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Revista Natural

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colaboram neste número: Carlos Campos Ven-tura, Claudina Navarro, Charlotte de Bourges, Da-niela Baum, Esther Mira, Jean Claude Rodet, Manuel Nuñez, Morgane Duvivier

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CURSOS

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Aulas de Língua Chinesa

» A partir de MaioLocaL: EAN – Estudos Avançados de Naturologia

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» Intervenção de Maytreyi Amma sobre o tema Do amor Humano ao Amor Divino seguido de uma sessão de perguntas e respostas, Darshan (Bênção) e Bhajans (Cânticos).

» COnfeRênCia e DaRShan “DO amOR hUmanO aO amOR DivinO”

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curtasAdultos podem dormir pouco �

Grupo induz overdose para provar ineficiência de homeopatia �

Estudo descobre proteína que ajuda no tratamento da diabetes �

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Durante a estação fria, o nosso organismo pode ser mais sensível às diferenças de temperatura, ao vento, à humidade invernal...

TExTo Jean ClaUDe RODet » FoTos D.R

Em qualquer circunstância, a prevenção impõem-se! A boa escolha dos alimentos e certas medidas de higiene podem permitir atravessar o Inverno com saúde, em forma e com toda a energia que as nossas actividades quotidianas nos exigem. Para viver um Inverno em harmonia, eis algumas sugestões alimentares.

Cereais. Aveia: Em flocos, creme, germinada. A aveia aquece o corpo, é rica em silício e em lípidos assimiláveis.. Quinoa: Muito rica em proteína, bem equili-brada em ácidos aminados essenciais, em lisina (muito útil para os vegetarianos e indispensável para as pessoas que não consomem lácteos).. Arroz: Muito equilibrado, favorece a elimina-ção das toxinas (recomendado em monodieta invernal). o grão redondo parece preferível para a estação fria, enquanto o grão longo é aconselhado para o Verão.

. sarraceno: Gerador de calor, este cereal contém lisina e rutina que o fazem ser recomendado para a protecção dos capilares sanguíneos, contra as frieiras.

Leguminosas/Oleaginosas/Farinácios. Lentilha: Rica em glúcidos de fraco índice glicémico. Estimula o estômago, expulsa a bílis e os humores viscosos.. Grão-de-bico: Energético, com bom teor em cálcio. É um anti-séptico urinário, interessante pelas suas fibras e útil para tratar problemas de garganta, constipações, faringites.. Castanha: Este alimento farináceo alimentou gerações de camponeses em período de escassez. Útil em caso de tosse crónica. Emprega-se em sopas, saladas ou em farinha para confeccionar bolos.. Noz: Rica em cálcio, é uma oleaginosa calórica por excelência para a estação fria, recomendada em caso de pessoas friorentas.. Pinhão: Rico em fósforo, tem a reputação de curar tosses, doenças dos brônquios e serve para colmatar carências em vitamina F.

O Inverno está aí

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Nota: Consumir as leguminosas, alimentos farináceos, acompanhadas de plantas aromáticas para obter uma boa digestão e evitar os inchaços e gases intestinais (escolher as cebolas, a segurelha, a salva, o tomilho, o cominho, a menta, a chicória...)

Açúcares e adoçantesMéis de eucalipto e de abeto: os mais recomen-dados para tratar as anginas, as dores de garganta, a tosse, porque são anti-sépticos pulmonares. . seiva de ácer: Açúcar natural rico em ferro, este adoçante é recomendado em caso de deficiência energética invernal.

Condimentos. Miso: Não pasteurizado, o miso é uma fonte de enzimas benéficas para a saúde imunitária e gastrointestinal. Uma tigela de sopa de miso por dia evita o médico, afirma um provérbio, tantas são as propriedades terapêuticas deste superalimento.. Levedura de cerveja: Anti-anémica, reconstituin-te, a levedura favorece uma melhor resistência à fadiga. Usar salpicada sobre os alimentos (salada, cereais, legumes) no momento de consumir.

. Pimenta: Pelas suas propriedades tónicas e anti-sépticas foi recomendada pela escola de medicina de salerno para acalmar a tosse e baixar a febre.. Gengibre: É tónico, aquece, é febrifugo. As infusões de gengibre ralado são aconselhadas para prevenir a gripe, a rinite e constipações...

Frutos . Figos: Desde a Antiguidade, os figos são utilizados para eliminar as mucosidades peitorais e tonificar os pulmões.. Tâmaras: A tâmara faz parte (com a uva seca, o figo e a jujuba) dos 4 frutos peitorais a utilizar em caso de tosse, bronquite e amigdalite.. Fruto da paixão: Rica em vários minerais, este fruto muito aromático é qualificado entre os melhores frutos exóticos do Inverno.

Legumes. Cebola: Desde sempre, a cebola é recomen-dada em casos de fraqueza pulmonar, contra as anginas, a tosse, a bronquite e mesmo a gripe (em associação com a salsa).. Aipo-rábano: o sumo emprega-se em caso de

tosse convulsa, catarro crónico, mucosidades excessivas, angina, afonia (gargarismo de sumo).. Abóbora: Pouco calórico, este legume é rico em pigmentos anti-radicais e contém oligoelementos preciosos (enxofre, zinco, cobre, magnésio). Verdadeiro legume de Inverno.

Bebidas. Vinho tinto: Fervido com canela e cravinho, é um anti-gripe tradicional dos cultivadores de vinha franceses. Beber ½ copo, muito quente, ao deitar. Escolher os vinhos mais ricos em polifenóis.. Elixir Biofloral Inverno: Um elixir de vitalidade composto de plantas que permitem fazer face aos problemas das mudanças de estação.

Queijos. Roquefort: obtido a partir de queijo de ovelha, este queijo com manchas esverdeadas é considerado um “antibiótico rural” útil para a estação invernal.

Higiene. Propólis: É o antibiótico natural polivalente que produzem as abelhas. Utilizar 10 a 15 gotas, 3 a 4 vezes durante o dia para lutar contra as afecções da esfera respiratória (angina, faringite, rinite, sinusite, otite...). SOS resfriado (Sanoflore): Vaporizar 2 a 3 doses no peito, nas costas, na nuca e friccionar vigorosamente para fazer penetrar a actividade anti-séptica dos óleos essenciais.. Spray respiratório (Sanoflore): Uma sinergia de óleos essenciais purificantes para lutar contra as eventualidades do Inverno, reforçar as defesas naturais e sanear as vias respiratórias.. Inalação (Sanoflore): Mistura de óleos essen-ciais para libertar as vias respiratórias entupidas. Deitar algumas gotas num lenço e inalar à razão de 3 a 4 inalações, 3 vezes por dia.. Difusor de óleos essenciais: Sanoflore apre-senta um aparelho que permite uma purificação da atmosfera de maneira muito eficaz. Prever uma difusão durante 20 minutos para um quarto de 20 m2.. sais de banho da Guerande: Aceleradores da eliminação dos ácidos metabólicos tóxicos, os banhos de sais são activos contra a fadiga cor-poral. são usados desde a época galo-romana.. Cera de abelha: A cera de abelha contém natu-ralmente substâncias desinfectantes. Utilizada para a manutenção dos soalhos, a cera purifica o ar das casas. É portanto uma prevenção das doenças respiratórias especialmente indicada no Inverno.

Este é portanto um resumo com grande escolha de meios para permanecer saudável durante o Inverno, graças aos numerosos benefícios que nos oferece a natureza benevolente e generosa.

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Viver com plantas

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sendo possível adaptar algumas plantas de exterior e interior, desde que tenham luz e de vez em quando sejam arejadas, damos-lhe a conhecer as possibilidades que tem para decorar a sua casa de verde.É importante fi xar algumas dicas: os vasos grandes e pesados difi cultam o transporte para arejar. Uma solução prática é os vasos de plástico, cujas imitações de ferro forjado ou cerâmica enriquecem a decoração.Na hora de lavá-las, o melhor é pô-las na banheira e dares-lhe um duche.As folhagens coloridas ou mais claras precisam de mais luz. As mais verdes e escuras aguentam melhor o escuro, e não se esqueça que é preciso mudar sempre a planta do vaso inicial para um maior – as raízes precisam de espaço.

Aromas na cozinhaApesar de ser fácil fazer uma fl oreira com ervas aromáticas, existem algumas combinações proibidas: a hortelã tem de fi car à parte, pois uma vez que cresce o triplo das outras, vai dominar a terra. Também o alecrim é muito agressivo e robusto, logo deve estar isolado.De resto, pode misturar sálvia com manjericão, diversos tomilhos, cebolinho, salsa e coentros. Deve-se regar sempre por cima, podá-las e colher, cortando com a tesoura de poda para não fazer feridas, sempre de fora para dentro.

Plantas no quarto: sim ou não?As plantas durante o dia fotossintetizam, absorvendo dióxido de carbono e libertando oxigénio. À noite respiram o nosso oxigénio, devolvendo dióxido de carbono. Por outro lado, as condições do quarto podem ser prejudiciais à planta, por condições de pouca luminosidade, de baixa humidade, principalmen-te em ambientes com ar condicionado.

Casas de banho verdesos cactos são plantas ideais para quem não gosta de mexer em plantas 4 precisam de humidade e alguma luz.os juncos e as orquídeas gostam de humidade e pouca luz.

Na salaUma sala grande pode ter estrelícias (necessita

Na hora de escolher as plantas a ter em casa, há que ter em conta as dimensões da divisão, a exposição solar e as condições ambientais. Saiba quais as espécies mais adequadas ao seu lar.

Quando os consumidores são produtores

e se produzirmos alguns alimentos que consumimos? Foi nisto que dinis dias e pablo Hernandez pensaram, ao abrirem a loja Cognoscitiva em 2003, em Lisboa. A ideia – a de implementar um conceito até à data inexistente em portugal – consiste em disponibilizar produtos biológicos certificados, promovendo o seu auto-cultivo caseiro e a auto-suficiência do maior número de espécies consumidas no dia-a-dia.desde terra, sementes e fertilizantes, a sementes de variedades comestíveis comuns, mas também exóticas (como amendoins, bananeiras ou cafeeiros) a Cognoscitiva dispõe de tudo o que é essencial para qualquer pessoa se iniciar na jardinagem biológica, em lojas hoje existentes em Lisboa, Leiria, Coimbra e porto: “Qualquer pessoa com uma marquise, varanda ou com um pequeno canteiro de jardim pode tornar-se auto-suficiente num número considerável de plantas, nomeadamente, de plantas aromáticas e medicinais”, explica dinis dias.Aliás, para o responsável, esta é uma realidade que tem constituído uma grande surpresa para o número crescente de pessoas que se têm iniciado no que denomina de “auto-cultivo biológico em contextos urbanos”.Na verdade, se se tiver em conta que a dependência actual da distribuição alimentar e, por conseguinte, dos combustíveis fósseis para se obter os mais básicos géneros alimentares, condiciona os preços dos mesmos, “faz cada vez mais sentido, pois é mais saudável, ecológico e barato”, ressalva. dinis dias também partilha a opinião de que a procura tem vindo a crescer, sendo fruto de um processo de consciencialização e sensibilização da socie-dade em temas como ambiente, ecologia ou alimentação. mas confessa que as diferenças podiam ser ainda maiores: “A maioria dos produtos biológicos nacio-nais – salvo algumas excepções – ainda não apresenta uma notória diferença de paladar comparando com produtos de agricultura convencional; se a qualidade saltasse à vista, à boca e ao nariz, seguramente teríamos mais consumidores de produtos bio em portugal, mesmo que estes fossem ligeiramente mais caros”.

de alguma humidade e luz), bonsai (luz pouco directa, a rega deve ser espaçada e a poda anual).Para junto das janelas, escolha ligustrus, hibisco – que não gosta de sombra nem de excesso de humidade – ou buxos – uma planta talhada, típica do jardim português para uma decoração mais romântica.

Cogumelos dentro de casase hoje é possível ter à mão alfaces, salsa e tomate, porque não cultivar também cogume-los em casa?A ideia foi desenvolvida pela empresa Micoplant – tem apenas de encomendar um kit de produção doméstica, uma espécie de embalagem de papel com pequenos orifícios, em dois tamanhos.Se fi zer o pedido durante o Inverno escolha um local quente e no Verão um ambiente fresco – em ambos os casos deve evitar a exposição ao sol. Depois de 22 a 30 dias, após

a inoculação, irão surgir os primeiros pontos brancos que vão dar origem aos cogumelos.

Compostagem domésticase tem jardim e lixo orgânico pode fazer com-postagem caseira. Para isso só tem de adquirir um compostor, uma espécie de contentor em plástico onde pode depositar folhas, papel e restos de comida que se transformam numa espécie de adubo ou composto para ser usado em relvados, vasos ou canteiros.

No trabalhoA maioria dos escritórios reúne as condições para as plantas de grande porte com folhas compridas e largas se desenvolverem. Como exemplo, as dracaenas aguentam mais som-bra do que os buxos ou os ligustrus e as kentia preferem um ambiente arejado, sem sol directo.são óptimas para limpar com um pano embebi-do em leite, deixando as folhas luzidias.

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Os óleosessenciaissAúde

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As essências naturais das plantas são secreções naturais e são a base incontornável no fabrico de óleos essenciais.Cada óleo essencial possui virtudes tanto tera-pêuticas (respiratórias, musculares, anestésicas, digestivas…), como psicológicas (calmantes, purificantes…).E importante utilizá-los da maneira mais adaptada em função das respectivas propriedades. É preciso saber que o óleo essencial puro não deve ser posto em contacto directo sobre a pele, devendo ser diluído.A mistura de vários óleos essenciais com propriedades próximas leva a uma mistura mais potente.

As técnicas de extracçãoAs etapas de fabrico dos óleos essenciais variam em função do resultado procurado. o método de extracção é diferente em função da planta utilizada (flores, plantas aromáticas, frutos…).A destilação com recurso a um alambique permite separar facilmente a água aromatizada do óleo essencial puro. A pressão a frio é principalmente utilizada para os óleos essenciais de citrinos: recuperado directamente na casca, o líquido é centrifugado para recolher unicamente o óleo essencial.A extracção com recurso a solventes consiste em dissolver o óleo essencial puro num solvente que não se mistura com água.

Os principais métodos de utilização dos óleos essenciais…Muito potente, o óleo essencial não pode ser aplicado puro sobre a pele. É preciso juntar um creme ou um óleo de base (girassol, amêndoa doce…) para aplicar directamente sem risco.o óleo diluído penetra na pele, atravessa a barreira cutânea, atinge os vasos sanguíneos que o difundem através do corpo.

Desde sempre, as plantas oferecem o melhor de si para responder às necessidades do nosso corpo. Muito apreciadas pelos seus perfumes envolventes, os óleos essenciais aliam prazer e bem-estar! Faça dos óleos essenciais um trunfo para a sua saúde!

Os óleossAúde

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a massagem com óleos essenciais, o prazer de um momento de excepção…As massagens com óleos essenciais são muito efica-zes para relaxar e melhoram o estado geral de quem é massajado, dando-lhe um bem-estar incomparável.os óleos essenciais de rosa, limão, coentros são ideais para uma massagem bem feita e um bem estar absoluto! Zoom sobre o óleo essencial de rosaos laboratórios propõem o óleo essencial de Rosa Rubiginosa, muito apreciado e particularmen-te reconhecido pelas suas qualidades regenerado-ras amaciadoras e tonificantes para a pele, ideais para corrigir certas marcas do tempo…As qualidades terapêuticas deste óleo são impres-sionantes, ligeiramente depurativo, cicatrizante, anti-espasmódicos, laxativo e afrodisíaco, a rosa esconde nas suas pétalas segredos contra o envelhecimento cutâneo, a impotência e a frigidez, a fadiga, o stress, as dores de cabeça, de garganta e ainda outros! o seu perfume particularmente agradável intensifica o bem-estar, e portanto a qualidade da massagem…Escolha as mãos que lhe façam descobrir o poder dos óleos essenciais, tendo também prazer!

Quando a hora do banho é uma fonte de bem-estar…Um banho por si só já é bom! Um banho com óleos essenciais é melhor! Lavanda, ylang ylang, sândalo branco, bergamota, manjerona são muitas vezes escolhidos para diluir no banho, a fim de se aproveitar ao máximo as suas vantagens.Zoom sobre o óleo essencial de lavanda…Com o seu perfume fresco e penetrante, a lavan-da oferece pelo seu óleo essencial numerosas vir-tudes para o corpo e o espírito. Particularmente relaxante num banho, as suas propriedades sobre o sistema nervoso são muito apreciadas.Muito eficaz para lutar contra as dores de cabeça, o stress, a angústia, o óleo essencial de lavanda tonifica e possui numerosas qualidades terapêu-ticas (analgésica, anti-depressiva, anti-inflamatória, cicatrizante, desodorizante, parasiticida…).Um bom banho graças às virtudes das plantas intensifica o seu prazer!Respire uma atmosfera sã, desembaraçada de micróbios! A difusão de óleos essenciais permite proteger-se contra as infecções, respirando um ar agradavel-mente perfumado. Além disto, graças a esta técni-

ca, ajuda o Planeta! A utilização de gás propulsor e de produtos de cheiro químico é substituída por perfumantes - desodorizantes naturais, que têm além de tudo um efeito benéfico para a saúde. Laranja doce, mandarina vermelha, camomila, canela, odores a difundir segundo o seu desejo…Zoom sobre o óleo essencial de laranja doce…Para além do seu perfume que nos lembra as delícias do oriente, o óleo essencial de laranja, Citrus sinensis, liberta para o ar as virtudes terapêuticas (depurativas, refrescantes, sedativas, relaxantes…) enquanto age sobre certos problemas pulmonares, de digestão, de agitação, de stress, de hipersensibilidade, de insónias… Difundido, o óleo essencial de laranja doce é um desodorizante de qualidade que respeita o bem-estar de todos os que a respiram!Para beneficiar ao máximo de todas as vantagens dos óleos essenciais é preferível pedir conselho a um profissional.Devem estar fora do alcance das crianças e são fortemente desaconselhados às grávidas!

Fonte: Integral

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É um dos fitoterápicos mais utilizados na prevenção de gripes e constipações.Conheça as características que lhe conferem os benefícios mais poderosos na defesa do sistema imunitário.

Equinácea

TExTo Rita eStêvÃO [email protected] » FoTos D.R.

A equinácea é uma planta nativa americana e é um dos fitoterápicos mais conhecidos e utilizados em todo o mundo na prevenção de gripes e constipações. Foram os índios americanos os primeiros a utilizar esta planta, que se tornou conhecida pelos botânicos europeus em 1690.De nome científico Echinacea purpurea L., a equinácea é actualmente cultivada na Europa exclusivamente com o propósito terapêutico. Trata-se de uma planta herbácea, que se distingue pela cor púrpura e pelas suas pétalas em tons cor-de-rosa, sendo a sua colheita habitual na Primavera e no outono. A Equinácea é um género botânico pertencente à família Asteraceae, constituído por nove espécies, sendo a Echinacea purpurea a mais usada a nível

medicinal. A planta é arbustiva, chegando a atingir cerca de 60 cm de altura. As suas folhas são lanceoladas, grosseiras e opostas. A parte mais utilizada da planta é a raiz, apesar de alguns investigadores defenderem a utilização de toda a planta. Da sua vasta composição distinguem-se várias substâncias activas como polisacáridos, flavonóides e óleos essenciais, que lhe conferem capacidades anti-virais e estimulantes do sistema imunitário.Destituída de toxicidade e sem efeitos secundários, o seu extracto tornou-se indicado na profilaxia e tratamento complementar de infecções respira-tórias, gripes e resfriados. Entre outras das suas importantes características, destaca-se a capacidade anti-inflamatória, uma vez que ajuda a impedir a pro-gressão das infecções, através da inibição da enzima hialuronidase, produzida por diversas bactérias. Usada também para tratar queimaduras e ferimentos devido à sua acção antibacteriana, a

equinácea estimula a produção de leucócitos, actua como um antibiótico natural, acelera a reabilitação do organismo, tem um efeito anti-inflamatório, combate viroses e ajuda ainda no tratamento da candidíase.É assim indicada contra gripes, constipações, infecções generalizadas, alergias, infecções do trato respiratório superior, dor de dentes e gengivite, abcessos, furúnculos e pústulas.A equinácea encontra-se à venda sob a forma de infusão, cápsulas, xarope e tintura, e pode ser encontrada em lojas de produtos naturais e parafarmácias.Alguns terapeutas defendem que esta planta é, geralmente, mais eficaz em forma de tintura. Contudo, as tinturas administradas a crianças têm de ser muito diluídas, e deve usar-se metade da dose recomendada aos adultos. Não é aconselha-da a grávidas, pessoas com problemas gástricos ou com doenças auto-imunes.

A planta mais famosa do mundo

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Os anti-rugasnaturais

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Esconder os efeitos do tempo, dissimulando atrás de inumeráveis produtos cosméticos as marcas das nossas expressões, das nossas experiências. A ruga é temida, e quando está lá tem dificuldade em fazer-se aceitar.

TExTo mORgane DUvivieR » FoTos D.R.

Desde os 25-30 anos, a renovação celular torna-se mais lenta, a pele perde firmeza. o contorno dos olhos e da boca são as zonas mais atingidas.As rugas são próprias a cada indivíduo e, na maior parte, são “rugas de expressão”. As pregas cavam-se com o tempo quando nos rimos, choramos, enervamos, exprimimos e são consideradas como sendo o resultado das experiências da vida.

Os factores da criação de rugas…A nossa pele vive e portanto precisa de ser protegida. Milhares de pequenos vasos cir-culam sobre a nossa cara alimentando todas as camadas da pele. A criação prematura de rugas é provocada por vários factores que jogam com a saúde e a elasticidade da pele… As sequelas mal curadas perturbam a síntese do colagéneo, o que contribui para as rugas e o relaxamento cutâneo.

Uma má alimentaçãoEm caso de carências alimentares, a pele é a primeira a sofrer. Privilegie alimentos ricos em antioxidantes, vitaminas C e E. os alimentos vedetas são os frutos vermelhos, a toranja, o abacate, o limão, a curcuma, o chá verde e os espinafres…

Falta de hidrataçãoA secura acelera o processo de envelhecimento da pele, hidrate-se do interior e do exterior! Beba muita água e não esqueça de aplicar sobre a pele um óleo natural hidratante.

O solEvite encandeamentos solares para não franzir os sobrolhos. Além disso, os raios ultra-violeta advindos do sol são muito nocivos para a pele, proteja-se com cremes protectores quando estiver ao sol.

Os anti-rugas

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O tabacoo álcool e a poluição desorganizam as células da pele afectando directamente a elasticidade, estragando o brilho da pele. As rugas aparecem muito mais rapidamente.

Um problema da vista não tratadoUse óculos adaptados aos seus olhos a fim de evitar franzir os olhos.

Económicas e ecológicas, as plantas medicinais para a sua pele…

A polpa de aloé vera fornece ácidos aminados minerais, óligoelementos e vitaminas.

Aplicada sobre o rosto, a qualidade deste produto age directamente sobre a sua pele fornecendo-lhe todos os elementos necessá-rios para reduzir o aparecimento de rugas e eliminar as já existentes.

Os óleos naturais são igualmente ideais para tratar o aparecimento das rugasoferecendo tudo o que é essencial, a amêndoa, o jojoba, a oliveira, garantem uma pele saudável.Uma máscara de argila uma vez por semana elimina as rugas mais profundas e atenua o desenvolvimento de outras. Um tempo de pausa longo mas com resultado garantido!A acerola é plena de vitamina C e as suas propriedades antioxidantes fazem dela um anti-envelhecimento muito potente. Utilize a cereja da Amazónia como máscara.Rodelas de limão cortadas de fresco e dispos-tas sobre o rosto eliminam rugas e manchas castanhas.As pequenas rugas que aparecem no peito podem ser diminuídas aplicando um ovo!

A ginástica facial: Sorria, vai criar músculo!As primeiras marcas de envelhecimento da pele são o descair das bochechas, dos canto da boca e dos músculos do pescoço. o rosto também tem necessidade de se muscular porque são centenas os pequenos músculos que formam as expressões do rosto.Por isso, dez minutos de ginástica facial ajudam a remodelar os traços do rosto.

Fonte: santé Naturelle

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Os alimentos antioxidantes

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TExTo ChaRlOtte De BOURgeS » FoTos D.R.

As nossas células vivem, e portanto morrem… o envelhecimento é inevitável, mas o processo pode ser atrasado se privilegiarmos uma alimentação saudável e rica em alimentos antioxidantes.Prepare-se para contrariar os efeitos nefastos do tempo…o poder antioxidante… Uma vida melhor para as nossas células!o principal objectivo dos antioxidantes é prevenir e evitar uma oxidação prematura das nossas células, participando no equilíbrio e na boa manutenção das suas membranas.Na nossa alimentação são sobretudo os frutos e os legumes que são fontes de antioxidantes naturais.os antioxidantes e radicais livres são muito reactivos e têm consequências catastróficas para o corpo… se não são parados pelos alimentos anti-oxidantes!Estimule o seu sistema de defesa anti-envelhe-cimento… coma alimentos antioxidantes!

O betacarotenoo betacaroteno é uma pró-vitamina A contida em grande quantidade em certos legumes e frutos. A vitamina A encontra-se somente nos alimentos animais (carne, peixe, ovos, queijos…).os “cretinóides” são pigmentos amarelos ou alaran-jados que dão essas cores aos legumes e frutos.Cenouras, mangas, alperces, batata doce… o betacaroteno transforma-se, quando é ingerido, em vitamina A no organismo.As suas funções são grandes e variáveis, principal-mente eficazes para reduzir os riscos de cancro, de enfarte e de acidentes cardiovasculares. o betacaroteno oferece os seus efeitos benéficos sobre a visão (contra os problemas nos olhos), reforça o sistema imunitário, facilita a cicatrização das feridas, e protege a pele e as células cerebrais ajudando na sua reconstituição. As carências em betacaroteno reconhecem-se por problemas de pele, má visão e infecções frequentes!Precauções:o betacaroteno não deve ser confundido com a vitamina A, tomada em demasiadas quantidades, pode ser tóxica para o fígado. Aparte disto, nenhum efeito secundário existe, se esquecermos

uma ligeira coloração alaranjada da pele se se ingerir em grande quantidade.

A vitamina CTambém chamada ácido ascórbico, a vitamina C encontra-se principalmente nos frutos e legumes (citrinos, tomate, batatas, goiabas, pimentos ver-des e crus…). Tem que ser introduzida no corpo porque nós não a sintetizamos naturalmente. Atenção às carências!Fazendo parte da síntese dos anticorpos, a vita-mina C contribui eficazmente para o reforço do sistema imunitário. Ela contribui activamente para as funções do organismo contra a asma, as alergias, a diabetes, o autismo e muitos outros problemas.A vitamina C ajuda à absorção do ferro no organismo, age na coagulação do sangue activando a formação de glóbulos vermelhos e de hemoglobina, o que é particularmente impor-tante contra a anemia. Nas glândulas supra-renais, a vitamina C tem também papel na formação da adrenalina produzindo energia rapidamente em caso de alerta!É um antioxidante poderoso que produz ou reconstrói os tecidos conjuntivos pelo colagéneo.

A sua pele já não está firme, o seu organismo está fatigado…Quer agir naturalmente para o corpo ficar bem? A solução: alimentos antioxidantes!

Aliados nos nossos pratos!ALimeNTAção

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Esta ligação directa com a fase de anti-envelheci-mento posiciona a vitamina C na primeira linha para manter os ossos e as cartilagens saudáveis.PrecauçõesUm excesso de vitamina C pode provocar diarreias e a formação de cálculos renais. As carências em vitamina C podem contudo ser mais nefastas para o organismo, dores ao nível dos ossos, cáries, sangramento das gengivas, herpes, distúrbios do sono…

A vitamina EÉ um óptimo anti-envelhecimento, útil contra a impotência, a vitamina E é primordial para as grávidas e para o correcto crescimento do feto e das crianças. A vitamina E encontra-se particu-larmente nos óleos vegetais (girassol, germes de cereais…), em certos frutos, legumes (alperces, laranjas, couve de Bruxelas…) ou cereais.Antioxidante de qualidade, preventivo também das doenças cardiovasculares, a vitamina E tem a particularidade de estimular a fecundidade. Um complemento de vitamina E pode aliviar as dores da menstruação e das doenças com ela relaciona-das, e na criança usa-se contra problemas ligados ao crescimento (musculares ou do sistema nervoso), ou ligados à puberdade.A vitamina E tem também, provavelmente, a capa-

cidade de tratar o eczema, a miopia, o colesterol, certas úlceras, além de angina de peito.PrecauçõesAs grávidas não devem ter carências em vitamina

E porque isso poderia ser perigoso para o desenvolvimento do feto.

Os polifenoisPrincipalmente localizados nos frutos, diferentes classes de polifenois são diferenciáveis: os

flavonoides, por exemplo, que se encontram na uva, e os taninos na toranja.As suas substâncias têm qualidades anti-oxidan-tes, anti-envelhecimento, protegendo também de outras doenças como as cardiovasculares, lutando contra a obstrução das artérias, contra a formação de certos cancros ou tumores.

Zoom sobre o Krillo camarão polar, também chamado krill é oficialmente reconhecido como um alimento antioxidante. Rico em ómega 3 e antioxidante natural, o krill é útil na prevenção das doenças cardiovasculares. Extrai-se o óleo de Krill por um procedimento que visa conservar a sua riqueza em bio-moléculas, como os ómega3 (EPA/DHA), os fosfolípidos e sobre tudo vários antioxidantes. No plano nutricional, este óleo é portanto completo. Até hoje, vários estudos demonstraram os efeitos benéficos deste óleo sobre outras patologias: sindroma pré-menstrual, foto-protecção cutânea contra os UVB, a osteoartrite. Enfim e sobretudo, ele ajuda a um melhor estado geral e a um melhor nível de vida, tanto ao nível físico (tónus) como psicológico (concentração).

Fonte: santé Naturelle

” O principal objectivo dos antioxidantes é prevenir e evitar uma oxidação prematura das nossas células, participando no equilíbrio e na boa manutenção das suas membranas...

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para regenerar a pelepara regenerar a peleEsfoliantes naturais32”NATURAL

Bem-esTAR

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CONSELHOS PARA USO E CONSUMO

Como ApLiCAR Um peeLiNG CAseiRo- Basta misturar sal fino de cozinha com o gel de duche ou óleo corporal. Também se podem misturar três colheres de sal ou de açúcar com azeite e sumo de limão.- Coloca-se um pouco da mistura na palma da mão e aplica-se numa massagem com movimentos circulares. se a massagem, sempre suave, se realiza sobre todo o corpo, deve começar nas extremidades e dirigir-se para o coração. depois elimina-se o creme esfoliante com um duche de água abundante.- se costuma fazer sauna, pode aproveitar para realizar a esfoliação depois da sessão, com a pele ainda suada.para as partes do corpo mais sensíveis como a cara, o pescoço ou a parte do decote, deve escolher produtos naturais e suaves. Também são adequados para zonas afectadas por problemas circulatórios como as varizes. No resto do corpo pode-se fazer uma massagem com luvas de pêlo especial. Há-as de seda selvagem – como o ayurvédico garshan - que se emprega sobre a pele seca - e lufa, por exemplo. Nos banhos hammam turcos (sauna húmida) massaja-se a pele molhada com uma luva kese, feita com seda ou pêlo de cabra.

TExTo ClaUDina navaRRO e manUel nUÑeZ »

FoTos D.R.

A esfoliação é um cuidado que liberta a pele de células mortas que poderiam tapar os poros e favorecer o aparecimento de quistos. Portanto, convém realizar uma esfoliação (ou peeling) semanalmente, e a maneira mais simples e cómoda de a fazer é mediante produtos específicos que se aplicam no duche.os esfoliantes aplicam-se mediante uma massagem superficial que estimula a circu-lação sanguínea de tal modo que, depois, a pele fica rosada e muito suave. Além disso, fica receptiva a qualquer outro tratamento posterior que se lhe dê, como por exemplo uma hidratação. Também se podem utilizar os produtos esfoliantes sobre zonas do corpo especialmente rugosas, como os cotovelos, os joelhos e os tornozelos. Também é adequado os nódulos que apare-cem nas costas, nos ombros e na cara. Em geral, os peelings corporais são algo mais contundentes que os faciais.

Partículas sintéticas A acção esfoliante é devida a facto dos produtos conterem partículas sólidas que arrastam as escamas. Em muitos casos são pequenas bolas sintéticas de polietileno ou de nylon, por exemplo. Estes não são os materiais mais adequados para serem postos em contacto com a pele, nem para deixar que contaminem gravemente as águas residuais. Em compensação, os produ-tos naturais recorrem a caroços de frutas pulverizados, a fibras vegetais (de lufa ou algas), silício (areia) ou simplesmente grãos de açúcar ou sal misturados com os outros

Os produtos convencionais recorrem ao plástico e a outros agentes artificiais.ingredientes. Cada vez é mais frequente que se utilizem ingredientes alimentares que tornam mais apetitoso o produto. Empregam-se por exemplo grãos de café (diz-se que ajuda inclusivamente a combater a pele de laranja) ou sementes de papoila, maçã e lima.

Ingredientes com riscoHá que ter cuidado com a suposta informação que aparece nas etiquetas. Muitos fabricantes imprimem com ligeireza o termo “natural” porque incluem umas quantas sementes de kiwi ou flocos de coco no meio de outros componentes total-mente artificiais e indesejáveis. A lista de

ingredientes que representam riscos é sur-preendentemente grande. Tem substâncias aromáticas que podem desencadear alergias de contacto ou que podem penetrar no organismo através da pele e acumular-se no tecido adiposo. Encontraram-se restos dessas substâncias na corrente sanguínea, no leite materno e no sangue do cordão umbilical. Também se falou em dietilftalatos, que podem alterar o sistema endócrino, e também em polietilenglicoes (PEGs), que tornam mais permeável a pele e portanto facilitam a entrada de todas estas substân-cias indesejáveis mencionadas.

Fonte: Integral

para regenerar a pele

Bem-esTAR

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emoções. steiner acreditava que as cores das obras artísticas podiam restabelecer o equilí-brio e portanto a saúde. Porém os cientistas racionalistas opinam que não há prova de que as cores – ou o que é o mesmo, a luz – podem atravessar a pele e penetrar no interior do corpo e produzir um efeito terapêutico tal como asseguram os cromoterapeutas. Contudo, é sabido que a luz solar provoca a síntese de vitamina D, ajuda à assimilação de nutrientes e ao aparecimento de células cancerosas. A luz também se utiliza para tratar o sindroma afectivo sazonal porque influencia a produção de neurotransmissores cerebrais. o Dr. Dan oren do Instituto Nacional de saúde Mental dos EUA, disse que a luz verde é mais eficaz que a vermelha no tratamento da depressão leve.Mas apesar dos obstáculos que o método científico impõe à cromoterapia, existem

TExTo Daniela BaUm » FoTos D.R.

As cores influenciam, sem dúvida, o nosso estado de espírito. Quando se trata de decorar uma casa, quem não parará a pensar nos efeitos que provocarão as cores das paredes? Também quase todos nós damos atenção às cores que vestimos porque transmitem mensa-gens para os outros. o que normalmente não se considera é que as cores possam ter algum efeito sobre a saúde. Contudo, é lógico pensá-lo; só há que ter em conta a transcendência que tiveram as cores nas medicinas tradicionais da Índia e da China.Por isto os cromoterapeutas actuais procuram novos argumentos nas últimas descobertas da física. A sabedoria popular assume-o claramen-te, mas o que diz a ciência? os efeitos mais estudados são os psicológicos. As principais cores favorecem diferentes estados de ânimo. A psicóloga Eva Heller demonstrou uma curiosa característica das cores: que podem representar conceitos contraditórios. Por exemplo, o vermelho simboliza tanto o amor como o ódio, e o negro a morte e a elegância. No seu livro Psicología del color, como actuam los colores sobre los sentimientos y la razón, descreve os significados das cores determi-nados por razões fisiológicas, psicológicas e culturais.Actualmente há um certo consenso acerca dos efeitos emocionais das diferentes cores: o azul é harmonizante, o verde calmante, o vermelho estimulante, o amarelo euforizante e fortalecedor da comunicação… Também se está de acordo de que o efeito depende da

tonalidade, da dose e das circunstâncias.Que as cores podem ir para lá das emoções e influenciar processos fisiológicos é um tema muito discutido actualmente entre cientistas, mas a vontade de as utilizar terapeuticamente sempre acompanhou a Humanidade.

Uma tradição interrompida Existem provas de que em 1350 a.C., Nefertiti fez preparar por um médico do palácio banhos de cor púrpura para melhorar a saúde. Na China tratava-se os epilépticos pondo-os numa almofada violeta numa sala cujas janelas se tapavam com panos da mesma cor. os doentes de intestino recebiam doses de cor amarela e os de escarlatina, vermelha. Na Índia os médicos Ayurvédicos relacionavam uma cor com cada um dos sete centros energéticos – chakras – que governam o corpo.A grande tradição da cromoterapia continua viva no oriente, mas na Europa e na América interrompeu-se durante séculos com reapari-ções esporádicas. Wolfgang Goethe, escritor e pai da “ciência com alma”, escreveu em 1810 o tratado das cores, que foi o primeiro a distinguir entre tons frios e quentes segundo o seu efeito sobre o espírito e o corpo. Goethe pensou que a sua teoria seria o seu contributo mais importante para a cultura humana, mas a ciência dominante não aprofundou as relações entre as cores e o ser humano.

Efeitos físicos e mentais Rudolph steiner, fundador da antroposofia, foi um dos poucos pensadores que no início do século xx seguiu a esteira de Goethe e tentou compreender as cores através das

Apesar das discussões em torno da cromoterapia, há estudos actuais que demonstram que as cores não só têm efeitos sobre as emoções, como também tratam.

O poder curativo O poder curativoDAS CORES

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estudos sérios que confirmam os efeitos da cor sobre o corpo e a mente. Um estudo epi-demiológico da austríaca Eva schernhammer, da Faculdade da Medicina da Universidade de Harvard, observou durante 30 anos o efeito das luzes de néon nos lugares de trabalho de 120.000 enfermeiras. O resultado foi espectacular. As enfermeiras do turno da noite, as mais expostas à luz artificial, desenvolveram entre 35% a 60% mais cancro da mama e do intestino. A possível explicação é que, pela grande quantidade de luz azul que emite a fluorescente, o cérebro pensa que é de dia e em vez de libertar a hormona do sono, a melatonina, liberta estrogéneos que aumentam o risco de cancro, sobretudo em mulheres.A luz é, a seguir aos alimentos, o agente exterior com maior efeito sobre as funções corporais. Através do estímulo do hipotálamo e da glândula pineal – o “cérebro” dentro do

cérebro que controla as respostas ao stress, à imunidade, à sede, à fome, à temperatura do corpo, aos ciclos de sono e vigília… - a luz pode desencadear processos fisiológicos e psicológicos. Por outro lado, cada célula do corpo está equipada com receptores de luz e esta pode activar o metabolismo. Por isso não é tão estranho a descoberta da Universidade de Cornell: Projectando luz por trás do joelho, onde a pele é muito fina, pode-se activar o relógio biológico hormonal quase da mesma maneira que se faz sobre os olhos. Porém, são necessários muitos mais estudos para conhe-cer os efeitos de cada cor sobre o hipotálamo, a glândula pineal e as células. Talvez o maior obstáculo para que estas investigações se rea-lizem é que os possíveis tratamentos seriam muito baratos e não há financiamento para os estudos se não há empresas interessadas em vender os seus produtos.

Pioneiros da luz Curiosamente, das cores invisíveis – tanto os infravermelhos como os ultra-violetas –, é sobre os que se conhecem melhor os efeitos na saúde. Em 1903 o dinamarquês Niels Finsen obteve o prémio Nobel por desenvolver a luminoterapia com raios ultra-violeta (UVA) para curar a tuberculose cutânea e também para reduzir a quantidade de cicatrizes. Georg Von Langsdorff, seu con-temporâneo, demonstrou que a luz vermelha dilatava os vasos sanguíneos e que a luz azul os contraía. Como consequência disto e de outras descobertas, desenvolveu-se entre 1910 e 1930 uma medicina solar que curava a tuberculose ou as feridas e que servia também para prevenção geral das doenças mas o êxito dos antibióticos fez parar os tratamentos naturais pela luz. Não obstante, em 1933 Dinshah Ghadiali publicou spectro

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TERAPIAS VARIADAS

Actualmente o terapeuta dispõe de várias possibilidades para aplicar a cromote-rapia a cada problema de saúde.• pedras preciosas e cristais usados como se se tratasse de lentes que modu-lam a luz do sol através de um cristal ou recipiente de cor ao longo de cerca de quatro horas. Continua a ser um dos métodos preferidos pelos cromoterapeutas e também qualquer um pode fazer isto em casa. Usado no egipto e na Índia.• Acupunctura com “lápis” de laser ou Led de cores, um dos métodos mais modernos praticado por profissionais da medicina tradicional chinesa de reconhecido prestígio. • Alimentos de determinada cor recomendados para resolver o desequilíbrio de um paciente.• exposição lumínica. É um método já clássico. Consiste em expor o paciente à luz de uma lâmpada ou de um projector de diapositivos com o correspondente filtro de cor numa sala escura.• outras formas de tratamento implicam a utilização de tecidos, jóias, cosmé-ticos, óculos ou banhos. A panamerican Airways, por exemplo, descobriu que com a cor amarela ou laranja nos assentos havia mais enjoos entre os passagei-ros. o problema resolveu-se adoptando as cores azul ou verde pálido.

As QUALidAdes dos ToNsA medicina tradicional chinesa atribui diferentes qualidades a cada cor. por sua vez, a cromoterapia sugere o uso de cores e de combinação de cores benéficas para diferentes doenças.• Vermelho: Vivo e activador. símbolo da paixão e destruição. Usa-se em casos de acne, anemia, constipações, cansaço e tensão baixa. em casos de pneumonia também combina com cor-de-laranja, e problemas circulatórios. A combinação vermelho-laranja funciona para aliviar a febre dos fenos. • Amarelo: Tem a ver com intelecto, sucesso, fama e amizade. Utiliza-se com frequência para tratar problemas do ciclo menstrual. Também tem efeitos benéficos em cãimbras abdominais e problemas de indigestões. para perda de apetite, amarelo limão. e para a memória, a combinação violeta-amarelo.• Verde: Calmante da energia e equilíbrio. Utiliza-se em ansiedade, com o azul para bronquite, contusões, dor de cabeça e problemas do coração, hemorrói-das, pressão alta, com o azul para nervos e úlceras. • Laranja: dá energia. indicado em alergias, asma, dores musculares, náuseas e em combinação com o vermelho para a pneumonia.• Violeta: ossos, dor de costas, diabetes, infecções e crescimento.

Chrometry Encyclopedia, obra que inspirou os tratamentos e métodos mediante cores até agora. Ghadiali afirmava, por exemplo, que se podia curar a asma e as infecções com a cor azul.Um moderno terapeuta das cores, o Dr. Alexander Wunsch, aposta na recuperação das teorias de Ghadiali e dos outros pioneiros da luz. Wunsch cita em concreto um estudo de Abril de 2005 publicado na revista médica Antimacrobial Agents and Chemotherapy, onde se afirmava que a luz azul num espectro de entre 380 e 520 nanómetros quebra as infecções orais, exterminando os gérmens presentes na placa dental e que causam paradontite. No campo da experiência com pessoas que sofreram queimaduras, há notícias de como a luz azul índigo quebra a proliferação de líquido nos tecidos. Também se afirma que o cor-de-laranja e o verde amarelado suavizam a pele e evitam aparecimento de cicatrizes em feridas curadas.

Alexander Wunsch e outros médicos pedem uma revisão da investigação médica sobre as cores. os trabalhos actuais têm carácter pontual e parece claro que os estudos que seguem o procedimento de duplo cego – nem os médicos nem os pacientes conhecem se se está a aplicar um agente terapêutico sobre o enfermo – não são os mais ade-quados para comprovar cientificamente a eficácia das cores: teria que se tapar os olhos dos pacientes e dos médicos para que não pudessem distinguir a luz artificial da natural! Este inconveniente pode marginalizar toda uma terapia, porque o duplo cego é a prova dos nove de qualquer tratamento que aspire vir a ser reconhecido.

Fonte: Integral

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TExTo eStheR miRa » FoTos D.R.

Nos últimos anos, o francês serge Latouche converteu-se no porta-voz e na referência mais conhecida da filosofia do decrescimento, uma crítica construtiva ao paradigma dominante de crescimento ilimitado. Escritor, articulista e activista da simplicidade, serge Latouche visitou recentemente Espanha e dedicou alguns minutos da sua apertada agenda à revista Integral.o movimento do decrescimento que repre-senta nasceu em finais dos anos 70 a partir de pensadores críticos do desenvolvimento e da sociedade de consumo como Iván Illich, André Gorz, Cornelius Castoriadis ou François Partant, mas é hoje que sobressai mais do que nunca como um projecto social, económico e político perante a sociedade do perpétuo crescimento. E é assim porque são muitas as razões que no momento actual questionam a lógica do crescimento económico. Por um lado, sofremos uma crise de índole diferente (económica, financeira, ecológica, social, cultural…) e por outro, o aumento do nosso rendimento per capita nas últimas décadas aconteceu em paralelo com uma aparente diminuição do nosso grau de satisfação com a vida. Para dar um exemplo, só em 2005 os franceses adquiriram 41 milhões de caixas de antidepressivos, enquanto 49% dos norte-americanos assegurava que a felicidade está em retrocesso, ao passo que 26% considerava o contrário.Existem razões suficientes, portanto, para rever de maneira profunda o actual modelo de progresso e ver se se converte em justiça e em felicidade para todos. Isto é essencial-mente o que propõe Latouche através do movimento do decrescimento. “É um slogan provocador – sublinha o economista – que junta os ateus da religião do crescimento e

os agnósticos do progresso com o objectivo de quebrar a linguagem estereotipada dos viciados em produtivismo.”o ponto de partida é o seguinte: as socieda-des ocidentais viciaram-se no crescimento e na capacidade regeneradora da Terra, que já não pode responder às nossas exigências. o melhor indicador para calibrar esta desproporção é a dívida ecológica que mede a superfície do planeta necessária para manter as actividades económicas. Dada a actual população da Terra, para haver sustentabilida-de considera-se que cada um de nós deveria limitar-se a consumir 1,8 hectares desse espaço bio-produtivo. Porém, para sustentar o nosso actual nível de vida (como europeus) necessitaríamos de 5 hectares por pessoa ao ano. se todos os habitantes do planeta vivessem como nós, faltariam 3 planetas, ou 6, se tomássemos como referência o modelo de vida dos EUA. A maior parte dos países africanos, pelo contrário, consome menos de 0,2 hectares de espaço bio-produtivo, uma décima parte do planeta. Esta é a advertência que lança Serge Latouche: “Se daqui a 2050 não modificarmos esta trajectória, a dívida ecológica corresponderá a 34 anos de produ-tividade, ou a 34 planetas”.

Gastar com bom senso Para reduzir a pegada dos nossos excessos, os defensores da visão de decrescimento preconizam produzir e consumir de maneira diferente. Perante o medo dos seus detracto-res, que põem as mãos na cabeça acreditando que decrescer significa voltar para trás até à Idade da Pedra ou à Idade Média, Latouche responde: para a Europa, voltar à pegada ecológica dos anos 70 não significa regressar às cavernas. Nos anos 70 comíamos igual ou até melhor que hoje. Agora consumimos 3 vezes mais petróleo e energia para produzir as mesmas coisas. A diferença é que o iogurte

de hoje, por exemplo, não tem nada a ver com o iogurte que consumíamos há 30 anos. os de antes faziam-se com a vaca do vizinho e os de agora fazem-se há distância de 9 mil quiló-metros, sem contar que pagamos por outros serviços incorporados, como a embalagem, os pacotes, etc. A chave está em produzir e consumir a nível local além, é claro, de limitar a tendência actual para o hiper-consumismo.”Contudo, cortar no nosso consumo não

O activista francês ataca a adição ao consumo da sociedade ocidental e propõe uma série de medidas para a travar

SERGE LATOUCHE,PORTA-VOZ DA FILOSOFIA DO DECRESCIMENTO

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é a receita que governos e empresários insistem em prescrever-nos. “os nossos governos - assinala Latouche – estão próximos da esquizofrenia porque sabem perfeitamente que o sistema caminha para o colapso. o sintoma mais evidente é a mudança climática, mas também a extinção acelerada de espécies, a propagação de doenças relacionadas com a contaminação e o declínio que a longo prazo implicará o fim do petróleo. o problema é

que os políticos não são eleitos para mudar o sistema. o poder não lhes pertence a eles mas sim às grandes empresas internacionais que actuam como os traficantes de droga, alimentando o nosso vício pelo consumo para perpetuar assim a lógica do sistema. Não são capazes de imaginar outro modo de vida. o crescimento negativo que vivemos é dra-mático, mas há que o relativizar. Recebemos muita propaganda mediática com o objectivo

de recomeçar e repetir os mesmos erros. Berlusconi, por exemplo chegou a dizer que devemos renunciar a Quioto para relançar a indústria automóvel. É claro que é preciso parar o desemprego, mas o primeiro passo na lógica do decrescimento seria reduzir o tempo de trabalho”.Com efeito, partilhar o trabalho e aumentar os prazeres é uma das chaves na receita do decrescimento. os seus pensadores advertem

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que não se trata de desmantelar o sistema de repente, mas de iniciar um processo de transi-ção para reduzir certos sectores industriais – automóvel, militar, aviação e construção -, rever a durabilidade dos produtos, fragmentar o espaço monetário, recuperar a produção local, diminuir em dois terços o nosso consumo de recursos naturais e gerar mais emprego verde, entre outras mudanças possíveis. Trabalhar menos e de outra maneira pode significar, na óptica decrescente, reapropriar-nos do tempo, reavivar o gosto pelo ócio, recuperar a abundância perdida de sociedades anteriores e permitir o florescimento dos cidadãos na vida política, privada e artística, assim como no jogo ou na contemplação. “ o que é absurdo é pedir a um trabalhador que faz 60 horas semanais que leia as 600 folhas do futuro Tratado

Europeu. Isso é uma caricatura da democracia, ironiza Latouche.

Menos é mais outra paródia é o conceito de crescimento ou desenvolvimento sustentável que tem estado no centro do discurso ambientalista dos últimos 20 anos. “É significativa a ausência de verdadeira crítica à sociedade de crescimento na maioria dos discursos ambientalistas que se ficam pela rama com explicações sinuosas sobre o desenvolvimento sustentável. Este desenvolvimento encontrou o seu instrumento favorito nos seus mecanismos de desenvolvi-mento limpo, tecnologias que poupam energia ou carbono sob a forma de eco-eficiência, mas continuamos no campo da diplomacia verbal porque o desenvolvimento sustentável, no

fundo, não põe em causa a lógica suicida do desenvolvimento. o eco-crescimento – assegu-ra Latouche – é objectivo do novo capitalismo Verde, do marketing e do mediático. “o decrescimento, pelo contrário, posiciona-se como uma mudança profunda de paradig-ma e como uma modificação das instituições que o desenham a favor de uma solução razoável: a democracia ecológica. Para ela já trabalham numerosos grupos locais que se auto-gerem para decrescer em toda a Europa e também novas iniciativas que se projectam na mesma linha.“se eu decido reduzir o meu consumo de petróleo mas o meu vizinho não o faz, o resultado é que eu farei com que ele tenha mais petróleo para ele consumir e portanto não haverá uma mudança substancial importante

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RECUPERAR A INTELIGÊNCIA DO CARACOL

iván illich, pensador austríaco e um dos teóricos do decrescimento, escreveu que o caracol constrói a sua concha somando, uma a uma, espirais cada vez maiores. Aí, detém-se bruscamente e começa a fazer voltas decrescentes. Uma só espiral a mais faria com que a concha fosse 16 vezes maior, sobre-carregando o animal. A partir daí, qualquer aumento da sua produtividade serviria somente para aliviar as dificuldades criadas por uma concha que crescera de mais. Nesse limite, os problemas de sobre-crescimento multi-plicam-se em progressão geométrica, enquanto a capacidade biológica do caracol só pode, na melhor das hipóteses, seguir uma progressão aritmética. o decrescimento utiliza esta imagem como símbolo do seu ideário.

a nível global. Por isso, sugere Latouche, são melhores as iniciativas colectivas, como os grupos de família que se organizam para que a escolha ecológica do colectivo diminua. Este tipo de experiências é muito mais interessante.”Uma das propostas mais inovadoras é a que está englobada sob o movimento de Cidades em Transição, que começou em Inglaterra e Irlanda e que utiliza o conceito de “resistência” para valorizar a capacidade de um grupo ou de um sistema para resistir às mudanças à sua volta, tais como o fim do petróleo ou o aumento da temperatura. Na opinião do economista, “ trata-se de reabrir o espaço para a inventividade e a criatividade dependendo dos valores e dos objectivos de cada sociedade. o decrescimento é um sonho de hoje, mas há que trabalhar para o converter na realidade de amanhã”.

Os pilares do conhecimentoÉ preciso fazer frente à desmesura do sistema que se poderia traduzir na raiz “hiper-“ de “hiper-actividade”, “hiper-desenvolvimento”, “hiper-produção”, “hiper-abundância… Para o conseguir, o movimento do decrescimento propõe aplicar os oito “R”:Reavaliar: substituir os valores dominantes por outros mais benéficos. Por exemplo, altruísmo em vez de egoísmo, cooperação em vez de competência, gosto em vez de obsessão pelo trabalho, humanismo em vez de consumismo ilimitado, local em vez de global, etc…Reconceptualizar: significa olhar o mundo de outra maneira e portanto outra forma de interpretar a realidade, que passaria por rede-finir conceitos como os de riqueza – pobreza, ou escassez-abundância.

Reestruturar: Adaptar o aparelho de produ-ção e as relações sociais em função da nova escala de valores.Relocalizar: Produzir localmente os bens essenciais para satisfazer todas as nossas necessidades.Redistribuir: Implicaria basicamente uma distribuição diferente da riqueza.Reduzir: Fazer o possível por diminuir o impacto que têm na bioesfera as nossas formas de produzir e consumir, além de limitar os horários de trabalho e o turismo de massas.Reutilizar e reciclar. A melhor forma de parar o desperdício é alargar o tempo de vida dos produtos.

Fonte: Integral

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Este é um trabalho de alerta sobre o sofri-mento dos animais, e sobre a sua depen-dência da humanidade para produção ali-mentar, moda, entretenimento e investiga-ção científica.Mais do que uma divulgação, este documen-tário representa um alerta para a crueldade cometida com os animais do nosso plane-ta, fazendo uma passagem atenta e profun-da pelos mais diversos locais onde se pra-ticam muitos dos crimes, como quintas, cir-cos, laboratórios, abrigos, comércio de peles, entre outros. o filme, narrado pelo actor premiado Joaquin Phoenix, usa câmaras escondidas e imagens nunca antes vistas para demonstrar as prá-ticas quotidianas de uma das maiores indús-trias do mundo. Earthlings torna-se assim no documentário mais forte jamais feito, que relaciona a natu-reza, os animais e os interesses económicos.

CULTURA

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CICLO CINEMA & AMBIENTE TExTo Rita eStêvÃO » FoTo D.R

Em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, o Programa Gulbenkian Ambiente vai apresentar, até Julho de 2010, sessões do ciclo Cinema & Ambiente.Motivar uma discussão alargada com o público sobre a temática ambien-tal, contando para isso com o contributo de personalidades públicas de áreas diversas, convidadas para comentar os filmes, é o objectivo deste projecto que decorre desde Setembro de 2009.o primeiro filme exibido – safe - conta a história de Carol White, que desenvolve uma doença ambiental inexplicável, criando alergias a todo o tipo de químicos do quotidiano, acabando por lhe ser diagnosticada a “doença do século xx”. o filme levanta assim questões sobre o ambiente artificial em que vivemos.As sessões do ciclo Cinema & Ambiente são todas de entrada livre. 10 Nov, 21h30: Medicine Man (“Os Últimos Dias do Paraíso”), de John McTiernan, 1992. Comentado por Susana Fonseca15 Dez, 21h30: The Trigger Effect (“Efeitos na Escuridão”), de David Koepp, 1996. Convidado a anunciar12 Jan, 21h30: Five, de Arch Oboler, 1951. Convidado a anunciar9 Fev, 21h30: Soylent Green (“À Beira do Fim”), de Richard Fleischer, 1973. Convidado a anunciar9 Março, 21h30: Into the Wild (“O Lado Selvagem”), de Sean Penn, 2007. Comentado por Paula Moura Pinheiro13 Abril, 21h30: Les Glaneurs et la Glaneuse (“Os Respigadores e a Respigadora”), de Agnès Varda, 2001. Comentado por Helena Roseta11 Maio, 21h30: Wind across the Everglades (“A Floresta Interdita”), de Nicholas Ray, 1958. Convidado a anunciar8 Junho, 21h30: Le Monde du Silence, de Jacques-Yves Cousteau e Louis Malle, 1956. Convidado a anunciar o ciclo Cinema & Ambiente termina no dia 13 de Julho com o filme The Happening (“o Acontecimento”), realizado por M. Night shyamalan em 2008, numa sessão comentada por Viriato Soromenho-Marques, Coordenador Científico do Programa Gulbenkian Ambiente.

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CaSa nÃO CaSa A fachada é a pele que envolve a casa. o projecto Casa não Casa tem no módulo da fachada a pretensão de criar a relação com o exterior, criar a composição e criar energia. Através de superfícies espelhadas, a fachada reflecte o ambiente, e com a introdução de pai-néis fotovoltaicos resolve o problema da energia.Actualmente, a utilização de painéis foto-voltaicos em edifícios não só é viável, como tem tempos de recuperação de investimento muito positivos.

legginS BiO e fRalDaS ReUtiliZÁveiS A Calzedonia apresenta na colecção outono/Inverno uma inovação: leggins bio, produzidas em celulose de bambu. suave, flexível e resistente aos vincos, esta peça não só está na moda, como é amiga do ambiente. Para os mais pequenos, uma outra novidade na Piri-piri, em Lisboa: Fraldas reutilizáveis. Coloridas e modernas, estas fraldas são constituídas pela parte exterior e uma lingueta absorvente, sendo uma forma de poupar e de zelar pela saúde dos seus filhos. Reduzem o lixo produzido, diminuem a fre-quência de dermatites e evitam a constante ida às compras.

DeSigneR faZ mÓveiS COm mateRiaiS DO liXOA porta de entrada impressiona pelo puxador ligeiramente curvo que foi o encosto de uma velha cadeira. No hall, um bar feito com metade de uma cama redonda, um aparador arredon-dado e dois bancos forrados com esteira de praia complementam o bar.Detalhes como esses dão personalidade à casa de Rodolfo Grabauskas Malmesi, designer que tem como referências o mar e o céu azuis, a areia da praia, as esteiras, o vidro e o espelho. Para este designer, mudar, renovar, transformar é a verdadeira reciclagem sem argumentos.

liXO eleCtRÓniCO tRanSfORmaDO em ÁRvORe De natal e PReSÉPiOMonitores, teclados, ratos, CD’s, DVD’s, cartuchos, fitas, baterias e carcaças de aparelhos celulares e de computadores, chips, disquetes e ventiladores, entre outras sucatas electrónicas, voltaram a ter utilidade numa exposição aberta no centro de Curitiba, Brasil. Nas mãos de dois artesãos e 40 alunos, o que era lixo electrónico deu origem a uma grande árvore de Natal e a um presépio.o objectivo é desenvolver um projecto educativo e dar um destino útil e interessante ao lixo electrónico.

tiJOlOS PaRa ReCiClaR ÁgUaProjectado por Jin-young Yoon para ser feito de plástico reciclado e folhas em decomposição, o tijolo é verde de baixo para cima (por assim dizer). Mais do que pelos materiais que o compõem, mas pelos sulcos incorporados que são projectados para canalizar a água para jardinagem ou mesmo para armaze-namento subterrâneo.Num mundo onde a água é um bem prestes a tornar-se escasso, parece um bom momento para começar a pensar sobre os mais básicos materiais de construção, tornando-os funcionais para uma necessidade crescente.

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