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Edição n.º 46 :: Agosto de 2012 :: Revista do Município de Loures Não ao desperdício alimentar Entrevista a António Costa Pereira, presidente da Associação Dariacordar AGIR :: 42 :: 10 :: 16 :: 24 Beber água da torneira Maior eficiência energética Zonas verdes de eleição

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Edição n.º 46 :: Agosto de 2012 :: Revista do Município de Loures

Não ao desperdício alimentarEntrevista a António Costa Pereira, presidente da Associação Dariacordar

AGIR

:: 42

:: 10:: 16:: 24

Beber água da torneiraMaior efi ciência energética

Zonas verdes de eleição

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2 :: Revista :: Loures Municipal :: Agosto 2012

SUMÁRIO

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: : Do Passado ao FuturoO Arquivo Municipal é,

além de um depósito de documentos de valor histórico e cultural, a memória do concelho de Loures.

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: : Não ao Desperdício AlimentarOs Portugueses são muito solidários.Este projeto é um excelente exemplo de civismo

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PROPRIEDADE :: Câmara Municipal de Loures

Praça de Liberdade, 4, 2674-501 Loures

DIRETOR :: Carlos Teixeira

PERIOCIDADE :: Trimestral

CONTACTO :: [email protected]

DEPÓSITO LEGAL N.º :: 183565/02

ISSN 1645-5088 | Anotada na ERC

FICHA TÉCNICA

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EDITORIAL

A felicidade é um alvo que todos pretendemos atingir.

É característica de todos nós, seres humanos, a permanente necessidade de querer mais e melhor, seja na procura de felicidade pessoal, seja na satisfação e realização profissional.

É também normal sermos avessos à mudança – dificilmente aceitamos sair do rumo traçado, ainda que existam pontos fortes que nos façam ponderar uma eventual escolha.

Estas duas características nem sempre andam a par mas, na impossibilidade de alterarmos aquilo a que se convencionou chamar “a vida” e o seu sentido, é fundamental que tenhamos atitude positiva e otimista e que, perante as contrariedades, as “pedras no caminho”, saibamos procurar alternativas, fixar objetivos e lutar ao limite das nossas forças para alcançá-los. A nossa mente é, de facto, a única coisa que controlamos em absoluto nas nossas vidas.

Mudar de atitude será, por isso, o primeiro passo para chegar à solução. Outros passos poderemos dar a seguir, como ser empreendedores, imaginativos, solidários. Todos, sem exceção, enfrentamos problemas no nosso quotidiano, sejam do foro íntimo ou da esfera profissional, dentro ou fora de contextos de crise.

É neste espírito que vos deixo com mais uma Loures Municipal que foca o que de bom se tem feito, neste município, para motivar as gentes, ajudar os mais carenciados, defender o que temos de precioso e manter alta a fasquia da nossa oferta cultural, patrimonial, gastronómica e humana.

Não vejamos na crise uma desculpa para a frustração, a depressão e o desânimo, mas uma janela que se abre para que sejamos mais solidários, mais presentes e, sobretudo, mais tenazes na luta para alcançar aquilo a que todos temos direito: ser feliz!

Porque, afinal, a vida tem múltiplos sentidos e é feita de pequenos nadas…

Carlos TeixeiraPresidente da Câmara Municipal de Loures

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A capacidade de adaptação ao meio conhece novos avanços e damos connosco a ser mais industriosos, mais estrategas, mais imaginativos, e tornamo-nos exímios na capacidade de tirar leite de pedras, de aditar ao nosso dia-a-dia pequenos nadas que podem fazer toda a diferença, não porque na adversidade resida a oportunidade de seja lá o que for, mas porque não podemos desistir nem baixar os braços.Porque temos compromissos connosco e com outros, porque somos responsáveis por nós e por outros e porque é preciso lutar e não desistir, nunca.Deambulando na world wide web à procura de inspiração, deparámo-nos com o texto de um escritor americano, que recentemente emigrou para a República Checa, que insiste em viver da escrita, posição que o obriga a subsistir com muito pouco.

A Vida é feitade pequenos nadas

Esta decisão obrigou-o a procurar novos recursos, pequenos nadas que o ajudam a sobreviver com bastante menos do que o habitual, mas que também o ensinaram e reformular a própria vida, a adaptar-se a uma nova realidade, de forma natural e inteligente e, principalmente, a manter-se motivado e com a certeza de que o seu esforço aponta a dias melhores, no futuro próximo.Baseados nesta e noutras experiências, damos algumas sugestões e três conselhos:Acredite que este estado de coisas não pode durar para sempre.Não desista nunca e mantenha o sentido de humor.Faça por si e não pare de procurar a solução para o seu problema.

Podíamos falar da importância de um sorriso, de um abraço, de pequenos nadas como o afeto ou a solidariedade traduzidos num carinho, na presença, ainda que silenciosa, em tempos de mágoa.Podíamos falar do pôr do sol ou do cheiro da terra molhada depois da chuva, da lua cheia e do mar.A verdade é que, em tempos difíceis, diminui o impulso puro, decresce a capacidade de sonhar.Tornamo-nos mais duros, mais pragmáticos… e ainda bem.

CONVERSAR

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CONVERSAR

AproveitAr todos os recursos

Somos o que sabemos. Os nossos conhecimentos fazem de tal forma parte de nós, que nos esquecemos de que podemos rentabilizá-los, partilhando-os. Dar aulas de uma disciplina em que estamos à vontade para os mais diferenciados pode ser uma fonte de rendimento extra. Tomar conta de crianças, pontualmente, em casa de amigos e conhecidos, pode engrossar o orçamento familiar. Se fizermos bem o que quer que seja, depressa será passada a palavra e angariaremos uma “carteira de clientes”. Fazer rissóis ou passar a ferro para fora também vale. No fundo, vale tudo o que faça parte do nosso conhecimento e que faça falta a alguém…

BeBer MeNos, deiXAr de FuMAr...

Os estados de alma sombrios, o acumular de problemas e a ausência de objetivos podem levar ao consumo exacerbado de substâncias que, provocando alguma alienação, nos confortem e ajudem – pelo menos assim o interpretamos – a ultrapassar um mau momento. Inverter esta tendência pode trazer grandes compensações, em termos de poupança e, sobretudo, de saúde. Se consumir um bom vinho numa ocasião especial e se se permitir fumar um cigarro após uma refeição excecional, ao fim de semana, deixará de se cansar a subir escadas, recuperará o sabor genuíno dos alimentos, aumentará o seu bem-estar, estará mais desperto para a vida e, sobretudo, transformará aquilo que já nem conseguia ser um prazer diário, mas apenas um mau hábito, numa experiência suprema que só o será porque a transformou num momento raro.

sAir seM GAstAr diNHeiro

Aproveitar iniciativas municipais para tomar contacto com a Arte, a Natureza, levar as crianças a passear, fazer rastreios, é uma boa forma de manter a família ativa sem gastar dinheiro. Pequenos nadas que nos mantêm despertos para o que nos rodeia e que nos impedem de nos sentirmos prisioneiros nas nossas próprias casas.

os prAZeres siMpLes dA vidA

Caminhar no Parque, ler num banco de jardim, jogar damas ou xadrez… são pequenos prazeres que preenchem os tempos livres e nos dão uma sensação de plenitude, descansando a mente e exercitando o corpo ou a capacidade de raciocínio. Podem ser também motores de aproximação intergeracional. Todos os dias perdemos um pouco mais o contacto com os mais velhos, o que se traduz na perda progressiva da nossa identidade. É neles que estão as nossas raízes, as histórias que nos embalaram, os princípios e valores que deram lugar ao que hoje somos. Cultivar as relações é um trabalho que vale a pena, sempre, e que enriquece todos os envolvidos.

iNterNet, uM AdMirÁveL MuNdo

Se há despesas que podemos evitar, outras existem a que não podemos fugir. Ter acesso à internet deveria ser um direito consagrado na Constituição. Porque nos dá toda a informação disponível, nos ajuda nas nossas tarefas, nos torna mais ágeis à medida que praticamos a pesquisa. Dá--nos ideias, tira-nos dúvidas e, sobretudo, lança-nos desafios. Através da internet procuramos emprego, vendemos e compramos, mantemo-nos informados, viajamos até. Sabia que pode visitar vários museus internacionais através da internet? Um pequeno nada que nos pode transportar onde a carteira nos proíbe de ir. A internet põe-nos em contacto com o mundo e com mil mundos impensáveis há pouco mais de duas décadas. A internet ajuda-nos a poupar, a contornar despesas. Por exemplo, dá-nos acesso a uma série de receitas para (quase) todos os males, o que pode evitar uma ida à farmácia – se substituirmos um medicamento por uma mezinha caseira –, ao supermercado – se substituirmos um alimento por outro –, à biblioteca – porque temos acesso a milhões de textos sobre os mais variados temas.

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JANtAr ForA... NA vArANdA

Usar a imaginação, pensar positivo e valorizar o que ainda temos: parece ser a equação certa para uma refeição simples, mas caseira, na varanda lá de casa ou bem junto à maior janela disponível. Depois, é hora de reduzir o consumo de eletricidade e usar velas, mesmo que o jantar seja atum com feijão-frade (uma delícia, aliás!). Boa companhia, um CD antigo ou até rádio numa estação nostálgica e pronto!

coMprAr BArAto

Atenção às promoções – duplamente! Há as enganosas e as que, de facto, merece a pena aproveitar. De resto, os vegetais continuam acessíveis e fazem bem à saúde. O mesmo se passa com a fruta, ainda que já seja um pouco mais dispendiosa. O pão é um alimento riquíssimo e que se pode usar de mil maneiras diferentes. Nas lojas, as roupas estão todas em promoção e há grandes lojas que têm básicos a preços extremamente interessantes. Basta estar alerta!

NovAs eXperiÊNciAs

Acha que tem jeito para cortar cabelos? Então experimente lá em casa, com os seus filhos. Se o primeiro não ficar bem, o cabeleireiro pode sempre remediar. Não se aventure demasiado e vai ver que o resultado será, no mínimo, satisfatório. Tem imenso jeito para fazer depilação e a sua melhor amiga é uma manicura em potência? Pois bem, troquem serviços e vão ver, no final do mês, o dinheiro que pouparam. E, já agora, se a experiência com o cabelo do seu filho saiu bem, a sua amiga pode ser a próxima “vítima”…

ArMAZeNAr

Muitas vezes, a compra de duas unidades traz mais uma de oferta. Se tiver a certeza de que é um bom negócio, armazene. Vai saber-lhe muito bem nos meses seguintes.

NÃo desistir de si

Aquilo que nos habituámos a ver como pequenos nadas – a máscara para o cabelo, o creme para as mãos e o corpo, até o desodorizante, assumem agora um peso notável nas contas do final do mês. Pois muito bem, experimente substituir os primeiros três por azeite e o último por umas gotas de sumo de limão. Continua a tratar de si e os custos descem vertiginosamente…

pArtiLHAr

Há sempre alguém que está em pior situação do que nós e que precisa de ajuda. O trabalho de voluntariado enobrece, enriquece e dá-nos muito mais do que conseguimos oferecer. Faça alguma coisa pelos outros. Talvez alguém faça algo por si… Dar é difícil, ao contrário do que se possa pensar. Depois da primeira vez, é como andar de bicicleta e torna- -se no melhor vício do mundo. A partilha de pequenos nadas pode significar o mundo para muita gente. Hoje pelos outros, amanhã, por si!

NÃo ter verGoNHA

Se precisar de ajuda, peça! A vergonha deve ficar para quem nos leva a este estado de coisas, para quem permite que soframos todos os cortes e não tenhamos qualquer incentivo, nem vejamos a menor luz no final do mais longínquo dos túneis. Há instituições, organismos, organizações, vocacionados para ajudar quem precisa. Não é preciso ser sem-abrigo para necessitar de apoio. A crise atirou-nos para um buraco do qual vamos sair, certamente, mas enquanto não saímos há que continuar a respirar, a viver, a lutar. Lute, portanto, com garra e com força e não desista! Valorize tudo o que valer a pena e não se esqueça: a vida é feita de pequenos nadas!

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AGIR

Beber águada torneiraUM HáBITO SAUDáVEL E DE CONFIANçA

Uma das principais finalidades do Laboratório de Águas dos Serviços Municipalizados de Loures é garantir a qualidade da água para consumo humano, distribuída nos concelhos de Loures e Odivelas. Em Setembro de 2001, este laboratório obteve o reconhecimento formal da qualidade do serviço prestado para ensaios microbiológicos e físico-químicos em águas naturais, de consumo humano e de piscinas, com a concessão da acreditação pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), presentemente sob a responsabilidade do Instituto Português da Acreditação (IPAC).

Com regularidade, são efetuadas análises de controlo laboratorial, as quais permitem manter a qualidade da água

Se pensar que mais de metade do seu corpo é constituído por água, cerca de 70%, fica com a noção da extrema relevância deste precioso líquido para a manutenção da vida humana. Especialistas dizem que se devem ingerir oito copos de água por dia, cerca de dois litros, não só para garantir o bom funcionamento do nosso organismo mas também para repor a quantidade de água que perdemos ao longo do dia. Quanto à sua proveniência, podem surgir diversas opiniões. Mas, por que não beber água da torneira se de facto tem qualidade?

distribuída e executar tratamentos adicionais sempre que se revele necessário. Os resultados destas análises são publicados trimestralmente nos editais das Câmaras Muni-cipais de Loures e Odivelas, assim como nas juntas de fregue-sia, e estão também disponíveis na página da Internet dos Serviços Municipalizados de Loures, www.smas-loures.pt, conforme a legislação em vigor.

Se por um lado não confia na qualidade da água da torneira ou simplesmente não lhe agrada o sabor, tenha ainda assim em atenção o que lhe podem dizer sobre ela. O alerta que agora lhe fazemos refere-se a empresas de venda de purificadores de água, que contactam indivíduos aleatoriamente, ofere-

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A água da rede pública tem na sua

generalidade boa qualidade.

E porque beber água é importante,

cuide de sie da sua saúde

com água de total confiança.

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AGIR

cendo-se para efetuar uma análise à qualidade da água da torneira em sua casa, para posteriormente lhes venderem um aparelho. O método utilizado consiste na realização de testes à água da torneira que resumidamente apresenta resultados desastrosos e cor acastanhada, já com a utilização do tal filtro, a água apresentava excelentes resultados.

Mais uma vez lhe dizemos, a água da rede pública tem na sua generalidade boa qualidade. E porque beber água é importante, cuide de si e da sua saúde com água de total confiança: Beba água da torneira!

ENTREVISTA AOdr. ANtóNio AreiAs pereirA dA siLvA,

DO SERVIçO DE SAúDE OCUPACIONALDO MUNICíPIO, ALUSIVA à IMPORTâNCIA

DO CONSUMO DE ágUA PARA A SAúDE HUMANA

sABiA Que BeBer ÁGuA:

› AjUDA os rins a funcionarem corretamentee impede que se tornem preguiçosos?

› PREVINE a ocorrência de infeções urinárias?

› PROPORCIONA UMA MELHORIAna aparência da pele, pela eliminaçãode resíduos da digestão e pela manutençãodo seu estado de hidratação, impedindoque esta fique áspera e seca, e que envelheça mais rapidamente?

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Qual a importância da ingestão de água?É inegável a importância da água não só para a nossa saúde, mas também para o planeta, pois a água é símbolo de vida, fundamental para o normal funcionamento dos seres vivos.

Como se sabe, morremos mais rapidamente de sede do que de fome, porque a água é essencial em muitas funções vitais no organismo. Sem água não há vida.

Dependendo de vários fatores, como a idade, o sexo, a quantidade de massa muscular e de gordura corporal, a água é o principal constituinte do corpo humano: 50 a 70% do total do nosso peso.

A água tem a função de interferir no funcionamento de todos os sistemas e órgãos, na participação em reações enzimáticas, no transporte dos nutrientes, na excreção dos produtos resultantes do metabolismo celular, na regulação da temperatura corporal.

A ingestão de líquidos, normalmente controlada pela sensação de sede, é regulada pelo cérebro, no hipotálamo, mas desidratamos quando as necessidades hídricas estão aumentadas (ingestão diária insuficiente, calor, exercício físico, febre, diarreia, vómitos, etc.).

Os sintomas de desidratação incluem: sede, sensação de boca seca, urina de cor intensa e em menor quantidade; sensação de aumento de temperatura corporal, cansaço físico e mental, perda da capacidade de atenção, concentração e memória, dores de cabeça, hipotensão postural, entre outros.

Quais os benefícios para a nossa saúde?Um bom nível de hidratação é importante para o funcionamento saudável do coração e para a prevenção das doenças cardiovasculares. Diminui o risco de tromboembolismo arterial e venoso (AVC, doença coronária, flebotromboses e flebites). Diminuem as perturbações a nível renal, mental, digestivo, respiratório, dermatológico e músculo-esquelético. Diminuem os episódios de dores de cabeça, de astenia, fraqueza e cansaço. Proporciona um bom sono e melhora o desempenho da nossa atividade diária.

Uma hidratação regular mantém maior elasticidade e frescura da pele e uma boa vitalização dos cabelos. Evita a secura ocular e as conjuntivites. Diminui a secura das mucosas respiratórias, melhora a produção salivar, o trânsito intestinal, diminui a obstipação. Diminuem as infeções geniturinárias e a formação de cálculos renais. Contribui para diminuir as cãibras musculares, melhora a força muscular e a hidratação das articulações.

Como é sabido, uma boa ingestão regular de água melhora o fluxo disponível para irrigar o coração, o cérebro, os músculos, os rins, os pulmões, a pele e todos os restantes órgãos. A água não engorda, nem elimina gorduras.

Qual a quantidade ideal de água a consumir por dia?A água potável da torneira é excelente para matar a sede, e tem uma qualidade irrepreensível. Por vezes pode ter algum cheiro e sabor resultantes da desinfeção com ozono e cloro, de modo a garantir a sua pureza. Para retirar tal cheiro e sabor, podemos encher um jarro ou uma garrafa sem tampa, e colocá-la durante algum tempo no frigorífico.

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Em condições normais, perdemos diariamente 2,5 litros de água. Para repor esta perda devemos beber 1,5 litro de água por dia. Com os alimentos e principalmente a sopa e o leite repomos o restante litro.

A prescrição mais comum aconselha a ingestão, no mínimo, de seis a oito copos de água (1,5 litro) por dia. Na maioria dos casos, não há razão para preferir água engarrafada; além de ser de boa qualidade, a água da torneira é muito mais barata.

De facto, deve beber-se mais água quando se transpira e quando se está perante temperaturas ambientais muito elevadas. Os idosos e os bebés devem beber regularmente água ao longo do dia para não desidratarem.

Devemos beber pequenas quantidades de cada vez e frequentemente ao longo do dia, antecipando-nos à sensação de sede.

Beber muita água ajuda a controlar o peso?A ingestão de água entre e/ou durante as refeições pode contribuir para que nos sintamos saciados, contudo esta sensação é transitória, pois a água passa rapidamente pelo estômago, voltando de imediato a sensação de fome. Mas se tem este hábito, não mude.

O mesmo já não se passa com a sopa que, embora tendo uma grande quantidade de água, atrasa o esvaziamento do estômago, dado que tem variados nutrientes, deixando-nos saciados e alimentados por mais tempo. Nunca deixe de comer as sopas.

Quais são os seus conselhos para quem não costuma beber água com frequência?Beber água é um prazer. Deve aumentar a frequência do consumo de água potável da torneira ou engarrafada.

Deve hidratar-se através da ingestão de água e de outras bebidas como leite, sumos de fruta e néctares, bebidas de sumo de fruta, sumos de legumes, chás em todas as variantes (infusões, chá de frutas, de ervas aromáticas…) e de alimentos ricos em água (sopas, saladas e fruta).

Para não ingerir calorias, cuidado com o teor de açúcares nos líquidos comercializados como refrigerantes e sumos.

Podemos e devemos preparar refrescos caseiros, que são bebidas saborosas à base de água da torneira, associando chá e limão, ou café e limão, ou frutas ao gosto e prazer pessoais. Estes líquidos sem açúcares (calorias), ingeridos às refeições e entre as refeições, hidratam as centenas de milhões de células do nosso corpo, melhorando a nossa saúde física e mental.

Sem água, só podemos sobreviver, no máximo, três a cinco dias.

A ágUA É O NOSSO ALIMENTO MAIS IMPORTANTE.SEIS A OITO COPOS DIáRIOS E DA TORNEIRA QUE É BEM BOA…

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AGIR

Maior eficiência energéticaNOVOS PARâMETROS

A compreensão dos conceitos de Energia, Ordenamento Territorial e Desenvolvimento Sustentável, assim como as suas inter-relações funcionais, é fundamental para uma gestão autárquica que se pretenda responsável, interventiva e geradora de mudanças. A integração da dimensão energética no planeamento municipal é um imperativo de qualquer processo de planeamento que se pretenda sustentável. É possível planear e introduzir conceitos e critérios nos processos ou projetos que convergem para uma utilização mais racional de energia e para uma melhor utilização dos recursos, criando dinâmica ao longo das linhas de sustentabilidade.

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AGIR

As cidades têm um papel cada vez mais ativo e dominante na economia global porque o seu crescimento inclui, em termos de energia, uma maior procura, logo o seu crescimento sustentável é muito mais amplo e atinge muitos setores, alguns deles extremamente vulneráveis.

O conceito de cidade é intrínseco a uma multiplicidade de noções que pretendem identificar fatores-chave para competitividade e atratividade futura das cidades num contexto de economia global, sejam eles o de “cidades inteli-gentes”, “cidades do conhecimento” ou “cidades criativas”.

As cidades inteligentes evoluem na direção de uma forte integração de todas as vertentes da inteligência humana, coletiva e artificial, sendo construídas como aglomerados multidimensionais, combinando as três principais dimen-sões: a primeira está ligada às pessoas da cidade – a inteli-gência, a inventividade e a criatividade dos indivíduos que vivem e trabalham na cidade; a segunda tem a ver com a inteligência coletiva da população de uma cidade; a última está relacionada com a inteligência artificial embutida no ambiente físico da cidade e disponível para a sua população – a infraestrutura de comunicação, os espaços digitais e as ferramentas públicas para a solução de problemas disponíveis para a população da cidade, nomeadamente um planeamento urbanístico com eficiência energética.

Nesta perceção global, a União Europeia tem vindo a desenvolver políticas energéticas que garantam a sustentabilidade da procura sem que exista perda na qualidade dos serviços e na comodidade dos cidadãos. Durante a presidência portuguesa da UE foi lançado um Plano Tecnológico para a Energia e a Estratégia de Lisboa — Novo Ciclo, que integra objetivos ambiciosos de desenvolvimento das energias renováveis, promoção da eficiência energética e redução de emissões de gases com efeito de estufa.

Tendo em conta os novos objetivos para a política energética e a necessidade de criar um novo enquadramento global do Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis (PNAER) e a revisão do Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE), que integrasse ações da área da energia no Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC), foi estabelecido, através da Resolução do Conselho de Ministros 29/2010, de 15 de abril, a Estratégia

Nacional para a Energia, com o horizonte de 2020 (ENE2020).Adapta e atualiza a estratégia definida pela Resolução do Conselho de Ministros 169/2005, de 24 de outubro.

A Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) assenta sobre cinco eixos principais:

Eixo 1 — A ENE 2020 é uma agenda para competitividade, crescimento e independência energética e financeira que dinamiza os diferentes setores da economia, criando valor e emprego através da aposta em projetos inovadores nas áreas da eficiência energética, das energias renováveis, incluindo a produção descentralizada e da mobilidade elétrica, num quadro de equilíbrio territorial; promove a concorrência nos mercados através da consolidação do mercado ibérico de eletricidade (MIBEL), da criação do mercado ibérico do gás natural (MIBgAS) e da regulamentação do sistema petrolífero nacional, e contribuindo para a maior independência energética e financeira do nosso país face a choques energéticos externos.

Eixo 2 — A ENE 2020 aposta nas energias renováveis, através do desenvolvimento de uma fileira industrial indutora do crescimento económico e do emprego, que permita atingir as metas nacionais de produção de energia renovável, intensificando a diversificação das energias renováveis no conjunto das fontes de energias que abastecem o País (mix energético). Desta forma, é possível reduzir a nossa dependência externa e aumentar a segurança de abastecimento.

Eixo 3 — A ENE 2020 promove a eficiência energética consolidando o objetivo de redução de 20% do consumo de energia final em 2020, através da aposta em medidas comportamentais e fiscais, assim como em projetos inova-dores, designadamente os veículos elétricos e as redes inteligentes, a produção descentralizada de base renovável e a optimização dos modelos de iluminação pública e de gestão energética dos edifícios públicos, residenciais e de serviços.

Eixo 4 — A ENE 2020 tem por objetivo garantir a segurança de abastecimento através da manutenção da política de diversificação do mix energético, do ponto de vista das fontes e das origens do abastecimento, e do reforço das

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infraestruturas de transporte e de armazenamento que permitam a consolidação do mercado ibérico em consonância com as orientações da política energética europeia.

Eixo 5 — A ENE 2020 promove a sustentabilidade económica e ambiental como condição fundamental para o sucesso da política energética, recorrendo a instrumentos da política fiscal, a parte das verbas geradas no setor da energia pelo comércio de licenças de emissão de CO2 e a outras receitas geradas pelo das renováveis, para a criação de um fundo de equilíbrio tarifário que permita continuar o processo de crescimento das energias renováveis.

No âmbito do cumprimento do exposto no Eixo 3, a Câmara Municipal de Loures tem vindo a efetuar uma gestão eficiente da energia, por forma a reduzir em 20% os seus consumos energéticos, promovendo e sensibilizando os vários setores da sociedade para esse fim.

Outra das funções primordiais da autarquia nesta matéria, é disponibilizar informação e algumas recomendações.

A IMPORTâNCIA DA ORIENTAçãO DO EDIFíCIO NO CONSUMO DE ENERgIA

Um edifício que tenha sido projetado e construído sem ter em conta as condições climatéricas do local não poderá ser considerado eficiente na utilização de energia para proporcionar conforto aos seus moradores. A consequência direta desta abordagem é a elevada incidência dos custos de aquecimento e de ar condicionado nas despesas familiares.Regra geral, é preferível que a exposição solar das super-fícies, a este e a oeste, seja reduzida. Estas duas orientações são irradiadas principalmente durante o verão e a entrada de radiação é muito difícil de controlar, uma vez que se faz quase perpendicularmente às janelas. Para combater a influência do frio do inverno, é aconselhável reduzir as janelas orientadas para norte e aumentar as que estão orientadas para sul, também porque estas são mais fáceis de proteger dos raios solares durante o verão.

A IMPORTâNCIA DA ENVOLVENTE DO EDIFíCIO NO CONSUMO DE ENERgIA

Do ponto de vista energético, o desempenho de um edifício depende em larga extensão das características dos elementos que fazem a fronteira entre a casa e o ambiente exterior, ou seja, da sua envolvente (fachadas, janelas, coberturas).

Um edifício mal isolado acarreta maiores custos com a climatização, pois consome mais energia: no inverno arre-fece rapidamente, podendo ocorrer condensações no seu interior, e no verão aquece mais e num curto espaço de tempo.

O ISOLAMENTO DA ENVOLVENTE

O sistema de isolamento das paredes exteriores é mais eficaz, consistindo na aplicação de placas de material isolante ou na aplicação contínua de uma espuma nas paredes exteriores e em cobrir esses materiais com um revestimento, reforço ou reboco adequado, que pode ser pintado ou revestido de outros materiais, obtendo-se assim uma aparência tradicional.

O isolamento térmico de uma cobertura é considerado uma intervenção de eficiência energética prioritária, face aos benefícios imediatos em termos da diminuição das necessidades energéticas, e também por se tratar de uma das medidas mais simples e menos dispendiosas.

CUIDADOS A TER COM AS jANELAS

As superfícies envidraçadas desempenham um papel muito importante no domínio da eficiência térmica do edifício. Estima-se que até 25% das necessidades de aquecimento sejam devidas a perdas de calor com origem nas janelas.

A intervenção ao nível das janelas deve ser feita com o intuito de reduzir as infiltrações de ar não controladas, aumentar a captação de ganhos solares no inverno, reforçar a proteção da radiação solar durante o verão e melhorar as condições de ventilação natural.

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O isolamento térmico de uma janela depende da qualidade do vidro e do tipo de caixilharia utilizado. As janelas que possuem vidros duplos têm maior capacidade de isolamento do que os vidros simples, já que o espaço entre os dois vidros reduz quase a metade as perdas de calor. Para prevenir a entrada de calor em excesso no verão, o vidro exterior pode ser refletor.

Para tornar as janelas mais eficientes reduzindo as perdas ou ganhos de calor, podem ser executadas intervenções simples, de custo pouco significativo e sem que para isso seja necessário contratar mão-de-obra especializada. Por exemplo, para reduzir a excessiva penetração de ar podem ser aplicadas tiras vedantes nas juntas das janelas ou injetar borracha de silicone nas fissuras. É também possível aplicar uma película refletora sem a ajuda de técnicos especializados – este material pode ser adquirido em lojas de materiais de construção, que o podem informar sobre a técnica de aplicação do mesmo.

A optimização da ventilação natural e os impactes na utilização de sistemas de climatização. Para explorar, de forma otimizada, a ventilação natural, deve existir uma circulação de ar no apartamento, ou seja, devem existir pelo menos duas janelas abertas em duas fachadas opostas.

Os apartamentos que estejam voltados apenas para um lado do edifício têm uma capacidade muito menor de fazer

uso da ventilação natural, mas não é impossível de realizar abrindo as janelas opostas linearmente.

INSTALAçõES ELÉTRICAS

Verifique se o fator de potência da instalação está adequado às necessidades de utilização de eletricidade na sua habitação.

Utilize tomadas múltiplas com botão de interrupção de energia para que possa desligar vários equipamentos em simultâneo para reduzir consumo quando não está em casa.

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AGIR

Não deixe nenhum equipamento em stand-by.

Efetue um controlo sobre os horários de consumo mais adequados à sua rotina e de preferência mais baratos.

MOTORES

Os motores devem funcionar entre 60 e 90% da sua potência nominal.

Se a máquina necessitar de 2 ou 3 velocidades diferentes, pode utilizar-se um motor assíncrono com 2 ou 3 velocidades.

Adotar, sempre que possível, variadores eletrónicos de velocidade (inversores estáticos para corrente alternada).

Desligar os motores das máquinas em períodos ociosos (quando estas não estiverem em funcionamento), desde que isto não provoque problemas ao equipamento ou à instalação elétrica.

Verificar se as características do motor são adequadas às condições do ambiente onde está instalado (temperatura, atmosfera corrosível, etc.).

Verificar a possibilidade de instalar os motores em locais com melhor ventilação e em ambientes menos agressivos.

Evitar utilizar motores superdimensionados. Por ocasião de uma troca, instalar um novo motor com potência adequada.

Considerar a utilização de motores de alto rendimento, que apresentam perdas reduzidas e maior vida útil.

ILUMINAçãO

Ligar a luz elétrica somente onde não existir iluminação natural suficiente para o desenvolvimento das atividades.

Desligar as lâmpadas de dependências desocupadas, salvo aquelas que contribuem para a segurança.

Evitar pintar os tetos e as paredes com cores escuras, as quais exigem lâmpadas de maior potência para iluminação do ambiente.

Conservar limpas as janelas e os equipamentos de iluminação.

Utilizar telhas transparentes para aproveitamento da ilumi-nação natural.

Dividir os circuitos de iluminação, permitindo a utilização parcial sem prejudicar o conforto.

Percorrer as instalações a fim de verificar se há equipamentos a operar desnecessariamente ou locais com excesso de iluminação.

Fazer a limpeza preferencialmente durante o dia. Caso seja realizada à noite, deve ser iluminado apenas o local em que o serviço esteja a ser efetuado.

Substituir lâmpadas incandescentes e mistas por lâmpadas mais eficientes.

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SISTEMAS DE REFRIgERAçãO

Em câmaras frigoríficas, regule sempre o termóstato de acordo com a temperatura de armazenamento relativa aos produtos armazenados e ao período de armazenamento.

Procure sempre armazenar na mesma câmara produtos que necessitem da mesma temperatura percentual de humidade e do mesmo período de armazenamento.

Mantenha sempre em bom funcionamento o termóstato e a resistência de aquecimento das unidades evaporadoras que operem em faixas de congelamento, pois o gelo é isolante e dificulta a troca de calor.

Mantenha, sempre que possível, as portas das câmaras frigoríficas fechadas e vedadas, inclusive as portas das antecâmaras.

Mantenha sempre em bom funcionamento e limpos os termóstatos que operam com válvulas de três vias e/ou com válvulas de expansão.

Nas câmaras frigoríficas, use somente lâmpadas mais eficientes, preferencialmente frias, mantendo o nível de iluminação adequado (200 lux).

Evite, sempre que possível, instalar condensadores ao alcance de raios solares ou próximos de fornos, estufas, ou quaisquer equipamentos que irradiem calor.

Utilize cortinas de ar, quando não houver antecâmara.

Recupere, sempre que houver simultaneidade ou possibi-lidade de acumulação, o calor rejeitado pelas torres de arrefecimento para aquecimento ou pré-aquecimento de fluidos envolvidos noutros processos. Esta recuperação pode ser realizada por permutadores ou bombas de calor.

Avalie a possibilidade de termoacumulação de gelo ou água gelada para os sistemas de refrigeração de expansão indireta de médio ou grande porte, que utilizem a água gelada como condutor térmico e operem nas faixas de temperatura compatíveis.

SISTEMA DE AR COMPRIMIDO

Verificar periodicamente as condições físicas dos compres-sores e realizar limpeza periódica ou troca dos filtros de ar.

Fazer a limpeza de filtros separadores de óleo no caso de compressores de parafuso.

Manter as correias de acionamento adequadamente ajusta-das, mudando-as quando desgastadas.

Sempre que possível, fazer as tomadas de ar de admissão fora da casa de máquinas.

Eliminar qualquer fuga existente no trajeto entre a geração e o reservatório central e na rede de distribuição de ar.

Realizar periodicamente a drenagem do reservatório central.

Manter limpas as superfícies dos permutadores de calor (intercoolers).

Efetuar a distribuição do ar comprimido evitando trajetos complexos e curvas. A perda de pressão máxima admissível entre o reservatório central e o ponto de utilização mais distante é de 0,3 kg/cm2. Acima deste valor, a rede de distribuição deve sofrer alterações para a simplificação dos trajetos.

Retirar da rede de distribuição todos os ramais secundários desativados ou inoperantes. Isto evita acumulação de con-densação, perda de carga excessiva e fugas.

Utilizar os diversos tipos de válvulas de acordo com a sua aplicação específica.

Efetuar a drenagem de condensados dos pontos de menor cota em redes sem óleo e aplicar o sistema de purga em redes com óleo. Uma inclinação de 5 a 10 mm por metro linear de rede facilita o funcionamento do sistema de purga de condensado.

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CONDICIONAMENTO DE AR

Regule o termóstato do aparelho para uma temperatura ambiente que proporcione conforto.

Limpe e mude periodicamente os filtros.

Verifique se as correias dos ventiladores estão ajustadas e perfeitas.

Utilize cortinas e persianas para evitar a incidência de raios solares nos ambientes com ar condicionado.

Mantenha fechadas as portas e as janelas nos ambientes com ar condicionado.

Mantenha desobstruídas as grelhas de circulação de ar.

Utilize, preferencialmente, lâmpadas fluorescentes em ambi-entes climatizados.

Desligue o aparelho ao ausentar-se do ambiente por longo tempo.

BOMBEAMENTO DE ágUA

Faça a manutenção periódica do sistema, eliminando fugas e efetuando a limpeza dos filtros.

Verifique se o sistema está corretamente dimensionado, isto é, se a extração da bomba é adequada para as necessidades do sistema, se o diâmetro da tubulação é apropriado e se a potência do motor elétrico é compatível com a bomba.

Evite a entrada de ar na tubulação de sucção. Isto ocorre pelo estado precário da tubulação ou intencionalmente, com o ajuste da extração e, consequentemente, com a carga do motor. O procedimento correto seria, ao invés da entrada de ar, o redimensionamento do conjunto motobomba através de um rotor ou de um jogo de polias.

Evite grandes alturas de sucção. A sua ocorrência, além de diminuir o rendimento, pode provocar “cavitação”, diminuindo a vida útil do rotor.

Verifique a altura de despejo necessária. Quando a saída da tubagem se encontra numa altura muito superior ao ponto de despejo, provoca um gasto desnecessário de energia por sobredimensionamento da instalação.

Deve evitar-se que as instalações sejam compostas por um único conjunto motobomba. O correto seria dividir a carga hidráulica por dois (ou mais) conjuntos motores.

BALCõES FRIgORíFICOS

Evite o excesso de gelo, através da regulação correta do termóstato do equipamento e de sua limpeza periódica.

Instale os balcões fora do alcance dos raios solares ou de outras fontes de calor.

Não coloque nos balcões frigoríficos produtos ainda quentes ou acondicionados em embalagens de transporte.

Disponha os alimentos de forma a não ultrapassarem a cortina de ar frio formada nos balcões frigoríficos abertos.

Cubra os balcões de produtos congelados durante a noite para maior conservação do frio.

Procure aproveitar as câmaras frigoríficas existentes, que funcionam continuamente, para obter um pré-congelamento

AGIR

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dos produtos, antes de um primeiro carregamento dos bal-cões frigoríficos abertos.

Mantenha em perfeito estado a borracha de vedação das portas ou das tampas.

Dê preferência a balcões frigoríficos com tampa de vidro que permitam a visualização dos produtos expostos, com redução da perda de frio.

AQUECIMENTO SOLAR

painéis solares fotovoltaicosInstalar o equipamento de acordo com as indicações do fornecedor relativamente ao melhor posicionamento.Verifique que não existem obstáculos/sombras que interfiram na captação da luz solar.

Para regiões onde a temperatura mínima média no inverno seja inferior a 9ºC é aconselhável a instalação de sistemas anticongelamento.

painéis solares térmicosO dimensionamento do reservatório deve ser adequado ao consumo de água quente da unidade consumidora.

A instalação do reservatório térmico deve ser, preferencial- mente, acima dos coletores solares, desnível mínimo de 30 cm e distância máxima de 5 m.

Em geral, é necessária a instalação de um sistema auxiliar de aquecimento, usualmente elétrico, que deverá ser calculado conforme as recomendações do fabricante.

Manutenção

Regra geral, os painéis solares possuem uma placa de vidro na superfície coletora; no caso de quebra, deve ser substituída.

Sempre que fizer qualquer manutenção no sistema de aquecimento solar, desligue a rede elétrica.

Antes de religar a rede elétrica, certifique-se de que o reser-vatório térmico esteja cheio de água.

Em cada seis meses, é recomendável a lavagem dos vidros e a drenagem da água do sistema com água destilada; procure realizar a lavagem na parte da manhã para evitar choques térmicos e quebra dos vidros.

Para qualquer outro tipo de manutenção procure o fornecedor do sistema de aquecimento solar.

A autarquia tem vindo a incorporar e a trabalhar o conceito de sustentabilidade energética de uma forma prática nas suas ferramentas e nos procedimentos municipais, o que num futuro próximo elevará o concelho a uma esfera de excelência, promovendo uma melhor qualidade de vida para o munícipe.

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PROTEGER

Zonas verdesde eleiçãoPARQUES DE LOURES

Os espaços verdes municipais são espaços públicos que se encontram sob responsabilidade da Câmara Municipal de Loures, que tem o dever da sua preservação e conservação. Ao dotar os parques de lazer com as infraestruturas neces-sárias, dando lugar a espaços modernos com diversas valências para usufruto de cidadãos de todas as idades, a Câmara de Loures tem vindo a proporcionar a melhoria da qualidade de vida da população.

Inicialmente, os espaços verdes urbanos tinham como objetivo recriar a presença rural no meio urbano. Hoje em dia assumem uma importância capital na qualidade de vida das

Os espaços verdes públicos e em especial os parques e jardins são cada vez mais assumidos como elementos essenciais à qualidade de vida nas cidades. Têm funções ecológicas, lúdicas e recreativas, sendo o seu principal objetivo a preservação da qualidade do ar, o recreio e o lazer. Estando consciente deste papel, o Município de Loures tem votado os seus esforços no sentido de melhorar continuamente a sua rede de espaços verdes públicos de modo a permitir que munícipes e população em geral possam usufruir e beneficiar das suas valências.

populações, e surgem como uma necessidade de promover o equilíbrio ecológico.

Um pouco por todo o concelho de Loures podem encontrar--se diversos jardins e parques públicos com características diferentes, alguns aproveitados ou reconvertidos em locais de uso público, constituindo um aproveitamento dos espaços preexistentes, podendo neles ser observadas muitas espé-cies da flora natural da região.

Vamos então começar o périplo pelos espaços verdes que o Município de Loures tem para lhe oferecer.

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Ao dotar os parques de lazercom as infraestruturas necessárias,

dando lugar a espaços modernoscom diversas valências para usufruto

de cidadãos de todas as idades,a Câmara Loures tem vindo

a proporcionar a melhoriada qualidade de vida

da população.

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pArQue MuNicipAL do cABeço de MoNtAcHiQue

Quem passa pela freguesia de Fanhões não pode deixar de visitar o Parque Municipal do Cabeço de Montachique. Está situado a apenas oito quilómetros da sede de concelho e é particularmente vocacionado para atividades desportivas, contacto com a natureza e convívio durante todo o ano. Ocupa cerca de 32 hectares de floresta com características mediterrânicas, constituindo um local agradável para passear a pé e observar a natureza.

Medronheiros, castanheiros, carvalhos, pinheiros, sobreiros, espécies arbustivas como a aroeira, a esteva, o sargaço, a trepadeira e a urze, e ainda cogumelos, musgos e líquenes, fazem parte da riqueza biológica da floresta do Parque Municipal do Cabeço de Montachique.

Sendo um local condicionado ao trafego automóvel, oferece condições de segurança e tranquilidade para observar aves. O parque é o habitat de diversas espécies de aves. Foram identificadas neste lugar, por exemplo, a carriça, o gaio, a perdiz, o tentilhão e o mocho-galego.

Está equipado com polidesportivo, quatro campos de ténis e uma parede “bate-bolas” também para ténis. Dispõe igualmente de sala para ténis de mesa, espaço para jogos tradicionais, circuito de manutenção, orientação, parque de merendas, café-restaurante e balneários.

Mais recentemente, a 1 de junho, foi inaugurado o “Natura Parque – Parque-Aventura”, um parque de arborismo com- posto por um circuito de pontes de cordas construído nas árvores. Visitantes e alunos das escolas do concelho tiveram a oportunidade de, nos dois dias seguintes, usufruir do espa-ço gratuitamente.

Parque Municipal do Cabeçode Montachique

Cabeço de MontachiqueEstradas de Ribas2670–731 Fanhões

contactos: 211 151 531 horário: Verão – 8h30 às 20h00 Inverno – 8h30 às 17h00

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PROTEGER

Atualmente, os preços para usufruir do Parque de Arborismo variam entre 7,5 e 25 euros (Pack Família). Os trabalhadores da Câmara de Loures e as associações poderão beneficiar de descontos.

pArQue dA cidAde de Loures

Situado à entrada da sede do concelho, é um espaço por onde diariamente passam centenas de pessoas, que usufruem do local para as suas caminhadas, fazer exercício físico ou simplesmente passear.

Para além de contar com diversos espaços verdes, esta área, com cerca de dois hectares e meio, possui também:

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Parque da Cidade de Loures

Rua da República2670 Loures

contactos: 211 151 731

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Polidesportivo, dois parques infantis, parque de merendas, parque de estacionamento para cento e cinquenta viaturas, fonte ornamentada por 130 bicos de água, percursos, pontes pedonais e diversas infraestruturas de restauração. Desde a sua inauguração, passou a ser considerado o ex- -líbris da capital do concelho, sendo palco dos mais diversos espetáculos e eventos culturais e desportivos.

Neste parque também é possível visitar a galeria Municipal Vieira da Silva, no Pavilhão de Macau, e o Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, também conhecido por ser o local onde decorrem a Assembleia Municipal de Loures e as reuniões de Câmara.

Em julho de 2011 foi inaugurado um parque de atividades com bicicletas, trampolins, insufláveis e outras atividades, que poderá utilizar gratuitamente nas manhãs dos primeiros sábados de cada mês (próximas datas: 1 de setembro e 6 de outubro).

pArQue urBANo de sANtA iriA de AZóiA

Este espaço verde, aberto ao público em 2000, foi a forma escolhida para aproveitar os terrenos do antigo aterro sani-tário. Entre junho de 1988 e junho de 1996, o aterro de Santa Iria de Azóia recebeu resíduos sólidos urbanos produzidos nos concelhos de Loures e Vila Franca de Xira. Esgotada a capacidade do aterro e após completada a selagem, o Município avançou para a sua reconversão para parque urbano.

A gestão do parque é da responsabilidade do Departamento de Ambiente e Transportes Municipais, que procedeu a várias intervenções de beneficiação, procurando assim proporcionar aos visitantes a plena fruição deste espaço.

São cerca de 24 hectares de área verde repletos de equi-pamentos desportivos e de lazer. Os amantes do desporto dispõem de parede para escalada, torre de saltos, pista de atletismo, encosta de voo e parque de merendas.

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A nível mais pedagógico, o parque possui diversos equi-pamentos como o Centro de Educação e Sensibilização Ambiental, o Centro de Documentação e Informação Avelar Brotero, um Parque Temático de Energias Renováveis e uma Horta Solar.

Mesmo que não seja fã da prática desportiva, este parque merece uma visita. Aqui encontra-se também o Centro Vete-rinário Municipal de Loures, onde se poderá adotar um novo amigo.

Parque Urbano de Santa Iria de Azóia

Estrada Nacional 115-5Portela da Azóia

contactos: 211 151 183 (Portaria) 211 150 731 (Reservas)

horário: 7h30 às 20h00

PROTEGER

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(...) por todo o concelho de Lourespodem encontrar-se diversos jardins

e parques públicos com característicasdiferentes, alguns aproveitados

ou reconvertidos em locais de uso público.

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AGIR

Com o objetivo de enriquecer conhecimentos, saberes e novas experiências aos alunos que frequentam esta componente não letiva, as AEC dão corpo ao ensino do inglês, da música, das atividades física e desportiva, das expressões lúdico-expressivas e ainda do apoio ao estudo. Além destas atividades, podem existir ainda outras de acordo com o contexto de cada escola, como ciências e novas tecnologias.

A frequência destas atividades, que constitui um desafio para os próprios alunos, mas que corresponde também às necessidades das famílias face aos horários escolares, designada Escola a Tempo Inteiro.

No caso do Município de Loures, no início de cada ano letivo são celebrados acordos de Parceria do Programa de Enriquecimento Curricular nas Escolas do 1.º Ciclo do Ensi- no Básico com os 13 agrupamentos de escolas e as entidades parceiras nas AEC.

No ano letivo de 2011/2012, foram 39 os parceiros, nomea-damente 25 associações de pais e encarregados de edu-cação, oito instituições particulares de solidariedade social, duas juntas de freguesia e quatro estruturas representativas do movimento associativo cultural, desportivo e juvenil.

educArte

Reconhecendo a importância das Atividades de Enrique- cimento Curricular no desenvolvimento sociopedagógico dos alunos, a Câmara Municipal de Loures promove, há quatro anos, o EducArte – Mostra das Atividades de Enriqueci- mento Curricular. Este evento é realizado nas sedes dos agrupamentos de escolas, e nele participam todos os alu-nos, demonstrando aprendizagens e valências no âmbito da música, do inglês, das atividades física e desportiva e na área das expressões dramática, corporal e plástica.

Aprender na escolaa tempo inteiroATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR

Desde o ano letivo de 2005/2006, a Câmara Municipal de Loures, através de uma rede de parcerias com agrupamentos de escolas, associações de pais, instituições particulares de solidariedade social e outras associações, proporciona o acesso gratuito às Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) a cerca de sete mil e duzentos alunos do primeiro ciclo do ensino básico.

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(...) acesso gratuito às Atividadesde Enriquecimento Curricular (AEC)

a cerca de sete mil e duzentos alunosdo primeiro ciclo do ensino básico.

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AGIR

A 31 de maio deste ano, o Pavilhão António Feliciano Bastos recebeu mais uma sessão do EducArte, juntando mais de três centenas de alunos do 4.º ano das escolas básicas das freguesias de Fanhões, Loures e Lousa, que apresentaram coreografias, cantaram e dançaram. A revista Loures Municipal falou com alguns dos intervenientes:

carina, de 9 anos:“gosto muito da escola

e de aprender coisas novas. Nas AEC aprendi a fazer

jogos, a falar inglêse a tocar flauta.”

sara, de 9 anos:“gosto muito de inglês,os meus pais sempreme apoiaram para saber falar inglês.Quanto à música, a flauta foi o único instrumentoque aprendi, mas gostava de aprender a tocar viola.”

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Hélio Gonçalves, professor:“Trabalhamos a todos os níveis musicais, criamos dinâmicas de gosto pela música,

ensinamos a ouvir e a escutar.A partir do século xx as pessoas habituaram-

se a ouvir sem escutar; tomemos o exemplo: quando ensinamos uma criança a

atravessar uma ruadizemos-lhe que olhe para a direita,

que olhe para a esquerda,e não lhe dizemos que também esteja

atenta a ouvir o som dos veículos.Wagner, em Bayreuth, escondeu a orquestra

para que o público aprendesse a ouvir.Se ensinarmos e aprendermos

a ouvir teremos uma sociedade muito melhor. A música é muito importante

a nível da socialização.”

elisa santos, encarregada de educaçãoe membro da Associação de Paise Encarregados de Educação da EB1 jIda Fonte Santa:“É o segundo ano que a associação faza gestão e organiza as AEC em colaboração com a escola. Somos um parceiroda Câmara. já temos uma estrutura montada, reunimos ao longo do anoe selecionamos o tema que queremos trabalhar. A nossa associação proporciona ainda atividades vocacionadas paraas crianças do jardim de infância e outras para as do 1.º ciclo, como sejamhip-hop, karaté, desportos de salão,entre outras. Temos quinze professorese sete colaboradoras para quatro centenas de crianças deste agrupamento, que integra as escolas da Fonte Santa, Tojalinho, A-dos-Cãos e Murteira.”

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HidroterApiAEscola inclusiva

Considerada uma atividade de desenvolvimento curri- cular, abrange 170 alunos com necessidades educativas especiais (NEE) que frequentam o ensino básico da rede escolar pública do concelho de Loures.

Este projeto constitui uma boa prática enquanto estratégia para a adaptação e inclusão de crianças com NEE e portadoras de deficiência, sendo suportada financeiramente pela Autarquia na medida em que se assume como mais uma atividade extra curricular para estes alunos.

Esta atividade concretiza-se pela prática de hidroterapia, definindo como objetivos concretos a promoção da autonomia, do desenvolvimento global e de competências destes alunos através de técnicas de relaxamento e reabilitação em meio aquático, proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida.

(...) as AEC dão corpoao ensino do inglês,

da música, das atividades física e desportiva,

das expressõeslúdico-expressivas e ainda

do apoio ao estudo.

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Loures, cidade de direitos humanosEm maio de 2011, o Município de Loures aderiu à Carta Europeia dos Direitos Humanos na Cidade, assumindo este documento como norteador das políticas públicas em matéria de direitos humanos e de combate à discriminação.

A Carta, já assinada por mais de 400 municípios em toda a Europa, entre os quais Lisboa e Porto, nasceu no seio da União Europeia no início do século xxi para reforçar os diversos compromissos da Humanidade para com os seus próprios Direitos, desde logo a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), revista por diversas vezes, a Convenção Europeia dos Direitos Humanos (1950) e inúmeros outros atos jurídicos e administrativos.

Esta Carta centra-se na CIDADE, que “é hoje um espaço de todos os encontros e, por conseguinte, de todas as possibilidades”, um espaço que acolhe “um grande número de cidadãos e cidadãs de passagem, mas também e sobretudo estrangeiros à procura de liberdade, trabalho e troca de conhecimentos…”, um “terreno de todas as contradições e de todos os perigos: no espaço urbano, de fronteiras incertas, aparecem todas as discriminações ancoradas no desemprego, na pobreza, no desprezo pelas diferenças culturais; no entanto, e ao mesmo tempo, esboçam-se e multiplicam-se práticas cívicas e sociais de solidariedade”.

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AGIR

Loures, concelho da grande área metropolitana de Lisboa que regista das mais altas taxas de população imigrante residente, foi assim a terceira cidade portuguesa a assinar uma Carta de princípios sobre os quais assentam as suas políticas de desenvolvimento social, económico, ambiental, urbanístico e cultural.

Assim, Loures também lembra a prioridade de favorecer uma “democracia de proximidade”, onde todos os cidadãos e cidadãs participem na vida da cidade, e compromete-se a “promover, por todos os meios à sua disposição, o respeito pela dignidade de todos e a qualidade de vida dos seus habitantes”.

Para estes, os habitantes de Loures, este compromisso garante-lhes um conjunto de referências que os ajudarão a ser mais eficazes na reivindicação dos seus direitos e na denúncia de eventuais violações a que possam ser sujeitos.

No dia 25 de junho, o Município de Loures apresentou publicamente a Comissão de Alerta encarregue de tornar pública esta Carta Europeia dos Direitos Humanos na Cidade e de monitorizar a aplicação dos direitos que con-sagra. Catorze lourenses de referência nas áreas da cultura, do desporto, da educação, da segurança, da saúde, do asso-ciativismo, do ambiente.

Este novo compromisso da cidade de Loures para com os direitos humanos insere-se no âmbito da atividade municipal desenvolvida pela Divisão de Igualdade e Cidadania, serviço autárquico já distinguido com o prémio Melhores Práticas Autárquicas no Acolhimento de Imigrantes da Fundação Ca-louste gulbenkian.

Para mais informações

Câmara Municipal de LouresDivisão de Igualdade e Cidadania

contacto: 211 150 860

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ANTÓNIO COSTA PEREIRA, Presidente da Associação Dariacordar

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ANTÓNIO COSTA PEREIRA, piloto de aviação, pode sentir-se orgulhoso de, sozinho, ter conseguido fundar um movimento de sucesso por uma causa que requer muito trabalho e a união de muita gente. Com outros cidadãos formou a Dariacordar, associação para a recuperação do desperdício e, em conjunto, criaram o Movimento Zero Des-perdício.

Sob o lema “Portugal não se pode dar ao Lixo”, está a aproveitar os bens alimentares que antes acabavam no lixo – comida que nunca saiu da cozinha, cujo prazo de validade se aproxima do fi m, ou que não foi exposta nem esteve em contacto com o público –, fazendo-os chegar a pessoas que deles necessitam.

Nãoao desperdício alimentar

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AGIR

em 2008, sozinho, começa uma luta para diminuir o desperdício alimentar em portugal. como é que surgiu o impulso para intervir ativamente na sociedade?Exercer uma cidadania ativa tem a ver com cada um de nós. Só sei que, pela vida que fui levando, pela educação que fui tendo, a questão do desperdício esteve sempre presente. E sempre fui ensinado que não podemos desperdiçar aquilo que temos a felicidade de ter. Todos os dias existem apelos de instituições para ajudar das mais variadas formas: dinheiro, roupas, alimentos… E já naquela altura se falava que milhares de refeições em perfeitas condições de consumo eram simplesmente deitadas para o lixo por causa de uma lei que alegava “razões de saúde pública”. Confirmei-o pessoalmente com empresas de catering, restaurantes, supermercados. Perante isto havia duas coisas a fazer: ou era cumprir a lei, resignando-nos, ou então, indignarmo-nos e tentar mudar o rumo das coisas.

A partir daí qual foi o primeiro passo?Inicialmente a minha intervenção centrou-se sobretudo em alertar, em fazer chegar a mensagem a quem podia fazer a diferença, nomeadamente, Presidência da República, governo, deputados, comunicação social. Como as respos-

tas não existiam ou eram apenas simpáticas sem serem concretas, decidi passar à ação. Foi então que, em julho de 2010, lancei a petição “Desperdício Alimentar”, tendo reco-lhido cerca de 70 mil assinaturas. Este foi o primeiro passo para trazer a polémica às agendas e tentar alterar ou adaptar uma lei que estava a ser mal interpretada.

como é que, então, se consegue contornar uma lei em que saúde pública e desperdício Alimentar são dois conceitos que não combinam?Em novembro de 2010 tenho a primeira reunião com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), onde lhes faço ver que, sendo esta em Portugal quem mais percebe de segurança alimentar, também tinha de fazer parte da solução. Eles próprios admitiram que a lei estava a ser mal interpretada. A partir daí abriu-se caminho para se começar a trabalhar na recuperação de refeições, tendo sido criadas checklists para que o projeto de recolher, acon-dicionar, transportar e entregar refeições pudesse ser feito de forma simples e segura. Aliás, meses antes, o governo tinha colocado no seu plano de emergência social a recuperação de refeições não comercializadas. Portanto, estava dado o mote para esta ideia se tornar um desígnio nacional. Faltava fazê-la chegar às pessoas. É daqui que nasce o Movimento Zero Desperdício, na esperança de que cada pessoa possa fazer a diferença. Ajudar tem de estar no ADN de cada um de nós.

seguidamente, a preocupação foi colocar o Movimento a funcionar…A principal preocupação da Dariacordar foi não desperdiçar os meios que já existiam. Pensámos então que a forma mais eficaz de levar o projeto avante era funcionar em parcerias locais, com a ajuda das autarquias, pois cada local tem os seus problemas e as suas soluções próprias. Cabe a estas organizarem-se para fazerem a recolha dos alimentos junto dos estabelecimentos aderentes e os distribuírem aos bene-ficiários. A partir daí começámos a contactar vários municípios na área Metropolitana de Lisboa. A ideia era arrancar com o Movimento em dois concelhos. Um deles foi Loures, um município vasto e heterogéneo. Desde início sentimos que havia abertura e vontade por parte de Loures, que aceitou de imediato fazer parte do Movimento Zero Desperdício. à semelhança de Loures, também as câmaras de Lisboa, Sintra e Cascais abraçaram este projeto.

“Desde início sentimosque havia abertura e vontadepor parte de Loures,que aceitou de imediatofazer parte do MovimentoZero Desperdício.”

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Além dos municípios muitas outras entidades estão envolvidas…Sim, há muitas formas de ajudar e qualquer tipo de contri- buição faz a diferença. Fazem parte deste projeto restau-rantes, refeitórios, empresas de catering, hotéis, super e hiper- mercados, IPSS, entre outros. Temos até a colaborar con-nosco uma empresa de vending (máquinas de distribuição automática de alimentos), que nos fornece diariamente cerca de 500 unidades de produtos embalados. Em Loures, por exemplo, a campanha teve início em janeiro deste ano e conta com a colaboração de dez superfícies comerciais do grupo jerónimo Martins, e de igual número de instituições particulares de segurança social. O importante é que tudo isto já levou à concretização de outros movimentos, como é exemplo o “Re-food” que recolhe, a pé ou de bicicleta, os alimentos que sobram diariamente em estabelecimentos de Lisboa, para os distribuir a famílias carenciadas. O Zero Desperdício é apenas uma solução. Há muitas outras boas soluções.

como avalia hoje a adesão de todas estas instituições?Tem sido muito positivo. Temos grandes grupos connosco. Além do jerónimo Martins, contamos com o grupo Auchan e

queremos encetar negociações com a Sonae. Infelizmente, face à atual situação económica, cada vez mais chegam novos pedidos de ajuda. As pessoas estão a perder a ver-gonha, estão com fome e estão a bater às portas. E esta é mais uma forma de levarmos refeições até à mesa de quem precisa.

tendo em conta os objetivos deste Movimento, podemos dizer que é um projeto de verdadeira responsabilidade social…De facto, tem várias vantagens. Além da social, que é construir uma sociedade mais justa, também é economicamente viável, pois ao aproveitar os desperdícios de bens, produtos e recursos existentes, são poupadas dezenas de milhões de euros. Em termos ambientais, com a diminuição de des-perdícios que, muitas vezes, são deitados fora de forma desadequada, contribui-se para o “carbono-zero”. A nível cívico é também um bom exemplo de cidadania e solida-riedade social. Sentimos que cada um de nós pode fazer a diferença e se nos associarmos mais fácil se torna.

“A nível cívico étambém um bom

exemplo de cidadania e solidariedade social.

Sentimos que cada um de nós pode fazer

a diferença e se nos associarmos mais fácil

se torna”

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AGIR

como é que reage às críticas que têm sido feitas ao hino do Movimento?Fico muito triste, porque afinal de contas conseguimos juntar 51 artistas do panorama musical português que entraram para este projeto de coração aberto. Não se pode pôr tudo em causa apenas por umas palavras mal interpretadas. Ninguém recebe restos. A comida que chega às famílias mais carenciadas é intocada. Todos os que estão envolvidos neste movimento são pessoas bem-intencionadas com uma mente aberta. Por isso, a esse tipo de críticas respondemos com ações e com os números das famílias que estão a ser apoiadas.

Até onde gostaria de levar o Zero desperdício?Queremos chegar até onde for possível. Do Minho ao Algarve, onde houver pessoas com necessidades e capacidade para lhes fazer chegar refeições em condições. A partir de agora a Dariacordar terá até a vida mais facilitada porque conta com a cedência, por parte da Fundação EDP, de um espaço para as suas instalações que ficarão sedeadas na Rua 4 de Outubro, em Loures.

o sítio do Movimento na internet é também um veículo imprescindível em toda a vossa campanha…Sem dúvida. É um ponto de encontro onde qualquer pessoa se pode inscrever e fazer parte desta iniciativa da maneira mais adequada para si. Podem ser estabelecimentos, enti- dades, empresas ou voluntários a nível individual.Ali podem encontrar todas as respostas e a explicação do nosso modelo. Para saber quem já colabora criámos um dís- tico de “estabelecimento aderente” – restaurante, super-mercado, café – que irá estar fisicamente afixado nas suas instalações. Assim, se quiser ir a um restaurante e der de caras com esse dístico, saberá que é um restaurante com responsabilidade social ativa. Essa informação também poderá ser pesquisada no site. Temos também uma página no facebook, onde poderão acompanhar as novidades do Zero Desperdício.

Apesar de tudo, os portugueses ainda são solidários?Os portugueses são muito solidários, têm coração e cará-cter. Estavam era muito desorganizados. Este projeto é um excelente exemplo de civismo, até para passar para o estran-geiro, através dos turistas que visitam Portugal. É uma boa imagem que o nosso país pode passar de si, numa altura em que o Parlamento Europeu propôs 2014 como o Ano Europeu Contra o Desperdício Alimentar.

A nível pessoal, o que é que sente ao intervir ativamente na sociedade?Sinto uma enorme felicidade e paixão pelo que faço. Cada um de nós, com a sua felicidade individual pode contribuir para a felicidade coletiva. É fácil de constatar a satisfação que cada pessoa que participa no projeto vai demonstrando. Quem quiser entrar, entra com o que pode dar. Muito já foi feito, mas ainda há muito para fazer. Mas não tenho dúvidas de que vamos lá chegar. O difícil é para já, o impossível demo- ra apenas mais um pouco.

“Os portuguesessão muito solidários,têm coração e carácter.”

“Exercer uma cidadaniaativa tem a ver com cadaum de nós”

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SENTIR

Loures,um município com muito para oferecer

Detentor de vasto património arquitetónico histórico, cultural e paisagístico, Loures é um ótimo polo turístico para descobrir.

Conhecedora deste potencial, a Divisão de Turismo, inserida no Departamento de Atividades Económicas e Turismo da Câmara Municipal de Loures, tem tentado promover Loures enquanto rota turística de excelência, valorizando os seus recursos endógenos, o património histórico, cultural e paisagístico, envolvendo todos os atores regionais numa ação estratégica concertada de oferta de produtos e infra- estruturas de elevada qualidade de acordo com as neces- sidades de satisfação do turista.

Situado na zona norte da área metropolitana de Lisboa, Loures é um município que possui características únicas que o diferenciam dos concelhos vizinhos, tornando-o num excelente território para o posicionamento do setor turístico.

Um pouco por todo o território podemos encontrar templos de culto religioso de construção secular, vestígios arqueológicos que confirmam a existência de populações desde o início da era cristã, quintas e edifícios de opulentas decorações em estuques, azulejos e pinturas.

De destacar ainda os museus onde pode aprender mais sobre a cultura, a história e as tradições do povo saloio, ou os parques verdes onde se podem fazer caminhadas, ou observar a natureza envolvente.

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No que se refere ao património natural, Loures destaca-se pelos seus múltiplos contrastes, que variam entre os verde-jantes campos de cultivo agrícola, as zonas florestais, a área vitivinícola e os aglomerados de casarios brancos, que proporcionam passeios de rara beleza.

Loures é ainda um concelho que dá cartas na área do Eno- turismo. A norte, na Região de Bucelas, demarcada por lei em 1911, situam-se quintas de produção vitivinícola onde se po- dem saborear espumantes e vinhos brancos de sabor frutado.

“MADE IN” LOURES

Para fazer sobressair todas estas características têm sido promovidos os mais diversos eventos na área da gastronomia, do artesanato, da preservação das tradições saloias ou simplesmente do lazer, que têm conseguido movimentar um grande número de pessoas no concelho.

Na vertente gastronómica, destaca-se o Festival do Caracol Saloio, evento gastronómico, que decorre em julho por ocasi-

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SENTIR

ão das Festas do Concelho, e que ao longo dos anos tem vindo a adquirir grande notoriedade junto da população, sendo já considerado como um dos maiores certames do género em todo o país. Reúne alguns dos melhores restaurantes do Município de Loures, que durante dias dão a degustar pratos originais confecionados com gastrópodes.

Sendo o gastrópode uma iguaria muita apreciada no Centro e no Sul do país, nomeadamente pelo povo da região saloia, este ano foi criada a Rota do Caracol Saloio que consiste numa rota de restaurantes que, de maio a agosto, incluem nos seus menus diários especialidades confecionadas com gastrópodes.

Ainda no âmbito gastronómico, no mês de novembro irá reali- zar-se, pela primeira vez, o Festival do Cozido Ribeirinho, um evento que dará a saborear um prato tradicional da gastrono- mia portuguesa: o cozido à portuguesa.

No que se refere à preservação das tradições saloias, sali-enta-se a realização do Carnaval Saloio de Loures. Organi- zado em parceria com a Associação de Carnaval e a junta de Freguesia de Loures, o Carnaval Saloio de Loures é um dos mais antigos e afamados carnavais do País, que todos os anos atrai milhares de visitantes que anseiam por ver desfilar o corso constituído por 14 carros alegóricos e mais de mil figurantes.

Com o intuito de recordar as tradições e os costumes do povo da região saloia, foi realizada, no mês de junho, no Parque da Cidade, a iniciativa Festejos do Verão, celebração que preten- deu assinalar a chegada do solstício de verão de acordo com a tradição popular, com arraiais, fogueiras e jogos tradicionais saloios.

Na área da promoção do artesanato, o trabalho espelhado é notório. Prova desse facto são as diversas iniciativas promo-vidas pelo Município nesta vertente, que têm conhecido um verdadeiro sucesso e atraído cada vez mais visitantes.É o caso da Feira do Parque que acontece aos últimos sábados do mês e que dá a conhecer o melhor do artesanato urbano e tradicional, passando pela ourivesaria, as porcelanas, os livros, as revistas e até o mobiliário.

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SENTIR

De dois em dois meses, através da Mostr’Arte, artesãos, produtores gourmets e biológicos (artigos não perecíveis) do concelho são convidados a expor as suas peças nas vitrinas das instalações da Divisão de Turismo.

Inserida nas festas do concelho, a Arte’Loures, evento que reúne cerca de meia centena de artesãos que trazem até Loures o melhor das artes artesanais do Município e do País, consubstancia um dos melhores certames do género da área Metropolitana de Lisboa.

Em outubro, por ocasião da realização de um evento que é no Município uma referência para o movimento associativo, a Festa do Vinho e das Vindimas, tem lugar a Ofi’Arte, com participação exclusiva dos artesãos do concelho.

Com o objetivo de contribuir para a sustentabilidade econó-mica dos artesãos do concelho, é realizada ainda, na época própria, uma Venda de Natal, que conta com a participação dos mesmos.De forma a estimular a captação de novos públicos no campo do lazer, foi promovida, em maio, a Feira de Estilos de Vida Alternativos com o objetivo de dar a conhecer algumas das terapias alternativas existentes no mercado, proporcionando aos visitantes uma experiência única para o seu bem-estar.

Não esquecendo o público mais jovem, foi realizado em junho, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Criança, o Loures júnior Fest. Dirigido essencialmente às famílias com crianças entre os dois e os doze anos de idade, este evento incluiu espetáculos de música e desfiles de moda infantil, entre muitas outras atividades, das quais se destacaram insufláveis, matraquilhos humanos, teatros e performers, workshops e ateliês, piscina de bolas, parede de escalada, slide e jogos com balões de água.

já em setembro, haverá a Feira Setecentista, acontecimento em que o visitante é reencaminhado ao reinado de D. joão V, mais precisamente ao momento da bênção dos sinos do Convento de Mafra no longínquo século XVIII.

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FOMENTAR O TURISMO DE QUALIDADE

Mas não é só na área do turismo de eventos que a Câmara Municipal de Loures tem incidido a sua ação de forma a fomentar o setor.

Dando continuidade à política de desenvolvimento de um turismo de qualidade, estão a ser articulados projetos que visam dinamizar a atividade turística através da valorização de alguns equipamentos municipais e da criação de uma rede de serviços de qualidade.

Neste âmbito, salienta-se o projeto de valorização do Moinho da Apelação, equipamento que marcava outrora a paisagem do concelho de Loures, tendo como objetivo a criação de uma unidade de fabrico de pão artesanal, com todo o processo de confeção de pão em modo artesanal, desde o ato de moer o trigo até à cozedura.

Com o desenvolvimento deste projeto será possível garantir a certificação do Moinho da Apelação, através do Programa de Promoção dos Ofícios e das Microempresas Artesanais (PPART), uma iniciativa governamental da responsabilidade do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) que tem como finalidade valorizar, expandir e renovar as artes e os ofícios em Portugal, por meio de uma política integrada assente na atuação concertada dos vários departamentos da Administração Pública e dos diferentes agentes da socie-dade civil.

Porque a gastronomia e o alojamento são componentes importantes para o bom funcionamento da atividade turística, encontram-se em marcha dois projetos preponderantes que visam a certificação dos estabelecimentos de restauração do concelho e de unidades de alojamento local.

O projeto referente à certificação dos estabelecimentos de restauração tem como principal objetivo fomentar uma gastronomia que privilegie alimentos promotores da saúde, além de garantir a segurança e a higiene alimentar.

(...) a Arte’Loures, evento que reúne cerca de meia centena de artesãos

que trazem até Loures o melhordas artes artesanais do Município

e do País, consubstanciaum dos melhores certames do género

da Área Metropolitana de Lisboa.

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SENTIR

Para a atribuição do selo de certificação, os estabelecimentos de restauração terão que incluir ementas saudáveis e cria-tivas de forma a estimular hábitos alimentares saudáveis, contri- buindo assim para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar da população.

Com a certificação do alojamento local pretende incentivar--se os proprietários de moradias, apartamentos e estabele- cimentos de hospedagem, que reúnam os requisitos da Portaria n.º 517/2008, de 25 de junho, a prestarem serviços de alojamento temporário mediante remuneração.

Este projeto arrancará numa fase inicial na freguesia de Bucelas, onde estão já identificados alguns locais para a constituição de unidades de alojamento. Aliada a este projeto, pretende constituir-se uma rede de parceiros que divulguem os atrativos locais, desde os produtos alimentares, ao arte-sanato, passando pelo património histórico, arquitetónico e paisagístico.

Desta forma, visa-se assegurar uma oferta turística de quali- dade que consiga atrair cada vez mais visitantes ao Município de Loures.

Nas instalações da Divisão de Turismo pode obter informa- ções sobre os recursos turísticos existentes no Município, bem como sobre os diversos restaurantes e unidades de alojamento disponíveis.

As visitas guiadas ao concelho devem ser solicitadas com o mínimo de duas semanas de antecedência, para que possam ser asseguradas todas condições para a sua realização.

A Divisão de Turismo encontra-se em funcionamento de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 17h30, encerrando das 12h30 às 14h00.

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Conhecer a paisagem e gerir o territórioPROjETO EUROSCAPES

A zona oriental, marcadamente urbana, estrutura-se na margem direita do rio Tejo, a partir dos limites fronteiriços de Lisboa, e é animada por grandes aglomerados residenciais, onde vive uma parte significativa da população de Loures, servida por uma articulada rede de transportes e um vasto conjunto de equipamentos coletivos.

Por outro lado, o território norte de Loures destaca-se pela manutenção da sua ruralidade, com pequenos aglomerados

A gestão do território e da sua paisagem tem sido um objetivo das administrações territoriais (municípios, CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional e dos ministérios) que não é de fácil persecução. As assimetrias dos espaços não permitem a criação e a aplicação de um modelo de gestão territorial único, pois cada paisagem possui características diferentes. No caso do concelho de Loures, deparamo-nos com um território de contrastes.

de baixa densidade populacional e uma rede de transportes menos complexa, o que não impede que se assuma como área de produção agrícola, essencialmente de hortícolas, nas terras férteis das pequenas várzeas dos rios, e de vinha, nas encostas de Bucelas. Dadas as suas especificidades e assimetrias, é nesta área que está centrada a investigação, o diagnóstico e o inventário que levará à estratégia de gestão e de paisagem.

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EMPREENDER

EUROSCAPES na Europa

O projeto EUROSCAPES – no qual Loures é o único município português representado – resulta de uma candidatura ao programa INTERREg IVC da União Europeia, que tem como objetivo a determinação de políticas e estratégias de gestão de áreas com interesse patrimonial e paisagístico, inseridas num contexto metropolitano e ameaçadas pela expansão urbana.

França, Alemanha, Espanha, Letónia, Hungria, Roménia, grécia, Polónia, Inglaterra, Itália, Eslováquia e ainda uma rede de cidades sedeada na Bélgica – que gerem ou estudam paisagens urbanas e periurbanas, o EUROSCAPES servirá de base à criação de um modelo de gestão de paisagens naturais e culturais, um instrumento de referência para a implementação dos objetivos da Convenção Europeia da Paisagem.

EUROSCAPES em Loures

Loures comprometeu-se em elaborar um documento estratégico que suporte a gestão futura do seu território rural. A área estudada compreende a integridade das freguesias de Lousa, Fanhões e Bucelas, os limites norte das freguesias de Santo Antão e São julião do Tojal e o extremo ocidental da freguesia de Loures.

A inventariação e o diagnóstico dos valores paisagísticos e patrimoniais existentes na área de estudo levaram à deteção de dez paisagens prioritárias, com grande potencial para uma gestão sustentável, respeitando e valorizando os valores territoriais em presença, a atividade agrícola e o conhecimento da sua identidade histórica, valores naturais e biodiversidade.

Em cada uma das paisagens aferiu-se o estado das diferentes componentes – galerias ripícolas, matos e áreas florestais de espécies autóctones, diversidade da vegetação

Contando com 14 parceiros europeus representantes de grandes municípios, regiões e departamentos universitários, localizados em várias áreas metropolitanas da Europa – em

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EMPREENDER

natural, tipo de sebes, valores geomorfológicos, estruturas construídas associadas à paisagem e, o uso do solo –, tendo--se procedido à identificação das parcelas com agricultura ativa e à aferição da dimensão do abandono agrícola.

Os valores inventariados e a informação recolhida foram integralmente georreferenciados e tratados em Sistema de Informação Geográfica, constituindo assim um acréscimo importante para as bases de dados municipais.

Foi realizado um trabalho inovador, que envolveu os atores locais, através de realização de entrevistas e questionários à população em três das paisagens estudadas. Estabeleceram--se contactos com agricultores. Realizaram-se encontros com os agrupamentos escolares, envolvendo-se professores e alunos no projeto com iniciativas concretas, bem como com a população das seis freguesias em estudo, que contaram com a presença de um vasto leque de participantes, desde profissionais da agricultura, membros de associações e coletividades locais, professores, entre muitos outros.

A identificação dos principais problemas e potencialidades destas dez paisagens, quer ao nível do património, quer ao do ambiente, levaram ao elencar de uma série de propostas de gestão a concretizar no futuro, mediante possíveis candidaturas ou parcerias. Para já, avançamos com a divulgação de uma série de percursos culturais para a sua fruição, que atravessando-as, nos permitem conhecer os seus principais valores.

10 Paisagens em AnáliseBUCELAS

várzea e encosta poente de vila NovaObserva-se a várzea agricultada em regadio, que se prolonga até à ribeira. A proteção do solo é assegurada pelo carrascal e pelo cercal que cobre a encosta. Persistem os muros de suporte em socalcos de pedra à saída do aglomerado para norte e um longo muro contínuo de perfil em bisel, ao longo do limite com a várzea. Existem vestígios de um lagar e de antigas azenhas que constituem a memória de um tempo em que as culturas de sequeiro ocupavam as encostas do vale

ProPostas dE intErvEnção/gEstão:› Manutenção da agricultura ativa e sua articulação com as atividades e os protocolos municipais no âmbito do setor primário.› Restabelecimento do percurso na margem direita da ribeira no sentido norte ao aglomerado, passando pelas azenhas e o lagar, que embora em ruínas são portadores de memória coletiva.› Sensibilização dos proprietários no sentido de não alterarem

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pelo Homem. O rio Trancão emerge na paisagem delimitado pela vegetação das margens. Aqui predomina o freixo, o choupo, o carvalho-cerquinho e o sobreiro. O núcleo urbano mantém ainda alguma coerência entre o tecido e a escala do edificado, estabelecendo uma relação harmoniosa com a paisagem envolvente. Com valor patrimonial, identifica-se uma igreja e duas capelas. A encosta sul tem valor cenográfico com o alto do Picoto a dominar visualmente a paisagem. Nas proximidades, encontra-se a Casa Medieval da Torre de Cima, imóvel muito raro, do século xiv, classificado como de interesse público.

ProPostas dE intErvEnção/gEstão:› grande potencial desta paisagem para o desenvolvimento de um turismo de qualidade, nomeadamente para o Eno-turismo.› Recuperação das galerias ripícolas nos troços em que estas se encontram degradadas ou infestadas por canas e caniços, mediante aplicação de medidas biológicas e plan-tação de árvores adequadas.

o uso do solo natural da encosta (cercal e carrascal) com vista à proteção do solo e da água e à garantia da biodiver-sidade.› Sensibilização dos proprietários para a manutenção dos muros de suporte em pedra aparelhada, da escala e da volumetria do edificado junto à várzea. › Criação de um circuito assinalando os valores naturais e construídos de maior relevo, restabelecendo os troços que hoje se encontram intransitáveis.› Aplicação de medidas biológicas de controlo da vegetação infestante nas linhas de água e nos valados, nomeadamente os caniçais, que desvirtuam a paisagem e destroem as motas de proteção aos campos.› Elaboração de projeto de valorização do largo junto à várzea.› Relocalização ou integração paisagística dos estaleiros.

vale do pequeno trancão e envolvente do FreixialPaisagem notável e única no concelho que se destaca pela harmonia patente entre elementos naturais e introduzidos

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› Estudo de valorização urbanística do aglomerado do Freixial, equacionando soluções para as franjas adjacentes à paisagem circundante (largo do coreto e limite norte, junto ao Trancão).› Estabelecimento de um percurso de fruição da Natureza, por caminhos públicos existentes a norte do aglomerado entre este e o Casal do Burro, associando também o conhecimento do património construído (igreja e capelas).› Encontrar, entre os serviços da câmara, o proprietário e a administração central, uma solução conducente à reabilitação

da Casa Medieval da Torre de Cima, mediante candidatura a financiamento ou ao mecenato.› Produção de eventos culturais sobre a obra de Alves Redol e do pintor Silva Porto (exposições, colóquios), aproveitando a divulgação das respetivas obras, também para a promoção do Freixial.› Equacionar futuras parcerias com o ANIM, nomeadamente para um ciclo anual de projeção de filmes ao ar livre, no Largo do Freixial.

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Revista :: Loures Municipal :: Agosto 2012 :: 61

vinhasPaisagem intrínseca da identidade de Bucelas. O vinho desta região demarcada é um produto de qualidade reconhecida que, aliado à diversidade da paisagem e à oferta cultural e gastronómica, constitui uma alavanca para o enoturismo e o turismo de Natureza.

ProPostas dE intErvEnção/gEstão:› Desenvolver o grande potencial desta paisagem para o Enoturismo, estabelecendo medidas que promovam esta região demarcada nos circuitos do turismo internacional e nos grandes centros urbanos nacionais. Parceria com o Turismo de Portugal.› Potencial para a criação de roteiros culturais e turísticos, associando a degustação de vinho ao conhecimento do património construído.› Criação de percursos complementares, através de velhos trilhos (nomeadamente a estrada de possível fundação romana) para a fruição da natureza e conhecimento da biodiversidade.› Estabelecimento de acordo de cooperação entre Câmara, Administração central e proprietário, com vista à recuperação do templete/mausoléu romano da Quinta da Romeira de Baixo.› Adotar medidas de recuperação ambiental das galerias ripícolas de ribeiras e linhas de água nos troços em que se encontram povoadas por vegetação infestante.

› Obrigar à minimização dos impactes gerados pela atividade de gestão de resíduos, localizada junto à ribeira do Boição.› Proceder à limpeza da linha de água e suas margens, a jusante desta atividade, onde se concentram diversos despejos de resíduos.› Aplicar técnicas culturais tendentes à conservação do solo e da água, nomeadamente a técnica de “mobilização mínima do solo” na manutenção da vinha.› Manter as encostas com a vegetação natural da região, o que apresenta vantagens na proteção do solo, na água e nas pragas que atacam a vinha.› A multifuncionalidade no uso do solo nas quintas produtoras de vinho promove uma paisagem de qualidade, potenciando a exploração turística.› O potencial de abertura das quintas ao turismo pode integrar, além do produto enoturismo, a compreensão da paisagem natural e cultural, contextualizando a região, o concelho, a freguesia e a produção do vinho.

O vinho desta região demarcada é um produto de qualidade reconhecida que, aliado

à diversidade da paisagem e à oferta culturale gastronómica, constitui uma alavanca

para o enoturismo e o turismo de Natureza.

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FANHõES

paisagem compartimentada de casainhosSituada entre encostas que bordejam o vale da ribeira dos Barros, esta paisagem é única no concelho. As encostas, integralmente compartimentadas com muros de pedra seca, formam socalcos e testemunham um tempo em que esta era terra de cereal. junto à ribeira dos Barros, os poços de pedra, abundantes e de grandes dimensões, serviam para a irrigação das hortas que, ainda hoje, subsistem ao longo deste vale. Encontram-se dispersas abegoarias em pedra, de uma só água, e restam algumas noras e picotas primitivas. A regeneração da vegetação natural cobre as encostas de tojo, carrascal e prados de orquídeas.

ProPostas dE intErvEnção/gEstão:› Articular a intenção de manutenção e incremento da agri-cultura existente com outras iniciativas municipais em curso nesta área, a saber: – protocolo com a Agrobio; – apoio à comercialização de produtos agrícolas.› Articular a intenção de divulgação e manutenção de valores construídos com outras iniciativas municipais na área do património, nomeadamente, na gestão dos percursos das linhas de torres (Casainhos e a sua paisagem possuem o Forte das Ribas, que é parte deste complexo).› Estudar a remoção das construções degradadas e ina- cabadas no extremo noroeste da paisagem compartimen- tada.› Apoiar ações de valorização da biodiversidade de Casainhos.› garantir autorização dos proprietários locais para a utiliza-ção de troços de percursos particulares.

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64 :: Revista :: Loures Municipal :: Agosto 2012

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› Consciencialização da importância histórica da azenha de Casainhos.› à semelhança do que se propõe para o Forte de Ribas, implementar uma estratégia de divulgação da importância histórica da Anta de Casainhos (Monumento Nacional), nomeadamente dando a conhecer o rico espólio aí encon-trado.› Eventual rota do património, que se possa cruzar, estabele-cendo sinergias, com o estudo da biodiversidade.› Estudar proposta de articulação das margens da ribeira e da paisagem compartimentada com o tecido urbano do aglomerado.

LOURES

ribeira de casainhosA construção de azenhas de pedra, das quais nos resta um excelente exemplar, está relacionada com a cultura de cereal que existiu outrora nas encostas da ribeira. A vegetação frondosa de choupos, freixos e salgueiros enquadra a ribeira, a azenha e as hortas. Na orla sul do aglomerado, situa-se a Anta de Casainhos, monumento funerário megalítico, que constitui um testemunho da grande antiguidade deste lugar.

ProPostas dE intErvEnção/gEstão:› Estudar a vegetação das margens da ribeira com vista a intervenção de restabelecimento de galeria ripícola e estabili-zação das margens, mediante protocolo a estabelecer.› Apoiar a manutenção e o incremento das hortas existentes em articulação com os protocolos estabelecidos.

Bolores – MigarrinhosMarcada por uma agricultura muito produtiva em Bolores, Migarrinhos, e na envolvente à Quinta do Carrascal, nesta paisagem localizam-se antigos sistemas de rega, com noras, levadas, aqueduto e tanques. Encontram-se áreas de pas- tagem para caprinos e ovinos. O património geomorfológico é notável, pelo relevo calcário visível na vertente norte do penedo do gato. Quintas senhoriais sete-centistas impõem--se na paisagem, a do Carrascal, a sul, e a de Santa Luzia, no seu limite nascente.

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O património geomorfológicoé notável, pelo relevo calcário visível na vertente norte do penedo do Gato.

vale NogueiraA encosta norte da serra da Sardinha é formada pelos campos compartimentados por sebes vivas. Por entre carvalhos- -cerquinhos e sobreiros, encontra-se, junto à ribeira de Pinheiro de Loures, um sistema de casais agrícolas antigos e as ruínas da sumptuosa quinta quinhentista da Premialha.

A Quinta da granja, na orla sul de A-dos-Cãos, e a Quinta de Valadares, em A-dos-Calvos, impõem-se visualmente na paisagem. O vale Nogueira, entre maciços de calcário,

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sobressai pelo esplendor da sua vegetação ribeirinha de freixos, choupos e nogueiras.

ProPostas dE intErvEnção/gEstão:› Manutenção da agricultura ativa e sua articulação com as atividades e os protocolos municipais no âmbito do sector primário.› Sensibilização dos proprietários no sentido de manter o uso do solo natural nas encostas (sobreiral, cercal e carrascal), as sebes de compartimentação e a vegetação ribeirinha, com vista à proteção do solo e da água e à garantia da biodiversidade e de todas as funções ambientais que desempenham.› Recuperação de diversidade nos povoamentos florestais de eucalipto e cupressáceas, através de intervenções acompanhadas por peritos e apoiadas financeiramente por programas específicos (a pesquisar).› Aplicação de medidas biológicas de controlo da vegetação infestante em linhas de água e valados, nomeadamente os caniçais, que desvirtuam a paisagem e destroem as motas de proteção aos campos. › Inventariação e sensibilização dos proprietários para a manutenção do património rural, associado à produção agrícola, casais, noras, aquedutos muros de suporte em pedra aparelhada, da escala e da volumetria do edificado junto à várzea.

› Aprofundar o estudo do património monumental construído, com vista à sua inventariação e divulgação.› Criação de circuitos assinalando os valores naturais e construídos de maior relevo, incluindo o penedo do gato, que apresenta grande singularidade no contexto do Município, e os vales de Migarrinhos a Tojalinho, e de A-dos-Calvos a Vale Nogueira.› Relocalização ou integração paisagística dos estaleiros.

O vale Nogueira, entre maciçosde calcário, sobressai pelo esplendor da sua vegetação ribeirinhade freixos, choupos e nogueiras.

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LOUSA

vale e encosta nascenteTrata-se de uma paisagem que se desenvolve na encosta nascente do vale encaixado da ribeira de Lousa, com vegetação natural de grande valor para a conservação. O património geomorfológico destaca-se pela presença de um imponente afloramento calcário que acompanha a encosta e o alto da Toupeira. Este relevo é acompanhado por vegetação natural, predominando o carrascal e o cercal. O património arqueológico inclui a diáclase das Salemas, gruta essencial para o conhecimento da pré-história de Loures.

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ProPostas dE intErvEnção/gEstão:› Estabelecimento de percursos culturais, a partir dos que já existem, melhorando-os. Incluir nos seus itinerários, os valores geomorfológicos, arqueológicos e paisagísticos. › Colocação de sinalização interpretativa dos valores observados› Valorização do património arqueológico, nomeadamente, através da divulgação do espólio proveniente da gruta das Salemas e dos povoados de Salemas e do alto da Toupeira, aprofundando-se o conhecimento geral da pré-história de Loures e sua importância para o estudo da evolução do homem e da sociedade.› Valorização e divulgação dos elementos naturais da paisa-gem, designadamente o estudo da flora e da fauna.› Proteção contra ruído proveniente do tráfego, mediante plantação de cortina arbórea na faixa lateral da autoestrada A8.› As áreas a florestar devem contemplar espécies perten-centes à associação do carvalho português. Os pinheiros e os ciprestes devem restringir-se à cortina arbórea da A8.› Limpeza de linhas de água e de degradações de diversa ordem que se encontram nos locais acessíveis da encosta, nomeadamente junto da gruta de Salemas.› Recuperação ambiental e valorização paisagística da anti-ga pedreira de Salemas.› Apoiar a agricultura ativa nas hortas da Ponte de Lousa.› Articular com as iniciativas municipais em curso relativas ao setor primário.› Sensibilização para a importância dos socalcos e dos talu-des em pedra aparelhada.› Estudar a articulação dos aglomerados de Lousa e Ponte de Lousa com os percursos da encosta.

SANTO ANTãO DO TOjAL

serra de ÁguaFazendo jus ao topónimo, a paisagem é marcada pela omnipresença da água e assume uma forma sui generis devido ao relevo em forma de concha e ao uso do solo. O domínio da água é visível nas estruturas construídas: poços de pedra, tanques de rega, muros e valados armados em pedra, além de um notável muro alto para retenção e condução da água. Ao longo dos percursos, marca presença a vegetação natural com, por exemplo, a murta, a gilbardeira, a aroeira, a madressilva, o aderno e o pilriteiro.

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Revista :: Loures Municipal :: Agosto 2012 :: 69

ProPostas dE intErvEnção/gEstão:› Manutenção da agricultura ativa e sua articulação com as ati- vidades e protocolos municipais no âmbito do setor primário. › Estudo da eventual possibilidade de incremento da produção do mel e apoio à sua comercialização.› Sensibilização para o valor do património construído associado à produção agrícola e à captação, armazenamento e distribuição de água.› Sensibilização dos proprietários no sentido de não degradarem as estruturas de pedra com aparelho de tijolo furado ou cimento.› Minimização do impacte negativo das estruturas de tijolo

furado e cimento mediante o seu reboco e pintura (branco, bege ou ocre).› Criação de um circuito assinalando os valores naturais e construídos de maior relevo, restabelecendo os troços que hoje se encontram intransitáveis.› Aplicação de medidas biológicas de controlo da vegetação infestante nas linhas de água e valados, nomeadamente os caniçais, que desvirtuam a paisagem e destroem as valas de pedra e as motas de proteção aos campos.› Estudo, a longo prazo, da adaptação de um dos casais agrícolas, hoje abandonado, como centro de interpretação da flora da serra de Água.

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Existe agricultura ativa e atividade pecuária, respetivamente a norte do valena Quinta do Furadouro, e a sul,na Quinta do Outeiro, ambas com valor patrimonial pela qualidadedos seus elementos construídos:casas, tanques, levadas e uma ponte.

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SãO jULIãO DO TOjAL

vale encaixado do trancãoPaisagem com inegável valor cénico devido à geomorfologia, patente nas formações de rocha calcária que sobressaem na encosta, e à presença do rio Trancão. A vegetação natural é muito diversificada devido às condições do solo e ao microclima, salientando-se um sobreiral notável, em excelente estado, na encosta poente. Existe agricultura ativa e atividade pecuária, respetivamente a norte do vale, na Quinta do Furadouro, e a sul, na Quinta do Outeiro, ambas com valor patrimonial pela qualidade dos seus elementos construídos: casas, tanques, levadas e uma ponte.

ProPostas dE intErvEnção/gEstão:› Estabelecimento de um percurso na encosta poente para observação da natureza e diversidade da flora.› Estabelecimento de um trilho junto ao rio: fruição de vistas, flora e fauna.› Manutenção de agricultura ativa na zona da Quinta do Fu-radouro.› Promover a classificação de sete sobreiros notáveis.› Proceder ao controlo de espécies infestantes, nomeada-mente acácias, na encosta poente sobre o sobreiral.› Limpeza de lixos nas encostas e margens do rio e de degradações de diversa ordem que se encontram nos locais acessíveis.› Estabelecimento de contacto entre os produtores agrícolas da zona do Furadouro e Quinta do Outeiro e as iniciativas municipais em curso no âmbito do setor primário.

› Inventariação da Quinta do Furadouro e da ponte de pedra sobre o Trancão.› Inventariação do Moinho dos Bichos. Utilização para fins pedagógicos.› Inventariação e estudo dos valores da Quinta do Outeiro, nomeadamente, a casa da quinta, o aqueduto e o depósito de água em alvenaria.› Inventariação dos elementos de património industrial com interesse, presentes na Fábrica do Papel da Abelheira.› Proceder ao inventário atualizado e exaustivo do patri-mónio construído e paisagístico da Quinta da Abelheira, nomeadamente muros, socalcos, poços, tanques, levadas, regadeiras e espécies arbóreas.› Ponderar a adaptação da pequena fábrica devoluta junto ao Trancão, a montante da ponte do Zambujal, a pousada ou albergue da juventude.

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Em dezembro de 2012, o projeto será concluído e deixará em legado um documento estratégico, que constituirá uma ferramenta municipal imprescindível à elaboração de planos de gestão de paisagem, com orientações operacionais para estas dez paisagens. Trata-se de um documento técnico, onde serão enumeradas as ações cuja implementação deve ser considerada, bem como os principais atores e os recursos a envolver. Será constituída uma plataforma municipal para a participação coletiva, de modo a que os diversos serviços municipais competentes possam agir em uníssono e com a população na operacionalização das ações necessárias.

A elaboração de candidaturas a eventuais programas euro- peus nas áreas do ambiente, do património ou do desenvolvi-mento local e regional no âmbito do próximo Quadro Comu- nitário de Apoio, constituirá uma oportunidade para operacio- nalizar algumas das propostas mais ambiciosas.

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O projeto EUROSCAPES – no qualLoures é o único município português

representado – tem como objetivoa determinação de políticas

e estratégias de gestão de áreascom interesse patrimonial

e paisagístico, inseridasnum contexto metropolitano

e ameaçadas pela expansão urbana.

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PROTEGER

Situado junto à Biblioteca Municipal josé Saramago, este equipamento tem cinco pisos e capacidade para cerca de 15,8 quilómetros de documentos, distribuídos por oito depósitos independentes, além de espaços para atendimento ao público, salas de leitura e de exposições, gabinetes técnicos, centro de digitalização e estacionamento subterrâneo.

A obra representou um investimento municipal de cerca de seis milhões de euros e foi comparticipada ao abrigo do Pro- grama de Apoio à Rede de Arquivos Municipais (PARAM).

É maioritariamente constituído por documentação resultante da atividade administrativa dos municípios de Loures e de Santa Maria dos Olivais, a cujo território Loures pertenceu até 1886. O fundo documental reúne ainda documentos com

Inaugurado em 2009, o Arquivo Municipal de Loures é, além de um depósito de documentos de valor histórico e cultural, a memória do concelho de Loures que reflete não só a atividade administrativa do Município, mas também a vida da população e o relacionamento com as instituições municipais. Ao Arquivo incumbe recolher, inventariar, conservar e divulgar o património documental do Município de Loures.

interesse para a história do concelho, nomeadamente de associações e famílias, sendo que o documento mais antigo data do século xvi, uma carta de compra e venda de umas hortas que Fernão de Mesquita fez a António gomes em Elvas (1557).

O Arquivo Municipal enquanto divisão da Câmara de Loures foi criado em 1999. Em janeiro de 2011 passa a denominar--se Divisão de Gestão do Arquivo Municipal (DGAM), ficando afeta ao Departamento de gestão Administrativa e Infor-mação Municipal (DgAIM), gerido pela vereadora Emília de Figueiredo.

Tem como missão definir uma política de gestão arquivística da documentação produzida e recebida, a qual conserva tendo

ARQUIVO MUNICIPAL DE LOURES

Do passadoao futuro

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(...) a memória do concelhode Loures (...) reflete não só

a atividade administrativado Município, mas também a vidada população e o relacionamento

com as instituições municipais.

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PROTEGER

em vista objetivos de gestão administrativa, de prova ou de informação, promovendo o seu acesso às unidades orgânicas da Autarquia, investigadores e cidadãos em geral.

Enquanto unidade administrativa incumbe-lhe:

› Recolher, assegurando a transferência dos documentos produzidos pelos diversos serviços do Município, arquivos e conjuntos documentais pertencentes a pessoas coletivas ou individuais, com interesse histórico, patrimonial, arquivístico e informativo.

› Inventariar, procedendo ao tratamento arquivístico dos documentos de forma a torná-los acessíveis aos utilizadores, através da elaboração de instrumentos de descrição docu-mental.

› Conservar, zelando pela salvaguarda das espécies em depósito, através da criação de boas condições ambientais, de instalação, acondicionamento e de segurança.

› Divulgar, difundindo ao público o património documental do Município de Loures, através da realização de atividades de âmbito cultural e educativo.

Entre os vários serviços, o Arquivo Municipal de Loures disponibiliza ao cidadão comum o acesso à internet e aos fundos documentais, sendo possível pedir a leitura presencial ou a reprodução dos documentos. A investigação por solicita- ção dos serviços da Autarquia, de outras instituições ou para apoio à elaboração de trabalhos científicos é também possível neste equipamento.

A animação cultural é outra das vertentes, promovendo exposições, conferências, encontros e comemorações de efemérides. No âmbito educativo estão incluídas visitas de estudo e diversas outras iniciativas dirigidas à comunidade escolar, que têm como finalidade fomentar a curiosidade pelo espólio existente no Arquivo.

Outra das valências de grande importância para o Arquivo é o Centro de Digitalização. Criado a partir de candidatura ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), no âmbito do Projeto Urbdigital, visa melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo Município na área do urbanismo, facilitando o acesso dos cidadãos e das empresas a documentação relacionada com os processos de obras particulares.

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Além de obras, o centro tem à sua responsabilidade a digita-lização de outras séries, entre elas, processos de licenças de condução e de matrículas, livros e documentos de escri-turas, atas de reuniões de câmara, folhas de contacto e proces- sos de alvarás sanitários. São digitalizados os documentos mais representativos, sendo depois disponibilizados na intra-net da Câmara e, futuramente, na internet, de modo a tornar o acesso à informação mais eficiente e eficaz.

edifício de linhas contemporâneas

Projetado por Fernando Martins e joão Santa-Rita, o edifício, a praça pública e o estacionamento foram concebidos com o objetivo de articulação arquitetónica com a Biblioteca Muni-cipal josé Saramago.

Construído de raiz para albergar o Arquivo, trata-se de um edifício de linhas modernas, com os tetos em betão à vista, acabados a verniz mate transparente. A fachada é composta por panos de vidro duplo, colocados interiormente às lâminas estruturais, afastadas dez centímetros das lajes formadas por vidros laminados translúcidos. já em 2009, o projeto do edifício foi um dos nomeados para o mais prestigiado prémio de arquitetura europeu, o prémio Mies Van der Rohe.

HorÁrio De segunda a sexta-feira

das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00Feriado Municipal – 26 de julho

LocALiZAçÃo e coNtActos

Rua Cesário Verde 2670-527 Loures

Telefone: 211 150 760 Fax: 211 150 757

E-mail: [email protected] Site: http://www.cm-loures.pt/aa_Arquivo.asp

(...) em 2009,o projeto do edifício

foi um dos nomeadospara o mais prestigiado

prémio de arquiteturaeuropeu, o prémio

Mies Van der Rohe.

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SENTIR

Desde 2003, ano em que o projeto foi iniciado, com outra designação, a Câmara tem apostado em atividades outdoor, de acesso livre e gratuito, privilegiando o contacto com a natureza e o consequente bem-estar físico e psicológico dos participantes.

Ao longo dos anos tem-se verificado um aumento significativo do número de caminheiros, que se vão fidelizando nesta atividade, principalmente pela variedade da oferta disponi- bilizada através de quatro programas distintos:

› Caminhando com a História › Volta Pedestre ao Concelho de Loures › Family Bike › Percursos Noturnos

O Desporto Aventura e Cultura é um projeto da Câmara Municipal de Loures que visa incentivar a prática de atividade física regular e, simultaneamente, dar a conhecer o riquíssimo património natural e construído do concelho.

O facto de o Município de Loures ser muito rico em património cultural, faz com que a grande maioria dos trajetos esteja englobada no programa caminhando com a História, no qual os participantes são convidados a desfrutar de belas paisagens pontuadas por monumentos e sítios plenos de histórias para contar.

Deixamos-lhe aqui algumas propostas para aproveitar o tempo livre e usufruir do melhor que temos neste concelho: a natureza e o património.

A naturezae o patrimónioDESPORTO AVENTURA E CULTURA

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Ao longodos anos tem-se verificadoum aumentosignificativodo númerode caminheiros,que se vãofidelizandonesta atividade

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SENTIR

Por Trilhos de Pontede Lousa

O percurso tem início na Ponte de Lousa, seguindo um trilho de pé posto que acompanha o vale da ribeira de Lousa. Depois, sobe-se até ao moinho do Chacoso, passando-se junto à Quinta de Santa Luzia. O itinerário prossegue até ao vale, passando pelo Casal do Pisão e atravessando a N8, para atingir, na encosta oposta, o ponto alto da Portela. O trajeto de cumeada segue até ao sítio arqueológico do Penedo do gato, onde é feita uma paragem para visitar a gruta. Continua com uma descida até ao Bocal, atravessando o rio de Loures, para voltar a subir até à pequena povoação de Fontelas. Já perto do final, depois de apreciar a gruta do Tufo desce-se em direção à Ponte de Lousa, terminando assim a caminhada.

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Trilhos das Antase dos FortinsA partida é junto à entrada do Parque Municipal do Cabeço de Montachique, em Fanhões, com subida rumo ao Reduto do Mosqueiro, fortificação militar integrada no Sistema Defensivo de Lisboa, edificado no início do século xix aquan-do da terceira Invasão Francesa.

Aqui, retoma-se a caminhada em direção a Casainhos, usando a antiga rede viária militar, onde se pode observar uma paisagem rural única, caracterizada por um mosaico de parcelas agrícolas delimitadas por muros de pedra seca, com noras, picotas e engenhos para elevar a água.

Após paragem na Anta de Casainhos, monumento associado a ritos funerários construído pelas comunidades da pré- -história recente, percorre-se a ribeira, até se atingir outro local de referência arqueológica, a Diáclase e a Anta de Salemas.

A partir deste ponto inicia-se a descida para a povoação de Ponte de Lousa, para subir até à Anta de Carcavelos, monumento megalítico que se encontra em excelente estado de conservação.

Após breve pausa, o itinerário segue em direção ao antigo sanatório de Lousa, atravessando depois a povoação de Montachique, no regresso ao Parque Municipal do Cabeço de Montachique.

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Em linha com o AquedutoHoje, na malha urbana de Loures não conseguimos ver o aqueduto na sua forma original, apenas se vislumbram alguns traços da estrutura inicial, e mesmo assim algo disfarçados na paisagem urbana.

Trata-se de um trajeto pontuado pelas estruturas que interrompem a monotonia da galeria agarrada ao chão, no qual o aqueduto corre rápido, à superfície, em direção ao grande chafariz do Largo 4 de Outubro.

Esta obra arquitetónica tinha como principal objetivo alimentar o grande chafariz, e um outro construído nas Alvogas em 1794, que por sua vez faziam chegar a água à população do lugar de Loures, bem como enchiam o bebedouro para os animais. Era a forma mais simples de matar a sede às gentes do lugar, aos seus animais e aos viajantes de e para Lisboa, Malveira ou Mafra. Participe neste percurso e fique a conhecer melhor toda esta história.

Marcha da FomeAs greves de 8 e 9 de maio de 1944 foram o corolário de várias lutas contra os racionamentos e o envio de géneros alimentícios para a Alemanha de Hitler. grande parte deste movimento desenvolveu-se em redor de importantes centros industriais da região de Lisboa, como é o caso de Sacavém, Póvoa e Alhandra. E foi precisamente de Sacavém que saiu uma manifestação, encabeçada por mulheres, que se dirigiu à sede do concelho, em Loures, para exigir menos fome e mais pão ao então presidente Dário Canas. Trata--se da Marcha da Fome, como ficou conhecida, que aqui pretendemos reproduzir.

SENTIR

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Por Terras e Quintasdo ArintoA região de Bucelas é caracterizada por extensas encostas cobertas de vinhedos, pontilhadas por quintas vitivinícolas, de onde provém o magnífico vinho branco Arinto.

Este percurso, essencialmente rural, tem início junto ao Centro de Interpretação da Rota Histórica das Linhas de Torres (RHLT), em Bucelas, seguindo em direção ao Forte do Arpim, imóvel militar incluído no sistema defensivo das Linhas de Torres, atravessando a Quinta do Boição e alguns dos mais bonitos vales da região.

Após a visita a esta estrutura, recentemente recuperada pela Câmara lourense, segue-se rumo à povoação de Vila de Rei, onde se podem observar duas estelas, uma delas relativa ao antigo termo da cidade de Lisboa, passando depois pela quinta de um dos produtores de arinto, a Chão do Prado.

Na parte final da caminhada, com vista privilegiada para as serras e os vales verdejantes do norte do concelho, retorna-se a Bucelas, onde poderá apreciar a igreja matriz, que alberga um núcleo de arte sacra, o cipo e as inscrições romanas no seu adro, bem como o largo do coreto.

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Percurso gR30Integrado na Rota Histórica da Linhas de Torres (RHLT),é um itinerário que perpassa uma vasta região com várias obras militares da 1.ª e da 2.ª Linhas Defensivas de Lisboa.

O Parque Municipal do Cabeço de Montachique é o ponto de encontro e de partida desta caminhada, que começa por rumar ao Reduto do Mosqueiro, a partir do qual segue pela estrada militar, paralela ao escarpamento, até ao Reduto de Ribas. Descendo o vale, prossegue pela serra dos Picotinhos, encaminhando-se depois para o vale do Trancão, passando

ao lado do Reduto do Quadradinho, da Bateria dos galvões e do escarpamento dos Picotinhos.

Posteriormente, o percurso atravessa o vale do Trancão, em Bucelas, continuando pela antiga estrada militar, ao longo da cumeada da serra de Serves. Na descida, passa pelas três posições militares da Aguieira e pelo Forte do Arpim, em direção ao Mato da Cruz, chegando por fim ao Centro de Interpretação da RHLT em Bucelas.

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Ruas com HistóriaO Largo 4 de Outubro, em Loures, marca o início e o fim deste percurso noturno, onde se invoca a memória da implantação da República em 1910, que neste concelho se antecipou à data oficial.

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Marcha dos FortesOrganizada pelo Clube de Atividades de Ar Livre (CAAL) em colaboração com os municípios de Torres Vedras, Mafra, Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço e Loures, esta marcha percorre algumas das mais importantes fortificações militares edificadas para defender Lisboa da terceira Invasão Francesa.

A caminhada tem início no Forte de São Vicente, em Torres Vedras, terminando a manhã no Forte do Alqueidão, no Sobral de Monte Agraço, depois de ter passado pelas fortificações de Enxara, em Mafra. A tarde prossegue com a visita às estruturas militares de Arruda dos Vinhos, seguindo-se uma passagem pelo Reduto da Ajuda grande, já no concelho de Loures, para terminar na vila de Bucelas.

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Trilhos dos ArrábidosO Convento de Nossa Senhora da Conceição, em Santa Iria de Azóia, fundado em 1584, é um dos dois conventos franciscanos arrábidos existentes no Município de Loures, e o local onde se inicia este percurso. Atravessa o Bairro da Portela da Azóia e, chegado à linha de cumeada da serra de Santa Iria, inicia a descida em direção à Quinta do Monteiro-Mor. Segue pela várzea, passando pelo Palácio dos Arcebispos, em Santo Antão do Tojal, até ao esteiro da Princesa. Na reta final, já em meio urbano, o trajeto faz-se pela EN8 até ao antigo Convento do Espírito Santo, fundado em 1574, que alberga o atual Museu Municipal de Loures, na Quinta do Conventinho.

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Por Trilhos do Tejoe do TrancãoEsta caminhada percorre a zona ribeirinha do Tejo e a foz do Trancão, seguindo o traçado do canal do Alviela, dando a conhecer um pouco melhor o património histórico e natural desta zona ribeirinha do Município de Loures.

O canal do Alviela é um sistema de abastecimento de água à cidade de Lisboa e concelhos limítrofes, que foi inaugurado por D. Luís em 1880.

Um dos troços mais emblemáticos deste aqueduto, que totaliza 114 km de extensão, é o Sifão de Sacavém, uma notável obra de engenharia. Contudo, nos anos 30 do século passado, este sistema foi considerado insuficiente, tendo

sido então ampliado com a construção do Aqueduto do Tejo, ainda em funcionamento.

A caminhada tem início na EN115-5, junto ao limite original da Quinta de Valflores, em Santa Iria de Azóia, seguindo em direção à igreja matriz, com destino ao Vale das Duas Portas, atravessando o Canal do Tejo.

Ruma-se depois a São joão da Talha e daí à Quinta dos Remédios, na Bobadela, retomando-se então o traçado do Canal do Alviela, através da Quinta da Parreirinha. Daqui desce-se para Sacavém, atravessa-se a ponte sobre o rio Trancão (paralela ao Sifão) chegando-se ao final do percurso.

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Pelas Ruas de SacavémCaminhadas lúdico-culturais pela malha urbana da região, que vão ao encontro da história e das memórias da cidade, dando a conhecer os locais relacionados com a antiga Fabrica de Loiça e com o património religioso de Sacavém. Aqui, os caminheiros têm a possibilidade de optar por dois percursos distintos: “A Cidade e a Fábrica” ou “Os Caminhos do Sagrado”.

Pelas Ruas de MoscavidePor entre ruas e pracetas, prédios e urbanizações, as fre-guesias da Portela e Moscavide escondem alguns recantos com valor histórico, artístico e arquitetónico que testemu-nham hábitos e vivências de um passado mais nobre desta zona do Município de Loures. Um conceito diferente para quem gosta de caminhar em meio urbano.

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A volta pedestre ao concelho de Loures é outro dos programas integrados neste projeto, que pretende percorrer o Município em três etapas de aproximadamente 26 km cada, num total de cerca de 78 km.

A primeira etapa liga o Parque da Cidade de Loures a Bucelas; a segunda tem início junto à EBI de Bucelas e termina em Montachique; a terceira e última parte de Montachique e ruma a Loures, ficando assim completa esta volta que lhe permite conhecer de forma saudável e peculiar o território municipal.

Os passeios de BTT são mais uma das atividades de ar livre que têm vindo a crescer em número de participantes. O Family Bike destina-se, essencialmente, a iniciados na modalidade e a famílias que pretendam desfrutar de passeios de bicicleta em ambiente calmo e descontraído, com a lezíria e a várzea de Loures como pano de fundo.

Os percursos Noturnos, uma excelente alternativa para os meses de verão, quando os dias são demasiado quentes e desconfortáveis para caminhar, correndo-se o risco de insolação ou desidratação. Estas caminhadas noturnas permitem, assim, exercitar com temperaturas mais amenas e usufruir de toda a envolvência da noite que, nalguns pontos do concelho, permite desfrutar de fantásticas vistas sobre o Tejo.

Agora que já conhece as nossas propostas para a prática de atividades de ar livre, fique atento à calendarização disponível em www.cm-loutes.pt, e agende a sua caminhada.

se estÁ A pLANeArLANçAr-se NuMA destAs

AveNturAs, prepAre-se e...

coNHeçA eXteNsÃo do percurso,o tempo médio de realização,

o tipo de terreno e as condições climatéricas;

veriFiQue A diFicuLdAde do percurso e escolhao que mais se adequa à sua condição física;

iNicie A cAMiNHAdA com um ritmo suave, evitando demasiadas paragens, pois quebram o ritmo.

Mas antes de sair de casa não se esqueça de levar…

Água suficiente para o percurso;Mochila com reforço alimentar (barras energéticas e

frutos secos são uma boa opção);Calçado confortável, roupa prática e chapéu;

Telemóvel para alguma emergência.

Para mais informações e inscrições contactea Divisão de Desporto e juventude,

através dos telefones 211 151 157 / 211 151 176 ou pelo endereço de correio eletrónico [email protected]

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A Câmara de Loures comemorou, a 18 de abril, o Dia Nacional dos Moinhos com um vasto leque de atividades no Parque Urbano de Santa Iria de Azóia.Mais de uma centena de crianças das escolas do concelho de Loures tiveram a oportunidade de fazer uma visita guiada ao moinho, participar em ateliês de pintura, aprender a fazer pão e brincar nos insufláveis. No final levaramum certificado de participação entregue por Ricardo Lima, vereador do Departamento de Ambiente e Transportes Municipais.

dia dos Moinhos

gerir e Poupar foi o tema de mais uma sessão do “Pais Informa”, realizada no dia 23 de maio, que levou até pais, professores e encarregados de educação, conselhos sobre educação financeira.A ação, em Santa Iria de Azóia, teve como oradora convidada Susana Albuquerque da Associação de Instituições de Crédito Especializado.A sessão teve como objetivo dar aos pais as ferramentas e os conselhos necessários para, em casa, ajudarem os mais pequenos a conhecer o valordo dinheiro, saber geri-lo de forma a satisfazer as suas necessidades, administrá-lo com inteligência para concretizar os seus sonhos e reconhecer a importânciade poupar para o futuro.

“pais informa” ajuda a Gerir e poupar

Centenas de crianças e suas famílias foram ao Centro Cultural de Moscavide, entre os dias 12 e 16 de junho, assistir ao filme Dia de Surf. Com as iniciativas “A Escola Vai ao Cinema” e “Cinema para Avós e Netos”, a Câmara de Loures pretendeu proporcionar uma ida ao cinema gratuitaàs crianças do concelho de Loures finalistas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e, simultaneamente,sublinhar a importância de valores como a amizade, a conservaçãoda natureza e os oceanos.

Avós e Netosvão ao cinema

violência domésticaeu denuncio!

Carlos do Carmo, Yolanda Soares, Laurent Filipe, gil do Carmo, Nelo Ribeiro, Cláudia Vieira, Ana Cláudia Santos, Custódia gallego, joão Ricardo, Pedro Diogo, Rosa Villa, Fernando Ferrão e júlia Belard são alguns dos mais de 20 artistas que, no dia 29 de junho, vieram a Loures denunciar o crime de violência doméstica num espetáculo de solidariedade que a Câmara Municipal promoveu a favor da Associação de Mulheres Contra a Violência.

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Realizou-se, no dia 27 de abril, no Parque da Cidade, em Loures, um jantar que visou reunir nomes do setor da construção sustentável da CPLP, após a realizaçãoda conferência sobre Construção e Reabilitação Sustentável de Edifícios no Espaço Lusófono. Estiveram presentes, entre outros convidados, os bastonários das ordens dos arquitetos de Cabo Verde e Angola, César Freitase António gameiro e o coordenador do Programa “Casa para Todos” em Cabo Verde, Hélder Almeida.

Bastonários das ordensdos arquitetos de cabo verde e Angola em Loures

O Centro de Documentaçãoe Informação Avelar Broterorecebeu, de 26 de marçoa 1 de abril, as escolas do concelho de Loures para “Brincar à Ciência nas Férias da Páscoa”.Os alunos visitaram exposições, visionaram filmes, assistirama demonstrações e a experiências científicas, entre outras atividades. Para além de incentivar à reflexão sobre a importância da aplicação da ciência à inovação, a iniciativa possibilitou bons momentosde aprendizagem e brincadeira.

Brincar à ciêncianas Férias da páscoa

O Laboratório de águas realizadiariamente análise de controlo da qualidade da água nos municípios de Loures e Odivelas (em torneiras de consumo e nos vários órgão da rede de distribuição).Com este apertado controlo,os SMAS de Loures garantem a qualidade da água.Em 2011, foram realizadas 36 079 análises/ /determinações, das quais 99,88% cumprem com todosos requisitos de qualidade de água para consumo humano.

controlo daQualidade da Água

Mercado Agrobio

O Mercado Agrobio de Loures festejou o primeiro aniversário, em 14 de julho. As iniciativas deste primeiro ano de atividade, feitas em parceria com os produtores e o movimento associativo do concelho, foram assinaladas com degustações de diversas variedades de produtos biológicos, frescos e transformados. Realiza-se na Praça da Liberdade, aos sábados, das 9h às 14h.

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