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O O A presença de treinadores portugueses nos clubes brasileiros começa a gerar um novo negócio para o futebol do país: a exportação da transmis- são de campeonatos por causa do interesse em acompanhar o treinador. O duelo entre Santos e Red Bull Bragantino, que marcou a estreia do português Jesualdo Ferreira no time santista, foi transmitido pelo canal Premiere no Brasil e, em Portugal, pelo Canal 11, vinculado à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e que está no pacote das três maiores operadoras portuguesas, além do streaming. A transmissão foi um negócio inesperado para a Federação Paulista de Futebol. A entidade foi procurada pelo Santos com a solicitação do Canal 11 e negociou a venda dessa primeira transmissão do jogo para Portugal. Outras partidas, especí- O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1421 - SEXTA-FEIRA, 24 / JANEIRO / 2020 de dólares recebe por ano a Federação Coreana de Futebol em dez acordos de patrocínio; o valor é menor do que a CBF ganha da Nike 34 mi Técnicos 'exportam' futebol para Portugal

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Page 1: O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO€¦ · SP, COPINHA 'PERDE' FINAL PARA TODO PAÍS A Fifa divulgou o calendário de visitas aos países candidatos a receber a Copa do Mundo feminina

O O

A presença de treinadores portugueses nos clubes brasileiros começa a gerar um novo negócio para o futebol do país: a exportação da transmis-são de campeonatos por causa do interesse em acompanhar o treinador.

O duelo entre Santos e Red Bull Bragantino, que marcou a estreia do português Jesualdo Ferreira no time santista, foi transmitido pelo canal Premiere no Brasil e, em Portugal, pelo Canal 11, vinculado à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e que está no pacote das três maiores operadoras portuguesas, além do streaming.

A transmissão foi um negócio inesperado para a Federação Paulista de Futebol. A entidade foi procurada pelo Santos com a solicitação do Canal 11 e negociou a venda dessa primeira transmissão do jogo para Portugal. Outras partidas, especí-

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1421 - SEXTA-FEIRA, 24 / JANEIRO / 2020

de dólares recebe por ano a Federação Coreana de Futebol em dez acordos de patrocínio; o valor é menor do que a CBF ganha da Nike34mi

Técnicos 'exportam' futebol para Portugal

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ficas do Santos, podem entrar num pacote de jogos que o Canal 11 quer ofertar para o seu consumidor para mostrar como têm se saído os treinadores portugue-ses em outros países. A emissora já transmite o Campeonato Grego por conta da forte presença de treinadores portugueses nas principais equipes daquele país.

A iniciativa do Canal 11 reforça a estratégia adotada pela emissora portuguesa no ano passado, quando o Flamengo começou a embalar no Campeonato Brasilei-ro. O canal negociou com o clube a transmissão de jogos no torneio por causa de Jorge Jesus. Desde então, o Flamengo tem adotado uma estratégia de internacio-nalizar a transmissão de partidas, seja por redes sociais ou outros veículos.

Por conta de Jesus e, agora, Jesualdo Ferreira, Portugal tornou-se o primeiro país interessado em buscar os jogos de times brasileiros. Mas o aumento de treina-dores de outros países no Brasil pode levar a um crescimento da venda de direitos de transmissão para o exterior. No Campeonato Brasileiro, mais clubes terão trei-nadores de outros países comandando suas equipes. O Inter conta com o argenti-no Eduardo Coudet, enquanto o Atlético-MG tem o venezuelano Rafael Dudamel.

Para o Brasileirão, porém, a viabilização das transmissões são mais complexas. Se, no Paulistão, a emissora negocia diretamente com a FPF, no torneio nacional é preciso que os dois clubes que disputam aquela partida aceitem vender os direi-tos. Em 2019, o Botafogo não concordou em receber R$ 50 mil para transmitir o clássico com o Flamengo, o que inviabilizou a partida dentro do Canal 11.

De forma ainda capenga, o futebol brasileiro começa a perceber que pode existir um bom negócio fora de campo com a presença de treinadores estrangeiros.

R I O O P E N S E R Á 1 ° N O S A I B R O A T E R

R E V I S Ã O D E P O N T O

N E T B E T A M P L I A A P O R T E S C O M R E D B U L L B R A G A N T I N O

O Rio Open anunciou que vai implementar o sistema espanhol de revisão de pontos FoxTenn. O torneio será o primeiro que é jogado no saibro do circuito da ATP a usar o sistema, que permite analisar com mais pre-cisão se a bola foi dentro ou fora.

Até hoje, somente quadras de piso duro usavam o sistema, mas de forma que estimava, pela imagem, o percurso que ela faria para determinar se ela ia dentro ou fora. O novo sistema mede com precisão 100 vezes maior o local onde a bola cai. Os atletas poderão pe-dir o desafio de forma ilimitada.

A ideia do Rio Open, assim, é refor-çar a inovação tecnológica do torneio.

A empresa de apostas NetBet, primeira do segmento a investir em patrocínio de clubes no Brasil, ampliou o leque de patrocinados com um acordo de um ano com o Red Bull Bragantino, que jogará a Série A do Brasileiro.

A marca da empresa já apareceu na manga da camisa do time paulista na estreia do Estadual. Em suas redes sociais, o Red Bull Bragantino celebrou o patrocínio, que fará com que a marca de energéticos não seja a única a estar estampada na camisa da equipe em 2020.

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O P I N I Ã O

Estadual sobrevive em estado terminal

O começo de temporada do futebol brasileiro é pura melancolia. O tor-cedor, sedento por voltar a ver seus times, têm que aturar um produto de má qualidade. A discussão sobre a sobrevivência do Estadual, que

rodou por todo o século, parece ter chegado ao limite em 2020. Nunca os torneios foram tão pouco valorizados pelas equipes ao redor do Brasil.

Ao longo desses vinte anos, muito se falou, tentou, mas pouco mudou. Dos inte-restaduais disputados em 2002 ao desprezo criado em 2020, os Estaduais mantiveram mais ou menos o mesmo formato e as mesmas infinitas datas em um calendário único no futebol mundial. Não há país com tantos jogos disputados quanto há no Brasil.

O maior símbolo dessa situação aconteceu nesta semana, com a partida entre Flamengo e Vasco. O primeiro grande clássico do ano teve times reservas. O Fla-

mengo, porque disputou o Mundial então nem time tem para entrar em campo, e o Vasco, sensato quanto ao desgaste promo-vido logo nas primeiras semanas da tem-porada. Poucas vezes os cariocas mostra-ram tão pouco apresso ao torneio.

Até pouco tempo, o grande argumen-to dos Estaduais era a presença de grandes clássicos, mas está claro que hoje nem isso mobiliza as equipes. Os jogos logo nas pri-meiras rodadas criam uma saia justa aos clubes, e não um grande espetáculo.

Esportivamente, a diferença entre os times é gritante. O abismo financeiro criado entre as grandes equipes e as agremiações menores nunca foi tão grande, com exceção do Red Bull Bragantino, um caso totalmente à parte. Ainda assim, a equipe paulista está na Série A do Brasileirão, então já não pode mais ser considerada menor.

Como foi visto em anos anteriores, os times passam com alguma facilidade pelos menores e, no começo do Brasileirão, fica claro que as primeiras partidas do ano pou-co representam. Os jogos servem de treino, mas com ritmo de jogo oficial.

Nem mesmo a televisão tem demonstrado grande interesse. A Globo, maior pro-motora do futebol brasileiro, já deixou de lado torneios e, neste ano, não conta com a transmissão do Flamengo. O time de maior torcida do Brasil estará invisível durante três meses. A emissora, claro, não vê sentido em gastar mais em um produto fraco.

Ao longo dos últimos anos, pouco foi feito para melhor o insano calendário brasileiro. Agora, parece a situação bate direto no bolso das equipes: esses são meses de pouquíssimo rendimento. Resolver os Estaduais tem que voltar a ser prioridade.

Público até comparece aos estádios,

mas os clubes e a mídia dão claras

demonstrações de desprezo aos jogos

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

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Construtora busca ativação em apoio

ao Vôlei Renata

A Copa São Paulo de Futebol Júnior realiza, neste sábado, uma final inédita, com o clássico gaúcho entre Internacional e Grêmio.

A ausência de equipes do eixo Rio-São Paulo, porém, fez com que a Globo desistisse de mostrar o jogo na TV aberta para além do Rio Grande do Sul. O duelo entre os times gaúchos será exibido naciona-lmente pelo canal fechado Sportv, enquanto a TV Cultura exibirá na TV aberta, mas com um alcance muito menor do que o da Globo.

Mesmo sem o alcance maior da final, a Copinha 2020 foi a primei-ra a ter todos os jogos exibidos, gra-ças a um acordo com as plataformas de streaming MyCujoo e Facebook.

S E M E I X O R I O -S P, C O P I N H A ' P E R D E ' F I N A L PA R A T O D O PA Í S

A Fifa divulgou o calendário de visitas aos países candidatos a receber a Copa do Mundo feminina de 2023. As visitas começarão pela Colômbia,

entre os dias 29 de janeiro e 1° de fevereiro. O Brasil é o segundo país a ser visitado (3 a 6 de fevereiro). De-pois, será a vez de Austrália e Nova Zelândia (17 a 22/2) e, por último,

estará o Japão (24 a 27/2).Os delegados conhecerão as insta-

lações e conversarão com os comitês locais. A decisão da sede é em junho.

F IFA DEF INE DATAS PARA INSPEÇÃO A

CANDIDATAS À COPA DE 2023

POR REDAÇÃO

A construtora Patriani anunciou que será a nova patrocina-dora do Vôlei Renata, equipe que disputa a Superliga mas-culina. O patrocínio foi fechado após um "tira gosto" que a empresa obteve durante as finais do Campeonato Paulista e terá validade durante toda a temporada de 2020.

Além da exposição de marca na camisa da equipe, a cons-trutora quer usar os embaixadores do time para ações de ativação e promoção de lançamentos de empreendimentos.

"Viemos para ficar em Campinas e queremos nos envolver com a cidade, que está entre as mais populosas do Brasil. Acreditamos no esporte e o vôlei da cidade é uma referên-cia nessa categoria. Estamos muitos felizes e orgulhosos em aliar nossa marca a essa cidade tão especial que é Campi-nas", disse em nota o diretor da construtora, Valter Patriani.

A intenção da empresa é usar as imagens de Maurício Lima, levantador bicampeão olímpico em 1992 e 2004, e An-dré Heller, ouro em 2004 e prata em 2008, para ações com o público. Além disso, as redes sociais do Vôlei Renata serão usadas para promover lançamentos da construtora.

Com o aporte, o Vôlei Renata chega a seu oitavo patro-cínio. Além da Selmi alimentos, que dá nome ao time por meio da marca de macarrões Renata, a Unimed Campinas, a Sanasa (rede de saneamento de Campinas), a empresa de apostas Betsul, a provedora Americanet, o Supermercados Goodbom e o CDE (diagnósticos por imagem) apoiam o time, que ocupa o quinto lugar na Superliga masculina.

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A rede Accor usou o patrocínio ao PSG para criar uma ação exclusiva a associados do programa ALL (Accor Live Limitless), que estampa a marca na camisa da equipe francesa. A empresa levou seis clientes para Paris

que conheceram, em primeira mão, a nova camisa 4 do time e, a partir disso, se tornaram embaixadores do clube francês em diversas ações de publicidade.

Os seis torcedores vieram de diferentes regiões: do subúrbio de Paris, de Ruan-da, do Canadá, da ilha de Guadalupe, do Japão e do Brasil. Eles ficaram hospe-dados no hotel Sofitel Paris Le Faubourg, um dos mais luxuosos da rede Accor na capital francesa. Depois, conheceram em primeira mão a nova camisa do time e, na sequência, participaram de um ensaio com o fotógrafo internacional Julot Ban-dit e Mario Schiniotakis, responsável de direção do coletivo Kids Go First. Depois, os torcedores foram até o jogo entre PSG e Monaco. E, desde esta sexta-feira, as fotos deles com a camisa estampam a vitrine da loja do PSG na Champs-Elysées.

Para reforçar a ideia de que os associados são embaixadores do clube, a Accor comprou mídia em um veículo de cada um dos países que participaram da ação.

O plano de ativação serviu para reforçar dois conceitos que tanto o clube quanto a empresa desejam com o patrocínio. Do lado do PSG, a escolha de seis clientes de diferentes partes do mundo representam o crescimento global do clube, que desde que foi vendido a investidores do Qatar, tem feito um esforço bem-sucedi-do para se colocar entre os principais do mundo. Do lado da Accor, proporcionar uma experiência exclusiva para o associado do ALL ajuda a reforçar o novo progra-ma de relacionamento criado pela rede e que usará o PSG para ganhar o mundo.

Accor faz de associado embaixador do PSG

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POR REDAÇÃO