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ANNO X RIO DE JANEIRO-6 DE ABRIL DE 1907 ."¦:. 013 <»»• ² Periódico Bi-ienur.i' Hninirisiie.o a Illustrndo O amam Aano VJtOOO Semestre ?%000 í •.?:-¦:.; íillílldí «—¦ •¦%#• nedacçâoe ii<(t.iiiils<rn<;-">. IU A I»A .4 **,*•*. F.MBI.Í:A 1*. il: §AUDE JjjULHER Remédio efiicaz para flores brancas, eólicas e hemorrhagias uterinas, obesidade e arthritismo. Activa o utero na occasião do parto. Dkposito GERAL! nroiraria V ACII F,< It.i.i «los .Ai.driuliis n." 50. Rio de Janeiro, e nas drogarias BARUEL, em S. Paulo, e COLOMBO, em Santos. GENTIL OFFERECIWIENTO ty-^yaf-"-! H I '"' i""'1" a""" -Vem cá, meu sympathico, nao fuja- de mim. En sei que tu gostas de dar festas d actrizes. Pois olha, commigo s, quizeres hoje mesmo podes dar duas... bem regaladas... 1 J (R) /:' ><y e' INDISCUTIVELMENTE A MELHOR *«"* "í™^ 'PE-MEôa Indicada para a cura do estomasc COCITO IRMÃO & COMP. CONCESSIONÁRIOS S. PAÜI.O —Rua da Bstaçio, Í3 Oalsçs, 07B Rio de Janeiro—Praça Tiradentes 67 Caóses "7 OI & '•'.--.

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Page 1: nedacçâoe ii

ANNO X RIO DE JANEIRO-6 DE ABRIL DE 1907 ."¦:. 013

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PeriódicoBi-ienur.i'

Hninirisiie.oa Illustrndo O amam

Aano VJtOOOSemestre ?%000

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nedacçâoe ii<(t.iiiils<rn<;-">. IU A I»A .4 **,*•*. F.MBI.Í:A 1*. 7»

il: §AUDE DÃ JjjULHERRemédio efiicaz para flores brancas, eólicas e hemorrhagias uterinas,

obesidade e arthritismo. Activa o utero na occasião do parto. DkpositoGERAL! nroiraria V ACII F,< 1» It.i.i «los .Ai.driuliis n." 50. Riode Janeiro, e nas drogarias BARUEL, em S. Paulo, e COLOMBO, emSantos.

GENTIL OFFERECIWIENTO

ty-^yaf-"-! H I '"' i""'1" """

-Vem cá, meu sympathico, nao fuja- de mim. En sei que tu gostas de dar festas d actrizes. Pois olha, commigo s, quizereshoje mesmo podes dar duas... bem regaladas...

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e'INDISCUTIVELMENTE A MELHOR *«"* "í™^'PE-MEôa Indicada para a cura do estomasc

COCITO IRMÃO & COMP.CONCESSIONÁRIOS

S. PAÜI.O —Rua da Bstaçio, Í3Oalsçs, 07B

Rio de Janeiro—Praça Tiradentes 67Caóses "7 OI

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Page 2: nedacçâoe ii

'hftitl.- -W-, ÍHfVJ ¦¦'.-. ?'.". :'•- -i''»T!I*?nra?»!"? SP ».-....-».,,,.»a.-,.

O RIO NU- 6 DK ABRIL 015 non7

48 JHORASO capií -Ainda n'm acabou de se valorisar,

apezar de todas as artimanhas do Convênio,Comoeu nao percebo grande cousa d*cstns complicaçõesde economia política c oscillaçõea conimerciaes,fui pedirão sr, PantaleSo Heldroegas umas expli-cações para fazer um bonito aqui com vocês.

Agora já sei tudo.O café ú o precioso gr;1o c sú isto basta para

provar ,i sua importância, porque a cousa maisimportante que um homem tem silo os grilos.Mas oqueé preciso, e" saber negociar com ocafé e conhecer us necessidades do mercado Porexemplo: Eu unho um sacco com os grãos. Tenhocom elle o maior cuidado e attendo sempre as in*dicaçOes do fiel da balança que indica o estado dosgrãos.

Quando o fiel se levanta,sei logo que os grfl03precisam entrar em jogo, quando o fiel cahe erica para baixo, é porque o sacco está fraco.

Quanto aos preço; lambem é fácil marcal-os,A questão ó de procura, é de maior ou menor de-sejo Desde que ha desejo, os grAos sobem.

Otkmpo— Tem*se dado uma circumstanciãmuito curiosa com relação ao tempo. Ultimamentequasi que sd ha chuva a tardinha eá noite. A'noiteentão o céu se mostra tSo carregado que pareceque vae chover quarenta dias sem cessar.

Entretanto o dia seguinte amanhece com umsaí esplendido e o tempo levanta.

E' curioso IVerdade seja que desde que completei 12 an*

nos tenho notado que de manhã é que as cousaslevaiítam mais facilmente.

A Cidade—Aquelle enlhusiasmo dos domingosbarulhentos e animados foi muda que passou de-pressa.

Passado o caracter de novidade das AvenidasCentraes e adjacentes, voltamos ri calma patriar-chal do nosso ramerrâo e os domingos passamnuma pasmaceira hedionda.

Quasi nâo se vC- ninguém nas ruas.Km fim, isso é bom signal.Que diabo ! E' muiiu bonito ver aos domin-

gosas ruas cheias de maças, mas, vamos e venha-mos, os mandos passam toda a semana na rua tra-t:aiido da vida, si aos domingos quando elles po*dem estar em casa, ai mulheres sjhem... entãoquando é que elles hão de f... azer alguma cousaptlo futuro da pátria?

Assim é que está bem; mesmo porque os ho-mens, afinal, precisam de um dia de desc-uiço paracuidar das cotisai em Casa, plantar alguma cuusano jardim, dar urna ou duas... voltas pelo quarto,amolar um canivete...

Esta muito btm. Molho Eleed-lco - Industria nacionalnn.iV

UCÇA° -P™*-'«-Outra campanha a Oreidos temperos.- Ue sabor agradabilissimoque oda a imprensa voltou a se dedicai, furiosa- acidulo e picante, delicioso e estimulante. Pódémente e a da Instrucçao que-querem todos-seja ser empregado na sopa, guizado, refbgado, peixeobrigatória, mesmo ue verdade. assado, e 5té no mocotó* k uo, peixe

Mas, isso que adianta ? O mal já cstít feito cnilo tem remédio.

As cousas uma ve/. arrombadas nfto tom maisrecut$o,

CSSD

Felizmente em outro? terrenos a policia temandado fina como Ifl dc k-igado, Haja visto no quetoca os gêneros alimentícios,

lem feito uma fi-scalisaçao onça e npprehendidocousas do arco da velha.

E isso ponco lhe custa, porque nSo faltam porahi gêneros deteriorados. Só na rua do Regente oinspector sanitário prendeu vinte e cinco sras, queali offereciam ao publico bacalhau ardi to.

Um quitandeiro da rua Visconde de Sapucahyfoi multado por ter os tonintes avariados.

Um açougueiro incorreu na mesma pena, poroceultar nos fundos da padaria de uma sua coma*dre, palmo e meio de lingüiça, ja muito estro.*gada.

C853Outro caso grave descoberto pela policia esta

semana, foi o que oceorreu em casa de senhorarespeitável,

Essa dama, que ó solteirona, tem o vicio detomar rape.

Mas, isso muito occultamente.Tanto, que guardava a sua boceta com muito

cuidado, para ninguém vel-a.Porém, um criado da sua casa andava jà ha

dias com vontade de tomar uma pitada, aprovei-tou-se uma noite do somno da solteirona e ati-rou-se...

Não sei si o prejuizo foi grande, mas o casoé que pela manha, a pobre senhora verificou que asua boceta tinha sido aberta.

O criado foi preso e confessou que lhe tinhatirado trez... pitadinhas.

Mas que trabalhos IBasta vel-a nas peças : Apanhando cavacos !Na beirada, Thesoura, Por cima e por baixo D,'costas, etc, para se ficar certo de que 6 unia nr.tista.E1 uma moça illustrndisuima, o que conta pro-ducçOea litterorias de grande valor.Poetiza, elevouse publicando os seus sonetos-

/ 'egetações de nino principiante.Mais tarde deu á luz ao poema O meio dj iituii.do, que lin; deu grande mérito,Tem collaborndo em diversos jornaes, entre ns

quaes cita-se o O Buraco, t) Chupa, a Casa daMoeda.Depois de ter pisado todos os palcos do Riode Janeiro, voltou a fazer parte da companhia doseu descobridor, u emprezario Mambembe.Quem quizer aprecial-a e julgar con

vá ver ii fallecido Rio tVii, onde ella, coos seus co!legas infligem as maiores torturas á ai u'ii grammatica, ao bom gosto, e d alamada revistai

/"ii.

AllIUIlIcioN luminoso* — No principal pontoda Avenida Central e poi lauto sob os olhos de todos.Granel!: lanterna mágica com varias vistas at*trahentes. Informações á rua S. Josí n

Emilio Brondi, cisa Marc Kerrez.

oa,

90, com

Sabonete RTew-York - Para a cutis, paraa toilctte, para o banho e suores fétidos. Aroma-tico e agradável, 6 preo-arado com substancias me-dicinaes. Vende-se na drogaria Araújo Freitas & C.Ourives, 114. "'

Protecpão... agradável':

cg»Os jornaes francezes publicaram ultimamente

novos disparates, confundindo a Argentina com oBrazil e a Bolívia.

Isso provocou mais uma vez protestos da nos*sa imprensa e voltou á baila a velha historia deque os Irancezes nao sabem gecgraphia e não co-nhecem paiz algum.

Nao me atrevo a dizer tanto. Os francezes,tão alegres, tão amigo, da bella da pândega. . na-turalmente devem conhecer perleitamente os pai-zes baixos„

Zè fr delis.

Apoiadissimo. lia por ahi, nesta terra, umaignorância Vergonhosa. Principalmente por partedas mulheres, e isso e muito mau, porque tllas,geralmente, quando se casam ainda não sabem nadae... assustam-se, ficam muito espantadas.

Mesmo as casadas e até as cocuttes brazileirassão muito ignorantes, Nâo sabem fazer as cousaspor processos modernos nem á franceza.

Só servem para mexer as panellas. Mas-va-lha a verdade, n'isso sâo exímias.

Mexem que é um,gosto.FlFI.

i-viioi-al «le ingico i*clotense-l'araa cura das tosses, bronchites, influenza, escarrosde sangue e resfriados.

Deposito no Rio - Drogaria Pacheco, rua dosÁndradas n. 59. Em S. Pauio, Drogaria Baruel & C.

Depositogeral: Drogaria Eduardo C. Sequeira— Pelotas—üstado do Rio Grande do Sul.

COMMENTARIOSAquelle caso da Praça do Mercado ',.,Emíím, quando não sirva para outra cousa

serve para a gente chrismar o coronel Benneck,que pela maneira por que se portuu passa a ser oMalleck.

Um barulho tão grande, tiros, espalhafato, pri-Soes, mobiíisaçqo de uni exercito policial, tudo por-que os rapazes da Praça tinham pendurado umJudas,

Ora, dá-se! Si o Benneck dá para implicar comtudo quanto os rapazes téra pendurado... estamosbtm arranjadinhos..

C00OMas, ]sso é cousa que já lá Vae.Os jornaes protestaram, abriu-se inquérito e

dizem que o dr. chefe de policia vae castigar seve-rameute os bárbaros que arrombaram o pjrtâo daPraça.

Vende-se nas casus de: Teixeira Borges &C. Coelho, Kean & d. Confeitaria Colombo, Mon-teiro Júnior & C. e em todas as casas de pri-meira ordem. Preços vidro 2SB00, dúzia 21$000.

JProlecpão... germânica!..-¦«Uma senhora de edade

allemâ, sendo viuva, deseja en-coutrar um senhor .que a pro-teja; quem pretender, etc.»

A senhorra brecize e dem fondade,De encondrar, um senhorr que a pem brodeje...— Combra um pôde, ê melhor, b'ra sua etade,Guie Frau, e con elle debois 'sdeijel...

Helmer.

Carteira artísticaa Souza IÇíisIom

ls/£. eir-o ei linaE' actualmente um dos typos de belleza e deelegância feminina, que conta a Arte Nacional.Esta dama ê uma invenção do celebre empre-zano Mambembe, o descobridor de mel de píofNas mesmas condições vagam por ahi outras ahonrar o tiieairo brazileiro.Seus princípios foram assaz modestos: come-

çou por costureira, passou a consta .- foi elevada aactriz, pelo seu descobridor.Não tem especialidade de gênero, trabalha emtodos.

«Um senhor deseja prote-^er muito occultamente umamoça distineta, branca, até 22annos. Nao faz questão de di-nheiro desde que agrade; quemnão fdr seria nao se apresente,cartas, etc.a

O senhor, quer manter "occultamente»Uma moça até vinte e dois de edade,'E, si séria não íõr, não se apresente,Dinheiro, nao questiona; ella que o agrade I

Pois bem!... tenho uma moça bem decente,Que commigo nasceu e tem vontade,De unir-se a um cavalheiro, e, quer somenteQue aoceulte, inteirinha, á claridade I...—Si o senhor a quizer, de prompto, a cedo;Nunca se portou mal; sempre tem medoQue alguma lhe aconteça e depois morra...

Mas, si tratal-a bem não se arrepende ;-Verá corai o amor delia, então, se accende,beijar, a minha... Nise I...

Cm Adon.

Quando o senhor

Toulco .rapouez—E' o melhor preparadopara perfumar o cabello e destruir parasita evi-tando cora seu uso diário todas as enfermidadesda cabeça.-Rua dos Ándradas n. 59Pouinua Seccatlva ile S. Lázaro -

lista pomada é hoje universalmente conhecida comoa única que cura toda e qualquer ferida sem pre-judicar o sangue, allivia qualquer dõr como a erysi-pela eorheumatismo-Rua dos Ándradas n. s9

Água Japonesa-De effeito prompto paraamaciar a pelle edar 20 cabello a côr que se deseja.k. to iico e laz crescer o cabello e extirpa a caspa-Rua dos Ándradas n. 59. r

-i_

Valia commum

Futuros 101 vi tos

Quando as plangcntes badaladasJJa meia-noite ouvem-se... Alem1'Ojem o'aqui dez mil ossadas- tm precatória procissão —«Cavando... » esmolas para alguém«ue morra... por outra Eleição...

Jeremias.

i

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O RIO NU-6 DE ABRIL DV. ron-j

Ruci do Ouvidor

J>)em leito, descarado ! Aguentn firme

< O

..... calões

, pntite!Foi pena que nflo te amassassem os ossosate seres mettido n'nm caíxílc

amarellos, transformado em fedunlo !O dcse.inulo c o patife sou eu, que nilo tomo

vergonha no carão e chupo cada osso duro dechupar o de roer.

-Que faria o Vígabundo para passar des-composturas em si mesmo?—perguntarão vocês,com toda a curiosidade.

Eu lhes conto, Fiz a maior molecagem que sepôde lazer na vida.

Bolando ..... meio de pregar uma peça no sab.bado da All.li.ia suspendi da Alfaiataria liarrado Kio a roupn Inteirinha daquelle boneco vestidode encamaclo que costuma estar em pé na portaco... umnnneiriode vidrodegarrafaenll donodedo.

Quando o Casemiro deu pela coisa eu já es-tava muito tra.iquill. na tolda de um bondinho pe-rigo amarelto, saboreando um funnoso charuto delingüiça marca—Deiró.

Ao chegar ao meu ehalet es, de parceria coma mulata, comecei a confeccionar um judas com to-dos os requisitos da arte.

Propinado o troço, botei nas proximidadesdo umbigo do camarada meto metro du paiogrosso.

Depois que tudo estava preparado, disse comos meus botões:

-Vou metter o daninado dentro do primeirocollegio de meninas que encontrar.

Com eíleito. La para as tantas sahi com o ju-das ás costas e fiquei espiando.

Bispei que em um jardim de certa rua, umaspeqnenadas brincavam a vontade do corpo, vigia-das pur algumas irmãs de caridade.

— Ai! que pagode que iãto vae seriPé ante pé, saltei agrade do jardim e cahi

dentro da sala das aulas. Estava tudo deserto.Nem viva alma! EmbáYafustei-me pelo corredorfora e penetrei em um vasto salão cheio de camas.

Era o dormitório das Asyladas, Sem maistirte nem mais gttarte, metti o judas em baixo dacama de timacella. Pela differença de leito pareciaser o da inspectora.

Para apreciar o eftfeto, despi um Santo Anto-nio do tamanho natural que estava n*um altar aofundo, escondi-o no iorro da casa, metti-me no ha-bito côr de rape do frade e fíq-iei um santinho decarne e osso, substituindo o camarada.

Anoiteceu e uma irmã de caridade accendeuas luzes do dormitório.

Lá para as tantas, as meninas appareceram eforam tirando as roupas, ficando umas nuas, outrasem camisa. Ao ver aquelles pernòes, eu, que es-tava fingindo de Santo Antônio, comecei a ficardoente. Mas, depois de passadas duas horas, quandotodas estavam deitada?, uma das alumnas saltou dacama e foi parar ao leito macio da irmã de cari-dade. As beijocas suecederam-se, os suspiros foramtão grandes, houve tal movitlK nto na zona que eu,presenciando aquillo tudo, não pude mais aguen-tar os solavancos do nariz e, ali mesmo, vestido deSanto, cuspi fora da pichorra, gemendo e chorando

neste vale de lagrimas. K quando ia terminando oserviço, fiquei tflo doido que atirei ao cl.íio um cas-tlcal de prata.

Com o barulho a irmíi de caridade pulou dacama e a ahinuia também. Mas no salto, a mo dam aque estava ainda com os nervos fracos perdeu oequilíbrio e no tombo rolou para baixo da cama,onde estava o Judas vestido de encarnado I O sustofoi tremendo! /*. irmã de caridade deu treí berroshediondos. Todas as alumnas pularam das camase, na voz de haver um barbado dentro do dormi to-río, foi tal o pânico que todos os criados do Asyloappareceram armados de cabo de vassoura, cacetese facas de ponta.

Apanhado o judas c reconhecido o pagode tra*taram de apurar quem havia posto o tramb dho ali.

Mas um dos criados, passando pur cima dadisparada que eu havia dado, escorregou e cahiu.

_— Que 6 isso? Si eu nilo fosse um zébroidedizia que era e3permacete.. . da vela dc cera. A'vista do castiçal atirado no chão, gritou um ;

O marreco andou por aqui !Examinem a casa, o forro da casa,o oratório.

Nessa voz, senti pela primeira vez, uni medodamnado. Os patifes veriam o verdadeiro santo noforro c oihar-me-híam,

Resolvi, pois, fugir de qualquer maneira equando pulei do altar abaixo, embrulhei-me nohabito, cahi pnr cima dos castiçae-s, prendi me nacortina e vim de costas ao chão, Com a dor da ca-nellnda fui Seguro- amarrado e depois de levarmuita bordoada, solto novamente, por que tendoos creadoa sabido que eu ern o V.igabundo doRh Nu, acharam graça na pândega e pediram-meainda mil desculpas.

Com o lombo amassado, cahi na rua do Ouvi-dor onde vi que passavam :

Raboeiro — Q homem andava afoubado com aseleições e pulava de contente por ter sido eleito.Trajava casaca de gemido de defunto quando vota,calças de mao de pilão, collete de cangica, cartolade intestinos de judas quando apanha pancada nosabbado de Alleluia e charuto rie mão de vacca.Dançando um maxixe abraçou-se ao

Fè Lippe Nery que também tendo sido vence-dor no preito, cantava íeito gallo:

«Aii meu bem, você me mataDe gosto todo me babo ;Vou dar um beijo, seu Rabo —Eira, no velho Barata '•.

Envergava fr». k de ma.melâo de cadáver gra-vido, collete de nádegas de jacaré de cavaignac,calças de mamão de corda e chápéo de caiaplasn.ade linhaça. De braço dado com os intendentes elei-tos entraram na Confeitaria CoIo'íibo,ahí, depois decheios dois mil copos de chanipagne de abóboramenina, começamos a gritar:

Vivamos eleitos! .-. •¦—-Hip ! hip ' hipl hurrah !

Sapil sapo ! sapol Pemba !Casca ! Casca I Casca ! dura !Maxa I Maxa I Maxa ' bomba !Vaga ! Vaga ! V.iga ! bunda !

—Rabo! Rabo ! Rabo 1 eira !Oh I ferro 1 Tomei uma chuva doidae fui curar

a ressaca 1Vagabundo,

BASTIDORESi/í ac ser vendida a .Casa de Suzana».

T/' Talvez por isto se suspenda a ceremo•j nia do "Casamento do Maxixe*-..'?> O Mambembe, aproveitando as eleiçOes,

que chamou a si todos os cadáveres, foi pira o S.José, onde annunciou a primeira do Rio Nu.

Lú estivemos e palavra ! Si nao tosse o res-peito que devo a mim e ao publico, tinha cohortoo emprezario e os artistas de dores .. de abo-hora.

Ah ! SÍ aquella gente fosse para a lavoura . -Jd nào se diria que a lavoura tem falta de bra-ços !

<¦Uii.mii í'iii:iòi-h — Completo sortimento dccalçado nacional e estrangeiro para homens, se-nhoras fi creanças.— Rua Luiz dn Caniõ*-»-.. 28 A.

(jy Tomou conta do Lyrico um amontoado drim migrantes recém-chegados com o nome de ar-tistas.

E' de esperar qne o calçado íique mais ba-rato.

iv? Dissolveu se a companhia que trabalhavano circo Spine.lt.

Felizmente! Aquillo era um amontoado de gen-te perigosa.

Só Benjamim fazia agente rir de desgosto.0 Esteve na altura que era de esperar a re-

cita do auctor do Dote.O theatro encheu-se do que ha de mais chie ¦.

de mais illustrado nesta cidade.Arthur Azevedo foi delirantemente applaL*-

dido.Muito bem !iy> Ainda dura a lua de mel do Maxixe. Acaza

da Suzana, onde se realizou o Casamento estaráhoje em festas e embandeirada em arco.

£> Desligou-se da companhia do Recreio oactor Marzulo.

Deu causa a este desligamento, uma nova li-gadura.

Os afamados cigarros Caslellões manular-turados em S. Paulo, acham-se á venda nos caiesfava e Cascata.

íyi Corre que suicidon-se atirando se ao canaldo Mangue, a conhecida e apreciada actriz PepaDelgado.

Nao acreditamos !©: O emprezario Pinto Mambembe mandou

que todos os seus artistas (femininos' tomassem aA Saúde da Mull;cr,lon\co do utero.

Eile tem Já suas razoes.íí: Dizem maravilhas da funcçâo de hoje no

Moulin Rorge.Dizem mais que o mesmo prjgramma durará

oito dias.0 A policia vae examinar que jogo é aquelle

que está funecionando na praça Tiradentes com onome de Auto tour.

Bem bom.Cascavel.

DE GRANADO & C.*5 o depurtUivo

mais efiieaz e recoittiiiendado — Rua Pri-meiro de Março 12.

LICOR TI B AIN A

THEATRO ^NORm-AL11 iiaitili sl§ia§atii®

(O «{loiiiíiuho» adormecidono inatio)

Opereta-bi. fa (inédita) de P.ccol.me Scrottari; musica do maestrocav. Fanchionettl

(Frftguieiito}ACTO II - SCENA V

Matto espesso, sem cachorro algum. A} di-reíta Bijou (o fanchulo), deitado de bruços, dormecomo uma besta e resorana como um porco.

Gouveinini e Grégori, entram pelos fundos eparam extaticos, ante o sensual quadro-vivo.

Gouveinini (com calor)Ve Grégori; vê Grégori,

Que quadro bello e sem rival ....— Original.

Fizemos bem, vindo até aqui ..Aqui. .. aqui... aqui.. .A . q...u . .i.. .qui!.. •

Grégori (nervoso)Original, original ..Estupefaciente!...

Mas, nos faz mal; faz muito mal.Eu sou doente. . .

GOUVEININI—E eu sou também...

GRÉGORIEu sinto uni mal estar geral...

GOUVEININIE eu não me sinto nada b=m...

[Approxiinam-se um d) outro, e cintam, «a duo»)—Sae para lá... deixa-te disso,..

Deixa-te disso... sae p'ra lã.,.Eu não vou nisso. .

Nâo vem p'ra cá...—A «coisa» dã num reboliço...

Ou raboliço?..Ou isso...Ou isso ..

grégori (canta, em voz- de niezzo.soprano leggéro;estreitando ao seio o Gouveinini)

-Ai, que saudades do «InternatoDe S. Thomé», lá do Soccorro I...

Eu de cachorra e tu de-gato;Ou tu de gata, eu de cach >rro ;AÍ 1 quantas vezes nós bri icâmos ..E, sempre a rir, nos atracamos i J...

(Pausa)— Isso, passou-se., annos atraz...c. iuveinixi (fugindo eom o corpo)

—No assumpto, nio te alarguei. . mais...Bifou [sonhando, acordado)

- Nunca, jamais, em tempo algum no matto,N'esse Internato, alguém falar se "uviu.Ora, essa voz, que minha fala esciua,Vá para a. ..gruta que... o nascer jã viu...

grégori [em surdina)— Gouveinini, nâo disputa.,.Commigo; pôde, o menino,Acordar-se. E. então...

GOUVEININI—Na luta,

Disputa... no masculino...grégori

Oh! que holophote de espavento Igouveinini

«Quo-vadis?» colossal, de arromba!...ambos

E' de espavento...De arromba... arromba., arromba..,

AiI qne regaloVel-o e cheirai-o e... apalpal-ol....

a fada leirósina [surgindo, inesperadamente)Cheirava-lhes !...

(furiosa)—Velhos devassos,

Estou de guarda ao meu Btjú '.. .Ninguém o arranca de meus braços 1E vccès vão tomar ..

ambos (a una você)— Vae tu...

Vae tu, fada safada.., fada!...

[Traducção livre d'uma... penhora)Ei CARAVELHO,

Page 4: nedacçâoe ii

O RIO NU-6 DE ABRIL DE ipo7

Que é isto que o menino está pondo no rosto com o pó de arroz ?t vazehna.Para que serve isso ahi?!Para segurar 0 pó.

in»'nhaDevída!S?' "^ SaWa' "^ ^ SÓ m6 Uti"SeÍ de VaZelina uma ve* na

Quando, commendador?Na noite do meu casamento I...

VIDA PE CASADOS

- O que mais me encanta em ti, Juliana, e a frescura, o olora alvura da tua pelle. Parece que a natureza ',,-,„

-,lJu,alnatuIrezí-! Eu tenho a pelle assim','graças a BoroBora-c,ca que c excellente para curar eczemas, darthros, etc... A'vendana Drogaria Pacheco. Andradas, 59. '

^eTter^v^

! c ... «v*»*-'»Saúde feita por um valoroso bombeiro áeleita do seu coração:

«Bebo á saúde tua, minha amada, cujosolhos provocam o único incêndio, que a minhamangueira até hoje nâo tem consegnido afia-,: £?n-

Este bombeiro fumava Gavroches, cigarrosfeitos com delicioso fumo á rua Visconde doRio. Çranco. n. .7.

UMA DESGRAÇA

5w;%i»- %a

Como! Pois você™Tudo nao, eu só [foi dhomens actualmente só obsr^m

Pois sim, não 4efiaquer lado serve!

Por conta alheia:Chegaram a Parisdi

que viajavam extra-conjugilReconciliados naquell

marido fez inserir nas folha-« Em con sequei) ciü da

blico que se acha considerar

A mulher -Nao, tem paciência rn^Tenô £l. f- l<tM" **

commodada... e ^^^.^SeT^Z^^S^ttJ^ fV" "¦* Sen'Índ° '"

aquelle tempo fazendo compras... aemorei hoje na cidade, pois estive todoO.MAR.Do-^Está bom, nfio faz mal, vamos dormir F„ t!,rr,k«™ .de dôr de cabeça... ' v""'u3 uormir. Lu também estou com uma pontinhaA mulher—Tens razão. E'muito natural que tenhas dores na *„h*.„. • • .em pontinhas... ^ a°re3 na cabeça... principalmente

mM th pi m

Anlomna tinha um primoQue a achava muito elegante.E elle lhe fez tanto mimoQue ella cahiu... n'um inscante.

E sei que agora está chorando.i provável mais nâo andeTao faceira. Está ficandoCom a barriga muito grande.

— Olha, meu querido, teirf paçi<a espada nos seios. I

-Então, estou te incoratnodai-Nâo, juro-te que«âo. Hu me

sensível. Em outro qualquer ogar

Page 5: nedacçâoe ii

O RIO NU-6 DE ABRIL DE 1907¦--..;

;bmoda de hoje DIALOGO EXTRACONJUCAL

%m ,,.«'¦''H ISSIiiiii^Bl flHffllaHiill Ella—Dc que é que estás rindo, meu amor ?^Plj

* i«í|!||JM ^^^A|ÍI HI HIÍS^IkSíSIíB ELLE-Estou-nie lembrando de teu marido. Ondeé que tu lhe disseste que ias?

m

Ella —Disse-lhe que ia ao dentista.Elle—Ah! ah I Tem muita graça I Disseste que ias a uma casa em que se tira os dentes e vieste a uma casa em

que a gente se pOe... a vontade...

Èiiâ coragem de sahir á rua assim, com... tudo de fora?ejoBdescofnposta pela frente e isso já nSo íaz mal. Os

)stTOm a gente pelas costas.1 ' a-i-n-a alguns que.nao fazem questão, por qual-

ÍoHecções

cie feras, uma do sr. H. e outra da sra. E.,

idade, resolveram juntar stias duas collecções e oárias o seguinte annuncio :legada de minha mulher, aviso ao respeitável pu-nente augmentada a minha collecção de tiras».

IIÉ

FABRICA CONFIANÇA DO BRAZILCollarinhos, Camisas, Punhos, Ceroulas, Colletes, Gravatas, etc, etc. _

HOJE — 85 RUA DA CARIOCA 83 - AMANHAE TÜDOS OS DIAS ÚTEIS

O grande suecesso commercial uunca i-isto -XX- casa nestb genbeo que vehdk tío barato

DINHEIRO HAJA! IDISTRIBUIÇÃO DOS ARTIGOS

1 A VONTADE

Collarinhos de linho,3por....... 2*000 /Punhos de linho, par 1S000 »Punhos de linho duplo, par 1S5UO ;Collarinhos Santos Dumont, 2*o00 JCamisas brancas a 2*500, 3» 4$000 JCamisas Béje, linho orü ?*000 \Camisas Zephir a 2$500,3$, 3$500 48000 JCamisas Zephir superiora 4S, 4$500 5*000 __Camisas com gomma a 4$500, 5$ 5*500 JCamisas cor de palha, fluas, a 5J 6*000 »Camisaspara dormir a 4Í, 5a 6*000 JCamisas para meninos a 2S, 2*500 3*000 0Ceroulas de cretone ou zephir 1$500 JCeroulas de cretone oa zephir 1- a 2*500 e... 3JS0O jCeroulas Béje, linho crú 1*500 (Ceroulas Béje, finas a 3$, 3$500 4$000 ,Meias para homem 1]2 dúzia a 2$, 3$, 4$ e.. 4$500 JMeias para homem 1.2 duzla 5$. 6$. 7$e... 8*000 «,Meias para homem, par a 200, 400,500, 800 1$000 (Meias para senhoras, par a 800, l$000e 1*500 ,Camisas de flanolla a 2$ 2$500 JCamisas de flanella lã a 4$. 4$500 e. 6S000 ,-%, 6$, 7$e 8$000

Camisas de meia de cor a 800, 1$ e........ *f~^0Camisas de meia com golla a 1$000, 1$200 «500Camisas de meia.finas a 1$800, 2$ 2*500Camisas para senhoras a 2$, 3$ nítw,Suspensorios systema Guyot a 1*500 if£üSuspensorios com seda a2í jfínnSuspensorios para rapaz a lg í*áXALenços inglews lr2 dúzia a 1*000, 1*500 e.. 2*000Lenços inglézes oom letrae laçada 1|2dúzia. 2$™}r)Lenços japonezes li2 dúzia a 2$, 2*500 e.. 3*000Lenços de seda pura a 1 $000,1*500 2*000Colletes na moda para horrem a 5*000 e... oíOU"Toalhas felpudas a 400, 500, 800 1*000Toalhasfelpudss, côr, grandes a 1*000e.... 1*500Gravatas Regente a 200, 300, 500 800Gravatas de laço seda a 1$ í*§SSPlastrõesde seda a2$500 3*000Lençóes de cretone a 3$, 3*500 4*000Fronhas com botões alrje 1*500Morim Caxambú, peça de 10 metros. 4*500Lisas para homem, par a 1$ I*o00Guardauapos, dúzia 1$800 2$ até 8*000Lençóes para banho a 2$500, 3* 4$500Colchas grandes a 4$, 6* 7*000Colchas inglezas grandes a 8*, 10$ 12*000

paciência, muda de posição.,, estás me mettendo

podando ingrata ?u me queixo, porque tenho a pelle do peito muitoogar podes metter a vontade...

Costumes para meninos afLenços de seda para pescoço a k,Lenços para pescoço a J$ ,. 1$500

Colchas, Cobertores,'Cretones, Lençóes, Guardanapos, Atoalhados, Morins, Suspensorios, Ligas, Cintos,Costumes para meninos e todos os mais artigos. Pedir listas de preços-Gratls.A VTfiin Todos os artigos desta caaa sao garantidos em qualidade e os preços convencem ao publico,

J\. V ¦lOv1' que nos prefere sempre.Preços marcados como do costume Até a hor» liabltual

Bntrada francaASEGDIR-Todos os dias a mesma BAR ATEZA que nos é habitual

Todos à roa da Carioca 83 DiRiz & Confia

-:.*;;¦?

Page 6: nedacçâoe ii

-.- t. , ,• ¦'^/^n-¦„¦-

O RIO NU-6 DE ABRIL DE 1907

GATO POR LEBREnoite in alta.

Amélia, enfiado numa saia tno curta,, que se lhe viam as pernas fortes, sadias!cntrelinhnse a ler o «Culto dc Venus», reclinndanas almofndas da sua cama rica, de nogueira la-vr.-Kln, quando sentiu que alguém lhe batia a portadc casa. '

-Naturalmente-pensou ella—ó o meu velho.Lorreti ajanella e viu embaixo, parado, na cal-cada um indivíduo de roupa preta amarfanhadaa cabeça um chapéo de aguadeiro, molle, de abasenormes.-Sou eu, menina, exclamou o typo, que outronão era smão o Zé Mochada, lavador de pratosdo restauram que licava no pavimento térreo dosobrado. Cheguei tarde, como vó, e dei com o na-nz na porta.—E agora?—Agora é esperar que m'a abram, rio contra-rio nâo ha outro remédio sinâo dormir ao relento.-Si quizer passar mal a noite, suba...— Nao ha «nuvens» ..

E o ilhéo subiu a escada do sobrado como umacavalgadura, a bater ruidosamente com os pés.Ameba deu llie entrada celle foi para a sala de jantar.ondesentou-se pesadamente cm umacadeira austríaca.—Então, disse Amélia, alam-bicadamente, que trouxe hoje

para mim'.'1-Eu? Nada... nadinha...-Ingrato! Deu-me aquellacaixa de vinho, ha tanto tempoe agora não faz mais caso demini... Deixe estar!—Não diga isso. «Alcmbra-

me» sempre da menina.. .nuncame sáe da cabeça.-Por isso lambem nao oconvido para descansar no meudivan.-CA sei, o senhor Alfredo é

que e o felizardo !-Estima-me muito. Nào écomo você, um unha de fome.L verdade... que e do presenteque disse que ia trazer hojepara mim? '

—Isso agora é meu segre-do... Está ki em baixo no meuquarto, guardado no balui.— Mentiroso J. -Está Ia, está.. Dar-Iho-nei com uma condição.-Diga.me primeiro: iá to-mou banho J

Já se lavou ?-Heim? lavar-me ? Isso éque não.

-Como quer então me abra-çar .'b u uma rapariga limpasi quizer!5

d°U'll>e °S eincoenta.A.<*>sri0je mesmo-Nem hoje, nemnunca!Então quando ?-Quando tomar banho e limpar-se.

occasiâozita.™' P°dÍam°S *V°™^ «ta~Mâ°

a nâ0' vocS ê muit0 porco.Mas dou-lhe os cincoenta fachos.maca^def?3"11. bo,sode onde saccou >™auiaçagacia de notas sujassoaram n-í^3 f,'eP'icar Q"»ndo novas pancadascriada „, P°-rta' C°rreUa íbrir' Kra a Mal™a, aSS. da^tra"

tend°°nde ?"-"-. voltava'áA mulata entrou a cambalear desomno.- Uo I exclamou ella, seu Mochada por aqui !venho passar a noite no seu quarto

Purs,. , es' ca"hôl0 I fez a criada a benzer-se.r-araca tu vuis de carrinho.dorrmin

° ""ra,eS' acudiu Amélia, o sr. Mcchrdadormna ,w quarlü aa sa|a d antar

— En cd me arranjo bem cm qalqner burn-quito.

Dez minutos depois, achavam-se os tres instai-lados nos respectivos poisos. I1', dentro em poucoestabeleceu-se profundo silencio nu casa da ruado Lavradio.

Cerca de vinte minutos rolou o Zé no tapetesem que o somno vidsse fechar-lhe as palpebrns.E quando, muito fatigado pela vigília, ia ferrarbonito, ouviu umrumor cxtr.tiiho.Applicou o ouvido o percebeu que alguém lheempurrava de manso a poria...Arregílou os olhos, mas as trevas não o dei-xavnm ver um palmo adiante do nariz.Quem quer que fosse, approxiniou.se na pontados pés e o apalpou no braço.Quem está ahi? gritou o ilhéo.—Psio! Xuo faça bulha para não acordar seuAlfredo.

E' a menina... pois não 6 ?Sim, sou eu... Aproveitei-me do somno domeu velho para vir aqui conversar... Não tenhosomno...

k

i, m f -.entretinha-se a ler o Culto de Venus

mosques'! tambem Perd' ° "leU' P°r causa dos„,, / ° J"!é0 sentiu como um forte odor de alhoentre asesut'qT; .e*halava,m as "»«» que tinhaentre as suas, callejadas pelo rude mister em ouese empregara desde pequeno. qseml^™' Si s?ubesse '«"Io "ie estimo, nãoseria tão ma para mim.-Má ? eu não sou má...— Bem que é.versiTr ™meqUe

"a° S0U' a,iás nâ0 teria ™do con-versar no escuro com você.se entenáde'm0elhór;.NO e5curo é ^e ™a Pessoa

pesco-od^,','3''-1 .p"PeS°u uma beiJ°=a ''nsulsa nopebtovo Qà sua visitante.cheiro"Hf/5'8' Como se" Mochada é pechin-cneiro gosta da gente, mas não cae com os cobres!i~dio, ia isso caio... protestou o ilhéo nu«ando para si a mulata eneanzellada, pois o leitora deve el-a reconhecido pelo chei cTcaracteris-tico do alho e da cebola. .-"adens

Súbito ouviu-se um fracasso enorme na co-sinl.n, um como barulho dc pratos que se quebramno tijolo do soallio,

Mochada, apezar de agarrado ;í sua conipa-nheira condescendente, sentiu a evaporar-se lhe dosbraços, ficnndo dc cara a banda. «*,

Mas. resignado como todo bom bufguez, dei-xou-n ir-se e. já cnnçado da vigília, adormeceuprofundamente c entrou a roncar como um porco.A's cinco horas da manha despertou como decostume,para pegar no rude mister de lavar os prn-tos e o resto da louça do nstaiirant.

Via-se dentro do quarto da casa da hetaira.Reuniu então as idéias e recordou-se da scena

deliciosa que horas antes tivera com a mulher-zinha com quem mais se linha engraçado na suavida -

Pulou fora da cama e correu a enfiar as calçasc a vestir o jaleco. Levou depois a inflo á algi-beira e tirou o dinheiro para elleetnar o paga-incuto da bella hospedagem. Ia dirigir-se para asala de visitas, quando topou com Amélia, que cos-lumava levantar-se cedo alim de ir ao banho nolíoqueiráo.

—J.-i de pé?—exclamou ella.Tenho de pegar no ser-viço. Tome lá oscincoenta /«-c/ios, menina.

Que é isto?—- E1 o dinheiro que lhe

promeüi.Está doido! Guarde-o.Depois que se limpar,,, en-tão...

Ora essa ! a menina est.ia caçoar commigo! Pois nãoestivemos juntos esta noite?

Onde ?Lá dentro, no quartitoda sala de jantar.Você perdeu o juizo, ho-

mem IAi! perdi! Então diga-

me lá uma rousa.Foi ao quarto e de lá irojxe

uma coisa encarnada e um parde chinelünhas de bnhiana.

JJe quem sáo estes trú-ços? Sei lál

JNegue agora, si é capaz fEbta saia ò da Malvi-

na,—E estas chinelünhas?

Sáo também da Malvina.Holasl Si a menina ne-

ga, então o diacho me carre-gu.t! Viva lá' Nao me apanhaos cincoenta mal réis

E sahiu furioso, descen*do as escadas n'um charivaride mil demônios.

Ao entrar no restuurant, cujas portas já esta-vam abertas, perguntou-lhe o caixeiro mais ve-lho:

Oh ! Zé, onde passaste a noite?Cá em cima, no sobrado, com a menina

Amélia.Ora vae-te para o diabo, raio de ilhéo.Palavrinha! Mas tambem custounie cín- ¦

coenta mal réis.A' tardinha, o Y.é Mochada, no mictorio dorcslaurant, lastimava a sua aventura nocturna.Cara-ífae havia custado a hospedagem !Corretí immediatamente ao pharmaceutico, quelhe entregou um frasco de pílulas de Sandalo Midy,recommendando a mais rigorosa dieta:

Nada dc carne de porco, nem peixe, nemapimentados, nem vinho, nem cerveja... nada Iabsolutamente nada j

D. VlLLAFORTE.«Sr»*.- •í ¦-?:,'*- »í?^<5s «3fr*$4&x »SH%^& 04 í fe «S*>#Oí SfHlí^H- ^io^nmvmsmm_m «w fíU - t,amo de luxo

yJM mimam

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SSJPJECIJJL ^ _ .. j, .sm%^. «*h» CHIO ®H^ «HH» mjHHSH SHIO «HH»«*>$'?<¦& mpiHss »a^?^*s=í^hs»

Page 7: nedacçâoe ii

O RIO NU-6 DE ABRIL DE 1907

C^RTEIR^PE UM PERU' IBritre vellios

-vtrS.

i\ 1!dor

ugo, som ser Victor, irocou o esqui/',- dnM Silveira Martins, pelas nnnelladns unslenliis da Avenida, li talado liminar-

unia noite <ii

Icsti.

_. O Schoppe, depois ele pho,., tographar

iodas as icesngh/s cu (In Urra, pretende montarL,', ellas uma typograpl.in, que receberá o jjoiii-uosoiiome sle «Kntra, zympathico»."

__ O Palharts (imperador das creonlns), indoestas a uni sorongo, topou rou a chei-

o exclamou,todoperipatlietico:-«Ulim! Dei-"riú-niii¦ i> lei s.iiia.., meu bem, que cu ts: da-

r'j a A Suittle da Mulher, tônico du utero.-7üdr. Má. Mi.galh.1o, especialista da mo-

bíiiidulhas, prescreveu a Meleka o uso dia-"omictipioa de cascas tie romã. cun bastam'*

.. Ira litime contra a frouxidao das partes... ai'-

fectadas.|»an-Alllcrica«IOÍI—Nova marca dn cigarrosdeliciosos. .

V Marguente deitou lia tempos futacaz parmu anjo... papudo, ainda virgem, e quer passal-oaeora pelas engulideiras.'"

_ A Jtidith de Macedo trouxe do Rio Grandeuma lingua tão saborosa, que os seus admiradores

presentes a futuros, que a visitam, pedem logo,como prato especial: «Lingua do Rio Grande commôlliode saliva».

Uma delicia I_ A Dulce, que em tempos idos chamou-se

Guilhermina (Pellada), diz que a Rosicla é sua ir-má, mas para mis éa Carolina do 157, ninho dosAmores ; emquanto a outra é falsificada.

Lembra-me bem que as via sempre juntas noLargo de S. Salvador.

A Carolina cum a actual Dulce, que por si-

gnal andava sempre de chalé na cabeça, que suamae, salvo soja, mandara pellar.

O nmerico e o Sor... minto andam em umarochura forte com a liliza e a Maricota do 48, Bu-raro da Lagartixa.

Aos domingos os dois camaradas dão um ban-

qutte para assim serem agradáveis ãs suas dulci-néas- .. J- 1 c- 1

Que boas paccas, que ate lhes dao A Santeda Mulher prodigioso tônico do utero.

Aos apreciadores de bons ciganos, recommen-dam-se os afamados scaslellftés á venda nas cha-rutnrias Paris, Palace Theatre e Maison Moderne.

A Sacco de Pei... precisa de um criado"para tomar conta de uma hospedaria senn-nio-

derna.Trata-se na zona Lavradio na ultima centena

do burro.N. B.—Não se precisa de intermediários.

Apezar de todas as tentativas da Maria daLuz em mandar grande quantidade de coupons,nem mesmo assim lira o 1" lugar 110 concurso debolleza, pois a Esmeralda, desla vez, passou-lhe aperna.

Quanta prétenção!Vimos ha dias uma carta endereçada para

juiz de Epra que dizia assim:« Sinhá Mineira, .

Feço-lhe enviar-me seis patrícias para escolha,pois as que tenho vão ficar na rezerva e não possopassar Stm o toucinho mineiro, apezar do nossocarioca nao ficar atraz.

Sabe? Aquelle pé de violeta que ha dois an-nos me enviou, estú ficando murcho, por isso vaeficar também eseostada (a violeta).

Seu do co...ração.— Duque das Moças».—A Gallinlia do Regimento está de ciúmes,

pois disseram lhe que o seu menino Bastmhos iaser raptado; eila armou-se de uma navalha de doispalmos e tocou rasgaria para o Soares apanhandoa Lulú pombmho em doce idyllio cum seu apaixo-nado.

Foi um desastre, pois d'ahi ha meia hora, o na-riz da Lulú estava aos pés da voliente Gallinlia.Tudo porque ella tomou a A Saude da Mulher,que se vende na Drogaria Pacheco, Andradas 59.Í5.U BijOU de ia fílode.-- Grande depositosle calçados, por atacado o a varejo. Calçado na-cional o estrangeiro para homens, senhoras ecreanças. Preços baratissimos, rua da Cariocans. 7-i e 76, (antigos MU e 14JJ, próximo ao pontodos bonda de Villa I-abcl.

Chegou, por fim, á Campos o menino Re-nato, sendu i-_-eebidu pelu grupo «Pudera esta Pai-xão» acompanhado pela banda do Zú rias Goiabas;apezar de se encontrar co.n a sua Lagartixa, o Re-nato ia um pouco abatido e triste.

Pudera! Pois em viagem matou tres burros eainda chegou com o trazeiro avariado.

Liisgua de Prata.

pi wÍ^Élfe#yÍ

"lu, que vaes casar a tua Maricota, deves ir:'i rua ria Carioca .\ó, A Industria National, com-prar as bellissiuins camisas, corpinhos e saias bran*cas.

Obra primorosa !Teu futuro genro poderá comprar, também,

collarinhos, punhos, meias, gravatas, ligas, creton-nes, morius, tapetes, sabonetes, atoalhados, col-chás.

E quando os filhos vidrem, ja" sabes: ,ili habrinquedos de todas as qualidades.

U melhor puiiíicador do sangue é o-•LICOR TIBAINA—

De Granaslo & C. — Rua Primeiro sin .Março 12.

mYmVMÕ 19li Õt/líÕRecebemos, para a devida inscripçúo, mais os

seguintes postaes :

Lúlú é uma creança. Mas, npezar ria minhavalentia em manejar cabides, temo-lhe o braço.—Clara Portuguesa.

Não ha gozo que se compare ao de um pi lequede ether. - Augusta Mulata.

A lingua do Brandão vale mais que todas asoutras linguas de vaccas reunidas. — Esther Ber-geral.

SÍ não fosse o Thomaz, o meu annel nunca teriaido para o prego. — Cecília Húngara.

Só tenho uma única ambição : é passar por rica.—Marieta Freitas.

Si não fora o abacate, a Cinira nunca teria gos-tado de mim —Costa.

0:illt>|>ellilia Único infallivel exttrpadordos callos, não impede andar calçado.— Rua dosAndradas, 59.

fflí-dri -"-es de um "Choro"

(Ao C.ADULOSO)

Sois desta lesta a nymplia rutilante ITendes na face um rosiclér de aurora IDo império da belleza sois senhora,E pisaes corações a cada instante I

A estrella azul que brilha láo distante,Ao vosso lado ímpallidece e chora IDe perfumes fundiu-se a própria FloraNa vossa rósea bocea inebriante I

E eu vos adoro como um desvairado ILonge de vos, os dias mais risonhosSão tristes como a dôr de um condemnado I

Sobre mim vosso amor ordena e pôde,..Que respondeis, senhora dos meus sonhos ?

Qtui, doto ! Voei: pensa que m'llióde ? !

Armando Sacramento.

do l>r. Eduardo Françaadoptaslo na Europa e nor^£r\ hospital de marinha.Lfl^LJ? BEMEBIO SEM GOR-

ddka. Cura ei-ficàz das moles-

A tias da

pelle, fe-

PREÇO. 3$000DEPOSITO uo

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114 — Ourives — 114S. Pedro, 90 — Na Europa

Carlo Eiiba—Milão,ridas, empingens, frieiras, suor sios pes, assaduras, manchas, tinha, sardas, brotoejas, go-norrhéas, etc.

COISAS ELEITORÀES

ÍUK Aniceto Porta Larga, apezar de casadoJ( com uma fi-ra de ciúmes, tem cachaça pela

política, Para elle não ha quem o ex-ceda no fabrico de uma acta falsa! L'm tribofebem leito 6 com elle ' ü Rapadura tem n'elle umdos maiores auxtlinres. Amigo Íntimo do Zoroas-tro, o homem prometteu vot.ir duau vezes nas elei-ções de domingo.

Cumpriria a sua palavra, discutia enthustasma-do na sala de visitas com o Papa-ovo, políticotambém da geinma e cabra bom no manejo damarreta.

Escuta, Papa-ovo, salvei a situação, (que mi-nha mulher náo ouça). Sahi de casa disposto a fa-zer uma patifaria. Quando cheguei ao lugar apro-priado, encontrei-a tao formosa, deitada de papopara cima. Tive ímpetos de beijal-a. Era nova,vestidinha mesmo a caracter. Na hora das falas,approximei-me d'ella. Fitei-a com amor. A lendaestava tão vermelliiiilia, tão appetitosa... Eu mebabava todo de gosto. Tremulo, sem acçao, mettia máo no bolso das calças e puxei-a parafora.

Era branquinha, de meio palmo de tamanho,lisa... Fui chegando... chegando.. Bem juntinhod'ella, com toda a delicadeza, introduzindo tudo —tudo. . Ella escorregou pela fenda a dentro...

Com uma fúria a mulher do Porta Larga, queestava escutando a historia, toda contada com umavolubilidade nunca vista, appareceu como um raioe segurando-o pelas orelhas interrogou :

Que introduziste na tenda, patife! Q«al foia coisa que tiraste do bolso das calças, maroto?

A cédula, mulher, a cedida! Metti-a de umavez só na tenda da urna e náo me arrependo disso!

E vote-se com uma bicha d'essas !Chopp.

Loterias da Capital FederalEm S do corrente, ás 3 horas

100:0049$000 INTEIROS 3$2ooPedidos i Companhia de Loterias Nacionaes

do Brazil. Caixa Postal n. Al —Rua Io de Março 38.

Filho... ás ordens!«Si alguma senhora grávida,

que desejar dar seu filho porque náo o possa criar ou nãoqueira, mme. Josephina tomacomo seu, mas com a condição?de não entregar mais; quetuestiver nas condições, etc.»

—Madama Josephina!... Espere... attenda!...Não queira se afobar, tão de repente,Venha na redacçao talar, co'a gente,Podemos-lhe fazer essa offerenda !...

Peça, madama, a Deus que lhe de,,, fenda,Em acceitar d'alguem, um i/inocente;Nós, nâo lhe arranjaremos, um, somente,Mas, dez si vier depressa ã nossa tenda I

Olhe ! chegue até cá !.. . O Escaravelho,O Velo, o Barriguinha, ou o VagabundoQualquer delles, lhe arranjam um bom fedelho.

Si acaso, se negarem, pôr no mundoA creança, eu lhe darei um rapaselho,Do qual tu ando grávido e fecundo 1

Cm Adon.

Xarope cio Bosqru.eCura todas as mnlnstiss d" peito.

Oa-vaçâo

Centenas: 0O9, 33S, S1T. 473. Í526 e 151Dezenas: OS», 35, 17, 73, SIS e SI.

Chico Ficha.

Page 8: nedacçâoe ii

JO RIO NU- 6 DE .ABRIL DE JJJ07

DIALOGO E... FRANQUEZA

mais f&fg&^Í^J?.*** qU6te arao 7'- °lha i™'" V» * maior ambição da minha vida, a cousa queSi fLLA (apontando para o peito acima dos autos) - O meu coraçãoElle (cerrando um pouco) — ... Mais abaixo... '' ¦'

oüiioA iixtuli Extraordinário romanceA'd-f<»í' ReP°rter (Gastffiò Bousquet)A 1$000 em nosso escriptoriô

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