô-la à pratica da impureza, e do sexo
23
fora do casamento. Se Deus é pela sobriedade e
discrição, eles estimularão a irreverência, a
imoralidade e práticas escandalosas.
Mais do que um projeto para alcançar o poder
governamental, o socialismo é um meio para a
transformação da sociedade, de conservadora
para liberal. Em outras palavras, de temente e
obediente a Deus, para permissiva e contrária a
ele.
Como isto vem sendo feito por mais de duzentos
anos, e de diversas formas, sob o título atraente
de se libertar o homem de todo tipo de amarras,
não é de se estranhar que tenham logrado tanto
êxito, sobretudo no mundo ocidental que foi o
maior campo de sua atuação.
O conservadorismo logrou resistir nos cristãos
ainda fieis a seus princípios, e nas famílias mais
tradicionais, mas de uma forma geral o modo de
pensar da sociedade ocidental é bastante
liberal, e isto foi o fruto do trabalho persistente
dos agentes socialistas sobretudo nas áreas de
ensino, na imprensa, nas artes.
A pretexto de combater determinados males
perpetraram outros maiores. Para criarem uma
mentalidade anti-homofóbica já a partir da
24
infância criaram um tal de kit-gay, e a
famigerada ideologia de gênero.
O foco na formação educacional centrado nos
princípios de autoridade, obediência, honra,
respeito, trabalho, entre outros, abriu espaço
para a prática da mentira, da infâmia, da
irreverência, como meios válidos para se vencer
os adversários.
A natureza humana irregenerada é inimizade
contra Deus. Há uma inclinação natural para o
mal e não para o bem. Não é de se admirar
portanto, que aqueles que não buscam a Deus,
que não se sujeitam à Sua vontade e que não
procuram vencer esta inclinação natural
pecaminosa, sejam achados praticando e
justificando comportamentos que sejam
condenados pela Bíblia e pela própria razão
natural.
Acrescente-se a isto, que aqueles que não amam
a Deus, não amam também os seus
mandamentos, de maneira que tudo farão para
distorcê-los e apresentá-los totalmente fora do
contexto em que convém serem apresentados.
Por exemplo, a lei dos sacrifícios de animais que
vigorou nos dias do Velho Testamento tinha um
objetivo didático de nos ensinar que
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necessitamos de uma sacrifício cruento para
sermos perdoados dos nossos pecados,
justificados e reconciliados com Deus.
Aqueles sacrifícios eram figuras, tipos do único
e grande sacrifício que foi ofertado de uma vez
para sempre há cerca de dois mil anos, a saber,
o de Jesus Cristo. Uma vez que ele se ofereceu,
foi determinada a suspensão daqueles
sacrifícios do Velho Testamento, pois que
haviam sido plenamente cumpridos.
Ora, se alguém usa os textos dos sacrifícios de
animais para justificar o falso argumento de que
Deus ainda os exige, ou que eles revelam um
caráter em Deus que demonstra um certo
desprezo pelos animais, é torcer o real sentido
da coisa, e agir de modo leviano e malicioso.
A soma da coisa é que não há maior
demonstração do amor de Deus por nós, ainda
que pecadores, pois na pessoa de Seu Filho
Unigênito, abandonou a glória celestial,
fazendo-se homem, para que nesta condição
pudesse morrer no lugar daqueles que viriam a
crer no Seu nome para serem perdoados e
justificados.
Outras passagens cujo sentido costuma ser
deturpado pelos ímpios, são aquelas que se
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referem ao extermínio dos cananeus, e das leis
de pena capital para feiticeiros, assassinos,
homossexuais, entre outros, nos dias do Velho
Testamento.
“Crime contra a humanidade!” Alguém grita.
“Incitação à violência”, diz outro.
Estas leis, tiveram também um tempo
determinado e restrito para serem aplicadas
pelos juízes de Israel. Elas tinham o objetivo de
revelar o caráter de Deus, que sendo amor,
longânimo, benigno, paciente, era também
justiça e reto juiz que julga o pecado, e não pode
passar por alto sobre qualquer ato pecaminoso
que seja.
Aquelas mortes determinadas pela lei para
certos tipos de pecado, serviam para
exemplificar que todos aqueles que não se
arrependessem de seus pecados, também
pereceriam, e não apenas com a morte física,
mas com uma morte espiritual e eterna, com
uma condenação em um sofrimento também
eterno em chamas que jamais se extinguem.
Era uma advertência para se levar o pecado a
sério, a se arrepender do mal, a se converter a
Deus, para ser livrado da morte espiritual, e
alcançar a vida eterna por meio da fé nEle.
27
A Lei de Deus é pura, santa, perfeita, boa,
espiritual e na verdade, não há qualquer pessoa
que esteja habilitada a cumpri-la perfeitamente
pelo seu próprio poder e capacidade.
Para isto Jesus nos foi dado, para que pela fé nele
recebamos a habitação do Espírito Santo, pelo
qual somos transformados em filhos de Deus,
habilitados a fazer a Sua vontade, na medida em
que caminhamos no Espírito.
Mas, como Jesus pagou o preço integral exigido
pela justiça divina, em razão dos nossos
pecados, não somos rejeitados ainda que
venhamos a pecar, pois temos nele um
Advogado que intercede em nosso favor à
direita do Pai.
A misericórdia alcançou o que nele crê para
todo o sempre, e jamais se afastará dele, de
modo que não virá a sofrer qualquer tipo de
condenação futura.
Agora, como isto se aplica na prática da vida
cotidiana? Todos são beneficiados? Todos são
salvos? Todos são feitos filhos de Deus?
A experiência prática comprova que mais são os
que se perdem do que os que se salvam.
28
Faltaria o devido poder em Deus para salvar a
todos? Não. A verdade revelada na Bíblia nos
informa que ele escolheu desde antes da
fundação do mundo salvar a alguns dentre todos
pecadores, os quais são designados pelas
palavras eleitos ou escolhidos.
Estes que são eleitos são chamados a fazer parte
de um corpo, de uma assembleia, de uma nação,
a que Jesus chamou de Igreja.
Eles são justificados, nascidos de novo do
Espírito Santo e santificados com vistas à
glorificação futura.
Eles são os integrantes do Reino do Céu, que
têm a lei de Deus inscrita em suas mentes e
corações. É a eles que se destinam as palavras do
Sermão do Monte, bem como toda a instrução
que encontramos nas epístolas do Novo
Testamento.
Como são chamados do mundo para Cristo, isto
é feito pela pregação e ensino do evangelho, de
modo que sejam agregados ao povo de Deus.
Eles estão sujeitados à disciplina da Nova
Aliança que Deus fez com eles através do sangue
de Jesus. São corrigidos, por vezes de forma
29
muito dolorosa para que não se desviem do
caminho em que devem andar.
Enquanto viverem aqui embaixo sempre
estarão empenhados num combate sem tréguas
com a carne, o mundanismo e o diabo.
Agora, nada disso se aplica àqueles que não
amam a Deus e não guardam os seus
mandamentos. Mas tanto crentes, quanto
descrentes são chamados a trabalhar em
conjunto, a conviverem pacificamente,
enquanto aqui embaixo.
Nada justifica que um crente não seja um
exemplo de cidadão, servindo de modo útil à
comunidade em que viva.
Ele deve estar muito disposto pelo bem dos seus
próximos, sobretudo no que se refere à salvação
eterna de suas almas. Para isto, deve orar e ser
muito cuidadoso com o seu próprio testemunho
de vida reta em toda honestidade e prudência.
Deus é de paz e pela paz, mas não à custa do
sacrifício e corrupção da verdade. De modo que
para não renunciarem à verdade, muitos
cristãos foram martirizados ao longo da história
da humanidade, por terem se negado a fazerem
coisas que lhes foram propostas pelos
30
governantes e seus algozes, e que eram
contrárias à vontade de Deus.
Então sempre haverá, até que Jesus volte, esta
luta do reino espiritual da verdade e o da
mentira, de luz e trevas, do bem e do mal.
Deus permanece sobre o controle de tudo e de
todos, mas permite ao diabo e seus demônios
agirem de tempos em tempos, e sobre pessoas e
condições, para determinados fins, para que
através da resistência que lhes é feita por Seus
filhos, estes sejam refinados na fé e
amadurecidos espiritualmente.
Não há mais do que uma verdade absoluta
concernente ao bem. O que é e que há de ser já
se encontra revelado na Palavra de Deus,
conforme ela nos foi dada pela inspiração do
Espírito Santo.
Simplesmente não há como criar outro modo de
vida para o homem que lhe seja útil e bom, além
do que já está revelado, porque, antes de tudo,
este homem necessita ser perdoado e
justificado do pecado, e isto pode ser feito
somente por meio de Jesus. Além disso, não há
outro meio de aperfeiçoamento e santificação
do homem além da Palavra de Deus e do Espírito
Santo.
31
De modo que, todos aqueles que tentaram
inventar sistemas para a libertação do homem,
criaram verdadeiras aberrações inúteis,
conforme elas têm sido demonstradas pelo
tempo, e dentre estas podem ser enquadradas
as do comunismo/socialismo.
Eles deixaram Deus de lado, porque o Senhor já
lhes havia deixado entregues a si mesmos para
inventarem toda sorte de coisas com aparência
de sabedoria, mas que não passavam de mera
rebelião à Sua santa, boa e agradável vontade.
Todas estas iniciativas, por mais que elas
possam durar neste mundo, já trazem sobre si,
desde o nascedouro o selo de “morto e
condenado”, pois não pode haver vida fora da
fonte da verdadeira vida, que é o próprio Jesus.
De modo que aquele que o rejeita, rejeita a vida,
e permanecerá sob a maldição e condenação
eternas decorrentes do pecado.
Mas, quando foi que começou o socialismo a ser
empregado como doutrina filosófica e política
no mundo?
O socialismo foi consequente do espírito
libertino da Revolução Francesa.
32
Buscando fugir de uma forma de cativeiro aos
governantes absolutistas do passado, o
socialismo caiu em um outro cativeiro muito
pior que é o do pecado e inimizade contra Deus
e negação da Sua pessoa divina.
Eles confundiram o absolutismo das
monarquias da época, cujos reis afirmavam
reinar em nome de Jesus, com o próprio
cristianismo bíblico, e assim, passaram a ter no
cristianismo um inimigo a ser vencido, para que
pudessem se perpetuar no poder.
Os árabes, de modo geral, consideram o mundo
ocidental como sendo o próprio cristianismo,
dado as nações serem chamadas de cristãs. Eles
não conseguem perceber a diferença que há
entre a verdade revelada por Deus na Bíblia
quanto a Jesus e sua igreja verdadeira, com
aqueles que são apenas crentes no nome.
Como são diversas as culturas existentes no
mundo, pela necessidade de adaptar-se a elas, o
socialismo toma também formas diversificadas
em seu modo de atuação. Por exemplo, em
contextos de nações ainda muito
conservadoras, suas ações voltadas para a
desconstrução do cristianismo são sutis, mas
esta sua real intenção nunca é declarada
expressamente, pois falar-se-á em nome de
33
garantia de liberdades, de avanços
democráticos ou o que for que seja palatável ao
gosto da sociedade que estiver sendo enganada.
Uma sociedade conservadora, fundada na
liberdade cristã, dificilmente abdicará de seus
valores em prol de diretrizes governamentais, e
esta é a razão porque o socialismo na China não
busca a dissolução da família nuclear como
ocorre com o que é praticado no Brasil. A
sociedade chinesa não foi formada segundo os
valores do cristianismo, conforme foi o caso do
Brasil, e já está acostumada ao modelo ditatorial
do comportamento, desde a lavagem cerebral
feita por Mao Tsé Tung, De modo que quando o
governo decreta que está proibida a leitura
bíblica em público, isto é aceito sem
contestação. Recentemente, o mesmo foi feito
também na Bolívia.
Como o socialismo está sempre atuando na
sociedade independentemente de se encontrar
ou não no poder, a ideologia de gênero foi
implantada na lei americana nos governos de
Clinton e Obama (socialistas), e Trump
(conservador) está procurando removê-la.
Se o socialismo não estiver no poder, ele já
conseguiu infiltrar na sociedade as suas crenças
34
libertinas antibíblicas, sobretudo através da
educação, da imprensa e das artes.
Quem ganharia e o que ganharia com a
implantação da ideologia de gênero no Brasil?
Por que a esquerda enfatiza tanto a causa LGBT
no Brasil?
Por que essa terrível e contínua insistência em
tentar descontruir a família nuclear? Por um
simples motivo: porque é uma instituição
bíblica. E dar-se uma nova e ampliada definição
ao casamento representaria a derrota de Deus e
da Bíblia. Esta é a liberdade do homem que eles
têm para oferecer.
Não é um fator para se causar admiração que em
um mundo em que a maioria das pessoas não
conhece a Deus e não o ame, que elas não
desejem se submeter aos seus preceitos. Ainda
que não fosse por um motivo de rebelião
expressamente declarada elas procurarão
andar em conformidade com os seus próprios
valores e conceitos.
Isto pode ser aplicado tanto individual quanto
coletivamente. Por exemplo, quando em 1789
houve a chamada Revolução Francesa, com seu
pressuposto humanístico de liberdade,
35
igualdade e fraternidade, em que Deus ficava de
fora, e em seu lugar foi erigida a deusa razão, o
mesmo jamais poderia ter ocorrido na
Inglaterra, em cujo período havia um forte
apego da população a Deus e à Sua Palavra.
Assim, o mundo ocidental sempre esteve
debaixo destas grandes duas influências: das
missões cristãs, ou do expansionismo dos ideais
da Revolução Francesa. Desta surgiram vários
braços como o dos Iluminattis e do Comunismo
e do Socialismo.
Não se sustenta a justificativa de que o grande
fator propulsor que havia levado homens como
Voltaire e Rosseau, cujos escritos influenciaram
grandemente os ideais revolucionários
franceses, tivesse sido a grande superstição que
havia no cristianismo de Roma, que se valia
inclusive de práticas nada honestas como a das
indulgências, pois dois séculos já haviam
transcorrido desde a Reforma Protestante, e os
puritanos na Inglaterra eram um verdadeiro
exemplo de nobreza e santidade para o mundo.
Mas quem vê em Deus um estraga-prazeres não
quer saber de bom exemplo e nem de viver
abençoado, senão de dar larga justificativa para
todos os seus desejos carnais e pecaminosos. Se
não há céu, se não há inferno, se não há
36
julgamento futuro, então não com o que se
preocupar quando ao que possa nos suceder por
praticarmos aquelas coisas que Deus condena. É
assim que eles costumam pensar, sem saber
que Deus é paciente e longânimo, e que pode
esperar centenas de anos para finalmente julgar
definitivamente uma nação ou alguém.
O mundo atual encontra-se irremediavelmente
dividido entre aqueles que são conservadores e
progressistas. Não há necessidade que saibam
definir ou não de que lado se encontram, pois
por seus valores e crenças demonstrarão a que
lado pertencem de fato.
É possível, em razão de se estar sujeito a um
processo inconsciente, que haja uma mescla em
alguns, tanto de ideias conservadoras, quanto
progressistas, naquilo que não sejam
autoexcludentes. Por exemplo, é possível que
alguém seja um cristão praticante,
frequentador de cultos de adoração e oração, e
adotar como comportamento procedimentos
que sejam contrários aos princípios bíblicos.
Isto será resultante e proporcional ao tipo de
sociedade a que se pertença, e da qual seja
diretamente influenciado.
Como o mundo, em geral, está sempre na
direção oposta à de Deus, então, por
37
pressuposto básico, o cristão genuíno é alguém
que sempre terá que nadar contra a correnteza
e terá que se exercitar em muita disciplina para
que possa permanecer fiel à vontade de Deus
expressada em Sua Palavra.
Como muito das práticas da sociedade moderna
do mundo ocidental recebeu e tem recebido por
continuadas intervenções do socialismo na
educação, na imprensa, na cultura e nas artes, é
daí que o comportamento tem sido moldado, e
há um modo de pensar moderno que enfatiza a
liberdade em vez da responsabilidade, os
direitos em vez dos deveres, a independência
em vez do compromisso, a satisfação plena dos
desejos e da vontade em vez da renúncia e da
disciplina.
Como tudo o que se requer no Cristianismo é
basicamente humildade, renúncia ao ego,
paciência no sofrimento, diligência e disciplina
no cultivo das virtudes cristãs, então não é difícil
de se concluir que o caminho do cristão é
completamente diverso do caminho do
mundano.
Para fins especialmente de referência e
balizamento histórico estamos apresentando
adiante um artigo extraído da Wikipédia sobre a
História do Socialismo, de maneira que
38
possamos entender um pouco melhor um dos
maiores inimigos que temos que combater
como cristãos em nossos dias, para que não
sejamos contaminados e impulsionados por
seus pressupostos, especialmente aqueles que
são ocultos das grandes massas por
conveniência de se ocultar seus reais propósitos
de desconstruir os valores cristãos.
A história do socialismo encontra suas origens
na Revolução Francesa e nas mudanças trazidas
pela Revolução Industrial, apesar de ele ter
precedentes em movimentos e ideias
anteriores. Assim como o conceito de
capitalismo, ele contém uma grande gama de
visões.
O termo “socialismo” é geralmente atribuído a
Pierre Leroux em 1834, que chamou de
socialismo "a doutrina que não desistiria dos
princípios de Liberdade, Igualdade e
Fraternidade" da Revolução Francesa de 1789,
ou a Marie Rocha Louis Reybaud na França, ou
então na Inglaterra a Robert Owen, que é
considerado o pai do movimento cooperativo.
A maioria dos socialistas daquele período se
opuseram aos deslocamentos trazidos pela
Revolução Industrial. Eles criticaram o que
conceberam como injustiça, desigualdades e
39
sofrimentos gerados pela revolução e o
mercado livre laissez faire no qual ela se
sustentava.
O Conde de Saint-Simon, um seguidor de Adam
Smith, argumentou que uma irmandade de
homens deveria acompanhar a organização
científica da indústria e da sociedade. Proudhon
disse que "propriedade é roubo" e que o
socialismo era "toda ideia para o melhoramento
da sociedade". Proudhon se definia como
anarquista, assim como Bakunin, o pai do
anarquismo moderno, que é também chamado
de socialista libertário, uma teoria na qual os
trabalhadores controlariam os meios de
produção através de suas próprias associações
de produção.
O Manifesto Comunista foi escrito por Karl
Marx e Friedrich Engels em 1848, pouco tempo
antes das Revoluções de 1848 varrerem a
Europa, expressando o que eles chamaram de
“socialismo científico”. No último terço do
século XIX partidos social-democratas
surgiram na Europa, baseando-se
principalmente no Marxismo.
Na primeira metade do século XX a União
Soviética e os partidos Comunistas da Terceira
Internacional ao redor do mundo passaram a
40
representar o socialismo em termos do modelo
econômico de desenvolvimento soviético, ou
seja, a criação de economias planificadas
direcionadas por um Estado que possui todos os
meios de produção, apesar de outros ramos
condenarem o que eles enxergavam como falta
de democracia.
Comunistas na Iugoslávia na década de 60 e na
Hungria nas décadas de 70 e 80, comunistas
chineses desde a Reforma Econômica Chinesa,
e alguns economistas ocidentais, propuseram
diferentes formas de socialismo de mercado,
reconciliando o controle cooperativo ou do
Estado dos meios de produção com forças do
mercado, permitindo que o mercado guie a
produção e o comércio ao invés de planejadores
centrais.
Em 1945 Partidos Socialistas Europeus no poder
eram considerados administrações socialistas
por alguns. No Reino Unido, Herbert Morrison
disse que "Socialismo é o que a mão-de-obra do
governo faz", enquanto Aneurin Bevan
argumentou que o socialismo requer que "os
principais setores da economia sejam trazidos
para o poder público", com um plano econômico
e democracia dos trabalhadores. Alguns
argumentaram que o capitalismo havia sido
abolido. Os governos socialistas estabeleceram
41
a “economia mista” com nacionalizações
parciais e bem-estar social.
Em 1968 a longa Guerra do Vietnã (1959-1975)
fez surgir a Nova Esquerda, socialistas que
tendiam a ser críticos à URSS e à Social
Democracia. Anarco-Sindicalistas, alguns
elementos da Nova Esquerda e outros preferem
controle descentralizado e coletivo na forma de
cooperativas ou conselhos operários.
Nas décadas recentes, partidos socialistas
europeus redefiniram seus objetivos, e
reverteram suas políticas sobre nacionalização.
Hugo Chavez foi um dos defensores do
Socialismo do século XXI.
No século XXI, na Venezuela, o presidente Hugo
Chavez apresentou o que ele chamou de
“Socialismo do século XXI”, que incluía uma
política de nacionalização de recursos
nacionais, como o petróleo, anti-imperialismo,
e se auto denominou um Trotskista apoiando
“revolução permanente”.
Origens do Termo
O surgimento do termo "socialismo" é
frequentemente atribuído a Pierre Leroux em
1834, ou a Marie Roch Louis Reybaud na França,
42
ou então na Inglaterra a Robert Owen, que é
considerado o pai do movimento cooperativo.
Os primeiros socialistas modernos eram os
críticos sociais ocidentais do início do século
XIX. Nesse período, o socialismo emergiu de
uma combinação de doutrinas e experimentos
sociais associados primariamente com
pensadores franceses e britânicos -
especialmente Robert Owen, Charles Fourier,
Pierre-Joseph Proudhon, Louis Blanc e o Conde
de Saint-Simon. Esses críticos sociais criticaram
os excessos de pobreza e desigualdade da
Revolução Industrial, e defendiam reformas
como a distribuição igualitária de riquezas e a
transformação da sociedade em pequenas
comunidades nas quais a propriedade privada
seria abolida. Apresentando princípios para a
reorganização da sociedade por linhas
coletivistas, Saint-Simon e Owen queriam criar
o socialismo nas bases de comunidades
planejadas, utópicas.
De acordo com alguns relatos, o uso das palavras
"socialismo" ou "comunismo" estava
relacionado à atitude com relação à religião em
uma dada cultura. Na Europa, "comunismo" era
considerado a mais ateísta das duas. Na
Inglaterra, entretanto, essa palavra parecia
43
muito com comunhão, então os ateus preferiam
se denominar socialistas.
Em 1847, de acordo com Friedrich Engels,
"Socialismo" era "respeitável" no continente
europeu, enquanto "Comunismo" era o oposto,
os Owenistas na Inglaterra e os Fouriernistas na
França eram considerados socialistas, enquanto
os movimentos operários que "proclamavam a
necessidade de uma mudança social total" se
denominavam "comunistas". Esse último era
"poderoso o bastante" para produzir o
comunismo de Étienne Cabet na França e
Wilhelm Weitling na Alemanha.
Henri de Saint-Simon
Henri de Saint-Simon, que é chamado de
fundador do socialismo francês, argumentava
que uma sociedade de homens deve
acompanhar a organização científica da
indústria e da sociedade. Ele propôs que a
produção e distribuição deveriam ser
controladas pelo Estado, e que permitir que
todos tivessem oportunidades iguais para
desenvolver seus talentos levaria à harmonia
social, e o Estado poderia ser virtualmente
eliminado. "Poder sobre os homens seria
substituído pela administração das coisas."
44
Robert Owen
Robert Owen advogava a transformação da
sociedade em comunidades pequenas, locais
sem sistemas elaborados da organização social.
Owen foi um gerente de moinho de 1800 a 1825.
Ele transformou a vida na vila de New Lanark
com ideias e oportunidades que eram pelo
menos cem anos à frente de seu tempo.
Trabalho infantil e punição corporal foram
abolidos, e os aldeões tinham casas decentes,
escolas e aulas noturnas, atendimento médico
gratuito, e comida a preços acessíveis.
Pierre-Joseph Proudhon
Pierre-Joseph Proudhon pronunciou que
"propriedade é roubo" e que o socialismo era
"toda atitude com objetivo de melhorar a
sociedade". Proudhon se autodenominava
anarquista e propôs que uma livre associação de
indivíduos deveria substituir o Estado coercivo.
Proudhon, Benjamin Tucker, e outros
desenvolveram essas ideias na direção de um
livre-mercado, enquanto Mikhail Bakunin,
Piotr Kropotkin, e outros adaptaram as ideias de
Proudhon em uma direção socialista mais
convencional.
Mikhail Bakunin
45
Mikhail Bakunin, o pai do anarquismo
moderno, era um socialista libertário, uma
teoria pela qual os trabalhadores iriam
gerenciar diretamente os meios de produção
através de suas próprias associações produtivas.
Haveria "iguais meios de subsistência, apoio,
educação e oportunidade para toda criança,
menino ou menina, até a maturidade, e iguais
recursos e estabelecimentos na fase adulta para
criar seu próprio bem-estar através de seu
trabalho."
Enquanto muitos socialistas enfatizaram a
transformação gradual da sociedade, mais
notavelmente através da fundação de
sociedades pequenas, utópicas, um número
crescente de socialistas se desiludiu com a
viabilidade dessa abordagem e enfatizou ações
políticas diretas. Os primeiros socialistas eram
unidos, entretanto, em seu desejo por uma
sociedade baseada na cooperação ao invés da
competição.
Marxismo e o movimento socialista
A Revolução Francesa de 1789, de acordo com
Marx e Engels, "aboliu a propriedade feudal em
favor da propriedade burguesa".[1] A Revolução
Francesa foi precedida e influenciada pelos
trabalhos de Jean-Jacques Rousseau, cujo
46
Contrato Social começou, "O homem nasce
livre, e está acorrentado em todos os lugares." É
creditada a Rousseau influência sobre o
pensamento socialista, mas foi François Noël
Babeuf, e sua Conspiração dos Iguais, quem
forneceu um modelo para os movimentos
esquerdistas e comunistas do século XIX.
Marx e Engels basearam-se nessas ideias
socialistas ou comunistas nascidas na
Revolução Francesa, assim como na filosofia
alemã de Hegel, e na política econômica
inglesa, especialmente aquelas de Adam Smith
e David Ricardo. Marx e Engels desenvolveram
um corpo de ideias, as quais eles chamaram de
socialismo científico, normalmente chamado
de Marxismo. O Marxismo continha teorias
sobre história, política, economia e filosofia.
No Manifesto Comunista, escrito em 1848
apenas alguns dias antes do início das
revoluções de 1848, Marx e Engels escreveram,
"A característica que distingue o Comunismo
não é a abolição da propriedade em geral, mas a
abolição da propriedade burguesa."
Diferentemente daqueles chamados por Marx
de socialistas utópicos, Marx disse que, "A
história de todas sociedades até o momento é a
história da luta de classes." Enquanto os
socialistas utópicos acreditavam que era
47
possível trabalhar dentro ou reformar a
sociedade capitalistas, Marx confrontava a
questão do poder político e econômico da classe
capitalista, expressa em seu domínio dos meios
de produção (fábricas, bancos, comércio, ou
seja, “capital”). Marx e Engels formularam
teorias abordando a maneira prática de alcançar
e gerenciar um sistema socialista, que eles
acreditavam ser possível apenas através do
controle comum daqueles que produzem
riquezas na sociedade, os trabalhadores ou
proletariado, sobre suas ferramentas de
trabalho, as maneiras de produzir riquezas.
Marx acreditava que o capitalismo só poderia
ser deposto através de uma revolução feita pela
classe trabalhadora: "O movimento proletário é
o movimento independente, autoconsciente da
imensa maioria, pelos interesses da imensa
maioria." Marx acreditava que o proletariado era
a única classe com a coesão, meios e
determinação de fazer uma revolução.
Diferentemente dos socialistas utópicos, que
frequentemente idealizavam uma vida agrária e
não viam com bons olhos o crescimento da
indústria moderna, Marx via o crescimento do
capitalismo e do proletariado urbano como um
estágio necessário para se chegar ao socialismo.
48
Para os marxistas, socialismo, ou como Marx
definiu, a primeira fase da sociedade comunista,
pode ser vista como um estágio transitório
caracterizado pela posse comum ou do estado
dos meios de produção sob o controle e
gerenciamento democrático dos trabalhadores,
que Engels disse estar começando a acontecer
na Comuna de Paris de 1871, antes dela ser
encerrada. O socialismo é para eles a fase
transitória entre o capitalismo e a "fase mais
elevada da sociedade comunista". Uma vez que
essa sociedade tem características de ambos
seu ancestral capitalista e está começando a
mostrar propriedade do comunismo, ela terá
posse dos meios de produção coletivamente
mas distribuirá os resultados de acordo com a
contribuição individual. Quando o estado
socialista (a ditadura do proletariado)
naturalmente se dispersar, o que restará será
uma sociedade na qual seres humanos não mais
sofrem de alienação. Nessa fase "a sociedade
escreve em seus banners: de cada de acordo
com sua habilidade para cada de acordo com
suas necessidades."
Para Marx uma sociedade comunista tem uma
ausência de diferentes classes sociais e portanto
da luta de classes. De acordo com Marx e Engels,
uma vez que a sociedade socialista tivesse sido
introduzida, o estado começaria a atrofiar, e a
49
humanidade teria controle de seu próprio
destino pela primeira vez.
Até aqui as palavras da Wikipédia.
O comunismo, em seus primórdios pregou e
lutou pela tomada do poder pelo proletariado
visando principalmente à economia com a
estatização dos meios de produção.
Percebeu-se que a eliminação da iniciativa
privada, pelo ato de se calar o elemento criativo
e voluntário do processo de produção
emperrava o mecanismo de tal forma que
impedia a continuidade de qualquer progresso
considerável.
Por isso, já na própria União Soviética houve
maciços investimentos de capital privado,
inclusive dos EUA nas indústrias petrolíferas,
para não citar outras, e este modelo do uso do
privado no modelo estatal avançaria sobretudo
no modo comunista chinês.
Foi percebido também que não era a posse dos
meios de produção pelo Estado que lhe auferia a
autoridade e o poder para governar, mas o
controle sobre a educação, a imprensa, a mídia,
as artes, de maneira que tanto maior seria este
poder do governo quanto o número de
50
aderentes à causa socialista, fosse de forma
voluntária ou não, consciente ou não.
Um modo de pensar socialista sem que fosse
revelado explicitamente a forma como isto
estava sendo implantado sob outros nomes,
como por exemplo: pensamento progressista,
avanço democrático, liberdade de expressão, e
muitos outros termos atrativos de fácil adesão
pela população em geral.
Quem foram os mentores que conduziram este
processo no Brasil? Os chamados senhores do
mundo que detêm o grande capital empregado
especialmente nas grandes agências
financeiras, os partidos políticos, quase todos
eles, senão todos, promotores ou aliados ao
programa da esquerda, a grande mídia oficial,
reitores e professores de universidades, artistas
usados pelo sistema, e outros agentes de
formação de opinião.
Quantos inimigos do Reino de Cristo estão a
serviço da Velha Serpente, que agora se
transformou num grande dragão vermelho de 7
cabeças e 10 chifres.
Se não fosse pelo fortalecimento da Igreja, que é
o grande opositor que Deus usa contra o dragão,
ele, de há muito já teria dominado todo o mundo
51
ocidental, banindo dele o culto a Deus, assim
como logrou fazer em várias partes do mundo
oriental.
Não apenas no Brasil, mas em toda a América
Latina, aconteceu um fato marcante e decisivo
para a aceleração da implantação do socialismo
por essas bandas, e a causa disto foi a
desintegração do Império Soviético, com a
queda do Muro de Berlim em 1989.
Como havia em toda Europa uma forte
resistência ao avanço do comunismo, este
estendeu suas teias para a América Latina, e isto
foi materializado com a criação do Foro de São
Paulo em 1990, do qual, para maiores
informações lançamos mão do artigo da
Wikipédia que segue abaixo:
Foro de São Paulo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Tipo Organização internacional
Fundação julho de 1990 (28 anos)
Estado legal Ativo
Propósito Segundo o próprio grupo:
aprofundar o debate e procurar avançar com
52
propostas de unidade de ação consensuais na
luta anti-imperialista e popular, promover
intercâmbios especializados em torno dos
problemas econômicos, políticos, sociais e
culturais que a esquerda continental enfrenta.
Sede Não possui sede oficial
Membros 111 partidos políticos e organizações
de esquerda de toda a América Latina[1]
Línguas oficiais Espanhol, português e inglês
Organização
Fidel Castro
Hugo Chávez
Luiz Inácio Lula da Silva
José Dirceu
Sítio oficial www.forodesaopaulo.org
O Foro de São Paulo (FSP) é uma união de
partidos políticos e organizações de esquerda,
criada em 1990, a partir de um seminário
internacional promovido pelo Partido dos
Trabalhadores (PT), do Brasil,[2][3] que
convidou outros partidos e organizações da
53
América Latina e do Caribe para promover
alternativas às políticas dominantes na região
durante a década de 1990, chamadas de
"neoliberais",[4] e para promover a integração
latino-americana no âmbito econômico,
político e cultural.
Segundo a organização, atualmente mais de 100
partidos e organizações políticas de diversos
países participam dos encontros.[1] As posições
políticas variam dentro de um largo espectro,
que inclui partidos social-democratas; extrema-
esquerda; organizações comunitárias, sindicais
e sociais; esquerda cristã, grupos étnicos e
ambientalistas; organizações nacionalistas e
partidos comunistas.
A primeira reunião do Foro foi realizada em São
Paulo em 1990. Desde então, o Foro tem
acontecido a cada um ou dois anos, em
diferentes países da América Latina. Até julho
de 2017, foram 23 encontros no total.[5] A
primeira união do Foro foi realizada em São
Paulo em 1990. Depois, as reuniões ocorreram a
cada um ou dois anos: México (1991), Manágua,
Nicarágua (1992); Havana, Cuba (1993);
Montevidéu, Uruguai (1995); San Salvador, El
Salvador (1996); Porto Alegre, Brasil (1997);
Cidade do México, México (1998);
Niquinohomo, Nicarágua (2000); Havana
54
(2001), Antígua, Antígua e Barbuda (2002);
Quito, Equador (2003); São Paulo (2005); San
Salvador (2007); Montevidéu (2008); Cidade do
México (2009), Buenos Aires, Argentina (2010);
Manágua (2011); Caracas, Venezuela (2012); São
Paulo (2013), La Paz, Bolívia (2014), Cidade do
México (2015), San Salvador (2016) e Nicarágua
(2017).
História
O primeiro encontro foi numa reunião ocorrida
de 1º a 4 de julho de 1990, no extinto Hotel
Danúbio, na cidade de São Paulo, Brasil,[6] e
conseguiu reunir 48 partidos e organizações de
14 países latino-americanos e caribenhos,
atendendo ao convite do Partido dos
Trabalhadores (PT).[7] Essas organizações
reuniram-se visando debater a nova conjuntura
internacional pós-queda do Muro de Berlim, em
1989, e elaborar estratégias para fazer face ao
embargo dos Estados Unidos a Cuba. O encontro
chamava-se "Encontro de Partidos e
Organizações de Esquerda da América Latina e
do Caribe".
No encontro seguinte, realizado na Cidade do
México, em 1991, com a participação de 68
organizações e partidos políticos de 22 países,
examinou-se a situação e a perspectiva da
55
América Latina e do Caribe frente à
reestruturação hegemônica internacional. Na
ocasião, consagrou-se o nome "Foro de São
Paulo".
Após esse encontro, o Foro não parava de
crescer. No ano seguinte, em Havana (Cuba), já
contava com a participação de 30 países e o
número de participantes havia aumentado
exponencialmente.[8]
Posicionamentos
18º encontro do Foro de São Paulo, em Caracas,
Venezuela.
Os objetivos iniciais do Foro de São Paulo estão
expressos na "Declaração de São Paulo",
documento que foi aprovado no final do
primeiro encontro, na cidade de São Paulo, em
1990. O texto deste documento ressalta que o
objetivo do foro é aprofundar o debate e
procurar avançar com propostas de unidade de
ação consensuais na luta anti-imperialista e
popular, promover intercâmbios especializados
em torno dos problemas econômicos, políticos,
sociais e culturais que a esquerda continental
enfrenta após a queda do muro de Berlim. O
documento afirmou que o encontro foi inédito
por sua amplitude política e pela participação
56
das mais diversas correntes ideológicas da
esquerda[3].
Por fim, a Declaração diz encontrar "a
verdadeira face do Império" nas renovadas
agressões a Cuba e também à Revolução
Sandinista na Nicarágua, no aberto
intervencionismo e apoio ao militarismo em El
Salvador, na invasão e ocupação militar norte-
americana do Panamá, nos projetos e passos
dados no sentido de militarizar zonas andinas da
América do Sul sob o pretexto de lutar contra o
“narcoterrorismo”. Assim, eles reafirmam sua
solidariedade em relação à revolução cubana e à
Revolução Sandinista, e também seu apoio em
relação às tentativas de desmilitarização e de
solução política da guerra civil de El Salvador,
além de se solidarizarem com o povo
panamenho e com os povos andinos que
"enfrentam a pressão militarista do
imperialismo".[3]
Um dos temas centrais previstos para o
encontro do Foro de São Paulo em Montevidéu
(dias 22 a 25 de maio de 2008) foi a reivindicação
de renegociação do tratado de criação da Usina
Hidrelétrica de Itaipu Binacional. O presidente
do Paraguai, Fernando Lugo de esquerda, é
membro do Foro de São Paulo e deseja
aumentar a receita paraguaia proveniente da
57
Usina de Itaipu, fixada no tratado de
constituição da hidroelétrica, de 1973.
Em Janeiro de 2010, o Partido da Esquerda
Europeia - uma coalizão ampla de partidos de
esquerda na Comunidade Económica Europeia
- expressou na abertura de seu terceiro
congresso seu interesse em estreitar os laços
com o Foro de São Paulo.
Organização
Mapa mostrando membros do FSP (julho de
2016):
Mapa mostrando membros do FSP em setembro
de 2011.
O Foro funcionou sem um grupo executivo
apenas na sua primeira edição. No segundo
encontro, realizado na cidade do México, em
1991, foi criado o chamado "Grupo de Trabalho",
encarregado de "consultar e promover estudos
e ações unitárias em torno dos acordos do Foro".
Já na reunião realizada em Montevidéu (1995),
foi criado o Secretariado Permanente do FSP.
Essas instâncias têm sua composição decidida a
cada encontro e já foram integradas por
organizações como: Partido dos Trabalhadores
(Brasil); Izquierda Unida (Peru); Partido
58
Comunista de Cuba; Partido da Revolução
Democrática (México); Movimiento Bolivia
Libre (Bolívia), entre diversos outros.
As Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (FARC) foram excluídas do Foro a
partir de 2002, após abandonarem as
negociações para um acordo de paz na
Colômbia e enveredarem pelo caminho dos
sequestros, como da senadora Ingrid
Betancourt, e do narcotráfico para financiar sua
causa.[9] O grupo tentou participar de duas
reuniões subsequentes (em 2004 e 2008),
porém não obteve sucesso. No ano de 2008 sua
presença foi barrada pelo PT, que ocupava a
secretaria-executiva da entidade.[10]
Membros oficiais
Lista de alguns dos membros mais notórios do
Foro de São Paulo, ordenados por país:[1]
País Nome Situação
Argentina Partido Comunista da Argentina
na oposição
Barbados Partido do Empoderamento do Povo
sem representação
59
Bolívia Partido Comunista da Bolívia
apoia o governo
Movimento para o Socialismo no governo
Brasil Partido dos Trabalhadores (PT)
Partido Comunista do Brasil (PC do B)
Partido Democrático Trabalhista (PDT)
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Partido Socialista Brasileiro (PSB)
Partido Pátria Livre (PPL) na oposição
Chile Esquerda Cidadã
Movimento Amplo Social
Partido Comunista do Chile
Partido Humanista Chile
Partido Socialista do Chile na oposição
Colômbia Polo Democrático Alternativo
Partido Comunista Colombiano
Marcha Patriotica
60
Presentes por el Socialismo na oposição
Costa Rica Frente Ampla na oposição
Cuba Partido Comunista de Cuba estado de
partido único
Dominica Partido Trabalhista da Dominica
no governo
República Dominicana Partido da Libertação
Dominicana no governo
Equador Alianza País no governo
El Salvador Frente Farabundo Martí de
Libertação Nacional no governo
Guatemala União Revolucionária Nacional
Guatemalteca na oposição
Guiana Aliança do Povo Trabalhador na
oposição
Honduras Liberdade e Refundação
Partido Unificação Democrática na oposição
Martinique Partido Comunista para a
Independência e o Socialismo
61
Conselho Nacional de Comitês Populares sem
representação
México Movimento Regeneração Nacional
(Morena) no governo
Partido da Revolução Democrática
Partido do Trabalho apoiam o governo
Partido Popular Socialista (México)
Partido Comunista do México
Partido dos Comunistas Mexicanos sem
representação
Nicarágua Frente Sandinista de Libertação
Nacional no governo
Paraguai Partido Comunista Paraguaio
Partido País Solidário na oposição
Peru Partido Comunista Peruano
Partido Socialista
Partido Nacionalista Peruano sem
representação
62
Porto Rico Partido Nacionalista de Porto Rico
Frente Socialista
Movimento Independentista Nacional
Hostosiano sem representação
Uruguai Frente Ampla no governo
Venezuela Partido Socialista Unido da
Venezuela no governo
Membros históricos
Presidentes cujos partidos políticos são
membros históricos do Foro de São Paulo:
Bolívia - Evo Morales (Movimento para o
Socialismo)
Brasil - Luís Inácio Lula da Silva (Partido dos
Trabalhadores)
Cuba - Miguel Díaz-Canel (Partido Comunista
de Cuba)
Dominica - Charles Savarin (Presidente);
Roosevelt Skerrit (Primeiro-Ministro) (Partido
Trabalhista da Dominica)
63
El Salvador - Salvador Sánchez Cerén (Frente
Farabundo Martí de Libertação Nacional)
Equador - Lenín Moreno (Alianza País)
México - Andrés Manuel López Obrador
(Movimento Regeneração Nacional)
Nicarágua - Daniel Ortega (Frente Sandinista de
Libertação Nacional)
República Dominicana - Danilo Medina (Partido
de Libertação Dominicana)
Uruguai - Tabaré Vázquez (Frente Ampla)
Venezuela - Nicolás Maduro (Partido Socialista
Unido da Venezuela)
Críticas e controvérsias
Em 1997, o advogado José Carlos Graça Wagner
acusou o Foro de ser uma organização
internacional que objetivava o domínio político
de países latino-americanos, alegando que a
conferência reunia partidos ilegais e grupos
terroristas ligados ao tráfico internacional de
drogas.[11] Ainda de acordo com José Carlos
Graça, o Foro visa manter o castrismo em Cuba
e fazê-lo expandir-se para o continente, e para
tal, usa o MST como ponta-de-lança.[12]
64
Luiz Felipe Lampreia ex-Ministro das Relações
Exteriores, disse, em entrevista para a Globo
News, que “O que explica a confusão da América
Latina é o Foro de São Paulo”.[13] No último
capítulo de seu livro O Brasil e os ventos do
mundo: memórias de cinco décadas na cena
internacional, Lampreia escreveu que, "O PT
impulsionou o Foro de São Paulo (…). Nesses
encontros, forjou-se um pacto de solidariedade
visando chegar ao poder e tudo fazer para
conservá-lo. A solidariedade vem daí e explica a
leniência com que nosso governo aceitou os
agravos de Hugo Chávez e Evo Morales (…).
Chávez não tem nenhum poder de convocatório
no Brasil, mas penso que faríamos bem em
manter uma distância crescente do
coronel."[14]
Em editorial de 13 de agosto de 2013, o jornal O
Estado de S. Paulo, descrevendo a reunião como
um foro anacrônico, aponta que os países
participantes do foro tinham pior desempenho
econômico do que os da Aliança do Pacífico. O
editorial aponta ainda o fato de que todos os
países que participam do Foro "padecem de
burocratismo do aparelho estatal" que
acometeu a União Soviética e seus satélites, e
que não possuem perspectiva de conquistarem
uma "verdadeira democracia social e de
massas".[15]
65
Opositores do Foro de São Paulo dão destaque
principalmente à participação da organização
guerrilheira colombiana FARC nos encontros
da organização, além de outros grupos também
considerados criminosos por eles.
[10][16][17][18] Entre estes grupos que se opõem
ao Foro estão associações de intelectuais
liberais como o UnoAmérica,[19] organização
liderada pelo venezuelano Alejandro Peña
Esclusa
Diante de uma consulta sobre o Foro de São
Paulo, o então Ministro das Relações Exteriores,
José Serra, alegou que “O Brasil não tem de estar
aí (no foro), pois não é um país cucaracha”.[20]
Ver também
Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA)
Bolivarianismo
Chavismo
Guinada à esquerda
Neogramscismo
Onda conservadora
Revolução Bolivariana
66
Socialismo do século XXI
União das Repúblicas Socialistas da América
Latina (URSAL)
Até aqui as palavras do artigo da Wikipédia
sobre o Foro de São Paulo.
Ora, se há tão grande número de partidos
socialistas, conforme podemos constatar, aqui
na América Latina, sem levar em conta as
demais partes do mundo, é lamentável concluir
que haja tanta gente que não crê sequer em
Deus, e pronta para contradizer os Seus
mandamentos, candidatando-se para serem
líderes no mundo.
Nisto, vemos o grande poder de Deus,
especialmente para preservar e guardar o Seu
povo, que a Serpente sempre teve por alvo ferir
e magoar.
O comunismo/socialismo nada mais é do que
uma das mais recentes formas que a serpente
encontrou para enganar as nações, e para
afastá-las da fé salvadora em Jesus Cristo, que
consiste sobretudo na prática da verdade. Como
o comunismo/socialismo prega contra a
verdade revelada então não é nada difícil
concluir que é um programa a serviço de
67
Satanás para tentar barrar o progresso do reino
de Cristo na Terra.
Não esqueçamos que o século XIX, que não se
encontra tão afastado de nós, foi o palco da
queda de monarquias em todo o mundo, e
formas de governo republicanas entraram em
cena para substituí-las.
A jovem República brasileira que teve início em
1889 sempre deu espaço para a práxis socialista,
assim como sucedeu em todas as nações que
haviam deixado a monarquia para trás, pois esta
práxis sempre apontou para o alvo da tríade da
Revolução Francesa, de Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, ainda que seja fundada em
princípios e valores contrários aos que são
revelados na Bíblia.
Este idealismo é utópico porque o homem de si
mesmo é um ser dividido e escravizado ao
pecado, e não inclinado naturalmente ao que
seja virtuoso e bom. De maneira que nem
mesmo como objetivo a ser alcançado, o ideal
revolucionário se presta.
É por ser verdadeiro e trabalhar somente com a
verdade, que Deus caminha em direção oposta
ao ideal socialista e prega a fé, o
arrependimento, a conversão, como
68
pressupostos básicos para a entrada no seu
reino eterno de justiça e paz.
Para isso ele tem formado um povo
exclusivamente seu dentro de muitas nações, e
este povo é reunido sob uma única Cabeça, que
é Jesus Cristo, para serem mudados, ensinados,
guiados, conduzidos pelas veredas da verdade e
da justiça, não dos homens, mas de Deus.
Os crentes serão sempre perseguidos sob a falsa
acusação de serem contrários à unidade e
fraternidade universais, coisa que como já
vimos antes, é impossível por si mesma em
razão da natureza decaída do homem no pecado.
Deus chama o seu povo para fora do mundo, e o
mundo convoca a todos para se juntarem às
formas de procedimentos consensados como
úteis e necessários para serem praticados por
toda a sociedade.
Mas o crente, sendo criterioso em todas as
coisas, julga-as à luz da Palavra de Deus, e
rejeitará aqueles que sejam contrárias à Sua
vontade.
Isto dará causa a serem odiados por todos,
especialmente por aqueles que sejam ativistas
conscientes dentro do programa de aplicação
69
do comunismo/socialismo, que requer a
rendição da vontade coletiva aos padrões
comportamentais introduzidos na sociedade, e
que têm, muitos deles, a força da lei para exigir
o referido cumprimento.
Daí a importância de que os cristãos sejam
devidamente informados de quais são
realmente as intenções do
comunismo/socialismo, para que, pelo
exercício do voto não conduzam para o poder
aqueles que são inimigos de Deus e da Sua
Palavra.
Quem poderia imaginar que uma sociedade
conservadora como a americana chegaria a
aprovar algum dia a lei de ideologia de gênero?
Mas anos sucessivos dos democratas no poder,
que são de orientação socialista, os trouxe a isto,
e foi a sociedade como um todo, que lhes deu o
direito de governarem através do exercício do
voto.
De modo que antes de deixar se encantar pelas
bandeiras do socialismo, de liberdade,
igualdade e fraternidade, questione e bem
inteire-se de que tipo de liberdade, igualdade e
fraternidade eles estão defendendo de fato. É
óbvio que esconderão que é aquele que é
70
resultante da transgressão dos valores cristãos,
da desconstrução destes valores, para que a
sociedade como um todo possa dar as mãos
concordando com tudo o que venha da parte de
seus governantes ímpios e não tementes a Deus.
Mas o cristão tem o mandamento de antes
obedecer a Deus do que a homens. Se a lei do
homem contaria a lei de Deus, não é lícito para
um cristão que ele obedeça ao homem e não a
Deus, no caso citado.
Neste conflito, muitos perderam até mesmo a
própria vida, em martírio, porque se recusaram
a negar a sua fé em Cristo. Eles preferiram
encarar a morte do que se entregarem a uma
forma de vida contrária aos princípios revelados
por Deus em Sua Palavra.
Esta fé sempre foi e continuará sendo provada. E
a maior provação de todas ainda há de se revelar
no tempo do fim, quando muitos serão
perseguidos e mortos sob o Anticristo.
Graças a Deus, que nas questões da fé, não
somos avaliados pelo coletivo, mas pela
avaliação individual que Deus faz da fé de cada
um dos Seus filhos, e Noé que o diga, pois foi
aprovado solitariamente em meio a toda uma
71
geração que foi sujeitada à condenação por
causa da incredulidade.
Ainda que o comunismo/socialismo viesse a
predominar de forma massiva em todo o
mundo, ainda aí, Deus teria os seus milhares
que não dobrariam seus joelhos a Baal, e que
seriam considerados mais do que vencedores
por meio da fé em Jesus Cristo.
Se podemos trazer algum conforto para a nação
por conduzir pelo voto homens e mulheres ao
poder que sejam contrários ao
comunismo/socialismo, e sejam defensores da
moral e dos bons costumes fundados na
revelação bíblica, que não desperdicemos a
oportunidade de fazê-lo.
Mas ainda que isto não seja possível, e vivamos
debaixo de regimes totalitários em que
predominem governos anticristãos, nem por
isso fiquemos desanimados, pois teremos
maiores oportunidades de experimentar a força
da nossa fé para nos manter e guardar em um
procedimento inteiramente fiel, por maiores
que sejam as perseguições e desconfortos que
possamos sofrer.
72
Nossa esperança nunca deve estar colocada no
homem ou nos sistemas humanos, mas
somente em Deus e na força do Seu poder.
Ainda que não haja paz e justiça na nação, é
possível tê-las, pela graça de Deus, no coração.
O testemunho da igreja é a luz de Jesus em meio
a um mundo de trevas que sempre foi hostil aos
crentes autênticos.
Desde o seu início no dia de Pentecostes, com o
derramamento do Espírito Santo, a Igreja foi
duramente perseguida pelos próprios judeus.
Depois sofreu também perseguição da parte do
Império Romano, na seguinte ordem:
A Primeira Perseguição sob o Governo de Nero
(64 d.C)
A Segunda Perseguição sob o Governo de
Domiciano ( 96 d.C)
A Terceira Perseguição sob o Governo de
Trajano (98-117 d.C)
A Quarta Perseguição sob o Governo de Adriano
(117-138)
73
A Quinta Perseguição sob o governo de
Antonino, o Pio (138-161)
Neste governo os cristãos tiveram finalmente
sossego, apesar de haver casos esporádicos de
perseguições. Contudo os cristãos tinham
liberdade de anunciar o evangelho. O
cristianismo foi levado a várias partes do
império. Policarpo, um dos pais da Igreja foi
martirizado por este tempo.
A Sexta Perseguição sob o governo de Marco
Aurélio. (161-180)
A pretexto de manter a paz do estado estimulou
a perseguição à religião cristã. Muitas destas
perseguições ficaram famosas como a dos
“mártires de Lião e Viena”. Muitos filósofos
começam a escrever ao imperador defendendo
a fé cristã, entre eles justino, Aristídes,
Atenágoras, Melitão de Sardes e outros. Neste
tempo, morreu Justino, o mártir.
A Sétima Perseguição sob o Governo de Sétimo
Severo (193-211)
Durante algum tempo favoreceu os cristãos,
mas perto do ano 202 sua benevolência chegou
ao fim. Os cristãos do norte da África foram os
que mais sofreram com a crueldade das
74
perseguições sob seu governo. De nada
adiantaram as defesas jurídicas do advogado e
apologista cristão Tertuliano. O número de
mártires era grande, um exemplo disso foi o
martírio de duas cristãs, Perpétua e Felicidade,
que foram estraçalhadas pelas feras. Não
obstante, o número de conversões era ainda
muito maior a ponto de Tertuliano exclamar
que o sangue dos cristãos é semente da igreja.
A Oitava Perseguição sob o Governo de
Maximino (235-238)
A Nona Perseguição sob o Governo de Décio
(249-251)
Décio reavivou o culto ao imperador e a
adoração dos deuses. Omitiu decretos para cada
cristão no império sacrificar em público. Como
eles não se curvavam diante de seus editos, nova
onda de execuções varreu o império. Seu
governo propôs liquidar a religião cristã. Nesta
época Orígenes morreu em decorrência das
torturas sofridas.
A Décima Perseguição sob o Governo de
Valeriano (253-260)
Este imperador ultrapassou em crueldade seu
antecessor. Proibiu os cristãos de cultuar e
75
visitar as catacumbas. A recusa do sacrifício é
castigada com mortes, confisco de bens,
banimentos e trabalhos forçados. Entre os
executados sob seu regime estava o bispo
Cipriano.
A Última Perseguição Imperial sob o Governo
de Diocleciano (284-305)
Esta foi a última e a mais longa das perseguições
que durou 10 anos. Diocleciano auxiliado por
seus amigos, mandou destruir todas as igrejas e
os escritos sagrados, além disso mandou
prender os principais líderes das igrejas e
forçou os cristãos a sacrificarem aos deuses.
Suas perseguições alcançaram todo o império, e
os cristãos eram caçados e exterminados exceto
na região da Gália onde residia o imperador
Constantino.
Como o diabo não logrou êxito em deter o
avanço da Igreja por meio das perseguições
sangrentas, ele viria a usar também a tática de
destruição do Cristianismo de dentro de suas
próprias fronteiras, pelo levantamento de falsos
mestres com suas heresias destruidoras. E
destes somos notificados nos próprios escritos
dos apóstolos no Novo Testamento,
especialmente contra os judaizantes e
gnósticos.
76
A mais terrível oposição que a fé cristã sofreu
até o tempo da Reforma Protestante no século
XVI foi dirigida contra o coração da própria
justificação pela falsa doutrina de que a salvação
é alcançada pelas boas obras e não somente pela
graça mediante a fé.
Como é somente por graça e fé que o pecador
pode ser justificado e salvo por Deus, então,
quando o diabo escondeu esta verdade e a
substituiu pelas obras, contingentes inteiros de
almas deixaram de alcançar a salvação, porque
por obras ninguém será justificado e salvo por
Deus.
Um outro golpe, que é muito comum de ser visto
em nossos dias é o de corromper os hábitos de
santidade, e excluir a necessidade de uma
verdadeira vida piedosa perseverante na fé e
boas obras, que evidenciem que somos de fato
eleitos de Deus.
Pouco se consegue distinguir a fronteira
divisória entre o comportamento de um cristão
e de um mundano. Pouco se vê pregar contra o
pecado, e sobre a necessidade mortificação
contínua do pecado residente, com vistas à
santificação de todo o corpo, alma e espírito.
77
Mas, vez por outra Deus envia avivamentos e
produz novas reformas na Igreja trazendo-a de
volta à posição em que deve ser encontrada.
É com estas novas infusões renovadoras de
vitalidade operadas pelo Espírito Santo que os
crentes são habilitados a alcançar a vitória da fé
sobre os principados, potestades, o pecado e o
mundo.
Este mover pode varrer as trevas de uma igreja,
de um bairro, de uma cidade, de uma nação ou
nações, conforme esteja previsto no desígnio
eterno de Deus.
O grande fato é que sempre haverá este bom
combate da fé enquanto estivermos presentes
neste mundo, e até que Cristo volte, porque Ele
prometeu e tem cumprido a sua promessa de
que as portas do inferno não prevaleceriam
jamais sobre a sua igreja.
Por mais longos, duros e diversificados que
sejam os combates, por maiores que sejam as
dores e sofrimentos, a vitória já está garantida,
pois fiel é Aquele que prometeu e o cumprirá.
78
ARTIGO SOBRE A PROIBIÇÃO DE VENDA DE
BÍBLIAS PELA CHINA – Extraído da Internet
4/04/2018 - 16:04
China proíbe venda de Bíblias por não seguir os
“valores do socialismo”
Governo diz que pretende criar comissão para
"retraduzir e reinterpretar" a Bíblia
por Jarbas Aragão
O governo chinês proibiu a venda de Bíblias em
livrarias on-line em todo o país para cumprir com
novas normas que exigem um controle de literatura
que não esteja de acordo com os “valores centrais do
socialismo”.
A rede inglesa BBC produziu uma reportagem
mostrando que cópias eletrônicas das Escrituras
simplesmente desapareceram das lojas após a
divulgação do documento “Políticas e Práticas para
Proteger a Liberdade de Crença Religiosa na China”.
Apesar do nome pomposo, trata-se de uma nova
tentativa do governo comunista em censurar o
direito dos cristãos de praticarem sua fé.
As “políticas e práticas” estabelecem que as
comunidades religiosas chinesas “devem seguir a
direção do partido [comunista] sobre religião,
79
praticar os valores centrais do socialismo,
desenvolver e expandir a tradição chinesa e
explorar ativamente o pensamento religioso que
está de acordo com a situação da China”.
O documento também afirma que nos próximos
cinco anos haverá um esforço para reconstruir o
cristianismo chinês e a teologia chinesa para
“conscientemente desenvolver talentos de
especialistas que possam estabelecer uma base
sólida para retraduzir e reinterpretar a Bíblia e
escrever livros de referência”.
A decisão, na prática, volta a limitar a leitura das
Escrituras somente dentro das igrejas. A decisão
deixou a comunidade cristã chinesa “confusa e
indignada”, segundo os comentaristas da BBC.
Warren Wang, um líder cristão chinês que fugiu do
país por causa da perseguição em 2012, disse que
eles já esperavam que essa medida seria adotada.
“Não estou tão surpreso que eles estão tirando a
Bíblia das prateleiras agora”, afirmou. “Isso é muito
parecido com algo que a China fazia no passado. O
Partido Comunista ensina o ateísmo e desde que Xi
Jinping conseguiu consolidar seu poder, isso era
esperado”, reiterou, referindo-se ao presidente
chinês.
80
Na década passada o governo chinês havia relaxado
em seu controle de grupos religiosos. A
popularização da internet ajudou as pessoas a terem
fácil acesso aos aplicativos bíblicos. A partir de
agora, segundo a nova resolução, “Bíblias só podem
ser vendidas nas igrejas que o governo permitir”.
Embora a China alegue que exista liberdade
religiosa, nos últimos anos há uma crescente
repressão contra igrejas, onde as cruzes foram
retiradas do alto dos templos e muitos pastores,
presos.
A venda do Alcorão ainda está permitida, mas os
muçulmanos chineses também são alvos de
tentativas de repressão, mesmo que em menor
escala. Livros sobre budismo e taoísmo, religiões
populares no país, não estão proibidos. Com
informações Christian Post
Reportagem da BBC (em inglês):