monitoramento ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/processo...

250
Monitoramento Ambiental PCH Santa Gabriela Relatório Técnico 16 Sonora-MS / Itiquira-MT Março/2014

Upload: doantuong

Post on 20-Jan-2019

247 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Monitoramento Ambiental

PCH Santa Gabriela

Relatório Técnico 16

Sonora-MS / Itiquira-MT

Março/2014

Page 2: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

2

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ÍNDICE

1. IDENTIFICAÇÃO .......................................................................................................................... 13

2. APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 14

3. PCH SANTA GABRIELA .............................................................................................................. 14

3.1. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS RESERVATÓRIO ................................................................ 15

3.2. DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA .................................................................................. 16

3.3. ASPECTOS FÍSICOS ............................................................................................................... 16

3.3.1. Climatologia ................................................................................................................... 16

3.3.2. Recursos Hídricos ......................................................................................................... 17

3.3.3. Características de Geologia e Geomorfologia .............................................................. 18

3.3.4. Recursos Minerais ......................................................................................................... 19

3.3.5. Ocorrência, Distribuição dos Solos nas Área de Influência Direta (AID) ...................... 19

4. PROGRAMA DE CONTROLE DE PROCESSOS EROSIVOS E PROTEÇÃO ÀS MARGENS DO

RESERVATÓRIO .................................................................................................................................. 21

4.1. ÁREA DE ESTUDO .................................................................................................................. 21

4.2. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................... 23

4.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................... 24

4.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 39

4.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 41

4.6. RESPONSÁVEL TÉCNICO: ....................................................................................................... 42

4.7. ANEXOS ................................................................................................................................ 42

5. PROGRAMA DE MONITORAMENTO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO ...................................... 45

5.1. ÁREA DE ESTUDO .................................................................................................................. 45

5.2. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................................... 47

5.2.1. Hidrometria – Medição de Vazão e Batimetria .............................................................. 47

5.2.2. Hidrossedimentologia - Método de Descarga do Sedimento em Suspensão por

Integração Vertical......................................................................................................................... 49

5.2.3. Análise em Laboratório.................................................................................................. 50

5.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................... 51

5.3.1. Descarga Líquida .......................................................................................................... 52

5.3.2. Sedimentos em Suspensão .......................................................................................... 54

5.3.3. Sedimentos de Leito ...................................................................................................... 59

5.3.4. Descarga sólida ............................................................................................................. 62

5.3.4.1. Descarga sólida em suspensão ................................................................................ 62

5.3.4.2. Descarga Sólida de Leito .......................................................................................... 63

5.3.4.3. Descarga Sólida Total ............................................................................................... 65

5.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 67

5.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 70

5.6. ANEXOS ................................................................................................................................ 71

Page 3: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

3

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

5.7. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS ..................................................................................................... 72

6. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA ......................................... 100

6.1. ÁREA DE ESTUDO ................................................................................................................ 100

6.2. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................................... 103

6.2.1. Parâmetros Físico-Químicos e Microbiológicos .......................................................... 103

6.2.2. Parâmetros Biológicos................................................................................................. 104

6.2.2.1. Comunidade Fitoplanctônica ................................................................................... 104

6.2.2.2. Comunidade Zooplanctônica ................................................................................... 105

6.2.2.3. Comunidade Bentônica ........................................................................................... 106

6.2.2.4. Macrófitas Aquáticas ............................................................................................... 107

6.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................. 107

6.3.1. Análises Físico-Químicas ............................................................................................ 108

6.3.1.1. Alcalinidade ............................................................................................................. 111

6.3.1.2. Alumínio ................................................................................................................... 111

6.3.1.3. Amônia .................................................................................................................... 111

6.3.1.4. Cádmio .................................................................................................................... 112

6.3.1.5. Chumbo ................................................................................................................... 113

6.3.1.6. Cloretos Totais ........................................................................................................ 114

6.3.1.7. Cobre Dissolvido e Total ......................................................................................... 114

6.3.1.8. Condutividade Elétrica............................................................................................. 115

6.3.1.9. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)............................................................... 116

6.3.1.10. Demanda Química de Oxigênio (DQO) ................................................................... 116

6.3.1.11. Ferro Dissolvido e Total........................................................................................... 116

6.3.1.12. Fósforo Reativo Solúvel e Total .............................................................................. 116

6.3.1.13. Índice de Fenóis ...................................................................................................... 117

6.3.1.14. Nitrato ...................................................................................................................... 118

6.3.1.15. Nitrito ....................................................................................................................... 118

6.3.1.16. Níquel ...................................................................................................................... 118

6.3.1.17. Nitrogênio Total ....................................................................................................... 119

6.3.1.18. Oxigênio Dissolvido ................................................................................................. 119

6.3.1.19. pH ............................................................................................................................ 120

6.3.1.20. Potássio ................................................................................................................... 121

6.3.1.21. Salinidade ................................................................................................................ 121

6.3.1.22. Sódio........................................................................................................................ 121

6.3.1.23. Sólidos Suspensos Totais ....................................................................................... 122

6.3.1.24. Sulfato Total ............................................................................................................ 123

6.3.1.25. Turbidez ................................................................................................................... 123

6.3.1.26. Zinco Total ............................................................................................................... 123

6.3.2. Análise dos Parâmetros Microbiológicos e Biológicos ................................................ 124

Page 4: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

4

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.3.2.1. Coliformes Totais e Termotolerantes ...................................................................... 124

6.3.2.2. Clorofila-a e Feofitina-a ........................................................................................... 124

6.3.2.3. Comunidade Fitoplantônica ..................................................................................... 125

6.3.2.4. Comunidade Zooplanctônica ................................................................................... 138

6.3.2.5. Comunidade de Invertebrados Bentônicos ............................................................. 148

6.3.2.6. Macrófitas Aquáticas ............................................................................................... 156

6.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 163

6.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 166

6.6. RESPONSÁVEL TÉCNICO ...................................................................................................... 174

6.7. ANEXOS .............................................................................................................................. 174

7. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA FLORA E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS

DEGRADADAS (PRAD) ..................................................................................................................... 180

7.1. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................ 181

7.2. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................. 183

7.2.1. Atividades de manutenção do PRAD .......................................................................... 183

7.2.2. Monitoramento do PRAD............................................................................................. 189

7.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 212

7.4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 214

7.5. RESPONSÁVEL TÉCNICO: ..................................................................................................... 215

7.6. ANEXOS .............................................................................................................................. 215

8. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL .............................. 218

8.1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVAS ...................................................................................... 218

8.2. OBJETIVOS.......................................................................................................................... 219

8.3. METAS ................................................................................................................................ 219

8.4. ATIVIDADES DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................ 220

8.4.1. Levantamento de dados e Diagnósticos. .................................................................... 220

8.4.2. Visitas à Gerência Municipal de Educação da cidade de Sonora – MS e Secretaria

Municipal de Educação de Itiquira-MT. ....................................................................................... 220

8.4.3. Palestra “PCH Santa Gabriela e Sustentabilidade” .................................................... 222

8.4.3.1. Município de Itiquira-MT – Data 19/12/2013. .......................................................... 222

8.4.3.2. Município de Sonora-MS – Data 20/12/2013. ......................................................... 224

8.5. ATIVIDADES DO PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ........................................................ 227

8.6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 231

8.7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 232

8.8. RESPONSÁVEL TÉCNICO ...................................................................................................... 233

8.9. ANEXOS .............................................................................................................................. 233

Page 5: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

5

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

LISTA DE FOTOS Foto 1. Cercamento na margem direita do rio Correntes em boas condições estruturais. A) março de

2013; B) julho de 2013; C) outubro de 2013 e D) janeiro de 2014. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

............................................................................................................................................................... 24

Foto 2. Cercamento do canal de adução em boas condições estruturais impedindo o acesso de

animais silvestres. A) março de 2013; B) julho de 2013; C) outubro de 2013 e D) janeiro de 2014.

Fotos: Acervo ANAMBI, 2013/2014. ..................................................................................................... 25

Foto 3. Área A1 região inicialmente considerada crítica, com vegetação nativa em estágio de

regeneração. A) março de 2013; B) julho de 2013; C) outubro de 2013 e D) janeiro de 2014. Fotos:

Acervo ANAMBI, 2013/2014. ................................................................................................................ 26

Foto 4. Ponto na área A2 na campanha de março de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ................ 27

Foto 5. Ponto na área A2 na campanha de julho de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. .................. 27

Foto 6. Ponto na área A2 na campanha de outubro de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. .............. 28

Foto 7. Ponto na área A2 na campanha de janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2014. ............... 28

Foto 8. Erosão em sulco presente na Área 03 com evidente crescimento da vegetação detalhe para

os sacos com solo natural observados na campanha de março de 2013. Fotos: Acervo ANAMBI,

2013. ...................................................................................................................................................... 29

Foto 9. Erosão em sulco presente na Área 03 com evidente crescimento da vegetação detalhe para

os sacos com solo natural observados na campanha de julho de 2013. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013.

............................................................................................................................................................... 29

Foto 10. Erosão em sulco presente na Área 03 com evidente crescimento da vegetação detalhe para

os sacos com solo natural observado na campanha de outubro de 2013. Fotos: Acervo ANAMBI,

2013. ...................................................................................................................................................... 30

Foto 11. Erosão em sulco presente na Área 03 com evidente crescimento da vegetação observado

na campanha de janeiro de 2014. Fotos: Acervo ANAMBI, 2014. ....................................................... 30

Foto 12. Vista geral da voçoroca presente na área A4 com presença de vegetação no seu interior nas

campanhas de 2012. Foto: Acervo ANAMBI, 2012. ............................................................................. 31

Foto 13. Vista geral da voçoroca presente na área A4 com presença de vegetação no seu interior nas

campanhas realizadas entre A e B 13ª campanha e C e D 16ª campanha. Foto: Acervo ANAMBI,

2013/2014. ............................................................................................................................................. 32

Foto 14. Desenvolvimento da vegetação no processo erosivo da Margem esquerda do reservatório,

A) 2010, B) 2012 e C) março 2013, D) Julho 2013 E) Outubro 2013 e F janeiro 2014. Foto: Acervo

ANAMBI, 2013/2014. ............................................................................................................................. 33

Foto 15. Canaletas de drenagem d’água no processo erosivo da margem esquerda do reservatório,

com presença de areia. A) julho de 2013; B) outubro de 2013 e C) janeiro de 2013. Foto: Acervo

ANAMBI, 2013/2014. ............................................................................................................................. 34

Foto 16. Talude no processo erosivo da margem esquerda do reservatório, com infiltração no

cimento. A) outubro de 2013 e B) janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014. ...................... 34

Foto 17. Área localisada no bota fora 2-3 com presença de processos erosivo no sistema de

escoamento em decorrencia das fortes chuvas. Foto: Acervo BRENNAND ENERGIA 2013. ............ 35

Page 6: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 18.. Ações de recuperação do sistema de contenção e escoamento de água no bota fora 2-3. A)

enchimento da sacaria B) Detalhe dos novos tubos C) e D) Bag´s abertos para cobrir os barrancos.

Foto: Acervo BRENNAND ENERGIA 2013. ......................................................................................... 36

Foto 19. Sistema de contenção e escoamento de água no bota fora 2-3 Bag´s abertos para cobrir os

barrancos na campanha de julho de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ........................................... 37

Foto 20. Sistema de contenção e escoamento de água no bota fora 2-3 Bag´s abertos para cobrir os

barrancos na campanha de outubro de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ....................................... 37

Foto 21. Sistema de contenção e escoamento de água no bota fora 2-3 Bag´s abertos para cobrir os

barrancos na campanha de janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ........................................ 38

Foto 22. Bota fora 2-3 com presença de gramineas e ausencia de processos erosivos na campanha

de julho de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ................................................................................... 38

Foto 23. Bota fora 2-3 com presença de gramineas e ausencia de processos erosivos na campanha

de outubro de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ............................................................................... 39

Foto 24. Bota fora 2-3 com presença de gramineas e ausencia de processos erosivos na campanha

de janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2014. ................................................................................ 39

Foto 25. Pontos de coleta na área de influência direta e indireta da PCH Santa Gabriela. (A):

Montante do Barramento; (B): Jusante do Barramento. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013. ..................... 46

Foto 26. Medição de descarga líquida com Molinete Hidrométrico MNL-7 e contador CPD-10. Foto:

Acervo ANAMBI, 2013. ......................................................................................................................... 49

Foto 27. Amostragem de Sedimentos em Suspensão com amostrador DH - 48. Fotos: Acervo

ANAMBI, 2013. ...................................................................................................................................... 50

Foto 28. Estações de coleta do monitoramento da PCH Santa Gabriela. A=Montante;

B=Reservatório; C=Tributário; D=Trecho de Vazão Reduzida e E= Jusante. Fotos: Acervo ANAMBI,

2014. .................................................................................................................................................... 102

Foto 29. Procedimentos de coleta de amostra físico-química. Foto: Acervo ANAMBI, 2014. ........... 103

Foto 30. Procedimento de amostragem qualitativa para análises fitoplânctonica na área de

monitoramento da PCH Santa Gabriela. Foto: Acervo ANAMBI, 2014. ............................................. 104

Foto 31. Procedimento de amostragem para análises de zooplâncton na área de monitoramento da

PCH Santa Gabriela. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ........................................................................... 106

Foto 32. Acisanthera limnobios registrada no Rio Correntes, PCH Santa Gabriela. ......................... 161

Foto 33. Xyris laxifolia registrada no Rio Correntes, PCH Santa Gabriela. ....................................... 161

Foto 34. Pontederia parviflora registrada no Rio Comprido, PCH Santa Gabriela. ........................... 162

Foto 35. Proliferação de Pontederia parviflora registrada no encontro do Rio Comprido com Rio

correntes, PCH Santa Gabriela. .......................................................................................................... 162

Foto 36. Tomada de altura da muda durante a 16ª campanha de monitoramento da PCH Santa

Gabriela. Foto: Acervo ANAMBI, 2014. .............................................................................................. 183

Foto 37. Replantio de mudas substituindo as mudas mortas e acrescentando novas mudas nas áreas

em recuperação. A e B: Transporte das mudas, C e D: Preparação das covas e E e F: Replantio das

mudas. Foto: Acervo BRENNAND ENERGIA, 2013. .......................................................................... 184

Page 7: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

7

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 38. Adubação realizada nas mudas das áreas em recuperação. Fotos A e B, Acervo ANAMBI,

2013. Fotos C e D, Acervo BRENNAND ENERGIA, 2013. ................................................................ 187

Foto 39. Mudas evidenciando o coroamento realizado nas áreas em recuperação. Fotos: A, B e C

Acervo BRENNAND ENERGIA, 2013. Foto D, Acervo ANAMBI, 2013.............................................. 188

Foto 40. Área adjacente a PCH Santa Gabriela onde foi constatado ações de desmatamento. Foto:

Acervo ANAMBI, 2013. ....................................................................................................................... 189

Foto 41. Muda com inicio de rebrota durante período de maior pluviosidade. Foto: Acervo ANAMBI,

2014. .................................................................................................................................................... 191

Foto 42. A) Aspecto geral da Área B1, evidenciando o desenvolvimento da Brachiaria. B) Mudas de

baixo porte evidenciando o coroamento e a presença de gramíneas no seu entorno na campanha de

Março/2013 Foto: Acervo ANAMBI, 2013. .......................................................................................... 193

Foto 43. Aspecto geral da Área B1, evidenciando o desenvolvimento das gramíneas na campanha de

Julho/2013 Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ........................................................................................... 193

Foto 44. Fotos, A) Aspecto geral da Área B1, B) competição das mudas com as gramíneas, C) coroa

com invasão de gramíneas e D) coroa ainda sem invasão de gramíneas na campanha de

outubro/2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ....................................................................................... 194

Foto 45. Fotos, A) Aspecto geral da Área B1 evidenciando a presença de gramíneas, B) resquício do

coroamento realizado no inicio de 2013, C) muda com coroa totalmente invadida por gramíneas na

campanha realizada em janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2014............................................. 195

Foto 46. Mudas de baixo porte na área B2 evidenciando o coroamento e a presença de gramíneas no

seu entorno na campanha de Março de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. .................................... 196

Foto 47. Gramíneas competindo com as mudas na área B2 na campanha de Julho de2013 Foto:

Acervo ANAMBI, 2013. ....................................................................................................................... 196

Foto 48. Gramíneas competindo com as mudas na área B2 na campanha de outubro de 2013. Foto:

Acervo ANAMBI, 2013. ....................................................................................................................... 197

Foto 49. Gramíneas competindo com as mudas na área B2 na campanha de janeiro de 2014. Foto:

Acervo ANAMBI, 2013. ....................................................................................................................... 197

Foto 50. Indivíduo bem desenvolvido frutificando na área B3. Outubro/2013 Foto: Acervo ANAMBI,

2013. .................................................................................................................................................... 198

Foto 51. Mudas que foram coroadas no primeiro trimestre de 2013 na área B3. A) e B) Julho/2013 C)

e D) agosto de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ........................................................................... 198

Foto 52. Aspecto geral da área B3 na campanha de Janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2014.

............................................................................................................................................................. 199

Foto 53. Indivíduos de grande porte na campanha de março de 2013. A) área B4; B) área B5 e C)

área B6. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ............................................................................................... 200

Foto 54. Indivíduos de grande porte na campanha de Julho de 2013. A) área B4; B) área B5 e C)

área B6. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ............................................................................................... 201

Foto 55. Indivíduos de grande porte na campanha de Outubro de 2013. A) área B4; B) área B5 e C)

área B6. Foto: Acervo ANAMBI, 2013. ............................................................................................... 202

Page 8: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

8

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 56. Indivíduos de grande porte na campanha de Janeiro de 2014. A) área B4; B) área B5 e C)

área B6. Foto: Acervo ANAMBI, 2014. ............................................................................................... 203

Foto 57. A) Solo arenoso exposto na área B7. A) Março/2013; B) Julho/2013; C) Outubro/2013 e D)

Janeiro/2014 Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014. ............................................................................... 204

Foto 58. Indivíduos bem desenvolvidos na área B7. A) Março/2013; B) Julho/2013; C) Outubro/2013

e D) Janeiro/2014 Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014. ....................................................................... 205

Foto 59. A) Solo coberto por gramíneas na área B7. A) Julho/2013; B); Outubro/2013 e C)

Janeiro/2014 Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014. ............................................................................... 206

Foto 60. Indivíduos de baixo porte na área B7. A) com coroamento, Julho/2013; B) sem coroamento,

Julho de 2013; C) com coroamento, Outubro/2013; D) sem coroamento, Outubro/2013; E) com

coroamento, Janeiro/2014 e F) sem coroamento, janeiro/2014. ........................................................ 207

Foto 61. Foto aérea da área B7 evidenciando o estado de desenvolvimento das mudas nativas

plantadas no local. Foto: Acervo Brennand Energia, 2013. ................................................................ 208

Foto 62. Exemplo de indivíduos com a presença de galhas observados nas áreas de plantio. A)

Março/2013; B) Julho/2013; C) Outubro/2013 e D) Janeiro/2014 Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

............................................................................................................................................................. 209

Foto 63. Exemplo de poleiro naturais e artificiais observado nas áreas de plantio. Foto: Acervo

ANAMBI, 2013/2014. ........................................................................................................................... 210

Foto 64. Espécies em estado reprodutivo nas áreas monitoradas do PRAD. A) Bauhinia longifolia, B)

Anadenanthera falcatra, C) Bixa orelana D) Anadenanthera macrocarpa. E) Xylopia aromatica e F)

Schinus terebinthifolia Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014. ................................................................. 211

Foto 65 – Visita a Gerencia Municipal de Educação, Cultura e Lazer de Sonora-MS Com

Coordenadoras de Educação - Foto: Acervo: ANAMBI 2013. ............................................................ 221

Foto 66 – Visita a Secretaria Municipal de Educação de itiquira-MT, com a Secretária de Educação

Sra. Jane Gobbi - Foto: Acervo: ANAMBI 2013. ................................................................................. 221

Foto 67. Sr. Geraldo A. Silva da Anambi fazendo a Abertura da Palestra com apresentação da PCH

Santa Gabriela. Foto: Acervo: ANAMBI 2013. ................................................................................... 222

Foto 68. Engenheiro Thiago Duarte apresentando os Programas Ambientais Realizados na PCH

Santa Gabriela. Foto: Acervo: ANAMBI 2013. .................................................................................... 223

Foto 69. Durante apresentação foram distribuídos Folder informativo com conteúdo de Educação

Ambiental e Conscientização Social. Foto: Acervo: ANAMBI 2013. ................................................... 223

Foto 70. Pedagoga Jaqueline C. Gama apresentando o Programa de Educação Ambiental e Ações

realizadas no Municipio. Foto: Acervo: ANAMBI 2013 ....................................................................... 224

Foto 71. Abertura da Palestra com apresentação da PCH Santa Gabriela. Foto: Acervo: ANAMBI

2013. .................................................................................................................................................... 225

Foto 72. Engenheiro Thiago Duarte apresentando os Programas Ambientais Realizados na PCH

Santa Gabriela. Foto: Acervo: ANAMBI 2013. .................................................................................... 225

Foto 73. Pedagoga Jaqueline C. Gama apresentando o Programa de Educação Ambiental e Ações

realizadas no Municipio. Foto: Acervo: ANAMBI 2013 ....................................................................... 226

Page 9: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

9

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 74. Durante apresentação foram distribuídos Folder informativo com conteúdo de Educação

Ambiental e Conscientização Social. Foto: Acervo: ANAMBI 2013 .................................................... 226

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Localização espacial das áreas de controle de processos erosivos, PCH Santa Gabriela.

(A1, A2, A3, A4 = áreas da margem direita do rio Correntes; M.E. = área na margem esquerda do

reservatório). Imagem: Google Earth, 2013. ......................................................................................... 23

Figura 2. Mapa de localização dos pontos de monitoramento hidrossedimentológico da PCH Santa

Gabriela. Fonte: Google Earth, 2012. ................................................................................................... 47

Figura 3. Gráficos das batimetrias registradas nas campanhas de março/2013, julho/2013,

outubro/2013 e janeiro/2014 no ponto de monitoramento à montante da PCH Santa Gabriela. ......... 53

Figura 4. Gráficos das batimetrias registradas nas campanhas de março/2013, julho/2013,

outubro/2013 e janeiro/2014 no ponto de monitoramento à jusante da PCH Santa Gabriela. ............ 54

Figura 5. Gráfico da granulometria média dos sedimentos em suspensão presentes nos pontos

amostrados na PCH Santa Gabriela. .................................................................................................... 57

Figura 6. Curvas granulométricas dos sedimentos em suspensão do ponto P01 à montante do

reservatório. (A) Março/2013; (B) Julho/2013; (C) Outubro/2013 e (D) Janeiro/2014. ........................ 58

Figura 7. Curvas granulométricas dos sedimentos em suspensão do ponto P02 à jusante da casa de

força. (A) Março/2013; (B) Julho/2013; (C) Outubro/2013 e (D) Janeiro/2014. ................................... 59

Figura 8. Gráfico da granulometria média do material de leito presente em P01. ............................... 61

Figura 9. Curvas granulométricas dos sedimentos de leito do ponto P01 à montante do reservatório.

(A) Março/2013; (B) Julho/2013; (C) Outubro/2013 e (D) Janeiro/2014............................................... 61

Figura 10. Descargas sólidas em suspensão registradas ao longo do programa de monitoramento

hidrossedimentológico do rio Correntes - PCH Santa Gabriela. ........................................................... 63

Figura 11. Descargas sólidas totais registradas ao longo do programa de monitoramento

hidrossedimentológico do rio Correntes - PCH Santa Gabriela. ........................................................... 67

Figura 12. Abundância, riqueza taxonômica e biovolume relativos das amostras coletadas nos pontos

de monitoramento das campanhas de março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014. ................. 126

Figura 13. Riqueza das classes encontradas nos pontos de coleta nas campanhas de monitoramento

de março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014. ......................................................................... 127

Figura 14. Abundância relativa das classes encontradas nos pontos de coleta nas campanhas de

monitoramento, março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014. .................................................... 129

Figura 15. Espécie fitoplanctônicas registradas na PCH Santa Gabriela, A- Navicula sp; B- Pinnularia

sp. C- Tabellaria sp. D- Closterium sp. Foto: Acervo ANAMBI 2013. Aumento 2000x ...................... 129

Figura 16. Biovolume das classes encontradas nos pontos de coleta nas campanhas de

monitoramento, março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014. .................................................... 131

Figura 17. Dendograma de similaridade considerando-se abundância e composição dos pontos de

coleta nas campanhas de monitoramento de A-março, B-julho, C-outubro de 2013 e D-janeito de

2014. .................................................................................................................................................... 133

Page 10: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

10

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 18. Composição da comunidade zooplanctônica com valores em porcentagem dos principais

grupos registrados na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas quatro campanhas de

monitoramento. A: 1ª campanha; B: 2ª campanha; C: 3ª campanha; D: 4ª campanha. .................... 138

Figura 19. Gráfico representando a densidade (ind/m³) da comunidade zooplânctonica na área de

influência da PCH Santa Gabriela, nas campanhas de monitoramento (1ª, 2ª, 3ª e 4ª). ................... 145

Figura 20. Gráfico representando a riqueza de espécies (taxa/amostra) da comunidade

zooplânctonica na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas campanhas de monitoramento (1ª,

2ª, 3ª e 4ª). .......................................................................................................................................... 145

Figura 21. Dendrograma de similaridade entre os pontos amostrais na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª campanhas de

monitoramento na área de influência da PCH Santa Gabriela. .......................................................... 147

Figura 22. Composição da comunidade de macroinvertebrados bentônicos com valores em

porcentagem dos principais grupos registrados na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas

quatro campanhas de monitoramento. A: 1ª campanha; B: 2ª campanha; C: 3ª campanha; D: 4ª

campanha. ........................................................................................................................................... 148

Figura 23. Gráfico representando a densidade total (ind/m²) da comunidade de macroinvertebrados

bentônicos na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas campanhas de monitoramento (1ª, 2ª,

3ª e 4ª). ................................................................................................................................................ 154

Figura 24. Gráfico representando a riqueza (taxa/amostra) da comunidade de macroinvertebrados

bentônicos na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas campanhas de monitoramento (1ª, 2ª,

3ª e 4ª). ................................................................................................................................................ 154

Figura 25. Dendrograma de similaridade entre os pontos amostrais na 9ª, 10ª, 11ª e 12ª campanhas

de monitoramento na área de influência da PCH Santa Gabriela. ..................................................... 155

Figura 26. Famílias de macrófitas aquáticas registradas no monitoramento da PCH Santa Gabriela.

............................................................................................................................................................. 156

Figura 27. Hábitos vegetacionais das espécies de macrófitas aquáticas registradas no monitoramento

da PCH Santa Gabriela. ...................................................................................................................... 160

Figura 28. Riqueza de espécies encontradas nas estações de coleta amostradas no rio Correntes e

rio Comprido, em janeiro de 2014. ...................................................................................................... 163

Figura 29. Mapa de localização das áreas que estão sendo recuperadas pelo PRAD da PCH Santa

Gabriela. .............................................................................................................................................. 181

Figura 30. Média (barras) e desvio padrão (linhas) da altura das mudas amostradas em cada área de

recomposição vegetal, nas campanhas de A) março, B) julho, C) outubro de 2013 e D) Janeiro de

2014. .................................................................................................................................................... 192

Figura 31. Folder Informativo e Educativo frente. .............................................................................. 228

Figura 32. Folder Informativo e Educativo - Verso ............................................................................. 229

Figura 33. Convites Palestras Itiquira/MT e Sonora/MS .................................................................... 230

Figura 34.. Camisetas distribuídas durante o evento ......................................................................... 231

Page 11: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

11

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Principais Características do Reservatório ........................................................................... 15

Tabela 2. Solos utilizados na AID ......................................................................................................... 20

Tabela 3. Resumo das medições convencionais de Descarga Líquida no rio Correntes, P01 –

Montante. ............................................................................................................................................... 52

Tabela 4. Resumo das medições convencionais de Descarga Líquida no rio Correntes, P02 –

Jusante. ................................................................................................................................................. 52

Tabela 5. Valores de concentração de sólidos em suspensão. ........................................................... 54

Tabela 6. Resultados de granulometria dos sedimentos em suspensão. ............................................ 56

Tabela 7. Resultados médios da granulometria dos sedimentos em suspensão. ............................... 56

Tabela 8. Resultados da granulometria dos sedimentos de leito. ........................................................ 60

Tabela 9. Granulometria média do material de leito referente ao ponto P01 ....................................... 60

Tabela 10. Valores de Descarga sólida em suspensão do rio Correntes. ........................................... 63

Tabela 11. Guia para correção da descarga de leito e orientação para obtenção desta (ICOLD, 1989).

............................................................................................................................................................... 64

Tabela 12. Resultados das Descargas Sólidas de Leito. ..................................................................... 65

Tabela 13. Resultados das descargas sólidas totais do rio Correntes na área de influência direta da

PCH Santa Gabriela. ............................................................................................................................. 66

Tabela 14. Dados Elencados em Campo: Área de Influência Direta e Indireta da PCH Santa Gabriela.

............................................................................................................................................................. 107

Tabela 15. Resultados das Análises: Parâmetros Físico-Químicos. .................................................. 109

Tabela 16. Resultados das Análises: Parâmetros Microbiológicos e Biológicos. .............................. 110

Tabela 17. Valores dos atributos da comunidade fitoplanctônica nos pontos de coleta nas campanhas

de monitoramento de março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014. ........................................... 132

Tabela 18. Abundância (valor numérico – ind/ml), biovolume (mm3/l) e presença (x) dos taxa e das

classes fitoplanctônicas nos pontos de coleta de março e julho, outubro de 2013 e janeiro 2014. NI =

não identificado; ? = identificação necessita confirmação. ................................................................. 134

Tabela 19. Taxa inventariados da comunidade zooplanctônica nos diferentes pontos amostrados nas

1ª e 2ª campanhas de monitoramento na área de influência direta e indireta da PCH Santa Gabriela,

onde o valor numérico representa a abundância (ind/m³). ................................................................. 141

Tabela 20. Taxa inventariados da comunidade zooplanctônica nos diferentes pontos amostrados nas

3ª e 4ª campanhas de monitoramento na área de influência direta e indireta da PCH Santa Gabriela,

onde o valor numérico representa a abundância (ind/m³). ................................................................. 143

Tabela 21. Taxa inventariados da comunidade de macroinvertebrados bentônicos nos diferentes

pontos amostrados na 1ª e 2ª campanha de monitoramento na área de influência direta e indireta da

PCH Santa Gabriela, onde o valor numérico representa a abundância (ind/m²). .............................. 149

Tabela 22. Taxa inventariados da comunidade de macroinvertebrados bentônicos nos diferentes

pontos amostrados na 3ª e 4ª campanha de monitoramento na área de influência direta e indireta da

PCH Santa Gabriela, onde o valor numérico representa a abundância (ind/m²). .............................. 150

Page 12: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

12

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 23. Espécies registradas para a comunidade de macrófitas aquáticas nos pontos avaliados

dentro da área de influência do empreendimento. Hábito vegetacional (submersas fixas (SF),

submersas livres (SL), flutuantes fixas (FF), emergentes (E) e anfíbias (A) da comunidade de

macrófitas aquáticas presentes na área de influência. ....................................................................... 157

Tabela 24. Quantificação de mudas plantadas por área e implantação de poleiros durante o

monitoramento de 2010. ..................................................................................................................... 182

Tabela 25. Quantidade de mudas coroadas adubadas e replantadas no primeiro trimestre de 2013

nas áreas em recuperação na PCH Santa Gabriela. Áreas determinadas conforme a Figura 1 (Dados

fornecidos pela Brennand Energia). .................................................................................................... 185

Tabela 26. Informações sobre o plantio realizado nas áreas de recuperação, junto com os dados

coletados nas campanhas de março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014. .............................. 190

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Localização geográfica e tomada de decisões iniciais para o controle de processos

erosivos, PCH Santa Gabriela. ............................................................................................................. 22

Quadro 2. Identificação dos pontos de coleta e coordenadas. ............................................................ 46

Quadro 3. Número e posição de pontos de medição na vertical recomendados de acordo com a

profundidade do rio (SANTOS et al. 2001). .......................................................................................... 48

Quadro 4. Distância recomendada entre as verticais, de acordo com a largura do rio (SANTOS et al.

2001). .................................................................................................................................................... 48

Quadro 5. Dados de campo das campanhas de monitoramento realizadas na PCH Santa Gabriela. 51

Quadro 6. Identificação dos Pontos de Coleta de Água, Coordenadas e Localização ..................... 101

Quadro 7. Identificação das Estações de Coleta de Amostras Hidrobiológicas, Coordenadas e

Localização .......................................................................................................................................... 101

Page 13: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

13

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

1. IDENTIFICAÇÃO

CONTRATANTE

Santa Gabriela Energética S. A.

Endereço: Av. Historiador Rubens de Mendonça, 1731, Ed. Centro Empresarial

Paiaguás, 12º andar – Sala 1206. Bairro Bosque da Saúde, Cuiabá –

MT.

CEP: 78050-000

CNPJ: 07.835.806/0001-49

CONTRATADA

ANAMBI – Análise Ambiental Ltda.

Endereço: Rua Rui Barbosa, 1175, Vila Liberdade, Campo Grande – MS.

CEP: 79004 – 430

CNPJ: 05.343.002/0001 – 05

Site: www.anambi.com.br

e – mail: [email protected]

Tel.: (67) 3384 – 9429

UNIDADE GERADORA

Pequena Central Hidroelétrica Santa Gabriela – PCH Santa Gabriela

Endereço: Rodovia MS 213, km 41, Estrada de Itiquira, Fazenda Santa

Gabriela s/n, CEP 79.415-000, Zona Rural, Sonora-MS

Coordenadas: W 54° 26’ 31’’ e S 17° 32’ 02’’

Curso d’água: Rio Correntes

Licença de Operação: 865/2009

Page 14: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

14

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

2. APRESENTAÇÃO

O presente Relatório consolida as informações para o atendimento às

Condicionantes da Licença de Operação n° 865/2009, emitida pelo Instituto

Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em 14 de

Agosto de 2009, com validade de 06 (seis) anos.

A PCH Santa Gabriela está implantada no rio Correntes, na divisa entre os

Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, caracterizando-se por um

barramento de 5,0 m de altura e um reservatório de 15,06 ha, com sistema de

geração por desvio, realizado através de um canal com 1.170 m de extensão e

ocasionando um trecho de vazão reduzida de rio de 1.400 m com vazão reduzida

em que a mínima residual é de 2.75 m3/s. O diferencial de altura da casa de força é

de 41 m e o potencial instalado é de 24 MW. O eixo do barramento localiza-se nas

coordenadas W 54° 26’ 31’’ e S 17° 32’ 02’’. A Bacia do rio Correntes até o eixo do

barramento possui uma área de drenagem de 3.132 km2.

Este Relatório Técnico se divide em três partes: Apresentação, Atendimento às

Condicionantes da Licença de Operação e o desenvolvimento dos Planos e

Programas Ambientais.

3. PCH SANTA GABRIELA

A PCH Santa Gabriela localiza-se no Rio Correntes, Sub-bacia do Rio Paraguai,

Micro-bacia Hidrográfica do Rio Paraná, abrangendo terras dos municípios de

Itiquira, no Estado do Mato Grosso, e Sonora, no Estado do Mato Grosso do Sul,

tendo uma potência total instalada de 24MW.

O empreendimento caracteriza-se pela construção de uma barragem 5m de altura

e a montante da série de corredeiras do Rio Correntes, que forma um reservatório

com cerca de 15,06 hectares de área para o nível d’água normal com a cota

459,00m. As águas foram derivadas para um canal, escavado parte em solo, parte

em rocha, posicionado na margem esquerda, com cerca de 1.170m de extensão.

Page 15: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

15

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Três condutos metálicos conduziram o fluxo para as turbinas instaladas na casa de

força.

O projeto definido para a PCH aproveita toda a queda natural (41m) existente

nesse trecho do Rio Correntes, gerando no mesmo, um trecho de vazão

reduzida.com cerca de 1.400m de extensão.

3.1. Características Principais Reservatório

O volume do reservatório da PCH Santa Gabriela é pequeno e não propicia

regularização de vazões. Por formar um reservatório de pequeno porte, em relação

às vazões afluentes, e ter sido projetado para operar a fio d’água sem modulação de

ponta, não houve mudanças no regime fluvial do rio Correntes a jusante da casa de

força durante a operação da usina.

As características principais do reservatório da PCH Santa Gabriela são

apresentadas nos itens relacionados a seguir na Tabela 1.

Tabela 1. Principais Características do Reservatório

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO RESERVATÓRIO

Depleção máxima do reservatório 0,0 m

Nível máximo operativo El. 459,00 m

Nível mínimo operativo El. 459,00 m

Superfície alagada na cota batida 459,00m 15,06ha

Altura máxima do vertedor sobre as fundações 5 m

Comprimento do vertedor 70 m

Área do Reservatório 15,0661 ha

Vazão ecológica 2,75 m³/s

Page 16: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

16

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

3.2. Delimitação da Área de Influência

A Área de Influência Direta do Reservatório se caracteriza por uma faixa de 100

metros de largura no entorno da área do reservatório em seu nível de água (NA)

máximo (cota 459,00m); com uma área aproximada de 71,4778 hectares.

Em termos de dimensões, as áreas atingidas pelo alagamento serão reduzidas.

Cabe destacar também que as áreas de desmatamento para o enchimento do

reservatório da PCH Santa Gabriela foram mínimas, tal fato favorece a preservação

das matas ciliares e sua flora e, conseqüentemente, a manutenção dos hábitats de

várias espécies da fauna local.

3.3. Aspectos Físicos

Os dados referentes aos aspectos físicos da área do entorno do reservatório,

foram extraídos do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da PCH Santa Gabriela e

apresentam-se descritos a seguir.

3.3.1. Climatologia

Para o estudo climatológico foram consideradas as estações meteorológicas mais

próximas, que dispunham de um histórico mínimo de dados confiáveis para

utilização nas análises.

Sob esse enfoque, destacaram-se as estações de Coxim e Campo Grande, no

Estado de Mato Grosso do Sul, e Cuiabá e Cáceres, no Estado de Mato Grosso.

O clima da região, segundo a classificação climática de Köppen, é Clima

Temperado Tropical (CWW). O período chuvoso se estende de outubro a maio,

sendo dezembro/janeiro/fevereiro o trimestre de maior precipitação, e

junho/julho/agosto, o de menor precipitação. O índice pluviométrico é caracterizado

por diferenças, pois, geralmente, o inverno é bastante seco e o verão, muito

chuvoso. A média na região pode ultrapassar os 1.500mm/ano. A precipitação

mensal máxima total registrada foi de 263,2mm, em Cáceres, e a mínima, de 9,6mm,

em Cuiabá.

Page 17: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

17

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Quanto às temperaturas médias as oscilações anuais variam nas quatro estações

meteorológicas da região utilizadas neste estudo, vão de 19,1ºC, observada em

Campo Grande; a 27,4°C, observada em Cuiabá. Junho e julho aparecem como os

meses mais frios, e o período de outubro a fevereiro, o mais quente. O bimestre

mais frio coincide com o menos chuvoso e o mais quente, com o mais chuvoso,

sendo Cuiabá o mais seco e Cáceres, o mais chuvoso.

A umidade relativa na região se encontra na faixa de 75%. As maiores umidades

relativas ocorrem no período de janeiro a fevereiro, sendo mais representadas por

Cáceres, e as menores, entre agosto e setembro, representadas por Campo

Grande.

3.3.2. Recursos Hídricos

A Bacia do Rio Correntes, até o local do eixo da PCH Santa Gabriela, drena uma

área de cerca de 3.132km² e serve de linha divisória entre os Estados de Mato

Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo que a maior parte de sua bacia hidrográfica

pertence a este último.

O Rio Correntes tem como bacias vizinhas, ao norte, a do Rio Itiquira e, ao sul, a

do Rio Piquiri, onde deságua, já em planície pantaneira. Suas nascentes localizam-

se na serra do Torto, a cerca de 35km a oeste das cidades gêmeas de Alto Araguaia

(MT) e Santa Rita do Araguaia (GO). É a região das extensas chapadas do Planalto

Central Brasileiro, onde os cursos d’água encontram-se em terrenos arenosos, de

alta permeabilidade, com vertentes em forma de amplas colinas côncavas com

declividade suave em direção ao leito dos rios. É uma região de excelentes

aqüíferos, onde a acumulação no subsolo garante alta regularização natural,

conduzindo a descargas elevadas no período de estiagem.

O regime hidrológico do Rio Correntes é bem característico dessa região, onde a

acumulação no subsolo garante alta regularização natural das águas superficiais,

conduzindo a vazões elevadas, mesmo no período de estiagem. O período mais

seco se inicia em maio e finda em outubro, e o período mais chuvoso vai de

novembro a abril.

Page 18: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

18

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

3.3.3. Características de Geologia e Geomorfologia

A área de influência do empreendimento tem altitude média em torno de 500m,

está inserido, segundo estudos do RADAMBRASIL (Folhas SE 21), na unidade

Geomorfológica Planalto Taquari-Itiquira.

Em relação à área de estudo, a quase totalidade da área de influência do

empreendimento se desenvolve sobre terrenos da Formação Bauru, localizada na

Bacia Sedimentar do Paraná, cuja cronologia é considerada do Cretáceo. Trata-se

de uma formação constituída por sedimentos areno-argilosos que ocorrem na forma

de tabuleiros, com relevo plano ou suave ondulado.

Essa formação apresenta uma composição litológica diversificada que inclui

conglomerados, arenitos quartzosos, arenitos calcíferos, siltitos e níveis de sílex. Os

conglomerados ocorrem em diferentes níveis estratigráficos, com mais freqüência na

base. São constituídos, principalmente, por seixos de quartzo e de arenito

silicificado, às vezes de basalto alterado, geralmente arredondados, dispersos em

matriz arenosa ou areno-argilosa de coloração vermelha, apresentando-se, quase

sempre, silicificados.

Os arenitos quartzosos são os tipos litológicos mais comuns. Eles apresentam

coloração vermelha ou vermelho-amarela, granulação fina a média, com grãos

subangulosos a subarredondados e estratificação plano paralela, laminar ou em

bancos, estes com aspecto maciço.

Na geomorfologia regional, a área se insere na Unidade Planalto Taquari-Itiquira,

caracterizada por uma vasta superfície plana, uniforme, talhada em rochas

cretácicas da Formação Bauru e sedimentos do Terciário/Quaternário, localizados

em posição de topo e/ou quebra do relevo. Nessa área, posicionada

altimetricamente entre 500 e 700m, a rede de drenagem apresenta características

de padrão paralelo, rarefeito e pequeno aprofundamento, e encontra-se em fase

inicial de instalação.

Page 19: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

19

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

3.3.4. Recursos Minerais

Os principais recursos minerais encontrados nos municípios de Itiquira (MT) e

Sonora (MS) são: calcário, diamante, chumbo, arenito industrial e substâncias

minerais para construção civil (areia, cascalho e conglomerado). Há um total de 28

áreas de interesse mineral requeridas nesses municípios, não sendo identificado

nenhum tipo de interferência (sobreposição) entre essas áreas e a Área de

Influência Direta, ou seja, não existe ocorrência de atividades de extração mineral,

licenciadas.

3.3.5. Ocorrência, Distribuição dos Solos nas Área de Influência Direta (AID)

Nas áreas de baixadas, que constituem uma proporção pequena das terras da

área diretamente afetada pelo empreendimento, são encontrados Neossolos

Quartzarêncos Hidromórficos, próprios de ambientes com excesso de umidade

durante parte do ano.

Nas quebras de topografia da bacia do rio Correntes, principalmente nos locais

próximos ao barramento da PCH Santa Gabriela e a jusante, encontram-se os

Neossolos Litólicos, representados por bancadas lateríticas e arenitos, aflorando em

forma de blocos, matacões e lajedos. Também são encontrados na AID, nas regiões

mais planas do remanso do reservatório, solos do tipo Gleissolo Háplico de textura

média associados a Neossolo Flúvico, ambos álicos. Esses solos na AID somam

cerca de 127 hectares (0,03% dos solos da bacia), que foram utilizados para os

canteiros, estruturas associadas e áreas que foram cobertas pelas águas do

reservatório.

A Tabela 2 apresenta as áreas e percentuais de solos a serem utilizados pelo

empreendimento.

Page 20: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

20

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 2. Solos utilizados na AID

UNIDADE DO MAPEAMENTO ÁREA (HA)

MARGEM ESQUERDA MARGEM DIREITA

RQGa 72,6 21,5

GXa 17,4 11,0

RQa2 4,5 0,00

Total 127,00

* Não se levou em consideração a área compreendida pelo leito do rio

Page 21: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

21

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

4. PROGRAMA DE CONTROLE DE PROCESSOS EROSIVOS E

PROTEÇÃO ÀS MARGENS DO RESERVATÓRIO

A erosão acelerada, ou erosão antrópica, é um problema mundial. Vastas áreas

estão sujeitas à degradação do solo, às vezes de forma irreversível, por uma série

de processos como erosão e desertificação acelerada, compactação e selamento,

salinização, acidificação, diminuição da matéria orgânica e da fertilidade do solo e

redução da biodiversidade (LAL, 1994).

O poder erosivo da água depende do volume e velocidade do escoamento, da

espessura da lâmina d’água, da declividade e comprimento da vertente e da

presença de vegetação (MAGALHÃES, 1995). Conforme o tipo da vegetação e a

extensão da área vegetada este processo pode ser mais ou menos intenso.

Os solos arenosos são naturalmente frágeis, em especial os Neossolos

Quartzarênicos, permitindo que os processos erosivos lineares instalem-se neles

com maior rapidez do que nas áreas que comportam Latossolos ou Argissolos, mais

estáveis fisicamente (SÃO PAULO, 1989).

O objetivo deste Programa de Controle de Processos Erosivos e Proteção às

Margens do Reservatório é identificar e monitorar as áreas selecionadas no entorno

do reservatório e a montante do mesmo, nas margens do curso d’água, que estão

sofrendo ou possam sofrer processos erosivos, agindo de forma preventiva ou

corretiva conforme a necessidade.

4.1. Área de estudo

A PCH Santa Gabriela encontra-se em uma região de domínio do Cerrado

brasileiro. O clima da região é caracterizado como Aw, de acordo com a

classificação de Köppen, com invernos secos e verões chuvosos, e a precipitação

pluvial média anual em torno de 1.500 mm, sendo os meses de menor precipitação

de junho a agosto (MATO GROSSO DO SUL, 1990).

Tendo como base os indícios de erosão preexistentes antes da fase de

enchimento do reservatório foram selecionadas, no ano de 2010, cinco áreas para o

Page 22: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

22

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

monitoramento dos processos erosivos existentes nas margens do rio Correntes, a

montante do reservatório. Quatro áreas estão localizadas ao longo da margem

direita do rio Correntes, e uma, na margem esquerda do reservatório.

Naquele período em questão, cada área apresentava diferentes condições dos

aspectos de cobertura vegetal e do solo, e por isto, ações específicas a cada uma

foram definidas para o controle dos processos erosivos já existentes e para impedir

o surgimento/intensificação de novas erosões. As medidas tomadas para cada uma

das cinco áreas e suas localizações geográficas estão apresentadas no Quadro 1. A

Figura 1 apresenta a disposição destes sítios ao longo das margens do rio

Correntes.

Quadro 1. Localização geográfica e tomada de decisões iniciais para o controle de processos erosivos, PCH Santa Gabriela.

SÍTIOS COORDENADAS GEOGRÁFICAS UTM

(21K) AÇÃO INICIAL

Área 01 772919.00 m E / 8059055.00 m S Cercamento.

Área 02 773596.00 m E / 8059362.00 m S Cercamento.

Área 03 774200.00 m E / 8058759.00 m S Cercamento e plantio de

vetiver

Área 04 774500.00 m E / 8058300.00 m S Cercamento, plantio de vetiver

e de mudas nativas.

Margem Esquerda

772723.00 m E / 8059090.00 m S Plantio (vetiver, gramíneas e

mudas nativas), curva de nível e canaleta.

Page 23: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

23

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 1. Localização espacial das áreas de controle de processos erosivos, PCH Santa Gabriela. (A1, A2, A3, A4 = áreas da margem direita do rio Correntes; M.E. = área na margem esquerda do reservatório). Imagem: Google Earth, 2013.

4.2. Material e métodos

Neste relatório são apresentadas informações referentes à 16ª campanha de

monitoramento realizada entre os dias 21 e 22 de janeiro de 2014, consolidado com

os dados das 13ª, 14ª e 15ª campanhas realizadas entre os dias 25 a 27 de março

de 2013, 09 a 10 de julho de 2013 e 29 a 30 de outubro de 2013, respectivamente.

Em campo, foram realizadas vistorias em cada uma das áreas para avaliação da

atual condição da cobertura do solo e das erosões. Para aqueles processos erosivos

existentes, sua caracterização está baseada pelas descrições que seguem:

Erosão laminar – Caracterizada por pequenas vias superficiais de escoamento da

água, onde há a remoção da camada superficial do solo com perda progressiva de

fertilidade, podendo ocorrer em terrenos com alguma cobertura vegetal.

Page 24: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

24

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Erosão em sulcos – Representadas por “cortes” mais profundos, concentrando o

fluxo de água principalmente pelas chuvas de maior intensidade. Sua característica

é a formação de "canaletas" de escoamento de água.

Voçorocas – Representa uma evolução da erosão em sulcos, não controlada por

anos seguidos, caracterizada por longas e altas paredes verticais ou em forma de

“u” ou “v”. Comumente a voçoroca atinge o lençol freático.

4.3. Resultados e Discussão

O cercamento utilizado para impedir o acesso do gado (Foto 1) ao longo das

quatro áreas na margem direita do rio Correntes apresenta-se em ótimas condições,

não tendo sido evidenciados interceptação ou rompimentos na sua estrutura.

Também não foram registradas evidências de gado acessando o local.

Foto 1. Cercamento na margem direita do rio Correntes em boas condições estruturais. A) março de

2013; B) julho de 2013; C) outubro de 2013 e D) janeiro de 2014. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

A B

C D

Page 25: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

25

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Adicionalmente, o cercamento do canal de adução também se encontra em boas

condições e cumpre com sua função de evitar o acesso de animais ao canal (Foto

2).

Foto 2. Cercamento do canal de adução em boas condições estruturais impedindo o acesso de animais silvestres. A) março de 2013; B) julho de 2013; C) outubro de 2013 e D) janeiro de 2014. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

As áreas consideradas críticas, de modo geral, se apresentam em processo de

estabilização com vegetação nativa em regeneração, formadas por touceiras

espaçadas de gramíneas nativas e indivíduos arbusto-arbóreo jovens de espécies

nativas do Cerrado. Cabe destaque, principalmente, para o ponto A1 e A2, locais

anteriormente com baixas proporções de cobertura vegetal. Para o ponto A1 em

alguns trechos a paisagem se assemelha a um cerrado sentido restrito (stricto

sensu) (Foto 3), já na área A2 alguns pontos ainda apresentam solo exposto (Foto 4

a 7) (RIBEIRO & WALTER 2008). O Cerrado sentido restrito é caracterizado por

A B

C D

Page 26: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

26

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

árvores baixas, tortuosas, inclinadas, com ramificações irregulares e retorcidas

(RIBEIRO & WALTER 2008). A revegetação da área auxilia na retenção e

recuperação daqueles processos erosivos existentes, bem como minimizam as

possibilidades de surgimento de novas imperfeições no solo.

Foto 3. Área A1 região inicialmente considerada crítica, com vegetação nativa em estágio de regeneração. A) março de 2013; B) julho de 2013; C) outubro de 2013 e D) janeiro de 2014. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

A B

C D

Page 27: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

27

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 4. Ponto na área A2 na campanha de março de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 5. Ponto na área A2 na campanha de julho de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Page 28: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

28

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 6. Ponto na área A2 na campanha de outubro de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 7. Ponto na área A2 na campanha de janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2014.

Vale destacar que o sol não chega a ser um causador de erosão, mas quando o

solo está sem cobertura vegetal, a sua atividade biológica pode ser afetada pelos

raios solares, causando elevação da temperatura superficial, eliminando boa parte

da microfauna e flora, e assim deixando-o mais susceptível aos processos erosivos

(CAPECHE, 2005). Por isto, o sombreamento inicial promovido por estes arbustos

espaçados, além de contribuir para a diminuição da força das chuvas e enxurradas,

favorece a penetração da água no solo e promove a ocorrência de menores

temperaturas. Isto proporciona melhores condições para a germinação de sementes

e estabelecimento de novas plântulas.

Page 29: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

29

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

As erosões presentes na área A3 (Foto 8 a 11) apresentam-se estáveis com

evidente desenvolvimento da vegetação no interior e nas bordas destas estruturas.

As mudas de Vetiver, anteriormente plantadas, apresentaram-se em

desenvolvimento. Os sacos com solo natural implantados no interior do sulco da

Área 03, com a finalidade de servir como uma barreira física contra a evolução dos

processos erosivos encontra-se em boa situação e cumprindo com sua função

(Fotos 8, 9 e 11).

Foto 8. Erosão em sulco presente na Área 03 com evidente crescimento da vegetação detalhe para os sacos com solo natural observados na campanha de março de 2013. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 9. Erosão em sulco presente na Área 03 com evidente crescimento da vegetação detalhe para os sacos com solo natural observados na campanha de julho de 2013. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013.

Saco com solo

Saco com solo

Page 30: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

30

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 10. Erosão em sulco presente na Área 03 com evidente crescimento da vegetação detalhe para os sacos com solo natural observado na campanha de outubro de 2013. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 11. Erosão em sulco presente na Área 03 com evidente crescimento da vegetação observado na campanha de janeiro de 2014. Fotos: Acervo ANAMBI, 2014.

Saco com solo

Page 31: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

31

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

A voçoroca presente na área A4 (Foto 6) está em estado de estabilização, com

evidente desenvolvimento da vegetação no interior e nas bordas destas estruturas e

as mudas de Vetiver, anteriormente plantadas, apresentaram-se com vigor em

decorrência das chuvas ocorridas. Entretanto, na campanha de janeiro de 2014

(Fotos 13 C e D) é possível notar pequeno deslizamento que cobriu a vegetação em

crescimento na base da voçoroca que tinha sido observado nas campanhas

anteriores (Foto 13 A e B).

Foto 12. Vista geral da voçoroca presente na área A4 com presença de vegetação no seu interior nas campanhas de 2012. Foto: Acervo ANAMBI, 2012.

Page 32: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

32

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 13. Vista geral da voçoroca presente na área A4 com presença de vegetação no seu interior nas campanhas realizadas entre A e B 13ª campanha e C e D 16ª campanha. Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

O processo erosivo da margem esquerda do reservatório encontra-se em bom

estado de recuperação em relação ao seu estado inicial. Conforme evidenciado na

Foto 14-A, esta área encontrava-se com solo exposto sem a presença de vegetação

em 2010, em 2012 já era observada a presença de algumas mudas bem

desenvolvidas (Foto 14-B) e da 13ª a 16ª campanha já é observado mudas de

espécies nativas e de vetiver em bom desenvolvimento (Foto 14-C a F). O poder

erosivo da água depende do volume e velocidade do escoamento, da espessura da

Lâmina d’água, da declividade e comprimento da vertente e da presença de

vegetação (MAGALHÃES, 1995). Assim, conforme as plantas se desenvolvam os

processos erosivos tende a se estabilizar. Entretanto, essa área ainda merece

especial atenção, pois indícios de carreamento de areia ainda são observados na

A B

C D

Page 33: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

33

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

área, como a deposição de areia nas canaletas de drenagem (Foto 15) e infiltração

no cimento do talude (Foto 16).

Foto 14. Desenvolvimento da vegetação no processo erosivo da Margem esquerda do reservatório, A) 2010, B) 2012 e C) março 2013, D) Julho 2013 E) Outubro 2013 e F janeiro 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

A B

C D

E F

Page 34: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

34

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 15. Canaletas de drenagem d’água no processo erosivo da margem esquerda do reservatório, com presença de areia. A) julho de 2013; B) outubro de 2013 e C) janeiro de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

Foto 16. Talude no processo erosivo da margem esquerda do reservatório, com infiltração no cimento. A) outubro de 2013 e B) janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

A B

C

A A

Page 35: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

35

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Adicionalmente, no primeiro trimestre de 2013 no Bota Fora 2-3 foram realizadas

ações visando recuperar e mitigar os processos erosivos em decorrência das fortes

chuvas. No dia 21 e 22 de março de 2013 foi realizada a restauração do sistema de

cotenção e escoamento da água, conforme ilustrado nas fotos 17 e 18 retiradas do

relatório fotográfico enviado pela Brennand Energia. Nessa área foram colocados

sacos contendo solo para conter a erosão, mais três tubos para escoamento da

água e bag´s abertos para cobrir os barrancos para evitar futuros deslizamentos de

terra.

Foto 17. Área localisada no bota fora 2-3 com presença de processos erosivo no sistema de escoamento em decorrencia das fortes chuvas. Foto: Acervo BRENNAND ENERGIA 2013.

Page 36: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

36

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 18.. Ações de recuperação do sistema de contenção e escoamento de água no bota fora 2-3. A) enchimento da sacaria B) Detalhe dos novos tubos C) e D) Bag´s abertos para cobrir os barrancos. Foto: Acervo BRENNAND ENERGIA 2013.

Entre a 14ª e a 16ª campanha foi observado que os sistemas de contenção e

escoamento da água no bota fora 2-3 está em boas condições e a sua manutenção

vem sendo recorrente (Foto 19 a 21). Além disso, nas áreas onde ocorreu o bom

desenvolvimento das mudas de espécies nativas e presença de gramíneas não

apresentam processos erosivos (Foto 23 a 24). As plantas rasteiras são

especialmente importantes, pois diminuem o impacto das gotas de chuva e evitar o

escoamento concentrado (FILIZOLA et al. 2011). Entretanto, alguns pontos do Bota

Fora 2-3 ainda apresentam solo exposto e são suscetíveis a formação de processos

erosivos.

A B

C D

Page 37: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

37

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 19. Sistema de contenção e escoamento de água no bota fora 2-3 Bag´s abertos para cobrir os barrancos na campanha de julho de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 20. Sistema de contenção e escoamento de água no bota fora 2-3 Bag´s abertos para cobrir os barrancos na campanha de outubro de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Page 38: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

38

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 21. Sistema de contenção e escoamento de água no bota fora 2-3 Bag´s abertos para cobrir os barrancos na campanha de janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 22. Bota fora 2-3 com presença de gramineas e ausencia de processos erosivos na campanha de julho de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Page 39: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

39

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 23. Bota fora 2-3 com presença de gramineas e ausencia de processos erosivos na campanha de outubro de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 24. Bota fora 2-3 com presença de gramineas e ausencia de processos erosivos na campanha de janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2014.

4.4. Considerações Finais

As ações tomadas nas áreas consideradas críticas vêm se mostrando eficientes

contra o avanço ou surgimento dos processos erosivos. Os períodos de maior

pluviosidade favoreceram o desenvolvimento das espécies nativas e do plantio para

a recuperação das áreas degradadas, e mesmo com o período de estiagem as

plantas se mantêm em desenvolvimento.

Page 40: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

40

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Na margem esquerda do reservatório, um conjunto de medidas foi implantado

com sucesso. A construção de curvas de nível, canaletas de drenagem e a

colocação de sacos contendo solo, tiveram como função direcionar as águas pluviais

no sentido da drenagem natural do terreno. Todavia, é recomendada a frequente

limpeza das canaletas de drenagem evitando, assim, que a areia ali depositada seja

carreada para o rio.

No Bota Fora 2-3 o aumento na quantidade de gramíneas e o bom

desenvolvimento do plantio auxiliou na retenção dos processos erosivos. Entretanto,

áreas que ainda não estão cobertas pela vegetação plantada ou por gramíneas

introduzidas e/ou invasoras ainda podem sofrer com os processos erosivos e

conforme a vegetação se estabeleça nessa área os processos erosivos tendem a se

estabilizar.

É importante, também, salientar que em todas as áreas deve-se continuar o

monitoramento da situação do cercamento, com intuito de continuar impedindo o

acesso do gado, uma vez que o rebanho bovino é um dos principais agentes

intensificadores de processos erosivos em áreas rurais.

Page 41: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

41

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

4.5. Referências Bibliográficas

BERTONI, J.; LOMBARDI, N. F. Conservação do solo. 4. ed. São Paulo: Ícone,

1999.__________. Conservação do solo. 5. ed. São Paulo: Ícone, 2005.

CAPECHE, C. L. Processos Erosivos em Áreas da Usina Hidroelétrica Franca Amaral, Bom

Jesus do Itabapoana, RJ, p.9-11-12, dez. 2005.

GALDINO, S.; VIEIRA, L. M.; SORIANO, M. A. B. 2003. Erosão na Bacia do Alto Taquari.

Emprapa pantanal: Documentos, 52. Corumbá. 47 p.

GRIEBELER, N. P.; PRUSKI, F. F.; MARTINS JÚNIOR, D. & SILVA, D. D. Avaliação de um

modelo para a estimativa da lâmina máxima de escoamento superficial. R. Bras.

Ci.Solo, 25:411-417, 2001.

MAGALHÃES, R. A. Processos erosivos e métodos de contenção. Ouro Preto: CEEB,

1995.MATO GROSSO DO SUL. 1990. Secretaria de Planejamento e Coordenação

Geral. Atlas multirreferencial. Mapas. 28p.

PEREIRA, A. R. Uso do vetiver na estabilização de taludes e encostas. Boletim Técnico,

Belo Horizonte – MG, Ano 01 – N.° 003 – Setembro 2006

SÃO PAULO. Secretaria de Energia e Saneamento.Departamento de Águas e Energia

Elétrica. Controlede erosão: bases conceituais e técnicas; diretrizespara o

planejamento urbano e regional, orientaçõespara o controle do boçorocas urbanas.

São Paulo:DAEE/IPT, 1989. 92 p.

LAL, R. Methods and guidelines for assessingsustainable use of soil and water resources in

thetropics. Columbus: Ohio State University, Departmentof Agronomy, 1994. 78 p.

(SMSS TechnicalMonograph, 21).

Page 42: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

42

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

4.6. Responsável técnico:

Eder Afonso Doná

Biólogo, M.Sc. Ecologia e Conservação.

CRBio-1:082214/01-D

CTF: 2517698

4.7. Anexos

Anexo I. Anotação de Responsabilidade Técnica

Anexo II. Cadastro Técnico Federal Certificado de Regularidade

Page 43: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

43

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO 01

Anotação de Responsabilidade Técnica

Page 44: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

44

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO 02

Cadastro Técnico Federal Certificado de Regularidade

Page 45: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

45

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

5. PROGRAMA DE MONITORAMENTO

HIDROSSEDIMENTOLÓGICO

Este relatório consolida os resultados obtidos durante as quatro Campanhas do

Programa de Monitoramento Hidrossedimentológico e de Níveis d'água do rio

Correntes, presente na área de influência direta e indireta do empreendimento

denominado PCH Santa Gabriela, localizada na divisa entre os municípios de

Sonora/MS e Itiquira/MT. Os valores apresentados são referentes aos meses de

março 2013, julho 2013, outubro 2013 e janeiro 2014.

Para um gerenciamento adequado dos recursos hídricos é fundamental conhecer

o comportamento dos rios, suas sazonalidades e vazões, assim como os regimes

pluviométricos das diversas bacias hidrográficas, considerando as suas distribuições

espaciais e temporais (BORDAS & SEMMELMANN, 2001).

Portanto, os monitoramentos realizados são fundamentados em coletas e

análises sistemáticas dos sedimentos em suspensão e do leito nas seções pré-

estabelecidas para a determinação dos seguintes parâmetros: concentração dos

sólidos suspensos, granulometria dos sólidos suspensos, granulometria dos

materiais de leito, descarga líquida, batimetria, descarga sólida em suspensão,

descarga sólida do material de leito e descarga sólida total.

Todas as metodologias utilizadas são fundamentadas nos princípios da

hidrossedimentologia, de acordo com as bibliografias conceituadas neste segmento.

Para as análises foram utilizados os métodos de filtração, o peneiramento e a

pipetagem, conforme as recomendações da CESP (2009) e CARVALHO (2008).

5.1. Área de Estudo

As amostras de sedimentos para análises de concentração e granulometria, foram

coletadas em dois pontos pré-estabelecidos pelo Projeto Básico Ambiental (PBA) da

PCH Santa Gabriela. O Quadro 2 apresenta a identificação dos pontos, local de

Page 46: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

46

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

coleta, o tipo de leito e as coordenadas de localização. A Foto 25 ilustra os pontos

de monitoramento.

Quadro 2. Identificação dos pontos de coleta e coordenadas.

Identificação do ponto

Local de coleta Leito Coordenadas geográficas

P01 Arenoso Montante do Barramento 21K 0777222 8055353 UTM

P02 Rochoso Jusante Casa de Força 21K 0771271 8059700 UTM

Foto 25. Pontos de coleta na área de influência direta e indireta da PCH Santa Gabriela. (A): Montante do Barramento; (B): Jusante do Barramento. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013.

A Figura 2 a seguir apresenta o croqui dos pontos de monitoramento

hidrossedimentológicos localizados na PCH Santa Gabriela.

A B

Page 47: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

47

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 2. Mapa de localização dos pontos de monitoramento hidrossedimentológico da PCH Santa

Gabriela. Fonte: Google Earth, 2012.

5.2. Material e Métodos

5.2.1. Hidrometria – Medição de Vazão e Batimetria

A medição de vazão em cursos d’água é realizada de modo indireto, a partir da

medida de velocidade. O primeiro passo, para uma adequada medição é a escolha

da seção do rio, que é determinada pela sua linearidade e regularidade, buscando

estabelecê-la no último terço do trecho reto do rio, garantindo, desta forma, que a

mudança de direção das linhas de fluxo, provocada pela curva, não interfira na

medição.

Após determinar a seção em que serão realizadas as medições de vazão com

molinete é necessário calcular a área da seção, a qual é obtida medindo-se a largura

do rio e a profundidade em um número significativo de pontos ao longo da seção,

chamados de verticais. Portanto, a medição de vazão é feita conjuntamente com a

Page 48: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

48

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

batimetria, pois para saber a quantidade de medições de vazão em cada vertical é

necessário saber sua profundidade.

A velocidade da água é, normalmente, maior no centro de um rio do que junto às

margens. Da mesma forma, a velocidade é mais baixa junto ao fundo do rio do que

junto à superfície. Em função desta variação da velocidade é necessário realizar

medições em várias verticais e em vários pontos ao longo das verticais.

O Quadro 3 apresenta o número de pontos de medição em uma vertical de

acordo com a profundidade do rio e o Quadro 4 apresenta o número de verticais

recomendadas para medições de vazão de acordo com a largura do rio.

Quadro 3. Número e posição de pontos de medição na vertical recomendados de acordo com a profundidade do rio (SANTOS et al. 2001).

Profundidade (m) Número de pontos Posição dos pontos

0,15 a 0,60 1 0,6p

0,60 a 1,20 2 0,2 e 0,8p

1,20 a 2,00 3 0,2; 0,6 e 0,8p

2,00 a 4,00 4 0,2; 0,4; 0,6 e 0,8p

> 4,00 6 S, 0,2; 0,4; 0,6; 0,8p e F

S: Superfície, F: Fundo.

Quadro 4. Distância recomendada entre as verticais, de acordo com a largura do rio (SANTOS et al. 2001).

Largura do rio (m) Distância entre as verticais (m)

< 3 0,30

3 – 6 0,50

6 – 15 1,00

15 – 30 2,00

30 – 50 3,00

50 – 80 4,00

80 – 150 6,00

150 – 250 8,00

≥ 250 12,00

A medição de descarga líquida segue recomendações estabelecidas pelas

normas técnicas do DNAEE (BRASIL, 1977), atual ANEEL, utilizando o método da

seção média.

Os dados coletados foram anotados em uma planilha de campo e posteriormente

levados para digitalização e inserção em um banco de dados. O equipamento

Page 49: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

49

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

utilizado para a medição da descarga líquida foi o molinete fluviométrico MLN–7

(Foto 26), que foi utilizado com guincho hidrométrico, para grandes profundidades. O

pulso gerado pelo molinete foi computado no contador CPD-10, por meio de um

cabo padrão.

Foto 26. Medição de descarga líquida com Molinete Hidrométrico MNL-7 e contador CPD-10. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

5.2.2. Hidrossedimentologia - Método de Descarga do Sedimento em Suspensão

por Integração Vertical.

Os procedimentos utilizados na coleta de amostras de sedimentos em suspensão

são estabelecidos pelo Guia de Práticas Sedimentométricas da ANEEL (Agência

Nacional de Energia Elétrica) elaborado por Carvalho et. al, 2000, sendo o método

adotado o de Igual Incremento de Largura (IIL).

A metodologia de campo empregada na escolha dos perfis transversais, seções

de medições de descargas líquidas e sólidas é a recomendada pelo DNAEE, ANEEL

e CPRM, que estabelece um programa de amostragem de campo, conjugada com a

caracterização e avaliação dos parâmetros geométricos, hidráulicos, hidrológicos,

sedimentológicos, morfométricos e fluviomorfológicos.

A amostragem de sedimentos foi realizada em 02 (duas) seções, uma à montante

do barramento e outra à jusante. As amostragens de sedimentos em suspensão total

Page 50: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

50

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

foram realizadas com amostrador de sedimentos DH-48 (Foto 27), utilizado para

trechos de coleta à vau (CARVALHO, 2008).

As amostragens de sedimentos do leito foram realizadas com a draga de

Petersen, que é um amostrador do tipo caçamba de raspagem, de penetração

vertical, que consiste em duas caçambas que se fecham juntas ao tocar o leito,

devido a um dispositivo de barra ou de mola, para coletar uma camada superior do

material.

Foto 27. Amostragem de Sedimentos em Suspensão com amostrador DH - 48. Fotos: Acervo ANAMBI, 2013.

5.2.3. Análise em Laboratório

As análises laboratoriais das amostras de sedimentos em suspensão e de

sedimentos de leito foram realizadas no Laboratório ANAMBI - Análise Ambiental

Ltda., consistindo na determinação da concentração e da granulometria do

sedimento em suspensão e da granulometria do sedimento de leito, a granulometria

é classificada de acordo com a tabela da American Geophysical Union (DNAEE,

1970).

Os procedimentos de análise foram realizados por meio dos métodos de

peneiramento e filtração para os sedimentos em suspensão, e peneiramento para

sedimentos de leito. Essas metodologias são indicadas pela ANEEL para análises

sedimentométricas.

Page 51: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

51

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

5.3. Resultados e Discussão

Os dados elencados em campo, bem como as identificações dos certificados de análises são apresentados no Quadro 5.

Quadro 5. Dados de campo das campanhas de monitoramento realizadas na PCH Santa Gabriela.

Dados de campo

Pontos de coleta

Março Julho Outubro Janeiro

P01 P02 P01 P02 P01 P02 P01 P02

Data da coleta 25.03.2013 25.03.2013 11.07.2013 11.07.2013 30.10.2013 30.10.2013 22.01.2014 22.01.2014

Hora da coleta 16h30min 13h30min 07h20min 10h10min 14h00 08h30 09h15min 13h30min

Temperatura do ar (ºC) 27,6 27,6 18,5 25 27 25 28 26

Temperatura da amostra (ºC)

26 26 20 20 25,5 26 25,5 24

Condições Climáticas Chuvoso Chuvoso Aberto Aberto Nublado/Chuva

ult. 48hr Nublado/Chuva

ult. 48hr Nublado/Chuva

ult. 48hr Nublado/Chuva

ult. 48hr

Nº Certificados de Análise – Sedimentos em Suspensão

12149/2013 12150/2013 12863/2013 12865/2013 13525/2013 13526/2013 14034/2014 14036/2014

Nº Certificados de Análise – Sedimentos em Suspensão

12151/2013 --- 12864/2013 --- 13527/2013 - 14035/2014 ---

Obs.: Por não haver sedimentos de fundo não há Certificados de Análise de leito para o ponto P02.

Page 52: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

52

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

5.3.1. Descarga Líquida

O resumo dos resultados das medições convencionais de descarga líquida,

realizadas nos pontos de monitoramento, pode ser visualizado nas Tabelas 1 e 2,

cujas planilhas de cálculo adotadas (anexo 03) seguem a metodologia da Seção

Média. Nesta, as áreas delimitadas pelas verticais são calculadas pelo produto da

média das profundidades das verticais que limitam esta subseção, pela distância

entre estas duas verticais. A velocidade utilizada no cálculo da vazão é

determinada, também, pela média das velocidades medidas nas verticais que

limitam cada subseção. Desta forma, o produto da velocidade pela área de cada

subseção resulta na vazão que passa nesta. O somatório das vazões das

subseções é igual à vazão total do rio.

Tabela 3. Resumo das medições convencionais de Descarga Líquida no rio Correntes, P01 – Montante.

P01 – Rio Correntes

Campanha Data Largura

(m) Área da

seção (m2)

Prof. Média (m)

Vel. Média (m/s)

Descarga líquida (m

3/s)

Março 25.03.2013 30,00 92,28 3,39 0,82 77,40

Julho 11.07.2013 25,00 63,70 2,65 0,71 48,30

Outubro 30.10.2013 28,00 65,74 2,46 0,73 50,08

Janeiro 22.01.2014 28,00 62,21 2,59 0,78 50,55

Tabela 4. Resumo das medições convencionais de Descarga Líquida no rio Correntes, P02 – Jusante.

P02 – Rio Correntes

Campanha Data Largura

(m) Área da

seção (m2)

Prof. Média (m)

Vel. Média (m/s)

Descarga líquida (m

3/s)

Março 25.03.2013 36,60 88,04 2,71 0,84 91,15

Julho 11.07.2013 28,50 62,20 2,37 0,87 58,17

Outubro 30.10.2013 30,00 71,50 2,50 0,91 63,84

Janeiro 22.01.2014 30,00 65,90 2,55 0,91 64,11

Page 53: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

53

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

As batimetrias das seções monitoradas nas quatro campanhas

hidrossedimentológicas da PCH Santa Gabriela podem ser visualizadas nas

Figuras 3 e 4.

Figura 3. Gráficos das batimetrias registradas nas campanhas de março/2013, julho/2013, outubro/2013 e janeiro/2014 no ponto de monitoramento à montante da PCH Santa Gabriela.

Page 54: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

54

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 4. Gráficos das batimetrias registradas nas campanhas de março/2013, julho/2013, outubro/2013 e janeiro/2014 no ponto de monitoramento à jusante da PCH Santa Gabriela.

5.3.2. Sedimentos em Suspensão

Os resultados obtidos para concentrações de sólidos em suspensão no ciclo de

monitoramento realizado na PCH Santa Gabriela são expressos na Tabela 5 a

seguir.

Tabela 5. Valores de concentração de sólidos em suspensão.

Ponto Unidade Concentração

Março Julho Outubro Janeiro

P01- Montante do Reservatório

mg/L 25,03 8,68 21,20 19,20

P02 - Jusante Casa de Força

mg/L 25,53 10,22 13,40 12,87

Page 55: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

55

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

A Tabela 6 contém os valores obtidos por meio de análises granulométricas

dos sedimentos em suspensão transportados nas seções monitoradas á montante

e á jusante da PCH Santa Gabriela. A partir destes determinou-se o valor médio

da granulometria dos sedimentos em suspensão para consolidação e

apresentação dos dados (Tabela 7).

De acordo com a granulometria média, os pontos amostrados caracterizam-se

como arenosos, com porcentagens predominantes de sedimentos em suspensão

de areia muito fina à montante e à jusante, respectivamente, 75,97% e 47,95%. A

Figura 5 esboça os resultados graficamente.

As análises foram realizadas pelo método filtração, uma vez que, ambos os

pontos não atingiram as concentrações mínimas necessárias para a análise pelo

método do Tubo de Remoção pela Base (TBR), no qual se obteria resultados

individuais para silte e argila.

Page 56: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

56

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 6. Resultados de granulometria dos sedimentos em suspensão.

Parâmetro Unidade

Resultados

Março Julho Outubro Janeiro

P01 P02 P01 P02 P01 P02 P01 P02

Areia Muito Grossa (2 a 1 mm) % ND ND ND ND ND ND ND ND

Areia Grossa (1 a 0,5 mm) % ND ND ND 0,30 ND ND ND ND

Areia Média (0,5 a 0,25 mm) % ND 4,10 3,20 0,60 ND ND ND ND

Areia Fina (0,25 a 0,125 mm) % ND 47,7 24,5 26,4 ND ND 0,80 35,1

Areia Muito Fina (0,125 a 0,0625 mm) % 91,9 32,3 27,3 34,7 95,5 72,4 93,50 52,4

Silte + Argila (0,0625 a 0,00024 mm) % 8,10 15,9 45,0 38,0 4,50 27,60 5,70 12,5

Tabela 7. Resultados médios da granulometria dos sedimentos em suspensão.

Parâmetro Unidade Resultados

P01 P02

Areia Muito Grossa (2 a 1 mm) % ND ND

Areia Grossa (1 a 0,5 mm) % ND 0,01

Areia Média (0,5 a 0,25 mm) % 0,80 1,17

Areia Fina (0,25 a 0,125 mm) % 6,32 27,3

Areia Muito Fina (0,125 a 0,0625 mm) % 77,05 47,95

Silte + Argila (0,0625 a 0,00024 mm) % 15,82 23,50

Obs.: ND – Não Detectado.

Page 57: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

57

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 5. Gráfico da granulometria média dos sedimentos em suspensão presentes nos pontos amostrados na PCH Santa Gabriela.

As curvas granulométricas dos pontos P01 e P02, referentes às campanhas de

março/2013, julho/2013, outubro/2013 e janeiro/2014, são expressas nas Figuras

6 e 7, respectivamente.

Page 58: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

58

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 6. Curvas granulométricas dos sedimentos em suspensão do ponto P01 à montante do reservatório. (A) Março/2013; (B) Julho/2013; (C) Outubro/2013 e (D) Janeiro/2014.

A B

C D

Page 59: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

59

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 7. Curvas granulométricas dos sedimentos em suspensão do ponto P02 à jusante da casa de força. (A) Março/2013; (B) Julho/2013; (C) Outubro/2013 e (D) Janeiro/2014.

5.3.3. Sedimentos de Leito

Os resultados obtidos para granulometria dos sedimentos de leito à montante

da PCH no ciclo de campanhas monitoradas estão disponíveis na Tabela 8. A

média granulométrica para o referido ponto é expressa na Tabela 9 e ilustrado por

meio da Figura 8.

No que se refere ao ponto P02 não há resultado para granulometria dos

sedimentos de leito, haja vista que este é composto por pedregulhos e matações,

não possibilitando a coleta e fora da faixa de análise laboratorial. Na Figura 9 são

apresentados os gráficos das curvas granulométricas para o ponto P01 ao longo

dos monitoramentos.

A B

C D

Page 60: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

60

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 8. Resultados da granulometria dos sedimentos de leito.

Parâmetro Unidade

Resultados

Março Julho Outubro Janeiro

P01 P01 P01 P01

Cascalho Grosso (32 a 16 mm) % ND ND ND ND

Cascalho Médio (16 a 8 mm) % ND ND ND ND

Cascalho Fino (8 a 4 mm) % ND ND ND ND

Cascalho Muito Fino (4 a 2 mm) % ND ND ND ND

Areia Muito Grossa (2 a 1 mm) % ND ND ND ND

Areia Grossa (1 a 0,5 mm) % 0,1 ND 0,5 ND

Areia Média (0,5 a 0,25 mm) % 3,0 2,1 0,9 4,7

Areia Fina (0,25 a 0,125 mm) % 80,8 87,5 49,5 58,9

Areia Muito Fina (0,125 a 0,0625 mm) % 15,7 10,2 40,3 35,7

Silte + Argila (0,0625 a 0,00024 mm) % 0,4 0,2 8,8 0,7

Obs.: Não há resultados referentes à granulometria dos sedimentos de leito do ponto P02 - jusante, uma vez que o mesmo apresenta constituição rochosa. ND – Não Detectado.

Tabela 9. Granulometria média do material de leito referente ao ponto P01

Parâmetro Unidade

Resultados

Médias

P01 P02

Cascalho Grosso (32 a 16 mm) % ND ND

Cascalho Médio (16 a 8 mm) % ND ND

Cascalho Fino (8 a 4 mm) % ND ND

Cascalho Muito Fino (4 a 2 mm) % ND ND

Areia Muito Grossa (2 a 1 mm) % ND ND

Areia Grossa (1 a 0,5 mm) % 0,15 ND

Areia Média (0,5 a 0,25 mm) % 2,67 ND

Areia Fina (0,25 a 0,125 mm) % 69,17 ND

Areia Muito Fina (0,125 a 0,0625 mm) % 25,47 ND

Silte + Argila (0,0625 a 0,00024 mm) % 2,52 ND

Obs.: ND – Não Detectado.

Page 61: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

61

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 8. Gráfico da granulometria média do material de leito presente em P01.

Figura 9. Curvas granulométricas dos sedimentos de leito do ponto P01 à montante do reservatório. (A) Março/2013; (B) Julho/2013; (C) Outubro/2013 e (D) Janeiro/2014.

A B

C D

Page 62: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

62

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

5.3.4. Descarga sólida

Após a obtenção dos resultados, foram realizados os cálculos para

determinação de descarga sólida de sedimentos em suspensão, descarga sólida

de arrasto e descarga sólida total.

5.3.4.1. Descarga sólida em suspensão

A descarga em suspensão corresponde à fase mais importante na

hidrossedimentológia, pois pode representar até 95% da descarga sólida total.

Para calcular a descarga sólida em suspensão mede-se a concentração dos

sedimentos em suspensão e a descarga líquida. Os sedimentos em suspensão

não são distribuídos uniformemente em cada seção, portanto é necessário

realizar a amostragem em várias verticais ao longo da seção, para detectar as

variações da concentração.

As medições da descarga sólida em suspensão, com amostragens pelo

método de Igual Incremento de Largura (IIL) ou por Igual Incremento de Descarga

(IID), têm uma única análise a partir de amostra composta. A concentração

corresponde ao valor médio na seção, sendo a descarga sólida em suspensão

calculada pela equação:

Qss= 0,0864.Q.C

Sendo Q a descarga líquida em m3/s e C a concentração em mg/l, resultando

Qss em t/d.

A Tabela 10 apresenta os valores das descargas sólidas em suspensão obtidas

para os pontos amostrados, conforme a mesma houve variação quanto à

superioridade nos resultados durante o ciclo de amostragem. Tal divergência

relaciona-se diretamente aos valores de descarga líquida e concentração de

Page 63: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

63

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

sedimentos em suspensão, variáveis consideradas no cálculo. Por meio da Figura

10 esboça-se a comparação gráfica dos resultados apresentados.

Tabela 10. Valores de Descarga sólida em suspensão do rio Correntes.

Ponto Descarga Sólida em Suspensão qss (t/d)

Março Julho Outubro Janeiro

P01 167,38 36,22 91,70 83,85

P02 201,06 51,36 73,90 71,29

Figura 10. Descargas sólidas em suspensão registradas ao longo do programa de monitoramento hidrossedimentológico do rio Correntes - PCH Santa Gabriela.

5.3.4.2. Descarga Sólida de Leito

A descarga sólida de arrasto representa a menor parte da descarga sólida total,

correspondendo de 5% a 10% normalmente, no entanto, pode se igualar ou

superar o valor da descarga em suspensão, em caso de rios largos e rasos com

sedimento aluvionar. Essa descarga é constituída por materiais mais grossos e

pesados.

Page 64: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

64

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

O método modificado de Einstein para o cálculo de descarga sólida total,

fornece também os valores de descarga sólida de leito, para a utilização desta

metodologia é necessário que haja uma faixa granulométrica em comum entre os

sedimentos em suspensão e os sedimentos de leito. O método modificado de

Einstein é o mais recomendado pela ANEEL devido a precisão dos resultados.

Entretanto, onde a coleta de material de leito é impossibilitada pela

característica rochosa do mesmo, possuindo apenas os dados de descarga sólida

em suspensão para obtenção da descarga sólida total, o calculista arbitra o valor

de descarga sólida de leito de acordo com ICOLD (1989), que sugere algumas

alternativas para obtenção desta, em função das características do material de

leito e das concentrações de sedimentos em suspensão existentes nas amostras

(Tabela 11). Essa Tabela mostra a complexidade de somente arbitrar a

porcentagem (%).

Tabela 11. Guia para correção da descarga de leito e orientação para obtenção desta (ICOLD, 1989).

Desta forma para determinar a descarga sólida de leito do ponto P02 – jusante,

utilizou-se o método da arbitragem de acordo com a condição 4 expressa na

Tabela 9, isto pelo leito do local monitorado ser formado por rochas, fato que

restringe o uso do método modificado de Einstein e de Colby. No Brasil é comum

arbitrar esse valor como sendo 10% do valor da descagra sólida suspensa. O

Page 65: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

65

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

resultado para descarga sólida de leito pelo método da arbitragem é expresso a

seguir.

Já para o ponto à montante foi possível utilizar-se o método modificado de

Einstein, haja vista que este apresenta faixa granulométrica em comum entre os

sedimentos em suspensão e de leito. A Tabela 12 a seguir, apresenta os

resultados obtidos para descarga sólida de leito para ambos os pontos

monitorados.

Tabela 12. Resultados das Descargas Sólidas de Leito.

Ponto Descarga Sólida de Leito (t/d)

Março Julho Outubro Janeiro

P01 42,10 7,10 38,10 45,20 Método

Modificado de Einstein

P02 20,11 5,14 7,39 7,13 Método da Arbitragem

5.3.4.3. Descarga Sólida Total

Devido às características de ambos os pontos monitorados os resultados foram

obtidos a partir do Método modificado de Einstein para P01 – montante, uma vez

que este apresenta faixa granulométrica em comum para os sedimentos de leito e

em suspensão. Em relação ao P02 – jusante em decorrência da falta de

sedimentos de leito, os resultados se deram por meio do Método da Arbitragem.

Portando, os resultados das descargas sólidas totais são apresentados em

conjunto com o resumo das descargas sólidas e líquidas obtidas nas quatro

campanhas monitoradas (Tabela 13). A Figura 11 exibe graficamente tais valores.

Page 66: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

66

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 13. Resultados das descargas sólidas totais do rio Correntes na área de influência direta da PCH Santa Gabriela.

P01 - Montante

Campanha Data Área da

seção (m²) Descarga

Líquida (m³/s)

Descarga Sólida em Suspensão

(t/dia)

Descarga Sólida de Leito (t/dia)

Descarga Sólida Total (t/dia)

Observação

Março 25.03.2013 92,28 77,40 167,38 42,10 128,06 A descarga sólida de leito e total foram calculadas pelo método de Einstein Modificado

Julho 11.07.2013 63,70 48,30 36,22 7,10 80,37

Outubro 30.10.2013 65,74 50,08 91,70 38,10 176,61

Janeiro 22.01.2014 59,97 50,55 83,25 45,20 247,79

P02 - Jusante

Campanha Data Área da

seção (m²) Descarga

Líquida (m³/s)

Descarga Sólida em Suspensão

(t/dia)

Descarga Sólida de Leito (t/dia)

Descarga Sólida Total (t/dia)

Observação

Março 25.03.2013 88,04 91,15 201,06 20,11 221,17

A descarga sólida de leito foi calculada pelo método de Arbitragem

Julho 11.07.2013 62,20 58,17 51,36 5,14 56,50

Outubro 30.10.2013 71,50 63,84 73,90 7,39 81,30

Janeiro 22.01.2014 65,90 64,11 71,29 7,13 78,42

Page 67: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

67

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 11. Descargas sólidas totais registradas ao longo do programa de monitoramento hidrossedimentológico do rio Correntes - PCH Santa Gabriela.

5.4. Considerações Finais

O monitoramento hidrossedimentológico é de suma importância, pois fornece uma

série de dados que são fundamentais para o aprofundamento do conhecimento

sobre o comportamento sedimentológico do rio Correntes, nos trechos presentes na

área de influência direta e indireta da Pequena Central Hidrelétrica Santa Gabriela,

Sendo uma poderosa ferramenta para a elaboração de outros estudos mais

complexos referentes aos processos de assoreamento, erosão, transporte e

aproveitamento hídrico.

Os resultados aqui apresentados referem-se aos monitoramentos realizados nos

meses de Março/2013, Julho/2013, Outubro/2013 e Janeiro/2014. Os valores obtidos

das análises realizadas nas amostras coletadas são pertinentes à concentração de

sedimentos, granulometria do material em suspensão e de leito, descarga líquida e

descarga sólida total.

Quanto aos sólidos em suspensão, as maiores concentrações foram registradas

na campanha de Março de 2013 para ambos os pontos amostrados. Tal resultado

relaciona-se diretamente a precipitações ocorridas na região, inclusive durante os

Page 68: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

68

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

trabalhos em campo, que tem por conseqüência aumento da produção de

sedimentos carreados para os corpos hídricos pelo escoamento superficial da

chuva. Dentre os maiores e menores resultados constataram-se variações nas

concentrações de, aproximadamente, 65 % à montante e 60% à jusante.

No que concerne a granulometria dos sedimentos em suspensão ambos os

pontos monitorados apresentaram composição, sobretudo, de areia muito fina, com

percentuais médios de 77,05% e 47,95% à montante e à jusante, respectivamente.

Com relação aos sedimentos de leito, o canal fluvial é constituído por areia fina, com

média percentual dentre as campanhas realizadas de 69,17% à montante do

empreendimento. Quanto ao trecho de amostragem à jusante, o leito do rio

Correntes é formado por matacões e rochas de grandes diâmetros, impossibilitando

coleta a e análise granulométrica do mesmo.

Os resultados de descargas líquidas aferidos permitiram concluir que à jusante do

barramento apresentou superioridade de vazão em todas as campanhas do ciclo

monitorado. Contudo, tais resultados são conseqüência do aumento do volume de

água que adentra ao reservatório, devido à presença do rio Comprido, um tributário

que deságua no mesmo, e influi diretamente nas descargas líquidas à jusante da

PCH. Ressalta-se que os valores obtidos durante as campanhas monitoradas

asseguram a preservação do meio ambiente e os usos múltiplos da água a jusante

do empreendimento.

Em relação à descarga sólida total, constatou-se que o ponto à montante

apresenta maiores resultados no decorrer do monitoramento, exceto na campanha

de Março/2013, onde precipitações na região da bacia elevaram o valor de descarga

à jusante do barramento, devido ao aumento das taxas de concentração de sólidos

suspensos carreados pela chuva. A superioridade nos valores de descarga sólida

total no ponto à montante deve-se ao fato de que grande parcela dos sedimentos

transportados pela seção decantam no reservatório por seu fluxo hídrico lêntico,

sendo que apenas os sedimentos mais finos e leves possuem a capacidade de

transpor o barramento.

Page 69: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

69

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Portanto, este relatório consolida os resultados obtidos nas quatro campanhas de

monitoramento da fase de operação da PCH Santa Gabriela, cuja principal finalidade

é monitorar a evolução do comportamento hidrossedimentológico dos trechos

monitorados ao longo dos anos de operação do empreendimento, fornecendo uma

série de dados confiáveis.

Page 70: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

70

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

5.5. Referências Bibliográficas

BAPTISTA, G.M.M. Diagnóstico ambiental de erosão laminar: modelo geotecnológico e

aplicação – Brasília: Universa, 2003

CARVALHO, N. O.; FILIZOLA JR, N. P.; SANTOS, P. M. C.; LIMA, J. E. F. W. Guia de

práticas sedimentométricas, Brasília: Aneel, 2000.

CARVALHO, N.O. Hidrossedimentologia prática, 2ªed., versão atual e ampliada. – Rio de

Janeiro: Ineterciência, 2008.

CESP, Companhia Energética de São Paulo - Laboratório Cesp de Engenharia Civil.

Ensaios Sedimentométricos: Roteiro Preliminar, 2009.

ECOLOGY BRASIL – Ecology and Environment do Brasil; PBA – PCH Santa Gabriela,

2007.

MERTEN e POLETO. Qualidade dos Sedimentos. Porto Alegre: ABRH, 2006. 397p.

SILVA, Rui Carlos Vieira. Hidráulica Fluvial / Rui Carlos Vieira da Silva, Geraldo Wilson

Júnior – Rio de Janeiro: COPPE / UFRJ, 2005.

SANTOS et al. Hidrometria Aplicada – Curitiba: Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento,

2001. 372p.

Page 71: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

71

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

5.6. Anexos

ANEXO 01 – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

ANEXO 02 – PLANILHAS DE DADOS DE MEDIÇÃO DE VAZÃO

ANEXO 03 - PLANILHA DE CÁLCULO DE DESCARGA SÓLIDA TOTAL

ANEXO 04 – CERTIFICADOS DE ANÁLISES

ANEXO 05 – CADASTRO TÉCNICO FEDERAL

Page 72: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

72

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

5.7. Responsáveis Técnicos

Roney Aparecido Gomes Coordenador Químico – Bacharelado com Atribuições Tecnológicas, Pós – Graduando em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria – UFLA/MG. CRQ: 02020002 – XX Região

Page 73: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

73

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO 01

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Page 74: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

74

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO 02

PLANILHAS DE DADOS DE MEDIÇÃO DE VAZÃO

Page 75: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

75

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 76: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

76

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

25,00

12 1,00 2,00

2,00 2,00 2,50

h 2,00 2,30 2,30 2,40 2,45 2,90 3,00 3,10 3,20 2,90 2,80 2,50 0,00

h0,2 0,40 0,46 0,46 0,48 0,49 0,58 0,60 0,62 0,64 0,58 0,56 0,50 0,00

h0,4 0,80 0,92 0,92 0,96 0,98 1,16 1,20 1,24 1,28 1,16 1,12 1,00 0,00

h0,6 1,20 1,38 1,38 1,44 1,47 1,74 1,80 1,86 1,92 1,74 1,68 1,50 0,00

h0,8 1,60 1,84 1,84 1,92 1,96 2,32 2,40 2,48 2,56 2,32 2,24 2,00 0,00

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

2,00 4,30 4,60 4,70 4,85 5,35 5,90 6,10 6,30 6,10 5,70 5,30 2,50

Leitura inicial 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Leitura Final 97,5 158 162,5 187 192 206,0 204,5 169,0 155,0 151,5 149,5 116,5 0,0

Variação 97,5 158 162,5 187 192 206,0 204,5 169,0 155,0 151,5 149,5 116,5 0,0

Correlação 1,63 2,63 2,71 3,11 3,20 3,43 3,41 2,82 2,58 2,53 2,49 1,94 0,00

Velocidade (m/s) 0,462 0,748 0,769 0,883 0,909 0,975 0,968 0,800 0,734 0,717 0,708 0,552 0,000

Vazão (m³/s) 0,462 2,601 3,490 3,883 4,346 5,041 5,734 5,394 4,833 4,426 4,062 3,338 0,690

Vazão Total (m³/s)

Verticais

Cálculo das Áreas dos Trechos

Cálculo das velocidades médias

3

Velocidade média

da seção (m/s)0,231

12 13

0,630 0,276

N° de Verticais:

0,767 0,713

4 5Profundidade (m) 2

Sentido da Medição: MD-ME Régua: Não Possui

10 11

0,759 0,826 0,896

8

0,884 0,726

9

DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DO RIO CORRENTES - MONTANTE PCH SANTA GABRIELA

Data. 11/07/2013

Distância Final (m):

Profundidade Final (m):

Eq. 1: V (m/s) = 0,00014965 + 0,28404413 x N (rps)

Distância entre as verticais (m):

Largura da seção (m):

Distância Inicial (m):

Profundidade Inicial (m):

Equação do Molinete

0,942 0,9720,605

Determinação das profundidades

48,30

Área (m²)

1 6 7

Page 77: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

77

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

28,50

13 2,50 2,00

2 2,00 2,1

h 2,00 2,50 2,70 2,50 2,40 2,30 2,40 2,45 2,30 2,40 2,70 2,10 2,10 0,00

h0,2 0,40 0,50 0,54 0,50 0,48 0,46 0,48 0,49 0,46 0,48 0,54 0,42 0,42 0,00

h0,4 0,80 1,00 1,08 1,00 0,96 0,92 0,96 0,98 0,92 0,96 1,08 0,84 0,84 0,00

h0,6 1,20 1,50 1,62 1,50 1,44 1,38 1,44 1,47 1,38 1,44 1,62 1,26 1,26 0,00

h0,8 1,60 2,00 2,16 2,00 1,92 1,84 1,92 1,96 1,84 1,92 2,16 1,68 1,68 0,00

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

2,50 4,50 5,20 5,20 4,90 4,70 4,70 4,85 4,75 4,70 5,10 4,80 4,20 2,10

Leitura inicial 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Leitura Final 31,0 73,0 139,5 215,5 300,0 272,5 314,0 330,5 302,5 250,5 214,0 79,5 41,0 0,0

Variação 31,0 73,0 139,5 215,5 300,0 272,5 314,0 330,5 302,5 250,5 214,0 79,5 41,0 0,0

Correlação 0,52 1,22 2,33 3,59 5,00 4,54 5,23 5,51 5,04 4,18 3,57 1,33 0,68 0,00

Velocidade (m/s) 0,147 0,346 0,661 1,020 1,420 1,290 1,487 1,565 1,432 1,186 1,013 0,377 0,194 0,000

Vazão (m³/s) 0,184 1,108 2,616 4,370 5,980 6,370 6,526 7,400 7,118 6,153 5,608 3,335 1,199 0,204

Vazão Total (m³/s)

Sentido da Medição: ME-MD

12 13

Verticais

58,17

0,285

14

0,097

10 11

Cálculo das Áreas dos Trechos

Cálculo das velocidades médias

7 8 94 6

0,6951,498 1,309 1,1001,2200,073 1,355 1,3880,246 0,503

DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DO RIO CORRENTES - JUSANTE PCH SANTA GABRIELA

Data: 11/07/2013

Distância Final (m):

Profundidade Final (m):

Eq. 1: V (m/s) = 0,00014965 + 0,28404413 x N (rps)

Distância entre as verticais (m):

Equação do Molinete

Distância Inicial (m):

Profundidade Inicial (m):

N° de Verticais:

Largura da seção (m):

1 2 3

Determinação das profundidades

Profundidade (m) 5

1,5260,840

Área (m²)

Velocidade média da

seção (m/s)

Page 78: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

78

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

28,00

13 2,00 2,00

2,00 1,90 1,71

h 2,50 2,44 2,40 2,46 2,57 2,65 2,68 2,78 2,83 2,95 2,02 1,93 1,71 0,00

h0,2 0,00 0,49 0,48 0,49 0,51 0,53 0,54 0,56 0,57 0,40 0,39 0,34 0,00

h0,4 1,00 0,98 0,96 0,98 1,03 1,06 1,07 1,11 1,13 1,18 0,81 0,77 0,68 0,00

h0,6 1,50 1,46 1,44 1,48 1,54 1,59 1,61 1,67 1,70 1,77 1,21 1,16 1,03 0,00

h0,8 2,00 1,95 1,92 1,97 2,06 2,12 2,14 2,22 2,26 2,36 1,62 1,54 1,37 0,00

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

4,40 4,94 4,84 4,86 5,03 5,22 5,33 5,46 5,61 5,78 4,97 3,95 3,64 1,71

Leitura inicial 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Leitura Final 30,5 143 163,5 188 196 198,0 198,5 197,0 187,0 175,0 170,5 167,5 150,5 0,0

Variação 30,5 143 163,5 188 196 198,0 198,5 197,0 187,0 175,0 170,5 167,5 150,5 0,0

Correlação 0,51 2,38 2,73 3,13 3,27 3,30 3,31 3,28 3,12 2,92 2,84 2,79 2,51 0,00

Velocidade (m/s) 0,145 0,677 0,774 0,888 0,928 0,937 0,940 0,933 0,885 0,829 0,807 0,793 0,713 0,000

Vazão (m³/s) 0,318 2,030 3,512 4,039 4,567 4,869 5,003 5,112 5,100 4,954 4,065 3,161 2,740 0,609

Vazão Total (m³/s)

Vazão Total (m³/h)

Verticais

Cálculo das Áreas dos Trechos

Cálculo das velocidades médias

1

Área (m²)

0,933 0,9390,411

Determinação das profundidades

50,08

0,936

DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DO RIO CORRENTES - MONTANTE PCH SANTA GABRIELA

Data. 30/10/13

Distância Final (m):

Profundidade Final (m):

Eq. 1: V (m/s) = 0,00014965 + 0,28404413 x N (rps)

Distância entre as verticais (m):

Largura da seção (m):

Distância Inicial (m):

Profundidade Inicial (m):

Equação do Molinete

122

0,909 0,818

4 5

0,726

7

Velocidade média

da seção (m/s)0,072

Profundidade (m)

0,857

96

Sentido da Medição: ME-MD Régua: Não Possui

180.283,92

10 11

0,831 0,908

8

N° de Verticais:

3 13 14

0,753 0,3560,800

Page 79: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

79

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 80: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

80

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 81: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

81

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 82: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

82

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO 03

CÁLCULO DE DESCARGA SÓLIDA TOTAL

Page 83: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

83

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Rio: Local:

Data:

Entidade:

Código:

Q: L: Vk: (RS)1/2

: 0,00743 P: 13,117 Z'ref.: 1,170

v: A: D35: u'x: 0,02328 A': 0,057 p': 2,650

p: T: D65: delta: 0,00052 A'': 0,000134 86.400 w: 2160000

ps: pn: Concentr.: Ks/delta: 0,36791 96,9 %

Qsm: x: 1,178 35,087 t/d

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

0.000-0.0156 0,0056 0,0706 0,006 0,007 0,004 0,941 -0,786 1,000 -1,012 1,047 4,7E+04 -4,7E+04 5,7E+05

0.0156-0.0625 0,0312 0,9289 0,108 0,126 0,024 0,933 -0,889 1,026 -1,260 1,076 2,5E+03 -3,0E+03 2,9E+04

0.002-0.0625 0,0110 6,990 0,271 0,1945 0,20 0,00 0,0 45,00 15,8 0,022 0,025 0,008 0,937 -0,800 1,001 -1,044 1,052 1,9E+04 -2,0E+04 2,3E+05 16,603

0.0625-0.125 0,0884 6,990 0,271 4,4300 10,20 0,12 0,3 27,30 9,6 0,440 0,514 0,067 1,112 -1,478 1,599 -3,763 1,313 3,7E+01 -8,7E+01 4,0E+02 12,581

0.125-0.250 0,1770 6,990 0,271 12,551 87,50 2,98 6,4 24,50 8,6 1,000 1,170 0,134 2,5E+00 -4,6E+00 2,0E+01 -1,2E+02 5,1E+00 0,940 -5,533 7,794 50,190

0.250-0.500 0,3540 6,990 0,271 35,500 2,10 0,20 0,4 3,20 1,1 1,705 1,994 0,267 1,2E+01 -2,6E+01 3,6E+03 -2,6E+04 1,7E+02 0,220 -1,599 2,288 1,000

0.500-1.000 0,7070 100,20 2,554 2,988 0,534 1,1E+02 -2,7E+02 1,6E+06 -1,1E+07 8,4E+03 0,109 -0,770 1,664

1.000-2.000 1,4100 282,20 3,328 3,893 1,064 1,0E+03 -2,6E+03 1,4E+08 -8,9E+08 8,6E+04 0,075 -0,485 1,494

2.000-4.000 2,8300 802,43 4,276 5,001 2,136 1,7E+04 -4,4E+04 1,2E+10 -7,0E+10 4,9E+05 0,054 -0,317 1,388

4.000-8.000 5,6600 2269,6 5,547 6,489 4,272 8,1E+05 -2,2E+06 1,8E+12 -9,4E+12 1,7E+06 0,039 -0,206 1,307

8.000-16.000 11,320 6419,4 7,003 8,191 8,543 7,6E+07 -2,1E+08 9,6E+13 -4,4E+14 1,0E+06 0,030 -0,137 1,252

TOTAL - - - - 100,00 3,31 7,1 100,00 35,1 - - - - - - - - - - - 80,373

Tamanho

dos grãos

(mm)

D (mm) psiifQf

(t/d)fi

5.33xD3/2

x 10-6

if (%)ifqf x 10

-6

(kg/s.m)J'1 J'2 J''1is (%) Q's

Multipli-

cadoresZ' PI''1+I''2+1

Descarga

sólida total

(t/d)

12.07.2013

Resultados das equações:

J''2(PJ''1+J''2)/

(PJ'1+J'2)I''1 I''2A'' x 10

-3

Data:

Karina Goulart

14

Thiago Duarte

Calculado por:

Conferido por:AMS-8 e Caçamba

MLN-7

Amostradores:

Sonora

14

0,234 mm

Medição sólida no:

PCH Santa Gabriela

63,700 m²

20,00 °C2,650 m

CÁLCULO DE IfQf CÁLCULO DA DESCARGA SÓLIDA TOTAL

36,223 t/d

0,000001036 m/s²

2,650 m

48,300 m³/s

Porcentagem de escoamento na zona amostreada:

Descarga em suspensão total na zona amostreada:

0,190 mm

8,680 ppm

CÁLCULO DA DESCARGA TOTAL DE SEDIMENTOS - MÉTODO MODIFICADO DE EINSTEIN

0,150 m

0,710 m/s

25,000 m

Medição líquida no: Molinete n

o:

Dados:

Correntes

11.07.2013

P1 - Montante

Page 84: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

84

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Rio: Local:

Data:

Entidade:

Código:

Q: L: Vk: (RS)1/2

: 0,00758 P: 13,223 Z'ref.: 2,265

v: A: D35: u'x: 0,02373 A': 0,061 p': 2,460

p: T: D65: delta: 0,00044 A'': 0,000144 86.400 w: 2419200

ps: pn: Concentr.: Ks/delta: 0,34154 96,5 %

Qsm: x: 1,121 88,548 t/d

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

0.000-0.0156 0,0056 0,0706 0,006 0,014 0,005 0,935 -0,779 1,000 -1,024 1,053 4,0E+04 -4,1E+04 4,9E+05

0.0156-0.0625 0,0312 0,9289 0,113 0,256 0,025 0,949 -1,011 1,116 -1,696 1,131 6,3E+02 -9,6E+02 7,4E+03

0.002-0.0625 0,0110 2,904 1,915 0,1945 8,80 0,03 0,1 4,50 4,0 0,022 0,051 0,009 0,929 -0,807 1,004 -1,092 1,062 1,3E+04 -1,5E+04 1,6E+05 4,233

0.0625-0.125 0,0884 2,904 1,915 4,4300 40,30 3,42 8,3 95,50 84,6 0,454 1,029 0,072 1,934 -3,311 10,165 -56,167 3,514 1,7E+00 -9,2E+00 1,4E+01 114,438

0.125-0.250 0,1770 2,904 1,915 12,551 49,50 11,90 28,8 1,000 2,265 0,144 1,9E+01 -4,2E+01 6,5E+04 -5,3E+05 1,6E+03 0,192 -1,579 1,963 56,516

0.250-0.500 0,3540 4,071 1,014 35,500 0,90 0,32 0,8 1,653 3,746 0,288 5,5E+02 -1,4E+03 2,1E+09 -1,7E+10 1,9E+06 0,087 -0,683 1,466 1,149

0.500-1.000 0,7070 8,131 0,173 100,20 0,50 0,09 0,2 2,458 5,569 0,575 5,0E+04 -1,3E+05 1,5E+14 -1,1E+15 1,6E+09 0,050 -0,361 1,295 0,271

1.000-2.000 1,4100 282,20 3,179 7,201 1,146 3,2E+06 -8,6E+06 2,8E+17 -1,8E+18 5,4E+10 0,035 -0,233 1,233

2.000-4.000 2,8300 802,43 4,063 9,204 2,301 6,0E+08 -1,6E+09 5,2E+20 -3,1E+21 6,1E+11 0,026 -0,157 1,191

4.000-8.000 5,6600 2269,6 5,278 11,956 4,602 8,6E+11 -2,3E+12 3,5E+24 -1,8E+25 3,0E+12 0,020 -0,104 1,156

8.000-16.000 11,320 6419,4 6,699 15,176 9,203 4,7E+15 -1,3E+16 4,4E+27 -2,0E+28 7,8E+11 0,015 -0,070 1,130

TOTAL - - - - 100,00 15,76 38,1 100,00 88,5 - - - - - - - - - - - 176,607

Tamanho

dos grãos

(mm)

D (mm) psiifQf

(t/d)fi

5.33xD3/2

x 10-6

if (%)ifqf x 10

-6

(kg/s.m)J'1 J'2 J''1is (%) Q's

Multipli-

cadoresZ' PI''1+I''2+1

Descarga

sólida total

(t/d)

29.11.2013

Resultados das equações:

J''2(PJ''1+J''2)/

(PJ'1+J'2)I''1 I''2A'' x 10

-3

Data:

Ana Sanches

15

Karina Goulart

Calculado por:

Conferido por:AMS-8 e Caçamba

MLN-7

Amostradores:

Sonora

15

0,101 mm

Medição sólida no:

PCH Santa Gabriela

65,740 m²

25,50 °C2,460 m

CÁLCULO DE IfQf CÁLCULO DA DESCARGA SÓLIDA TOTAL

91,731 t/d

0,000000904 m/s²

2,460 m

50,080 m³/s

Porcentagem de escoamento na zona amostreada:

Descarga em suspensão total na zona amostreada:

0,151 mm

21,200 ppm

CÁLCULO DA DESCARGA TOTAL DE SEDIMENTOS - MÉTODO MODIFICADO DE EINSTEIN

0,150 m

0,730 m/s

28,000 m

Medição líquida no: Molinete n

o:

Dados:

Correntes

30.10.2013

P1 - Montante

Page 85: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

85

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 86: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

86

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO 04

CERTIFICADOS DE ANÁLISES

Page 87: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

87

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 88: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

88

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 89: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

89

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 90: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

90

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 91: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

91

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 92: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

92

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 93: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

93

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 94: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

94

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 95: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

95

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 96: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

96

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 97: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

97

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 98: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

98

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO 05

CADASTRO TÉCNICO FEDERAL

Análise Ambiental - LTDA

Page 99: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

99

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

CADASTRO TÉCNICO FEDERAL

Roney Aparecido Gomes

Page 100: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

100

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA

ÁGUA

Este relatório apresenta os resultados da décima sexta campanha de

monitoramento de qualidade da água nos rios Correntes e Comprido, realizado no

dia 22 de janeiro, na área de influência direta e indireta do empreendimento

denominado PCH Santa Gabriela, localizado na divisa dos Estados de Mato Grosso

do Sul e Mato Grosso.

O monitoramento da qualidade da água foi realizado por meio de análises dos

parâmetros físico-químicos, microbiológicos e hidrobiológicos de amostras de água.

Para as análises dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, o padrão de

qualidade teve como referência o Conselho Nacional do Meio Ambiente, resoluções

CONAMA 357/2005 e CONAMA 274/2000. Caso haja a detecção de situações de

risco para a saúde humana, fauna e/ou flora, este monitoramento viabilizará ações

corretivas. Os dados levantados têm caráter técnico-científico para o corpo hídrico

estudado.

6.1. Área de Estudo

A coleta das amostras de água do rio Correntes foi realizada em quatro pontos

para os parâmetros físico-químicos e microbiológicos, determinados no PBA e cinco

pontos para os parâmetros hidrobiológicos, conforme a Licença de Operação (LO)

n°865/2009. Nos Quadros 6 e 7 são descritas as coordenadas e localização destes

pontos de coleta e a Foto 28 ilustra as estações de coleta dos parâmetros

hidrobiológicos.

Page 101: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

101

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Quadro 6. Identificação dos Pontos de Coleta de Água, Coordenadas e Localização

PONTOS DE COLETA COORDENADAS UTM* LOCALIZAÇÃO

SGA 01 776852 / 8055675 Montante do reservatório

SGA 02 774886 / 8057720 Trecho central do reservatório

SGA 03 771443 / 8059671 Trecho vazão reduzida

SGA 04 768710 / 8060047 Jusante da Casa de Força

* Todas as coordenadas encontram-se no fuso 21K, SAD 69.

Quadro 7. Identificação das Estações de Coleta de Amostras Hidrobiológicas, Coordenadas e Localização

ESTAÇÕES DE COLETA

COORDENADAS UTM* LOCALIZAÇÃO

SGA 01 776852 / 8055675 Montante do reservatório

SGA 02 774886 / 8057720 Trecho central do reservatório

SGA 03 771443 / 8059671 Trecho vazão reduzida

SGA 04 768710 / 8060047 Jusante da Casa de Força

SGA 05 773248 / 8060333 Rio Comprido

* Todas as coordenadas encontram-se no fuso 21K, SAD 69.

Page 102: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

102

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 28. Estações de coleta do monitoramento da PCH Santa Gabriela. A=Montante; B=Reservatório; C=Tributário; D=Trecho de Vazão Reduzida e E= Jusante. Fotos: Acervo ANAMBI, 2014.

D

A B

C D

E

Page 103: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

103

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.2. Material e métodos

6.2.1. Parâmetros Físico-Químicos e Microbiológicos

Os procedimentos de amostragem e coleta dos parâmetros físico-químicos e

microbiológicos foram preconizados pelo Guia Nacional de Coleta e Preservação de

Amostras CETESB-ANA/2011. A temperatura das amostras e do ambiente foi

aferida com a utilização de termômetro de bulbo de mercúrio (Standard Methods

2550 – A, 2012).

Seguem descritos os materiais utilizados para as coletas de amostra de água

conforme o tipo de análise a ser realizada:

i. Análises físico-químicas: frascos de polietileno, 1.000, 500 e 100 mL;

ii. Análises microbiológicas: frascos de vidro borossilicato autoclaváveis;

iii. Análises de clorofila-a e feofitina-a: frasco de vidro âmbar com tampa

rosqueável, preservado com carbonato de magnésio 1% v/v;

iv. Análise das substâncias inorgânicas: frascos de 500 mL preservados com ácido

sulfúrico 50% ou com ácido nítrico 50%.

Os procedimentos de coleta adotados podem ser visualizadas na Foto 29. Após a

amostragem todas as amostras foram acondicionadas em caixas térmicas,

preenchidas com gelo em cubo para preservação, e em seguida enviadas ao

laboratório de análise.

Foto 29. Procedimentos de coleta de amostra físico-química. Foto: Acervo ANAMBI, 2014.

A B

Page 104: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

104

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

As análises das amostras foram realizadas no laboratório ANAMBI - Análise

Ambiental Ltda. e no laboratório A3Q, de acordo com normas da Associação

Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e Standard Methods for the Examination of

Water and Wastewater, 22th Edition.

6.2.2. Parâmetros Biológicos

6.2.2.1. Comunidade Fitoplanctônica

Para a obtenção de amostras quantitativas foi realizada coleta direta, a cerca de

30 cm de profundidade, onde foram utilizados frascos de polietileno com volume de

300 mL, e posteriormente preservadas com solução de Lugol Acético (1mL). Para as

amostras qualitativas foi utilizada rede de plâncton de 30µ de porosidade, onde se

filtrou 150L de água para cada amostra. O material filtrado foi acondicionado em

frascos de polietileno de 300 mL e preservado com Solução de Formol (4%), de

acordo com a Norma Técnica CESTESB L5.313 (Foto 30).

Foto 30. Procedimento de amostragem qualitativa para análises fitoplânctonica na área de monitoramento da PCH Santa Gabriela. Foto: Acervo ANAMBI, 2014.

As análises qualitativas foram feitas com uso de lâmina e lamínula em

microscópio para levantamento da composição florística. Para riqueza de espécies

foi considerada o número de espécies presentes nas análises qualitativa e

quantitativa.

Page 105: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

105

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

A densidade fitoplanctônica (análise quantitativa) foi estimada em microscópio

invertido, após prévia sedimentação em câmaras de Utermöhl. A contagem foi feita

em 100 a 150 campos (dependendo da densidade da amostra) aleatórios da câmara

e a densidade foi calculada segundo APHA,1995. Para as identificações foram

utilizadas literaturas especializadas, tais como: Tell & Conforti (1986), Bicudo &

Menezes (2006), Bourrelly (1981, 1985, 1988), Komárek & Fott (1983), Gonzalez

(1995), Komárek & Anagnostidis (1999, 2005), John et al.,(2003), Sant’anna et al.

(2006), Castro & Bicudo (2007).

Os índices de Shannon e de equidade foram calculados com uso do software

Biodiversity Pro com logaritmo natural. A análise de cluster com índice de Bray-Curts

foi usada para relacionar os pontos semelhantes em composição da flora

fitoplanctônica considerando-se abundância e presença/ausência.

O volume celular (biovolume) foi calculado pela comparação da forma celular das

espécies fitoplanctônicas com figuras geométricas, de acordo com os trabalhos de

Sun & Liu (2003) e Olenina et al. (2006). Para estimativa de biomassa específica, o

biovolume dos indivíduos foi multiplicado pela densidade fitoplanctônica.

6.2.2.2. Comunidade Zooplanctônica

As amostras de zooplâncton foram coletadas utilizando-se rede de plâncton com

abertura 30 µm de malha, com auxílio de um balde, onde foram filtrados 120L de

água em cada ponto de amostragem (Foto 31). As amostras foram fixadas com

formaldeído 4% e acondicionadas em frascos de plásticos devidamente etiquetados.

Page 106: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

106

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 31. Procedimento de amostragem para análises de zooplâncton na área de monitoramento da

PCH Santa Gabriela. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Os organismos foram identificados até o nível de espécie, quando possível, por

meio de chaves taxonômicas específicas e bibliografia de caráter taxonômico como:

Penak (1953), Joko (2001), Koste (1978), Elmoor-Loureiro (1997), Rocha & Tundisi

(1976) e Santos – Silva (2000). A densidade dos organismos zooplanctônicos foi

obtida pela contagem de toda a amostra com auxílio da câmara de Sedgewick-

Rafter. A riqueza de espécies foi avaliada considerando-se o número total de

espécies em cada amostra. A diversidade de espécies foi calculada pelo índice de

Shannon-Wiener, por meio do programa BioDiversity Pro version 2.0, com sua

respectiva equitabilidade. A similaridade entre os pontos foi calculada utilizando-se o

índice de similaridade de Bray-Curtis (graficamente representado em um

dendrograma) também por meio do programa BioDiversity Pro version 2.0.

6.2.2.3. Comunidade Bentônica

Para amostragem da comunidade de macroinvertebrados bentônicos foi utilizado

um amostrador Surber com malha de 0, 25 μm e área de 30x30 cm, em triplicata. O

material retido foi acondicionado em sacos plásticos e fixado em álcool 70% para

posterior triagem dos organismos, de acordo com as normas técnicas da CETESB

L5.312.

Page 107: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

107

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

A triagem do material foi realizada no laboratório de comunidades aquáticas da

ANAMBI Análise Ambiental LTDA, com o auxílio de uma bandeja transluminada. Os

organismos foram identificados, até o nível de família, com o auxílio de um

estereomicroscópio e por meio de chaves taxonômicas especializadas (SILVEIRA et

al., 2004; BENETTI et al., 2006; PEREIRA et al., 2007; SILVA, 2008; SOUZA et al.,

2008; LECCI & FROEHLICH, 2008; CALOR, 2008; PINHO, 2008, pois segundo

Corbi & Trivinho – Strixino (2006) o mesmo é adequado para este tipo de

investigação.

6.2.2.4. Macrófitas Aquáticas

Foram realizados percursos de barco percorrendo 4 estações de coleta no rio

Correntes e 1 no rio Comprido, buscando a observação e identificação da

diversidade florística do local.

Os exemplares não identificados em campo foram coletados para posterior

identificação. A identificação das espécies foi realizada através de consulta a

bibliografia especializada (KISSMANN, 1977; SCREMIN-DIAS et al., 1999;

LORENZI, 2000; POTT & POTT, 2000; AMARAL et al., 2008 ).

6.3. Resultados e Discussão

A Tabela 14 contém as informações obtidas em campo para cada ponto, bem

como a identificação das amostras. Os certificados de análise gerados encontram-se

no Anexo 2 deste relatório.

Tabela 14. Dados Elencados em Campo: Área de Influência Direta e Indireta da PCH Santa Gabriela.

DADOS DE CAMPO PONTOS DE COLETA

SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04

Data da coleta 22.01.2014 22.01.2014 22.01.2014 22.01.2014

Hora da coleta 09h15min 10h30min 14h50min 10h00min

Temperatura do ar (ºC) 28 28 28 29

Temperatura da amostra (ºC) 25,5 25,5 25,5 26

Condição Climática Nublado/Chuva na últimas 48h

Nublado/Chuva na últimas 48h

Nublado/Chuva na últimas 48h

Nublado/Chuva na últimas 48h

Transparência 1,3 1,2 1,6 1,8

Page 108: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

108

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.3.1. Análises Físico-Químicas

Os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas do monitoramento

da área de influência direta e indireta da PCH Santa Gabriela estão descritas nas

Tabelas 15 e 16, bem como o padrão de qualidade da Resolução CONAMA nº357

de março de 2005, Classe II. Os resultados destacados em vermelho apresentaram

desconformidade com o valor de referência.

Page 109: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

109

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 15. Resultados das Análises: Parâmetros Físico-Químicos.

PARÂMETROS FÍSICO – QUIMICOS

UNID 16º CAMPANHA VALOR DE REFERÊNCIA

CONAMA 357/2005 CLASSE II SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04

Alcalinidade mg/L 6,27 6,20 8,36 8,36 --- Alumínio Total mg/L Al 0,11 0,19 0,19 0,21 --- Amônia mg/L NH3 0,16 0,15 0,17 0,17 3,7 ou 2,0 Cádmio** mg/L Cd <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,001 Cálcio mg/L Ca 0,91 0,4 <0,4 <0,4 --- Chumbo** mg/L Pb <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,01 Cloretos Totais mg/L Cl

- 1 1 1 1 250

Cobre Dissolvido mg/L Cu 0,012* 0,074* 0,045* 0,049* 0,009 Cobre Total mg/L Cu 0,127 0,115 0,115 0,123 --- Condutividade Elétrica µ s/ cm 4,0 3,5 3,5 3,5 --- DBO5,20°C mg/L O2 <3,0 <3,0 <3,0 <3,0 ≤ 5,0 DQO mg/L O2 14,0 14,0 14,0 <10,0 --- Ferro Dissolvido mg/L Fe <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 0,3 Ferro Total mg/L Fe <0,1 0,5 <0,1 <0,1 --- Fósforo Reativo Solúvel mg/L P 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 --- Fósforo Total mg/L P <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,1 Índice de fenóis mg/L 0,185* 0,103* 0,164* 0,180* 0,003 Magnésio Total mg/L Mg 5,1 2,0 <0,4 <0,4 --- Níquel** mg/L Ni <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,025 Nitrato mg/L N 0,27 0,19 0,28 0,24 10,0 Nitrito mg/L N <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 1,0 Nitrogênio Total mg/L N 3,27 2,41 <0,10 2,19 --- Oxigênio Dissolvido mg/L O2 5,5 5,4 6,0 5,3 ≥ 5,0 pH --- 6,7 6,9 7,0 7,0 6,0 a 9,0 Potássio mg/L K <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 --- Salinidade % 4,01 3,54 3,4 3,5 --- Sílica mg/L Si 0,23 0,22 0,22 2,24 --- Sódio** mg/L Na <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 --- Sólidos Suspensos Totais mg/L <10 <10 <10 <10 --- Sulfato Total mg/L SO4 <5,0 <5,0 <5,0 <5,0 250 Turbidez UNT 0,7 0,7 0,7 0,7 ≤ 100 Zinco Total mg/L Zn 0,01 0,01 0,02 0,03 0,18

*Valor acima do limite estabelecido pela legislação. ** Fonte: A3Q.

Page 110: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

110

Monitoramento Ambiental-PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 16. Resultados das Análises: Parâmetros Microbiológicos e Biológicos.

PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS

UNID 16ª CAMPANHA VALOR DE REFERÊNCIA

CONAMA 357/2005 CLASSE II SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04

Coliformes Termotolerantes UFC/100 mL 7,6 x 10 4,8 x 10 5,8 x 10 7,9 x 10 1000 Coliformes Totais UFC/100 mL 3,0 x 10

2 5,0 x 10 4,8 x 10 6,6 x 10 ---

BIOLÓGICOS

Clorofila-a µg/L <0,001 2,673 <0,001 <0,001 ≤ 30 Feofitina-a µg/L 10,335 40,095 15,147 34,570 ---

Page 111: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

1

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.3.1.1. Alcalinidade

A alcalinidade está relacionada à capacidade da água neutralizar ácidos, devido

principalmente à concentração de carbonatos, bicarbonatos e hidróxidos, podendo

incluir contribuições de boratos, fosfatos, silicatos e outros componentes básicos.

Águas com baixa alcalinidade (<24mg/L de CaCO3) têm pouca capacidade

tamponante e, por isso são mais susceptíveis a alterações de pH.

Além de servir como um sistema tampão, a alcalinidade serve como um

reservatório de carbono inorgânico (necessário para o processo de fotossíntese),

determinando a habilidade que a água tem de suportar o crescimento fitoplanctônico

e de macrófitas submersas (ESTEVES, 1998).

A Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece limite máximo permitido deste

parâmetro para corpos d’água classe II. Contudo, os resultados obtidos nos pontos

monitorados demonstram que a alcalinidade apresentou valores baixos (Tabela 2).

Isto indica que alterações de pH podem ocorrer naturalmente no corpo hídrico

devido a sua reduzida capacidade tamponante.

6.3.1.2. Alumínio

Na água, o alumínio é complexado e influenciado pelo pH, temperatura e

presença de fluoretos, sulfatos, matéria orgânica e outros ligantes. Sua solubilidade

é baixa em pH entre 5,5 e 6,0. O alumínio deve apresentar maiores concentrações

em profundidade, onde o pH é baixo (ácido) e pode ocorrer anaerobiose. Se a

estratificação, e consequente anaerobiose, não forem fortes, o teor de alumínio

diminui no corpo de água como um todo à medida que se distancia a estação das

chuvas. O aumento da concentração de alumínio está associado com o período de

chuvas e, portanto, com a alta turbidez (CETESB, 2008).

A Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece limite máximo permitido deste

parâmetro para corpos d’água classe II. Na atual campanha de monitoramento as

concentrações de alumínio foram ínfimas nos pontos monitorados (Tabela 15).

6.3.1.3. Amônia

Page 112: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

112

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Nitrogênio amoniacal pode estar presente na água natural em baixos teores, tanto

na forma ionizada (NH4+) como na forma tóxica não ionizada (NH3), devido ao

processo de degradação biológica de matéria orgânica animal e vegetal. Por

exemplo, em um aquário são geradas pela decomposição de restos de alimentos

não digeridos, fezes e urina dos peixes.

De acordo com as condições existentes na água, a amônia pode acumular-se ou

transformar-se em nitrito e/ou nitrato pela ação de bactérias aeróbias. Este processo

é conhecido como nitrificação. O processo inverso também é possível quando ocorre

a redução dos nitratos a amônia ou até o nitrogênio, via ações microbianas e sob

condições anaeróbias. Este processo é chamado de desnitrificação.

Em águas alcalinas, a amônia aumenta sua toxicidade, já em águas ácidas seu

efeito é bastante reduzido. Concentrações mais altas podem ser encontradas em

esgotos brutos e efluentes industriais, particularmente de refinarias de petróleo onde

a amônia é um subproduto do processo de refino.

A amônia é um importante componente de fertilizantes. Concentrações acima de

0,1 mg/L (como N) de amônia em águas superficiais pode ser indicação de

contaminação por esgoto bruto, efluentes industriais, particularmente de refinarias

de petróleo, ou do carreamento de fertilizantes pela chuva.

O valor máximo permitido (VMP) determinado pela legislação vigente para o

parâmetro nitrogênio amoniacal depende do pH da água, para pH ≤ 7,5 o VMP é 3,7

mg/L, para 7,5 ≤ pH ≤ 8,0 o VMP é 2,0 mg/L, para 8,0 < pH ≤ 8,5 o VMP é 1,0 mg/L

e para pH > 8,5 o VMP é 0,5 mg/L. Os pontos monitorados nesta campanha

apresentaram concentrações ínfimas em comparação ao valor permitido pela

legislação vigente.

6.3.1.4. Cádmio

O cádmio se apresenta nas águas naturais devido às descargas de efluentes

industriais, principalmente as galvanoplastias, produção de pigmentos, soldas,

equipamentos eletrônicos, lubrificantes e acessórios fotográficos. É também usado

Page 113: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

113

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

como inseticida. A queima de combustíveis fósseis consiste também uma fonte de

cádmio para o ambiente (CETESB, 2008).

É um metal de elevado potencial tóxico, que se acumula em organismos

aquáticos, possibilitando sua entrada na cadeia alimentar. O cádmio pode

desencadear vários processos patológicos no homem, como: disfunção renal,

hipertensão, arteriosclerose, inibição no crescimento celular, doenças crônicas em

idosos e câncer (PHILIPPI, 2004). Apresenta efeito crônico e agudo, pois se

concentra nos rins, no fígado, no pâncreas e na tireoide, sendo que uma única dose

de 9,0 gramas pode levar à morte. O cádmio não apresenta nenhuma qualidade

conhecida, pelo menos até o presente, que o torne benéfico ou essencial para os

seres vivos (CETESB, 2008).

Não foi detectada a presença de Cádmio nesta campanha nos pontos

monitorados. Portanto, este parâmetro está em conformidade com a legislação

vigente.

6.3.1.5. Chumbo

O chumbo dissolvido em águas superficiais apresenta teores geralmente baixos.

A queima de combustíveis fósseis é uma das principais fontes, além da sua

utilização como aditivos antidetonantes na gasolina. O chumbo e seus compostos

também são utilizados em eletrodeposição, metalurgia, materiais de construção,

plásticos, etc. (CETESB, 2009).

O chumbo é uma substância tóxica cumulativa. Uma intoxicação crônica pode

levar a uma doença denominada saturnismo, que ocorre na maioria das vezes em

trabalhadores expostos a esta substância. Outros sintomas de uma exposição

crônica ao chumbo, quando o efeito ocorre no sistema nervoso central, são: tontura,

irritabilidade, dor de cabeça, perda de memória entre outros. Quando o efeito ocorre

no sistema periférico, o sintoma é a deficiência dos músculos extensores. A

toxicidade do chumbo, quando aguda, é caracterizada pela sede intensa, sabor

metálico, inflamação gastrointestinal, vômitos e diarreias.

Page 114: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

114

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

O valor máximo estabelecido pela resolução CONAMA é 0,01mg/L, sendo que,

nesta campanha todos os pontos monitorados apresentaram resultados em

conformidade com a resolução, uma vez que os não detectou-se a presença deste

metal no corpo hídrico monitorado.

6.3.1.6. Cloretos Totais

O teor de cloreto na água é indicador de uma possível poluição por esgotos (por

meio da excreção de cloreto pela urina) ou por despejos industriais, e acelera os

processos de corrosão em tubulações de aço e de alumínio, além de alterar o sabor

da água.

A resolução CONAMA 357/2005 estabelece limite máximo deste parâmetro para

corpos d’água classe II de 250 mg/L. Os valores obtidos para cloretos totais nos

pontos monitorados foram baixos, portanto, estão em conformidade com a

legislação.

6.3.1.7. Cobre Dissolvido e Total

As concentrações de cobre em águas superficiais são, normalmente, bem

menores que 0,02 mg/L. As fontes de cobre para o meio ambiente incluem corrosão

de tubulações de latão por águas ácidas, efluentes de estações de tratamento de

esgotos, uso de compostos de cobre como algicidas aquáticos, escoamento

superficial e contaminação da água subterrânea a partir de usos agrícolas do cobre

como fungicida e pesticida no tratamento de solos, efluentes e precipitação

atmosférica de fontes industriais. As principais fontes industriais incluem indústrias

de mineração, fundição e refinação.

No homem, a ingestão de doses excessivamente altas pode acarretar irritação e

corrosão da mucosa, danos capilares generalizados, problemas hepáticos e renais e

irritação do sistema nervoso central seguido de depressão. Entretanto, a intoxicação

por cobre é muito rara.

Page 115: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

115

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

De acordo com Esteves (1998), o cobre é considerado um elemento-traço, ou

seja, elemento que ocorre na natureza em pequenas concentrações, essenciais aos

seres vivos devido ao importante papel no metabolismo dos organismos aquáticos.

A quantidade deste elemento também depende das características geológicas e

ecológicas da bacia de drenagem e o tipo de atividade humana nela presente.

A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece como padrão de qualidade o valor

de 0,009 mg/L para cobre dissolvido, e não estabelece valor de referência para

cobre total para corpos d’água classe II.

Nesta campanha, todos os pontos apresentaram concentração de cobre

dissolvido acima do limite estipulado pela legislação vigente, demonstrando que esta

alteração é oriunda de outros locais e não devido à atividade da usina. Estes

resultados podem ser provenientes da própria composição geológica destes locais,

de residuais de minérios ricos em cobre, e/ou pode ser decorrente da agricultura

intensiva que utilizam fertilizantes agrícolas.

6.3.1.8. Condutividade Elétrica

A condutividade elétrica é a expressão numérica da capacidade da água em

conduzir corrente elétrica, o que depende das concentrações iônicas e temperatura.

A determinação da condutividade elétrica fornece uma boa indicação das

modificações na composição física da água, especialmente na sua concentração

mineral, mas não fornece nenhuma indicação das quantidades relativas dos vários

componentes. À medida que mais sólidos dissolvidos são adicionados, a

condutividade tende a aumentar e valores altos indicam características corrosivas da

água. Níveis superiores a 100 µS/cm indicam ambientes impactados, valores altos

podem proporcionar características corrosivas a água (CETESB, 2009).

A resolução CONAMA 357/2005 não estabelece limite máximo deste parâmetro

para corpos d’água classe II, e os resultados obtidos em todos os pontos de coleta

durante esta campanha foram pouco significativos, indicando corpo d’água não

impactado (Tabela 15).

Page 116: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

116

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.3.1.9. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)

Demanda bioquímica de Oxigênio (DBO) é a quantidade de oxigênio necessário

para realizar a oxidação biológica da matéria orgânica. Representa, portanto, a

quantidade de oxigênio que seria necessária fornecer às bactérias para consumirem

a matéria orgânica presente no meio líquido via respiração aeróbia.

Nesta campanha todos os pontos apresentaram concentração abaixo do limite de

quantificação do método (<3,0 mg/L), estando, portanto, conforme à concentração

de ≤5,0mg/L, estabelecido pela Resolução CONAMA 357/2005.

6.3.1.10. Demanda Química de Oxigênio (DQO)

Demanda Química de Oxigênio (DQO) é a quantidade de oxigênio necessária

para a oxidação da matéria orgânica por um agente químico. O aumento da

concentração da DQO em um curso d’água deve-se, principalmente, a despejos

industriais.

Para o parâmetro DQO a legislação em vigência não determina valor máximo

para classe II. Todos os pontos nesta campanha apresentaram resultados abaixo de

10,0 mg/L, corroborando com os demais resultados que indicam que os pontos

monitorados não apresentam alterações na qualidade da água.

6.3.1.11. Ferro Dissolvido e Total

O ferro, em quantidade adequada, é essencial ao sistema bioquímico da água,

podendo, em grandes quantidades, tornar-se nocivo, dando sabor e cor

desagradáveis e tornando-a inadequada ao uso doméstico e industrial. O ferro

aparece, normalmente, associado ao manganês (PHILIPPI, 2004).

A resolução CONAMA 357/2005 não estabelece limite para ferro total, já para o

ferro dissolvido a legislação determina valores inferiores a 0,3 mg/L, sendo que os

resultados obtidos neste monitoramento atenderam ao valor de referência.

6.3.1.12. Fósforo Reativo Solúvel e Total

Page 117: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

117

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

O fósforo aparece em águas naturais devido, principalmente, às descargas de

esgotos sanitários. Nestes, os detergentes superfosfatados empregados em larga

escala doméstica constituem outra principal fonte, além da própria matéria fecal, que

é rica em proteínas. Alguns efluentes industriais, como os de indústrias de

fertilizantes, pesticidas, químicas em geral, conservas alimentícias, abatedouros,

frigoríficos e laticínios, apresentam fósforo em quantidades excessivas. As águas

drenadas em áreas agrícolas e urbanas também podem provocar a presença

excessiva de fósforo em águas naturais (CETESB, 2008).

Altas concentrações de fósforo na água podem estar associadas à eutrofização,

provocando o desenvolvimento de algas ou outras plantas aquáticas indesejáveis

em reservatórios ou águas paradas (PHILIPPI, 2004).

A resolução CONAMA 357/2005 estabelece limite máximo apenas para o

parâmetro fósforo total (0,1 mg/L). Para as amostras analisadas, os resultados

obtidos atendem a legislação pertinente e juntamente com os resultados obtidos

para toda a série nitrogenada (nitrogênio total, nitrato, nitrito e amônia) demonstram

que a quantidade de nutrientes está satisfatória, indicando boa qualidade do corpo

hídrico no que se refere a estes parâmetros.

6.3.1.13. Índice de Fenóis

Os fenóis são compostos orgânicos que geralmente não ocorrem naturalmente

nos corpos d’água. A presença de fenóis deve-se principalmente aos despejos de

origem industrial (processamento de borracha, cola e adesivos, resinas

impregnantes, plásticos, siderurgia, entre outros). São compostos tóxicos ao

homem, aos organismos e microorganismos aquáticos, mesmo em baixas

concentrações, e afetam o sabor dos peixes e aceitabilidade das águas por conferir

sabor e odor extremamente pronunciados, especialmente os derivados de cloro

(CESTESB, 2008).

Nesta campanha todos os valores obtidos nos pontos monitorados apresentaram

concentração acima do valor máximo determinado pela resolução CONAMA

357/2005 (0,003 mg/L). Nota-se que estes resultados ocorreram em todos os

Page 118: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

118

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

pontos, indicando que o mesmo está relacionado com fontes difusas, e não devido à

operação da usina. Estes valores podem estar diretamente relacionados a excesso

de matéria orgânica nos pontos amostrados, corroborando dados obtidos por

Rodrigues et al. (2005), que verificou que compostos fenólicos são liberados pela

degradação e material vegetal (madeira e folhas).

6.3.1.14. Nitrato

Nitrato é a principal forma de nitrogênio encontrado na água. Concentrações de

nitrato superiores a 5,0 mg/L demonstram condições sanitárias inadequadas, pois a

principal fonte de nitrogênio nitrato são dejetos humanos e animais. Os nitratos

estimulam o desenvolvimento de plantas e organismos aquáticos, como algas que

florescem na presença deles (PHILIPPI, 2004).

Os valores das amostras na atual campanha de monitoramento foram ínfimas em

relação ao limite estabelecido pela resolução CONAMA 357/2005 (10,0 mg/L).

6.3.1.15. Nitrito

Segundo Philippi (2004), o nitrito é uma forma química do nitrogênio normalmente

encontrada em quantidades diminutas nas águas superficiais, pois o nitrito é instável

na presença de oxigênio, ocorrendo como uma forma intermediária. O íon nitrito

pode ser utilizado pelas plantas como uma fonte de nitrogênio. A presença de nitritos

na água indica processos biológicos ativos influenciados por poluição orgânica.

Os valores encontrados nas amostras analisadas foram pouco expressivos.

Portanto estão em conformidade com o permitido para rios classe II, segundo a

Resolução CONAMA 357/2005.

6.3.1.16. Níquel

Concentrações de níquel em águas superficiais naturais podem chegar a

aproximadamente 0,1 µg/L, embora concentrações de mais de 11,0 mg/L possam

ser encontradas, principalmente em áreas de mineração. A maior contribuição para

o meio ambiente, pela atividade humana, é a queima de combustíveis fósseis.

Page 119: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

119

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Como contribuintes principais podem ser: os processos de mineração e fundição

do metal, fusão e modelagem de ligas, indústrias de eletrodeposição e, como fontes

secundárias, a fabricação de alimentos, artigos de panificadoras, refrigerantes e

sorvetes aromatizados. Doses elevadas de níquel podem causar dermatites nos

indivíduos mais sensíveis e afetar nervos cardíacos e respiratórios.

O valor máximo estabelecido pela resolução CONAMA é de 0,025mg/L, e na

campanha todos os valores expressos foram inferiores ao limite de quantificação do

método(<0,001mg/L), estando, portanto, conformes à legislação.

6.3.1.17. Nitrogênio Total

O nitrogênio total é o constituinte essencial da proteína de todos os organismos

vivos e está presente em muitos depósitos minerais na forma de nitrato. O nitrogênio

na matéria orgânica sofre trocas do complexo protéico de aminoácidos para amônia,

nitrito e nitrato. A concentração total de nitrogênio é altamente importante

considerando-se os aspectos típicos do corpo d’água.

Não há limites estabelecidos para este parâmetro segundo a legislação CONAMA

357/2005. Os resultados nos pontos amostrados nesta campanha apresentaram

variações entre <0,10 e 3,27 mg/L. Estes resultados, juntamente com o fósforo e

clorofila, indicam que o corpo hídrico apresenta equilíbrio no nível trófico.

6.3.1.18. Oxigênio Dissolvido

A taxa de reintrodução de oxigênio dissolvido em águas naturais através da

superfície depende das características hidráulicas e, é proporcional à velocidade.

Sendo que a taxa de reaeração superficial em uma cascata é maior do que a de um

rio de média velocidade, que por sua vez apresenta taxa superior à de uma represa

onde a velocidade normalmente é bastante baixa (CETESB, 2008).

Ainda, segundo a CETESB (2008), águas poluídas são aquelas que apresentam

baixa concentração de oxigênio dissolvido (devido ao seu consumo na

decomposição de compostos orgânicos), enquanto que as águas limpas apresentam

Page 120: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

120

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

concentrações de oxigênio dissolvido elevadas, chegando até a um pouco abaixo da

concentração de saturação.

Uma adequada provisão de oxigênio dissolvido é essencial para a manutenção de

processos de autodepuração em sistemas aquáticos naturais e estações de

tratamento de esgotos. A medição do teor de oxigênio dissolvido permite avaliar os

efeitos dos resíduos oxidáveis sobre águas receptoras e a eficiência do tratamento

dos esgotos, durante a oxidação bioquímica. Os níveis de oxigênio dissolvido

também indicam a capacidade de um corpo d’água natural manter a vida aquática

(PHILIPPI, 2004).

Os resultados indicam que a quantidade de oxigênio dissolvido (OD) na água está

acima de ≥ 5,0 mg/L para todos os pontos monitorados nesta campanha, o que

demonstra boa qualidade da água, em conformidade com a legislação vigente e,

juntamente com os valores de DBO5,20 e DQO apontam a boa auto-depuração do

sistema (corpo hídrico) em questão.

6.3.1.19. pH

O potencial hidrogeniônico (pH) apresenta-se numa faixa entre 0 a 14 e indica a

condição de acidez (pH menor que 7,0), neutralidade (pH igual a 7,0) ou alcalinidade

(pH maior que 7,0) da água amostrada.

Segundo Von Sperling (2007), a influência do pH em corpos d’água varia

conforme seus valores, podendo ser interpretados da seguinte forma:

Valores elevados ou baixos de pH podem ser indicativos da presença de

efluentes industriais;

Valores elevados de pH podem estar associados à proliferação de algas;

Valores de pH afastados da neutralidade podem causar danos aos

ecossistemas aquáticos;

A variação do pH influencia no equilíbrio de compostos químicos, contribuindo

para a precipitação de elementos químicos tóxicos como metais pesados, e

podem exercer efeitos sobre as solubilidades de nutrientes CETESB (2008).

Page 121: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

121

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Todos os pontos monitorados apresentaram valores de pH em conformidade com

a resolução CONAMA 357/2005.

6.3.1.20. Potássio

O potássio é encontrado em baixas concentrações nas águas naturais, já que as

rochas que são compostas por estes são relativamente resistentes às ações do

tempo. Entretanto, sais de potássio são largamente usados na indústria e em

fertilizantes para agricultura, entrando nas águas doces através das descargas

industriais e lixiviação das terras agrícolas.

O potássio é usualmente encontrado na forma iônica e os sais são altamente

solúveis. Ele é pronto para ser incorporado em estruturas minerais e acumulado pela

biota aquática, pois é um elemento nutricional essencial. As concentrações em

águas naturais são usualmente menores que 10mg/L. Valores da ordem de

grandeza de 100 e 25.000mg/L, podem indicar a ocorrência de fontes quentes e

salmouras, respectivamente (CETESB, 2009).

Não há limites para potássio segundo a legislação, sendo que os pontos

amostrados apresentaram concentrações baixas para este parâmetro.

6.3.1.21. Salinidade

A salinidade é um parâmetro importante na classificação dos corpos hídricos, pois

influencia diretamente na condutividade elétrica da água, dando informações

importantes sobre os sólidos dissolvidos e a concentração de sais na água.

Para o parâmetro salinidade a legislação CONAMA não estabelece limites e os

pontos amostrados apresentaram valores com variações em torno de 3,5% (Tabela

15), resultados satisfatórios, pois indicam baixas concentrações de sais na água,

logo, a mesma não apresenta características corrosivas, o que poderia prejudicar a

vida útil das turbinas.

6.3.1.22. Sódio

Page 122: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

122

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

As águas naturais contêm alguma concentração de sódio, já que é um dos

elementos mais abundantes na Terra e seus sais são altamente solúveis em água,

encontrando-o na forma iônica (Na+), e nas plantas e animais, já que é um elemento

ativo para os organismos vivos. O aumento dos níveis na superfície da água pode

provir de esgotos ou efluentes industriais, influenciando a variação das

concentrações de sódio na superfície natural das águas, ainda dependendo das

condições geológicas do local. Os valores podem estender-se de 1mg/L até 10mg/L,

ou mais, em salmoura natural.

Muitas águas superficiais, incluindo aquelas que recebem efluentes, têm níveis

bem abaixo de 50mg/L. O sódio é comumente medido onde a água é utilizada para

dessedentação de animais ou para agricultura, particularmente na irrigação. Quando

o teor de sódio em certos tipos de solo é elevado, sua estrutura pode degradar-se

pelo restrito movimento da água, afetando o crescimento das plantas.

Segundo a legislação não há limites para sódio e nesta campanha as

concentrações para este parâmetro ficaram abaixo de 0,1 mg/L, resultado normais

para corpo hídricos não impactados por efluente industriais.

6.3.1.23. Sólidos Suspensos Totais

Todas as impurezas presentes na água, à exceção dos gases dissolvidos,

contribuem para a carga de sólidos. Os sólidos podem ser classificados de acordo

com o seu tamanho e características químicas. Quanto ao tamanho, podem ser

classificados em sedimentáveis, suspensos, colóides e dissolvidos. Quanto à

caracterização química, os sólidos podem ser classificados em voláteis e fixos.

Sólidos voláteis são aqueles que volatizam a 550 °C, no entanto, é impreciso

caracterizar estes sólidos como orgânicos, pois existem alguns sais minerais que

volatizam a esta temperatura.

A resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor máximo para esta variável,

contudo os valores obtidos foram abaixo do limite de detecção do método (LQ

<10mg/L). Estes valores podem ser considerados satisfatórios, uma vez que indicam

baixo carreamento de sólidos nos pontos monitorados.

Page 123: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

123

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.3.1.24. Sulfato Total

O sulfato apresenta-se na água como sais dissolvidos de Na2SO4, ou Na2CO3

suas origens nos corpos d’água são de fontes geológicas, dejetos humanos,

resíduos de fertilizantes, etc. Teores elevados de sulfato causam efeitos laxativos

mais acentuados que outros sais. O íon sulfato também pode ser um indicador de

poluição de uma das fases de decomposição da matéria orgânica no ciclo do

enxofre (DI BERNARDO, 2000a).

De acordo com os resultados expressos na Tabela 15, as amostras apresentam

valor inferior ao limite estabelecido, portanto, em conformidade com a Resolução

CONAMA 357/2005.

6.3.1.25. Turbidez

A turbidez reduz a fotossíntese de vegetação enraizada submersa e algas. Esse

desenvolvimento reduzido de plantas pode, por sua vez, suprimir a produtividade de

peixes. Logo, a turbidez pode influenciar nas comunidades biológicas aquáticas.

Nesta campanha, os pontos de monitoramento apresentaram valores de turbidez

em conformidade com o padrão estabelecido pelo CONAMA 357/2005.

6.3.1.26. Zinco Total

Em águas superficiais as concentrações de zinco estão normalmente na faixa de

0,001 a 0,10mg/L. A água com alta concentração de zinco tem uma aparência

leitosa e apresenta um sabor metálico ou adstringente quando aquecida. O zinco por

ser um elemento essencial para o ser humano só se torna prejudicial à saúde

quando ingerido em concentrações muito altas, o que é extremamente raro. Nesse

caso, pode acumular-se em outros tecidos do organismo humano; isso só ocorre

quando as taxas de ingestão diária são elevadas (PHILIPPI, 2004).

Para esse parâmetro, as amostras analisadas indicam conformidade com o

padrão estabelecido pela CONAMA 357/2005, uma vez que apresentaram

resultados inferiores a 0,18 mg/L (Tabela 15).

Page 124: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

124

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.3.2. Análise dos Parâmetros Microbiológicos e Biológicos

6.3.2.1. Coliformes Totais e Termotolerantes

As bactérias do grupo coliforme são consideradas os principais indicadores de

contaminação fecal. O grupo coliforme é formado por um número de bactérias que

inclui os gêneros Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobacter. Todas as

bactérias coliformes são gram-negativas manchadas, de hastes não esporuladas

que estão associadas com as fezes de animais homeotérmicos e com o solo. O uso

de bactérias coliforme fecal (coliformes termotolerantes) para indicar poluição

sanitária mostra-se mais significativo que o uso de da bactéria coliforme “total”

(coliformes totais), pois as bactérias fecais estão restritas ao trato intestinal de

animais homeotérmicos.

A legislação não estabelece limites para coliformes totais. Porém, por meio dos

resultados obtidos, nota-se ausência destas bactérias nos pontos monitorados. Para

coliformes termotolerantes a legislação define limite de 1.000 UFC/100ml, sendo

que, na atual campanha, os pontos monitorados apresentaram-se conforme à

legislação (Tabela 16).

6.3.2.2. Clorofila-a e Feofitina-a

A clorofila-a está presente em todas as plantas e algas. Em ambiente aquático em

geral este processo ocorre somente no interior na zona eufótica, sendo efetuado

pelas algas microscópicas que integram as comunidades fitoplanctônicas e pelas

macrófitas submersas.

Cada grupo vegetal apresenta pigmentos típicos, sendo as moléculas de clorofila-

a comuns a todos eles, com exceção das bactérias. Porém, as moléculas de

clorofilas não são estáveis, podendo ser fatores para sua degradação as condições

do meio, mudanças de pH, temperatura ou luminosidade excessiva, e pra essa

Page 125: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

125

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

degradação, dá-se o nome de feo-pigmentos. A feofitina-a é um produto da

degradação da clorofila-a que pode interferir grandemente nas medidas deste

pigmento. A relação entre clorofila-a e feofitina-a serve também como um bom

indicador do estado fisiológico do fitoplâncton.

Os resultados obtidos na presente campanha, em todos os pontos monitorados,

encontram-se em conformidade com os padrões exigidos pela legislação vigente

(Tabela 16).

6.3.2.3. Comunidade Fitoplantônica

Nesta campanha de monitoramento, as classes Bacillariophycea e

Zygnemaphyceae mantiveram-se com os maiores valores de abundância e riqueza,

resultado semelhante à campanha anterior, assim como nas campanhas de março e

julho de 2013 (Figura 12). O número de espécies registradas nesta campanha teve

um aumento significativo (20 taxa), o que também se registrou nos valores de

abundância e biovolume, já que um está diretamente ligado ao resultado do outro

(Figura 12). Essa composição corresponde ao encontrado comumente em

ambientes lóticos onde espécies perifíticas ou metafíticas compõem a maior parte da

comunidade nestes ambientes por serem mais resistentes ao carreamento pela

corrente (Rojo et al, 1994).

Page 126: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

126

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 12. Abundância, riqueza taxonômica e biovolume relativos das amostras coletadas nos pontos de monitoramento das campanhas de março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014.

Foram registradas 112 espécies fitoplanctônicas, 20 taxa a mais que a campanha

anterior. Porém não maior que o registrado na campanha de março (134 taxa), onde

a classe Zygnemaphyceae se destacou como a mais rica em todos os pontos de

coleta (Figura 13, Tabela 17 e 18). Nesta campanha as classes Zygnemaphyceae e

Bacillariophyceae continuaram as mais especiosas em todos os pontos, com 66 e 26

taxa respectivamente (Figura 13, Tabela 18). A variação taxonômica apresentada

entre os pontos nesta campanha foi de 43 a 60 taxa fitoplanctônicos (Tabela 17).

Dentre os pontos monitorados, o ponto SGA 03 superou o ponto SGA 02 na

campanha de outubro e foi o mais rico com 60 taxa fitoplantônicos, seguido pelos

pontos SGA 01 e SGA 04 com 55 taxa cada, enquanto que o ponto SGA 05

apresentou o menor valor com 43 taxa fitoplanctônicos (Tabela 17). As demais

Page 127: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

127

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

classes registradas nesta campanha, as classes Chlorophyceae, Chrysophyceae,

Cyanophyceae Dinophyceae e Euglenophyceae obtiveram resultados abaixo de

cinco espécies registradas (Figura 13, Tabela 18).

De acordo com Round (1983), ambientes lóticos fornecem hábitats que estão

sujeitos a constantes mudanças, nestes ambientes, a manutenção e o

desenvolvimento da comunidade fitoplanctônica pode ocorrer, porém raramente são

mantidos por um longo período, pois são transportados continuamente à jusante.

Figura 13. Riqueza das classes encontradas nos pontos de coleta nas campanhas de monitoramento de março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014.

Nesta campanha o valor de abundância registrou aumento, em relação a

campanha anterior, com total de 74 indivíduos distribuídos nos pontos de coleta,

(Tabela 17). As classes Bacillariophycea e Zygnemaphyceae continuaram

Page 128: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

128

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

predominantes em todos os pontos, com 54 e 12 indivíduos registrados

respectivamente (Figura 14, Tabela 18).

A abundância entre os pontos de coleta variou de 3 a 26 indivíduos (Tabela 4).

SGA 01 continuou sendo o ponto mais abundante e registrou 26 indivíduos, seguido

pelos pontos SGA 02 e 03 com 20 e 18 indivíduos registrados respectivamente

(Figura 14, Tabela 17). Assim como nas outras campanhas do ciclo de

monitoramento, os pontos SGA 04 e 05 obtiveram os menores valores quanto à

abundância (Figura 14, Tabela 17). Comparando as quatro campanhas o ponto SGA

01 apresentou-se a mais abundante, o que sugere que as condições físico-químicas

do ponto possam influenciar na composição da comunidade fitoplanctônicas. Das

espécies apresentadas destacaram-se os gêneros Tabellaria sp; e Pinnularia sp

(Figura 15). Segundo a escala de Vollenweider (1968 apud TUDINSI &

MATSUMURA-TUDINSI, 2008), os baixos valores registrados nesta campanha

indicam condições de oligotrofia em todos os pontos amostrados.

A alta produtividade em geral, é dependente das características dos ambientes.

Ambientes lóticos tem grande dependência de matéria orgânica alóctone, porém

estes nutrientes são carreados e mineralizados a jusante, de onde são introduzidas,

não estando imediatamente disponibilizadas para a produção primária (teoria do

espiralamento de nutrientes de Elwood et al., 1983 e Newbold et al., 1985 apud.

PEREIRA & PEREIRA, 2005). Portanto, as densidades encontradas nesta

amostragem condizem ao mais comumente encontrado em corpos de água lóticos

(ROJO et al., 1994).

Page 129: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

129

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 14. Abundância relativa das classes encontradas nos pontos de coleta nas campanhas de monitoramento, março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014.

Figura 15. Espécie fitoplanctônicas registradas na PCH Santa Gabriela, A- Navicula sp; B- Pinnularia sp. C- Tabellaria sp. D- Closterium sp. Foto: Acervo ANAMBI 2013. Aumento 2000x

A B

Page 130: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

130

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Assim como na abundância, os valores registrados para o biovolume foram baixos

com total de 7,30x10-3mm³/L. Nesta análise o ponto SGA 01 também apresentou os

maiores valores para biovolume com 3,80x10-3mm³/L, assim nas campanha

anteriores, seguido pelo ponto SGA 023 com 1,89x10-4mm³/L, representados

principalmente pela classe Bacillariophycea (Figura 15, Tabela 17).Já o ponto SGA

05 foi o que apresentou o menor biovolume com 1,14x10-5mm³/L (Figura 15, Tabela

18). Os resultados de biovolume em todos os pontos nesta campanha indicam

estado de oligotrofia do trecho monitorado do Rio Correntes e Rio Comprido,

segundo escala de Vollenweider (1968 apud Tudinsi & Tudinsi, 2008). Durante as

análises não foi registrado biovolume para a classe de Cyanobacterias.

Dentre as espécies de cianobactérias que ocorreram nesta campanha de

monitoramento, destacam-se Chroococcus sp; Lyngbya sp e Oscillatoria; pelo

potencial tóxico que apresentam, (CHORUS & BARTRAM, 1999; FUNASA, 2003;

SCHULZE et al., 2003; PROSAB, 2006; SANT’ANNA et al. 2006). Porém, para estas

espécies foram registrados apenas um indivíduo no ponto de coleta SGA 04, mas

que representou biovolume insignificante (9,05x10-6mm³/L). Nas outras campanhas

foram apresentados 2 indivíduos apenas na campanha de março de 2013 (Tabela

18). Contudo, a presença destes gêneros demonstra que pode haver formas latentes

destes organismos com potencial de formar florações ou grandes populações caso

as condições do ambiente tornem-se favoráveis por impactos na qualidade da água.

Ações de manejo devem ser adotadas para manter a condição de oligotrofia no rio.

Page 131: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

131

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 16. Biovolume das classes encontradas nos pontos de coleta nas campanhas de monitoramento, março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014.

Os valores do índice de diversidade de Shannon nesta campanha não

apresentaram variância significante em comparação à campanha anterior, os valores

variaram de 1,569 a 1,721bits/ind entre os pontos (Tabela 17). O ponto de coleta

SGA 04 obteve o maior índice de diversidade, já os pontos da SGA 01 e 02

obtiveram os menores valores (Tabela 17). O índice de equidade registrados nesta

campanha foi alto (valor máximo 1) e variou de 0,95 a 0,993 para os pontos

amostrados, o que indica uma boa distribuição das populações no ambientes e que

não há dominância de espécies (Tabela 17).

Page 132: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

1

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 17. Valores dos atributos da comunidade fitoplanctônica nos pontos de coleta nas campanhas de monitoramento de março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014.

SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04 SGA 05 Total SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04 SGA 05 Total

Abundânica total (ind/mL) 18 52 24 14 4 112 7 17 16 6 5 51

Riqueza Total (taxa /amostra) 73 64 70 68 43 134 46 52 45 38 39 92

Biovolume Total (mm³/L) 2,07x10-3

1,98x10-3

1,56x10-3

1,78x10-4

6,86x10-5

5,86x10-3

2,73x10-4

4,02x10-3

1,57x10-4

7,31x10-4

5,43x10-5

5,23x10-3

Shannon (bits/ind) 0,298 0,296 0,125 0,436 0,301 - 1,64 1,63 1,58 1,54 1,56 -

Equidade (J') 0,991 0,993 0,414 0,914 1 - 0,987 0,951 0,961 0,976 0,983 -

1° Campanha 2° Campanha Atributos

SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04 SGA 05 Total SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04 SGA 05 Total SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04 SGA 05 Total

Abundância total (ind/ml) 18 52 24 14 4 112 7 17 16 6 5 51 23 13 18 5 3 62

Riqueza total (taxa /amostra) 73 64 70 68 43 134 46 52 45 38 39 92 38 57 38 37 49 92

Biovolume total (mm3/l) 2,07x10

-31,98x10

-31,56x10

-31,78x10

-46,86x10

-55,86x10

-32,73x10

-44,02x10

-31,57x10

-47,31x10

-45,43x10

-55,23x10

-31,10x10

-32,99x10

-44,76x10

-46,77x10

-59,57x10

-52,04x10

-3

Shannon (bits/ind) 0,298 0,296 0,125 0,436 0,301 - 1,64 1,63 1,58 1,54 1,56 - 1,538 1,741 1,538 1,57 1,69 -

Equidade (J') 0,991 0,983 0,414 0,914 1 - 0,987 0,951 0,961 0,976 0,983 - 0,947 0,979 0,947 0,987 0,995 -

Atributos

1° Campanha 3° Campanha2° Campanha

SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04 SGA 05 Total SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04 SGA 05 Total

Abundânica total (ind/mL) 23 13 18 5 3 62 26 20 18 7 3 74

Riqueza Total (taxa /amostra) 38 57 38 37 49 92 55 53 60 55 43 112

Biovolume Total (mm³/L) 1,10x10-3

2,99x10-4

4,76x10-4

6,77x10-5

9,57x10-5

2,04x10-3 3,80x10

-31,17x10

-31,89x10

-33,14x10

-41,14x10

-47,30x10

-3

Shannon (bits/ind) 1,538 1,741 1,538 1,57 1,69 - 1,631 1,661 1,683 1,721 1,569 -

Equidade (J') 0,947 0,979 0,947 0,987 0,995 - 0,937 0,963 0,95 0,989 0,993 -

3° Campanha 4° Campanha Atributos

SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04 SGA 05 Total SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04 SGA 05 Total SGA 01 SGA 02 SGA 03 SGA 04 SGA 05 Total

Abundância total (ind/ml) 18 52 24 14 4 112 7 17 16 6 5 51 23 13 18 5 3 62

Riqueza total (taxa /amostra) 73 64 70 68 43 134 46 52 45 38 39 92 38 57 38 37 49 92

Biovolume total (mm3/l) 2,07x10

-31,98x10

-31,56x10

-31,78x10

-46,86x10

-55,86x10

-32,73x10

-44,02x10

-31,57x10

-47,31x10

-45,43x10

-55,23x10

-31,10x10

-32,99x10

-44,76x10

-46,77x10

-59,57x10

-52,04x10

-3

Shannon (bits/ind) 0,298 0,296 0,125 0,436 0,301 - 1,64 1,63 1,58 1,54 1,56 - 1,538 1,741 1,538 1,57 1,69 -

Equidade (J') 0,991 0,983 0,414 0,914 1 - 0,987 0,951 0,961 0,976 0,983 - 0,947 0,979 0,947 0,987 0,995 -

Atributos

1° Campanha 3° Campanha2° Campanha

Page 133: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

1

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Nas análises de similaridade entre os pontos de monitoramento, foi registrada

diminuição na variação entre os pontos de monitoramento, e aumento na

similaridade máxima, os pontos monitorados mostraram similaridade entre 40,9% a

60%. Nesta campanha os pontos SGA 03 trecho de vazão reduzira e SGA 04

Jusante a casa de força, foram os mais semelhantes (60%), já a menor similaridade

foi registrada entre os pontos SGA 01 e SGA 04 com 40,9% (Figura 17).

Figura 17. Dendograma de similaridade considerando-se abundância e composição dos pontos de coleta nas campanhas de monitoramento de A-março, B-julho, C-outubro de 2013 e D-janeito de 2014.

A B

C D

Page 134: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

134

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 18. Abundância (valor numérico – ind/ml), biovolume (mm3/l) e presença (x) dos taxa e das classes fitoplanctônicas nos pontos de coleta de março e julho,

outubro de 2013 e janeiro 2014. NI = não identificado; ? = identificação necessita confirmação.

TAXA

BACILLARIOPHYCEAE EC 01 EC 02 EC 03 EC 04 EC 05 TOTAL EC 01 EC 02 EC 03 EC 04 EC 05 TOTAL EC 01 EC 02 EC 03 EC 04 EC 05 TOTAL EC 01 EC 02 EC 03 EC 04 EC 05 TOTAL

Achnanthes sp. x x x x 1 1 x x

Actinella guianensis x

Actinella sp. x 1 x 1 1 x x x x 1 x 1 x x x 1

Amphypleura sp. x

Aulacoseira sp. x x 1 x x 1 x x x x x x x x x

Asterionella formosa x x x x x x x x x x

Asterionella sp x x 1 x 1 x 2 x 1 x x 1 x x x x x

Eunotia camelus x x x x 2 1 3

Eunotia diadema x x x 2 x x x x x x x x

Eunotia sp. x x x 1 x 2 x 3 1 2 1 4 2 1 1 1 5

Cymbella sp. 1 x 1

Fragilaria sp. x x 6 6 x x x

Gyrosigma acuminata x x

Gomphoema gracile x 2 2 4 1 1 x x x 2

Gomphoema spp x x x x x 1 x x x 1

Luticola nivalis x

Meridion sp. x x

Navicula radiosa x x x 1 x x x 1

Navicula sp. x 2 x x 2 2 1 x 1 4 x 1 x 1

Netrium sp. x

Nitzschia spp x x x 1 5 x x 6 2 x 2 1 2 1 x 1 5

Pinnularia major x x x x x x x x x x x 1 1

Pinnularia spp x x x 2 x 2 3 2 3 2 12 4 1 2 x x 7 5 5 8 2 1 21

Surirella genus x x x x x x

Surirella robusta x x x x

Surirella tenera x x x x x x x x x

Surirella genus x x x x x x x x x

Surirella sp. 2 2 x x x x x x x x 1 x x x 1

Synedra ulna x x x x 4 x x x 4 x x x x

Synedra sp. x x 2 x x x x x x x x

Synura sp. x x

Stauroneis sp. x x x x x 1 x 1 3 1 2 6 1 1

Stenopterobia sp. x x x

Tabellaria fenestrada x x x 2 x 2 x x 2 x 2

Tabellaria spp. 6 28 x x 1 6 x x 2 8 5 x x 2 1 8 8 x x x 8

Abundância 8 30 0 6 0 44 6 16 15 5 4 46 16 9 14 3 2 44 17 12 14 5 3 51

Riqueza 13 11 15 12 8 22 16 19 16 17 19 26 15 14 15 12 10 26 15 17 19 14 11 26

Biovolume 0,00023 0,00076 0,00013 0,00111 0,00025 0,00152 0,00001 0,00068 0,00003 0,00261 0,00093 0,00029 0,00042 0,00005 0,00006 0,00176 0,00093 0,00055 0,00094 0,00029 0,00011 0,00282

CHLOROPHYCEAE

Actinastrum sp. x x 2 2 x 1 5 1 1 3 x x 5

Ankistrodesmus sp. x x 2 2 x x x

Bulbochaete sp. x x

Cladophora sp. x x x x

Chlorella sp x x

Chlorococcum sp x x x x x x

Choemocloris sp

Coelastrum sp. x x

Golenkiniopsis solitaria x

Gyrosigma sp. x x

Monoraphydium sp. x x x x x 1 1

Phytelios viridis x x x x x x

Pediastrum sp. x x

Oedogonium sp. x x

Schroederia antillarum x

Stigeglonium sp. x x

Ulotthrix x x x x x x x x

Tetraedrom lobulatum x

Abundância 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0 2 2 0 1 0 5 1 2 3 6

Riqueza 12 2 11 6 2 15 3 1 3 1 1 6 4 5 1 1 3 4 3 1 1 1 4

Biovolume 0,000001 0,000001 0,000001 0,000001 0,000001 0,000001 0,000002

CHRYSOPHYCEAE

Mallomonas spp. x x x x x 2 x x x 2 1 x x 1

Peridinium sp. 1 x 1 2

Synura sp. x x x

Abundância 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 0 0 4 1 1

Riqueza 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 2 1 2 1 1 1 3 1 0 1 2 0 2

Biovolume 0,00009 0,00002 0,00011 0,00002 0,00002

Campanha março/2013 Campanha julho/2013 Campanha outubro/2013 Campanha dezembro/2013

Page 135: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

135

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

CYANOBACTERIA

Anabaena sp. x

Cylindrospermum sp. x x x x x

Chroococcus sp. x x x x x x x

Gloecapsa sp. x x

Gomphosphaeria sp. x x x

Lyngbya sp. x x x x

Jaaginema sp.

Hapalosiphon aureus x

Merismopedia sp. x

Microchaete tenera x

Oscillatoria sp. x x x x x x x x x x x x x x 1 x 1

Pseudanabaena sp. x 2 x x 2 x x x x x x

Sphaerocystis sp. x x x x x

Spyrulina sp. x x x

Stigonema sp. x x x x

Abundância 0 0 2 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Riqueza 5 4 3 3 5 8 2 4 3 6 2 7 1 2 1 4 1 6 4 3 4 4 2 8

Biovolume 0,0000004 0,0000004 0,0000091 0,0000091

DINOPHYCEAE

Dynobrium sertularia x x x x

Peridinum sp. x x x 2 x 2 x

Abundância 0 0 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Riqueza 1 2 1 2 1 2 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 2

Biovolume 0,00004 0,00004

EUGLENOPHYCEAE

Euglena sp. x

Phacus sp. x

Trachellomonas sp. x x x

Stromombonas sp x x x x x x x x x

Abundância 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Riqueza 1 1 1 0 0 1 0 1 0 0 2 2 0 1 0 0 1 1 1 1 2 2 0 4

Biovolume

ZYGNEMAPHYCEAE

Actinotaenium wollei x x x x x x x 1 1

Actinotaenium sp. x 1 1 x

Bambusina brebissonii x x 2 x x x x x x x x x 1 1 x x x x x

Desmidium aptogonium x

Closterium dianae x

Closterium setaceum x x x x x x x x x

Closterium parvulum x 1 x 1 1 3 x x

Closterium sp. x 2 2 x 2 3 1 6 x x

Cosmarium anisochodrum x

Cosmarium amoenum var. constrictum x

Cosmarium baileyi 1 x x x 1

Cosmarium contractum x x x x x

Cosmarium globosum 1 x 1 x x x x x x x x 1 x 1

Cosmarium denticulatum x x

Cosmarium margaritatum x x x 1 x x x 1

Cosmarium quadrifarium x x x

Cosmarium quadrum x

Cosmarium laeve var. laeve x x

Cosmarium obsoletum x x x x x x x

Cosmarium pseudobroonei x

Cosmarium pseudopyramidatum x

Cosmarium pseudoconnatum x x

Cosmarium punctulatum x x x x

Cosmarium pyramidatum var, stephani x

Cosmarium trilobulatum x

Cosmarium sp.1 x x x x x

Cosmarium sp. x 2 x x x x x x x x x x 1 2 x x x 3

Croasdalea marthae x x x x

Cylindrospermum sp. x

Desmidium aptogonium x x x x x 3 x x 3

Euastrum abruptum x x

Euastrum brasiliense x

Euastrum didelta var. quadriceps x x

Euastrum cf. insulare

Euastrum germanicum x

Page 136: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

136

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Euastrum oblongum x

Euastrum verrucosum x x

Euastrum sp. x x x x x x x x x x x x

Genicularia spirotaenia x x x x x x

Gonatozygon monotaenium x x 6 x x 6 x 3 3

Gonatozygon pilosum x x x x x x

Gonatozygon sp. x x x x x X x x x x x x

Haplotaenium minutum x x x x x

Haplozyga armata x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Hyaloteca dissiliens x x x x x x x x x x x x

Isthyocercus manauensis x

Micrasterias arcuata x x x x x x x x x

Micrasterias borgei var. multidentada x

Micrasterias foliacea x

Micrasterias furcata x x x x

Micrasteria rotata x x x

Micrasteria radiata x x x

Micrasteria truncata x x x x x x

Micrasteria laticeps x x x

Micrasteria pinnatifida x

Micrasteria sp. x x x x

Mougeotia microspora x

Mougeotia spp. x x x x x

Netrium sp. x x x x x x

Octacanthium sp. x x

Onychonema filiformis 2 x x 2

Onychonema laeve x x x x x x x x x

Phytelios viridis x x x x

Roya obtusa x 8 4 12 x x x

Scenedesmus sp. x

Spondylosium desmidiiforme x x

Spondylosium planum x x x x x x x x x x x

Spyrogira sp. 2 2 x x x x x x x

Staurastrum ambibuum 2 2

Staurastrum columbetoides x x

Staurastrum convergens x

Staurastrum cuspidatus x x

Staurastrum brachiatum x x x x x x x x x x x

Staurastrum brasiliense var. porrectum x

Staurastrum boergensenii var. scotil x x x x x

Staurastrum dilatatum x

Staurastrum eleganthissimum x x x x x x x x x x x x x

Staurastrum furcigerum x

Staurastrum grallatorium 2 x 2 x

Staurastrum leptocladum var. cornatum x x x

Staurastrum leptacanthum x x x x x x x x x x x x x

Staurastrum mamillatus x

Staurastrum margaritaceum x

Staurastrum muticum x x x

Staurastrum paradoxum x x

Staurastrum quadrangulare x x x x x x

Staurastrum sebaldii var. ornatum x x x x x x x x x x

Staurastrum setigerum x

Staurastrum stelliferum var. stelliferum x 2 2 x 4 x

Staurastrum tectum var. ayayense x 2 2

Staurastrum tentaculiferum x x x x x x

Staurastrun tetracerum x

Staurastrum trifidum x 2 x x 2 x x x x x x

Staurastrum triundulatum var. floridense x x x x x x x

Staurastrum validus var. validius x x x x

Staurastrum vestitum x x

Staurastrum rotula 2 x x x x 2 x x x x x

Staurastrum sp1 x x x

Staurastrum sp 2 2 6 x x 10 x x x 1 x x 1 x x x x x

Staurodesmus connatus var. connatus x x x

Staurodesmus cuspidatus x 2 x x 2 x x x x x x

Staurodesmus dejectus x

Staurodesmus glaber x

Staurodesmus lobatum x

Staurodesmus validus x 1 1

Staurodesmus spp x x x x x x x

Sphaerozosma filiformis x

Page 137: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

137

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tetmemorus brebissonii x

Tetraedron lobullatum 2 2 x x x x x

Xanthidium canadense x x

Xanthidium eckertii x

Xanthidium faciculatum x x

Xanthidium fragile x x x x x x x x x x x x x x

Xanthidium mamillosum var. longispinus x x x x x x x x x

Xanthidium mamillosum var. borgei 2 x x x x 2 x x x x

Xanthidium regulare var. asteptum x x

Xanthidium antilopalum x

Xanthidium sp. 2 x x x 2 x x x x x x

Zygnema sp. x x x

Abundância 10 22 22 6 2 62 1 1 1 1 1 5 2 2 3 1 1 9 4 6 1 1 12

Riqueza 41 44 38 44 26 85 24 26 22 14 15 49 16 33 20 19 33 51 29 29 32 32 29 66

Biovolume 0,001840 0,001230 0,001520 0,000048 0,000068 0,009330 0,000020 0,002500 0,000036 0,000047 0,000024 0,002630 0,000078 0,000009 0,000026 0,000018 0,000040 0,000171 0,000082 0,000083 0,000007 0,000018 0,000189

Page 138: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

138

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.3.2.4. Comunidade Zooplanctônica

Os rotíferos apresentaram maior representatividade na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª campanha de

monitoramento de 2013. Os demais grupos apresentaram baixa abundância (Figura

18).

Figura 18. Composição da comunidade zooplanctônica com valores em porcentagem dos principais grupos registrados na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas quatro campanhas de monitoramento. A: 1ª campanha; B: 2ª campanha; C: 3ª campanha; D: 4ª campanha.

Vinte e sete espécies de rotíferos estiveram presentes na 1ª campanha e dezenove

representaram a 2ª campanha de monitoramento. Na 1ª campanha, a maior

abundância foi registrada por Lepadella sp. e Lecane bulla, na EC1 e EC3, com 333,33

e 266,66 ind/m³. Para 2ª campanha, na EC1 e EC4 houve a maior densidade,

representada por Lepadella sp. e Trichocerca sp., com 208,3 e 625 ind/m³. Lepadella

A B

C D

Page 139: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

139

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

sp. esteve presente em todas as estações de coleta, nas duas campanhas de

monitoramento (Tabela 19). Para 3ª campanha, vinte e uma espécies de rotíferos

foram registradas na área de influência da PCH Santa Gabriela. A maior abundância foi

representada por L. inermis, com 358,3 ind/m³, na EC2. L. bulla e L. inermis foram

registradas em todas as estações de coleta, na 3ª campanha (Tabela 20). Na 4ª

campanha, a maior abundância foi registrada na EC5, com 932,9 ind./m³ por

Cephalodella sp., Lecane inermis e Trichocerca sp. amostradas em todas as estações

de coleta (Tabela 20). O filo dos rotíferos abrange animais microscópicos, onde seu

tamanho varia de 50 a 2000 μm. Sua grande capacidade de adaptação as alterações

ambientais proporciona que colonizem diversos habitats (ESTEVES et al., 2011).

Copépodos apresentaram baixa representatividade entre as campanhas de

monitoramento (1ª, 2ª, 3ª e 4ª). A maior densidade registrada na 1ª campanha foi

obtida por Atheyella sp. e Notodiaptomus sp., com 8,3 ind/m³ (Tabela 19). Na 2ª, 3ª e

4ª campanha, os naúplios calanoida e cyclopoida apresentaram maior densidade, com

58,3 ind/m³. 50 ind/m³ e 50 ind/m³, respectivamente (Tabela 20). Os naúplios são as

larvas dos copépodos, possuem três pares de apêndices articulados e após passarem

por cinco ou seis mudas, transformam-se em copepoditos, que apresenta quase todos

os caracteres do adulto (ESTEVES et al., 2011).

Para protozoários, oito espécies foram registradas na 1ª campanha, sendo a maior

abundância registrada por Arcella vulgaris e Euglypha sp., com 150 ind/m³ e 41,6

ind/m³, respectivamente, na EC2 e EC5 (Tabela 19). Na 2ª campanha, somente quatro

espécies estiveram presentes. A maior densidade foi representada por A. vulgaris, na

EC2 (Tabela 19). Nas 3ª e 4ª campanhas houve baixíssima representatividade deste

grupo (Tabela 20). Os protozoários são encontrados nos ambientes lóticos com maior

velocidade da água e são associados ao sedimento onde o fluxo promove a

ressuspensão dos mesmos (LANSAC-TÔHA et al., 2000).

Com relação ao grupo dos cládoceras, na 1ª campanha de monitoramento,

Chydorus eurynotus apresentou 41,6 ind/m³ na EC1. Na 2ª campanha, C. eurinotus

Page 140: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

140

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

esteve presente na EC1, com 91,6 ind/m³ (Tabela 19). Na 4ª campanha de

monitoramento, Diaphanosoma sp. esteve presente em na EC4 com 50 ind/m³ (Tabela

20). Os cládoceros apresentam bastante sensibilidade às alterações ambientais. Vivem

associados a bancos de macrófitas, que funcionam como área de refugio e reprodução

(ELMOOR-LOUREIRO, 2007).

Page 141: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

141

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 19. Taxa inventariados da comunidade zooplanctônica nos diferentes pontos amostrados nas 1ª e 2ª campanhas de monitoramento na área de influência direta e indireta da PCH Santa Gabriela, onde o valor numérico representa a abundância (ind/m³).

Taxa 1ª Campanha 2ª Campanha

EC1 EC2 EC3 EC4 EC5 EC1 EC2 EC3 EC4 EC5

ROTIFERA

Asplanchna sp.

8,3

Cephalodella sp. 16,6 33,33 75 33,33 8,3 8,3 33,33 25 33,33 8,3

Collotheca sp. 8,3

8,3

Corulella sp.

8,3 16,6 75 8,3 16,6 25

Keratella sp.

8,3 41,67 8,3 41,67

Lecane bulla 175 91,6 333,33 125 208,33 158,3 41,6 250 125 208,33

Lecane closterocerca 8,3

8,3

Lecane elegans

8,3

Lecane haliclysta

16,6 33,33 8,3 33,33

Lecane hornemanni

25 8,3

Lecane inermis 175 25 183,33 175 25 191,66

Lecane lunaris 41,6 16,6 41,6 8,3

Lecane monostyla 16,6

58,3

Lecane pyriformes 8,3

Lecane rhytida

8,3

Lecane signifera

16,6

Lepadella sp. 266,66 125 91,6 208,33 158,3 208,3 125 91,6 208,33 158,3

Macrochaetus sp. 8,3 16,6 25 8,3 8,3 16,6 16,6 75 8,3 8,3

Monommata sp. 33,3

41,6

Notolca sp. 8,3

16,6 8,3 8,3 16,6 8,3

Paracorulella sp. 158,3 25 33,3 16,6 158,3 25 33,3 16,6

Platiyas sp. 8,3 8,3 8,3 16,6

Ploesoma sp.

25 25

Polyarthra sp. 8,3

Page 142: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

142

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Proales sp. 25 158,3 8,3 191,66 150 25 158,3 8,3 191,66 150

Testudinella sp. 25 66,66 183,3 16,6 8,3 25 66,66 183,3 16,6 8,3

Trichocerca sp. 200 150 166,6 625 41,6 250 200 166,6 625 41,6

COPEPODA

Atheyella sp.

8,3 16,6 16,6 8,3 16,6 8,3

Naúplio (cyclopoida)

Naúplio (calanoida)

41,6 33,3 50 58,3 16,6

Notodiaptomus sp.

8,3

PROTOZOÁRIO

Arcella vulgaris 91,6 150 133,3 75 33,3 91,6 200 133,3 75 33,3

Arcella megastoma

8,3

Centropyxis aculeata 16,6 16,6 8,3 16,6 16,6 16,6 16,6 16,6

Difflugia sp.

25 75

Euglypha sp.

41,6 41,6

CLADOCERA

Bosmina longirostris 16,6

8,3 8,3 8,3

Chydorus eurynotus 41,6 25 25 25 16,6 91,6 25 25 25 16,6

Chydorus parvireticulatu

25

Diaphanosoma sp. 8,3

8,3 16,6 8,3

Densidade (ind/m³) 1407,46 1024,49 1382,88 1372,43 849,36 1457,5 991,29 1291,16 1574,55 774,49

Riqueza (taxa/amostra) 24 21 19 21 17 21 16 17 18 15

Diversidade (H') 1,099 1,117 1,02 0,917 0,982 1,111 0,989 1,021 0,905 0,926

Diversidade máx (Hmáx) 1,38 1,322 1,279 1,322 1,23 1,322 1,204 1,23 1,255 1,176

Equidade (J') 0,796 0,845 0,797 0,693 0,798 0,84 0,822 0,829 0,721 0,788

Page 143: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

143

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 20. Taxa inventariados da comunidade zooplanctônica nos diferentes pontos amostrados nas 3ª e 4ª campanhas de monitoramento na área de influência direta e indireta da PCH Santa Gabriela, onde o valor numérico representa a abundância (ind/m³).

Taxa 3ª Campanha 4ª Campanha

EC1 EC2 EC3 EC4 EC5 EC1 EC2 EC3 EC4 EC5

ROTIFERA

Asplanchna spp.

16,6 50

Brachionus sp. 8,3

Cephalodella spp. 16,6 25 41,66 33,3 50 16,6 16,6 50 116,6

Conochilus sp.

25

Corulella spp. 16,6 16,6

Filinia spp.

16,6

Gastropus spp.

16,6 33,3 33,3 50 83,3 33,3

Harringia spp.

16,6

Keratella sp.

8,3

Lecane bulla 58,3 191,66 133,3 100 141,6 16,6 83,3 66,6

Lecane inermis 158,3 358,3 341,6 158,3 283,3 66,6 16,6 166,6 400

Lecane lunaris

16,6 8,3

Lecane rotunda

25 41,6 25 8,3 83,3

Lepadella spp. 66,6 100 41,6 50 75

Lophocaris sp. 8,3

Macrochaetus spp. 25 16,6 33,3 16,6 8,3

Notholca spp. 16,6 41,6 33,3 25 16,6

Paracorulella spp. 8,3 33,3 8,3 16,6 16,6 16,6

Platiyas spp. 8,3 8,3 50 16,6

Ploesoma sp.

8,3

Page 144: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

144

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Polyarthra spp. 8,3 16,6

Testudinella spp. 8,3 33,3 25 8,3 33,3

Trichocerca spp. 33,3 58,3 66,6 50 8,3 133,3 116,6

COPEPODA

Atheyella spp. 16,6 8,3 8,3

Naúplio calanoida

50 33,3

Naúplio cyclopoida 25 8,3 25 50 16,6 33,3 16,6 50

Thermocyclops minutus

8,3 8,3 16,6

PROTOZOÁRIO

Arcella catinus

50

Arcella vulgaris 25 33,3 100 25 33,3 33,3 16,6

Bosminopsis deitersi

16,6

Centropyxis aculeata

25 16,6

Chydorus eurynotus 41,6 25 16,6

Euglypha laevis

50 16,6

Densidade (ind/m³) 549,3 1024,36 991,16 583 724,4 66,5 282,9 199,7 749,6 932,9

Riqueza (taxa/amostra) 18 19 16 15 15 3 9 7 12 10

Diversidade (H') 1,061 0,969 0,979 1 0,869 0,451 0,898 0,79 0,974 0,793

Diversidade máx (Hmáx) 0,477 0,954 0,845 1,079 1

Equidade (J') 0,845 0,758 0,813 0,85 0,739 0,946 0,941 0,935 0,903 0,793

Page 145: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

145

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Nas quatro campanhas de monitoramento representadas no gráfico abaixo, os

rotíferos apresentaram maior densidade numérica e riqueza do que os outros

grupos, sendo na 12ª campanha o maior registro (Figura 19 e 20). Os rotíferos são

considerados organismos oportunistas e algumas espécies possuem grande

capacidade de adaptação às mudanças ambientais (ESTEVES et al., 2011).

Figura 19. Gráfico representando a densidade (ind/m³) da comunidade zooplânctonica na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas campanhas de monitoramento (1ª, 2ª, 3ª e 4ª).

Figura 20. Gráfico representando a riqueza de espécies (taxa/amostra) da comunidade zooplânctonica na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas campanhas de monitoramento (1ª, 2ª, 3ª e 4ª).

Page 146: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

146

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Segundo o índice de diversidade de Shannon, na 1ª campanha de

monitoramento, a maior diversidade foi registrada pela EC2, com H’: 1,117

decits/ind. Para a 2ª campanha, a EC1 apresentou valor de H’: 1,322 decits/ind

(Tabela 19). Na Tabela 7 verifica-se que a EC1 e EC2 apresentou maior diversidade

na 3ª e 4ª, com H’: 1,061 decits/ind e H’: 0,954 decits/ind, respectivamente. Segundo

Uramoto et al. (2005), a diversidade das espécies tende a ser mais alta, quanto

maior o valor do índice de Shannon. Com relação à equitabilidade (J`), na 1ª

campanha, a EC2 apresentou melhor distribuição. Já na 2ª campanha, a EC1

registrou J’: 0,822 (Tabela 19). Na 3ª e 4ª campanhas, a EC1 apresentou melhor

distribuição entre as espécies (Tabela 20). Quanto mais próximo de 1 mais bem

distribuída a abundância está entre as espécies presentes na amostra (URAMOTO

et al., 2005).

Os valores de similaridade entre os pontos na 1ª campanha mostram que a maior

distância ocorreu entre as EC2 e EC4, com 61,03% de similaridade (Figura 21-A).

Na 2ª campanha de monitoramento, as EC2 e EC4 apresentaram 60,38% (Figura

21-B). Para a 3ª campanha, a EC2 e EC3 obtiveram semelhança de 76,85% (Figura

21- C). Já na 4ª campanha, os dados demonstram que a maior similaridade ocorreu

entre as estações de coleta 4 e 5 (EC4 e EC5), com 59,38% (Figura 21-D).

Page 147: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

147

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 21. Dendrograma de similaridade entre os pontos amostrais na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª campanhas de monitoramento na área de influência da PCH Santa Gabriela.

A B

C D

Page 148: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

148

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.3.2.5. Comunidade de Invertebrados Bentônicos

Em todas as quatro campanhas de monitoramento do ano de 2013, na área de

influência da PCH Santa Gabriela, a ordem Diptera apresentou a maior abundância,

com 44% na 1ª campanha, 96% na 2ª campanha, 83% na 3ª campanha e 78% na

4ª campanha (Figura 22).

Figura 22. Composição da comunidade de macroinvertebrados bentônicos com valores em porcentagem dos principais grupos registrados na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas quatro campanhas de monitoramento. A: 1ª campanha; B: 2ª campanha; C: 3ª campanha; D: 4ª campanha.

A B

C D

Page 149: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

149

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 21. Taxa inventariados da comunidade de macroinvertebrados bentônicos nos diferentes pontos amostrados na 1ª e 2ª campanha de monitoramento na área de influência direta e indireta da PCH Santa Gabriela, onde o valor numérico representa a abundância (ind/m²).

Taxa 1ª Campanha 2ª Campanha

EC1 EC2 EC3 EC4 EC5 EC1 EC2 EC3 EC4 EC5

INSECTA

Coleoptera

Elmidae 11,11

22,22

Diptera

Ceratopogonidae

11,11 44,44

Chironomidae 44,44

111,11 33,33 22,22 277,77 33,3 55,55 11,11 44,44

Psychodidae

11,11

Ephemeroptera

Baetidae 11,11

11,11

Hemiptera-Heteroptera

Velidae 11,11

ARACNIDAE 33,33

OLIGOCHAETA

200

Abundância (ind/m²) 122,21 0 111,11 233,33 33,33 277,77 33,33 66,66 11,11 111,11

Riqueza (taxa/amostra) 6 0 1 2 2 1 1 2 1 4

Shannon H' Log Base 10,

Shannon Hmax Log Base 10

Shannon J'

Page 150: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

150

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 22. Taxa inventariados da comunidade de macroinvertebrados bentônicos nos diferentes pontos amostrados na 3ª e 4ª campanha de monitoramento na área de influência direta e indireta da PCH Santa Gabriela, onde o valor numérico representa a abundância (ind/m²).

Taxa 3ª Campanha 4ª Campanha

EC1 EC2 EC3 EC4 EC5 EC1 EC2 EC3 EC4 EC5

INSECTA

Coleoptera

Curculionidae

11,11

Elmidae

33,33 33,33 11,11

Diptera

Ceratopogonidae 44,44

66,66 11,11 11,11

Chironomidae 344,44 44,44 233,33 11,11 200 88,88 77,77 11,11 166,66 88,88

Ephemeroptera

Baetidae

11,11 11,11

Hemiptera-Heteroptera

Corixidae

22,22

Vellidae

11,11 11,11

Odonata

Coenagrionidae

11,11

Gomphidae

11,11

Libellulidae

11,11

Trichoptera

Hidropsychidae

11,11

Leptoceridae 11,11

Pytilidae

11,11 11,11

HIRUDINAE

11,11 11,11 22,22 11,11

Abundância (ind/m²) 399,99 55,55 344,43 33,33 333,32 99,99 77,77 33,33 166,66 144,43

Riqueza (taxa/amostra) 3 2 4 3 9 2 1 3 1 6

Shannon H' Log Base 10, 0,205 0,217 0,399 0,477 0,636

Shannon Hmax Log Base 10

Shannon J' 0,43 0,722 0,663 1 0,667

Page 151: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

151

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Classe Insecta – Ordem Coleoptera

A ordem Coleoptera foi representada por apenas duas famílias nas quatro

campanhas de monitoramento do ano de 2013 (Tabela 21 e 22). Esta ordem

abrange os besouros, como são conhecidos popularmente. Possui grande

abundância e diversidade dentre os macroinvertebrados bentônicos, ocorrendo em

uma ampla variedade de habitats, como rios, riachos e lagos. São encontrados

próximo das margens e junto de macrófitas, e possuem várias adapatações

respiratórias como reserva de ar localizada embaixo dos élitros, respiração

transcuticular com ou sem brânquias, plastrão respiratório e penetração nos tecidos

aerênquimos das plantas para retirar o ar (SEGURA et al., 2011).

Família Elmidae

A família Elmidae apresentou maior abundância na 3ª campanha, estando

presente em dois, dos cinco pontos de coleta (Tabela 21). Essa família apresenta

indivíduos que vivem em córregos e rios. Possuem tamanho pequeno e após a larva

completar seu desenvolvimento, rasteja para fora da água e empupa perto da

margem, ou empupa in situ, quando o nível das águas diminuem. Esporadicamente

suas formas adultas deixam a água para dispersar em voôs rápidos (PASSOS et al.,

2007). Esses organismos apresentam baixa tolerância a poluentes, como

detergentes, que quebram a tensão superficial da água, que é responsável pela

formação do plastrão, necessário para respiração desse inseto submerso

(FERNANDES, 2010).

Classe Insecta – Ordem Diptera

A ordem Diptera é a ordem que compreende moscas e mosquitos, distribuídos em

todos os continentes e podem ocupar zonas marinhas, lagos de todas as

profundidades, rios, riachos, entre outros (PINHO, 2008). Três famílias dessa ordem

foram registradas nas quatro campanhas de monitoramento do ano de 2013 (Tabela

21).

Família Chironomidae

Page 152: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

152

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foi a família mais abundante, em todas as campanhas. Sua maior densidade foi

registrada na 3ª campanha de monitoramento. A estação de coleta com maior

número de indivíduos dessa família foi a EC1, com 344,44 ind/m² (Tabela 21). As

larvas dessa família habitam em quase todos os ecossitemas aquáticos (menos em

mar aberto) e pode atingir elevadas densidades populacionais. São predadas por

peixes e insetos predadores, fazendo parte portanto da cadeia alimentar nos

ambientes aquáticos. São indicadoras de qualidade ambiental devido a algumas

espécies apresentarem características muito específicas e outras espécies que

apresentam certa tolerância aos poluentes (BOURCHARD, 2004).

Classe Insecta – Ordem Ephemeroptera

A ordem Ephemeroptera constitui um dos grupos mais antigos da classe Insecta.

Representa um grande elo na cadeia alimentar, por ser alimento de diversos

predadores, além de ocupar diversos habitats. Os imaturos de Ephemeroptera são

muito utilizados em biomonitoramento de qualidade de água, pois são muito comuns

em águas correntes limpas. As ninfas podem ser encontradas em riachos com

oxigênio, ocasionalmente sob rochas e são muito abundantes e diversas (SALLES et

al., 2004).

Família Baetidae

Nas quatro campanhas realizadas, essa família esteve presente em apenas duas

campanhas (Tabela 21). A familia Baetidae compreende um dos maiores e mais

bem sucedidos grupos da ordem Ephemeroptera, e encontra-se amplamente

distribuída em todos os continentes, estando ausente apenas em algumas ilhas

oceânicas (EDMUNDS et al., 1976). As ninfas de Baetidae ocupam com frequência

grande variedade de habitats de água doce, atingindo maior diversidade em

ambientes lóticos. Nesse tipo de ambiente, onde colonizam os mais distintos meso-

habitats, desde áreas de forte correnteza até aquelas de remanso, o número de

gêneros e espécies, assim como de indivíduos numa determinada área, pode ser

extremamente elevado (EDMUNDS et al., 1976, MCCAFFERTY, 1981).

Classe Insecta – Ordem Hemiptera – Heteroptera

Page 153: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

153

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Os hemípteros são adaptados aos ambientes aquáticos, exploram o filme d’água e

utilizam as macrófitas para alimentação, proteção e oviposição de ovos (OLIVEIRA,

et al., 2006). Duas famílias dessa ordem foram registradas durante o monitoramento

de 2013 (Tabela 21 e 22).

Classe Insecta – Ordem Odonata

A ordem Odonata conhecida popularmente como libélula, lava-bunda, cavalo de

judeu, entre outros são insetos que apresentam larvas aquáticas e adultos terrestres

(SOUZA et al., 2007). Duas famílias representaram essa ordem durante a 3ª e 4ª

campanha de monitoramento do ano de 2013 (Tabela 21 e 22).

Classe Insecta – Ordem Trichoptera

A ordem Trichoptera vive em ambientes com bastante oxigênio, dependendo do

oxigênio dissolvido para respiração. São importantes na cadeia trófica, participando

da transferência de energia e nutrientes. Possuem baixa mobilidade, vivendo

intimamente associado ao substrato ou abrigo, o que prejudica a sua recolonização

após algum distúrbio natural ou antrópico no ambiente (CALOR, 2008; BISPO et al.,

2001). Os imaturos de Ephemeroptera e Trichoptera são muito utilizados em

biomonitoramento de qualidade de água, pois são muito comuns em águas

correntes limpas. As ninfas podem ser encontradas em riachos com oxigênio,

ocasionalmente sob rochas. Três famílias dessa ordem estiveram presentes na 3ª e

4ª campanha de monitoramento (Tabela 21 e 22).

Oligochaetas, Aracnidas e Hirudinaes estiveram presentes durante o

monitoramento de 2013 (Tabela 21 e 22).

Abundância, Riqueza e Similaridade

Com relação á abundância total da comunidade de macroinvertebrados

bentônicos, a 10ª campanha apresentou maior número de indivíduos e também

maior diversidade de espécies (Figura 23 e 24).

Page 154: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

154

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 23. Gráfico representando a densidade total (ind/m²) da comunidade de macroinvertebrados bentônicos na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas campanhas de monitoramento (1ª, 2ª, 3ª e 4ª).

Figura 24. Gráfico representando a riqueza (taxa/amostra) da comunidade de macroinvertebrados bentônicos na área de influência da PCH Santa Gabriela, nas campanhas de monitoramento (1ª, 2ª, 3ª e 4ª).

Com relação ao índice de diversidade, a EC2 apresentou maior diversidade na 3ª

campanha, com H’: 0,722 décits/ind (Tabela 21). De acordo com Uramoto et al.

(2005), a diversidade tende a ser mais alta quanto maior o valor do índice. Já a

Page 155: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

155

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

equitabilidade atinge valor máximo de 1, e quanto mais próximo de 1 mais bem

distribuída a abundância está entre as espécies presentes na amostra (URAMOTO

et al., 2005).

A similaridade entre as estações de coleta podem ser visualizadas na Figura 25.

Na 9ª campanha de monitoramento, a EC2 e EC3 apresentaram semelhança de

77,09% (Figura 25-A). Na 10ª campanha, também as mesmas estações de coleta

(EC2 e EC3) apresentaram maior similaridade, com 72,79% (Figura 25-B). na 11ª

campanha de monitoramento, a EC1 e EC2 registraram similaridade de 80% (Figura

25-C) e na 12ª campanha, EC3 e EC1, 88% (Figura 25-D).

Figura 25. Dendrograma de similaridade entre os pontos amostrais na 9ª, 10ª, 11ª e 12ª campanhas de monitoramento na área de influência da PCH Santa Gabriela.

A B

C D

Page 156: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

156

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.3.2.6. Macrófitas Aquáticas

A comunidade de macrófitas aquáticas apresentou um total de 44 táxons,

distribuídas em 23 famílias botânicas e 33 gêneros (Tabela 23). Dentre as famílias a

que apresentou maior representatividade foi Cyperaceae com maior número de

táxons (6 espécies) e enquanto as menores riquezas foram representadas por 13

famílias com apenas uma espécie cada (Figura 26).

Figura 26. Famílias de macrófitas aquáticas registradas no monitoramento da PCH Santa Gabriela.

Page 157: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

157

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 23. Espécies registradas para a comunidade de macrófitas aquáticas nos pontos avaliados dentro da área de influência do empreendimento. Hábito vegetacional (submersas fixas (SF), submersas livres (SL), flutuantes fixas (FF), emergentes (E) e anfíbias (A) da comunidade de macrófitas aquáticas presentes na área de influência.

Espécie/Família Nome popular Hábito

Vegetacional

Estações de Coleta

P01 P02 P03 P04 P05

Alismatacea

Sagittaria rhombifolia Cham. Largatixa E x Echinodorus tenellus (Mart.) Buch. Erva-do pântano SF/E

x

Araceae

Urospatha sagittifolia (Rudge) Schott Não encontrado E

x

x

Calombaceae

Cabomba furcata Schult. & Schult.f. Lodo SF x x Characeae

Chara sp*. Lodo SF

x

x

Cyperaceae

Cyperus haspan L. Cebolinha A x x

x Cyperus gardmeri Nees Baceiro E x x

Eleocharis sp Cebolinha F

x

Eleocharis geniculata Cebolinha A

x

Eleocharis geniculata Cebolinha E x

x x

Oxycarium cubense (Poepp. & Kunth) Lye Baceiro FF

x

x

Rhynchospora velutina (Kunth) Boeck Capim-navalha A

x

x

Droseraceae

Drosera spatulata Labill. Planta insetívora A

x

Eriocaulaceae

Syngonanthus gracilis Mart. Não encontrado E

x

Euphorbiaceae

Caperonia castaneifolia (L.) A. St.-Hil. Erva-de-bicho E

x Phyllanthus cf. stipulatus Não encontrado E

x

Page 158: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

158

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Gleicheniaceae

Dicranopteris flexuosa (Schrad.) Não encontrado FF x

x Hydrocharitaceae

Apalanthe granatensis (Humb. & Bonpl. Lodinho-branco SF x

x

Egeria najas Planch Lodinho-branco SF x

x

Isoetaceae

Isoetes pedersenii J. Hickey cebolinha A

x

Lamiaceae

Hyptis lappacea Benth. Hortelã-do-campo A/E

x Hyptis lorentziana O. Hoffm Hortelã-do-brejo A/E

x

Lentibulariaceae

Utricularia sp. Lodo A

x

x

Utricularia pulsilla Vahl Lodo A

x

x

Lycopodiaceae

Lycopodium sp. Não encontrado A

x

x x

Lythraceae

Cuphea melvilla Cham. & Schltdl Erva-de-bicho E

x Rotala ramosior (L.) Koehne Erva-de-bicho A/E

x

Mayacaceae

Mayaca fluviatilis Aubl. Lodo SF/A x x Melastomataceae

Acisanthera divaricata Cogn. Não encontrado A/E

x Acisanthera cf limnobios* Não encontrado A/E x x x x x

Rhynchanthera novemnervia DC Não encontrado A/E

x Nymphaeaceae

Nymphaeae sp1* Não encontrado FF x Onagraceae

Ludwigia erecta (L.) Hara Cruz-de-malta A/E x Ludwigia grandiflora (Michx.) Zardini Florzeiro E

x

Page 159: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

159

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Ludwigia nervosa (Poir.) Hara Lombrigueira A/E

x

x

Poaceae

Andropogon bicornis L. Alcanfo E x x

x x

Andropogon Leucostachyus Capim-colchão E

x

x

Paspalum sp. Mimoso-de-talo E

x Polygalaceae

Polygala leptocaulis Torr. & A. Gray Alcanfo E

x

Pontederiacea

Pontederia parviflora Alexander Aguapé FF x x

x

Scrophulariaceae

Bacopa cf. verticillata Não encontrado SF/E x x

x

Thelypteridaceae

Thelypteris interrupta Wild Samambaia-do-brejo A/E

x

x x

Xyridaceae

Xyris cf. jupicai* Cadeçudinho A/E

x

x

Xyris mínima Steud. Não encontrado A

x

Xyris laxifolia Botão-de-couro A

x

x

Page 160: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

160

Monitoramento Ambiental Consolidado– PCH Santa Gabriela Março/2013

Todas as formas biológicas foram registradas na área da PCH Santa Gabriela,

sendo a forma emergente (Foto 32 e 33) a mais representativa com 14 espécies, em

seguida ocorreram as anfibias com 9 espécies. Ainda assim, foram registradas 10

espécies que os dois tipos de hábitos de vida (anfíbio e emergente). Este fato é

compreendido já que a área de estudo apresenta características de sistemas lóticos

(Tabela 23 e Figura 27). Algumas espécies podem apresentar diversos hábitos de

vida, isto ocorre devido à capacidade de adaptação destas espécies.

Figura 27. Hábitos vegetacionais das espécies de macrófitas aquáticas registradas no monitoramento da PCH Santa Gabriela.

Ao longo de toda área de influência da PCH Santa Gabriela, no Rio Correntes e

Rio Comprido, o táxon a espécie Pontederia parviflora (Foto 34) foi a de hábito

flutuante fixa registradas. Há preocupação quanto a Pontederia parviflora, pois

houve um pequeno aumento desta população no encontro do Rio Comprido com o

Rio Correntes (Foto 35), o fator da profileração pode ser natural, por conta do

período de chuva, época de germinação e maior entrada de nutrientes de origem

alótone, contudo é necessário avaliação deste local nas próximas etapas do

monitoramento.

B

Page 161: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

161

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Segundo POTT & POTT (2000), espécies com este tipo de hábito podem ser

problemáticos em reservatórios, mas com menor intensidade, podendo ser invasora

de açudes e canais, cobrindo completamente água rasa ou campo úmido.

Foto 32. Acisanthera limnobios registrada no Rio Correntes, PCH Santa Gabriela.

Foto 33. Xyris laxifolia registrada no Rio Correntes, PCH Santa Gabriela.

Page 162: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

162

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 34. Pontederia parviflora registrada no Rio Comprido, PCH Santa Gabriela.

Foto 35. Proliferação de Pontederia parviflora registrada no encontro do Rio Comprido com Rio correntes, PCH Santa Gabriela.

Durante todo o período de monitoramento da PCH Santa Gabriela, não houve

grande variação nos valores de riqueza e famila, contudo a reavaliação do ambiente

in loco deverá continuar, pois em cada campanha a riqueza é novamente avaliada,

tornando fácil o reconhecimento das espécies que antes não foram observados,

podendo ser amostrados nas próximas campanhas.

Page 163: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

163

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

A maior riqueza encontrada neste monitoramento (Figura 28), foi no ponto 5, com

27 espécies de macrófitas registradas, seguida pelos pontos 2 e 1, com 25 e 15

espécies respectivamente.

Figura 28. Riqueza de espécies encontradas nas estações de coleta amostradas no rio Correntes e rio Comprido, em janeiro de 2014.

6.4. Considerações Finais

Este relatório apresenta os resultados obtidos na décima sexta campanha de

Monitoramento de Qualidade da Água nos rios Correntes e Comprido, na área de

influência direta e indireta do empreendimento denominado PCH Santa Gabriela,

localizado na divisa dos Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Como apresentado e discutido, pode-se concluir que a qualidade dos corpos

hídricos monitorados, no tocante aos parâmetros analisados, está em grande parte

em conformidade com o estabelecido pela legislação vigente. Contudo, houve

alteração para os parâmetros fenóis e cobre dissolvido em todos os pontos

monitorados. Ressalta-se que este resultados é proveniente desde a montante da

usina, indicando que as mesmas estão relacionadas com fontes difusas e não

devido à operação da usina.

Page 164: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

164

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Evidencia-se que os parâmetros analisados demonstram a pouca influência do

empreendimento no corpo hídrico, pois os valores obtidos a montante foram quase

sempre similares aos obtidos a jusante, e quando diferentes, a faixa foi sempre

aproximada de um ponto a outro.

Na campanha de janeiro/14 foram levantadas 112 taxa fitoplânctonicos, as

classes fitoplântonicas registradas nos pontos de coleta contunuaram as mesmas,

Bacillariophyceae, Chlorophyceae, Chrysophyceae, Cyanophyceae, Dynophyceae,

Euglenophyceae e Zygnemaphyceae. Como nas campanhas anteriores as classes

Zygnemaphyceae e Bacillariophyceae apresentaram maior riqueza de espécies.

A abundância e biovolume registrados foram baixo, porém com pequeno

aumento, com total de 74indivíduos registrados e biovolume total de 7,30x10-³mm³/L

respectivamente, assim como nas campanha anteriores, evidenciando a baixa

produtividade primária fitoplanctônica, classificando o corpo hídrico como

oligotrófico, segundo escala de Vollenweider (1968 apud Tudinsi & Tudinsi, 2008).

A presença de espécies de cianobactérias potencialmente tóxicas nos pontos

monitorados não é preocupante, pois durante as análises foi registrado somente um

indivíduo em um dos pontos monitorados. Contudo o freqüente monitoramento se

faz necessário para que alterações, mesmo que pequenas, na disponibilidade de

nutrientes favoreça a formação de floração com decorrente liberação de

cianotoxinas, tanto no reservatório quanto no rio.

Nas quatro campanhas de monitoramento do ano de 2013, da área de influência

direta e indireta da PCH Santa Gabriela, com relação à comunidade zooplânctonica,

concluí-se que os rotíferos predominaram em abundância e riqueza em todas as

campanhas. Os demais grupos foram pouco representativos durante o

monitoramento. De acordo com os dados referente a campanha de monitoramento

da área de influência da PCH Santa Gabriela, sugere-se que o empreendimento não

influenciou negativamente nas características hidrodinâmicas do corpo hidríco

monitorado com relação a comunidade zooplânctonica.

Nas quatro campanhas de monitoramento da área de influência da PCH Santa

Gabriela, do ano de 2013, as famílias Ceratopogonidae e Chironomidae foram as

Page 165: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

165

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

mais representativas da ordem Diptera. As maiores densidades desses grupos são

registradas em locais com maior disponibilidade de matéria orgânica, uma vez que

muitos representantes desses grupos apresentam relativa tolerância a uma ampla

variedade de estresses ambientais (MERRITT & CUMMINS, 1996).

As ordens Ephemeroptera, Trichoptera e Odonata registradas durante todo o

monitoramento do ano de 2013, são consideradas de suma importância, devido a

essas espécies serem indicadores de boa qualidade ambiental, sendo que a maioria

das famílias pertencentes a essas ordens são intolerantes a ações antrópicas. Essas

famílias são importantes na cadeia trófica por servirem de alimento para animais

vertebrados e invertebrados aquáticos e ocorrem tanto em ambientes lóticos como

lênticos (BOURCHARD, 2004). Os imaturos de Ephemeroptera e Trichoptera são

muito utilizados em biomonitoramento de qualidade de água, pois são muito comuns

em águas correntes limpas. As ninfas podem ser encontradas em riachos com

oxigênio, ocasionalmente sob rochas.

A comunidade de macrófitas aquáticas apresentou baixa riqueza, na área de

influência da PCH Santa Gabriela, durante o monitoramento de janeiro de 2014. O

hábito de vida das macrófitas aquáticas predominante na área de estudo foi das

plantas emergentes. Houve um pequeno aumento da população de Pontederia

parviflora, que deverá ser avaliado nos próximos monitoramentos.

Com o monitoramento é possível acompanhar possíveis mudanças nesta riqueza,

bem como o registro de novas espécies tendo em vista que a alteração das

características do rio após a construção da barragem, criando uma zona lacustre é

considerado ainda recente.

Programas de monitoramento e manejo, desta comunidade, devem se manter na

área de influência da PCH Santa Gabriela, visando minimizar os possíveis

problemas gerados para o empreendimento, identificando e solucionando possíveis

alterações na comunidade de macrófitas aquáticas.

Page 166: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

166

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.5. Referências Bibliográficas

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – Normas para análise físico química

e microbiológico em água potável, água naturais, efluentes e água minerais.

ALLAN, J. D. 2004. Landscape and riverscapes: the influence of land use on stream

ecosystems. AnnualReview of Ecology, Evolution, and Systematics:35: 257-284.

ALLAN, J.D. & CASTILLO, M.M. 2007.Stream ecology: structure and function of running

Waters. Segundaedição. Netherslands: Springer. 436p.

ALVES, G. M. et al. 2007. New records of testate lobose amoebae (Protozoa, Arcellinida) for

the Upper Paraná River floodplain.Acta Limnol.Bras. 19 (2): 175-195.

ANAGNOSTIDIS, K. & KOMAREK, J. 1988.Modern approch to the classification system of

Cyanophytes (3 Oscillatorialles).Algological Studies, Stuttgart: (80): 327 472.

AOYAGUI, A. S. M. & BONECKER, C. C. 2004.Rotifers in different environments of the

upper Paraná River floodplain (Brazil): richness, abundance and the relationship

with connectivity. Hidrobiologia. 522: 281 – 290.

APHA (2012).Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater.22st

Edition.

BARBOSA, P. M. M.; BRITO, S.; RIETZLER, A. C. & ESKINAZI-SANT’ANNA, E. M.

2006.Diversidade do zooplâncton de Minas Gerais. Ciência Hoje, 38(227): 67-73.

BRANCO, S. M. 1986. Hidrologia aplicada à engenharia sanitária. 3 ed. São Paulo:

CETESB/ASCETESB.

BRANDIMARTE, A.L. 1997. Impactos Limnológicos da construção do reservatório de

aproveitamento múltiplo do Rio Mogi-Guaçu (SP, Brasil). Tese Instituto de

biociências da Universidade de São Paulo. 97p.

BENETTI, C. J.; FIORENTIN, G. L.; CUETO, J.A.R.; NEISS, U.G. Chaves de identificação

para famílias de coleópteros aquáticos ocorrentes no Rio Grande do Sul, Brasil.

Neotropical Biology and Conservation, v. 1, n.1, p. 24-28, 2006.

BICUDO, C. E. M.; BICUDO, D. C. Amostragem em Limnologia. Rima: São Carlos – SP,

p.346, 2004.

BICUDO, C.E.M. & MENEZES, M. 2006. Gêneros de algas continentais do Brasil. 2a ed.,

São Carlos: RIMA. 502p.

BOUCHARD, R.W., Jr. Guide to aquatic macroinvertebrates of the Upper Midwest. Water

Resources Center, University of Minnesota, St. Paul, MN, p. 208, 2004.

Page 167: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

167

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

BOURRELLY, P. 1981. Lês algues d’eau douce: alques bleues et rouges. Paris: Société

nouvelle dês éditions Boubéé.

BOURRELLY, P. 1985. Lês algues d’eau douce: alques bleues et rouges. Paris: Société

nouvelle dês éditions Boubéé. 606p.

BOURRELLY, P. 1988. Lês algues d’eau douce complements tome I: alques vertes,

Paris: Société nouvelle dês éditions Boubéé.. 183p.

BOZELLI, R. L. & HUSZAR, V. L. M. 2003.Comunidades fitoplanctônicas e zooplanctônicas

continentais em tempo de avaliação. Limnotemas – Sociedade Brasileira de

Limnologia. 32 p.

CALLISTO, M.; GONÇALVES JR., J. F.; MORENO, P. Invertebrados aquáticos como

bioindicadores. In: Navegando o Rio das Velhas das Minas aos Gerais. Belo Horizonte

: UFMG, v. 1, p. 1-12, 2004.

CALOR, A. R. Ordem Trichoptera. In: Guia on-line: Identificação de larvas de insetos

aquáticos do Estado de São Paulo. FROEHLICH, C.G. (org.). 2008.

CARDOSO, L. S.; RAMOS, J. D.; MELLO, H. O. O. 2008. Composição, densidade e

abundância das populações de cladocera, copepoda e rotifera de áreas de Proteção

Permanente do rio Uberabinha. Em Extensão, Uberlândia, 7 (2): 95-106.

CETESB-ANA - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Agência Nacional de

Águas. 2011. Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras: Água, Sedimento,

Comunidades Aquáticas e Efluentes Líquidos.

CETESB – 2009. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.

CETESB L5.312. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Triagem de

organismos bentônicos Marinhos e de Água doce. Normas Técnicas – CETESB,

CETESB Editora. 2004.

CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento ambiental do estado de São Paulo.

Disponível em http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/variaveis.asp acesso:

25.03.2009.

CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São

Paulo. Relatórios deQualidade das Águas Interiores de São Paulo, 2008

CETESB L5.309. 2003. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Determinação

de Bentos de Água Doce – Macroinvertebrados – Métodos Qualitativos e

Quantitativos. Normas Técnicas – CETESB. CETESB Editora.

Page 168: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

168

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

CETESB L5.312. 2004. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Triagem de

organismos bentônicos Marinhos e de Água doce. Normas Técnicas – CETESB.

CETESB Editora.

CONAMA, 1986. Resolução CONAMA no 001/86 de 23 de setembro de 1986. Estabelece

definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e

implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da

Política Nacional do Meio Ambiente. In: CETESB, 1995. Legislação Ambiental. São

Paulo, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 274, de 29 de

novembro de 2000, Brasília, SEMA, 2005.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 357, de março

de 2005, Brasília, SEMA, 2005.

CORBI, J.J.; TRIVINHO-STRIXINO, S. Influência da resolução Taxonômica das

comunidades de macroinvertebrados de córregos na avaliação de diferentes usos do

solo. Acta Limnologia Brasilensia, v. 18, n. 4, p. 469-475, 2006.

COSTA, C., IDE, C. & SIMONKA, C. E. 2006. Insetos Imaturos – Metamorfose e

Identificação. Holos Editora.

COSTA, L. O. & STRIPARI, N. L. 2008. Distribuição da comunidade zooplanctônica em

um trecho do médio Rio Grande no município de Passos (MG), Brasil. Ciências et

Paxis 1 (1): 53-58.

DI BERNARDO, L. DI BERNARDO, A. LUIZ CENTURIONE FILHO, P. – Ensaios de

Tratabilidade de água e dos resíduos gerados em estações de tratamento de

água. São Carlos, RiMa, 2002.

ESKINAZI – SANT’ANNA, E. M. et al. 2007. Composição da comunidade zooplanctônica

em reservatórios eutróficos do semi-árido do Rio Grande do Norte.Oecol.Bras.,

11(3): 410-421.

DEVÁI, G.; Ecologycalbackgroud and importance of the change of chironomid fauna in

shallow Lake Balaton.Hidrobiologia, v.321, p.17-28, 1990.

EDMUNDS, G. F.; JENSEN, S.L; BBERNER, L.The mayflies of North and Central

America.University of Minnesota Press, Minneapolis, 1976.

ESTEVES, F. A. 1998. Fundamentos de limnologia. 2 ed. Rio de Janeiro: Interciência.

Page 169: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

169

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

EPLER, J. H. Identification manual for the larval Chironomidae (Diptera) of north and South

Carolina.North Carolina Department of Environment and Natural Resources Division of

Water Quality.2001.

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 2003. Cianobactérias tóxicas na água para

consumo humano na saúde pública e processos de remoção em água para

consumo humano. Brasília.56 pg.

FUKUHARA, H.; SAKAMOTO, M. Ecological significance of bioturbation of zoobenthos

community release from bottom sediments ins shallow eutrophic lake. Arch. Hydrobiol.,

v. 113, n. 3, p. 425-445, 1988.

GARDNER, W. S.; NALEPA, T. F.; SLAVENS, D. R.; LAIRD, G. A. Patterns and rates of

nitrogen release by benthic Chironomidae and Oligochaeta. Canadian Journal of

Fisheries Aquatic Sciences, v. 40, p. 259-266, 1983.

GONZÁLES, A.C. 1996. Las Chlrococcales dulciacuícolas de Cuba. Berlim:JCramer.

192p.

HAMMER, O.; HARPER, D.A.T.; RYAN, P.D. Past: Paleontological Statistics Software

Package for Education and Data Analysis. Palaeontologia Electronica, v. 4, n. 1, p. 9,

178kb. Disponível em: <http://palaeo-electronica.org/2001_1/past/issue1_01.htm>,

2001.

HARDING, J. S., BENFIELD, E. F., BOLSTAD, P. V., HELFMAN, G. S. & JONES, E. B. D.

III. 1998. Stream biodiversity: the ghost of land use past. Proc. Natl. Acad. Sci. USA

95: 14843 – 14847.

JERSABEK, C. D.; SEGERS, H.; MORRIS, P. J.An illustrated online catalog of the rotifera in

the Academy of Natural Sciences of Philadelphia.2003.

<http://rotifer.acnatsci.org/rotifer.php>acessadoem: 30.05.2010.

JOHN, D.M.;WHITTON, B.A. & BROOK, A.J.The Freshwater Algal Flora of the British

Isles: An Identification Guide to Freshwater and Terrestrial Algae.Cambridge:

University Press. 702p. 2003.

JOSÉ DE PAGGI, S. 1995. Rotífera. Em: Lopretto, E. C. & G. Tell (Eds) Ecossistemas de

aguas continentales. Metodologias para su estúdio. II. Ediciones Sur, La Plata. 643-

667.

KOMÁREK, J. & AGNOSTIDIS, K. 1999. Cyanoprokaryota (1.Teil: Chroococcales). Bd. 19/1.

In: Ettl, H; Gärtner, G.; Heynig, H.; Mollenhauer, D. (org). SuBwasserfloraa von

Mitteleuropa. Jena: Gustav Fischer Verlag.

Page 170: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

170

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

KOMÁREK, J. & AGNOSTIDIS, K. 2005.Cyanoprokariota (2.Teil: Oscillatoriales). Bd 19/2

In: Büdel, B.; Gärtner, G.; Krienitiz, L.; Schagerl, M. (org.) SuBwasserfloraa von

MitteleuropaMünchen: Elsevier GmbH.

KOMÁREK, J. & FOTT, B. 1983. Das phytoplankton des Sübwassers. 7.Teil –

Chlorophyceae (Grünalgen) Ordnung: Chlorococcales. In Huber-Pestalozzi, G. (Ed).

Stuttgart. E Schweizerbart’sche Verlagsbuchhandlung. 1044p.

KUTIKOVA, L. A. 2002. Rotífera. Em: A Guide to Tropical Freshwater Zooplankton

Identification, Ecology and Impacto in Fisheries. (ed. C. H. Fernando), Backhugs

Publishers Leiden. 23-68.

LAMPERT, W. & SOMMER, U. 2007.Lymnoecology – The Ecology of Lakes and

Streams. 2ªEdição. New York: Oxford University Press Inc. 324p.

LANSAC-TÔHA, F. A. et al. 2000. Relatório técnico: A planície alagável do alto Rio Paraná:

Estrutura e processos ambientais. Componente biótico: Zooplâncton. UEM-

Nupélia/Peld. 113-121.

LECCI, L. S.; FROEHLICH, C. G. Ordem Plecoptera Burmeister 1839 (Arthopoda: Insecta).

In: Guia on-line: Identificação de larvas de insetos aquáticos do Estado de São Paulo.

FROEHLICH, C.G. (org.). 2008.

LOBO, E. & LEIGHTON, G. 1986. Estructuras comunitarias de las fitocenosis planctónicas

de los sistemas de desembocaduras de rios y esteros de la zona central de Chile. Rev.

Biol. Mar., Valparaíso 22(1): 1-29

MCCAFFERTY, W.P. Aquatic entomology. Boston: Ed. Jones and Bartlett Publishers, 1988.

448p.

MARQUES, M. G. S. M., FERREIRA, R.L e BARBOSA, F. A. R. A comunidade de

macroinvertebrados aquáticos e características limnológicas das Lagoas Carioca e da

Barra, Parque Estadual do Rio Doce, MG. RevistaBrasileira de Biologia, v. 59, n. 2,p.

203-210, 1999.

MERRITT, R.W.; CUMMINS, K.W.An introduction to the aquatic insects of North America.3.

ed. Dubuque, Iowa: Kendall/Hunt Publishing Company, p. 862, 1996.

MINISTÉRIO DA SAÚDE: FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 2003. Cianobactérias

tóxicas na água para consumo humano na saúde pública e processos de

remoção em água para consumo humano. Brasília:. 56 pg.

Page 171: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

171

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

NEVES, G. P. & SERAFIM-JÚNIOR, M. 2007. Zooplâncton de um trecho do Rio Laranjinha

(Bacia do Rio Paranapanema), Estado do Paraná, Brasil. Estud. Biol. 29 (67/69): 257-

268.

OLENINA, I., et al. 2006. Biovolumes and size-classes of phytoplankton in the Baltic

Sea.HELCOM Balt.Sea Environ. Proc. No. 106, 144pp.

OLIVEIRA, I. A. D.; FAVERO, S.; OLIVEIRA, A.K.M.; SOUZA, C.C. Levantamento preliminar

da entomofauna associada ao filme d’água da Baía do Bacero e Corixo do Pau Seco,

Pantanal do Negro. In: Meio Ambiente e Produção Interdisciplinar: Sociedade,

Natureza & Desenvolvimento. BRUM, E.; OLIVEIRA, A.K.M.; FAVERO, S. Campo

Grande: Ed. UNIDERP, 2006.

PEREIRA, D. L. V.; MELO, A. L.; HAMADA, N. Chaves de identificação para famílias e

gêneros de Gerromorpha e Nepomorpha (Insecta: Heteroptera) na Amazonia Central.

Neotropical Entomology, n. 36, v. 2, p. 210-228, 2007.

PINHO, L. C. Diptera. In: Guia on-line: Identificação de larvas de insetos aquáticos do

Estado de São Paulo. FROEHLICH, C.G. (org.). 2008.

PONTIN, R. M. 1978. A key to the British freshwater planktonic rotífera.Freshwater biological

association (FBA.) 38p.

PROJETO PROSAB 2006. Contribuição ao estudo da remoção cianobactérias e

microcontaminantes orgânicos por meio de técnicas tratamento de água para

consumo humano. Valter Lúcio de Pádua (coordenador). Rio de Janeiro. ABES,

Sermograf, 504p.

QUEIROZ, J. F.; TRIVINHO-STRIXINO, S.; NASCIMENTO, V. M. C. 2000. Organismos

Bentônicos Bioindicadores da Qualidade das Águas da Bacia do Médio São Francisco.

Comunicado Técnico da Embrapa Meio Ambiente, 2000.

QUEIROZ, L.A. Avaliação das condições tróficas da represa do Lobo (Itirapina-Brotas/SP)

através do estudo da comunidade de macroinvertebrados bentônicos. Dissertação-

Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente-UNIARA, Araraquara, SP,

2004.

ROQUE, F.O.; CORBI, J.; TRIVINHO-STRIXINO, S. Considerações sobre a utilização de

larvas de Chironomidae (Diptera) na avaliação da qualidade da água de córregos do

Estado de São Paulo. In: Espíndola, E.L.G. (ed.) Resumos do VI Encontro de

“Ecotoxicologia e Desenvolvimento Sustentável: perspectivas para o século XXI”, III

Reunião da SETAC Latino-americana, 575p. 2000.

Page 172: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

172

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ROSENBERG, D. M.; RESH, V. H. Introduction to freshwater biomonitoring and benthic

macroinvertebrates, p. 1-9.In: D.M. Rosenberg and V.H. Resh (eds.) Freshwater

biomonitoring and benthic macroinvertebrates. Chapman and Hall, New York. 1993.

ROJO, C.; Cobelas, M.A. & Arauzo, M. 1994. An elementary, structural analysis of river

phytoplankton.Hydrobiologia 289: 43-55

SANT’ANNA, C.L.; AZEVEDO, M.T.P.; AGUJARO, L.F.; CARVALHO, M.C.; CARVALHO,

L.R.; SOUZA, R.C.R. 2006. Manual Ilustrado para Identificação e Contagem de

Cianobactérias Planctônicas de Águas Continentais Brasileiras. Rio de Janeiro:

Ed. Interciência; São Paulo: Sociedade Brasileira de Ficologia. 58p.

SUN, J. & LIU, D. 2003. Geometric models for calculating cell biovolume and surface area

for phytoplankton. Journal of Plankton Research 25(11): 1331–1346.

SANDIN, L.; JOHNSON, R. K.The statistical power of selected indicator metrics using

macroinvertebrates for assessing acidification and eutrophication of running

waters.Hydrobiologia, v. 422/423, p. 233-243, 2000.

SHANNON, C.E.; WEAVER, W.The mathematical theory of communication.Urbana, Illinois

University Press, p. 177, 1963.

SILVA, R. M. L. Ordem Ephemeroptera (Arthropoda: Insecta). In: Guia on-line: Identificação

de larvas de insetos aquáticos do Estado de São Paulo. FROEHLICH, C.G. (org.).

2008.

SILVEIRA, M. P.; QUEIROZ, J. F.; BOEIRA, R.C. Protocolo de Coleta e Preparação de

Amostras de Macroinvertebrados Bentônicos em Riachos. Comunicado Técnico. n. 19.

Embrapa Meio Ambiente, 2004.

SOUZA, L. O. I.; COSTA, J. M.; OLDRINI, B. B. Ordem Odonata Fabricius, 1793

(Arthropoda;Insecta). In: Guia on-line: Identificação de larvas de insetos aquáticos do

Estado de São Paulo. FROEHLICH, C.G. (org.). 2008.

TELL, G. & CONFORTI, V. 1986. Euglenophyta Pigmentadas de la Argentina.Bibliotheca

Phicologica.Band 75. Berlin-Stuttgart: Ed. J. Cramer. 301p. conservation. Leiden:

Backhuys Publishers, p. 103-124.

TUNDISI, J.G. & MATSUMURA-TUNDISI, M.T. 2008.Limnologia. São Paulo: Oficina de

Textos. 631p.

TUNDISI, J. G.; TUNDISI, T. M. Limnologia. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

Page 173: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

173

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

URAMOTO, K.; WALDER, J. M. M.; ZUCCHI, R. A. Análise quantitativa e distribuição de

populações de espécies de Anastrepha (Diptera: Tephritidae) no campus Luiz de

Queiroz, Piracicaba, São Paulo. Neotropical Entomology, v. 34, n.1, p. 033-039, 2005.

WESTFALL, J.R.; M.J. ODONATA. IN: MERRIT, R.W. & CUMMINS, K.W. (orgs) An

introduction to the aquatic insects of North America. Kendall/Hunt, Dubuque, p. 126-

176. (2a ed.), 1984.

WHITE, D.; BRIGHAM, W. Aquatic Coleoptera. In R. Merritt, K. Cummins, eds. An

Introduction to the Aquatic Insects of North America. Dubuque, Iowa, USA:

Kendall/Hunt Publishing Company, p. 399-473, 1996.

Page 174: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

174

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

6.6. Responsável Técnico

Roney Aparecido Gomes Coletor de Amostras de Água Químico – Bacharelado com Atribuições Tecnológicas Pós – Graduado em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria – UFLA/MG. CRQ: 20200002 – XX Região 6.7. Anexos

ANEXO 01 – Certificados de Análises

ANEXO 02 – Anotação de Responsabilidade Técnica

Page 175: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

175

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO 01

CERTIFICADOS DE ANÁLISES

Page 176: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

176

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 177: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

177

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 178: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

178

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 179: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

179

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO 02

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Page 180: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

180

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

7. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA FLORA E

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD)

Área degradada é uma denominação recente para as praticas utilizadas em

recursos naturais. São consideradas áreas degradadas, extensões naturais que

perderam a capacidade de recuperação natural após sofrerem distúrbios. A

degradação é um processo induzido pelo homem ou por acidente natural que

diminui a atual e futura capacidade produtiva do ecossistema (MOREIRA, 2004).

Recuperação pode ser definida como retorno do sítio degradado a uma forma de

utilização produtiva e autossustentável, de acordo com um plano pré-estabelecido

para o uso o solo (IBAMA, 1990), podendo chegar ao nível de uma recuperação de

processos biológicos – sendo assim chamada "reabilitação" –, ou mesmo aproximar-

se muito da estrutura ecológica original – "restauração".

Os plantios de enriquecimento e o manejo da regeneração natural têm sido as

práticas mais recomendadas para a recuperação de fragmentos degradados e

podem ainda ser utilizadas em áreas muito degradadas (RODRIGUES &

GANDOLFI, 1996).

O objetivo central deste Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)

é acompanhar a reabilitação das áreas anteriormente impactadas, implantando as

metodologias necessárias para reestabelecer o ecossistema local.

Os objetivos específicos deste Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

(PRAD) são:

Acompanhar o desenvolvimento das mudas de espécies nativas plantadas;

Criar uma área reflorestada com espécies nativas;

Controlar possíveis processos erosivos;

Recompor o solo em áreas que se fizerem necessário; e,

Implantar medidas de restauração para avaliar a reintegração das áreas

degradadas.

Page 181: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

181

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

7.1. Material e Métodos

A PCH Santa Gabriela encontra-se em uma região de domínio do Cerrado brasileiro.

O clima da região é caracterizado como Aw, de acordo com a classificação de

Köppen, com invernos secos e verões chuvosos, e a precipitação pluvial média

anual em torno de 1.500 mm, sendo os meses de menor precipitação de junho a

agosto (MATO GROSSO DO SUL, 1990).

Este relatório refere-se à décima sexta campanha de monitoramento realizada

nos dia 20 e 21 de janeiro de 2014, consolidado com os dados das campanhas

realizadas nos dias 25 a 27 de março, 8 a 10 de julho e 29 e 30 de outubro de 2013.

Em campo, nas áreas onde já foram executadas ações corretivas, foram realizadas

vistorias aos locais onde ainda ocorre o monitoramento (áreas B) a fim de obter uma

reabilitação da vegetação local (Figura 29).

Figura 29. Mapa de localização das áreas que estão sendo recuperadas pelo PRAD da PCH Santa Gabriela.

Nos meses de novembro e dezembro de 2010 houve o plantio com a distribuição

de 22.926 mudas nativas nas áreas destinadas à recuperação (Tabela 24). Para

Page 182: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

182

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

avaliar a situação atual das plantas foi realizada medição aleatória, com trena e fita

métrica (Foto 36), das mudas distribuídas nas linhas de plantio, abrangendo setes

áreas monitoradas e verificado a presença de formigas, fungos, doenças e outros

indícios de pragas que possam prejudica o desenvolvimento. Adicionalmente foi

averiguada a situação dos poleiros artificiais implantados nas áreas B2, B3 e B7.

Tabela 24. Quantificação de mudas plantadas por área e implantação de poleiros durante o monitoramento de 2010.

ÁREA ANTIGA UTILIZAÇÃO

MUDAS IMPLANTAÇÃO DE

POLEIROS

ARTIFICIAIS

ÁREA

(HA) ESPAÇAMENTO TOTAL

B1 Alojamentos operários 21,911 3m x 3m 2.435 NÃO

B2 Borracharia/ Pátios

caminhões 28,357 3m x 3m 315 SIM

B3 Central de concreto /

Escritórios / Refeitórios 38,665 3m x 3m 429 SIM

B4 Alojamentos engenharia 0,5472 3m x 3m 608 NÃO

B5 Pátio eletromecânico 0,3432 3m x 3m 382 NÃO

B6 Pátio carpintaria 0,2698 3m x 3m 300 NÃO

B7 Bota-fora 2-3 90,937 3m x 2m 15.16 SIM

E Erosões --- --- 3.297 NÃO

TOTAL

191,472 --- 22.926

Page 183: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

183

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 36. Tomada de altura da muda durante a 16ª campanha de monitoramento da PCH Santa

Gabriela. Foto: Acervo ANAMBI, 2014.

7.2. Resultados e Discussão

7.2.1. Atividades de manutenção do PRAD

Durante as campanhas do ano de 2012 foi constatada uma maior proporção de

mortalidade na área B2 que chegou a ser de 20%. Para não haver prejuízos ao

programa de recuperação ambiental, foi realizado um enriquecimento de mudas

nesta área.

No primeiro trimestre de 2013 foi realizado, pelos funcionários da PCH Santa

Gabriela, o replantio de cerca de 2400 mudas (Tabela 25, Foto 37). Estas mudas

foram plantadas nas áreas do PRAD para substituir as mudas falhadas na área B2.

Nas áreas A4, B1 e B7 também foram constatados indivíduos falhados, porém em

uma proporção menor que não compromete o desenvolvimento do PRAD (inferior a

10%). Porém as mudas falhadas nessas áreas também foram substituídas e,

adicionalmente, foi realizado um enriquecimento e adensamento com a introdução

de novos indivíduos. O plantio foi realizado manualmente conforme demonstrado na

Foto 37, onde as fotos A e B demonstram o transporte das mudas, C e D a abertura

das covas e E e F a introdução das mudas nas covas.

Page 184: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

184

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 37. Replantio de mudas substituindo as mudas mortas e acrescentando novas mudas nas áreas em recuperação. A e B: Transporte das mudas, C e D: Preparação das covas e E e F: Replantio das mudas. Foto: Acervo BRENNAND ENERGIA, 2013.

A B

C D

E F

Page 185: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

185

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Tabela 25. Quantidade de mudas coroadas adubadas e replantadas no primeiro trimestre de 2013 nas áreas em recuperação na PCH Santa Gabriela. Áreas determinadas conforme a Figura 1 (Dados fornecidos pela Brennand Energia).

ÁREA ATIVIDADE REALIZADA

Coroamento Adubação Replantio

A1 0 0 -

A2 830 620 -

A3 1950 1030 -

A4 2700 2200 50

A5 550 320 -

A6 1400 850 -

B1 2095 1620 100

B2 2550 1950 600

B3 2750 2130 -

B4 380 312 -

B5 120 120 -

B6 150 95 -

B7 6000 5800 1650

Total 21475 17047 2400

Conforme citado nas etapas de 2012 do monitoramento, foi verificado também a

necessidade de coroamento e adubação nas áreas B1, B2, B3, B4, B5 e B6. Essa

manutenção serve para induzir um melhor desenvolvimento das mudas que ainda se

encontram suscetíveis ao abafamento e a competição com as gramíneas existentes

na área.

O trabalho de coroamento e a adubação química foram realizados nas áreas A2,

A3, A4, A5, A6, B1, B2, B3, B4, B5, B6 e B7 (Tabela 25). No total foram adubadas

17.047 (Foto 38, Tabela 25) mudas e coroadas 21.475 (Foto 39, Tabela 25),

abrangendo grande parte das mudas plantadas. Estas medidas são de suma

importância, principalmente, nas áreas mais críticas (B1, B2 e B7), bem como nas

demais áreas para manter o bom estado de recuperação e o pleno desenvolvimento

das mudas.

O coroamento e a adubação foram realizados manualmente, conforme

evidenciado nas Fotos 38 e 39, e os resultados destes procedimentos foram

considerados satisfatórios.

Page 186: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

186

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Entretanto, o efeito de inibição do crescimento de gramíneas pelo coroamento

realizado em torno das mudas termina após algum tempo, especialmente nas

épocas das chuvas, com a lixiviação do solo. O capim que cresce nos locais

coroados acaba por competir com a muda pela água do solo. Consequentemente, o

desenvolvimento da planta é afetado. Ainda, Souza-Filho et al. (2005), colocam que

gramíneas forrageiras do gênero Brachiaria possuem atividade alelopática nas

sementes e partes aéreas e que muitas vezes inibem o desenvolvimento inicial de

espécies nativas.

Por isto que uma vez realizado o coroamento, caso necessário, deve ser

reforçado. Assim, durante as etapas do monitoramento, foi avaliada a efetividade do

coroamento e a necessidade do reforço deste nas áreas afetadas conforme descrito

abaixo nas atividades de monitoramento do PRAD.

O efeito da adubação poderá ser observado com o bom desenvolvimento dos

indivíduos nas próximas campanhas, conforme já observado pelas etapas

anteriores.

Page 187: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

187

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 38. Adubação realizada nas mudas das áreas em recuperação. Fotos A e B, Acervo ANAMBI, 2013. Fotos C e D, Acervo BRENNAND ENERGIA, 2013.

A B

C D

Page 188: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

188

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 39. Mudas evidenciando o coroamento realizado nas áreas em recuperação. Fotos: A, B e C Acervo BRENNAND ENERGIA, 2013. Foto D, Acervo ANAMBI, 2013.

A B

C D

Page 189: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

189

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Adicionalmente, foi observada a ocorrência de desmatamento em uma área

vizinha a PCH, próxima à entrada da usina (Foto 40). Esta área é adjacente a um

dos pontos onde foram marcados alguns dos indivíduos para compor o banco de

germoplasma.

O desmatamento nas áreas de entorno da uma área em recuperação é prejudicial

ao completo reestabelecimento da vegetação nativa por formar ilhas de vegetação

ou diminuir o tamanho das já existentes. Segundo MacArthur e Wilson (1963) o

número de espécies em uma ilha deve se tornar mais ou menos constante com o

passar do tempo. Esta constância será o resultado de uma continua substituição de

espécies (turnover), em um ponto de equilíbrio entre taxas de extinção e imigração.

Grandes ilhas devem suportar mais espécies do que ilhas menores e o número de

espécies deve diminuir com o grau de isolamento de uma ilha. Com a diminuição da

vegetação adjacente e o distanciamento destas com as áreas em recuperação,

diminuirá a troca de sementes entre as áreas, principalmente pelo impacto aos

mamíferos e aves da região, que são importantes dispersores de sementes (REIS

2003).

Foto 40. Área adjacente a PCH Santa Gabriela onde foi constatado ações de desmatamento. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

7.2.2. Monitoramento do PRAD

Da 13ª a 16ª campanha foram avaliados em torno de 1000 mudas (Tabela 26),

por campanha. O que representam cerca de 5% do total plantado em 2010, nas

áreas B1, B2, B3, B4, B5, B6 e B7 (Tabela 26). Destas, a menor mortalidade foi

Page 190: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

190

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

observada na campanha de março, com 30 indivíduos e a maior em julho, com 51

indivíduos constatados como mortos. Na campanha de janeiro de 2014 foi

observada uma diminuição na proporção de indivíduos constatados como mortos,

em relação às campanhas anteriores, realizadas na época de estiagem (julho e

outubro), pois, alguns indivíduos foram observados em rebrota após o período de

maior pluviosidade (Foto 41).

Tabela 26. Informações sobre o plantio realizado nas áreas de recuperação, junto com os dados coletados nas campanhas de março, julho, outubro de 2013 e janeiro de 2014.

Área Plantadas Amostradas % Plantio Mortas % Amostra Media Desv

mar/13

B1 2435 180 7,39 2 1,11 1,07 0,60

B2 315 33 10,48 2 6,06 0,86 0,58

B3 429 47 10,96 3 6,38 1,97 1,39

B4 608 60 9,87 2 3,33 1,70 0,60

B5 382 39 10,21 1 2,56 2,26 0,84

B6 300 30 10,33 1 3,23 1,52 0,92

B7 15160 515 3,40 19 3,69 1,65 0,86

TOTAL 19629 904 4,61 30 3,32 1,55 0,89

jul/13

B1 2435 179 7,35 21 11,73 1,19 0,74

B2 315 52 16,51 5 9,62 0,57 0,42

B3 429 43 10,02 1 2,33 2,63 1,21

B4 608 52 8,55 0 0,00 1,77 1,29

B5 382 52 13,61 1 1,92 2,08 0,93

B6 300 78 26,00 0 0,00 1,76 0,73

B7 15160 520 3,43 31 5,96 1,88 1,05

TOTAL 19629 976 4,97 59 6,05 1,71 1,06

out/13

B1 2435 233 9,57 18 7,73 1,48 0,72

B2 315 38 12,06 4 10,53 1,19 0,59

B3 429 43 10,02 0 0,00 2,52 1,31

B4 608 67 11,02 2 2,99 2,19 1,32

B5 382 40 10,47 1 2,50 2,73 1,40

B6 300 34 11,33 0 0,00 2,38 1,38

B7 15160 617 4,07 26 4,21 1,53 0,69

TOTAL 19629 1072 5,46 51 4,76 1,66 0,91

jan/14

B1 2435 250 10,27 11 4,40 1,75 0,77

B2 315 35 11,11 3 8,57 1,05 0,56

B3 429 43 10,02 0 0,00 1,81 0,68

B4 608 62 10,20 2 3,23 2,16 0,94

B5 382 40 10,47 1 2,50 2,47 1,49

Page 191: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

191

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

B6 300 30 10,00 0 0,00 2,37 1,57

B7 15160 700 4,62 18 2,57 1,96 0,96

TOTAL 19629 1160 5,91 35 3,02 1,92 0,97

Foto 41. Muda com inicio de rebrota durante período de maior pluviosidade. Foto: Acervo ANAMBI, 2014.

Durante estas etapas de monitoramento a altura media total manteve se estável

com ligeira tendência de crescimento (Figura 30 Tabela 26). Destaque para as áreas

B1 e B2 que, apesar de serem as áreas mais criticas do monitoramento, nas duas

ultimas campanha apresentaram um aumento na altura media.

As áreas de plantio estão situadas na mesma região e estão sujeitas a condições

hídricas equivalentes. Uma vez que as condições de plantio foram aplicadas de

forma padrão, com adubação inicial e coroamento, esta diferença nas proporções de

crescimento entre as áreas pode estar relacionada às características das diferentes

espécies, de diferentes estágios sucessionais e as pequenas diferenças de

fertilidade e composição do solo das áreas em questão.

Page 192: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

192

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 30. Média (barras) e desvio padrão (linhas) da altura das mudas amostradas em cada área de recomposição vegetal, nas campanhas de A) março, B) julho, C) outubro de 2013 e D) Janeiro de 2014.

A área B1 compreende o antigo alojamento dos operários e após o término das

obras, iniciaram-se ações de recuperação com o plantio de 2.435 mudas nativas no

período da quinta campanha. No primeiro trimestre de 2013 foi realizado o

enriquecimento e a substituição de mudas falhadas, adicionando mais 100 mudas

nesta área (Tabela 26) e também adubação e coroamento (Foto 42).

Esta área vem apresentando a segunda menor altura media e as maiores

quantidades de indivíduos mortos, entretanto houve um amento na estatura dos

indivíduos entre a décima terceira campanha (1,06 ± 0,59 m) e a décima sexta (1,74

± 0,76 m) (Figura 30 Tabela 26). A mortalidade ao longo das etapas de

monitoramento desta área tem sido considerado alto e ocasionado pela competição

com as gramíneas exóticas (Foto 43 a 45).

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

B1 B2 B3 B4 B5 B6 B7 TOTAL

Altura

m

13 Campanha

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

B1 B2 B3 B4 B5 B6 B7 TOTAL

Alt

ura

m

14 Campanha

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

B1 B2 B3 B4 B5 B6 B7 TOTAL

Alt

ura m

16 Campanha

A B

C D

Page 193: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

193

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 42. A) Aspecto geral da Área B1, evidenciando o desenvolvimento da Brachiaria. B) Mudas de baixo porte evidenciando o coroamento e a presença de gramíneas no seu entorno na campanha de Março/2013 Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 43. Aspecto geral da Área B1, evidenciando o desenvolvimento das gramíneas na campanha de Julho/2013 Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

A B

Page 194: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

194

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 44. Fotos, A) Aspecto geral da Área B1, B) competição das mudas com as gramíneas, C) coroa com invasão de gramíneas e D) coroa ainda sem invasão de gramíneas na campanha de outubro/2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

A B

C D

Page 195: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

195

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 45. Fotos, A) Aspecto geral da Área B1 evidenciando a presença de gramíneas, B) resquício do coroamento realizado no inicio de 2013, C) muda com coroa totalmente invadida por gramíneas na campanha realizada em janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2014.

A área B2 compreende o antigo pátio de caminhões, onde todo material de

execução da obra foi retirado, ocorrendo o fechamento dos acessos e isolamento da

área evitando maiores impactos. Esta área recebeu inicialmente cerca de 300

mudas nativas e no primeiro trimestre de 2013 houve o enriquecimento e a

substituição de mudas falhadas, adicionando mais 600 mudas nesta área (Tabela

25), bem como a adubação e o coroamento das mudas (Foto 46).

Na área B2 o baixo desenvolvimento dos indivíduos vem sendo recorrente ao

longo do monitoramento, entretanto, assim como a área B1 a área B2 também

apresentou aumento na estatura medias dos indivíduos nas duas ultimas

campanhas (Figura 30 Tabela 26).

A B

C

Page 196: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

196

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Assim como na área B1 a área B2 têm apresentando recorrência de gramíneas

exóticas ao longo do monitoramento (Foto 47 a 49). As gramíneas exóticas

competem com as mudas de espécies nativas por recursos e podem ocasionar

efeitos alelopáticos e inibirem o crescimento de plantas de diferentes espécies

nativas (SOUZA-FILHO et al. 2005). A manutenção das áreas em restauração deve

prever o coroamento das mudas plantadas até que elas sejam capazes de

sobreviver à competição com as gramíneas (DURIGAM et. al. 2011). As áreas B1 e

B2 ainda possuem indivíduos de baixo porte e, estes, necessitam de manutenção

constante com coroamento das mudas antes (outubro a novembro) e depois (março

a abril) dos períodos de maior pluviosidade ou sempre que for observado o

crescimento excessivo de gramíneas.

Foto 46. Mudas de baixo porte na área B2 evidenciando o coroamento e a presença de gramíneas no seu entorno na campanha de Março de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 47. Gramíneas competindo com as mudas na área B2 na campanha de Julho de2013 Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Page 197: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

197

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 48. Gramíneas competindo com as mudas na área B2 na campanha de outubro de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 49. Gramíneas competindo com as mudas na área B2 na campanha de janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

A área B3 tem apresentado indivíduos com bom desenvolvimento (Foto 50)

ocorrendo indivíduos com altura media que ultrapassam os 2 m (Figura 30, Tabela

26). Também foi constatada baixa mortalidade, não sendo observados indivíduos

mortos nas ultimas duas campanhas. Foi observado que o coroamento realizado no

inicio de 2013 (Foto 51) foi bem sucedido e a coroa de alguns indivíduos ainda não

foi totalmente invadida pelas gramíneas.

Page 198: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

198

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 50. Indivíduo bem desenvolvido frutificando na área B3. Outubro/2013 Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Foto 51. Mudas que foram coroadas no primeiro trimestre de 2013 na área B3. A) e B) Julho/2013 C) e D) agosto de 2013. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

Page 199: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

199

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 52. Aspecto geral da área B3 na campanha de Janeiro de 2014. Foto: Acervo ANAMBI, 2014.

Nas áreas B4, B5 e B6 foi observado bom desenvolvimento do plantio (Foto 53 a

56) com pouca variação entre as alturas medias com tendência ao aumento nas

ultimas duas campanhas (Figura 30, Tabela 26) e poucos indivíduos falhados. O

bom desenvolvimento das mudas aumenta a resiliência da área, pois diminui o

estresse hídrico, proporciona sobreamento para o estabelecimento de espécies

secundarias e climácicas e enriquece o banco de sementes (REIS et al., 2003). O

aumento na resiliência torna a área capaz de se recuperar de flutuações internas

provocadas por distúrbios naturais ou antrópicos e assim proporciona às áreas em

recuperação a capacidade de desenvolverem-se e voltarem a um estado próximo do

natural.

Page 200: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

200

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 53. Indivíduos de grande porte na campanha de março de 2013. A) área B4; B) área B5 e C) área B6. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

A B

C

Page 201: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

201

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 54. Indivíduos de grande porte na campanha de Julho de 2013. A) área B4; B) área B5 e C) área B6. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

A B

C

Page 202: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

202

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 55. Indivíduos de grande porte na campanha de Outubro de 2013. A) área B4; B) área B5 e C) área B6. Foto: Acervo ANAMBI, 2013.

A B

C

Page 203: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

203

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 56. Indivíduos de grande porte na campanha de Janeiro de 2014. A) área B4; B) área B5 e C) área B6. Foto: Acervo ANAMBI, 2014.

A área B7 merece especial atenção por ser considerada uma área crítica, pela

dificuldade em realizar a recuperação ambiental, uma vez que é caracterizada como

uma área que foi utilizada para depósito de materiais escavados não utilizáveis.

Considerado como um local de solo exposto (Foto 57) e extremamente pobre em

nutrientes. Apesar das peculiaridades da área, os indivíduos estão em bom estado

de desenvolvimento, (Foto 58) com altura media dos indivíduos chegando a de 1,95

± 0,95 m na campanha de janeiro de 2014 (Figura 30) e taxas de mortalidades

inferiores a 6% (Tabela 26). No primeiro trimestre de 2013 foi realizado um replantio

para o enriquecimento e a substituição de mudas falhadas adicionando mais 1650

novas mudas.

Durante as ultimas campanha tem sido observado uma menor proporção de solo

exposto com o crescimento de gramíneas na área (Foto 59). O crescimento destas

A B

C

Page 204: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

204

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

gramíneas auxilia na retenção dos processos erosivos que carreiam nutrientes do

solo. Entretanto, o aumento excessivo pode ocasionar competição entre as

gramíneas e as mudas de baixo porte. Alguns indivíduos ainda possuem efeito do

coroamento realizado no primeiro trimestre de 2013 (Foto 60). Porém, para alguns,

este coroamento já perdeu efeito e as gramíneas competem com as mudas (Foto

60).

Foto 57. A) Solo arenoso exposto na área B7. A) Março/2013; B) Julho/2013; C) Outubro/2013 e D) Janeiro/2014 Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

A B

C D

Page 205: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

205

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 58. Indivíduos bem desenvolvidos na área B7. A) Março/2013; B) Julho/2013; C) Outubro/2013 e D) Janeiro/2014 Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

A B

C D

Page 206: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

206

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 59. A) Solo coberto por gramíneas na área B7. A) Julho/2013; B); Outubro/2013 e C) Janeiro/2014 Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

A B

D

Page 207: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

207

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 60. Indivíduos de baixo porte na área B7. A) com coroamento, Julho/2013; B) sem coroamento, Julho de 2013; C) com coroamento, Outubro/2013; D) sem coroamento, Outubro/2013; E) com coroamento, Janeiro/2014 e F) sem coroamento, janeiro/2014.

Na Foto 61 é possível observar as peculiaridades da área B7, que compreende o

bota fora 2-3. Na ilustração é possível observar regiões que ainda possuem solo

exposto e outros onde as mudas estão bem desenvolvidas.

B A

C D

E F

Page 208: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

208

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 61. Foto aérea da área B7 evidenciando o estado de desenvolvimento das mudas nativas plantadas no local. Foto: Acervo Brennand Energia, 2013.

De modo geral, as espécies apresentam bom aspecto fitossanitário e vigor nas

áreas monitoradas. Apenas alguns indivíduos foram observados com presença de

galhas ou predação por insetos (Foto 62), mas em baixa quantidade em relação ao

total observado, não prejudicando o plantio como um todo.

Page 209: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

209

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 62. Exemplo de indivíduos com a presença de galhas observados nas áreas de plantio. A) Março/2013; B) Julho/2013; C) Outubro/2013 e D) Janeiro/2014 Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

Nas três áreas em que foram implantados os poleiros artificiais, foram

encontrados poleiros em pé e em boas condições. Também foram observadas

árvores de grande porte seca nas áreas de plantio funcionando como poleiro (Foto

63). Pelo menos 50% das espécies vegetais arbóreas do cerrado são dispersas por

zoocoria (SILVA-JÚNIOR 1984). Um dos possíveis primeiros passos para a

sucessão vegetal, com o objetivo de revegetar áreas degradadas ou alteradas por

ações antrópicas, é utilizar poleiros artificiais como foco de recrutamento de

sementes. A dispersão das sementes inicia o processo de sucessão vegetal

(WOLFE 1993). A deposição de sementes por aves influencia a vegetação e

reciprocamente, a presença de focos de recrutamento na vegetação pode influenciar

os padrões de distribuição das aves que dispersam sementes.

A B

C D

Page 210: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

210

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 63. Exemplo de poleiro naturais e artificiais observado nas áreas de plantio. Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

Nas áreas B3, B4, B5 e B7 foram observados indivíduos em estagio reprodutivo

(Foto 64). Isto evidencia o bom estado das espécies do plantio e contribui com a

formação e enriquecimento, direta ou indiretamente, do banco de sementes (REIS et

al., 2003). Diretamente pelas próprias sementes produzidas e indiretamente por

oferecer abrigo e alimento para a fauna local que pode transportar sementes de

espécies nativas adjacentes (REIS et al., 2003). O banco de sementes é um

componente de extrema importância na conservação de populações de plantas

(GARWOOD, 1989), participando dos processos ecológicos, como o

restabelecimento de comunidades após distúrbios e a manutenção da diversidade

de espécies, entre outros (GARWOOD, 1989).

Page 211: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

211

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 64. Espécies em estado reprodutivo nas áreas monitoradas do PRAD. A) Bauhinia longifolia, B) Anadenanthera falcatra, C) Bixa orelana D) Anadenanthera macrocarpa. E) Xylopia aromatica e F) Schinus terebinthifolia Foto: Acervo ANAMBI, 2013/2014.

A B

C D

E F

Page 212: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

212

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

7.3. Considerações Finais

A ocorrência de desmatamentos próximos à área da PCH pode afetar

negativamente o PRAD, pois diminuirá a complexidade ambiental e,

consequentemente, a riqueza e abundância, tanto de espécies vegetais como de

animais, responsáveis pela dispersão de sementes. Entretanto, por se tratar de

áreas não monitoradas por este programa não é possível avaliar esse impacto.

As taxas de mortalidade em torno de 10% ocorridas para as áreas de

amostragens podem ser consideradas baixas e normais (SANO & FONSECA, 2003).

A alta taxa de sobrevivência em áreas onde ocorre competição com gramíneas são

associadas aos tratos culturais como coroamento, controle de formigas e adubação

(FONSECA et al., 2001). Assim, as mudas observadas mortas durante as campanha

se devem a indivíduos mais suscetíveis a competição com as gramíneas e a falta de

água ocorrida com período de estiagem.

As ações de replantio na área B2, coroamento e adubação nas áreas B1, B2, B3,

B4, B5 e B6 atenderam de maneira satisfatória o recomendado durante os

monitoramentos anteriores (Dezembro de 2012), chegando a extrapolar o

recomendado anteriormente com o replantio de mudas nas áreas B1, B7 e A4 e o

coroamento e adubação nas áreas A2, A3, A4, A5, A6 e B7.

Este replantio refletiu positivamente nos resultados das campanhas de

monitoramento, onde foram observados poucos indivíduos mortos. Sendo assim, é

esperado que o Programa de Monitoramento de Áreas Degradadas da PCH Santa

Gabriela continue obtendo bons resultados com relação à baixa mortandade de

espécies, visto que, o replantio foi além do que o recomendado.

A realização da adubação e do coroamento no primeiro trimestre de 2013

favoreceu o desenvolvimento das novas mudas, tanto das com baixo porte como as

já bem estabelecidas. Entretanto, em algumas áreas o coroamento perdeu efeito ao

longo do ano e necessita ser realizado novamente, para as mudas de baixo porte,

Page 213: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

213

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

como no caso da área B7. Nessa área apesar das gramíneas dificultarem a

formação dos processos erosivos, estas, competem com as mudas do plantio.

As áreas B1 e B2 continuam com as menores alturas médias e as maiores taxas

de mortalidade. Assim, faz-se necessário um maior esforço de manutenção nestas

áreas. O coroamento deve ser frequente e antes do período de maior pluviosidade

(outubro a novembro), evitando, assim, o rápido avanço das gramíneas no período

de chuva e a competição com as gramíneas no período de estiagem. A manutenção

das áreas em restauração deve prever, no mínimo, o coroamento das mudas do

plantio até que elas sejam capazes de sobreviver à competição com as gramíneas,

quando tiverem ultrapassado a altura do capim.

Em nenhuma etapa do monitoramento foram registradas pragas ou doenças

sobre os plantios na PCH Santa Gabriela, em quantidade que possa comprometer o

plantio.

De modo geral, as áreas monitoradas vêm apresentando mudas em

desenvolvimento com bom aspecto fitossanitário e vigor. A altura media tem

apresentado tendências de aumento e em algumas áreas a media de altura

ultrapassam os dois metros.

Page 214: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

214

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

7.4. Referências Bibliográficas

CLARK, J. S., B. BECKAGE, P. CAMILL, B. CLEVELAND, J. HILLERISLAMBERS, J.

LICHTER, J. MCLACHLAN, J. MOHAN; P. WYCOFF. 1999. Interpreting recruitment

limitation in forests. American Journal of Botany 86: 1-16.

IBAMA, 1990. Manual de Recuperação de áreas degradadas pela mineração. Brasília,

IBAMA, 96p.

FENNER, M 1985. Seed Ecology. New York, Chapman e Hall. 151p.

FONSECA, F., 1989. Os efeitos da mineração sobre o meio ambiente. In: Brasil Mineral –

Especial: Meio Ambiente. p 74-80.

GUEDES, M. C; V. A MELO; J. J GRIFFITH. 1997. Uso de poleiros artificiais e ilhas de

vegetação por aves dispersoras de sementes. Ararajuba, v. 5, n. 2, p. 229-232.

HARPER, J. L. The population biology of plants. London: Academic Press, 1977. 892p.

HARPER, J. L., 1987. The heuristic value of ecological restoration. In: Jordan III, W.R.;

Gilpin, M.E.; Aber, J.D. (Ed) Restoration ecology – A synthetic approach to ecological

research. Cambridge: University Press, p. 35-45.

KAGEYAMA, P. GANDARA, F. B., 2004. Recuperação de áreas ciliares. In: Matas ciliares:

conservação e recuperação. Ricardo Ribeiro Rodrigues, Hemógenes de Freitas Leitão

Filho (Eds.). São Paulo: Edusp, FAPESP, p. 249-269.

JORDANO, P.; GODOY, J. A. Frugivore-generated Seed Shadows: a landscape view of

demographic and genetic effects. In: LEVEY, D. J. Seed dispersal and frugivory. New

York: CABI Publishing, 2002. Cap. 20, p. 305-322.

JORDANO, P.; GALETTI, M.; PIZO, M. A; SILVA, W. R., 2006. Ligando a dispersão de

sementes à biologia da conservação, Pp. 411-436. in: Duarte, C (ed.) Biologia da

Conservação: Essências. Editorial Rima, São Paulo.

REIS, A; BECCHARA, F. C.; ESPINDOLA, M. B.; VIEIRA, N. K.; SOUZA, L. L., 2003.

Restauração de áreas degradadas: a nucleação como base para incrementar os

processos sucessionais. Natureza & Conservação, 1(1): 28-36.

SILVA, W. R., 2003. A importância das interações planta-animal nos processos de

restauração. in: KAGEYAMA, PY; OLIVEIRA, R. E.; MORAES, L. F. D.; ENGEL, V. L.;

GANDARA, F. B. (orgs.). Pp. 77-90. Restauração ecológica de ecossistemas naturais.

Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais – FEPAF, Botucatu. 340 pp.

MACHADO, E. L. M.; GONZAGA, A. P. D.; MACEDO, R. L. G.; VENTURIN, N.; GOMES, J.

E. 2006. Importância da avifauna em programas de recuperação de áreas degradadas.

Revista científica eletrônica de engenharia florestal, ano IV, n. 7.

MATO GROSSO DO SUL, 1990. Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral. Atlas

multirreferencial. Mapas. 28p.

MIRITI,M. N. 1998. Regeneração florestal em pastagens abandonadas na Amazônia central:

competição, predação e dispersão de sementes. In: (Ed.) GASCON, C., MOUTINHO,

P. Floresta Amazônica: dinâmica, regeneração e manejo. Manaus, pp.179-190.

Page 215: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

215

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

SOUZA FILHO, A. P. S.; PEREIRA, A. A. G.; BAYMA, J. C., 2005. Aleloquímico produzido

pela gramínea forrageira Brachiaria humidicola. Planta Daninha, 23(1): 25-32.

TRÊS, D. R., 2006. Tendências da restauração ecológica baseada na nucleação. In:

MARIATH, J. E. A.; SANTOS, R. P. (Eds). Os avanços da botânica no início do século

XXI: morfologia, fisiologia, taxonomia, ecologia, e genética: conferências plenárias e

Simpósios do 57º Congresso Nacional de Botânica. Sociedade Botânica do Brasil,

Porto Alegre, Brasil, p. 404-408.

TURNBULL, L. A.; M. J. CRAWLEY; M. REES. 2000. Are plant populations seed-limited? A

review of seed sowing experiments. Oikos 88: 225-238.

7.5. Responsável técnico:

Eder Afonso Doná

Biólogo, M.Sc. Ecologia e Conservação.

CRBio-1:082214/01-D

CTF: 2517698

7.6. Anexos

Anexo I - Anotação de Responsabilidade Técnica

Anexo II - Cadastro Técnico Federal Certificado de Regularidade

Page 216: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

216

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO I

Anotação de Responsabilidade Técnica

Page 217: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

217

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

ANEXO II

Cadastro Técnico Federal Certificado de Regularidade

Page 218: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

218

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

8. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

8.1. Apresentação e Justificativas

“Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”

(Art.1°Lei 9.795,1999).

Cabe à educação ambiental, como processo político e pedagógico, formar para o

exercício da cidadania, desenvolvendo conhecimento interdisciplinar baseado em

uma visão integrada de mundo. Tal formação permite que cada indivíduo investigue,

reflita e aja sobre efeitos e causas dos problemas ambientais que afetam a

qualidade de vida e a saúde da população. Nesse sentido os vínculos entre as

organizações da sociedade civil e os órgãos públicos devem ser fortalecidos. Para

alcançar esses objetivos a educação ambiental proposta neste programa tem como

estratégia atuar com as gerações futuras (crianças e adolescentes), como agentes

multiplicadores de conhecimentos e valores sociais, incutindo hábitos de

preservação, alterando a relação de convivência com o meio ambiente, de seus

familiares, vizinhos e amigos. A escola é o espaço privilegiado para a iniciativa da

Educação ambiental, partindo dela para toda a comunidade através de trabalhos em

parceria com educadores e alunos.

A Comunicação Social desempenha papel fundamental, sendo um instrumento

integrado ao programa de educação ambiental, criando um canal de comunicação

entre o empreendedor, o poder público, população e grupos de interesse, garantindo

assim a compreensão do empreendimento em todas as suas fases, identificando

demandas e expectativas locais.

Buscar a sensibilização e participação da comunidade que vive nas proximidades

de áreas recuperadas ou de preservação faz parte da comunicação social, através

de material informativo e educativo, orientando atitudes de preservação e

estimulando denuncias às práticas ilegais.

Page 219: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

219

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Orientar e informar os profissionais que atuam na operação do empreendimento

para que desempenhem as suas funções causando o mínimo de dano ambiental

possível, estimulando práticas de recuperação e preservação e também sua

participação nos programas de educação ambiental e comunicação social perante a

população local, sendo mais um agente multiplicador da importância da preservação

do meio ambiente.

8.2. Objetivos

Este programa tem como objetivo promover a educação ambiental e comunicação

social nos municípios atingidos pela PCH Santa Gabriela, na fase de operação,

contribuindo para a melhoria das condições do meio ambiente na área de influência

direta e na indireta. Para tanto está sendo desenvolvida parceria com a Secretaria

de Educação e a Direção das Escolas Municipais e Estaduais, buscando atingir uma

parcela da população que será multiplicadora de condutas de preservação e

fiscalização do ambiente. Conscientizar a população através de informativos da

necessidade de se preservar o meio ambiente, alterando a relação entre a

população e a natureza nos municípios atingidos pelo empreendimento.

8.3. Metas

Colaborar e enriquecer os trabalhos realizados pela Secretaria Municipal de

Educação dos Municípios próximos ao empreendimento com relação à educação

ambiental preservação e valorização do ambiente local, estabelecendo parcerias,

participando das atividades previstas e propondo novas atividades para a

comunidade escolar;

Informar toda população próxima ao empreendimento sobre as ações realizadas

para conservação, preservação e recuperação das áreas impactadas, prestando

conta dos trabalhos e orientando sobre o uso do entorno do empreendimento

através de informativos.

Page 220: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

220

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

8.4. Atividades do Programa de Educação Ambiental

8.4.1. Levantamento de dados e Diagnósticos.

O município de Sonora-MS possui uma população de 15.239 habitantes (Censo

2011), conta com 6 unidades de pré-escola, 5 escolas de ensino fundamental

municipal e 1 escola estadual de ensino médio, são mais de 3400 alunos da rede

pública.

O município de Itiquira-MT possui uma população de 12.109 habitantes (Censo,

2010), conta com 5 escolas municipais, sendo 02 em áreas rurais com 2.100 alunos

do ensino básico e 2 escolas estaduais com 1.200 alunos do ensino médio. O

município possui um distrito que fica aproximadamente 130 km da cidade chamado

Ouro Branco, praticamente 50% dos alunos da rede estão nessa região.

8.4.2. Visitas à Gerência Municipal de Educação da cidade de Sonora – MS e

Secretaria Municipal de Educação de Itiquira-MT.

Com o objetivo de dar continuidade as atividades do Programa de Educação

Ambiental e Comunicação Social da PCH Santa Gabriela nos municípios do entorno

do empreendimento foram realizadas no dia 03/12/2013 visitas a Gerência Municipal

de Educação de Sonora-MS (Foto 65) e a Secretaria Municipal de Educação de

Itiquira-MT(Foto 66) para levantamento de sugestões de atividades e agendamento

de Palestra com professores, coordenadores de educação e toda comunidade local.

Durante a visita a Pedagoga Jaqueline Corrêa Gama - Anambi - Análise

Ambiental convidou a todos para participar das Palestras realizadas nos dias 19 e 20

de dezembro nos dois municípios, com o tema “PCH Santa Gabriela e

Sustentabilidade” com o objetivo de apresentar atividades realizadas com relação

ao empreendimento e estabelecer um cronograma de parcerias e atividades para o

Programa de Educação Ambiental com toda comunidade local, especialmente com

educadores e alunos das redes de ensino dos municipios.

Page 221: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

221

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 65 – Visita a Gerencia Municipal de Educação, Cultura e Lazer de Sonora-MS Com

Coordenadoras de Educação - Foto: Acervo: ANAMBI 2013.

Foto 66 – Visita a Secretaria Municipal de Educação de itiquira-MT, com a Secretária de Educação

Sra. Jane Gobbi - Foto: Acervo: ANAMBI 2013.

Foram realizadas visitas em escolas, Câmaras de Vereadores, entidades e empresas

locais e distribuído convites para toda comunidade dos municípios de Itiquira/MT e

Sonora/MS para participarem das palestras realizadas nos dias 19 e 20/12/2013.

Page 222: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

222

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

8.4.3. Palestra “PCH Santa Gabriela e Sustentabilidade”

8.4.3.1. Município de Itiquira-MT – Data 19/12/2013.

O evento teve inicio às 17h com a participação de diversos segmentos da

sociedade, etavam presentes a secretária de Educação do Municipio, Sra. Jane

Gobbi, vereadores Afonso Rodrigues Aragão, Ademir Dal Berti, Alcides A. Campos

Ferreira (Cido do Roberto), representantes da Associação dos Artesões de Itiquira,

estudantes e comunidade em geral (Fotos 67, a 7).

Durantes a Palestra foram tratados os seguintes temas (Anexo III):

Pequenas Centrais Elétricas, Energia no Brasil, Energias renováveis,

Energia Limpa, Sustentabilidade;

Monitoramento Ambiental e Programas Realizados na PCH Santa

Gabriela;

Programa de Educação Ambiental e ações realizadas com as

comunidades.

Foto 67. Sr. Geraldo A. Silva da Anambi fazendo a Abertura da Palestra com apresentação da PCH Santa Gabriela. Foto: Acervo: ANAMBI 2013.

Page 223: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

223

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 68. Engenheiro Thiago Duarte apresentando os Programas Ambientais Realizados na PCH Santa Gabriela. Foto: Acervo: ANAMBI 2013.

Foto 69. Durante apresentação foram distribuídos Folder informativo com conteúdo de Educação Ambiental e Conscientização Social. Foto: Acervo: ANAMBI 2013.

Page 224: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

224

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 70. Pedagoga Jaqueline C. Gama apresentando o Programa de Educação Ambiental e Ações realizadas no Municipio. Foto: Acervo: ANAMBI 2013

Ao final das apresentações os presentes tiveram a oportunidade de esclarecer

dúvidas sobre os programas apresentados, questões ambientais e operação do

empreendimento, bem como discutir e avaliar os impactos ambientais negativos e

positivos da instalação de pequenas centrais hidrelétricas comparadas com outras

fontes de geração de energia.

Foram distribuídos folders e camisetas a todos os participantes e um coffee Break

de encerramento.

8.4.3.2. Município de Sonora-MS – Data 20/12/2013.

O evento teve inicio às 17h com a participação de diversos segmentos da

sociedade, etavam presentes professores do Colégio Lorenzo Giobbi,

coordenadores de educação das escolas municipais, empresários, estudantes e

comunidade em geral (Fotos 71 a 74).

Durantes a Palestra foram tratados os seguintes temas (Anexo III):

Pequenas Centrais Elétricas, Energia no Brasil, Energias renováveis,

Energia Limpa, Sustentabilidade;

Page 225: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

225

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Monitoramento Ambiental e Programas Realizados na PCH Santa

Gabriela;

Programa de Educação Ambiental e ações realizadas com as

comunidades.

Foto 71. Abertura da Palestra com apresentação da PCH Santa Gabriela. Foto: Acervo: ANAMBI 2013.

Foto 72. Engenheiro Thiago Duarte apresentando os Programas Ambientais Realizados na PCH Santa Gabriela. Foto: Acervo: ANAMBI 2013.

Page 226: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

226

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foto 73. Pedagoga Jaqueline C. Gama apresentando o Programa de Educação Ambiental e Ações realizadas no Municipio. Foto: Acervo: ANAMBI 2013

Foto 74. Durante apresentação foram distribuídos Folder informativo com conteúdo de Educação Ambiental e Conscientização Social. Foto: Acervo: ANAMBI 2013

Ao final das apresentações os presentes tiveram a oportunidade de esclarecer

dúvidas sobre os programas apresentados, questões ambientais e operação do

empreendimento, bem como discutir e avaliar os impactos ambientais negativos e

positivos da instalação de pequenas centrais hidrelétricas comparadas com outras

fontes de geração de energia.

Page 227: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

227

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Foram distribuídos Folders e camisetas a todos os participantes e um coffee

Break de encerramento.

8.5. Atividades do Programa de Comunicação Social

Para a realização das atividades foram criados e confeccionados os seguintes

materiais:

Folder informativo de conscientização ambiental, tratando dos programas de

monitoramento ambiental realizados na operação da PCH Santa Gabriela

(Figura 1 e 2).

Convites que foram distribuídos em toda comunidade local (Figura 3).

Camisetas com temas abordados e distribuídos durante o evento (Figura 4).

Page 228: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

228

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 31. Folder Informativo e Educativo frente.

Page 229: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

229

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 32. Folder Informativo e Educativo - Verso

Page 230: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

230

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 33. Convites Palestras Itiquira/MT e Sonora/MS

.

Page 231: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

231

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Figura 34.. Camisetas distribuídas durante o evento

8.6. Considerações finais

O evento propiciou a oportunidade de comunicação entre os responsáveis pelo

Programa de Educação Ambiental e Preservação da PCH Santa Gabriela com as

comunidades dos municípios do entorno do empreendimento, no sentido de informar

as ações realizadas pela PCH Santa Gabriela e de juntos desenvolverem parcerias

para atividades e programas de Educação Ambiental e Conscientização Social, bem

como fomentar o desenvolvimento sustentável das comunidades formando novos

agentes multiplicadores de conhecimento e valores sociais, incutindo hábitos de

preservação, consumo consciente e responsabilidade social.

O número de participantes nos dois municipios chegou a 42 participantes (Anexo I

e II), sendo representantes públicos, estudantes e comunidade em geral,

demonstrando o grande potencial multiplicador que ações educativas voltadas às

atividades de proteção e melhoria sócioambiental encontram em toda sociedade.

Page 232: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

232

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

8.7. Referências Bibliográficas

ALMEIDA, L.F.R de, BICUDO, R. H., BORGES, L. A. Educação pedagógica

ambiental em praça pública: relato e experiência com oficinas pedagógicas. Revista

Ciência e Educação, v. 10, n.1, p.121-131, 2004.

ECOLOGY BRASIL – Ecology and Environment do Brasil; PBA – PCH Santa

Gabriela, 2004.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - http://www.ibge.gov.br,

acessado em 10 de dezembro de 2013.

LEI 9.795, de 27 de abril de 1999. -

www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9795.htm, acessado em 16 de março de 2010.

LICENÇA DE OPERAÇÃO N° 865/2009

PEDRINI, A.G. (org.) Metodologias em Educação Ambiental. Elmo Rodrigues

da Silva.(et al.) - Petrópolis,RJ: Vozes, 2007.

PELICIONI, M. C. F. Fundamentos da Educação Ambiental. In: Curso de Gestão

Ambiental. Arlindo Philippi Jr., Marcelo Andrade Romério, Gilda Collet Bruna,

editores – Barueri, SP. Coleção Ambiental. Manole, 2004.

SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos, Rima, 2002.

BRANCO,S.M. Energia e Meio Ambiente. São Paulo: Moderna, 1990.

Processo Formador em Educação Ambiental a Distância, mód. 2, 3 Ministério

Da Educação, Sec. de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2009.

Page 233: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

233

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

8.8. Responsável Técnico

Jaqueline Corrêa Gama Pedagoga / UFMS CTF: 4972552 - IBAMA

8.9. Anexos

Anexo I – Lista de Presença dos Participantes Cidade de Itiquira/MT

Anexo II – Lista de Presença dos Participantes Cidade de Sonora/MS

Anexo III – Slide Apresentação Palestra “PCH Santa Gabriela e Sustentabilidade”

Page 234: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

234

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Anexo I – Lista de Presença dos Participantes Cidade de Itiquira/MT

Page 235: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

235

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 236: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

236

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 237: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

237

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Anexo II – Lista de Presença dos Participantes Cidade de Sonora/MS

Page 238: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

238

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 239: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

239

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Anexo III – Slide Apresentação Palestra “PCH Santa Gabriela e

Sustentabilidade”

Page 240: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

240

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 241: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

241

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 242: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

242

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 243: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

243

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 244: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

244

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 245: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

245

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 246: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

246

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 247: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

247

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 248: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

248

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 249: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

249

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

Page 250: Monitoramento Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGENE/COHID/PCH/PCH... · 6 Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014

250

Monitoramento Ambiental – PCH Santa Gabriela Março/2014