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SALVADOR SÁBADO 22/9/2018 4 2 CRÔNICA DO Pausa para Alienação Jaguar Cartunista Rio de Janeiro - Nada que lem- bre eleições, jornal, TV. Botei um CD do Nelson Cavaquinho na vitrola e tirei do baú uma entrevista que fiz há 20 anos com seu parceiro Guilherme de Brito para um finado jornal. Poucos identificam esse autor nas conhecidas músicas de Nel- son, como A Flor e o Espinho, Folhas Secas lembram? “Meu pai tocava violão, amadoristi- camente, minha mãe foi aluna de Silval Silva. Eles juntavam amigos para fazer serestas. Era uma casa de vila. Eu muito pe- queno, tinha 10 anos. Ele me deu um cavaquinho e comecei logo a tocar alguma coisa. Meu pai morreu, nossa vida degrin- golou. Ele era ferroviário e mi- nha mãe levou dez anos para receber a pensão. O dono da casa era amigo da gente, não cobrou aluguel durante esse tempo. Mesmo assim foi um sufoco. Minha mãe conseguiu uma carta de recomendação para Office Boy na casa Edison, que vendia instrumentos. Eu fa- zia serenatas debaixo das ja- nelas das namoradas. E me ga- rantia como cantor, imitava Or- lando Silva. A essa altura, eu cantava na rádio Vera Cruz. Eu e mais dez cantores participa- mos do Programa Aurora. Nin- guém ganhava nada. Um dia dona Aurora me deu uma nota de dez mil réis. Guardo até hoje. Eu era casado, estava no maior aperto, mas não gastei o di- nheiro. Tinha aquela panelinha de cantores de um lado e de compositores de outro. Hoje, todo mundo compõe e canta. Era muito difícil entrar naquele meio. Eu saía do trabalho e ia para a praça Tiradentes, que era perto. O ponto dos composi- tores era em frente ao Teatro Carlos Gomes. O Ataulfo Alves ficava no Café Nice, a elite dos compositores se reunia lá. A galera ficava na calçada do Tea- tro. Dava um giro pela rádio Mayrinck Veiga, pela Nacional, mas os seguranças não me dei- xavam frequentar o bar da rá- dio. Chegava tarde em casa, meio calibrado, e levava bronca da mulher. Estava quase de- sistindo de ser compositor. O que se bebia naquela época? Cachaça, conhaque, cerveja preta. Sul-Americana era o que Nelson bebia. Ademilde Fon- seca e Roberto Silva cantavam minhas músicas, mas gravar que é bom... Na rádio Roquete Pinto, o cantor Augusto Calhei- ros gostou de uma valsa, pro- meteu gravar. Um dia me ligou: Passe na Todamerica para as- sinar o contrato. Os dois lados do disco eram valsas. Finalmen- te cheguei lá, fiz parcerias com os Vocalistas Tropicais e outros. Como meu caminho cruzou com o do Nelson? Eu morava em Ramos, ia de trem para o trabalho. Foi o único emprego que tive. Passei a frequentar o bar São Jorge, sempre cheio de gente em torno do seu violão verde. Eu ficava com Nelson uns minutos e depois pegava o trem. Às vezes voltava e o en- contrava na mesma mesa. Um dia peguei a primeira parte de um samba e mostrei para ele. Era Garças. Ele fez a segunda e assim começou a parceria. Du- rou uns 40 anos, até a sua mor- te. Eu chegava em casa à meia-noite, era a hora que ele saía por aí. Ficamos amigos e ele fez uma proposta: não faria música com outros e eu tam- bém não. Pela minha parte o acordo foi cumprido. Ele pre- varicou duas ou três vezes, sem- pre com a desculpa de que es- tava de porre”. “Botei um CD do Nelson Cavaquinho na vitrola e tirei do baú uma entrevista que fiz há 20 anos com seu parceiro Guilherme de Brito” GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA POLÍTICA BRASILEIRA / RODRIGO DA SILVA A obra, que tem pre- fácio do jornalista Pe- dro Bial é dedicada a todas as pessoas que tentam entender o país e se assustam com os desmandos. O au- tor critica sobretudo o Estado brasileiro atra- vés de rica análise Leya/ 336 págs/ R$ 44,90/ www. leya.com.br ARMÁRIO DE LETRAS EUFRATES / ANDRÉ DE LEONES A obra, que traz nar- rativa cinematográfi- ca, narra a história de dois amigos e suas re- lações familiares. Am- bientado entre os anos 1991 e 2013 no Brasil, Argentina e Jerusa- lém, foca as aspirações e as desventuras hu- manas. O autor foi re- velado pelo Prêmio Sesc de Literatura de 2006 Record / 392 págs. / R$ 57,90/ www. record.com. br W / ROGER MELLO Premiado escritor de livros infantis, Roger Mello estreia no ro- mance adulto com uma ousada incursão no mundo da cartogra- fia como arte e metá- fora. W, o persona- gem-título, e Egon são irmãos e representam pontos cardeais opos- tos (W: Oeste e Egon: Leste), filhos de um cartógrafo. Elogiado pela crítica. Global/ 144 páginas/ R$ 39 O CORAÇÃO DA ESFINGE / COLLEEN HOUCK Livro 2 da série juvenil Deuses do Egito. A ga- rota Lily Young viveu uma grande aventura com Amon, um prín- cipe egípcio. Depois que ele foi exilado no mundo dos mortos, Li- ly se refugiou na fa- zenda dos avós. Mas Amon deixou com ela um amuleto que os co- necta... Arqueiro/ 368 páginas/ R$ 49,90/ E-book: R$ 29,99 COM OS PÉS NA ÁFRICA / SÉRGIO TÚLIO CALDAS O livro, conta a história de um rapaz que re- solve ir para a África e tem como primeiro destino, Angola. Em uma terra desconheci- da, ele passa por mui- tas dificuldades, mas vai aprendendo muita coisa sobre história, geografia e cultura das regiões que visita. Mo- derna/ 104 págs./ R$ 50 / www. moder- na. com.br A INTUICIONISTA / COLSON WHITEHEAD Vencedor do Pulitzer com Underground Railroad: Os Caminhos Para a Liberdade, Whi- tehead tem livro de es- treia publicado no Bra- sil. Ficção científica de fundo político, A Intui- cionista trata de racis- mo e mobilidade so- cial em uma cidade cheia de arranha-céus. Harper Collins/ 320 p./ R$ 39,90/ E-book: R$ 29,90 A MENINA DA MONTANHA / TARA WESTOVER O livro conta a traje- tória de vida de Tara Westover, uma jovem americana que vivia isolada da sociedade e só foi para escola aos 17 anos. Dividida em duas partes, a história mostra sua infância nas montanhas de Idaho, nos Estados Unidos, e o momento que ela vai para a fa- culdade. Rocco / 336 p. / R$ 44,90 MÚSICA Como parte do Festival da Primavera, a Orquestra Popular da Bahia e Lenine fazem shows gratuitos no Largo da Mariquita Bossa Nova e MPB se encontram no Rio Vermelho CATHARINA DOURADO* Feira de artes, oficinas, espe- táculos teatrais e exposições são algumas das atrações do Festival da Primavera, que co- meçou no último dia 15 e se- gue até o fim do mês com uma programação gratuita. Hoje, porém, o destaque vai para os shows que acontecem a partir das 19h no Largo da Mariquita, no boêmio bairro do Rio Ver- melho: Orquestra Popular da Bahia (OPB) e Lenine. Criada em 2012 pelo saxo- fonista, flautista e arranjador Tukano Sax, a Orquestra Po- pular da Bahia surgiu na cena musical baiana trazendo rit- mos e canções da axé music. No repertório, toca músicas au- torais, além de releituras de grandes clássicos do gênero como É D’Oxum, Baianidade Nagô e Me Abraça. Para a apresentação no Fes- tival da Primavera, a OPB fará algo diferente. Como proposta do produtor Dode Meireles junto a Marcos Grisenti, o show será uma grande homenagem à Bossa Nova, que comemora 60 anos em 2018. “Pensamos em homena- gear a Bossa Nova porque é o maior movimento da música brasileira, usando o gancho de seus 60 anos”, explica Dode As cantoras vão se revezar no palco. “A orquestra faz o ins- trumental e convida uma can- tora de cada vez para cantar três músicas. No final, todas cantam juntas”, explica o maestro Tukano Sax. Lenine Depois da orquestra, às 21h, o cantor e compositor Lenine so- be no palco com o show Lenine em Trânsito. A última vez que o pernambucano esteve em Salvador foi no mês de maio, quando se apresentou na Con- cha Acústica do TCA. Acompanhado por Jr. Tostoi (guitarra), Guila (baixo), Bru- no Giorgi (guitarra, bandolim e baixo) e Pantico Rocha (bate- ria), o cantor é a maior atração do festival e finaliza a noite deste segundo sábado de evento, que marca o início da nova estação. O Festival da Pri- mavera, porém, não acaba ho- je. Toda a programação pode ser conferida no site oficial do evento: festivaldaprimave- ra.salvador.ba.gov.br. FESTIVAL DA PRIMAVERA – ORQUESTRA POPULAR DA BAHIA E LENINE / LARGO DA MARIQUITA – RIO VERMELHO / HOJE, A PARTIR DAS 19H / ENTRADA FRANCA *SOB A SUPERVISÃO DA EDITORA MÁRCIA MOREIRA Meireles. No show, 14 músicos compõem a orquestra para en- toar clássicos dos anos de 1950, 1960 e 1970, como as canções Garota de Ipanema, Chega de Saudade e Águas de Março. Convidadas Essa não é a primeira vez que a OPB faz esse tipo de apre- sentação. Junto a Margareth Menezes, a orquestra já apre- sentou esse repertório bos- sa-novista para alunos de es- cola pública durante o projeto Eu Faço Cultura deste ano. Des- sa vez, os músicos fazem show em praça pública, acompanha- dos pelas cantoras Carla Visi, Cátia Guimma, Ellen Wilson e Márcia Short. “Fico muito feliz em poder cantar com uma orquestra, em homenagear a Bossa Nova e estar ao lado de cantoras que eu admiro muito”, diz Carla Visi. “Vou começar minha pri- mavera muito bem”, diz. Divulgação A Orquestra Popular da Bahia (OPB) apresenta um repertório que celebra os 60 anos da Bossa Nova

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SALVADOR SÁBADO 22/9/20184 2CRÔNICA

DO

Pausa para Alienação

JaguarCartunista

Rio de Janeiro - Nada que lem-bre eleições, jornal, TV. Boteium CD do Nelson Cavaquinhona vitrola e tirei do baú umaentrevista que fiz há 20 anoscom seu parceiro Guilherme deBrito para um finado jornal.Poucos identificam esse autornas conhecidas músicas de Nel-son, como A Flor e o Espinho,Folhas Secas lembram? “Meupai tocava violão, amadoristi-camente, minha mãe foi alunade Silval Silva. Eles juntavamamigos para fazer serestas. Erauma casa de vila. Eu muito pe-queno, tinha 10 anos. Ele medeu um cavaquinho e comeceilogo a tocar alguma coisa. Meupai morreu, nossa vida degrin-golou. Ele era ferroviário e mi-nha mãe levou dez anos para

receber a pensão. O dono dacasa era amigo da gente, nãocobrou aluguel durante essetempo. Mesmo assim foi umsufoco. Minha mãe conseguiuuma carta de recomendaçãopara Office Boy na casa Edison,que vendia instrumentos. Eu fa-zia serenatas debaixo das ja-nelas das namoradas. E me ga-rantia como cantor, imitava Or-lando Silva. A essa altura, eucantava na rádio Vera Cruz. Eue mais dez cantores participa-mos do Programa Aurora. Nin-guém ganhava nada. Um diadona Aurora me deu uma notadedezmil réis.Guardoatéhoje.Eu era casado, estava no maioraperto, mas não gastei o di-nheiro. Tinha aquela panelinhade cantores de um lado e decompositores de outro. Hoje,todo mundo compõe e canta.Era muito difícil entrar naquelemeio. Eu saía do trabalho e iaparaapraçaTiradentes,queeraperto. O ponto dos composi-tores era em frente ao Teatro

Carlos Gomes. O Ataulfo Alvesficava no Café Nice, a elite doscompositores se reunia lá. Agalera ficava na calçada do Tea-tro. Dava um giro pela rádioMayrinck Veiga, pela Nacional,mas os seguranças não me dei-xavam frequentar o bar da rá-

dio. Chegava tarde em casa,meio calibrado, e levava broncada mulher. Estava quase de-sistindo de ser compositor. Oque se bebia naquela época?Cachaça, conhaque, cervejapreta. Sul-Americana era o queNelson bebia. Ademilde Fon-

seca e Roberto Silva cantavamminhas músicas, mas gravarque é bom... Na rádio RoquetePinto, o cantor Augusto Calhei-ros gostou de uma valsa, pro-meteugravar.Umdiameligou:Passe na Todamerica para as-sinar o contrato. Os dois lados

dodiscoeramvalsas.Finalmen-te cheguei lá, fiz parcerias comos Vocalistas Tropicais e outros.Como meu caminho cruzoucom o do Nelson? Eu moravaem Ramos, ia de trem para otrabalho. Foi o único empregoque tive. Passei a frequentar obar São Jorge, sempre cheio degente em torno do seu violãoverde.EuficavacomNelsonunsminutos e depois pegava otrem. Às vezes voltava e o en-contrava na mesma mesa. Umdia peguei a primeira parte deum samba e mostrei para ele.Era Garças. Ele fez a segunda eassim começou a parceria. Du-rou uns 40 anos, até a sua mor-te. Eu chegava em casa àmeia-noite, era a hora que elesaía por aí. Ficamos amigos eele fez uma proposta: não fariamúsica com outros e eu tam-bém não. Pela minha parte oacordo foi cumprido. Ele pre-varicouduasoutrêsvezes,sem-pre com a desculpa de que es-tava de porre”.

“Botei um CD do Nelson Cavaquinho na vitrolae tirei do baú uma entrevista que fiz há 20anos com seu parceiro Guilherme de Brito”

GUIA POLITICAMENTE

INCORRETO DA POLÍTICA

BRASILEIRA / RODRIGO DA

SILVA

A obra, que tem pre-fácio do jornalista Pe-dro Bial é dedicada atodas as pessoas quetentam entender opaíseseassustamcomos desmandos. O au-tor critica sobretudo oEstado brasileiro atra-vés de rica análiseLeya/ 336 págs/R$ 44,90/ www.leya.com.br

ARMÁRIO DE LETRAS

EUFRATES / ANDRÉ DE LEONES

A obra, que traz nar-rativa cinematográfi-ca, narra a história dedois amigos e suas re-lações familiares. Am-bientadoentreosanos1991 e 2013 no Brasil,Argentina e Jerusa-lém,focaasaspiraçõese as desventuras hu-manas. O autor foi re-velado pelo PrêmioSesc de Literatura de2006 Record / 392págs. / R$ 57,90/www. record.com. br

W / ROGER MELLO

Premiado escritor delivros infantis, RogerMello estreia no ro-mance adulto comuma ousada incursãonomundodacartogra-fia como arte e metá-fora. W, o persona-gem-título, e Egon sãoirmãos e representampontos cardeais opos-tos (W: Oeste e Egon:Leste), filhos de umcartógrafo. Elogiadopela crítica. Global/144 páginas/ R$ 39

O CORAÇÃO DA ESFINGE /

COLLEEN HOUCK

Livro 2 da série juvenilDeuses do Egito. A ga-rota Lily Young viveuuma grande aventuracom Amon, um prín-cipe egípcio. Depoisque ele foi exilado nomundo dos mortos, Li-ly se refugiou na fa-zenda dos avós. MasAmon deixou com elaum amuleto que os co-necta... Arqueiro/ 368páginas/ R$ 49,90/E-book: R$ 29,99

COM OS PÉS NA ÁFRICA /

SÉRGIO TÚLIO CALDAS

Olivro,contaahistóriade um rapaz que re-solve ir para a África etem como primeirodestino, Angola. Emuma terra desconheci-da, ele passa por mui-tas dificuldades, masvai aprendendo muitacoisa sobre história,geografiaeculturadasregiões que visita. Mo-derna/ 104 págs./R$ 50 / www. moder-na. com.br

A INTUICIONISTA / COLSON

WHITEHEAD

Vencedor do Pulitzercom UndergroundRailroad: Os CaminhosPara a Liberdade, Whi-tehead tem livro de es-treia publicado no Bra-sil. Ficção científica defundo político, A Intui-cionista trata de racis-mo e mobilidade so-cial em uma cidadecheia de arranha-céus.Harper Collins/ 320p./ R$ 39,90/ E-book:R$ 29,90

A MENINA DA MONTANHA /

TARA WESTOVER

O livro conta a traje-tória de vida de TaraWestover, uma jovemamericana que viviaisolada da sociedade esó foi para escola aos17 anos. Dividida emduas partes, a históriamostra sua infâncianas montanhas deIdaho, nos EstadosUnidos, e o momentoque ela vai para a fa-culdade. Rocco / 336p. / R$ 44,90

MÚSICA Como parte do Festival da Primavera, a Orquestra Popular da Bahia e Lenine fazem shows gratuitos no Largo da Mariquita

Bossa Nova e MPB se encontram no Rio VermelhoCATHARINA DOURADO*

Feira de artes, oficinas, espe-táculos teatrais e exposiçõessão algumas das atrações doFestival da Primavera, que co-meçou no último dia 15 e se-gue até o fim do mês com umaprogramação gratuita. Hoje,porém, o destaque vai para osshows que acontecem a partirdas19hnoLargodaMariquita,no boêmio bairro do Rio Ver-melho: Orquestra Popular daBahia (OPB) e Lenine.

Criada em 2012 pelo saxo-fonista, flautista e arranjadorTukano Sax, a Orquestra Po-pular da Bahia surgiu na cenamusical baiana trazendo rit-mos e canções da axé music.Norepertório, tocamúsicasau-torais, além de releituras degrandes clássicos do gênerocomo É D’Oxum, BaianidadeNagô e Me Abraça.

Para a apresentação no Fes-tival da Primavera, a OPB faráalgo diferente. Como propostado produtor Dode MeirelesjuntoaMarcosGrisenti,oshowserá uma grande homenagemà Bossa Nova, que comemora60 anos em 2018.

“Pensamos em homena-gear a Bossa Nova porque é omaior movimento da músicabrasileira, usando o gancho deseus 60 anos”, explica Dode

Ascantorasvãoserevezarnopalco. “A orquestra faz o ins-trumental e convida uma can-tora de cada vez para cantartrês músicas. No final, todascantam juntas”, explica omaestro Tukano Sax.

LenineDepois da orquestra, às 21h, ocantor e compositor Lenine so-be no palco com o show Lenineem Trânsito. A última vez queo pernambucano esteve emSalvador foi no mês de maio,quando se apresentou na Con-cha Acústica do TCA.

Acompanhado por Jr. Tostoi(guitarra), Guila (baixo), Bru-noGiorgi (guitarra,bandolimebaixo) e Pantico Rocha (bate-ria), o cantor é a maior atraçãodo festival e finaliza a noitedeste segundo sábado deevento, que marca o início danova estação. O Festival da Pri-mavera, porém, não acaba ho-je. Toda a programação podeser conferida no site oficial doevento: festivaldaprimave-ra.salvador.ba.gov.br.

FESTIVAL DA PRIMAVERA – ORQUESTRA

POPULAR DA BAHIA E LENINE / LARGO DA

MARIQUITA – RIO VERMELHO / HOJE, A

PARTIR DAS 19H / ENTRADA FRANCA

*SOB A SUPERVISÃO DA EDITORA MÁRCIA

MOREIRA

Meireles. No show, 14 músicoscompõem a orquestra para en-toar clássicos dos anos de1950, 1960 e 1970, como ascanções Garota de Ipanema,Chega de Saudade e Águas deMarço.

ConvidadasEssa não é a primeira vez quea OPB faz esse tipo de apre-sentação. Junto a MargarethMenezes, a orquestra já apre-sentou esse repertório bos-sa-novista para alunos de es-

cola pública durante o projetoEu Faço Cultura deste ano. Des-sa vez, os músicos fazem showem praça pública, acompanha-dos pelas cantoras Carla Visi,Cátia Guimma, Ellen Wilson eMárcia Short.

“Fico muito feliz em podercantar com uma orquestra, emhomenagear a Bossa Nova eestar ao lado de cantoras queeu admiro muito”, diz CarlaVisi. “Vou começar minha pri-mavera muito bem”, diz.

Divulgação

A OrquestraPopular da Bahia(OPB) apresentaum repertório quecelebra os 60 anosda Bossa Nova