o anticristo e a mulher de vermelho

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Page 1: O anticristo e a mulher de vermelho

O Anticristo e a Mulher de vermelho

Por Alejandro Bullón

“No dia 7 de agosto de 1888, um morador de um conjunto habitacional de East End, um

bairro pobre de Londres, encontrou o corpo da prostituta Martha Turner. Ela foi a

primeira de uma série de vítimas. Depois dela vieram mais quatro, todas meretrizes que

freqüentavam os bares da região. A última foi assassinada em 9 de novembro daquele

mesmo ano.

A polícia londrina ficou quase enlouquecida. O assassino teve até a ousadia de anunciar

seus crimes à Agência Central de notícias, identificando-se apenas como “Jack, o

estripador”. Parece que ele estava bem certo de que nunca seria descoberto e,

efetivamente, nunca o foi. O inspetor Charles Warren, que comandava as investigações,

demitiu-se. Jack desapareceu tão enigmaticamente quanto apareceu.

Embora muito mais inteligente, ousado e astuto do que o assassino londrino, o demônio

parece ter certeza de que também nunca será desmascarado. Mas, sua história está

chegando ao fim. O interesse que a humanidade toda tem pelo que trará o próximo

milênio pode ser a chave que estava faltando para que os homens descubram no

Apocalipse as artimanhas do inimigo.

Quais são as afirmações da Bíblia com relação às tentativas do inimigo de Deus para

enganar aos seres humanos? Veja o que o próprio João, autor do Apocalipse, disse em I

João 2, verso 18 acerca dos perigos dos últimos dias: “Filhinhos, já é a última hora; e

como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo

que conhecemos que é a última hora”.

Aqui o apóstolo João fala não apenas de um anticristo, mas de muitos anticristos.

Anticristo é aquele que se coloca contra Cristo. E não precisa maior explicação para

saber que o grande inimigo de Cristo é o diabo. Só que ele tem muitas formas de se

apresentar, usando muitos instrumentos e disfarces. Por isso não podemos falar apenas

de um anticristo, mas de muitos, que lutam para usurpar a soberania que Cristo merece.

Por exemplo, existem duas maneiras de colocar-se contra alguém. A primeira é

atacando e perseguindo. E, quando as medidas de violência não dão resultado, é

possível também destruir uma pessoa, desvirtuando seu caráter. Isto é, projetando uma

falsa imagem da verdadeira pessoa, fazendo-se passar por ela ou colocando-se no lugar

dela.

João diz mais. Os anticristos, ou seja, as pessoas que tentarão perseguir ou desvirtuar o

caráter de Cristo, sairiam, inclusive, do coração da Igreja chamada Cristã. E o apóstolo

Paulo, escrevendo aos Coríntios, complementa o pensamento de João, relatado em II

Coríntios 11, versos 13 a 15: “…Os tais, são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos,

transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás

se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se

transformem em ministros de justiça…”

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Realmente pode ser doloroso descobrir que pensando que estávamos servindo

inocentemente a Deus, estávamos, em realidade, servindo ao inimigo de Deus. Isto seria

terrível; e, por isso, deve ser motivo de séria análise. Mas aonde encontrar luz? Tem a

Bíblia alguma orientação?

Voltemos ao livro de Apocalipse e lembremos que, no capítulo 12, a Igreja de Deus é

simbolizada por uma mulher pura vestida de branco. Já no capítulo 17 encontramos

outra mulher vestida de vermelho.

O anjo a apresenta para João, da seguinte maneira: Leiamos Apocalipse 17, 1 e 2:

“…Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre

muitas águas, com quem se prostituíram /-os reis da terra; e, com o vinho de sua

devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra”.

João continua relatando, nos versos 3 a 5, que o anjo transportou-o a um deserto e viu

“…uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia,

com sete cabeças e dez chifres. Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata,

adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro

transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição. Na sua fronte,

achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS

MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA”.

Evidentemente essa figura feminina é uma das formas em que o anticristo se apresenta.

Mas a quem simboliza esta mulher, adúltera, cujo nome é Babilônia?

Já vimos, anteriormente, que mulher na profecia é símbolo de igreja. Esta mulher

vestida de vermelho é sem dúvida nenhuma, símbolo de uma igreja prostituída que

deixou de ser a Igreja de Deus, embora continue pretendendo sê-la.

Mas não seria sábio usar de arrogância apontando essa ou aquela igreja. Seria mais

sensato que você tirasse suas próprias conclusões sem forçar a Palavra de Deus.

O nome dessa Igreja é Babilônia e, para saber onde está Babilônia hoje, é preciso saber

quem era Babilônia antigamente. Evidentemente o Apocalipse não se refere mais à

Babilônia antiga, porque aquela cidade foi destruída e, segundo o profeta Isaías, jamais

seria habitada de novo(Isaías 13:19-21).

Apocalipse é um livro simbólico e Babilônia, com toda certeza, simboliza algo. Mas, o

quê? Vejamos algumas características:

1. Babilônia antiga teve suas raízes na construção da Torre de Babel, através da qual os

homens tentaram escapar dos juízos divinos. Ela representava o esforço humano para

colocar-se no lugar de Deus e chegar às alturas da Terra.

2. Babilônia foi perseguidora do povo de Deus, que naquela época era Israel.

3. Babilônia introduziu o culto a muitos deuses pagãos, especialmente ao deus sol.

Para entender a quem simboliza aquela mulher de nome Babilônia, é preciso perguntar-

se:

1. Existe hoje no mundo algum grupo religioso cujo líder ou líderes pretendam ser

representantes de Deus nesta Terra, reivindicando para si, prerrogativas divinas como a

infalibilidade e o poder de perdoar pecados?

2. Existe hoje no mundo algum grupo religioso que perseguiu pessoas, em algum

período da História, pelo simples “delito” de desejarem obedecer apenas ao que Deus

pedia na Sagrada Escritura?

3. Existe hoje, algum grupo religioso que, além das duas características anteriores,

promova o culto a muitos tipos de imagens e especialmente promova a adoração a Deus,

no dia dedicado ao sol?

E a profecia de Apocalipse 17 apresenta ainda outras características:

1. A prostituta está “sentada sobre muitas águas”. E, segundo o próprio Apocalipse, “As

águas, onde a meretriz está sentada, são povos, multidões, nações e línguas”(Apocalipse

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17:15). Quer dizer que a Igreja simbolizada por esta mulher, exerce domínio sobre

multidões, de inúmeros países, nações e línguas.

2. Essa mulher se “prostituiu com os reis da Terra” (Apocalipse 17:2). Em outras

palavras, esta Igreja tem o apoio de governantes e reis de todas as partes.

3. Esta mulher embebedou todos os que habitam na Terra com o “vinho de sua

devassidão” (Apocalipse 17:2). O vinho é o suco de uva fermentado. Na Bíblia ele é

usado como símbolo de doutrinas erradas, que não têm apoio bíblico e que geralmente

não passam de tradições humanas.

Revisemos por exemplo alguns desses ensinamentos:

1. A Bíblia é a Palavra de Deus e única regra de fé e doutrina. Apoio bíblico: II Pedro

1:19; II Timóteo 3:15-17.

1. A tradição e dogmas da Igreja são também regra de fé. Apoio bíblico: não existe.

2. Somos salvos unicamente pela graça de Cristo. Apoio bíblico: Efésios 2:8, 9.

2. Devemos fazer penitências e obras meritórias. Apoio bíblico: não existe.

3. Cristo é o único mediador. Apoio bíblico: I Timóteo 2:5.

3. Os santos podem também ser mediadores. Apoio bíblico: não existe.

4. A lei dos dez mandamentos não foi mudada por Jesus e Ele não autorizou mudança

nenhuma. Apoio bíblico: Mateus 5:17, 18

4. A lei dos dez mandamentos não foi mudada por Jesus e Ele não autorizou mudança

nenhuma. Apoio bíblico: Mateus 5:17, 18

Outra das características da Babilônia moderna é que ela é a “mãe das meretrizes e

abominações”. Quer dizer que essa Igreja gerou outras igrejas. Se existe mãe, existem

filhas, que, de alguma maneira, se assemelham à mãe. Algumas das doutrinas das filhas

não provém da Bíblia, mas da mãe. As puras doutrinas bíblicas foram contaminadas

com o vinho da mãe.

No verso seis de Apocalipse 17, menciona-se a mulher Babilônia “embriagada com o

sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”. Novamente fala-se aqui

de perseguição. De uma igreja que, em algum momento da História foi intolerante com

os “hereges”, pelo único motivo de que estes não aceitavam seguir as tradições

religiosas e preferiram obedecer à Palavra de Deus.

Existe algo mais que precisa ser dito. Segundo o Apocalipse, a mulher “embebedou” as

pessoas com o vinho de sua fornicação. E quando uma pessoa está bêbada parece não

perceber o que faz; ela simplesmente faz as coisas sem pensar nas conseqüências. Esse é

um sério convite para rever os fundamentos de nossa fé. Não devemos simplesmente

crer no que nossos pais e avós creram, ou fazer assim porque todo mundo faz. Nesse

tempo em que vivemos é urgente que as pessoas analisem de onde vem e para onde vão.

Isso pode até ser doloroso, mas não existe crescimento sem dor. Pode tudo parecer até

grotesco. Os simbolismos que João viu ao escrever o livro de Apocalipse são, de certa

maneira, cruéis. João registra que o anjo clamou com potente voz dizendo em

Apocalipse 18, verso 2: “…Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de

demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave

imunda e detestável”.

Tudo isso dito em referência a uma igreja, do ponto de vista humano, parece cruel. Que

pessoa, em sã consciência, não se chocaria ao sequer suspeitar que a igreja na qual, com

toda sinceridade pensou estar servindo a Deus, aproxima-se das características descritas

nesses versos bíblicos?

Mas a advertência divina é contundente. Vejamos Apocalipse 18, versos 4 e 5:

“…Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não

participardes dos seus flagelos; porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e

Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou”.

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Isso quer dizer que, dentro das igrejas simbolizadas por Babilônia e suas filhas, existem

pessoas maravilhosas, sinceras e inocentes, que não haviam percebido a verdade

descrita pela profecia. A essas pessoas Deus chama de “Povo Meu”; mas o convite é

claro: “Retirai-vos dela”.

Tremo em meu coração ao pensar na dor e no sofrimento de tantos filhos de Deus

maravilhosos, cujos olhos, de repente, começam a se abrir às verdades bíblicas que não

conheciam. Que direito teria eu de causar-lhes qualquer sofrimento? Mas, por outro

lado, tenho eu o direito de esconder estas verdades bíblicas?

A História deste planeta está chegando ao fim. Não há mais tempo para a dúvida. A voz

de Deus ouve-se clara. A Sagrada Escritura está à disposição de todas as pessoas para

ser estudada. Ninguém precisa deixar-se levar apenas pela opinião de um homem.

O Apocalipse é incisivo ao identificar a Igreja que pretende ser a Igreja de Deus e não o

é. Quando Jesus esteve nesta Terra, deixou uma descrição do dia final que a Bíblia

registra em Mateus 7, versículo 21 a 23: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!

entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós

profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não

fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-

vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.

Quer dizer que é possível “praticar a iniqüidade”, mesmo pensando que se está servindo

a Deus? O texto bíblico é claro. Qual é, então, a única maneira segura de servir a Deus?

“Aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus” – disse Jesus. E onde se

encontra registrada a vontade do Pai? Unicamente na Palavra de Deus; a Bíblia Sagrada.

Não gostaria você de pedir a Deus sabedoria para obedecê-Lo com inteligência através

do estudo de Sua Palavra? Faça-o agora!