O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

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Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015Ano XL, Nº 8727Fundador/Diretor: Oscar Pires

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QUATRO LINHAS DE 10 CARACTERES

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GERAL POLÍCIAWANDERLEY GIL

Prudência evita acidentes nas rodovias

Proteção dos animais é alvo de ação social

Operação nas estradas após o feriadão

Instituições promovem campanhas de doação no município PÁG. 9

Cerca de 89 mil veículos devem passar pela BR 101 até este domingo PÁG. 5

WANDERLEY GIL

Através de feiras, animais abandonados nas ruas da cidade ganham novos lares e famílias

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

WANDERLEY GIL

Seminário promove debate sobre saúde

EDUCAÇÃOPOLÍTICA

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Tei-xeira vai realizar esta semana a terceira edição do Seminário Interdisciplinar sobre Promo-ção de Saúde. A programação do evento inclui uma palestra aber-ta ao público das 10h às 12h com o Prof. Dr. Francisco Romão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro intitulada "Consumo, Economia e Saúde". Interessa-dos em participar do evento podem se inscrever pelo email seminariopips@gmail.com . É necessário informar o nome e o número de telefone para contato. À tarde das 13h30 às 17h haverá discussão em Grupo de Trabalhos. A iniciativa é um evento científico do Programa Interdisciplinar de Promoção da Saúde do campus UFRJ Ma-caé. PÁG. 9

Cidade Universitária

Prefeitura afirma que as obras já estão 97% concluídas

Macaé: R$ 830 milhões em receitas em cinco meses

LAGOMAR DE CARA NOVA

Queda orçamentária registrada pela cidade em 2015, na comparação com o ano passado, alcança a marca de R$ 90 milhões em ano marcado pela queda na arrecadação do petróleo

Em cinco meses, a Capi-tal Nacional do Petróleo re-gistrou a arrecadação de R$ 830.737.526,89 em recursos oriundos de tributos munici-pais, repasses governamentais e convênios públicos. O mon-tante corresponde a uma mé-dia mensal de receitas que so-mam R$ 121 milhões, um bom desempenho financeiro se comparado à maior parte das cidades do Norte Fluminense, assim como de todo o Estado do Rio de Janeiro. No entanto, o cenário alcançado em 2015 é de retração no comparativo ao registrado no ano passado.

No ano marcado pela que-da nos repasses do royalties do petróleo e nas parcelas da Participação Especial (PE), Macaé se mantém firme no topo da lista das cidades com maior poder orçamentário, mesmo com o baque de qua-se R$ 90 milhões gerado nas contas públicas de 2015, em comparação ao desempenho tributário registrado no mes-mo período, em 2014.

Ao sentir os efeitos da retra-ção de investimentos no setor de exploração de petróleo, a principal expertise da cadeia offshore instalada na cidade, responsável pela geração do Imposto Sobre Serviços (ISS), Macaé deve chegar ao final de 2015 com um saldo total de mais de R$ 2 bilhões em re-ceitas arrecadadas. PÁG. 3

Localizado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106) e próximo ao PARNA Jurubatiba, o Lagomar é con-siderado um dos bairros mais populosos do município. Atual-mente são mais de 35 mil pesso-as vivendo no local, que ocupa área de mais de 3.290.000m2. Tem como limite, do outro lado, o Oceano Atlântico. O bairro é

plano e conta com duas lagoas: a Lagoa dos Patos e o Baixio das Rãs. Através do Decreto Muni-cipal 180/2005, o Lagomar foi transformado pela prefeitura, em 2008, em Zona Especial de Interesse Social. Assim co-mo muitas áreas da cidade que cresceram de maneira desor-denada, e sem infraestrutura, com o Lagomar também não

foi diferente. No entanto, des-de a última visita do Bairros em Debate, em maio de 2013, mui-tas reivindicações feitas pelos moradores à nossa equipe de reportagem foram atendidas. Entre elas, podemos destacar a obra de urbanização. Segundo a Prefeitura de Macaé, atualmen-te já foram concluídas 97% das ações previstas. PÁG.8

Apesar de queda nos repasses dos royalties, Capital Nacional do Petróleo segue à frente dos municípios do Norte Fluminense

Bairro, que é um dos mais populosos da cidade, está recebendo investimentos em infraestrutura

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 28º CMínima 18º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO ECONOMIA CADERNO DOIS

Carros abandonados ocupam vias da cidade

Ultima semana para o vestibular da Salesiana

Programa estimula geração de recursos

‘Cinderella’ enche de magia o Teatro

Denúncias são alvos de operação da Mobilidade PÁG. 5

Inscrições para disputa de vagas seguem até dia 12 PÁG. 9

Cursos profissionalizantes são oferecidos à população PÁG. 6

Espetáculo infantil estará em cartaz neste domingo CAPA

BAIRROS EM DEBATE

INICIATIVAS AUXILIAM NA PROTEÇÃO DE CRIANÇAS

REFORMA DEVE GERAR REDUÇÃO DE R$ 17 MILHÕES

ECONOMIA DE MACAÉ COM NOVO FOCO DE GESTÃO

POLÍCIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.3 ECONOMIA, PÁG.6

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015

CidadeEDIÇÃO: 278 PUBLICAÇÃO: 15 DE AGOSTO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

AMCAV e PMM iluminam Praia dos Cavaleiros

A Prefeitura Municipal de Macaé, com o apoio da AMCAV - Associação dos Moradores da Praia dos Ca-valeiros - iniciaram dia 10, segunda-feira, a subtituição de lâmpadas incandescentes por luminárias a vapor de mercúrio nas ruas e avenidas dos bairros Praia Campis-ta, Glória, Parque Caxias e Balneário dos Cavaleiros. Imediatamente após a conclusão daquele serviço, será promovida a instalação de lâmpadas de mercúrio em postes ainda desprovidos de pontos de luz.

Inscrição para a casa própria começa em outubro

Tão logo sejam iniciadas as obras de edificação das casas populares no Parque Aeroporto, situado a 3 qui-lômetros da cidade, o que deverá ocorrer em outubro, quando forem encerrados os trabalhos de terraplana-gem e infra-estrutura, serão abertas as inscrições para aquisição da casa própria. A informação foi prestada pelo Deputado Cláudio Moacy, líder do Governo na Assembléia Legislativa, após ter sido recebido em au-diência pelo presidente da CEHAB, Dr. Heitor Vignoli.

Existência de cobre, chumbo e zinco em Macaé foi revelado pelo DRM - RJ

O Departamento de Recursos Minerais, órgão vinculado a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo do Estado do Rio, que deverá concluir no próximo ano os trabalhos de mapeamento geológi-co de todo o estado, já tendo realizado 72% dos 45 mil quilômeros quadrados (área total), informou

que foram revelados pelos trabalhos através de prospecção geoquímica que estão sendo executa-dos, sinais de existência de cobre, chumbo e zinco no município de Macaé.

Corrida e Torneio de PipaA Corrida Rústica do Dia do Soldado, marcada

para o dia 23 de agosto, será iniciada às 9 horas com saída do campo de esporte do Forte Marechal Her-mes, e da promoção poderão participar qualquer pessoa, segundo informou o Tenente Brasil, um dos membros da Comissão Organizadora.

Também foi marcada para as 10 horas daquele mesmo dia o Torneio de Pipa, com prêmios à mais bonita, a maior e a que fizer mais evoluções no ar, estando as inscrições para as duas promoções aber-tas, podendo ser feitas no Forte Marechal Hermes.

Luta pela preservação Nesta sexta-feira, 5 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, data propícia pa-ra reflexão sobre as questões am-bientais. E mais um ano, como for-ma de promover a conscientização ambiental, o jornal O DEBATE traz algumas reportagens com foco na preservação. O município conta atualmente com cenários cada vez mais preocupantes como a poluição do Rio Macaé - um ma-nancial responsável por abastecer a conhecida Capital do Petróleo e diversos municípios vizinhos, mas que está se tornando um rio con-taminado por efluentes. Além de esgotos, outros resíduos também são despejados no manancial co-mo pneus, garrafas pets, restos de móveis, tecidos, ferros, entre outros, que são desembocados no mar, na Praia da Barra. Outro local que também sofre com o descarte irregular, em especial de esgoto in natura, é a Lagoa de Imboassica que, segundo o Instituto Estadu-al do Ambiente, está atualmente liberada para o banho.

A partir da sanção do pro-jeto de lei complementar 002/2015, aprovado na última quarta-feira (3) pela Câmara de Vereadores, Macaé passa-rá a contar com novidades no quadro administrativo. Com objetivo de otimizar tramita-ções e reduzir custos, o orga-nograma da gestão municipal passará a contar com quatro "supersecretarias", setores es-tratégicos para dar agilidade a processos prioritários, seja em questões burocráticas, seja no atendimento direto às princi-pais demandas da cidade.

Encaradas pela Câmara de

Vereadores como pastas que poderão promover força elei-toral a nomes importantes do alto escalão do governo, as su-persecretarias poderão gerar, na prática, resultados positi-vos a partir de um novo fluxo-grama que reduz o tempo de tramitação de projetos, já que irá encurtar distâncias entre os gabinetes. Pelo menos, essa é a proposta das secre-tarias municipais de Gestão Pública, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Serviços Públicos e de De-senvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo.

Reforma administrativa cria 'supersecretarias' em Macaé

Município pode viabilizar modal ferroviário para logística offshoreEm compasso de viabiliza-ção através de aval do Tribu-nal de Contas da União, a con-solidação da Estrada de Ferro Rio-Vitória amplia o potencial de Macaé em garantir um no-

vo modal de atendimento à logística o¨shore, através do transporte sobre trilhos. A partir de mobilização política e do interesse do setor priva-do, a criação de uma base de

distribuição e de recebimen-to de materiais necessários às atividades do petróleo po-de transformar o município na nova 'Capital Nacional da Logística'.

A prefeitura avançou ainda mais na direção de ampliar a transparência em seu portal na internet (www.macae.rj.gov.br/portaltransparencia). O prefeito Dr. Aluízio assinou o termo de adesão do município ao Programa Brasil Transparente

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015 3

Política Igor Sardinha (PT) garantiu que o bloco de oposição não atravanca votação de reforma administrativa

NOTA

recursOs

Macaé acumula mais de R$ 830 milhões em receitasQueda orçamentária registrada pela cidade em 2015 alcança a marca de R$ 90 milhões em ano marcado pela queda na arrecadação do petróleoMárcio Siqueiramarcio@odebateon.com.br

Em cinco meses, a Capital Nacional do Petróleo re-gistrou a arrecadação de

R$ 830.737.526,89 em recursos oriundos de tributos munici-pais, repasses governamentais e convênios públicos. O mon-tante corresponde a uma mé-dia mensal de receitas que so-mam R$ 121 milhões, um bom desempenho financeiro se comparado a maior parte das cidades do Norte Fluminense, assim como de todo o Estado do Rio de Janeiro. No entanto, o cenário alcançado em 2015 é de retração, no comparativo ao registrado no ano passado.

No ano marcado pela queda nos repasses do royalties do pe-tróleo e nas parcelas da Partici-pação Especial (PE), Macaé se mantém firme no topo da lista das cidades com maior poder

orçamentário, mesmo com o baque gerado de quase R$ 90 milhões nas contas públicas de 2015, em comparação ao de-sempenho tributário registra-do no mesmo período, em 2014.

Ao sentir os efeitos da retra-ção de investimentos no setor de exploração de petróleo, a principal expertise da cadeia offshore instalada na cidade responsável pela geração do Imposto Sobre Serviços (ISS), Macaé deve chegar ao final de 2015 com um saldo total de mais de R$ 2 bilhões em recei-tas arrecadadas.

Hoje, a Capital Nacional do Petróleo pode estar à frente até mesmo de Campos dos Goyta-cazes, município do Norte Flu-minense com maior orçamen-to, mas que sofreu também o mais expressivo baque na re-dução das receitas repassadas mensalmente pela Secretaria de Tesouro Nacional.

Mesmo sentindo os efeitos da crise econômica que se ins-talou no país, em função da queda do preço do petróleo no mercado internacional, assim como pela crise administrati-va da Petrobras, Macaé é capaz de arrecadar recursos com vo-lume superior às cidades de grande porte, como é o caso de Niterói.

Para se ter uma noção da força tributária da Capital Na-cional do Petróleo, os R$ 830 milhões arrecadados por Ma-caé, de acordo com dados di-vulgados pelo Impostômetro, provocam sombra à frente dos R$ 307 milhões arrecadados por Rio das Ostras, a segunda cidade da região com maior poder tributário.

Hoje, a arrecadação men-sal de Macaé chega a R$ 121.807.891,32, um volume ex-pressivo mas que registra per-das de mais de R$ 11 milhões se

comparada à média obtida pela cidade, entre janeiro e maio do ano passado (R$ 133 milhões).

A arrecadação diária de Ma-caé chega a R$ 4 milhões, per-dendo cerca de R$ 400 mil em comparação ao volume alcan-çado no ano passado.

kaná manhães

Apesar de queda nos repasses dos royalties, Capital Nacional do Petróleo segue à frente dos municípios do Norte Fluminense

R$ 830 miArrecadação registrada por Macaé entre janeiro e março deste ano, segundo o Impostômetro

R$ 920 miVolume de recursos arrecadados pela cidade no mesmo período em 2014

R$ 90 miDéficit registrado por Macaé no comparativo com o ano passado

NÚMerOs

Município se mantém na liderançaAo concentrar o maior parque empresarial, voltado ao segmento do petróleo do mun-do, Macaé seguiu, ao longo das últimas quatro décadas, um ex-pressivo crescimento de receitas, geradas principalmente pelas operações offshore na Bacia de Campos.

Ao alcançar em 2012 o patamar dos R$ 2 bilhões em recolhimen-tos de receitas, o município vive em 2015 um cenário diferenciado dentro do ciclo do petróleo, uma situação que requer empenho administrativo do governo para garantir o equilíbrio das contas

públicas.Mesmo em queda, a arrecada-

ção de Macaé se mantém como a maior fonte entre os municípios produtores de petróleo e do Nor-te Fluminense.

Como o Impostômetro não registra dados relativos à tribu-tação de Campos dos Goytacazes, Macaé segue à frente de, pelo me-nos, 10 cidades envolvidas com as operações do petróleo, perdendo apenas para o Rio de Janeiro.

Em alguns casos, as receitas de Macaé somam mais que o dobro da arrecadação de outras cidades da região.

ArrecAdAçãO 2015

Municípios da região do petróleo

● MACAé: R$ 830.737.526,89; ● NITeróI: R$ 591.756.453,46; ● rIo das Ostras: R$ 307.220.861,27; ● São João da Barra: R$ 252.369.144,22; ● CAbo Frio: R$ 202.440.558,69 ● QuISSAMã: R$ 113.566.834,30

● CASIMIro de Abreu: R$ 103.437.274,90 ● ArMAção dos Búzios: R$ 80.912.947,46; ● CArAPebuS: R$ 32.862.539,85; ● ArrAIAl do Cabo: R$14.956.165,19 ● CAMPoS dos Goytacazes: Não informado pelo Impostômetro.

Reforma deve gerar redução de R$ 17 milhões em despesas

gesTãO

A vitória conquistada pe-lo Executivo na Câmara de Ve-readores, através da aprovação dos sete projetos que compõem a reforma administrativa, pode garantir a Macaé uma redução de cerca de R$ 17 milhões em

Após um mês de polêmicas, projeto do Executivo foi aprovado pela Câmara

despesas previstas pela Lei Or-çamentária Anual (LOA) deste ano.

O montante é relativo à extin-ção de cargos comissionados e gratificações relativas ao quadro funcional de antigas secretarias, Coordenadorias Extraordiná-rias e autarquias, cortadas ou aglutinadas a outros setores que permaneceram no novo quadro administrativo da prefeitura.

Ao ser implementada ainda

neste mês, a reforma adminis-trativa deve resultar em eco-nomia já em julho, o primeiro mês do segundo semestre de 2015, ano marcado pela queda na arrecadação dos recursos do petróleo e também no Imposto Sobre Serviços (ISS).

Com a redução de despesas, a administração municipal bus-ca controlar os gastos relativos à folha de pagamento, retomando ao limite prudencial estabeleci-

do abaixo do teto previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal para a quitação da folha de pa-gamento.

Segundo a Lei, os gastos com a folha não podem representar mais de 54% do total de receitas próprias arrecadadas pelo mu-nicípio no ano. Essa quantia não contempla royalties.

A estimativa é que a otimi-zação dos recursos garantirão investimentos em prioridades.

PONTODE VISTAEmbora quase o mundo inteiro esteja envolvido em crise de algum tipo, Macaé não é diferente e o município também foi atingido não de forma tão violenta como outros - caso de Itaboraí que teve as obras de construção do Complexo Petroquímico paralisadas - e o mercado vem se ajustando com medidas austeras tomadas pela Petrobras que mantém o sistema de produção em atividade crescente, exceção ao caso de exploração.

A exatos 16 dias de sediar a Feira Brasil Offshore, con-siderada a mais importante de todas as feiras ligadas ao setor de petróleo e gás que será realizada no período de 23 a 26 de junho, o município de Macaé ganha o status de sede do mundo para abrigar grande parte das empresas nacionais e internacionais mais conceituadas na tarefa de exploração e produção.

Com prazo de conclusão previsto para dezembro de 2015, a nova estação de passageiros do aeroporto de Macaé ganha grande impacto e quem tem oportunidade de visitar a obra leva um grande susto. A primeira fase, ao custo de R$ 47 milhões, teve pago apenas R$ 11 milhões (R$ 6 milhões estão em atraso referente aos meses de janeiro a maio) e tem ainda R$ 30 milhões por realizar.

o Secretário de Governo, leonardo Gomes, que assinou ficha de filiação no Partido Democrático Trabalhista - PDT, criado pelo saudoso leonel brizola e que tem em Macaé como presidente da Comissão Provisória o médico e ex-vereador Humberto Assumpção, promete mobilizar os militantes para ampliar o número de filiados e realizar a convenção municipal para escolha do diretório.

Até domingo.

Como a obra de duplicação da BR-101 ainda vai se arrastar por muitos anos, os empresários macaenses ligados aos mais diferentes setores de petróleo e gás não veem outra solução senão apressar a construção de uma nova pista no aeroporto de Macaé para ser, realmente, a sala de visitas de Macaé, onde por via aérea, poderia o trajeto ser feito em 30 minutos. Com a palavra, o prefeito.

Hora da virada?

Macaé vira sede do mundo

Para entender melhor, diminuí-ram os investimentos em perfu-ração para novas descobertas até que a empresa consiga encontrar o caminho de deixar o labirinto em que se envolveu após as in-vestigações da Operação Lava-Jato. O final do ano de 2014 era de total apreensão e contenção de qualquer medida que não pu-desse trazer resultados positivos. A construção civil que chegou a diminuir o ritmo, aos poucos está voltando a alimentar a cadeia pro-dutiva e não são poucos os prédios comerciais e residenciais, além da hotelaria, que fincam seus pilares e aumenta a oferta no mercado, sinal de que continua respirando forte. O início de 2015, obrigando não só as empresas, mas também o poder público a colocar o pé no freio, se adequando ao novo mo-mento, ainda vem sendo conside-rado o período de novos estudos mas existem alguns setores que vão continuar merecendo espe-cial atenção não só das lideranças

políticas, como das lideranças em-presariais que não se cansam em buscar caminhos para este novo desafio que é enfrentar e sair da crise. Na situação política, não deixou de ser um tiro certeiro a decisão do prefeito Dr. Aluízio de filiar-se ao PMDB, partido que hoje detém o comando do Esta-do, da Assembleia Legislativa, da Câmara dos Deputados, do Senado e, também, do vice-presidente da República. Ou seja, ao sair do PV, simplesmente não trocou seis por meia dúzia e, sim, aliou-se ao grupo político mais forte e que pretende, no futuro, ser uma alter-nativa para além do PT, do PSDB e até PSB ou Rede, de disputar a Presidência da República. Sabe-mos não, mas, que foi uma jogada de mestre, foi. Era a hora da vira-da? Sim. E o povo precisa entender desta forma porque, ser do contra ou ficar num partido nanico, não iria render frutos para a Macaé do futuro que todos desejam. Enfim, o tempo é o senhor da razão.

Quando em 2001, o então presidente da Associação Co-mercial e Industrial de Macaé, Claudio Bogado, liderou o de-safio de instalar no município, exatamente na área onde está edificada a Escola Técnica Fe-deral - hoje IFF, a Feira Brasil Offshore, muitos chegaram até a duvidar. No entanto, garanti-da sua realização e o sucesso al-cançado, levou o então prefeito Silvio Lopes a aceitar o desafio dos responsáveis pela sua or-ganização e prometeu que em 2003, a feira estaria abrigada no atual Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, o Macaé Centro, que a partir de então, a cada ano, passou a receber também a promoção da Feira do Meio Ambiente. A cidade passou a ser conheci-da mundialmente e, aí sim, se tornou a Capital Nacional do Petróleo. No entanto, à medi-da que o município e a região cresciam de forma acelerada, considerado palco principal

das ações ligadas ao mundo do petróleo, as empresas privadas alimentaram como puderam o crescimento sem que o poder público respondesse à neces-sidade com políticas públicas capazes de planejar a cidade. Bem, aí veio o período da falta de segurança, habitação, trans-porte, água, esgoto, degradação do meio ambiente, invasão de áreas públicas e privadas com favelização e por aí vai. Os dois últimos períodos das legislatu-ras que começaram em 2005 e acabaram em 2012, e de gestão na prefeitura, foram considera-dos os mais caóticos da história de Macaé. Há pouco mais de dois anos, Macaé vem se reen-contrando e adotando medidas saneadoras e capazes de mudar o rumo da administração públi-ca para melhor e é o que todos esperam. Inclusive os milhares de visitantes que estarão sendo acolhidos no município quan-do Macaé se torna o espelho do mundo do petróleo.

PONTAdAs

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Cenário que universaliza os impactos sentidos pela população, diante do crescimento desordenado gera-do pelo progresso do petróleo, o déficit do saneamen-to básico de Macaé começa a ser suprido através dos resultados dos primeiros dois anos de investimentos pesados em uma das vértices do sistema: o esgoto.

Criado no período do verão, o Espaço de Convivência da orla da Praia dos Cavaleiros caiu no gosto da população, não apenas dos moradores da área nobre da cidade, mas também dos macaenses que frequentam o principal ponto turístico do município. Além de atrair crianças, o local recebe com qualidade adultos que praticam atividades físicas ao ar livre, contemplando o belo cenário do litoral macaense.

Cada vez mais uma grande parcela da sociedade ex-pressa seu descontentamento, e muitas vezes sua falta de visão sobre a política, através de reações fu-riosas, preconceituosas e raivosas. Desta forma tem se tornado comum o pensamento geral de que 'todos os políticos são vilões'.

Déficit

É crime ser político?

Falta ainda alcançar avan-ços no abastecimento d'água e na destinação dos

resíduos sólidos.A assinatura da Parceria

Pública Privada (PPP) para a gestão do esgoto, em 2012, tornou-se o marco na criação de um projeto capaz de supe-rar um desafio assumido pela cidade ao se tornar o polo das operações do petróleo do país.

Polêmico em virtude do seu pioneirismo, o sistema de ges-tão que une investimentos pú-blicos e privados, com objetivo de viabilizar um projeto cuja magnitude é sentida diante do nível de degradação sofrido pe-los recursos naturais ao longo de 40 anos, hoje cria marcos im-portantes para Macaé, como o funcionamento de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e obras que são realizadas em vários pontos da cidade.

Porém, nem mesmo a PPP foi capaz de promover o 'pio-neirismo social' esperado pa-ra uma cidade capaz de gerar mais de R$ 2 bilhões em recur-sos públicos.

Apesar de eficiente, o pro-jeto traçado pela PPP para o esgotamento sanitário de Ma-caé priorizou, em sua primei-ra fase, a parte mais nobre do

município. Enquanto a realidade de co-

munidades como a Nova Ho-landa, Nova Esperança e Mal-vinas é de valas negras, bairros como a Morada das Garças e Vivendas da Lagoa, no setor Sul da cidade, foram os pri-meiros a receber as interven-ções da Odebrecht Ambiental. A estratégia, segundo a PPP, era garantir, de imediato, a despo-luição da Lagoa de Imboassica. Passados dois anos de obras, a balneabilidade de um dos mais importantes recursos hídricos da região segue imprópria para a população.

Hoje, entende-se que a es-tratégia da PPP era garantir, antes mesmo da finalização das obras, o início da cobran-ça por um serviço que ainda não é suficientemente capaz de devolver a Macaé a Lagoa de Imboassica, o Canal Ma-caé/Campos, e tantos outros corpos hídricos devastados pela poluição.

Mais que a preocupação ambiental, a saúde pública deveria ser o principal foco de investimentos do projeto, or-çado em mais de R$ 2 bilhões, que atende apenas à primeira parte do que se entende por saneamento básico.

Ou mais, não prestam. Ora, quem erra tem

que ser punido pare-ce ser tão lógico como que o sol todo dia nasce, mas essa vilanização é fruto de quê? Não seria também do interesse daqueles que perderam espaço, poder e viram a renda começar a se descentralizar? Ou dos que não precisam mais dar sopa nas suas jornadas de caridade, e que estão longe de fazer justiça social? Isso é bem possível.

Pois, por exemplo, não se ouviu nenhum xingamento, nos anos 90, quanto o então Ministro da Fazenda, no go-verno FHC, cortou mais de 50% do orçamento da Pe-trobras sem justificativas plausíveis, para depois ini-ciar seu rosário de privatiza-ções. Interessante lembrar que o mestre Darcy Ribeiro, pai do Sambódromo, deixou o inistério da Casa Civil, no golpe contra Jango, acusado de desvios na mesma Petro-bras.

Bem, o fato é que está ca-da vez mais na ordem do dia avacalhar, ou melhor, recu-perar via o ataque moral, físico e intelectual o 'lugar' que os políticos hoje estão.

Com isso, tornaram-se muito mais frequentes ati-tudes bárbaras, porque não faz parte do espectro políti-co-eleitoral, xingar, desmo-

ralizar e vilipendiar quem exerce cargo público, acima de tudo se o cidadão emer-giu das classes mais baixas.

Portanto, não se trata de defesa do partido A ou B, pessoas e/ou governos, mas da atividade democrática que é a política.

Logo, é preciso repensar este ódio e enfrentá-lo.

Estou secretário de Go-verno, pedetista, mas sou pai, marido, jornalista, pu-blicitário, mestrando, e, aci-ma de tudo macaense, para dizer que tenho muito orgu-lho de ser político e de estar num governo tão transfor-mador como este. Aliás, um governo que respeita as di-ferenças e as protagoniza.

Fora isso, tenho muito orgulho de ter amizade com vereadores, secretários, pre-sidentes de partidos e com a classe política. São estes que também movem a nos-sa bela cidade e o formidável Brasil.

Então, a marcha em aten-ção aos menos abastados de-ve tomar ainda mais forma, e deixar o ambiente político mais político, uma vez que crime é impedir as pessoas de sonhar, e vaias, já disse Nelson Rodrigues, muitas vezes são os aplausos dos desanimados.

Leonardo Gomes, secretário municipal de Governo

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ObrasApesar dos avanços registrados no processo de duplicação da BR 101, os motoristas ma-caenses, que utilizam a rodovia para seguir em direção ao Rio de Janeiro, enfrentam um tempo de viagem maior em função das obras realizadas em diversos trechos da estrada. Hoje, a Autopista Fluminense mantém frente de trabalho em Casimiro de Abreu e em Niterói, onde o fluxo do trânsito é impactado. Atenção e paciência precisam ser redobradas.

VacinaApesar do encerramento da campanha de va-cinação contra a gripe, na última sexta-feira (5), a população macaense pode recorrer a doses do medicamento na Casa da Vacina. Ao longo de quase um mês, a unidade foi referência em Macaé na mobilização criada pelo Ministério da Saúde contra o vírus influenza, que acome-te principalmente idosos, crianças menores de cinco anos, gestantes e profissionais que atuam na rede de atendimento.

FerroviaNesta semana, os governos dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo entregaram à União o projeto da nova linha ferroviária que cortará municípios fluminenses e capixabas. A rota tem como objetivo interligar portos importantes para a economia do país. O novo traçado contemplará Macaé, o que abre a possibilidade do município se tornar uma base para a logística offshore atra-vés do modal ferroviário. A ideia existe, só falta viabilizá-la com investidores privados.

AtendimentoApesar de várias mobilizações, Macaé ainda não foi contemplada com a instalação de uma agência regional do Ministério do Trabalho. Com isso, a unidade macaense ainda é subordinada ao núcleo situado em Cabo Frio, mesmo promo-vendo uma demanda de atendimentos superior a todas as cidades do Norte Fluminense. Por questões políticas, a Capital Nacional do Petró-leo não é contemplada com a melhoria do servi-ço fundamental a empregadores e empregados.

Pesca Com o fim do defeso do camarão, a pesca já foi liberada em Macaé e no litoral da região. Assim como a produção do crustáceo, a tai-nha também pode ser buscada por pescadores que atuam em um dos setores mais tradicionais da economia macaense. O fim da proibição da pesca, para garantir a reprodução das espécies, pode reduzir o preço do produto no Mercado de Peixes de Macaé. O camarão é um dos mais procurados pelos consumidores da cidade.

MercadoFalando em pesca, o novo prédio do Mercado de Peixes já está sendo adaptado para rece-ber as bancas que irão ser entregues durante as comemorações pelo aniversário de Macaé. An-tes de ocupar o espaço, os trabalhadores que atuam no setor estão recebendo capacitação sobre qualidade, relação com o cliente e ges-tão, através do programa criado pela secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico. A iniciativa ajuda a atrair novos consumidores.

ProduçãoDe acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Brasil se aproxima da produção diária de três milhões de barris de petróleo. O maior volume está concentrado nas operações da Pe-trobras, que atingiu em abril o patamar de mais de 2,5 milhões de barris. Vale lembrar que as operações offshore brasileiras contam também com a atuação de petrolíferas estrangeiras, que atuam na Bacia de Campos e em outras áreas de produção.

HomenagensNeste ano, os principais homenageados pelo Legislativo municipal, na sessão solene da Câ-mara realizada sempre no aniversário de Macaé, serão os próprios vereadores. Os parlamentares trocaram entre si a indicação de honrarias, como Diploma de Mérito Político e Municipal, que se-rão concedidas durante a festa marcada para o dia 29 de julho, no Palácio Natálio Salvador Antunes. A solenidade é considerada como um dos principais eventos políticos da cidade.

Serviço O serviço de táxis tem sido uma das grandes apostas do governo municipal para qualificar o atendimento aos visitantes da Brasil Offsho-re 2015. Com a ampliação das autonomias, a prefeitura quer receber melhor empresários que estarão hospedados na rede hoteleira no município, concentrada na região das Praias Campista e dos Cavaleiros, e seguirão para o Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho. Inevitável será o congestionamento.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOlÍCia MiliTar: 190POlÍCia rOdOViÁria Federal: 191SaMU - SerV. aS. Med. UrGÊnCia: 192COrPO de BOMBeirOS: 193deFeSa CiVil: 199POlÍCia CiVil - 123ª dP: 2791-4019diSQUe-denÚnCia (POlÍCia MiliTar): 2791-5379deleGaCia de POlÍCia Federal (24 HOraS): 2796-8330del. de POl. Federal (diSQUe denÚnCia): 2796-8326del. de POl. Federal (PaSSaPOrTe/ViSTO): 2796-8320diSQUe-denÚnCia (CÂMara de MaCaÉ): 2772-7262HOSPiTal PÚBliCO MUniCiPal: 2773-0061aMPla: 0800-28-00-120Cedae: 2772-5090PreFeiTUra MUniCiPal: 2791-9008deleGaCia da MUlHer: 2772-0620GUarda MUniCiPal: 2773-0440ilUMinaÇÃO PÚBliCa: 0800-72-77-173aerOPOrTO de MaCaÉ: 2772-0950CarTÓriO eleiTOral 109ª ZOna: 2772-9214CarTÓriO eleiTOral 254ª ZOna: 2772-2256COrreiOS - Sede: 2759-2405aG COrreiOS CenTrO: 2762-7527TeleGraMa FOnadO: 0800-5700100SedeX: 2762-6438CeG riO: 0800-28-20-205radiO TaXi MaCaÉ 27726058COnSelHO TUTelar i 2762-0405 / 2796-1108 PlanTÃO: 8837-4314COnSelHO TUTelar ii 2762-9971 / 2762-9179 PlanTÃO: 8837-3294COnSelHO TUTelar iii 2793-4050 / 2793-4044 PlanTÃO: 8837-4441

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feira de Ciências destaca Energia, Meio Ambiente e Saúde

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015 5

PolíciaNOTA

Material do tráfico é apreendido pela PM. Denúncia por tráfico de drogas no Lagomar leva policiais até material.

MEDIDAS

Iniciativas visam diminuição de casos de desaparecimento de criançasRio de Janeiro conta com a Delegacia de Descoberta de ParadeiroLudmila Fernandesludmila@odebateon.com.br

Em todo o país, cerca de 40 mil crianças e adoles-centes desaparecem. Em

uma tentativa de reduzir este número foi criada a Lei da Busca Imediata (Lei n° 11.259/2005), que determina a investigação policial instantânea, em caso de desaparecimento de crianças ou adolescentes.

O Governo do Estado im-plantou uma série de iniciati-vas para reduzir a quantidade de desaparecimento de crian-ças e adolescentes no território fluminense, uma delas vem da Polícia Civil, que implantou a Delegacia de Descobertas de Paradeiro (DDPA), inaugurada em setembro de 2014, na Cidade da Polícia, no Jacarezinho.

A delegacia ainda é restrita à ca-pital do estado. A unidade opera 24 horas durante toda a semana para investigar casos ocorridos na capital fluminense e conta com dois núcleos de investigação: um específico para casos de crianças e adolescentes desaparecidos, e outro voltado para adultos.

Há 19 anos o programa SOS Crianças Desaparecidas, da Fundação para a Infância e

Adolescência (FIA), desenvol-ve ações voltadas à identifica-ção e localização de crianças e adolescentes desaparecidos e sua reintegração à família, res-guardando-lhes direitos funda-mentais de proteção, conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Além disso, oito maternidades do Estado já receberam o projeto Novo Cidadão, que garante a identificação civil dos recém-nascidos e seus pais.

O programa da FIA se desta-ca com o desenvolvimento de ações para identificar e locali-zar as crianças e adolescentes desaparecidos e reintegrá-los às famílias: 2.840 menores de idade foram localizados, o equi-valente a 85% dos casos. Outros 504 continuam desaparecidos, sendo que 68 deles ainda não atingiram a maioridade.

Outra iniciativa de preven-ção já adotada pelo Estado é o programa Novo Cidadão, uma parceria entre FIA, RioSolida-rio, Detran, Defensoria Pública, Ministério Público e Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro (Arpen/RJ). O projeto pioneiro oferece, simultanea-mente, certidão de nascimento

WANDERLEY GIL

Caso de menina desaparecida na Barra continua sendo investigado pela 123ª DP

e carteira de identidade para os recém-nascidos ainda na maternidade. Além de garantir o direito à cidadania, a identi-ficação protege as crianças de sequestros e facilita a localiza-ção de desaparecidos.

Pais e mães que não têm cer-tidão de nascimento ou cartei-ra de identidade também são atendidos pelo programa. O serviço é gratuito e já funcio-na nas oito maternidades do Estado: Hospital da Mãe, Hos-pital da Mulher, Melchiades Calazans, Adão Pereira Nunes, Rocha Faria, Azevedo Lima, Al-bert Schweitzer e Hospital dos Lagos. Desde o lançamento do Novo Cidadão, em julho do ano passado, foram emitidos mais de oito mil documentos para pais, mães e bebês.

Em Macaé, a maternidade do Hospital Público Municipal, também participa do projeto Novo Cidadão. Os recém-nas-cidos já saem do hospital com a certidão de nascimento, prote-gendo as crianças de sequestros ou desaparecimentos.

CASO DE DESAPARECIMENTO

No dia primeiro de fevereiro deste ano, a menina Ana Gabrie-

la, de apenas 7 anos, desapare-ceu em uma praça da Barra de Macaé, depois de pedir dinheiro à avó para comprar um salgado. Segundo parentes, Ana seguiu até um bar próximo, mas não foi mais vista desde então.

O caso comoveu a população macaense, com diversos carta-zes espalhados pela cidade. Fa-miliares e amigos ainda buscam pelo paradeiro da criança. No dia seguinte ao seu desapareci-mento, uma manifestação che-

gou a fechar a Rodovia Amaral Peixoto, em frente ao local da ocorrência.

A investigação do caso segue por conta da 123ª DP, sem ne-nhuma novidade sobre o para-deiro da criança.

SEGURANÇA PÚBLICA

Carros abandonados incomodam população

quem convive diariamen-te com veículos abandonados nas calçadas de casa, sabe o que é a impotência de não poder fa-zer nada a respeito, já que com o decorrer do tempo os veículos se transformam em criadouros de mosquitos da dengue e a pro-liferação de pragas é inevitável, além da segurança pública, já que alguns destes veículos em estado de abandono são utili-zados para consumo de drogas ilícitas e outras práticas crimi-nosas.

Os moradores de Macaé, que passam pelo problema, recla-mam da falta de informação quanto à retirada desses veícu-los, originados muitas vezes da prática de assaltos, outras, por negligência dos proprietários que, por não conseguirem arcar com as despesas, acabam aban-donando os carros em qualquer lugar.

Para quem desconhece, a se-cretaria de Mobilidade Urbana realiza operação para a retirada desses veículos em estado de

Secretaria de Mobilidade Urbana recolhe os veículos em estado de abandono no município

abandono das vias públicas do município. A própria secretaria realiza o mapeamento dos lo-cais para notificação e recolhi-mento dos veículos, tanto por meio do banco de denúncias, quanto pelo levantamento dos agentes de trânsito em patru-lhamento.

A população pode fazer soli-citações por meio da Ouvido-ria Geral pelo telefone 162 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h) e pelo link no Portal da Prefeitura.

As ações visam atender a de-manda levantada por meio do banco de solicitações, e tam-bém de acordo com dados re-colhidos nas rondas realizadas pelos agentes de trânsito. So-mente no último mês, as ações aconteceram em ruas nos bair-ros Aeroporto, Aroeira, Sol y Mar, Centro, Visconde, Riviera Fluminense, Novo Horizonte e Miramar.

Nestes locais, os responsáveis que estavam utilizando a via pública como depósito foram notificados com o prazo de 72h para retirada do veículo. Cerca de 20 notificações foram feitas em cerca de 30 dias. E os pro-prietários que não tomam uma providência mesmo assim, têm seus veículos apreendidos. No

WANDERLEY GIL

Além de se transformarem em criadouros de mosquitos e proliferação de pragas, alguns veículos abandonados são utilizados para consumo de drogas ilícitas e outras práticas criminosas

entanto, a partir da notifica-ção, a maioria dos donos estão retirando os seus veículos dos locais, sem necessidade de re-bocá-los ao depósito.

No caso dos veículos reco-lhidos, se o proprietário tiver interesse em recuperar o veí-culo, deve primeiro dirigir-se à Coordenadoria de Posturas e solicitar autorização de libera-ção, que só será expedida após o pagamento da multa admi-nistrativa prevista no Código de Posturas do Município, além de outras exigências legais. Depois é preciso solicitar no Detran onde está registrado o veículo o ofício para liberação e, por fim, encaminhar-se ao "Rodando Legal" para o pagamento das taxas de remoção e diárias de-vidas.

FISCALIZAÇÃO Os proprietários de veículos

em situação de infração de trân-sito que tenham como medida administrativa a remoção do veículo e os que utilizam a via pública como depósito (não só por abandono), como oficinas mecânicas, também estão sen-do notificados para retirada e, caso não cumpram a determi-nação, poderão ter os veículos rebocados.

TRÂNSITO

Operação especial para a volta do feriadão na BR-101/Norte

durante os feriados, a Autopista Fluminense, con-cessionária do Grupo Arteris e responsável pela administração da BR-101 RJ/Norte, costuma realizar operação especial para atender ao movimento de veí-culos que passam pela rodovia nos feriados prolongados. Ao todo, devem passar pela rodovia cerca de 410 mil veículos.

O reforço na operação de atendimento ao usuário co-meçou na tarde de quarta-feira (03), e segue até hoje (07). Na volta para casa, com maior mo-vimento esperado para este domingo (07), cerca de 89 mil carros, motos e ônibus devem trafegar pela estrada.

Nas ações de reforço para o feriado, todo o efetivo de atendi-mento médico e mecânico esta-rá à disposição dos condutores. Além disso, painéis de mensa-gens variáveis (PMVs), fixos e

Cerca de 89 mil veículos devem passar na estrada apenas neste domingo

móveis, orientam sobre as con-dições da rodovia. Uma equipe com mais de 200 profissionais atenderá a demanda do período. Serão 10 guinchos leves, catorze veículos de inspeção, um cami-nhão de combate a incêndio, equipe e viaturas de apreensão de animais e 11 ambulâncias, sendo sete unidades de resga-tes e quatro UTIs no serviço de atendimento ao usuário no trecho sob concessão da BR-101 RJ/Norte. Sete bases operacio-nais estão à disposição dos usu-ários ao longo do trecho.

O Centro de Controle Ope-racional (CCO) da Autopista Fluminense é o responsável pelo acompanhamento das 107 câmeras de monitoramento, via Circuito Fechado de TV (CFTV), que permitem mais agilidade no acionamento dos recursos para atendimento das ocorrências. O sistema também auxilia a Polícia Rodovia Fede-ral na fiscalização da rodovia, que já atua com a emissão de autos de infração e flagrantes por meio das câmeras de mo-nitoramento, conforme a Re-

solução 471 do CONTRAN, pu-blicada em 18 de dezembro de 2013. No CCO, 14 funcionários trabalham em turnos para ope-rar os equipamentos, 24 horas, todos os dias.

SINALIZAÇÃO DE OBRAS NA REGIÃO

Em Carapebus (km 125), Casimiro de Abreu (km 190), Conceição de Macabu (km 138) e Macaé (km 144), os usuários deverão redobrar a atenção à sinalização especial de tráfego por conta de obras de implanta-ção de novos trevos em desnível (viadutos). Essas obras fazem parte do projeto de duplicação da BR-101 RJ/Norte.

ATENDIMENTOPelo telefone 0800 2820 101,

o usuário pode solicitar aten-dimento de emergência na rodovia, tirar dúvidas sobre a concessão ou fazer reclamações e sugestões para a concessioná-ria. O telefone 0800 717 1000 também está disponível para atendimento aos usuários com deficiência auditiva e da fala.

WANDERLEY GIL

Só neste domingo devem passar pela rodovia cerca de 89 mil carros

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015

EconomiaTurismo

Secretaria projeta ações para fomentar distribuição de rendaApós reforma administrativa, subsecretarias terão impacto no turismo e no ramo microempresarial

Guilherme Magalhãesguilherme@odebateon.com.br

Com a reforma adminis-trativa, a nova subsecre-taria de Turismo, que já

era prevista por Vandré Gui-marães para compor a pasta de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, a qual dirige, se tornou realidade. Após ser desvinculada da Fundação de Esporte e Turismo de Macaé (Fespotur), a partir de ago-ra a nova equipe terá a árdua missão de transformar Macaé, também, em uma cidade de la-zer.

Destoante da maior parte dos municípios da região co-mo Búzios e Cabo Frio, vol-tados em larga escala para o turismo como fonte e base da economia, com o passar das úl-timas décadas, Macaé se voltou muito mais para as atividades industriais, adquirindo, com isso, uma considerável des-vantagem regional quando o assunto é diversão. Agora, com um grupo de profissionais, to-dos com experiência no setor, voltados exclusivamente para questões referentes ao tema, a ideia é que o setor se desen-volva de forma mais dinâmica. Segundo João Marcelo Sardi-nha (Theo), consultor técnico da nova subsecretaria, os pri-meiros projetos já foram pos-tos em prática.

“Com a vida girando exclu-sivamente em torno das ativi-dades offshore, as pessoas se

acostumaram a viver na cida-de só até quinta-feira. E é isso que pretendemos começar a reaver. O plano é elaborar um calendário turístico, com foco para o fomento da nossa rede hoteleira tanto na área do polo gastronômico quanto da antiga Macaé. Alguns dias atrás, em um encontro com o secretá-rio de Turismo do estado, Nilo Sérgio, propomos a inserção do município na folheteria de destinos turísticos do estado, e foi aceita. Além disso, nesse primeiro momento, vamos procurar dar uma atenção especial para nossa serra, a princípio, por meio do fortale-cimento das atividades turísti-cas voltadas para a área do Sa-na que, além da cultura nativa, possui um enorme potencial para o turismo de lazer e es-portes de aventura”, explicou Theo ressaltando que, entre outras questões voltadas para o desenvolvimento turístico na zona serrana - atualmen-te contando com 12 hotéis, 4 campings e 2 hostels -, também já está em andamento o curso de Condutores de Ecotrilhas do Sana. A primeira turma se forma ainda esse ano e os alunos serão certificados pelo Centro de Educação Tecnoló-gica e Profissional (CETEP) da prefeitura, recebendo crachá de identificação.

Além de Theo, fazem parte da nova subsecretaria, Leonar-do Viana, também diretor da Associação Comercial e Indus-

trial de Macaé (ACIM), Rosal-vo Júnior, ex vice-presidente da Fespotur, e a turismóloga Juliana Ribeiro, gerente de projetos da pasta.

Pequenos empreendedores em voga

Confiando no potencial de um dos setores que mais cres-ce no município e no mundo - o dos micro e pequenos em-presários -, também fez parte da reforma administrativa da última semana a implemen-tação de uma nova pasta ex-clusivamente voltada para o segmento. A partir de agora, segundo Vandré, na Subse-cretaria da Micro e Pequena Empresa (MPEs), composta por funcionários realocados do Fundo Municipal de Desen-volvimento Econômico (Fum-dec) e da própria Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Industrial, o lema será um só: distribuição de renda.

“Junto ao prefeito, entende-mos que este é o momento da cidade resgatar suas referên-cias, sua identidade. Com ba-se nessa proposta, é lógico que não esqueceremos o turismo de negócios, que seguirá com suas pautas cativas em nosso calendário. Entretanto, a prio-ridade agora será a expansão do fomento aos pequenos em-presários e, consequentemen-te, da distribuição de renda. Dia 28 inauguraremos o novo Mercado de Peixes como um grande passo para uma Macaé melhor”, pontuou Vandré.

Qualificação

Programa estimula geração de recursos para donas e donos de casa

Com o objetivo de atender aos trabalhadores que não po-dem cumprir horários fixos de jornada profissional, por conta de compromissos em casa por vários motivos como, por exem-plo, cuidar de familiares, o Cen-tro de Educação Tecnológica e Profissionalizante (Cetep) e a secretaria municipal de Tra-balho e Renda (Semtre) estão promovendo em parceria o pro-jeto 'Geração de Renda'. A meta

Parceria entre prefeitura e Cetep disponibiliza cursos para mulheres e homens que não podem cumprir horário fixo

é que os trabalhadores ganhem o próprio sustento, sem ter que sair de suas residências.

De acordo com a prefeitura, as vagas para qualificação po-dem ser adquiridas gratuita-mente na sede da Semtre (Rua Télio Barreto, 28, Centro) e em diversos pontos da cidade. Além disso, outro ponto de destaque do projeto é que os alunos po-dem associar-se, criar novos negócios e articular seu próprio empreendimento, seja coletiva ou individualmente. Entre as qualificações disponíveis estão os cursos de manicure, maquia-gem, cabeleireiro, arte em teci-do, artesanato em geral, corte e costura.

Segundo o diretor do Cetep, Lenílson Guimarães, atual-

mente o projeto já conta com 11 turmas e cerca de 250 alunos divididos entre as classes com aulas que duram três horas di-árias.

"Nosso público é constituído por pessoas de todas as idades. Durante os cursos, além das aulas práticas, são ministradas aulas de Primeiros Socorros, Segurança e Higiene, como te-oria", explica.

No curso de Corte e Costura, por exemplo, as aulas práticas se referem a conteúdos sobre conversão de medidas, área, perímetro e outras. Já no curso de Manicure são transmitidos saberes técnicos como: bios-segurança, higiene e cuidados com a pele, profilaxia (limpeza das unhas) e outros.

Kaná Manhães

Cursos são oferecidos na secretaria de Trabalho e Renda, no Centro

Wanderley Gil

Em Macaé, turismo e empreendedorismo receberão atenção especial

Perdas da poupança em 2015 chegam a R$ 32,28 bilhões em maio. Pelo quinto mês seguido, retiradas na caderneta superaram os depósitos. Apenas em maio, saída líquida foi de R$ 3,2 bilhões, informou o BC.

NoTa

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015 7

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015

bairros em debate Lagomar

Obras no Lagomar estão quase 100% concluídasBairro, que é um dos mais populosos da cidade, está recebendo investimentos em infraestruturaMarianna Fontesmarifontes@odebateon.com.br

Localizado às margens da Rodovia Amaral Peixo-to (RJ-106) e próximo

ao PARNA Jurubatiba, o La-gomar é considerado um dos bairros mais populosos do mu-nicípio. Atualmente são mais de 35 mil pessoas vivendo no local, que ocupa área de mais de 3.290.000m². Tem como limite, do outro lado, o Oceano Atlânti-co. O bairro é plano e conta com duas lagoas, a Lagoa dos Patos e o Baixio das Rãs.

Através do Decreto Muni-cipal 180/2005, o Lagomar foi transformado pela prefeitura, em 2008, em Zona Especial de Interesse Social.

Assim como muitas áreas da cidade que cresceram de ma-neira desordenada e sem in-fraestrutura, com o Lagomar também não foi diferente.

No entanto, desde a última vi-sita do Bairros em Debate, em maio de 2013, muitas reivindi-cações feitas pelos moradores à nossa equipe de reportagem foram atendidas. Entre elas, podemos destacar a obra de ur-

banização. Segundo a Prefeitura de Ma-

caé, atualmente já foram con-cluídas 97% das ações previstas, ou seja, já está em fase de con-

clusão. O processo de urbani-zação é um item fundamental para promover a qualidade de vida da população.

O Projeto Lagomar, que é de

responsabilidade da secretaria de Obras e Urbanismo, contou com mais de R$ 60 milhões para serem investidos em melhorias, entre elas: pavimentação, redes

de saneamento e águas pluviais. No entanto, apesar das me-

lhorias, algumas pessoas rela-tam que ainda existem pendên-cias a serem cumpridas, como,

por exemplo, a instalação da rede de água encanada. Item es-sencial para a vida de qualquer ser vivo na Terra, no Lagomar ela chega a poucas residências. Mesmo sendo um direito de to-do ser humano, assegurado pela Organização das Nações Unidas (ONU), muitos cidadãos não têm acesso a esse recurso em suas torneiras.

Segundo a população, en-quanto a rede não chega, os moradores contam com duas opções: comprar galões / cami-nhões-pipa ou utilizar poços artesianos.

“A Nova Cedae disse que es-tava investindo em obras e que iriam contemplar nosso bairro. Só que até agora nada foi feito, e essa é uma das maiores recla-mações que temos hoje. Espe-remos que o abastecimento não demore muito para chegar”, re-lata Edimara.

Em outubro de 2014, a Nova Cedae informou que um dos fo-cos da companhia é o bairro La-gomar, onde somente entre 10 e 15% da população recebe água. De acordo com a empresa, toda área norte será recompensada e atendida 100% com adutora.

Kaná Manhães

Prefeitura diz que as obras de urbanização já estão 97% concluídas

Área de lazer ganha parquinho e academia popularDepois de muitas reivindi-cações, os moradores podem co-memorar duas conquistas que vieram junto das obras de urba-nização: o parquinho infantil e a academia popular, situadas na Avenida principal do bairro, a poucos metros da UPA.

Um espaço destinado para as crianças era um dos pedidos que os pais faziam. “Agora, os nossos filhos têm um local adequado para brincar, não precisando ficar mais no meio da rua, cor-rendo o risco de serem atro-pelados. Esperamos que todos conservem. Agradeço à prefei-tura e espero que ela, em breve, amplie esses espaços em outras partes do bairro e da cidade”, re-lata Tatiane Araújo.

O lazer é um item fundamen-tal para a saúde, pois controla os níveis de ansiedade e contribui com outros fatores psicológi-cos, e também físicos. No caso de crianças e jovens, isso é fun-damental para o seu desenvol-vimento.

Já para quem que manter a saúde em dia, a academia ao ar

Kaná Manhães

Crianças contam com um parquinho novo para brincar

Invasões avançam na Zona de AmortecimentoHá anos o jornal O DEBATE acompanha o crescimento das invasões na Zona de Amorteci-mento do Parque Nacional da Restinga do Jurubatiba, tam-bém conhecida como W30. A prefeitura já chegou a fazer a remoção de algumas constru-ções, no entanto, para cada casa que é demolida, surgem muitas outras, inclusive nas áreas onde o poder público atuou.

Uma foto aérea feita recente-mente mostra claramente que as casas estão avançando cada vez mais, principalmente na quadra próxima à entrada do parque, onde em 2012 a equipe de reportagem acompanhou de perto uma ação conjunta entre o ICMBio, a prefeitura e a Polí-cia Federal.

É importante ressaltar que um crescimento descontrola-do nessa região causa uma série de ameaças ao Parque Nacional desde a contaminação de suas águas (a área não possui trata-mento de esgoto) até a supres-são de habitats utilizados pela

biodiversidade do parque. E o retrato a olho nu é: abandono de lixo e desmatamentos di-ários, casas construídas sem qualquer autorização da se-cretaria de Obras do município de Macaé e muitas sem sanea-mento básico.

Segundo a Lei Federal nº 9.985/00, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Con-servação da Natureza e dá ou-tras providências, “considera-se como Zona de Amortecimento, o entorno de uma Unidade de Conservação, onde as ativida-des humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a Unidade".

De acordo com a secretaria de Ambiente, existe uma Comissão de Pronta Ação que, ao lado da Guarda Municipal, realiza ron-das de vistoria nas áreas que, frequentemente, são invadidas. Além disso, próximas ações de coibição de invasão serão reali-zadas em breve.

Restinga vira lixão a céu abertoA restinga é um ecossis-tema muito importante para a manutenção do equilíbrio ecológico em um determina-do ambiente. Ele tem um pa-pel fundamental na contenção dos avanços do mar na costa terrestre, sendo responsável por segurar os impactos do sal.

De acordo com a Resolução nº 07/96 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama): “Entende-se por vegetação de restinga o conjunto das comu-nidades vegetais, fisionomica-mente distintas, sob influência marinha e fluviomarinha. Es-sas comunidades, distribuídas em mosaico, ocorrem em áreas de grande diversidade ecológi-ca, sendo consideradas comu-nidades edáficas por depende-rem mais da natureza do solo que do clima”.

Esses tipos de formações são divididas em três tipos: vegeta-ção de praias e dunas, vegeta-ção sobre cordões arenosos e vegetação associada às depres-

que tem se tornado comum, é o descarte irregular.

Ao contrário da Orla dos Cavaleiros e do Pecado, a do Lagomar se tornou um lixão a céu aberto. Em cima da vege-tação, restos de entulho, lixo doméstico, móveis velhos e até resíduos tecnológicos vão, aos poucos, se acumulando. A situação mais crítica fica em uma área a poucos metros da praia do São José do Barreto.

De acordo com a prefeitura, a secretaria de Limpeza Públi-ca e Manutenção já esteve no local fazendo uma fiscalização de área, na quarta-feira (3), e providenciará os serviços de limpeza necessários. Porém, ela informa que o problema de poluição advém da falta de consciência ambiental das pes-soas. Portanto é necessário que a população mude seus hábitos irregulares de descartar lixos e ferro-velho em locais públi-cos, principalmente nas áreas de proteção ambiental.

Kaná Manhães

Secretaria de Limpeza Pública pede a colaboração dos moradores

Kaná Manhães

Área que deveria ser preservada é invadida de maneira desordenada

livre - situada ao lado do par-quinho -, tem sido a principal escolha. “É bom ter uma dessas pertinho de casa, pois a maioria aqui não tem condições de pa-gar uma academia”, relata Ana Rita.

Um levantamento feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-

presas) aponta que, em apenas cinco anos, o número de aca-demias no Brasil teve um cres-cimento de 133%. As pessoas estão cada vez mais procuran-do esses espaços para manter a forma e a saúde em dia.

Vale ressaltar que, analisando a realidade financeira de milha-res de famílias brasileiras, mui-

tos cidadãos não têm condições de arcar com os preços cobra-dos nas academias particulares. Com isso, dependem de espaços públicos para se exercitar. Em Macaé, a prática pode ser feita nas academias populares, que estão distribuídas em vários pontos da cidade, entre eles, o Lagomar.

sões. A resolução também res-salta que “o corte da vegetação ocasiona uma reposição lenta, geralmente de porte e diversi-dade menores, onde algumas espécies passam a predomi-nar. Devido à fragilidade des-se ecossistema, a vegetação exerce papel fundamental para a estabilização de dunas

e mangues, assim como para a manutenção da drenagem natural”.

No entanto, no Lagomar, ela tem sido degradada de di-versas maneiras. Uma delas é a ocupação irregular, que tem substituído a vegetação por ca-sas sem nenhum tipo de com-pensação ambiental. Outra,

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015 9

GeralQUESTÃODE JUSTIÇA

MACAÉ E A REFORMA ADMINISTRATIVA

Chegou ao fim, nesta última quarta-feira, a votação da Refor-ma Administrativa do município de Macaé, após uma duradoura e acalorada sessão que durou mais de sete horas e entrou, até onde temos conhecimento, para a his-tória desta cidade como a sessão mais longa daquela Casa. Depois de

transcorridos meses de trabalho, a Administração Pública Municipal encaminhou à Câmara dos Verea-dores, em regime de urgência, um projeto de reforma administrativa que buscava adequar um novo mo-delo de estruturação administra-tiva à atual realidade econômica e organizacional do município.

Leandro Gama Alvitos, Especialista em Direito Público

A TRAMITAÇÃO EM CARÁTER DE URGÊNCIA

O caráter de urgência nada mais é do que a abreviatura ou encur-tamento dos prazos ordinários para a apreciação e votação de um Projeto. Segundo o Regimen-to Interno da Câmara Municipal de Macaé, o pedido de urgência feito pelo Prefeito pode ser apre-sentado em qualquer momento da sessão, e será imediatamente discutido e votado. Caso aprovado, a Câmara terá até vinte dias para

incluir o Projeto na Ordem do Dia. Durante este tempo, abre-se prazo para apresentação de emendas e o Projeto passa, obrigatoriamente, pelas Comissões Permanentes pertinentes para apreciar a ma-téria e emitirem seus pareceres acerca de sua viabilidade. Só após este trâmite, o Projeto está pronto para ser incluído na pauta da ses-são ordinária seguinte para que seja discutido e votado.

A LEI COMPLEMENTAR E O QUÓRUM QUALIFICADO

Por se tratar de organização ad-ministrativa, o Projeto de Lei Com-plementar necessita de um quórum qualificado para a sua aprovação, e não apenas a maioria simples como ocorre nos casos de Lei Ordinária. Na Câma-ra Municipal de Macaé, por termos 17 vereadores e o quórum qualificado determinado pela Lei Orgânica do

Município ser de maioria absoluta dos seus membros, para se aprovar uma Lei Complementar necessário se faz o voto de, no mínimo, 10 vereadores. Ressalte-se que o Projeto de Reforma Administrativa - LC 02/2015, obteve o número de 13 votos favoráveis, tendo, portanto, obtido mais do que o neces-sário para a sua aprovação.

PRINCIPAIS PONTOS DA REFORMA ADMINISTRATIVA DEBATIDOS NA CÂMARA

Após toda a tramitação na Câmara dos Vereadores de Macaé, o Projeto de Lei Complementar n.º 02/2015 - com suas emendas e projetos correlatos -, foi amplamente debatido durante a sessão, onde destacamos a vinculação dos apa-relhos públicos como o Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, o Ginásio Poliespor-tivo e o Centro de Convenções Roberto Marinho à Fundação Macaé de Esporte - FESPORTE; a obrigatoriedade de que quaisquer tipos de patrocínios aos even-tos turísticos da cidade sejam aprovados por Lei, tendo, assim, que passar antes pela Câmara; também foi incluída a participação da Câmara Municipal no Gabinete de Gestão Integrada de Macaé; destaque ainda para a vinculação do Ins-tituto de Previdência dos Servidores do

Município de Macaé - MACAEPREV à Secretaria Municipal de Fazenda; a subs-tituição do termo “exclusivamente” por “preferencialmente” na nomeação das Procuradorias Executivas junto à Procu-radoria Geral do Município, permitindo que sejam ocupadas tanto por Procura-dores de carreira como por advogados que não tenham vínculo com a adminis-tração, ou que sejam efetivos em outros cargos que não o de Procurador Muni-cipal; além disso, ainda foram mantidas na Subsecretaria de Direitos Humanos a atribuição que, anteriormente, com-petia à Subsecretaria de Políticas para as Mulheres; e na Secretaria Municipal de Saúde a atribuição que competia à Co-ordenadoria de Política sobre Drogas, dentre outros temas.

MAIOR ECONOMIA PARA OS COFRES PÚBLICOS

Segundo dados apresentados pe-la Procuradoria Geral do Município, estima-se que a nova estrutura admi-nistrativa aprovada na Câmara eco-nomizará aos cofres públicos cerca de R$ 30 milhões por ano de recur-sos, que poderão ser destinados ao custeio da própria máquina pública

ou a novos investimentos na cidade. Esta economia foi possível reorga-nizando a estrutura, diminuindo os valores dos cargos comissionados e extinguindo apenas 125 cargos. Desta forma, o município contará somente com 24 Secretarias, 8 Fundos e 9 En-tidades da Administração Indireta.

PREVALECIMENTO DA DEMOCRACIA

Finalizando este artigo, não po-demos deixar de parabenizar a Ad-ministração Pública que, em um ato de coragem e ousadia, não se omitiu diante do cenário econômico desfa-vorável e está tomando as medidas necessárias para equacionar suas contas, apresentando um projeto que gerará maior eficiência administrati-va e uma significativa economia aos

cofres públicos. Louvamos a forma como a Câmara Municipal de Macaé, em uma verdadeira demonstração de amadurecimento democrático con-duziu todo o processo, cumprindo o seu regimento, fazendo prevalecer sempre a vontade da maioria e garan-tindo que os munícipes lá represen-tados sejam os maiores beneficiados pela Reforma.

Leandro Gama Alvitos

EVENTO

UFRJ vai realizar seminário sobre promoção de saúde Interessados em participar do evento podem se inscrever pelo email seminariopips@gmail.comJuliane ReisJuliane@odebateon.com.br

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio

Teixeira vai realizar esta semana a terceira edição do Seminário In-terdisciplinar sobre Promoção de Saúde. A programação do evento inclui uma palestra aberta ao pú-blico das 10h às 12h com o Prof. Dr. Francisco Romão da Universi-dade do Estado do Rio de Janeiro intitulada "Consumo, Economia e Saúde". Interessados em participar do evento podem se inscrever pelo email seminariopips@gmail.com É necessário informar o nome e o número de telefone para contato.

Já à tarde das 13h30 às 17h haverá discussão em Grupo de Trabalhos.

A iniciativa é um evento cien-tífico do Programa Interdiscipli-nar de Promoção da Saúde - PIPS (PROEXT) do campus UFRJ Ma-caé e tem como objetivo divulgar as ações, estudos e pesquisas desen-volvidas pelos projetos vinculados

a esse programa através de confe-rências, debate interdisciplinar e trabalhos de grupo.

O programa contempla 14 pro-jetos e envolve alunos e professo-res dos cursos de graduação em Enfermagem, Nutrição, Medicina, Farmácia e Engenharia. Os proje-tos contemplados pela iniciativa são: “Nutrição na prevenção e con-trole da obesidade e síndrome me-tabólica no município de Macaé”, “Brinca que Melhora”, “Atualiza-ção em Métodos de diagnóstico em Doenças Infecto-parasitárias como estratégia de promoção de saúde”, “Promoção de Saúde e prevenção de DST/HIV/AIDS:ações extensio-nistas numa abordagem dialógica em Macaé”, “Como crescemos”, “Amamentar, um gesto de amor humoral”, “Centro Regional sobre informações de Medicamentos na UFRJ - Macaé uma nova experiên-cia no Norte Fluminense”, “Oficinas Musicais: promovendo aprendiza-gem, criatividade e cidadania”, “Es-colha Saúdavel Utilizando Rótulos de Alimentos (ESAURA)”, “Educa-

ção em Saúde para o cuidador domi-ciliar de pessoas com necessidades especiais”, “Processo Saúde - Doen-ça e qualidade de Vida na Adoles-cência: estratégias educativas para promoção da saúde entre adoles-centes escolares em Macaé - RJ”, “Comida, memória e a promoção da alimentação afro-brasileira sau-dável”, e “Promovendo ações sobre prevenção de acidentes e orientação para o socorro na comunidade”.

De acordo com a coordenadora do Seminário, professora Renata Amorim, os projetos vêm sendo desenvolvidos em vários locais de Macaé, buscando realizar ações voltadas para a promoção da saúde em sua forma mais ampla. A grande maioria dos projetos já atua há mais de 3 anos, e alguns estão iniciando suas atividades em 2015.

A docente explica que, além das ati-vidades desenvolvidas pelos projetos, são realizados eventos que articulam as temáticas desenvolvidas, nos sub-temas descritos acima, como o Semi-nário Interdisciplinar de Promoção da Saúde, voltado para a reflexão cole-

tiva sobre os caminhos e perspectivas das ações desenvolvidas pelo PIPS, contribuindo para a divulgação dos resultados dos estudos e pesquisas para a comunidade científica.

“As ações educativas ou de pro-moção da saúde desenvolvidas pelos projetos também são divulgadas em um outro evento promovido pelo PIPS - a Feira Arte, Cultura e Saú-de -, que contribui para promover a troca de informações e experiências entre os participantes do PIPS e ins-tituições, organizações e grupos co-munitários que também trabalhem com temáticas semelhantes”, disse.

As atividades desenvolvidas pelo Programa e seus resultados serão divulgados por meio de publica-ções de várias naturezas, tais co-mo: site do Campus UFRJ - Macaé, artigos científicos, relatórios, guias de orientação, material impresso de informação sobre saúde, entre outros, que contribuirão para a di-fusão das experiências e dos conhe-cimentos produzidos no âmbito de seus projetos para toda sociedade, acadêmica ou não.

INICIATIVA

Casa dos Anjos e Agropec realizam feira de adoção de animais

A Casa dos Anjos realiza neste do-mingo (7) em parceria com a Agro-pec, mais uma feira de cães e gatos no Parque Aeroporto. O evento acontece das 7h às 17h e tem como objetivo encontrar um lar para os animais. Ainda na oportunidade os cem primeiros animais que visita-rem a feira vão receber vermifuga-ção grátis e aplicação de anti-pulgas e carrapatos.

A Casa dos Anjos é uma institui-ção voluntária, sem fins lucrativos, e que precisa da ajuda de toda a socie-dade para dar continuidade às suas ações em defesa dos animais. Com isso, além de amenizar o sofrimen-to de um animalzinho abandonado, esse trabalho também beneficia a população, uma vez que reduz os riscos de doenças (também conhe-cidas como zoonoses).

Interessados em dar um novo lar a um dos animais, deve ser maior de 18 anos e precisa apresentar a car-

Evento vai acontecer neste domingo, das 7h às 17h, Avenida Tancredo Neves, nº 303 (Antiga Rua 62) - Parque Aeroporto

teira de identidade e o comprovante de residência. Mas vale lembrar que ter um animal também significa res-ponsabilidade, assim, é necessário pensar e repensar antes de adotar um cão ou gato.

De acordo com Lei federal nº 9.605/98, o abandono de animais é crime e contribui com a alta popula-ção de animais pelas ruas da cidade.

Atualmente, a Casa dos Anjos presta assistência a mais de 200 bi-chos, entre cães e gatos. Após serem resgatados das ruas, eles passam por tratamento veterinário e de higieni-zação, sendo posteriormente dispo-nibilizados para adoção. Os animais são doados já castrados, vermifuga-dos e com as vacinas em dia.

A responsável pela Casa dos An-jos, Thaís Fagundes, ressalta que a maior dificuldade é encontrar lares para os cachorros, sejam eles adul-tos ou filhotes.

Interessados também podem fa-zer doações para a Casa. Elas podem ser feitas em dinheiro ou entrega de itens como rações (cães e gatos, adultos e filhotes), medicamentos, areia sanitária para felinos, produ-tos de limpeza (cloro, água sanitá-ria, entre outros), coleiras (novas e usadas), guias, jornais, potinhos de comida, cobertores, caminhas etc.

GRADUAÇÃO

Últimos dias de inscrição para o vestibular da Salesiana

A Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora (FSMA) Macaé segue com as inscrições abertas. As vagas oferecidas são para os cursos de Ad-ministração, Comunicação Social - habilitação em Jornalismo e/ou Pu-blicidade e Propaganda, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Química, Engenharia da Computa-ção e Psicologia. O valor da taxa de inscrição é de R$ 25,00, pagável em qualquer banco ou casa lotérica até o vencimento. As aulas são realiza-das em período noturno, no horário das 18h20min às 22h30min; e nos sábados letivos, das 8h às 12h.

As inscrições podem ser feitas pe-lo www.salesiana.edu.br até o dia 8 de junho ou, presencialmente, na secretaria da instituição até o dia 12 de junho, das 15h às 21h.

O processo seletivo será realizado no dia 14 de junho, das 9h às 12h. A avaliação será composta por uma redação e questões de Conheci-mentos Gerais, Língua Portuguesa e Matemática.

O gabarito estará disponível no dia 15, a partir das 16h, e o prazo pa-ra o resultado final e matrícula dos classificados será nos dias 17, 18 e 19 de junho, também a partir das 16h.

E para quem não pretende pres-tar o vestibular, a instituição oferece a opção de ingresso nos cursos por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste caso,

Pela internet, o prazo encerra nesta segunda-feira. Já na secretaria da instituição segue até o dia 12, das 15h às 21h

é necessário que o candidato tenha obtido a média aritmética igual ou superior a 400 das notas das 4 áreas (Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Na-tureza e suas Tecnologias) e na re-dação. Serão disponibilizadas 20% das vagas estabelecidas no edital.

No entanto, segundo o edital, apenas terão direito ao benefício aqueles que manifestarem a inten-ção de utilizar o resultado do ENEM no ato da inscrição e apresentarem a documentação comprobatória na secretaria da Faculdade. O ingres-so por essa modalidade está condi-cionado ainda ao número de vagas reservadas para o curso pretendido, preenchidas por ordem decrescente de nota. Os não-classificados para o número de vagas disponíveis deve-rão realizar as provas do vestibular de acordo com as normas estabele-cidas pela instituição.

A Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora (FSMA) continua com inscrições abertas para o primei-ro processo seletivo do Concurso Vestibular de acesso aos cursos de Graduação para o 2º semestre de 2015. O edital está disponível no site http://www.salesiana.edu.br.

VAGAS OFERECIDAS● ADMINISTRAÇÃO (50)● COMUNICAÇÃO Social -

Jornalismo (32)● PUBLICIDADE e Propaganda (50)● PSICOLOGIA (44)● ENGENHARIA Ambiental e

Sanitária (50)● ENGENHARIA da Computação (50) ● ENGENHARIA Química (46)

Inscrições para o CVT Macaé encerram neste domingoOPORTUNIDADE

A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), vinculada à Secre-taria de Estado de Ciência e Tecno-logia do Rio de Janeiro, encerra no domingo as inscrições para as qua-tro mil vagas oferecidas para o Ensi-no Técnico e Educação Superior. As inscrições podem ser feitas pelo link “Inscrições para o Ensino Técnico e Educação Superior da FAETEC”. A taxa de inscrição é de R$ 39,00.

Em Macaé os cursos são ofereci-dos pelo Centro Vocacional Tecno-lógico (CVT). No total são 25 vagas para cursos subsequentes, sendo 11 para Manutenção e Suporte em

Oportunidades são para os cursos técnicos Subsequente de Manutenção e Suporte em Informática e Técnico em Edificações

Informática, e 14 para Técnico em Edificações. As aulas serão presen-ciais e no período noturno.

Do total de vagas, serão reser-vadas 5% de cada curso às pessoas com deficiência e 20% aos estudan-tes oriundos da rede pública e estu-dantes beneficiados pelo sistema de cotas.

O CVT Macaé oferece ainda os cursos de Aplicador de Revesti-mento Cerâmico, Curso Técnico em Edificações, Carpinteiro de Obras, Curso Técnico de Manutenção e Suporte em Informática, Encana-dor, Instalador Predial, Eletricista instalador Predial de Baixa Tensão, Excel Avançado, Espanhol, Inglês, Montador e Reparador de Compu-tadores, NR 10, operador de Com-putador - Windows, Operador de Computador - Linux, Pintor de Obras e Pedreiro de Alvenaria.

A unidade inaugurada em 2012, com a finalidade de alavancar o potencial econômico da região, oferecendo novas oportunidades para a população, fica localizada na Av. Aluísio da Silva Gomes, s/n, no bairro Granja dos Cavaleiros.

A instituição é considerada a pri-meira de Macaé e a 34ª do Estado e conta com uma estrutura de ponta, com capacidade para receber 2 mil alunos por ano, com cursos de qua-lidade que buscam contribuir com a formação da mão de obra local e regional e, assim, preparar os pro-

fissionais para as demandas de mer-cado. O local conta com dez salas de aulas, cinco laboratórios, sendo três na área de Informática e mais dois para Desenho Técnico, seis ofici-nas para aulas práticas nos cursos de Construção Civil, uma sala de estudos e um auditório multimídia.

Outras informações referentes ao processo seletivo podem ser obtidas pelo telefone da organizadora do concurso, Fundação BIO-RIO, pe-lo telefone: (21) 3525-2480, das 09 às 18h, ou pelo e-mail: faetec2015@biorio.org.br

Instituto Vida Sustentável busca parceria para continuar projetos. Localizado na Serra Macaense, projeto visa uma série de ações em prol da preservação ambiental

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015

Empresariado contribuiu para a construção do prédio da ACIM

Parecia impossível a fundação da Associação C o m e r c i a l e m M a c a é , tantas foram as tentati-vas que falharam, que o desânimo se apoderou de um grupo que pensa-va nisso.

Mas, um dia, o Sr. Or-lando Farrulla, impor-tante empresário e com grande visão de futuro, dono da Fábrica de Bebi-das Lynce, entendeu que tudo é possível quando se quer, e meteu-se à frente da ideia.

E aquilo que se nos afi-gurava impossível, num dia memorável, o 13 de maio de 1916, tornou-se realidade. Foi fundada, com grande aceitação, a Associação Commercial de Macahé.

Depois, pensou-se na construção do edifício - uma utopia - diziam - e, ainda desanimados pelas dificuldades encontradas anteriormente à funda-ção, quase todos pensa-vam assim.

Manoel Ximenes, Pauli-no de Carvalho, Eduardo Gomes e outros revesti-ram-se de coragem e sa-

íram a campo. Os incré-dulos riam e os mais ani-mados, ainda duvidavam do êxito da empresa, mas eles, impassíveis, cami-nhavam para a vitória e ela aí está - este belo edi-fício, atestado evidente do que pode a vontade da-queles que sabem querer.

O que poucos sabem é que a construção do pré-dio da ACIM demandou um imenso esforço cole-tivo para que as obras fos-sem concluídas. Foram necessárias contribui-ções de muitas pessoas, em sua maior parte em-presários e comercian-tes macaenses que, con-siderando a importância da permanência de uma Associação Comercial no município, não pouparam esforços para que o pré-dio fosse erguido.

Nas imagens abaixo, re-tiradas da Revista Com-mercial, publicada pela Associação Comercial em 1923, podem ser con-feridos os nomes de todos os que colaboraram para a construção do então nomeado Palácio do Co-mércio.

reprodução arquivo

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meio ambiente

Maioria dos municípios do RJ tem risco de incêndio florestalOs municípios de Porciúncula, Conceição de Macabu, Quissamã, Carapebus, Saquarema e Itaboraí estão no nível mais alto de riscoMartinho Santafé

Mais da metade dos mu-nicípios do estado do Rio de Janeiro (54%)

têm risco severo de registrar incêndio florestal e 34% de pas-sar por estiagem no inverno. As informações foram divulgadas esta semana pela Defesa Civil, que lançou o Mapa das Amea-ças Climatológicas do Estado do Rio, como parte das atividades relacionadas à Semana Mundial do Meio Ambiente.

O diretor-geral da Defesa Ci-vil, coronel Paulo Renato Vaz, explicou que o levantamento foi feito com o apoio de 86 órgãos de Defesa Civil municipais, com base nas edições 2012 e 2014 do Mapa de Ameaças Naturais do estado. O estudo classifica as cidades de acordo com cinco categorias de risco, que vão de leve ao severo.

“O mapa indica a prevalência das ameaças naturais de uma forma geral no nosso estado. Pelo período crítico do inverno, que se aproxima, nós extraímos as ameaças do grupo climatoló-gico que estão na classificação e codificação brasileira de desas-tre: seca, estiagem, baixa umi-dade do ar e incêndio florestal. Dessas quatro, nós destacamos a estiagem e o incêndio florestal, que são mais críticos no nosso estado”.

De acordo com o coronel, no verão as ameaças mais ca-racterísticas são deslizamen-tos, inundações, enxurradas e alagamentos, provocados pelo excesso de chuvas. Entre todas as ameaças naturais, o incêndio florestal é a quinta mais fre-quente no estado.

Pelo mapa lançado esta se-mana, a mancha de risco de es-tiagem se concentra no norte fluminense, com 18 municípios classificados com risco severo. O risco de incêndio florestal é concentrado nas regiões metro-politana, serrana e dos Lagos. Os municípios de Porciúncula, Conceição de Macabu, Quis-samã, Carapebus, Saquarema e Itaboraí estão no nível mais alto de risco dos dois desastres mapeados.

O coronel Vaz explicou ain-da que o mapa possibilitou a construção de 168 planos de contingência, que serão inicia-dos antes do inverno começar. “Nos próximos 20 dias, vamos colocar em prática esses planos, por meio de exercícios simula-dos, executados pelas defesas civis municipais, envolvendo a população, a comunidade. No dia 21 de junho, quando come-ça o inverno, estação crítica para

essas ameaças, vamos ter todos esses perigos identificados, os planos de contingência feitos e os exercícios simulados realiza-dos. Estamos nos antecipando aos desastres para impedir que eles aconteçam”.

Segundo Vaz, na cidade do Rio de Janeiro, as principais ameaças climatológicas são os deslizamentos e as inundações.

Como surgem os inCêndios

Em apenas alguns segundos, uma fagulha ou mesmo o calor do sol, deflagra um inferno. O incêndio florestal se propaga rapidamente, consumindo a vegetação seca e espessa e qua-se tudo o mais em seu caminho. O que um dia foi uma floresta, se torna um barril de pólvora virtual de combustível inexplo-rado. Em uma rajada aparente-mente instantânea, o incêndio florestal alcança milhares de acres de terra adjacente, amea-çando as casas e vidas de muitos na vizinhança.

Uma média de 5 milhões de acres queima todo ano nos Esta-dos Unidos, causando milhões de dólares em prejuízo. Quando um incêndio <http://ambiente.hsw.uol.com.br/fogo.htm> co-meça, ele pode se propagar em uma taxa de até 23km/h, con-sumindo tudo em seu caminho. À medida que o fogo se espalha por arbustos e árvores, pode ad-quirir vida própria - encontran-do meios de se manter vivo, até mesmo semeando pequenos incêndios, arremessando bra-sas a quilômetros de distância. Neste artigo, iremos observar os incêndios florestais, exploran-do como eles nascem, vivem e morrem. Mas atenção, incên-dios florestais são diferentes de queimadas, muito comuns no Brasil.

Em um dia quente de verão, qualquer coisa tão pequena quanto uma faísca da roda de um vagão, passando pelo trilho, pode dar início a um enorme incêndio florestal. Algumas ve-zes, o incêndio ocorre natural-mente, inflamado pelo calor do sol <http://ambiente.hsw.uol.com.br/sol.htm>ou pela queda de um raio. Contudo, a maioria dos incêndios florestais é resul-tado do descuido humano.

As causas mais comuns de incêndios florestais incluem: incêndio intencional, fogueiras, cigarros acesos, queima inade-quada de detritos, brincadeira com fósforos ou fogos de arti-fício.

Tudo, dependendo da tempe-ratura, pode arder em chamas. Essa temperatura é chamada

ponto de fulgor de um material. O ponto de fulgor da madeira é 300ºC. Quando a madeira é aquecida a essa temperatura, ela libera gás de hidrocarboneto que se misturam com o oxigênio do ar, entram em combustão e criam o incêndio.

Há três componentes ne-cessários para que a ignição e combustão ocorram. Um incêndio requer combustível para queimar, ar para fornecer oxigênio e uma fonte de calor para levar o combustível até a temperatura de ignição. Calor, oxigênio e combustível formam o triângulo do fogo. Os bombei-ros freqüentemente falam so-bre o triângulo do fogo quando estão tentando acabar com um incêndio. A idéia é que se pude-rem remover um dos pilares do triângulo, eles podem controlar e finalmente extinguir o fogo.

Após ocorrer a combustão e o fogo começar a queimar, há vá-rios fatores que determinam co-mo o fogo se espalha. Esses três fatores incluem combustível, clima e topografia. Dependendo desses fatores, um incêndio po-de desaparecer rapidamente ou se transformar em um enorme incêndio que destrói milhares de acres.

Os incêndios florestais se propagam com base no tipo e quantidade de combustível que os cerca. O combustível pode incluir tudo, desde árvores, ar-bustos e campos de grama seca a casas. A quantidade de ma-terial inflamável que cerca um incêndio é mencionada como carga de combustível. A carga de combustível é mensurada pela quantidade de combustível dis-ponível por área unitária, nor-malmente, toneladas por acre.

Uma carga de combustível pe-quena fará com que um incên-dio queime e se espalhe lenta-mente, com baixa intensidade. Se houver muito combustível, o incêndio queimará mais in-tensamente, fazendo com que se espalhe mais rapidamente. Quanto mais rápido ele aque-ce o material ao redor, mais rápido esses materiais podem entrar em ignição. Quando o combustível está muito seco é consumido muito mais rápido e cria um fogo que é muito mais difícil de conter.

propostas para a região

Em um painel realizado na VIIII Feira de RSE foi lançado um abaixo-assinado requeren-do aos governos municipal, estadual e federal que tomem medidas urgentes no sentido de dotar o município de Ma-

caé de veículos e equipamen-tos modernos e eficazes para o combate aos incêndios entre outras emergências ambien-tais, principalmente em áreas de difícil acesso.Solicita tam-bém EPIs de segurança para os profissionais da guarda Muni-cipal, a fim de garantir a inte-gridade física desses indivídu-os, e também, do rico e extenso patrimônio natural de Macaé.

“Nos momentos de emer-gências ambientais, como os incêndios florestais que vêm ocorrendo com maior fre-qüência devido às mudanças climáticas, a precariedade dos recursos públicos para enfren-tá-las fica mais evidenciada, mesmo havendo uma rubrica orçamentária no município específica para incêndios”, diz o documento.

No rol dos equipamentos, deve-se incluir a contratação de um helicóptero com piloto experiente nessas operações, para permitir maior agilidade no combate aos sinistros. Es-ta aeronave poderá servir de apoio para as instituições de segurança do município (PF, GM, PM etc.) e para a Defesa Civil em calamidades, como também deverá ser utilizada para supervisionar as áreas de proteção ambiental, incluindo aquelas mais sujeitas a inva-sões, fato que vem acontecendo com freqüência em Macaé, sem a devida solução. Também po-derá coibir a ação de caçadores que possuem abrigos instala-dos em vários locais nas flores-tas. Inclusive, suspeita-se que o maior e mais recente grande incêndio florestal em Macaé te-nha sido causado por resíduos de fogueiras nos acampamen-tos desses criminosos.

O abaixo-assinado esclarece que embora venha recebendo volumosos recursos oriundos da exploração do petróleo na Bacia de Campos, por várias décadas, até o momento atu-al o município de Macaé não possui uma Brigada de Emer-gências Ambientais, bem como uma Brigada de Voluntários na Região Serrana, que inclua o combate a incêndios flores-tais, desmatamento,invasões e caça predatória. “Tais pro-blemas ainda persistem há anos sem solução à vista, tra-zendo prejuízos irreversíveis ao patrimônio natural do mu-nicípio, no que diz respeito à fauna e flora, com o agravante de também estar extinguindo centenas nascentes e outros mananciais hídricos que são a “caixa d´água” de Macaé e região”.

divulgação

algumas vezes, o incêndio ocorre naturalmente, inflamado pelo calor do sol

reprodução arquivo

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015 11

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 7 e segunda-feira, 8 de junho de 2015