mudança climática global e saúde ulisses e. c. confalonieri fiocruz 50ª reunião extraordinária...
TRANSCRIPT
Mudança Climática Global e SaúdeMudança Climática Global e Saúde
ULISSES E. C. CONFALONIERIFIOCRUZ
50ª Reunião Extraordinária do CONAMA
30 de maio, 2007
RoteiroRoteiro
•Clima e saúde no Brasil (7 lâminas)Clima e saúde no Brasil (7 lâminas)
•Informações do IPCC (24 lâminas)Informações do IPCC (24 lâminas)
•Mapa brasileiro de vulnerabilidade (9 lâminas)Mapa brasileiro de vulnerabilidade (9 lâminas)
RoteiroRoteiro
•Clima e saúde no Brasil (7 lâminas)Clima e saúde no Brasil (7 lâminas)
•Informações do IPCC (24 lâminas)Informações do IPCC (24 lâminas)
•Mapa brasileiro de vulnerabilidade (9 lâminas)Mapa brasileiro de vulnerabilidade (9 lâminas)
jan
/80
ma
i/8
0
se
t/8
0
jan
/81
ma
i/8
1
se
t/8
1
jan
/82
ma
i/8
2
se
t/8
2
jan
/83
ma
i/8
3
se
t/8
3
jan
/84
ma
i/8
4
se
t/8
4
jan
/85
ma
i/8
5
se
t/8
5
IPA
SOI
0
5
10
15
20
25
30
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
IPA para Malária e SOI em Roraima
1980-1985
IPA para Malária e SOI em Roraima
1980-1985
0
5
10
15
20
25
jan/8
5
mai/8
set/
85
jan/8
6
mai/8
set/
86
jan/8
7
mai/8
set/
87
jan/8
8
mai/8
set/
88
jan/8
9
mai/8
set/
89
jan/9
0
mai/9
set/
90
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4 IPA
SOI
IPA para Malária e SOI em Roraima
1985-1990
IPA para Malária e SOI em Roraima
1985-1990
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
JAN FEB MAR APR MAY JUN JUL AUG SEP OCT NOV DEC
1995 1996 1997
Casos de Malária no Estado de Roraima, Norte do Brasil
1995 –1996 – 1997
Casos de Malária no Estado de Roraima, Norte do Brasil
1995 –1996 – 1997
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 19970
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000Casos ImportadosCasos Autóctones
Casos de Malária no Estado de Maranhão, Nordeste do Brasil, 1977–
1997
Casos de Malária no Estado de Maranhão, Nordeste do Brasil, 1977–
1997
Número de Casos de Leishmaniose Visceral no Estado de Piauí, Brasil
1980–1996
Número de Casos de Leishmaniose Visceral no Estado de Piauí, Brasil
1980–1996
11
68
244
312
435
326
125
46 47
162
201
86
173
697
778
407
239
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996
Número de Casos de Leishmaniose Visceral no Estado de Maranhão,
Brasil
1982–1996
Número de Casos de Leishmaniose Visceral no Estado de Maranhão,
Brasil
1982–1996
41
159
569
422
135
68
42
172
91
61
89
537 534
263
144
0
100
200
300
400
500
600
1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996
I – Mortes em acidentes (1966–1996), especialmente deslizamentos de terra: 514 óbitos
I – Mortes em acidentes (1966–1996), especialmente deslizamentos de terra: 514 óbitos
II – Casos de Leptospirose (1975–1996): 3497 casos
II – Casos de Leptospirose (1975–1996): 3497 casos
Dois surtos importante
s
Dois surtos importante
s
1988 = 536 casos(incidência: 10 / 100.000)1988 = 536 casos(incidência: 10 / 100.000)
1996 = 1830 casos(incidência: 32 / 100.000)1996 = 1830 casos(incidência: 32 / 100.000)
Impactos na Saúde de Tempestades e Inundações na
Cidade do Rio de Janeiro
Impactos na Saúde de Tempestades e Inundações na
Cidade do Rio de Janeiro
PAINEL INTERGOVERNAMENTAL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS (IPCC)
QUARTO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO
(AR 4)
Mudança climática
Exposições diretas(ex. desastres)
Condições ambientais
Exposições indiretas (ecologia de vetores; produção de alimentos, etc.)
Impactos na saúde
Sistema de saúde
Rupturas socio-econômicas
Condiçõessociais
Influência modificadora
*
*
Diagrama esquemático dos mecanismos através dos quais a mudança climática afeta a saúde
IMPLICAÇÕES, PARA A SAÚDE, DE MUDANÇAS EM OUTROS SETORES
(Produção de alimentos)
Em baixas latitudes, especialmente nos trópicos sazonalmente secos, o potencial de produção agrícola poderá decrescer, mesmo com pequenos aumentos de temperatura, aumentando o risco de fome
IMPLICAÇÕES, PARA A SAÚDE, DE MUDANÇAS EM OUTROS SETORES(Recursos Hídricos)
As áreas afetadas pelas secas provavelmente irão aumentar...a
disponibilidade de água deverá decrescer nas latitudes médias e nos
trópicos secos
IMPLICAÇÕES, PARA A SAÚDE, DE MUDANÇAS EM OUTROS SETORES(Recursos Hídricos)
Mudanças hidrológicas afetarão a qualidade da água de lagos e rios
IMPLICAÇÕES, PARA A SAÚDE, DE MUDANÇAS EM OUTROS SETORES
(Ecossistemas)
Alterações na reprodução, migração e distribuição geográfica de espécies de plantas e animais
IMPLICAÇÕES, PARA A SAÚDE, DE MUDANÇAS EM OUTROS SETORES(Sistemas costeiros)
Centenas de milhões de pessoas estão vulneráveis a inundações devidas ao aumento do nível do mar, especialmente em áreas baixas e densamente populosas, onde a capacidade adaptativa é baixa
IPCC2080
3,2 bilhões sem acesso à água
600 milhões em regime de escassez alimentar
2-7 milhões deslocados por inundações costeiras
América LatinaInsegurança Alimentar
75 milhões em 2020 (71 + 5)
85 milhões em 2080
América Latina2080
178 milhões sem acesso à água
Redução de 30% da produção agrícola
IMPLICAÇÕES, PARA A SAÚDE, DE MUDANÇAS EM OUTROS SETORES
(Indústria, assentamentos e sociedade)
As comunidades mais pobres podem ser especialmente vulneráveis por se concentrarem em áreas de alto risco, por terem menor capacidade adaptativa e por serem mais dependentes de recursos locais sensíveis ao clima (água, alimentos)
SAÚDE:Efeitos Observados
Aumento da mortalidade por ondas de calor na Europa
Alterações na distribuição e abundância de vetores (Europa): encefalite por carrapato e “língua azul”
Mudanças na concentração e sazonalidade de pólen alergênico na atmosfera (hemisfério norte)
SAÚDE(Sumário Executivo)
Os impactos adversos na saúde serão maiores nos países de renda baixa. Os grupos populacionais sob maior risco, em todos os países, incluem as populações pobres de zonas urbanas; idosos; crianças; as sociedades tradicionais; agricultores de subsistência e comunidades costeiras
SAÚDE:Efeitos Futuros
A saúde será afetada através de (**D):
Aumento da desnutrição, com implicações para o crescimento e desenvolvimento infantil
Aumento da morbidade e mortalidade causadas por ondas de calor, tempestades, inundações, secas e incêndios
Aumento na carga de doenças diarréicas
SAÚDE:Efeitos Futuros
Aumento na incidência de doenças cardio-respiratórias devido a maiores concentrações de ozônio a nível do solo
Alterações na distribuição espacial de populações de vetores de doenças infecciosas
(mosquitos etc)
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SAÚDE: SITUAÇÕES - PROBLEMA NO BRASIL
I - Aumento de temperatura e redução de
chuvas no norte e nordeste:
Doenças de veiculação hídrica Deficiências nutricionais Migrações (redistribuição de endemias)
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SAÚDE: SITUAÇÕES - PROBLEMA NO BRASIL
II - Tempestades e inundações em
aglomerados urbanos:
Acidentes e traumas (deslizamentos) Epidemias de leptospirose (veiculação pela
água)
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SAÚDE: SITUAÇÕES - PROBLEMA NO BRASIL
III - Endemias: mudanças nos períodos de
transmissão e na distribuição espacial
Malária Dengue Leishmanioses
Johns Hopkins University School of Public HealthCourse: Global Environment and Health
SAÚDE:Efeitos Futuros
Aumento na incidência de doenças cardio-respiratórias devido a maiores concentrações de ozônio a nível do solo
Alterações na distribuição espacial de populações de vetores de doenças infecciosas
(mosquitos etc)
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SAÚDE: SITUAÇÕES - PROBLEMA NO BRASIL
Os cenários de malária para a Amazônia estarão dependentes do que acontecer com com a floresta e seu ciclo hidrológico
BRASILPontos de Grande Vulnerabilidade
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO DE ESPÉCIES ENDÊMICAS E/OU AMEAÇADAS, ESPECIALMENTE AQUELAS LIMITADAS POR GRANDES BARREIRAS GEOGRÁFICAS (GRANDES RIOS; MONTANHAS ETC)
SAÚDE:Efeitos Futuros
As mudanças climáticas trarão estresses adicionais que irão se sobrepor a situações e problemas de saúde já existentes, podendo aumentar a sua intensidade, freqüência e extensão
Adaptação às Mudanças Climáticas:Setor de Saúde
Informar a população sobre possíveis riscosAumentar eficácia dos programas de controle
de endemiasMelhoria do sistema de saúdeEstabelecimento de sistemas de alerta precoce
Conceitos BásicosConceitos Básicos
RISCO = PERIGO + VULNERABILIDADERISCO = PERIGO + VULNERABILIDADE
RISCO
RISCO
Probabilidade de ocorrência de efeitos adversos decorrentes do perigo
Probabilidade de ocorrência de efeitos adversos decorrentes do perigo
PERIGOPERIGO Fatores físicos associados com eventos meteorológicos extremos
Fatores físicos associados com eventos meteorológicos extremos ex.: – precipitação
– temperatura
– inundação
ex.: – precipitação
– temperatura
– inundação
Conceito de VulnerabilidadeConceito de Vulnerabilidade
“Características de uma pessoa ou grupo em termos de sua capacidade de antecipar, lidar com, resistir e
recuperar–se dos impactos de um desastre climático.”
“Características de uma pessoa ou grupo em termos de sua capacidade de antecipar, lidar com, resistir e
recuperar–se dos impactos de um desastre climático.”(BLAIKIE et al., 1994)(BLAIKIE et al., 1994)
• O índice de uma dimensão é a média aritmética simples de seus indicadores padronizados.
• Os índices por dimensão tem valores entre 0 e 1.• Quanto mais próximo de 0, pior é a situação relativa.
• O índice de uma dimensão é a média aritmética simples de seus indicadores padronizados.
• Os índices por dimensão tem valores entre 0 e 1.• Quanto mais próximo de 0, pior é a situação relativa.
PlanoPlanoEspVidaEspVidaMortInfMortInfSAÚDESAÚDE
LixoLixoEsgotoEsgotoÁguaÁguaSANEASANEA
EscolaridadeEscolaridadeEDUCAEDUCA
PobrezaPobrezaCômodoCômodoRENDARENDA
UrbanaUrbanaDensidadeDensidadeDEMOGDEMOG
IIIIIIII
IIIIIIII
IIII
IIIIII
IIIIII
3311
3311
2211
2211
Cálculo dos índices por dimensãoCálculo dos índices por dimensão
SAUDESANEAEDUCARENDADEMOG IIIIIIVS 51
onde:onde:
IDEMOG: Índice para DemografiaIRENDA: Índice para RendaIEDUCA: Índice para EducaçãoISANEA: Índice para SaneamentoISAUDE: Índice para Saúde
IDEMOG: Índice para DemografiaIRENDA: Índice para RendaIEDUCA: Índice para EducaçãoISANEA: Índice para SaneamentoISAUDE: Índice para Saúde
• O IVS é a média aritmética simples dos 5 índices por dimensão
• Com base nos critérios adotados, valores baixos de IVS estão associados a baixa vulnerabilidade.
• O IVS é a média aritmética simples dos 5 índices por dimensão
• Com base nos critérios adotados, valores baixos de IVS estão associados a baixa vulnerabilidade.
Cálculo do Índice de Vulnerabilidade
Social
AM
ROAC
RRAP
PA
MA
PI
CE
RN
PB
PE
AL
SE
BA
TO
MGGO
MT
MS
SP
PR
SC
RS
ES
RJ
DF
IVSE0,100 - 0,180
0,181 - 0,250
0,251 - 0,380
0,381 - 0,620
0,621 - 0,760
0 380 760 1.140 1.520190Quilômetros
Mapa do IVSE nos Estados do Brasil
Mapa do IVSE nos Estados do Brasil
AM
RO
AC
RR
AP
PA
MA
PI
CE
RN
PB
PE
ALSE
BA
TO
MGGO
MT
MS
SP
PR
SC
RS
ES
RJ
DF
IVE0,015 - 0,028
0,029 - 0,097
0,098 - 0,147
0,148 - 0,229
0,230 - 0,310
0 380 760 1.140 1.520190Quilômetros
Mapa do IVE nos Estados do Brasil
Mapa do IVE nos Estados do Brasil
IVSE
0,100 - 0,180
0,181 - 0,250
0,251 - 0,380
0,381 - 0,620
0,621 - 0,760
IVE
0,015 - 0,027
0,027 - 0,097
0,097 - 0,146
0,146 - 0,228
0,228 - 0,310
IVC
0,000 - 0,098
0,099 - 0,279
0,280 - 0,414
0,415 - 0,549
0,550 - 1,000
AM
RO
AC
RRAP
PA
MA
PI
CE
RN
PB
PE
AL
SEBA
TO
MGGO
MS
SP
PR
SC
RS
ES
RJ
DF
MT
0 380 760 1.140 1.520190Quilômetros
Mapa dos IVSE, IVE e IVC nos Estados do Brasil
Mapa dos IVSE, IVE e IVC nos Estados do Brasil
RS, MS, DF, PR, RO, SC, AM, GO, AC
0,1 < IVG<= 0,2I
0,5 < IVG<= 0,7 ALV
0,4 < IVG<= 0,5 PI, CE, PE, BA, MAIV
0,3 < IVG<= 0,4 RN, PB, SEIII
0,2 < IVG<= 0,3MG, SP, AP, RJ, MT, ES, RR, PA, TO
II
Valor do IVGValor do IVG UF UF
MA
IOR
VU
LN
ER
AB
ILID
AD
EM
AIO
R V
ULN
ER
AB
ILID
AD
EClassificação dos
Estados Segundo o IVGClassificação dos
Estados Segundo o IVG
AM
RO
AC
RR
AP
PA
MA
PI
CE
RN
PB
PE
AL
SEBA
TO
MGGO
MT
MS
SP
PR
SC
RS
ES
RJ
DF
IVG0,133 - 0,141
0,142 - 0,239
0,240 - 0,339
0,340 - 0,481
0,482 - 0,6430 380 760 1.140 1.520190
Quilômetros
Mapa do IVG nos Estados do Brasil
Mapa do IVG nos Estados do Brasil
ObrigadoObrigado!!ObrigadoObrigado!!ObrigadoObrigado!!ObrigadoObrigado!!ObrigadoObrigado!!