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Nameless - Cárlisson Galdino Nameless Cárlisson Galdino - 1 -

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

Namel essCár l i sson Gal di no

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

Namel ess

Ver são at ual : 0. 6

Cl assi f i cação: Cenár i o JI PL

Aut or : Cár l i sson Gal di no

Cont at o: cbt g@br azi l mai l . com

Macei ó, 07 de j anei r o de 2001

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

Namel essEl e sonhava com a ver dade

Da ci dade el e par t i u

Em sua f al sa l i ber dade

Sob o f al so céu ani l

El e buscava a ver dade

Na ci dade, t oda hor a

Na f l or est a, no deser t o

Não sabi a que a ver dade

Não se achar i a l á f or a

El a est ava al i , t ão per t o

El e buscava a ver dade

Quando a vi u, assust ador a

Como el a sempr e f ôr a

Qui s par ar , mas er a t ar de

E at é hoj e, na ver dade

Ni nguém sabe, ni nguém vi u

Se el e se f oi por l eal dade

Ou a ver dade o consumi u

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

A Adan, Di vâni o ( Sapo) ,

Chocobo, J. B. , Mi guel

( Mané) , I ce−R e Rober t o

Loucur a, que f i zer am par t e

da avent ur a i nacabada dos

Caçador es Jaguar .

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

ÍndiceIntrodução...........................................................................................................................6

Além da Realidade.........................................................................................................6RPG e JIPL....................................................................................................................6A Realidade em Nameless..............................................................................................7

Mistérios.............................................................................................................................8Abdução por alienígena .................................................................................................8Anjos e Demônios .........................................................................................................9Bestas da Terra ............................................................................................................10Dragões .......................................................................................................................11Fantasmas ....................................................................................................................12Portais para outros mundos .........................................................................................13Viagem Temporal .......................................................................................................14

No Brasil..........................................................................................................................17Departamento de Assuntos Confidenciais ....................................................................17Nameless − ONG ........................................................................................................18Os Caçadores ...............................................................................................................19Paulo Rist ....................................................................................................................20

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

I nt r oduçãoI nt r oduçãoI nt r oduçãoI nt r oduçãoI nt r oduçãoI nt r oduçãoI nt r oduçãoI nt r oduçãoI nt r odução

Mi l har es de coi sas est r anhas acont ecem a t odo o moment o, em

t odas as par t es do mundo. Há mui t os per i gos e mi st ér i os. Mui t os quer em

saber o que est á acont ecendo, enquant o a popul ação i gnor a t udo.

Mas quando começamos a segui r por um cami nho pr oi bí do,

devemos est ar ci ent es de que podemos nunca mai s vol t ar . Podemos não

r esi st i r a i sso t udo: não escapar mos vi vos. E ai nda que sobr evi vamos, o

cami nho é de mão−úni ca. Você nunca vol t ar á a ser o que er a ant es.

Adi ant o que é assust ador cor r er mundo af or a em busca de

r espost a par a t odas essas coi sas hor r í vei s que ocor r em: abduçoes,

sobr enat ur al . E t or na−se mai s e mai s assust ador à medi da em que nos

apr oxi mamos da ver dade, da ver dade úni ca e uni ver sal .

Lembr e−se sempr e: A ver dade não est á l á f or a. El a est á aqui ,

bem per t o. . . Ao t ent ar at r avessar a f r ont ei r a do que os ci vi s conhecem

por r eal i dade − a f r ont ei r a da pr ópr i a sani dade, você nunca sabe o que

esper a do out r o l ado.

Est e t ext o é um cenár i o par a JI PL, que é um t i po de RPG.

Qual quer f at o, ser ou qual quer out r o t i po de coi sa aqui r el at ado est á

aqui i ncl uí do como obr a de f i cção. Nada do que é di t o est á l i gado à nossa

r eal i dade por l aços sól i dos. Qual quer semel hança com si t uaçoes r eai s pode

ser mer a coi nci dênci a.

RPG, si gl a par a Rol e Pl ayi ng Game, que si gni f i ca Jogo de

Repr esent ação, é um j ogo onde se r eúne um gr upo ao r edor de uma mesa com

o obj et i vo de se di ver t i r . Não há vencedor ou per dedor . Não há compet i ção

( pel o menos, não deve haver ) . Cada j ogador i nt er pr et a um per sonagem,

enquant o um dos j ogador es desempenha um papel especi al ( chamamos esse

j ogador de mest r e) de nar r ador e j ui z.

Quando f al o i nt er pr et ar , di go f al ar o que o per songem f az

di ant e de cada si t uação, al ém de f al ar como o per sonagem f al ar i a, em

di ál ogos dos per songens.

Em uma par t i da de RPG, os per sonagens vi vem avent ur as

i ncr í vei s em um mundo i magi nár i o ( que pode ou não ser par eci do com o

mundo em que vi vemos) . Essas avent ur as são nar r adas pel o mest r e. El e

i nt er pr et a t odos os per sonagens ( que não t êm j ogador ) desse mundo e

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

col oca os desaf i os par a os her ói s. Seu obj et i vo é compl i car a vi da dos

per sonagens, mas par a a di ver são do gr upo. Não pode f azer as coi sas

f i car em f ácei s demai s, nem pode t or ná−l as mui t o di f í cei s. Deve encont r ar

um pont o i nt er medi ár i o.

No concei t o t r adi ci onal de RPG, t emos r egr as det al hadas que

cui dam desde a const r ução de um per sonagem at é al gumas si t uaçoes ( como

combat es) . Essas r egr as são i mpor t ant es e aj udam mui t o. Se souber o que

est á f azendo, o mest r e pode mudá−l as.

JI PL vem de Jogo de I nt er pr et ação de Papéi s Li vr e e se

pr onunci a JI −Pê−éLe. Tr at a−se de uma modal i dade de RPG onde não há r egr as

pr é−def i ni das. Est a modal i dade é r ecomendada par a mest r es que t enham

al guma exper i ênci a e est ej am segur os de que consegui r ão conduzi r o j ogo

assi m. Por não t er r egr as pr é−def i ni das, um cenár i o JI PL t r az i nf or mações

no ní vel máxi mo de abst r ação possí vel . Tudo é t ext o. Por t ant o, pode−se

ut i l i zar um cenár i o JI PL em qual quer si st ema de RPG convenci onal . Cl ar o

que há sempr e uns mai s adequados que out r os par a cada cenár i o.

O t ext o sobr e a r eal i dade dest e cenár i o deve ser vi r − caso

você quei r a ut i l i zar um si st ema de RPG t r adi ci onal − par a a escol ha do

si st ema adequado, que mel hor si mul e aquel as condi çoes. Val e l embr ar que

há si st emas pr óxi mos da nossa r eal i dade, há si st emas par a super −her ói s,

par a ser es sobr enat ur ai s, r obôs, f ant asmas. . . Tent e escol her , dent r e os

que você conhece, o que par ece ser mai s adequado, ou j ogue JI PL!

Aqui l i damos com pessoas nor mai s se ar r i scando no mundo do

desconheci do. As pessoas nor mai s de que f al o são como as pessoas nor mai s

do nosso mundo: di f er ent es, umas mai s f or t es, out r as mai s f r acas. . . A

medi da em que essas pessoas nor mai s se envol vem com o que est á al ém da

compr eensão humana, el as começam a se pr ender .

É como se o mundo de mi st ér i os que coexi st e com o nor mal

f osse uma i mensa t ei a e as pessoas f ossem si mpl es moscas. Por mai s sut i l

que sej a o cont at o com esse out r o mundo, nunca há uma gar ant i a de que

est ar ão l i vr es del e de novo. Por i sso, a f or ma mai s segur a de se vi ver é

l onge del e.

Quem busca o que não deve pode, e quase sempr e acont ece,

começar a ser per segui do por ent i dades t er r est r es e do al ém−Ter r a. Como

essas pessoas cont i nuam sendo t ão mor t ai s como ant es, há mui t as si t uaçoes

em que só podem cont ar com a sor t e par a sobr evi ver . Essa sor t e às vezes

aj uda.

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

Mi st ér i osMi st ér i osMi st ér i osMi st ér i osMi st ér i osMi st ér i osMi st ér i osMi st ér i osMi st ér i os

Um obj et o voador não i dent i f i cado desce do céu e se apr oxi ma

do quar t o del a. O quar t o é pr eenchi do por uma est r anha l uz br anco−

azul ada. De r epent e, pode−se ver o que el es quer em. El a ai nda est á

dor mi ndo, mas f l ut ua em di r eção ao OVNI , como se f osse sugada por um r ai o

t r at or da nossa f i cção. A l uz dei xa o quar t o, o obj et o sai e dei xa o

vazi o. Não se sabe se um di a el a est ar á de vol t a, mas não i mpor t a, poi s,

vol t ando ou não, sua vi da e a de sua f amí l i a nunca mai s ser ão as mesmas.

Pel a hi st ór i a, os OVNI s par ecem ser bem mai s ant i gos do que

i magi namos. El es vi si t am a Ter r a e às vezes l evam al guma coi sa de nós.

Não há ai nda uma ver dade úni ca e i ncont est ável sobr e o f at o.

Al guns cr êem que sej a vi da de out r o pl anet a, enquant o al guns poucos

acr edi t am que sej a o homem do f ut ur o est udando Hi st ór i a. Mas a quest ão

não é essa, a quest ão é que el es exi st em e i nt er agem com a Ter r a.

O obj et i vo de suas vi si t as f r eqüent es é um mi st ér i o. Suas

abduções podem acont ecer pr at i cament e em qual quer cant o do pl anet a e não

se sabe ao cer t o seus obj et i vos. Nas vezes em que a ví t i ma r et or na à

Ter r a, há uma boa chance de que t enha al gum mat er i al est r anho, de or i gem

al i ení gena, i mpl ant ado em seu cor po. São r ar as as vezes em que esse

mat er i al conf er e à ví t i ma da abdução capaci dades ext r a−humanas, mas, em

t odo caso, esse mat er i al par ece per mi t i r a l ocal i zação i nst ant ânea da

ví t i ma, t al vez at é al go mai s.

Os veí cul os espaci ai s al i ení genas não i dent i f i cados por

r adar , ou OVNI s, conf or me j á f oi compr ovado, podem t er vár i as f or mas. Da

f or ma t r adi ci onal a um enor me e i ndescr i t í vel veí cul o, com mui t as f aces

pl anas e bur acos. Podem par ecer t ambém pi r âmi des ou t et r aedr os. Em

qual quer um dos casos, sua movi ment ação é t ot al ment e nat ur al , como se o

OVNI f osse um ser vi vo. Pode subi r e descer em quest ão de segundo, bem

como par ar no céu por hor as em per f ei t a ór bi t a est aci onár i a em r el ação à

Ter r a. Ai nda não se sabe quai s, al ém das f or mas, são as di f er enças ent r e

el as.

Seus t r i pul ant es nor mal ment e par ecem humanói des anões f r acos,

car ecas, com ol hos t ot al ment e negr os e enor mes e bocas pequenas. El es

di f i c i l ment e apar ecem. É comum ser em vi st os por abduzi dos.

Embor a pouco se sai ba sobr e i sso, f or am vi st os humanos ent r e

el es. As or gani zações ai nda não sabem se er am homens abduzi dos e ví t i mas

de t r at ament os como l avagem cer ebr al , ou se car act er i zavam uma nova e

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

desconheci da espéci e al i ení gena.

Um consel ho: se você avi st ar uma enor me pi r âmi de nos céus, ou

qual quer out r o OVNI , f eche bem as j anel as e r eze par a que el es não t enham

vi ndo buscá−l o. E, se i sso acont ecer , não cor r a. Você não consegui r á

escapar del es, não de seu pr ópr i o dest i no.

Você vê aquel e j ovem r apaz at r avessando a r ua. El e i r r adi a

al go est r anho, par ece cami nhar sem t ocar o chão. El e ent r a em um pr édi o.

Par ece uma i gr ej a. El e ent r a em uma sal a com um or at ór i o, despe−se e se

sent a di ant e do móvel chei o de vel as. Como obr a de magi a, um par de asas

br ancas e empl umadas começa a apar ecer em suas cost as.

O céu e o i nf er no est ão aqui . Há anj os e demôni os ent r e nós.

El es par ecem pessoas nor mai s, mas, ao cont r ár i o de dr agões e out r os, el es

não dei xam de ser anj os ou demôni os par a par ecer em humanos. El es não usam

cami sas, na ver dade. El es f azem par ecer que est ão vest i dos e

desapar ecer em suas asas. I l usão.

Como el es est ão aqui é um mi st ér i o. Acr edi t a−se que t enha

al go a ver com por t ai s, mas nada se pode af i r mar com cer t eza. El es são

di f er ent es de quai squer out r as cr i at ur as, é como se suas ment es

f unci onassem da mesma f or ma.

Um anj o cost uma ser ar r ogant e e excessi vament e conf i ant e.

Cl ar o que pode haver exceções, mas est a é a r egr a. Em sua f or ma

camuf l ada, um anj o não se comuni ca mui t o com as pessoas, como se seu

or gul ho não per mi t i sse cont at o com ser es t ão i nst ávei s, f r acos e

pecador es.

Um demôni o, por out r o l ado, t em a per sonal i dade mai s pr óxi ma

da humana. El es não são t ão ar r ogant es, mas não se ent r egam. São capazes

de mat ar vi ol ent ament e, sem r azão e sem r emor sos. Quando camuf l ados,

i nt er agem mui t o com os humanos. Nor mal ment e t êm empr ego e at é um gr upo de

ami gos.

Embor a não se sai ba, com cer t eza, supõe−se que um demôni o

sej a capaz de r eceber a al ma de um mor t al , em negoci ação. El e per de um

pouco de ener gi a em acor dos que envol vem pr ot eção, por i sso, quando em

desesper o, el e pode mat ar uma pessoa com a qual f ez um acor do. Quando o

mor t al mor r e e a al ma passa a ser do demôni o, est e se f or t al ece ai nda

mai s. A mai or i a dos demôni o t em apenas f or ça f í si ca super i or , mas el es

podem t er agi l i dade e al guns pequenos poder es. Um demôni o pode t er

escamas, cauda, chi f r es, asas de mor cego.

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

Supõe−se que os anj os est ej am aqui por al guma r azão.

Acr edi t a−se que essa r azão sej a mat ar demôni os. Um anj o não consegue

f i car par ado por mai s de um mi nut o di ant e de um demôni o. Seus poder es

est ão r el aci onados com seus at os. Nor mal ment e anj os t êm f or ça super i or à

de um demôni o, podendo t er al guns poder es que envol vam f ogo e capaci dade

de i dent i f i car um demôni o camuf l ado, por exempl o. Assi m como os demôni os,

os anj os não t êm r emor sos se mat ar em um humano dur ant e uma per segui ção,

se f or necessár i o. Mas os anj os t er ão o apoi o da i gr ej a, enquant o os

demôni os ai nda são caçados por el a.

De que l ado você f i car i a em uma l ut a ent r e o céu e o i nf er no?

Anj os ou demôni os? Escol ha à vont ade, mas, i ndependent e do l ado

escol hi do, r eze, r eze mui t o, poi s em uma guer r a sant a quem mai s sof r e é o

povo.

Você per cebe al gum movi ment o ent r e as moi t as. Sent e um

ar r epi o na espi nha. Sabe que há al guma coi sa al i , não sabe bem o quê, mas

só de t ent ar i magi nar o medo chega. Você est á só. Er gue sua espi ngar da e

deci de encar ar os ol hos ver mel hos que o obser vam dent r e as f ol hagens. Mas

dent es assust ador es gar ant em que nada poder á sal vá−l o. . .

Quem nunca ouvi u f al ar em Monst r o do Lago Ness , l obi somens e

coi sas do t i po? Best as mui t o poder osas e, mui t as del as úni cas, que

habi t am a Ter r a. Com cer t eza você j á ouvi u f al ar de pel o menos uma dest as

cr i at ur as. Boat os, mer os r umor es, não é? Não. El as exi st em, e mui t as

est ão bem debai xo dos nossos nar i zes. E não são poucas. Há mui t as best as

aqui . Mui t as que j á f or am vi st as pel o homem e, com cer t eza, mui t as out r as

que ai nda não se apr esent ar am. . .

Vamos começar pel o l obi somem. Depoi s de anal i sar mos um

punhado de casos, t emos a i mpr essão de que cada l obi somem é di f er ent e.

Como nasce um l obi somem ai nda é um mi st ér i o, bem como a per gunt a: t odos

são ou f or am humanos? Embor a não se sai ba a ver dade, há boas suposi ções.

Sabemos que, nos t empos mai s ant i gos, havi a sempr e al guém que f al ava

sobr e a l ut a do homem com demôni os i nt er nos. Poder i a ent ão ser um homem

t omado por um demôni o, ou al gum espí r i t o mal i gno.

Ai nda exi st em di nossaur os na Ter r a. Di nossaur os aquát i cos,

que der am or i gem a l endas. Mas a l ei da nat ur eza di z que os ser es vi vos

evol uem com o t empo, t or nando−se cada vez mel hor adapt ados ao mei o onde

vi vem. Ant es que o homem cr i asse cor agem e saí sse ao mar , em f i gur as

most r avam que cr i am na exi st ênci a de t ai s monst r os. Pode t er si do só um

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

medo i r r aci onal , mas, na ver dade, pode t er si do quase qual quer coi sa.

As l endas f al am. . . Quase t odas f al am a ver dade. El as f al am,

mas o homem, com seu excesso de conf i ança e seu pensament o

ant r opocent r i st a, cada vez menos acr edi t a nel as. Se cada pessoa t em seus

pr ópr i os demôni os par a enf r ent ar , i magi ne quant as best as não t em o

pl anet a. . .

O homem não que acr edi t ar , e j á par t e par a o espaço em busca

de vi da, i gnor ando t odas essas vei as que pul sam no mesmo chão onde pi sa.

Vai par a Mar t e e out r os pl anet as, onde pode haver out r os monst r os, i guai s

aos que não conhecemos, ou pi or es.

Não i mpor t a onde você est ej a, não i mpor t a com que cul t ur a

est á se envol vendo. O que i mpor t a é t er cui dado, t ant o cui dado quant o se

puder t er . E, o mai s i mpor t ant e, não i mpor t a de que boca vei o, não

i mpor t a quão i mpr ovável par eça, mas nunca, nunca mesmo, subest i me as

l endas.

Um col eci onador , par ece um ci dadão nor mal , l ouco por ar t e. Da

j anel a, você o obser va cobr i r cui dadosament e a úl t i ma est át ua da enor me

sal a. Você sent e um f r i o f or t e aí em ci ma, ol ha pr a t r ás e, nada. Vol t a a

ol har par a a sal a, mas o homem sumi u. Não pode t er dei xado a enor me sal a

em t ão pouco t empo. Você ouve um bar ul ho i numano at r ás de você, vi r a−se

e. . .

Desde as er as mai s ant i gas exi st em os dr agões. Ci ent i st as de

t odo o mundo descobr em ossos, f azem suposi ções e chegam a concl usão de

que ser i am apenas r épt ei s gi gant es do passado. Um excel ent e t r abal ho, com

cer t eza est ar i a cer t o, se não exi st i sse al go i ndef i ni do no mundo que

i nsi st e sempr e em mudar t udo.

Um dr agão pode par ecer um T−Rex, um br ont ossaur o ou at é mesmo

um ar queopt er i x, dependendo de sua r aça, de seu t i po. Mas o mai s

assust ador é que, al ém dessa apar ênci a, el es podem par ecer humanos.

Mui t os dr agões ai nda exi st em e est ão espal hados pel o mundo.

Vi vem col eci onando t esour os, pr ef er i ndo t esour os úni cos. Nor mal ment e

i nvest em em ar t e, a ar t e na f or ma mai s sól i da, quadr os e est át uas, por

exempl o.

El es podem mudar de r épt ei s par a humanos quando quer em, mas,

por mot i vos óbvi os, pr ef er em não f azer i sso em públ i co. Seus t esour os são

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

suas vi das. Um dr agão é capaz de mat ar f aci l ment e qual quer um que ameace

a segur ança de seus i t ens val i osos. Suas di ver sões são ol har seu t esour o

e consegui r mai s. Por i sso, al guns usam seu t esour o par a j unt ar mai s

t esour o, const r ui ndo museus. Out r os usar am quant i as adqui r i das dur ant e os

anos par a uma vi da conf or t ável , com empr esas em seu poder .

Foi not ada mai or pr esença de dr agões no cont i nent e ant i go,

mas supõe−se que exi st am em qual quer paí s segur o e de boas condi ções

f i nancei r as.

Os anos r eser vam al gumas sur pr esas. Doi s dr agões, por

i ncr í vel que par eça, t êm mai s de novent a por cent o de chance de j á se

conhecer em, não i mpor t ando onde vi vam.

Os dr agões não envel hecem, mas sof r em evol ução i ndi vi dual ,

mudando o r ost o, o cabel o, com o t empo

Um dr agão não é capaz de cuspi r f ogo como em um desenho

ani mado ( sopr o do dr agão) , mas i sso est á r eal ment e l onge de ser um

pr obl ema. Acr edi t e quando di go: I nt el i gênci a uni da à f or ça é um sér i o

pr obl ema. Dr agões? Pense duas vezes ant es de encar ar um ( no mí ni mo) .

" Você começa a not ar al go como se est i vesse se

mat er i al i zando, na cadei r a do pi ano. É br anco. Par ece uma pessoa, mas não

f i ca sól i do. Par ece um. . .

El a se vi r a par a você após uma not a f i nal . Seu r ost o é br anco

como seus t r aj es. Seus ol hos são negr os e seu ol har par ece o do demôni o.

O pi ano cont i nua a t ocar quando el a sal t a sobr e você. O sust o não t em

t amanho. El a o empur r a da j anel a, r asgando seu pescoço enquant o o pi ano

t oca a mar cha f únebr e. "

Cár l i sson Gal di no − cont o: Dar k Songs

Fant asma. Poucas coi sas podem causar t ant o medo quant o um

aut ênt i co f ant asma. Nada de l ençói s. Um f ant asma é par eci do demai s com

uma pessoa, a di f er ença é que ger a o mai or medo. Uma pessoa t r anspar ent e,

no máxi mo t r ansl úci da, que f l ut ua a al guns cent í met r os do chão, com pel e

e cabel o em sua ver são mor t a, nor mal ment e com r oupas br ancas e que

par ecem t er vi da pr ópr i a e dançar , ao cont at o com o ar , uma t r i st e músi ca

i naudí vel . Esse é o ger ador supr emo do pâni co.

Um f ant asma sur ge quando, por al gum mot i vo, o espí r i t o de um

mor t o não quer abandonar a Ter r a, mas el e não nasce só depoi s da mor t e.

Boa par t e dos f ant asmas começa a nascer dur ant e a vi da do humano.

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

Na ver dade, i sso por que é o espí r i t o que escol he essa opção.

Nor mal ment e, um espí r i t o abal ado e, quase sempr e, i nsano. I sol ament o

t ot al , v i da mui t o r epet i t i va, mor t e vi ol ent a ao ext r emo. São f at os assi m

que ger am f ant asmas. I sso em nosso mundo oci dent al e avançado. Out r os

povos podem t er f or mas pr ópr i as. Um í ndi o que t em seu cor po i ner t e

agr edi do, por exempl o, é um candi dat o.

Um f ant asma pr eci sa f azer mui t o esf or ço par a se t or nar

vi sí vel e capaz de agi r com o mundo dur ant e o di a. Por i sso el es pr ef er em

a noi t e e a penumbr a.

Um f ant asma, uma vez que é l i vr e da mat ér i a, pode ser t ão

f or t e ou f r aco quant o acha que é.

El es não pr eci sam de nada em especi al par a cont i nuar em

exi st i ndo. Na ver dade, a mai or i a del es pr eci sa f i car sozi nha, por i sso

el es pr ef er em l ocai s abandonados.

Cada um é movi do por causas di f er ent es. Quando a causa é

cumpr i da, el es podem vi ver em paz. Mas al guns del es, pr i nci pal ment e os

que r eal i zam os t r abal hos que f azi am na vi da r epet i t i vament e, t endem a

exi st i r em par a sempr e.

Uma pessoa com f é pur a e ver dadei r a, ar dor osa segui dor a de

Deus, pode dar a um f ant asma a chance de i r embor a e descansar em paz.

Pel o menos quat r o qui nt os dos f ant asmas j amai s r ecusar i am essa chance,

mas sempr e há os que quer em compl i car .

Sua bol a de f ut ebol cai u na mansão abandonada? Quer sai r de

casa à mei a−noi t e? E pr eci sa passar pel o cemi t ér i o? Quer um consel ho?

Tr anque−se em casa e só sai a às nove da manhã, a não ser que não t enha

medo dessas bobagens . . .

I magi ne−se em casa, di ant e daquel e enor me espel ho do ar már i o,

quando r epent i nament e sua i magem desapar ece j unt o com o r ef l exo do r est o

do quar t o, sendo subst i t uí da por uma out r a i magem, um l ugar est r anho. O

que você f ar i a nessa si t uação? Pense bem, poi s i sso pode acont ecer com

qual quer um.

I sso se dá devi do a um est r anho ef ei t o cósmi co. O l ei t or j á

ouvi u f al ar em wor mhol es ( bur acos de mi nhoca) ? Caso a r espost a sej a

negat i va. . . A ci ênci a t er r áquea j á vi u al go sobr e wor mhol es, são

di st or ções na r eal i dade. I magi ne duas est r anhas ener gi as gêmeas com

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

pr opr i edades ant i gr avi t aci onai s. Suponha que uma sej a separ ada da out r a

e, pel o f at o de ser em gêmeas, cont i nuem l i gadas. I sso cr i ar i a um bur aco

de mi nhoca na r eal i dade. Os doi s ext r emos est ão na r eal i dade, enquant o o

bur aco em si est á i nvi sí vel , de f or a, como bur acos de mi nhoca na t er r a

mol hada. O ef ei t o obt i do ser i a par eci do com o dos encanament os do Super

Már i o. Tudo que ent r ar por um l ado sai i nst ant aneament e do out r o. Um

ext r emo de wor mhol e se par ecer i a com uma esf er a de um out r o l ugar , t empo

ou ambos. O concei t o de wor mhol e é, na ver dade, um pouco mai s compl i cado

que i st o, mas i sso j á bast a.

A quest ão é que de f at o é possí vel cr i ar t únei s espaço−

t empor ai s, mas o homem não t em ai nda ( supõe−se) t ecnol ogi a par a cr i ar

wor mhol es ( el es pr eci sam ser cr i ados) . Um por t al , por out r o l ado, sur ge

espont aneament e. Nor mal ment e apar ecendo em l ocai s pl anos, como par edes e

espel hos, el es sur gem e cost umam dur ar pouco t empo ant es de

desapar ecer em. Enquant o at i vos, dão a al guém que event ual ment e o vej a, a

sensação de que est á em out r o l ugar . A r eal i mpr essão de se est ar

per i gosament e per t o da f r ont ei r a da r eal i dade. Qual quer ser ou obj et o que

t enha di mensões suf i c i ent es, poder á at r avessar o por t al .

Essa mani f est ação cósmi ca pode dur ar de al guns mi l i onési mos

de segundo a al guns di as. Qual quer mat ér i a que at r avesse e não consi ga

vol t ar ant es do f echament o do por t al , t ende a f i car pr esa par a sempr e

nesse out r o mundo.

Um por t al cost uma l evar a out r os pl anet as, sat él i t es e ast r os

f r i os. Quase sempr e, de composi ção e massa at mosf ér i cas quase i guai s às

da Ter r a. Fel i zment e at é hoj e j amai s se abr i u um por t al que l eve ao

vácuo, pel o menos não por t empo suf i c i ent e par a que sej a not ado. Ao que

par ece, quant o mai s di f er enças exi st i r em ent r e os doi s pl anet as l i gados

pel o por t al , mai s i nst ável ser á est e por t al .

A aber t ur a de um por t al não é um f ei t o sat i sf at or i ament e

expl i cado. Supõe−se que t enha al guma r el ação com os t eór i cos wor m−hol es.

Bast a l embr ar que a l i ber ação de cer t os gases pel o sol o pode ger ar

pequenos t únei s par eci dos com bur acos de mi nhoca. Suspei t a−se que a ant i −

gr avi dade aj a de f or ma si mi l ar no mant o da r eal i dade.

Por f i m, uma out r a di mensão acessí vel apenas por por t al pode

esconder vi da, pode t er subst ânci as e cr i at ur as l et ai s e t al vez at é

sobr enat ur ai s. Val e, ent ão, a di ca: se avi st ar um por t al , f i que l onge.

Tão l onge quant o f or possí vel , poi s nunca se sabe se dout r o l ado há um

bom vel hi nho ou um demôni o i r r aci onal .

Assassi nat os mi st er i osos est avam acont ecendo. Você vi u um

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

homem ser mor t o por al go i nvi sí vel . Não par eci a um f ant asma. Agi u de di a

e dei xava pegadas de cal çados. Você o segue, segui ndo as pegadas. As

pegadas acabam, você pr ocur a ao r edor at é que vê um br i l ho met ál i co

adi ant e. Um r ai o de l uz ci nza par t e dest e br i l ho e acer t a seu ombr o. A

dor de quei madur a o consome.

É possí vel , embor a sej a r eal ment e mui t o r ar o, al guém do

f ut ur o chegar aqui . Um vi aj ant e do t empo pode chegar de i númer as

manei r as. Mui t os poucos dos que vêm, que j á são poucos, t r azem o

equi pament o ut i l i zado dur ant e a vi agem. Vi st o que não se t em cer t eza de

que houve vi da gr andement e i nt el i gent e no passado ( f at o pouco pr ovável ) ,

não r ecebemos vi si t as de quem sal t ou no t empo, e si m de quem r ecuou. Na

ver dade, podemos r eceber vi si t as de al i ení genas que sal t ar am no t empo,

mas não t emos como saber se i sso é ou não f at o.

Pr i mei r o, al gumas coi sas pr eci sam ser escl ar eci das. É

possí vel que se vol t e no t empo, mas quem apar ece por aqui não vem

exat ament e do nosso f ut ur o. Já di sse Al ber t Ei nst en, qual quer um que

t ent e r egr essar no t empo ser á l ançado em um uni ver so par al el o.

I sso si gni f i ca que, quando o vi aj ant e vol t a no t empo, cai em

um uni ver so par al el o. Um l ugar exat ament e i gual ao del e, at é o t empo em

que el e chegou, vi ndo do f ut ur o. E qual quer coi sa que por el e f or f ei t a

al t er ar á a hi st ór i a, mas não a do seu passado, a hi st ór i a dest e out r o

uni ver so par al el o.

É r eal ment e di f í c i l acei t ar i sso, poi s j á exi st em out r as

di mensões ou pl anos, que usam esse concei t o de par al el i smo. Com pl anos, o

uni ver so passa a ser consi der ado de quat r o di mensões ao i nvés de t r ês. E,

acr escent ando i sso a uni ver sos par al el os, vai par a 5D. Esse númer o

cr escent e l eva a cr er que, assi m como o pr ópr i o uni ver so, seu númer o de

di mensões é mui t o gr ande e desconheci do, t al vez t endendo ao i nf i ni t o.

Não se sabe o que pode f azer al guém r ecuar no t empo, sabendo

que j amai s r et or nar á ao seu pr ópr i o f ut ur o. El es podem t er um obj et i vo

especi al , ar mas e i t ens est r anhos de uma t ecnol ogi a mi l êni os à nossa

f r ent e.

Quant o à vi agem, nós t er r áqueos j á desenvol vemos t eor i as, mas

como a pr át i ca at r asa sempr e, nesses assunt os. . . Uma das t eor i as mai s

pl ausí vei s é a da cent r í f uga. Um obj et o gi r ando em t or no de seu pr ópr i o

ei xo à vel oci dade da l uz. Cr ê−se que o cor po humano não r esi st i r i a a t al

mét odo. A f or ma de cont or nar i sso pode t er si do o r esf r i ament o do

vi aj ant e e do ar à sua vol t a, at é o zer o absol ut o, ant es do i ní ci o do

pr ocesso. A vi agem poder i a aquecer o cor po ao pont o de se chegar quase em

sua t emper at ur a nor mal . I sso r eduzi r i a o máxi mo de anos que se pode

r ecuar no t empo. Lembr o que essa é apenas uma t eor i a.

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

Cui dado com os vi aj ant es. Assi m como os OVNI s, não se sabe a

que vêm, só se sabe que vêm com t ecnol ogi a avançada, capaz de nos sal var

ou de nos mat ar .

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

No Br asi lNo Br asi lNo Br asi lNo Br asi lNo Br asi lNo Br asi lNo Br asi lNo Br asi lNo Br asi l

A quant i dade de pessoas que sabe que i sso exi st e é t ão

pequena que al guém poder i a di zer que ni nguém nunca ouvi u f al ar . E o pi or

é que, com esse nome, quase t odos dos poucos que sabem sobr e a exi st ênci a

desse depar t ament o f eder al , cr êem que se t r at a de al o como pol í ci a

secr et a e espi onagem.

DAC é um ór gão r ecent e do Br asi l , vol t ado par a a i nvest i gação

de OVNI s e coi sas do t i po. Essa é a úni ca r azão de sua exi st ênci a.

Foi cr i ado há al guns anos, t al vez doi s ou t r ês, com ver bas e

o banco de dados da FAB. Caso não sai ba, at é pouco t empo at r ás, er a a FAB

que cui dava de gr andes acont eci ment os do t i po e det i nha f ot os e mat ér i as

de amador es sobr e o assunt o.

Embor a não pudesse cobr i r mui t os dos casos desse t i po, a FAB

apar ent ement e não gost ou da i nt r omi ssão desse novo ór gão, bem como o f at o

de t er o banco de dados copi ado.

O DAC, desde que sur gi u, t em pr ocur ado ent ender o mundo e, a

par t i r di sso, ent ender cada f at o i ndi vi dual . Essa é a f i l osof i a del es, e

t êm por obj et i vo t i r ar concl usões mai s pr eci sas e agi r cor r et ament e em

cada caso.

Assi m, como o t esour o naci onal , t al vez ai nda mai s, não se

sabe onde f i ca a base, o depar t ament o em si , embor a se suponha que seus

agent es pi nt em mai or f r eqüênci a em Br así l i a. El es não são at i ngi dos pel a

j ust i ça e t êm uma sér i e de di r ei t os, como i nvasão de pr opr i edade pr i vada,

desde que t enham al gum mot i vo.

Seus agent es, que não são mui t os, usam os cl ássi cos t er nos

pr et os − pel o menos doi s agent es j á f or am vi st os usando t er nos vi nho −, e

possuem Magnum . 44 como ar mas.

O Depar t ament o de Assunt os Conf i denci ai s, t al vez por ser

r ecent e, ai nda não cobr e nem a met ade dos acont eci ment os est r anhões em

t er r i t ór i o br asi l ei r o, mas agem bem mai s que a FAB e t êm como obj et i vo o

t ot al domí ni o desse t i po de assunt o.

Não pr eci sa di zer que el es odei am que ci vi s f i quem xer et ando

onde não cabem. El es só avi sam uma vez. . .

O DAC t em por vol t a de cem agent es e não est á cr escendo t ão

r ápi do pel o r ecei o de que se t or ne conheci do pel o públ i co. I sso i r i a

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

desest r ut ur ar uma sér i e de f at or es, poi s as pessoas passar i am a agi r com

medo, sabendo que al go hor r í vel exi st e l á f or a, e que é t ão per i goso que

o gover no separ ou mi l har es de pessoas par a i nvest i gar .

Remover pr ovas e ar qui var dados é o que el es f azem, em

r esumo.

Não se pode encont r ar nada sobr e o DAC. Por hor as que se

f i que pl ugado, ser á em vão e, se os ar qui vos da Namel ess f or em

consul t ados, encont r ar −se−á apenas o si gni f i cado da si gl a.

Os agent es do DAC, como a médi a dos agent es desse t i po de

or gani zação, são bem i nt el i gent es, e t êm al t as habi l i dades di pl omát i cas.

Mot e: Vocês não t êm aut or i zação par a est ar em aqui , deci dam:

vão embor a por bem ou por mal ?

Uma or gani zação não−gover nament al , f undada por al guns homens

r i cos e i nf l uent es de t odo o Br asi l , t endo como úni co obj et i vo a

descober t a da ver dade.

A empr esa f oi f undada. Seu obj et i vo: r et er dados sobr e

ext r at er r est r es, best as, f at os bi zar r os e t udo o mai s. Seu nome: nenhum.

Pel o menos no começo, quando seus f undador es não chegavam a um acor do

quant o a i sso. Al gum t empo depoi s, enquant o a dúvi da per si st i a, al guém

t eve a i déi a de mant er a associ ação sem nome, bat i zando−a como Sem−Nome,

um nome bem−r el aci onado com os seus obj et i vos, Obj et os Voador es Não−

I dent i f i cados e f at os i nacei t ávei s e, por t ant o, ai nda sem nome of i ci al .

Assi m sur gi u a Namel ess.

A Namel ess, embor a r ecent e, cont a com vár i os ór gãos

compl et os. Os Rat os f oi um dos pr i mei r os. São um gr upo de af i ns com

comput ador es. Um gr upo t ão or gani zado e capaz que deu à Namel ess t odos os

pr ogr amas de que pr eci sa. Essa equi pe é r esponsável pel a ar qui vação dos

dados, por sua segur ança e pel a obt enção de mai s dados at r avés da r ede.

El a é f or mada por pr ogr amador es e hacker s, al guns at é t r abal ham, em

hor ár i os di f er ent es, par a sof t war ehouses.

Os guar ás são out r a equi pe bast ant e i nt er essant e. São os que

vi vem i nf i l t r ados na soci edade. São pessoas nor mai s at é r eceber em um

chamado e uma mi ssão. Al guns são advogados e j or nal i st as, al go r eal ment e

út i l . Quant o aos j or nal i st as guar á, mui t as vezes há quem vej a al go f or a

do comum e quei r a cont ar o f at o a al guém, poi s t em uma l ouca vont ade de

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

que t odos acr edi t em na ver dade que é, par a el e agor a, i ncont est ável .

Essas pessoas vão ao j or nal e ent r egam à r edação um t ext o sobr e o f at o. O

f at o é ar qui vado pel a Namel ess e f i m da hi st ór i a. Nest e gr upo há t ambém

pol i c i ai s, psi cól ogos, vendedor es e um gr ande l eque de t i pos.

Os caçador es são gr upos cobr i ndo t odo o paí s, com o obj et i vo

de f azer a ent r ada de dados na Namel ess. São os que cor r em at r ás de

boat os, t or cem par a que sej am ver dades e, se f or em, t i r am f ot os e f azem

r el at ór i os sobr e o ocor r i do. A pr i nci pal di f er ença ent r e el es e os guar ás

é que os caçador es vão at é os dados, enquant o os out r os esper am que el es

cheguem.

Os subgr upos de t odos os gr upos ci t ados, mas, pr i nci pal ment e,

dos caçador es, são di f er enci ados por nomes de f el i nos.

Como é uma or gani zação r ecent e, f i ca di f í c i l di zer sua

posi ção em r el ação ao gover no, uf ol ogi st as e o r est ant e do mundo, mas

supõe−se que com o t empo, a Namel ess conqui st e al guma i ni mi zade. Al i ás,

exi st e o DAC, que não vê com bons ol hos a i ni ci at i va da NL. Como o númer o

de obst ácul os, pel o menos em casos assi m, é di r et ament e pr opor ci onal à

quant i dade de i nf or mações, esper a−se que a vi da dos homens Sem−Nome se

compl i que mui t o em br eve.

Um homem encapuzado passa por você como um r el âmpago. Você

ol ha espant ado quando el e j á est á l onge. Cont i nua andando. Duas best as,

uma amar el a e out r a pr et a passam voando sobr e o asf al t o no r ast r o do

homem que acabar a de passar .

Os caçador es. São gr upos i ncumbi dos de descobr i r pr ovas sobr e

a ver dade. O cur i oso é que cada gr upo de caçador es, mani pul ado pel a

Namel ess, não sabe da exi st ênci a dos demai s.

Dent r o da Namel ess, cada gr upo t em sua ár ea de at uação.

Quant o ao equi pament o que el es car r egam, var i a de equi pe par a

equi pe. O úni co padr ão são as best as, t odos os gr upos as ut i l i zam. Ar mas

não são encont r adas com f r eqüênci a, e si m câmer as f i l mador as,

f ot ogr áf i cas, mi cr of ones e coi sas do t i po.

Jaguar : ár ea de at uação: Nor dest e. Veí cul os: uma best a

amar el a. Responsável : Paul o Ri st .

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

Onça: ár ea de at uação: Sul . Veí cul os: uma best a pr et a e

amar el a. Responsável : Ul i sses Dedr i r .

Gat o−do−Mat o: ár ea de at uação: Cent r o−Oest e. Veí cul os: uma

best a mar r o−escur a. Responsável : Paul o Ri st .

Jaguat i r i ca: ár ea de at uação: Nor t e. Veí cul os: duas best as

ver de−escur as . Responsável : Í gor Buhcágh.

Leão: ár ea de at uação: Sudest e, excet o SP. Veí cul os: uma

best a amar el a−quei mada. Responsável : Si l vi o Nedi x .

Guepar do: ár ea de at uação: São Paul o. Veí cul os: Uma best a

ver mel ha, t r ês mot os . Responsável : Kádi o Xi st o.

Obr i gação: sempr e di sponí vei s par a as caçadas .

Cada gr upo t em sua manei r a pr ópr i a de se r euni r . Enquant o os

j aguar es são cont at ados um a um, pessoal ment e, os onças são chamados por

t el ef one, em um códi go que muda, no máxi mo, a cada mês. Os guepar dos, por

out r o l ado, são chamados at r avés da i nt er net .

Sal ár i o? Que nada! Depende do que consegui r em. Pode i r de cem

a cem mi l r eai s, par a t odo o gr upo. Cl ar o que os caçador es t êm al go mai or

que os pr ende. A busca pel a ver dade e o i nt er esse em cr escer em com a

Namel ess e, quem sabe, vi r em a se t or nar gr andes pessoas dent r o da

empr esa.

Mot e: Um di a é de caça; O out r o, do caçador

Um homem eni gmát i co que est á ent r e os cr i ador es da Namel ess,

em busca da ver dade. Um homem que abandonou São Paul o, com mul her e um

f i l ho, e vei o par ar em Al agoas. Um mi l i onár i o cer cado de mi st ér i os.

Paul o Ri st nasceu em São Paul o, her dando uma modest a f or t una

de um t i o ger mâni co aos vi nt e anos. Em uma vi agem à mansão onde o t i o

mor ava, descobr i u al go que o dei xou cur i oso. Seu t i o t i nha mor r i do por

r azões ai nda desconheci das. El e havi a desapar eci do de sua casa t ão bem

pr ot egi da. Ni nguém havi a not ado anor mal i dade al guma f or a da mansão. Os

guar das, os cães, ni nguém par eci a t er vi st o nada. Seu cor po f oi

encont r ado uma semana depoi s, a uma di st ânci a consi der ável da mansão.

Est ava t ot al ment e r essecado. Seu advogado f ez a úni ca coi sa que podi a ser

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Namel ess − Cár l i sson Gal di no

f ei t a: cont at ou o her dei r o. Paul o Ri st achar a a hi st ór i a mui t o est r anha e

começou a i nvest i gar por cont a pr ópr i a. Ent r evi st ou cada um dos guar das

i ndi vi dual ment e. Todos havi am vi st o al guma coi sa quando apr esent ados a

al gumas cédul as de cem dól ar es. Mas nada f azi a sent i do, poi s el es di zi am

t er vi st o um obj et o est r anho, gr ande e em f or ma de di sco, pr óxi mo à

j anel a do quar t o de seu t i o.

Fr ust r ado com essa hi st ór i a, Paul o f oi dor mi r . Acr edi t ava que

er a uma ment i r a combi nada, at é ameaçar a doi s guar das à pr i são. Foi ent ão

que el e vi u. Di ant e de seus pr ópr i os ol hos. O di sco voado par ou, pr óxi mo

à j anel a, l ançou uma f or t e l uz br anco−azul ada e par t i u. Havi a si do

ver dade, e Paul o só quer i a por as mãos nesses i nvasor es.

Anos depoi s, casado e com um f i l ho, novo, Paul o Ri st j á havi a

encont r ado de t udo em sua busca. Pessoas abduzi das, out r as que af i r mavam

t er em vi st o f ant asmas, e gent e que vi a o pr ópr i o demôni o.

Foi por essa época que começou a r eceber ameaças. E começou a

t er cont at o com OVNI s. Em um desses cont at os, el es l he di sser am que o

per i go não er am el es, er a al guém per t o de Paul o. O her dei r o dos Ri st

l evant ou al gumas suspei t as, conf i r madas depoi s por seus novos ami gos

ext r at er r est r es. Er a um humano. Pel o menos par eci a humano, poi s domi nava

uma t ecnol ogi a i nacr edi t ável . Par eci a t er conheci ment o ampl o e um

obj et i vo.

Paul o Ri st não esper ou par a conf i r mar suas suspei t as quant o

ao obj et i vo desse est r anho. Junt ou sua f amí l i a e f oi par a Al agoas. Mesmo

assi m, sua vi da er a di f í c i l , v i v i a t enso.

El e só se acal mou quando r ecebeu i nf or mações, dos céus, de

que o seu pr edador havi a si do capt ur ado pel a pat r ul ha espaci al de Eur opa,

Jupt er . Er a el e quem t i nha mat ado seu t i o.

Com t ant as hi st ór i as escondendo f at os que se most r avam cada

vez mai s compl exos, Paul o r esol veu est udá−l o e, com al guns ami gos de t odo

o paí s, que t i nham exper i ênci as e i nt er esses par eci dos, f undou a

Namel ess.

Mot e: Não i mpor t a como f açam i sso. Eu só quer o que descubr am

a ver dade.

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