nossos irmãos animais
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Os animais têm alma? Eles retornam a conviver conosco um dia? Sim? Não? Nesta pequena apresentação apresentamos a resposta para essa dúvida que é: Sim, eles voltam um dia a viver novamente conosco. Para conhecer mais acesse: http://irmaosanimais-conscienciahumana.blogspot.com/TRANSCRIPT
NOSSOS IRMÃOS ANIMAIS
Texto de Simone Nardi
Não é sempre que vemos alguém falando sobre a
alma dos animais. Muitas religiões sequer aceitam que os animais possuam alma e as que aceitam
ainda começam a engatinhar nesse novo tema, por isso talvez as dezenas de dúvidas que ouvimos quando alguém se coloca a falar sobre os
animais.
Talvez uma das principais dúvidas é se eles voltam
para nós quando desencarnam. Sabemos que todos nós estamos
ligados por laços que nos unem uns aos outros,
sabemos que nessa ou em outra vida, nós humanos nos encontraremos com nossos entes queridos.
O que nos diferenciaria então dos animais, se
sabemos que somos todos irmãos embora em escalas
diferentes? Irvênia Prada, médica
veterinária espírita, em todas as suas palestras
sempre nos diz: Nós somos os tutores dos animais,
nossa responsabilidade é grande para com eles.
Ora, como tutores desses nossos irmãos, sabemos que eles nos seguirão e que nos encontraremos
sempre que lhes for permitido, retornando
sempre que possível para nossos braços para um
novo aprendizado, tanto nosso quanto deles. Nem é
preciso repetir aqui a historia de Chico Xavier e
seu cachorrinho que sempre lhe voltava aos
braços.
Estamos ligados a eles pelos mesmos laços que
nos ligamos uns aos outros: Amor.
É esse amor que vai fazer com que cuidemos deles, de sua educação, de sua
evolução, de sua caminhada ao Pai. Assim
como um dia fomos tutelados pelos irmãos
maiores, hoje tutelamos esses nossos irmãos em
sua jornada de aprendizado.
Se eles voltam? Sempre que podem, sempre que lhes é
permitido. Como sabemos? Nem
sempre o sabemos, mas há sempre um olhar, uma brincadeira, um afago,
um algo mais que os identifica.
Perdi há alguns anos um rottweiler muito querido,
meu amigo e companheiro, inteligente e
carinhoso, morreu em meus braços, me olhando, se despedindo. Passaram-se dois anos de sua morte e estava eu num parque
quando, do nada, apareceu um cão sem
raça, todo preto e mancando de uma das
pernas.
Seguia-a me para todo lado, direi que estava
"sorridente", pois a alegria em seus olhos era quase palpável. Para onde eu ia, lá estava ele manquitolando e sorrindo para mim. Todo mundo o
apontava e apontava, logicamente, para mim, afinal aonde eu ia, lá ia também ele aos saltos e
latidos.
Em determinado momento, resolvi ir para
meu carro, e lá foi o Michelangelo, nome com o qual o batizei em poucos
minutos, correndo na minha frente. Sem que eu dissesse nada, postou-se o
danado bem ao lado do meu carro, sorrindo e
abanando a cauda, ora olhando para mim, ora para o carro. Disfarcei,
pois sei que ele não tinha como saber qual era meu
carro, afinal eu o encontrara no meio do parque, aliás, ele me
encontrara.
Dirigi-me então a outro carro, do mesmo modelo,
fingi que ia abri-lo, Michelangelo não ligou,
latiu e tornou a olhar para meu carro como quem
dissesse: Hei, você está no carro errado, nosso carro é
esse. Foi nesse instante que vi, naqueles olhinhos, não o cão abandonado que
me olhava, mas meu rottweiler Renno, esperto e
sorridente, no mesmo carro que durante tanto
tempo o tinha levado aos veterinários.
Enquanto eu olhava para meu antigo amigo, ele
mais do que feliz, notara o reconhecimento e corria de mim para o carro e
vice-versa. Não tive como deixá-lo ali e quando
chegamos em casa, notei que não apenas seu olhar
era o mesmo, mas seu modo de brincar, de latir,
de deitar, em tudo era Renno que havia voltado
e, pelos caminhos do destino, ele havia me
encontrado novamente.
Ninguém em casa consegue negar que
Michelangelo é meu antigo rottweiler, noutra
roupagem, para um novo aprendizado e que, depois
de muito sofrer as ruas, agora vive num merecido repouso entre aqueles que um dia já haviam sido seus
tutores.
Hoje já não mais me pergunto se eles voltam.
Não, tenho certeza disso. Sim eles voltam. Não importa como, nem importa a distância, eles sempre dão um jeito
de nos encontrar novamente. Esses são os
caminhos do amor, sempre entrelaçados entre
aqueles que aspiram à mesma coisa:
Erguer-se ao Pai em
sua Jornada de amor.