new introduÇÃo ao estudo das doenÇas parasitÁrias teoricas/aula inaugural.pdf · 2009. 12....
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Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroInstituto de Veterinária Instituto de Veterinária
Departamento de Epidemiologia e Saúde PúblicaDepartamento de Epidemiologia e Saúde Pública
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DASINTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS
DOENÇAS PARASITÁRIASDOENÇAS PARASITÁRIAS
Adivaldo Henrique da Fonseca Prof Titular de Doenças ParasitáriasProf. Titular de Doenças Parasitárias
[[email protected]] www.adivaldofonseca.vet.br
DOENÇAS PARASITÁRIAS
DEFINAÇÃO: Estudo das doenças causadase/ou transmitidas por ecto e endoparasitos com
DOENÇAS PARASITÁRIAS
e/ou transmitidas por ecto e endoparasitos, comênfase para o diagnóstico, tratamento eprofilaxia.
DIAGNÓSTICO: (Parasitologia, Patologia clínica,Anatomia Patológica, Doenças Infecciosas,Histopatologia, Epidemiologia, Semiologia ep g p g gClínicas)
TRATAMENTO: (Fisiologia, Bioquimica,Farmacologia Terapeutica Clinicas Cirurgia)Farmacologia, Terapeutica, Clinicas, Cirurgia)
PROFILAXIA: (Higiene e Saúde Pública,Epidemiologia, D. Infecciosas, Zootecnia,Clinicas).)
Importância social dos cães e gatos p g
Animais de estimação (= linha pet) ç ( p )
Pré história → antiguidade → idade gmédia → Colonização das Américas → contemporâneo → futuro→ contemporâneo → futuro
Ã
C b
POPULAÇÃO ANIMAL DO BRASIL -2000
Espécies Cabeças
Bovinos 189 000 000Bovinos 189.000.000
Aves 2.700.000.000Aves 2.700.000.000
Suínos 36.271.000
Ovinos/Caprinos 31.500.000os
Eqüinos 6 700 000Eqüinos 6.700.000
Estudo comparativos referente à percentagem de Medicamentos comercializados para uso nas diferentes espécies de animais domésticoscomercializados para uso nas diferentes espécies de animais domésticos. Brasil (Azul) e demais Países (Vermelho)
www.sindan.com.br
Estudo comparativos referente à percentagem de Medicamentos comercializados para uso em p p g panimais domésticos. Brasil (Vermelho) e demais Países (Azul)
www.sindan.com.br
Medicamentos de uso Veterinário comercializados no Brasil.(Média dos últimos 6 anos)
A tibióti AntiparasitáriosAntibióticos18%
Antiparasitários46%
Biológicosg19%
Q i i t á iQuimioterápicos17%
Fonte: Adaptado de SINDANFonte: Adaptado de SINDANwww.sindan.com.br
•5.507 municípios
•26 Ufs + DF
Clima Brasileiro segundo classificação de Koppen
Surgimento das escolas de Veterinária no Brasil. compilado de www.cfmv.org.br
www.ufrrj.brwww.ufrrj.brwww.ufrrj.brwww.ufrrj.br
Variações de temperatura na superfície da Terra: 1000 a 2100
Boff, Leonardo. Saber Cuidar. Etica do humano – compaixão pela terra –Ed Vozes
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/#leite
www.adivaldofonseca.vet.br
Distribuição da população munidal de Bovinos. Cada ponto representa 100.000 cabeçasç
Fonte USDA
5000
Indíces Médios da evolução da Produção. Kg/leite/vaca/ano.
4000 1960 1970
3000
de
leite 1980 1990
1000
2000kg
0
1000
Países Desenvolvidos Países em Desenvolvimento BrasilPaíses Desenvolvidos Países em Desenvolvimento Brasil
Fonte: Adaptado de "FAO Production Yearbook"
Contexto da Agropecuária Brasileira.M i d 800 ilhõ d h•Mais de 800 milhões de ha em terras
•quase 800 milhoes de ha de mar territorialquase 800 oes de a de a e o a
•mais de 20% do volume de água interior do dmundo
•cerca de 70% da biodiversidade mundial
•maior rebanho de animais de produção do dmundo
Cadeia Agropecuária brasileiraCadeia Agropecuária brasileira•Mais de 5 milhões de estabelecimentos ruraisrurais
•Mais de 70 mil agroindústrias
•Mais de 300 mil unidades de comércio agrícolaagrícola
•Bom sistema de armazenamento, di ib i ãescoamento e distribuição
O Sistema de “Agronegócios” representa:O Sistema de “Agronegócios” representa:
•Mais de 40% do PIB brasileiro,
•Mais de 35% das exportações do País•Mais de 35% das exportações do País.
Fonte: O contexto da atual política Nacional de Defesa Agropecuária –Defesa Agropecuária –
www.agricultura.gov.br
Abate de Bovinos sob InspeçãoAbate de Bovinos sob Inspeção
14.000.000
dos
8.000.000
10.000.000
12.000.000
mai
s ab
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Bois
Novilhos
4.000.000
6.000.000
ro d
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im Novilhos
Vacas
Vitelos
0
2.000.000
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Núm
e
Anos
Fonte: Adaptado do IBGE (2005c)
Plantas Frigoríficas sob Inspeção FederalPlantas Frigoríficas sob Inspeção Federal
284 284 PlantasPlantas
Evolução das Exportações de Carne BovinaEvolução das Exportações de Carne BovinaEvolução das Exportações Brasileiras Taxa Anual de Crescimento das Exportações Brasileiras
3,5 3,5
Evolução das Exportações Brasileiras de Carne Bovina: 1996 à 2005
Taxa Anual de Crescimento das Exportações Brasileirasde Carne: 1996 à 2005
2,5
3,0
2,5
3,0Valores
24% a.a.
Valor(US$ Bilhões)
1 5
2,0
1 5
2,024% a.a.
Quantidades31% a a
Preço (US$ Mil/t)
1,0
1,5
1,0
1,5 31% a.a.
Preço Médio
0,0
0,5
0,0
0,5 -5% a.a.Quantidade
(Milhões Ton)
Fonte: SECEX. Elaboração: ICONE
,
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
,
Comércio Mundial da Carne BovinaComércio Mundial da Carne Bovina
EUA 3%Ucrânia; 2%
10 Maiores Exportadores - 2005
Brasil - 23%Uruguai - 6%
UE-25 - 5%Outros - 1%EUA - 3%
Índia - 7%
Uruguai - 6%
Canadá 8%Austrália 20%
Argentina 9%Nova Zelândia 9%
Fonte: FAS/USDA
IMPACTOS AMBIENTAIS DA PECUÁRIA E SUAS IMPLICAÇÕES EM SAÚDE PÚBLICAIMPLICAÇÕES EM SAÚDE PÚBLICA
Perda da biodiversidade - resulta principalmente da destruição de habitats pelo desmatamento da floresta p p ç ppluvial tropical para a expansão de pastagens da pecuária extensiva, especialmente na Amazônia.
• Produção de metano que contribui para o efeito estufa, resultante da decomposição do alimento vegetal d i di i idos ruminantes, tanto no trato digestivo quanto no meio externo.
• Poluição dos lençois d’água por nitratos originários das fezes de animais, principalmente emcriações intensivas de aves e, ainda, a contaminação eventual por pesticidas de uso pecuário.
Compactação do solo pelo pisoteio dos animais, principalmente bovinos, e erosão resultante da retirada da cobetura vegetal natural e substituição por gramíneasg ç p g
Impactos ambientais da produção agrícola (resíduos de pesticidas e fertilizantes; erosão e salini ação dos solos; depleção de aq íferos) destinada a alimentação de animais domésticossalinização dos solos; depleção de aquíferos) destinada a alimentação de animais domésticos, que chega a 50% da produção total de grãos e legumunosas em alguns países
CONSEQUENCIA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS
PELA PECUÁRIA BOVINAPELA PECUÁRIA BOVINA
Poluição química da água determinando a longo prazo processos patológicos tais como oPoluição química da água determinando, a longo prazo, processos patológicos tais como o cancer (pesticidas; nitratos) e alterações da hemoglobina (nitratos).
Impactos na nutrição humana decorrentes da escassez de alimentos pela redução da produtividade agrícola consequente à degradação do solo e às mudanças agroecológicasresultantes do efeito estufa.
Alterações no potencial reprodutivo e na distribuição geográfica de insetos vetores de agentes patogênicos para a espécie humana em decorrência das mudanças de temperatura resultantes dopatogênicos para a espécie humana em decorrência das mudanças de temperatura resultantes do efeito estufa
Perda de recursos genéticos vegetais utilizáveis na terapêutica médica em virtude da extinção de espécies pelo desmatamento e por outras formas de destruição de habitats
Clima Brasileiro segundo classificação de Koppen
BASES DO ESTUDO DA EPIDEMIOLOGIA DAS ECTO E ENDOPARASITOSESBASES DO ESTUDO DA EPIDEMIOLOGIA DAS ECTO E ENDOPARASITOSESS S O S U O O OG S C O O S OS SS S O S U O O OG S C O O S OS S
FATORES INERENTES AOS PARASITOSPARASITOS QUE DETERMINAM PATOGENICIDADE. número de exemplares,. capacidade do parasito de multiplicar-se no hospedeiro,. dimensöes do parasito,. localizaçäo no organismo,virulencia. virulencia,
. associaçäo parasitária.FATORES INERENTES AOS HOSPEDEIROSHOSPEDEIROS QUE DETERMINAM PATOGENICIDADE. idade,. imunidade,. padräo alimentar,. doênças intercorrentes,. medicamentos utilizados.. medicamentos utilizados.FATORES INERENTES AO AMBIENTEAMBIENTE QUE DETERMINAM PATOGENICIDADE. Clima. temperatura,
id d l i d. umidade relativa do ar,. pluviosidade,. tipo de solo e topografia,. quantidade e qualidade da vegetaçäo, etc.. quantidade e qualidade da vegetaçäo, etc.
Diagrama simbolizando gradiente de parasitismo por helmintos gastrintestinais em ovinos
Guia para interpretação da contagem de ovos por grama Guia para interpretação da contagem de ovos por grama de fezes de helmintos gastrintestinais de bovinosde fezes de helmintos gastrintestinais de bovinos
GGGrrraaauuu dddeee iiinnnfffeeessstttaaaçççãããooo (((ooo...ppp...ggg...)))GGGêêênnneeerrrooo dddeee HHHeeelllmmmiiinnntttoooLLLeeevvveee MMMooodddeeerrraaadddaaa PPPeeesssaaadddaaa
IIInnnfffeeecccçççãããooo mmmiiissstttaaa --- 222000000 ––– 777000000 >>> 777000000IIInnnfffeeecccçççãããooo mmmiiissstttaaa 222000000 777000000 777000000HHHaaaeeemmmooonnnccchhhuuusss 222000000 222000000 --- 555000000 >>> 555000000TTTrrriiiccchhhooossstttrrrooonnngggyyyllluuusss 555000 555000 ––– 333000000 >>> 333000000BBB ttt 222000 222000 111000000 >>> 111000000BBBuuunnnooossstttooommmuuummm 222000 222000 ––– 111000000 >>> 111000000CCCoooooopppeeerrriiiaaa 555000000 555000000 ––– 333...000000000 >>> 333...000000000OOOeeesssoooppphhhaaagggooossstttooommmuuummm 555000 --- 111555000 111555000 ––– 555000000 >>> 555000000ppp ggg
Teste de redução do o.p.g. Teste de redução do o.p.g. p gp g
o.p.g. médio do grupo controle - o.p.g. médio do grupo tratado Eficácia = o.p.g. médio do grupo controle
x 100
Produção diária de ovos por fêmeas, de alguns nematoidgastro-intestinais de bezerros
Nematoide Produção de ovos por dia
gas o es a s de be e os
Haemonchus 5.000 a 15.000
Trichostrongylus 100 a 200
Cooperia 1 000 a 3 000Cooperia 1.000 a 3.000
Oesophagostomum 5.000 a 10.000
GuiaGuia parapara interpretaçãointerpretação dodo graugrau dede infecçãoinfecção emem relaçãorelação aoaopp p çp ç gg çç ççnúmeronúmero dede helmintoshelmintos adultosadultos ee oo potencialpotencial parapara causarcausar doençadoença
Helmintos Grau de infecção (Número de helmintos) Leve Moderada Pesada Fatal Haemonchus < 400 400 - 1000 > 1000 > 5000 Trichostrongylus < 10.000 10.000 – 30.000 > 30.000 > 40.000 Cooperia < 5.000 5.000 – 10.000 > 10.000 > 25.000 Bunostomum < 50 50 - 200 > 200 > 250 Oesophagostomum < 100 100 - 500 > 500 > 1000
Adaptado de Skerman & Hillard