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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA POLO DE ENSINO A DISTÂNCIA - GUAMARÉ ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DA SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO IRISMARQUEKS ALVES PEREIRA A CIDADANIA, DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA: ENSINO DA SOCIOLOGIA NO 2º DO ANO DO ENSINO MÉDIO. (ESCOLA ESTADUAL SENADOR JESSÉ PINTO FREIRE - PARAZINHO/RN) GUANARÉ/RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

POLO DE ENSINO A DISTÂNCIA - GUAMARÉ

ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DA SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO

IRISMARQUEKS ALVES PEREIRA

A CIDADANIA, DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA: ENSINO DA

SOCIOLOGIA NO 2º DO ANO DO ENSINO MÉDIO.

(ESCOLA ESTADUAL SENADOR JESSÉ PINTO FREIRE - PARAZINHO/RN)

GUANARÉ/RN

2016

IRISMARQUEKS ALVES PEREIRA

A CIDADANIA, DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA: ENSINO DA

SOCIOLOGIA NO 2º DO ANO DO ENSINO MÉDIO.

(ESCOLA ESTADUAL SENADOR JESSÉ PINTO FREIRE - PARAZINHO/RN)

Plano de Ensino Anual para a disciplina Sociologia no

Ensino Médio apresentado à Coordenação do Curso de

Especialização em Ensino de Sociologia no Ensino Médio

da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),

como requisito parcial para obtenção do título de

Especialista em Ensino de Sociologia no Ensino Médio.

Orientador: Cesar Sanson

GUAMARÉ/RN

2016

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 04-06

2 JUSTIFICATIVA PARA O ESTUDO DO EIXO TEMÁTICO .................................... 07

3 METODOLOGIA DA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE ENSINO ANUAL PARA A

DISCIPLINA SOCIOLOGIA NO 1° ANO DO ENSINO MÉDIO ................................... 08

4 OBJETIVOS GERAIS DO PLANO ANUAL DE ENSINO ........................................... 09

5 DETALHAMENTO DO PLANO ANUAL DE ENSINO ............................................... 10

5.1 Identificação ....................................................................................................................... 10

5.2 Detalhamento das Unidades Didáticas ............................................................................... 10

5.2.1 Unidade I (1° Bimestre) ............................................................................................ 10-15

5.2.2 Unidade II (2° Bimestre) .......................................................................................... 16-23

5.2.3 Unidade III (3° Bimestre) ........................................................................................ 23-36

5.2.4 Unidade IV (4° Bimestre) ......................................................................................... 37-42

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 45

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 46-47

ANEXOS ................................................................................................................................ 48

1 INTRODUÇÃO

A sociologia desde o seu surgimento no século XIX, quando aparece como campo

científico do conhecimento para análise crítica das relações sociais e suas contradições,

passou por algumas interrupções drásticas, sobretudo no currículo escolar no Brasil. A

primeira interrupção foi pela ¹Reforma Epitácio Pessoa em 1901, e só volta ao ensino médio

por outra Reforma, a Rocha Vaz. Outras reformas, no Estado Novo com a Reforma Capanema

e período do regime militar dos anos 60 até o final dos anos 80 influenciaram

descontinuidades da disciplina.

Vale salientar que A LDB n.° 9.394/96 estabeleceu conteúdos de sociologia no Ensino

Médio com finalidade de fomentar a construção da cidadania dos educandos. Porém, somente

a partir do parecer CNE n.° 38/2006 torna-se obrigatório a implementação da sociologia em

todo o Ensino Médio em âmbito nacional.

Já no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, vetou

integralmente projeto de lei aprovado pela Câmara e pelo Senado que tornava obrigatórias

aulas de filosofia e de sociologia no ensino médio. Na época o ²Ministério da Educação

justificou insanamente: "Assim, o projeto de inclusão da filosofia e da sociologia como

disciplinas obrigatórias no currículo do ensino médio implicará ônus para os Estados,

pressupondo a necessidade da criação de cargos para a contratação de professores de tais

disciplinas, com o agravante de que não há no país formação suficiente de tais profissionais

para atender à demanda". Sua interrupção no currículo só cessa em 2008 com o governo do

presidente Lula.

E mais recentemente com a aprovação da Medida Provisória 746/2016 que trata da

reforma do Ensino Médio através de um processo que interrompe a dura conquista do ensino

médio como educação básica universal. É evidente a intencionalidade de ajustar a educação às

demandas do mercado. Sobretudo quando a grande maioria de jovens e adultos do ensino

médio que frequentam a escola pública são da classe trabalhadora. O enfoque da reforma está

na descontinuidade da sociologia, filosofia e outros componentes curriculares que estimulam

o raciocínio crítico. As que permanecem estão a serviço do trabalho e do mercado como

sempre foi presente no ensino tecnicista.

Nessa perspectiva, com as mudanças sociais, de pensamento e de estrutura econômica,

em um contexto que sempre caminha na direção de novas mudanças, os contextos sociais e

suas implicações na vida das pessoas sempre foi e será assunto da sociologia desde o seu

surgimento como ciência investigativa. Por isso, as questões sociológicas entorno do debate

sobre a educação, das relações sociais são importantes para fortalecer o ensino da sociologia

nas escolas, como uma ferramenta que questione o porquê das coisas, para rever verdades pré-

estabelecidas, com o objetivo de quebrar paradigmas e participar da produção de

conhecimento crítico na escola do país.

O estudo das Ciências Sociais no Ensino Médio brasileiro tem entre seus objetivos

inserir os estudantes nas principais questões conceituais e metodológicas da disciplina de

Sociologia, sendo sustentada num tripé de base: sociológica, antropológica e Política.

A relação didático-pedagógico no ensino é o que norteia o ensino-aprendizagem na

educação compreendendo todos os componentes curriculares. O conhecimento sociológico

sistematizado, por sua vez possibilita que entre indivíduo e sociedade, a partir da influências

da ações humanas sobre os processos sociais de aprendizagem, permita ao educando construir

uma postura mais reflexiva e crítica diante da realidade social em que está inserido. E assim,

compreender melhor a dinâmica da sociedade em que vive, atuante e com postura política

capaz de transformar sua realidade através do exercício da cidadania.

O Curso de Especialização em Ensino da Sociologia para o Ensino Médio ofertado

pela Secretaria de Educação a Distância da UFRN, tem como objetivo a qualificação dos

professores ativos das redes públicas de ensino estadual para a análise das questões sociais,

políticas e culturais contemporâneas.

Os conteúdos abordados durante o curso se mostraram apropriados para desenvolver a

formação sociológica, em especial aquelas atreladas nos atuais marcos legais para oferta do

ensino médio, substanciados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº.

9394/96), art. 35; e no referencial do Curso de especialização em ensino de sociologia: nível

médio: módulo 1, 2 e 3. - Cuiabá, MT: Central de Texto, 2013. Dentre as áreas selecionadas

destaca-se:

Introdução ao AVA

Memória e Formação Docente

Memória e Prática Docente

História da Sociologia

Cultura e identidade

Estrutura e mudanças sociais

Participação política e cidadania

Espaço escolar

Ensino de Sociologia: conteúdos e metodologias.

Ente os bônus dessa formação contamos com a qualificação do professor que ministra

a disciplina de sociologia no ensino médio, atualizando sua formação teórica e metodológica,

além do estímulo à reflexão da prática pedagógica sobre as perspectivas do ensino da

sociologia no ensino médio; e, a atualização dos estudos sociológicos das sociedades

contemporâneas e em particular da sociedade brasileira, com ênfase na situação da juventude

e suas perspectivas.

É importante salientar a transposição didática dos referenciais curriculares nacionais,

principalmente no ensino de sociologia no ensino médio com o intuito de promover ações de

interlocução e qualificação da prática cotidiana das atividades capacitando o professor para o

trabalho, melhorando a qualidade dos projetos pedagógicos na escola na qual leciona, assim

como os projetos pedagógicos da disciplina de sociologia no ensino médio.

Portanto, vale destacar a preocupação de elencar neste plano de ensino o que está

previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do ensino médio (2010), estão

presentes importantes competências básicas para o ensino da sociologia, entre elas: a

investigação, descrição, identificação, explicação e classificação de todos os fenômenos

relacionados à vida em sociedade e que instigue nos alunos a consciência de que os

fenômenos sociais podem e devem ser investigados e compreendidos através dos debates e

problematizarão realizadas pela sociologia.

O plano de ensino está estruturado com base no eixo temático que enfatiza a

cidadania, a democracia e participação política no ensino da sociologia. Em um recorte

especifico é aplicado na turma de 1º do ano do ensino médio na Escola Estadual Senador

Jessé Pinto Freire em Parazinho/RN.

No plano está presente a justificativa para a escolha do eixo temático, metodologia,

objetivos e detalhamento das unidades didáticas de ensino para cada bimestre durante o ano

letivo.

2 JUSTIFICATIVA PARA O ESTUDO DO EIXO TEMÁTICO

Na perspectiva de enfatizar a cidadania, a democracia e participação política como

eixo estratégico no ensino da sociologia tem como objetivo compreender as diferentes

manifestações culturais e segmentos sociais, preservando como direito, a diversidade nas

dimensões estética, política e ética em função da superação de conflitos e debates de interesse

da sociologia. A temática em questão visa construir uma visão de identidade social e política,

de modo a viabilizar o exercício da cidadania e a visão crítica como elemento constituinte.

Sobretudo, no ensino médio onde os novos alunos que ingressarão nos bancos

universitários, sejam dotados de força política e capacidade de transformar a sociedade além

de construir instrumentos para uma melhor compreensão do seu papel social.

É importante destacar que o estudo do eixo temático contribui para a produção de

novos discursos sobre a realidade social, dentro das problematizações e reflexões realizadas.

Inclui também o desenvolvimento de competências e habilidades para identificar, analisar e

comparar os diferentes discursos sobre a realidade, desvendando o papel histórico das

instituições de poder nas diferentes classes, grupos e atores sociais dentro de uma abordagem

teórica e do senso comum (dos conhecimentos prévios dos alunos).

Assim, a compreensão do ensino da sociologia no ensino médio é indispensável

entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação cidadã, democrática e

política do aluno. Esses conhecimentos elencam como objeto de estudo, a sociedade, a

economia, as práticas sociais e culturais do passado e do presente em todos os processos de

produção, para o desenvolvimento do conhecimento e da vida social.

3 METODOLOGIA DA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE ENSINO ANUAL PARA A

DISCIPLINA SOCIOLOGIA NO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO

Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Sociologia as aulas

serão no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir,

planejar e expor ideias, bem como ouvir e respeitar as divergentes configurando um sujeito

crítico. Igualmente, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir: a

sensibilização propriamente dita (através de um problema, questionamentos dos próprios

alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas (com abertura ao debate), estudo e

reflexão de textos de caráter sociológico que possam dar margem à reflexão.

Destaca-se como metodologia a apresentação pelos alunos com supervisão do

professor nos seminários temáticos, divididos em grupos com funções distintas para cada

apresentação temática: grupo de apresentação do tema; grupo de

questionamento/problematização; grupos de resposta; grupo de síntese escrita; grupo de

observação/fechamento e grupo de coordenação, em que os alunos demonstrarão ou não a

apreensão dos temas e problemas investigados através da criação de conceitos.

Dessa forma, espera-se estar caminhando em direção ao desenvolvimento de valores

importantes para a formação do estudante do ensino médio: solidariedade, responsabilidade e

compromisso social.

Alguns referenciais bibliográficos foram previamente selecionados para serem

abordados durante as aulas. Diante de acontecimentos recentes no Brasil como o processo de

impeachment, o acirramento da luta de classes, da interferência radical da mídia no processo

de formação da opinião dos brasileiros algumas leituras se fizeram necessárias para abordar a

democracia, a participação cidadã e política em sala de aula.

Destacam-se entre eles: Escritos de Educação de Pierre de Bourdieu (2007);

Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire (1996); BRASIL NUNCA MAIS. Um relato para a

História. FOUCAULT, Michel. “Não ao Sexo Rei”. In: Microfísica do Poder. Rio de Janeiro:

Edições Graal, 1979 e Tomazi, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio / Nelson Dacio

Tomazi. — 2. ed. — São Paulo : Saraiva, 2010.

O Plano está composto numa estrutura de 8 aulas bimestrais divididos por Unidade I

(1° Bimestre), Unidade II (2° Bimestre), Unidade III (3° Bimestre), Unidade IV (4°

Bimestre). O que corresponde a 8 aulas por bimestre, totalizando 32 aulas ao longo do ano

letivo.

4 OBJETIVOS GERAIS DO PLANO ANUAL DE ENSINO

Compreender os fundamentos sociológicos do Eixo Temático A CIDADANIA,

DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA como temática em questão visa construir

uma visão de identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da cidadania e a

visão crítica como elemento constituinte. Além de perceber em si a capacidade de transformar

a sociedade além de construir instrumentos para uma melhor compreensão do seu papel social

dispostas nas Unidades de Ensino presentes no plano: Democracia e participação política,

Concepções de estado e poder político, Cidadania, cultura e ideologia e a Escola e produção

do saber.

4.1 Objetivos Específicos

Compreender o ensino da sociologia no ensino médio como ferramenta indispensável

de conhecimento que contribui para a formação cidadã, democrática e política;

Identificar os diferentes modelos de análise social que caracterizam os principais

autores da Sociologia;

Relacionar as principais teorias sociológicas com os elementos da realidade;

Relacionar ideologias e modelos de pensamento social com as diferentes estruturas e

modelos de Estado presentes na história;

Compreender como ocorrem as mudanças de pensamento e de estrutura das

instituições sociais;

Compreender o papel dos movimentos sociais na sociedade;

Reconhecer a cidadania moderna e seu conjunto de direitos civis e sociais.

5 DETALHAMENTO DO PLANO ANUAL DE ENSINO

5.1 Identificação

Escola Escola Estadual Senador Jessé Pinto Freire

Ano do Ensino Médio 1º Ano

Carga horária total 40h/a

Período letivo 2016

Professor Irismarqueks Alves Pereira

5.2 Detalhamento das Unidades Didáticas

5.2.1 Unidade I (1° Bimestre) - DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA.

A) Descrição da Unidade

É importante estudar o conceito de "participação política" mesmo sendo tão complexo,

onde inclui uma variedade muito grande de atividades e práticas que estão orientadas para a

política. Por definição simples participação política: "ação de indivíduos e grupos com a

finalidade de influenciar o processo político".

O conteúdo desta unidade está estruturado em 8 aulas e tem como objetivo levar ao

conhecimento dos alunos as formas mais comuns de participação política que se organiza os

tópicos principais: a emergência da participação política moderna; direitos políticos e

participação política e as três vias (ou canais) de participação política. Além de buscar o

entendimento das hipóteses que ajudam a explicar as razões que inibem ou estimulam os

cidadãos a participarem da política da forma como o fazem.

B) Cronograma Geral dos Conteúdos e seus respectivos objetivos de aprendizagem

Adaptação minha: http://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/medio/sociologia-participacao-politica.htm.

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

01 A emergência da participação

política moderna. (parte A).

Compreender a organização do poder político

arbitrário.

02 A emergência da participação

política moderna. (parte B).

Reconhecer a cidadania moderna e seu conjunto

de direitos civis e sociais.

03 Direitos políticos e participação Entender os processos da universalização do

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

política. (parte A). voto e o surgimentos dos partidos políticos.

04 Direitos políticos e participação

política. (parte B).

Investigar as normas e limitações do poder

político imposto pelo sistema político de

dominação.

05 As três vias (ou canais) de

participação política. (parte A).

Considerar as principais vias de participação

política presentes no mundo contemporâneo.

06 As três vias (ou canais) de

participação política. (parte B).

Identificar via canal eleitoral a disposição dos

diferentes grupos e forças políticas.

07 As três vias (ou canais) de

participação política. (parte C).

Refletir sobre a forma de participação política

do tipo corporativo. (Corporativismo).

08 As três vias (ou canais) de

participação política. (parte D).

Conhecer e aprender sobre os processos de

organização da sociedade civil e a importância

da participação política dos movimentos sociais.

C) Procedimentos Metodológicos/Detalhamento das Sequências Didáticas

Aula nº 1e 2: A emergência da participação política moderna.

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Compreender a participação política que emergiram do período moderno até a

atualidade.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada e utilização de vídeos.

Aulas 1 e 2: a emergência da participação política moderna

Será levado em consideração no tema da aula às formas de participação política que

emergiram do período moderno até a atualidade:

a) o surgimento da participação política moderna teve início com as revoluções burguesas na

Europa, que alteraram profundamente a estrutura e a organização do poder político arbitrário,

de modo a consolidar o princípio de soberania popular fundamentada na igualdade jurídica

entre os indivíduos (que passaram a ser considerados cidadãos portadores de direitos).

b) a cidadania moderna é formada por um conjunto de direitos que evoluíram gradualmente:

os diretos civis (que surgiram no século 18), os direitos políticos (que surgiram no século 19)

e os direitos sociais (que surgiram no século 20).

c) ocorre um progressivo processo de democratização do poder a partir da integração política

de diferentes camadas da população: ampliação do sufrágio universal com base na extensão

dos direitos políticos concedidos à maioria adulta da população; introdução do voto como

mecanismo de seleção e de escolha dos representantes políticos.

Vídeos utilizados durante as aulas 1 e 2:

1 - Qual a importância da participação na política? Daniel Lima e Plínio de Arruda Sampaio.

(Duração de 06min:04seg).

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xH2Vri03SXQ.

2 - Revolução Francesa: uma aula de história com Voltaire Schilling! - L&PM WebTV.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=n3LK4XbtxYM. (Duração de 07min).

Aula nº 3e 4: Direitos políticos e participação política.

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Conhecer a formação dos partidos políticos e sua importância para o desenvolvimento

da cidadania e da democracia na participação social política dos indivíduos.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada e utilização de o filme: O Poder e A Lei.

Aula 3 e 4: direitos políticos e participação política

a) a extensão do sufrágio universal foi um poderoso instrumento de integração e motivação

para que os cidadãos participassem da política. Ao lado dos partidos políticos elitistas surgem

partidos políticos populares.

b) a participação política, dentro dos limites e padrões estipulados pelo sistema político

democrático representativo (ou democracia liberal), foi criticada pelos teóricos e

revolucionários socialistas, anarquistas e demais adeptos de ideologias de esquerda com base

no seguinte argumento: você integra politicamente os cidadãos pertencentes às classes sociais

mais baixas, mas limita a possibilidade de eles efetuarem transformações sociais pela via

política, caso conquistem o poder por via eleitoral - isso se faz estabelecendo leis, uma

Constituição que fixa as regras e normas e limita o poder político. A ação das oposições

ocorre dentro dos limites do que é estritamente permitido pelo sistema político em questão

(constitucionalismo).

Filme utilizado durante as aulas 3 e 4:

O Poder e A Lei. (Duração de 1:47min.).

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=2AMXRMTJCos.

Aula nº 5, 6 e 7: As três vias (ou canais) de participação política

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Compreender e analisar as vias principais de participação política presentes no mundo

contemporâneo.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada e utilização de vídeos e Júri Simulado.

Aulas 5, 6, 7 e 8: as três vias (ou canais) de participação política

Embora haja uma variedade enorme de formas de participação política, podemos classificá-las

em três grupos, que também podem ser considerados como vias principais de participação

política presentes no mundo contemporâneo:

a) Eleitoral (também chamado de institucional): abrange todo tipo de atividade eleitoral e

partidária, conforme as regras eleitorais fixadas, e permite que os cidadãos se candidatem ou

elejam os representantes políticos que ocupam cargos governamentais. O canal eleitoral só é

efetivamente democrático quando a sociedade é pluralista e quando há oportunidade e

igualdade de recursos à disposição dos diferentes grupos e forças políticas.

b) Corporativo: pode ser entendido como a representação de interesses privados a partir da

interferência direta na burocracia estatal. A forma de participação política de tipo corporativo

pode ser entendida como uma instância intermediária de organização dos cidadãos a partir da

solidariedade classista (os sindicatos, associações profissionais, os lobbies empresariais e

profissionais), cujo objetivo é obter benefícios do sistema estatal. O corporativismo é mais

comum em países onde o Estado interfere na economia por meio da regulação dos mercados.

O corporativismo permeia todas as classes sociais, desde a burguesia industrial até os

trabalhadores. Existem diferenças entre corporativismo pré-capitalista, corporativismo fascista

e corporativismo nas democracias contemporâneas. O corporativismo tornou-se um termo

pejorativo por ser interpretado como a defesa dos interesses particulares em detrimento dos

interesses públicos, para a obtenção de privilégios de todos os tipos. Isso realmente ocorre

quando a sociedade civil é fraca, o pluralismo é baixo e as diferenças socioeconômicas são

extremas.

c) Organizacional: são formas de participação que surgem no âmbito da sociedade civil a

partir de interesses compartilhados por um grupo social. A ação coletiva pode levar à

formação de movimentos em defesa de interesses específicos, abrangendo os movimentos

sociais, as associações cívicas e as organizações não governamentais (ONGs). A participação

política de tipo organizacional também recebe a denominação de Terceiro Setor, que

compreende o espaço de participação constituído por grupos que se formam a partir de uma

situação de "déficit de reconhecimento": o movimento dos sem-teto, dos sem-terra, dos gays,

das mulheres, dos negros, entre outros. Os movimentos sociais fazem parte da realidade

política do Brasil; foram e são fundamentais para ampliação dos direitos sociais e civis. O

dilema do Terceiro Setor é "democratizar a democracia".

Vídeos utilizados durante as aulas 5, 6, 7 e 8:

01 - A luta pelo voto feminino no Brasil. (Duração de 09min:55seg).

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=pO_IMruV-hU.

02 - A Crise do Capitalismo - Dublado em português. (Duração de 11min:09seg).

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=d5CzZqauTVs.

03 - Processo de organização política do Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra - MST.

(Duração de 4min).

Fonte: http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=4685.

Júri Simulado

1) Conteúdo Central:

A participação política envolve a possibilidade de influenciar de forma efetiva as

políticas locais, regionais, nacionais, por essa razão o tema de debate será em torno do da

seguinte temática: “Participação política: juventude perdida”. Na participação do sistema

representativo, a partir do voto, nas campanhas, nas eleições é raro perceber a participação

dos jovens, o que se percebe é o desinteresse em massa da juventude pelo tema, não se

interessa por política e é eleita por muitos críticos como uma geração apática ao seu tempo e

que sofre com alienação aguda e consumista que passa boa parte do seu tempo que dispõe na

frente da televisão.

2) Objetivos: Ao final desta aula o (a) aluno (a) deverá:

Compreender a participação política nos espaços de representação pela participação nas

estruturas e atividades organizativas da sociedade civil não apenas no âmbito trabalho

partidário;

Perceber as relações de participação e de poder da juventude em instâncias institucionais;

Desenvolver uma reflexão sobre o significado do papel da juventude na política e suas

dimensões na sociedade Brasileira.

3) Procedimentos metodológicos:

O processo é proposto pelo professor e permite que sejam discutidos vários pontos do

mesmo tema, com auxilio do professor no processo de construção e desconstrução de

conceitos. Instigar nos alunos o senso crítico, a participação e a reflexão. Para tanto, a

intenção é formar dois grupos, os alunos mobilizam conceitos nos seus discursos em defesa

de uma perspectiva (favorável ou contrária) sobre as discussões do tema: “Participação

política: juventude perdida”. O júri popular – será formado por professores de outras

disciplinas (numa perspectiva multidisciplinar) como convidados e fará a avaliação dos

argumentos.

Durante o processo algumas perguntas orientadoras serão lançadas pelo professor para

“provocar” o debate todos terão ainda direito a contestação, refutação e defesa das ideias

fazendo uso de réplica (2 minutos) e tréplica (1 minuto). No final o júri, reúne-se para

socializar a decisão decretando o veredicto.

Organização do tempo: Socializando as ideias dos grupos - 5min inicial para o grupo de

defesa- 5min inicial para o grupo de contrário as ideias, (cada um dos dois grupos terão 10min

no total para réplica e tréplica), o veredicto - 5min e mais 10 minutos para as considerações

finais.

3.1) Texto provocativo: “Com um tom de saudosismo se diz que a juventude já não é como

antes, que saía às ruas para protestar contra a repressão do governo ditatorial e se arriscava em

associações clandestinas para lutar pela liberdade de expressão e pela democracia”.

3.1.1) Perguntas orientadoras:

Existe hoje em dia um grande envolvimento dos jovens nos partidos políticos?

Existe um forte interesse dos partidos na participação da juventude em suas discussões

e políticas?

Até que ponto os partidos se interessam pela participação efetiva dos jovens em suas

estruturas?

Qual sua opinião sobre a luta do Levante Popular da Juventude?

Se fosse formada uma organização de jovens militantes voltada para a luta de massas

em busca da transformação da sociedade, você participaria?

Sistemática de Avaliação para a Unidade I

A avaliação é formativa, processual e somativa ao final do processo depois de

verificada o nível de participação e de comprometimento dos alunos. Como atividade

principal da unidade é proposto a elaboração de um trabalho temático (a partir de pesquisa em

fontes diversas, mas com base nas seguintes indicações):

Participação eleitoral: Pesquisar sobre o 'pensamento ideológico' dos partidos existentes no

município (se são de esquerda, direita de centro e etc.). Reflexão e discussão em sala de

aula.

Participação organizacional: escolha um movimento social e pesquise sua origem, sua

composição e seus objetivos.

Participação corporativa: pesquise um grupo social na sua cidade ou região que atua a partir

do corporativismo, sua composição e seus objetivos.

Será levado em consideração ainda:

- Participação nos debates e reflexões em sala de aula;

- Envolvimento nas atividades e exercícios realizados em classe ou extraclasse.

5.2.2 Unidade II (2° Bimestre) - CONCEPÇÕES DE ESTADO E PODER POLÍTICO.

A) Descrição da Unidade:

A proposta principal dessa unidade é abordar reflexões sobre os processos de

dominação cultural, da dominação política na interferência pela influência, seja ela militar,

econômica ou pela dependência de matérias-primas. Demonstrar como o jogo do poder

transforma o Estado dominado em um “fantoche” das relações entre Estados. Além de

abordar a limitação que impõe restrições ao comercio; a aprovação de leis que beneficiem as

nações capitalistas e compreender a reestruturação do Estado dentro da economia e da política

mundial na perspectiva do poder dominante externo que tenta impor a sua forma de governo,

seus ideais, seus valores, sua tecnologia e seu comércio.

B) Cronograma Geral dos Conteúdos e seus respectivos objetivos

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

01

OS TIPOS DE PODER

Identificar o elemento especifico do poder

político e como pode ser obtido das várias

formas de poder, buscadas nos meios de que se

serve o sujeito ativo da relação para determinar

o comportamento do sujeito passivo. Assim,

podemos distinguir três grandes classes de um

conceito amplíssimo de poder.

02 As relações de poder no interior das

instituições.

Analisar as relações humanas sob as

perspectivas do poder (micro e macro) e suas

implementações na ordem política e econômica.

03 Modelo de Estados modernos e de

economia contemporânea: Estado

Liberal, Bem-Estar Social,

neoliberalismo e socialismo.

Compreender as funções do Estado Moderno em

relação as exigências do mercado Neoliberal.

04 A Nova Ordem Mundial e a

Globalização.

Compreender a reestruturação do Estado dentro

da economia e da política mundial.

05

Estruturas Sociais e Estratificações.

Refletir sobre os porquês das desigualdades

sociais, quais são as formas de desigualdades

existentes, como elas se constituem e como são

explicadas;

06

Estruturas Sociais e Estratificações.

Compreender que a estratificação social e as

desigualdades decorrentes são produzidas

historicamente, geradas por situações diversas e

se expressam na organização das sociedades.

07 Política, ética e cidadania. (parte A). Contribuir para uma reflexão sobre os valores

éticos e responsabilidades como cidadão perante

o país, a fim de procurar construir uma

sociedade economicamente viável e socialmente

justa.

08 Política, ética e cidadania. (parte B). Contribuir para uma reflexão sobre os valores

éticos e responsabilidades como cidadão perante

o país (...).

C) Procedimentos Metodológicos/Detalhamento das Sequências Didáticas

Aula nº 1: OS TIPOS DE PODER

Duração: 50 minutos.

Foco: Abordar os tipos de poder e o estudo do poder e do estado.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada.

O desenvolvimento da aula se dará a partir da obra: CASTRO, Celso Antônio Pinheiro

de. Ciência Política: Uma Introdução. São Paulo: Atlas, 2004.

Metodologia:

Conceituar os assuntos: Os tipos de poder; Ciência Política: estudo do poder e do estado;

Política: origem e significados.

Abordar as principais concepções de poder:

Poder Econômico – é o que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados

como tais, numa situação de necessidade, para controlar aqueles que não os possuem. Quem

possui abundância de bens é capaz de determinar o comportamento de quem não os tem pela

promessa e concessão de vantagens.

Poder Ideológico – este se refere na influencia que as ideias da pessoa investida de

autoridade exercem sobre a conduta dos demais: deste tipo de conhecimento nasce a

importância social daqueles que sabem, quer os sacerdotes das sociedade arcaicas, quer os

intelectuais ou cientistas das sociedade evoluídas. É por estes, pelos valores que difundem ou

pelos conhecimentos que comunicam que ocorre a socialização necessária à coesão e

integração do grupo.

Poder Político – este se baseia na posse dos instrumentos (institucionais) com os quais se

exerce a autoridade legal do uso da força. A possibilidade de recorrer à força distingue o

poder político das outras formas de poder. A característica mais notável é que o poder político

detém a exclusividade do uso da força em relação à totalidade dos grupos sob sua influência.

1ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:

a) – Explique o significado da palavra política.

b) – De onde deriva o termo política?

c) – O que é política para Aristóteles?

d) – O que aconteceu com o termo política na época moderna?

e) – O que é ciência política?

f) – Por que política é ciência?

g) – O que os cientistas políticas estudam?

h) – Diferencie a concepção ampla de política da concepção estrita.

i) – Explique os três tipos de poderes: econômico, ideológico e político.

Aula nº 2: As relações de poder no interior das instituições.

Duração: 50 minutos.

Foco: Analisar as relações humanas sob as perspectivas do poder (micro e macro) e suas

implementações na ordem política e econômica.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada, dinâmica e utilização de vídeo.

O objetivo principal desta aula é conhecer alguns dos principais conceitos

da Ciência Política nas relações de poder. Apresentar habilidades necessárias a

estimular aos alunos a pesquisar in loco o tema proposto. Construir elementos de

análises que possibilitem a leitura crítica das situações da vida cotidiana.

Assistir e discutir o vídeo: Estado, poder e política .

Leitura sobre a obra de Foucault 'Microfísica do Poder'

Metodologia: (Brainstorming - ‘Tempestade de ideias’).

Fase 1- passo 1: Escolhe-se um aluno como facilitador para o processo que definirá o

objetivo;

Fase 1- passo 2: Formam-se grupos de até dez pessoas;

Fase 1- passo 3: Escolhe-se um lugar estimulante para a geração de ideias;

Fase 1- passo 4: Os participantes terão um prazo de até 10 minutos para fornecer suas

ideias, que não devem ser censuradas.

Fase 2- passo 5: As ideias deverão ser consideradas e revisadas, disseminando-se entre

os participantes;

Fase 2- passo 6: O facilitador deverá registrar as ideias em local visível (quadro, cartaz

etc.).

Fase 3- passo 7: Deverão ser eliminadas as ideias duplicadas;

Fase 3- passo 8: Deverão ser eliminadas as ideias fora do propósito determinado;

Fase 3- passo 9: Das ideias restantes devem ser selecionadas aquelas mais viáveis (se

possível, por consenso entre os participantes).

Vídeo utilizado durante as aulas 2:

Foucault e a questão do poder- (Duração de 04min:13seg).

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ehGCRNaeca0.

Aula nº 3: Modelo de Estados modernos e de economia contemporânea: Estado Liberal,

Bem-Estar Social, neoliberalismo e socialismo.

Duração: 50 minutos.

Foco: Compreender as funções do Estado Moderno e diferentes modelos de Estados

Tipo de aula: Expositivo-dialogada.

Conteúdos abordados:

Os diferentes modelos de Estados (principais características)

• Absolutista: - Unidade territorial. - Concentração do poder na figura do rei, que con- trola

economia, justiça e exército. - Foi objeto da reflexão sistemática do inglês Thomas Hobbes.

• Liberal ou burguês: - Fundamentos principais: soberania popular e representação política. -

Estado como guardião da ordem. - Sua principal função é resguardar a propriedade privada. -

Separação entre público e privado. - Separação entre economia e política — “Estado não

intervém na economia”.

• Socialista: - Questiona o modelo liberal. - Questiona as desigualdades entre as classes

sociais. - Defende profundas transformações nas formas de produção e apropriação das

riquezas produzidas pelas sociedades. - O Estado socialista teria papel e existência

transitórios. - Estabeleceria a ditadura do proletariado.

• Nazista e fascista: - Questiona os modelos liberal e socialista. - Estado paira acima de todas

as organizações da sociedade, estendendo seus “tentáculos” por toda parte. - Forte aparato

ideológico, com ênfase na valorização da educação. - Nacionalização da economia.

Do Estado de Bem-Estar Social ao Neoliberalismo

• Estado de Bem-Estar Social: - Alternativa às crises do sistema capitalista. - Resposta

capitalista às críticas feitas ao sistema. - Propunha o equilíbrio entre Estado e mercado. -

Defendia a intervenção do Estado no plano econômico, a fim de garantir o pleno emprego,

estimular a produção e o consumo, mediar as relações de trabalho e ampliar as políticas de

assistência (rede de proteção social).

• Neoliberal: - Surgiu como alternativa ao modelo de Bem-Estar Social. - Reabilitou e

sustentou valores como livre mercado e livre-iniciativa. - Radicalizou a separação entre

economia e política, com o Estado intervindo cada vez menos na economia. - Reforçou a

função “guarda noturno” do Estado, ou seja, proteger a propriedade privada e reprimir

qualquer manifestação de descontentamento com o sistema. - Destacou a influência das

instituições financeiras internacionais, que passaram a interferir fortemente nos governos dos

países adotantes do modelo. - A “agenda” do modelo neoliberal, principalmente para a

América Latina, consolidou-se com o Consenso de Washington (1989), que destacou os

seguintes itens: privatização das empresas estatais, flexibilização das leis trabalhistas,

aumento dos investimentos estrangeiros sem restrições fiscais, redução dos gastos públicos e

abertura aos tratados de livre comércio. - A partir da crise de 2008, tal modelo tem sido

bastante contestado, especialmente no que diz respeito à supremacia do mercado.

Aula nº 4: A Nova Ordem Mundial e a Globalização.

Duração: 50 minutos.

Foco: - Conhecer os aspectos da Nova Ordem Mundial e suas consequências no mundo. A

Nova Ordem Mundial corresponde ao surgimento de duas potências mundiais, de um lado os

Estados Unidos (capitalista) e do outro, a União Soviética (socialista), consolidando assim o

mundo Bipolar.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada.

Objetivos a serem alcançados:

- Analisar as mudanças cartográficas que ocorrem no mundo por conta dos conflitos. As

guerras muitas vezes promovem mudanças no espaço, no mundo os principais conflitos são:

conflitos no território da Irlanda do Norte, conflitos no território basco, conflitos no território

da antiga Iugoslávia e Kosovo.

- Comparar os motivos que levam muitos países a participar de conflitos internos e externos.

Desse modo, os principais motivos são questões religiosas, étnicas, territoriais e por riquezas

naturais (petróleo).

- Identificar as características da globalização econômica. Isso em razão da globalização

apresentar: interligação entre os mercados, intensificação das inovações tecnológicas,

aumento do consumo e outros.

- Enumerar as principais organizações econômicas que atuam no mundo, tais como a OMC,

Bird, Banco Mundial, FMI, entre outras.

Conteúdo a ser ministrado:

- A Nova Ordem Mundial.

- A Guerra Fria.

- A questão das duas Alemanhas.

- As transformações geopolíticas no leste europeu.

- Os conflitos de caráter étnico e separatista.

- Conflitos no território basco.

- Conflitos no território da antiga Iugoslávia.

- O caso de Kosovo.

- A Europa na globalização econômica.

- A política neoliberal.

- A globalização.

- As organizações econômicas internacionais.

Aula nº 5 e 6: Estratificação e Estrutura social.

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Compreender as relações sociais na sociedade contemporânea.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada e utilização de vídeos.

Discutir os temas relacionados abaixo em nas aulas 5 e 6:

ESTRUTURA SOCIAL é o que define determinada sociedade se constitui da relação de

vários fatores: econômicos, políticos, sociais, religiosos, culturais, etc. que dão uma face para

cada sociedade.

ESTRATIFICAÇÃO: a maneira como os vários indivíduos e grupos são classificados em

estratos (camadas) sociais e o modo como ocorre à mobilidade de um nível para o outro.

Para estudar a estratificação devemos verificar como se organizam as estruturas de

apropriação (economia) e dominação (política), influenciados também por outros elementos

(religião, escola, etnia, etc.) que influem no processo de hierarquização. Estas semelhanças e

diferenças são produzidas pelos diferentes processos históricos.

Atividade 1:

TEMÁTICA – “A estrutura social”

Assistir o vídeo (Estratificação social - Durkheim, Weber e Marx.), para contextualização dos

temas, pesquisar e registrar no caderno os conceitos de:

I – Estratificação social

· Estamentos

· Castas

· Classes sociais

II – Mobilidade Social

· Mobilidade vertical

· Mobilidade horizontal

III – Indicadores Sociais (citar exemplos)

Atividade 2: Exercício de fixação em anexo. (Produzido durante o curso de especialização

sob orientação do professor: José Cleyton Neves Lopes). (ANEXO 1).

Vídeos utilizados durante as aulas 5 e 6:

Estratificação social - Durkheim, Weber e Marx. (Duração de 05min:33seg).

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=egSZJ9KaPBk.

Aula nº 7 e 8: Política, ética e cidadania.

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Introduzir o tema através de situações dialogadas, estudo de casos autênticos e análise

de situações problemáticas.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada e utilização de vídeos.

As aulas 7 e 8 serão desenvolvidas privilegiando todas as questões políticas que se

referem à sociedade, Isto é, está relacionado diretamente com os princípios morais e com o

respeito aos interesses e necessidades dos cidadãos (povo), mas atualmente a prática não

corresponde à teoria, hoje o contexto político, no caso brasileiro, se configura em duas

características negativas:

1. Os cidadãos têm uma ação limitada na esfera pública, caindo no individualismo e na apatia,

levando a perda da legitimidade do sistema política – a burocracia estatal afastou o cidadão

comum da discussão e da participação nas decisões da vida social – os sucessivos governos

não criam vínculos de conexão e sintonia com o povo.

2. Os políticos com raras e honrosas exceções fazem da coisa pública um negócio privado,

buscando o enriquecimento pessoal e trabalhando para favorecer os interesses dos grupos

econômicos. Fato que vem generalizando a descredibilidade nos políticos, no sistema político

estatal.

Esses dois fatores vêm gerando uma situação de crise moral no sistema político, cuja

solução se apresenta através da politização, da ética e do exercício da cidadania plena, no qual

destacaremos dois pontos principais:

· Precisa-se aplicar uma força corretiva que ocorre através dos vários movimentos sociais que

movidos por imperativos éticos, atuam no sentido de criticar, fiscalizar e reverter as

prioridades dos governos. Assim a participação política não deve se resumir apenas em ato de

votar, mas também na participação da sociedade civil organizada.

· Mas antes de tudo, precisa-se de uma mudança na mentalidade de cada individuo. A

conscientização da população (politização), de que ela não é só vitima do sistema político,

mas também um dos responsáveis pela falência do sistema. A conscientização permitirá ao

povo uma verdadeira mudança na sociedade com um voto e organização eficaz na melhoria

do bem comum.

Vídeo utilizado durante as aulas 7 e 8:

Ética, Cidadania Política = Justiça Social. (Duração de 03min:27seg).

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=6m8JXkmuYuI.

Sistemática de Avaliação para a Unidade II

A proposta de trabalho para os alunos e a avaliação ocorrerá no sentido de contribuir

tanto para o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento

do aluno; permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a

coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico. Serão adotados como instrumentos, além

da autoavaliação:

-Textos produzidos pelos alunos;

-Atividades de pesquisa através do laboratório de informática;

-Testes escritos;

-Apresentação dos temas (oral ou escrita) em estudo;

-Registro das aulas, conforme a necessidade;

Atividade Complementar semestral: Avaliação em anexo. (Produzido durante o curso de

especialização sob orientação do professor: José Cleyton Neves Lopes). (ANEXO 2).

5.2.3 Unidade III (3° Bimestre) - CIDADANIA, CULTURA E IDEOLOGIA.

A) Descrição da Unidade

Os planos de aula relacionados abaixo estão integrados ao eixo temático

CIDADANIA, DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA. Para tanto, o livro base que

inspirou o desenvolvimento das aulas desta unidade é a obra de Tomazi encontrada no

referencial:

Tomazi, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio / Nelson Dacio Tomazi. — 2. ed. —

São Paulo : Saraiva, 2010.

B) Cronograma Geral dos Conteúdos e seus respectivos objetivos

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

01 Movimentos sociais (Parte A). Compreender os movimentos sociais como

representação social e as principais causas dos

movimentos sociais.

02 Movimentos sociais (Parte B). Relacionar os movimentos sociais e conhecer o

posicionamento de Karl Marx e Émile

Durkheim.

03 Cultura e Indústria Cultural no

Brasil. (Parte A).

Perceber a indústria cultural no Brasil e seus

conceituar inclusão digital e caracterizar o que é

cultura brasileira.

04 Cultura e Indústria Cultural no

Brasil. (Parte B).

Identificar as relações possíveis da arte e

sociedade atual usando a indústria da cultural

como parâmetro de discussão.

05 Compreender 'mudança social' para Auguste

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

Mudança social e Sociologia. (Parte

A).

Comte, Karl Marx, Émile Durkheim e Max

Weber.

06

Mudança social e Sociologia. (Parte

B).

Conceituar teorias de modernização e Saber

diferenciar sociedade tradicional de sociedade

moderna descrevendo as teorias do

subdesenvolvimento e da dependência.

07 IDEOLOGIA E CULTURA Entender os significados da cultura segundo

Guattari.

08

IDEOLOGIA E CULTURA

Compreender a cultura segundo os diversos

pensadores, conceituando e exemplificando o

etnocentrismo.

C) Procedimentos Metodológicos/Detalhamento das Sequências Didáticas

Aula nº 1e 2: Os movimentos sociais

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Definir movimentos sociais

Tipo de aula: Expositivo-dialogada e utilização de vídeos.

I – INTRODUÇÃO

Nas aulas 1 e 2 veremos um assunto muito importante e presente constantemente na

mídia e que serve de instrumento para mudarmos algumas situações da sociedade: os

movimentos sociais.

II – DESENVOLVIMENTO

1. Conceituação

- Os movimentos sociais são ações coletivas com o objetivo de manter ou mudar uma situação

na sociedade

- Suas principais causas são as insatisfações políticas, econômicas e sociais.

2. Exemplos de movimentos sociais

- Greves trabalhistas

- Movimentos por melhores condições de vida (transporte, habitação etc.)

- Movimentos étnicos, feministas estudantis.

3. Confrontos e parcerias

a. Formas de atuação dos movimentos sociais

1) Contra ações do poder público

- insatisfação com plano econômico

2) Pressionar o poder público a resolver problemas

- relativos a segurança, educação etc.

3) Em parceria com o poder público

- fazer frente a ações de grupos privados que podem destruir o ambiente (proteção ambiental)

4) Resolver problemas da comunidade, independente do poder público

- ONGs, associações de moradores etc.

4. A greve como elemento central

a. A greve tem sido um dos instrumentos de reivindicação mais utilizados pelos trabalhadores

na sociedade capitalista.

b. Pontos de vista sobre a greve.

1) Karl Marx

- Para ele a greve é a expressão mais visível da luta de classes entre a burguesia e o

proletariado.

2) Émile Durkheim

- Para Durkheim a greve (desordem) é um momento especial em uma ordem geral

estabelecida e serve só para desintegração da sociedade. Os desejos de alguns grupos ou

indivíduos devem ser submetidos aos sentimentos gerais da sociedade.

5. Os movimentos sociais contemporâneos

a. O movimento ambiental

1) Surgiu no Século XIX e cresceu lentamente até a década de 1970 quando a cultura

ambiental começou a se formar.

2) Possui uma característica interessante: envolve desde uma ação de pequenos grupos para

salvar uma árvore até grupos e instituições internacionais.

3) Questionamentos e motivações dos movimentos ambientais

a) Proteção a diversidade da terra

- vida animal e vegetal

b) Preservação da qualidade de vida

- água, ar, verde

c) Controle dos recursos naturais

- água e aqueles recursos não renováveis, como o petróleo e vários minerais.

d) controle da aplicação industrial de resultados do progresso científico e tecnológico

- resíduos tóxicos, lixo nuclear, agrotóxicos e produtos transgênicos.

b. O movimento feminista

- Temas que se destacam hoje nos movimento feministas:

1) Criticar a sociedade patriarcal.

2) Igualdade de condições e de salários no trabalho.

3) Direito à liberdade do uso do corpo ( reprodução, concepção e aborto).

4) O questionamento da heterossexualidade como norma.

5) A especificidade da visão feminina do mundo em todas as áreas do conhecimento.

6) A discussão sobre a identidade corporal e a sexualidade feminina.

6. Reforma e revolução

a. As mudanças podem acontecer de duas formas:

1) Reforma – são as mudanças gradativas, que procuram melhorar as instituições sem destruí-

las, e sem romper os costumes.

2) Revolução – é a mudança social profunda e radical, que destrói pela violência a ordem

social existente, substituindo-a por outra.

III – CONCLUSÃO

Questionário para as aulas 1 e 2

1- O que são movimentos sociais?

2- Cite três exemplos de movimentos sociais.

3- Quais as quatro formas dos movimentos sociais?

4- O que é greve sob o ponto de vista de Karl Marx e Émile Durkheim?

5- A partir de quando surgiu a cultura ambiental no Brasil?

6- Quais os motivos dos movimentos ambientais?

7- Cite três temas que se destacam hoje no movimento feminista.

Filme utilizado durante a aula 1 e 2:

Greve: foco de Durkheim e Marx. (Duração de 04min:26seg).

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=pxYq_9W9I4s

Aula nº 3 e 4: Descrever indústria cultural no Brasil

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Caracterizar o que é cultura brasileira

Tipo de aula: Expositivo-dialogada.

I- INTRODUÇÃO

Trabalhar com cultura no Brasil significa lidar com uma grande diversidade cultural

presente no cotidiano das pessoas e incorporadas ou não pela indústria cultural.

II- DESENVOLVIMENTO

1. O que caracteriza nossa cultura?

a. Genuínas mesmo são as músicas, as danças, a arte plumária e a cerâmica dos povos

indígenas.

OBS: arte plumária (dos índios caiapós)

b. As demais manifestações culturais são culturas híbridas.

2. Indústria cultural no Brasil

a. Indústria cultural no Brasil

1) Introdução do rádio (marco) – década de 1920

2) Introdução da televisão – década de 1950

3) Introdução da Internet – década de 1990

b. Os outros campos da indústria como;

- cinema, jornais e livros não são tão expressivos, atingem cerca de 10 a 20% da população.

c. Evolução do rádio

1) A 1ª fase começou com a transmissão em 1922

- era voltada para atividades não comerciais como recitais de poemas, música erudita, óperas

e palestras científicas.

2) 2ª fase – década de 30

- foi autorizada a publicidade no rádio

3) 3ª fase (1930 -1950) - atingiu seu apogeu de audiência com os programas de auditório,

radionovelas, programas jornalísticos, esportivos e grandes musicais.

- neste período que o Estado passou a controlar as atividades do rádio com as leis e censura.

- o governo Vargas fazia propaganda nacionalista e as empresas eram obrigadas a manter um

rádio ligado (1937 – 1945).

- no período militar foi mantida censura à programação.

d. A televisão brasileira

1) Início na década de 1950 - inaugurada pelo jornalista Assis Chateaubriand a TV Tupi de

São Paulo;

- em 1955 o Grupo Diários e Emissoras Associadas abrangiam 10 cidades (9 capitais).

2) A partir de 1964 (governo militar)

- a TV teve aumento quantitativo e qualitativo devido a política de desenvolvimento e

integração nacional do governo militar.

3) De 1968 a 1974

- inaugurada a transmissão de micro-ondas e criadas novas estações via satélite.

4) Em 1981

- um acordo da EMBRATEL, redes bandeirantes e Globo ⇛transmissão para todo território

nacional.

5) Em 1985 e 1986

Lançado os dois primeiros satélites brasileiros.

6) Durante o governo militar as redes de TV tinham que cumprir fielmente as determinações

do Estado.

OBS: a Rede Globo, fundada em 1965, cresceu rapidamente apoiada no relacionamento com

o governo.

- a maior audiência era para as telenovelas (produto cultural brasileiro).

7) Mesmo com o fim do governo militar o modelo sobreviveu, mesmo com o advento do fim

da censura e com a TV a cabo continuava a televisão seguindo o pensamento do governo

militar.

8) Programação da televisão

- é o principal veículo de difusão e informação;

- os produtos que ela desenvolve definem o que é e o que não é importante para a sociedade

(sexualidade, opção política, consumo etc).

9) É possível uma TV diferente?

- principalmente através das novelas leva para os telespectadores questões pouco discutidas,

como a homossexualidade, direitos da mulheres, das pessoas com necessidades especiais.

e. Inclusão digital

1) É facilitar o acesso das camadas menos favorecidas à internet.

2) Desigualdades de acesso a internet no Brasil. (Baseado em fontes do livro sociologia para

o ensino médio de Nelson Dacio Tomazi).

(a) Brasileiros que tiveram contato com a internet:

- pobres = 12,2%

- ricos = 95,5%

(b) Acesso residencial:

- pobres = 1,6%

- ricos = 81,5%

(c) Regiões:

- Sudeste = 18,74%

- Norte = 6,15%

- Nordeste = 5,54%

(d) Racial:

- Brancos = 39%

- Negros = 26,8%

- Pardos = 28%

- Indígenas = 29,9%

III – CONCLUSÃO

Questionário

1. O que caracteriza realmente a cultura genuinamente brasileira?

2. Qual o marco da indústria cultural no Brasil?

3. Descreva as três fases da evolução do rádio.

4. Em que governo as empresas comerciais eram obrigadas a manter um rádio ligado o dia

todo para absorver a cultura nacionalista?

5. Qual a primeira emissora de TV brasileira?

6. Com que finalidade o governo militar investiu no aumento quantitativo e qualitativo

da TV brasileira?

7. Qual emissora de TV foi fundada em 1965 e cresceu rapidamente apoiada no

relacionamento com os militares?

8. É possível ter uma televisão diferente?

9.Por que mesmo depois do governo militar, seu modelo de televisão sobreviveu?

10.Conceitue inclusão digital.

Aula nº 5 e 6: Mudança social e Sociologia

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Descrever mudança social para Auguste Comte, Karl Marx, Émile Durkheim e Max

Weber.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada.

I – INTRODUÇÃO

A Sociologia nasceu das crises provocadas pela desagregação do sistema feudal e pelo

surgimento do capitalismo. As transformações decorrentes desse processo abalaram a

sociedade europeia e parte do mundo. Muitos pensadores se esforçaram para entender o que

estava ocorrendo.

II– DESENVOLVIMENTO

1. Mudança social para os clássicos da Sociologia

a. Auguste Comte

1) Comte dividiu seu sistema em dois campos: ordem e progresso.

2) Toda mudança (progresso) deverá estar condicionada pela manutenção da ordem social.

3) Sua ordem (situação vigente) pode ser expressada no seguinte pensamento: nem

restauração, nem revolução.

b. Karl Marx

Para ele o radicalismo da revolução está no fato de ela ser realizada pela maioria, e no

capitalismo só o proletariado pode transformar a sociedade.

c. Émile Durkheim

Ele observou que na história das sociedades houve uma evolução da solidariedade mecânica

para a orgânica por causa da crescente divisão do trabalho.

d. Marx Weber

Além das condições econômicas procurou centrar sua análise no plano das ideias das crenças

e dos valores que permitiram a mudança.

2. Modernização, desenvolvimento e dependência

a. Teorias da Modernização

1) De acordo com essas teorias as mudanças movem a sociedade de um estágio inicial

(tradicional) para um estágio superior (moderno), numa escalada de aperfeiçoamento

contínuo. Deixa suas características tradicionais e incorpora as modernas.

b. Segundo essas teorias são padrões de sociedades modernas as norte-americanas (Canadá e

Estados Unidos) e as europeias ocidentais (França, Inglaterra e Alemanha).

c. Segundo vários sociólogos dos Estados Unidos e um argentino, essas sociedades têm as

seguintes características e diferenças:

Tradicionais Modernas

Particularismo Universalismo

Orientação para atribuição

Orientação para a realização

Difusão funcional

Especificidade funcional

Pouca motivação para o desempenho

Muita motivação para o desempenho

Nenhuma abertura à experiência

Grande abertura à experiência

Hierarquia profissional

Especialização profissional

Pouca imaginação criadora

Muita imaginação criadora

Pequena mobilidade social

Grande mobilidade social

Resistência à mudanças

Abertura às mudanças

3. Teorias do subdesenvolvimento e da dependência

a. Durante a década de 1960, pensadores procuraram explicar as diferenças entre países

desenvolvidos e subdesenvolvidos por outro ângulo, a história diferencial de cada sociedade e

as relações econômicas e políticas entre países.

b. A pergunta era a mesma proposta pelas teorias anteriores: por que os países da América

Latina eram subdesenvolvidos e os da Europa e Estados Unidos eram desenvolvidos?

c. As respostas para essas perguntas foram diferentes:

1) Divisão internacional do trabalho

- países periféricos (dominados) vendem aos países centrais matérias- primas para comprar

produtos industrializados.

- ao longo dos anos foi necessária a venda de mais matéria-prima para a mesma quantidade de

produtos industrializados.

2) Subdesenvolvimento do desenvolvimento

- Os países centrais além de explorar economicamente dominavam os subdesenvolvidos

politicamente impedindo qualquer possibilidade de desenvolvimento autônomo.

- Essa relação desde o período colonial explicava porque alguns tinham se desenvolvido e

outros não.

3) A industrialização dependente

a) Configurou-se mediante a aliança entre os empresários estrangeiros e nacionais e o Estado

Nacional

b) As grandes indústrias estrangeiras se instalaram e geraram um processo de industrialização

dependente, principalmente da tecnologia que traziam. Além de manter a exploração anterior

exploravam a “força de trabalho”.

III – CONCLUSÃO

Até que ponto a mudança social é algo bom?

O que devemos manter para não perdermos nossos valores?

Devemos sempre ter em mente que o desenvolvimento deverá trazer como prioridade a

melhora da qualidade de vida.

Questionário

1- Descreva sucintamente o posicionamento de Augusto Comte, Émile Durkheim, e Max

Weber sobre mudança social.

2- O que são teorias de modernização?

3- Descreva as teorias do subdesenvolvimento e da dependência: divisão internacional do

trabalho, subdesenvolvimento e a industrialização dependente.

Aula nº 7 e 8: Dois conceitos e definições: cultura e ideologia.

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Entender os significados da cultura segundo Guattari.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada.

I - INTRODUÇÃO

Cultura e ideologia talvez sejam os conceitos mais amplos das ciências sociais, com

diferentes definições. Nas aulas 7 e 8 vamos examinar os significados e usos desses dois

conceitos de acordo com diferentes autores.

II – DESENVOLVIMENTO

1. OS SIGNIFICADOS DA CULTURA

a. Segundo o pensador francês Felix Guattari

- Guattari reuniu os diferentes significados de cultura em 3 (três) grupos: cultura-valor,

cultura-alma coletiva e cultura-mercadoria.

1) Cultura-valor (É o mais antigo)

- É o que permite estabelecer a diferença de quem tem cultura ou não tem ou se o indivíduo

pertence a um meio culto ou inculto. Define uma situação de valor.

- Serve para identificar o tipo de cultura que alguém tem: cultura clássica, artística ou

científica.

2) Cultura- alma coletiva (Sinônimo de civilização)

- É o significado que expressa a ideia de que todas as pessoas, grupos e povos têm cultura e

identidade cultural.

Exemplos: cultura negra, cultura chinesa, cultura marginal.

2) Cultura –mercadoria (Corresponde a cultura de massa)

- Nessa concepção, cultura compreende bens, equipamentos, conteúdos teóricos e ideológicos

de produtos que estão à disposição de quem quer e pode comprá-los (disponíveis no

mercado).

Exemplos:

- centros culturais, cinemas, bibliotecas e pessoas que ali trabalham.

- filmes, discos e livros.

b. Cultura segundo a Antropologia

1) O antropólogo inglês Edward B. Taylor (1832-1917)

- Segundo Edward B. Taylor, cultura é o conjunto complexo de conhecimentos, crenças, arte,

moral e direito, além de costumes e hábitos adquiridos pelos indivíduos em sociedade.

- É uma definição universalista.

2) Antropólogo alemão Franz Boas (1858-1942)

- Tinha uma visão particularista.

- Pesquisou as diferentes formas culturais e demonstrou que as diferenças entre grupos e

sociedades humanas eram culturais e não biológicas.

3) Antropólogo inglês Bronislaw Malinowski (1884-1942)

- Segundo Bronislaw, para se fazer uma análise objetiva, era necessário examinar as cultura

sem seu estado atual.

- Concebia as culturas como sistemas funcionais equilibrados, formados por elementos

independentes que lhes davam características próprias de alimentação, proteção e reprodução.

4) Duas antropólogas (EUA), Ruth Benedict (1887-1948) e Margareth Mead (1901 -1978),

procuraram investigar as relações entre cultura e personalidade.

(a) Benedict identificou dois tipos (individuais) culturais extremos:

- apolínico (conformistas, tranquilos, solidários, respeitadores e comedidos na expressão dos

sentimentos.

- dionisíaco (ambiciosos, agressivos, individualistas e com tendências ao exagero afetivo).

- mesclagem entre os dois tipos.

(b) Mead investigou o modo como os indivíduos recebiam os elementos de sua cultura e

como isso influenciava na formação da sua personalidade.

- Sua pesquisa tinha como objeto as condições de socialização da personalidade feminina e

masculina.

- Foram analisados 3 povos da Nova Guiné (Oceania):

(1) Os Arapesh: não havia diferença entre homens e mulheres; ambos educados para ser

dóceis e servis.

(2) Os Mundugumor: não havia diferença entre homens e mulheres também; ambos educados

para agressividade e rivalidade.

(3) Os Chambuli: havia diferenças entre os sexos: as mulheres eram educadas para serem

extrovertidas, empreendedoras e solidárias entre elas e os homens educados para serem

sensíveis, preocupados com a aparência e invejosos.

5) Antropólogo belga Claude Lévi-Strauss

- Para ele é um conjunto de sistemas simbólicos, incluídos a linguagem, as regras

matrimoniais, a arte, a ciência, a religião e as normas econômicas.

- A grande preocupação de Lévi-Strauss foi analisar o que era comum em todas as sociedades,

ou seja, as regras universais (relações sexuais entre irmãos, pais e filhos).

- Universalidade e particularidade das culturas mas palavra de Lévi-Strauss.

2. CONVIVÊNCIA COM A DIFERENÇA: O ETNOCENTRISMO

a. O termo etnocentrismo foi criado pelo sociólogo americano William G. Summer (1840-

1910).

b. Etnocentrismo é a tendência que temos a tomar nosso grupo ou sociedade como medida

para avaliar os demais. Consideramos superiores aos demais.

c. Exemplos:

- chamar de “bárbaros” povos que não eram da cultura romana.

- europeus chamavam os americanos de selvagem.

- chamar negros, nordestinos de sub-raça.

d. O etnocentrismo foi um dos responsáveis pela geração de intolerância e preconceito (racial,

cultural, religioso etc.).

3. TROCAS CULTURAIS E CULTURAS HÍBRIDAS

- O pensador argentino Néstor GARCIA Canclini analisa essas questões através da história.

a. Até o Séc XIX

- relações culturais ocorriam entre grupos próximos (familiares e vizinhos), poucos

contatos externos.

b. Séc XIX e início Séc XX

- cresceram as trocas culturais devido ao grande desenvolvimento dos meios de transportes,

correios, telefonia, rádio e cinema.

- surgiram contatos com situações e culturas diferentes, ampliando-se as influências

recíprocas.

c. No decorrer do Séc XX

- Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação, o cinema,a televisão e a internet

tornaram-se instrumentos de trocas intensas e os contatos sociais e individuais passaram a ter

múltiplos pontos de origem.

- as expressões culturais dos países centrais como EUA e algumas nações da Europa,

proliferaram em todo mundo.

- as culturas de países distantes ou próximas se mesclam a essas expressões construindo as

culturas híbridas, fazendo parte de uma cultura mundial.

- as culturas híbridas coexistem com as culturas das diversas nações e atingem nosso

cotidiano através da música, a pintura, o cinema e a literatura.

4.CULTURA ERUDITA E CULTURA POPULAR

a. Quando se atribui mais valor a cultura erudita do que a cultura popular esta separação está

relacionada a divisão da sociedade em classes: (diferenças sociais).

Exemplo: cultura popular⇛identificada com o segmento popular cultura erudita⇛identificada

com as elites

b. Cultura erudita

- abrange expressões artísticas como a música clássica europeia, as artes plásticas, esculturas,

pintura, teatro e literatura universal.

c. Cultura popular

- abrange mitos, contos, danças, música (de sertaneja a cabocla), artesanato rústico de madeira

ou de cerâmica e pintura.

- também expressões urbanas recentes: Hip-hop, os grafites e os sincretismos musicais, o que

demonstra haver constante criação e recriação no universo cultural da base popular.

d. Cultura para o pensador brasileiro Alfredo Bosi

- a palavra cultura vem do latim e designa “O ato de cultivar a terra, cuidar do que se planta”.

- para Bosi, cultura está ligada ao ato de trabalhar. Se alguém lê um livro, ouve uma música

ou vai ao teatro, adquire cultura, mas não produz.

5. A IDEOLOGIA, SUAS ORIGENS E PERSPECTIVAS

a. Quando afirmamos que ter cultura é superior a não ter (condição de posse) impondo uma

superioridade que não existe, isto é ideologia.

b. O conceito de ideologia surgiu na Idade moderna, pois antes as explicações da realidade

eram dadas pelos mitos e pensamento religioso.

c. Ideologia segundo os pensadores:

1) Francis Bacon

- expressou as primeiras ideias sobre ideologia;

- para ele o entendimento da verdade estava obscurecido por ídolos, por ideias erradas e

irracionais.

2) Destutt de Tracy (Francês)

- foi o primeiro a utilizar o termo ideologia;

- procurou elaborar explicações paras os fenômenos sensíveis que interferem na formação das

ideias ( vontade, razão, percepção e memória).

3) Napoleão Bonaparte

- utilizou um segundo sentido de ideologia, o de “ideia falsa” ou “ilusão”.

4) Augusto Comte

- retomou o sentido de ideologia utilizada por Tracy e acrescentou outro;

- Ideologia é o conjunto de ideias de determinada época.

5) Karl Marx (ideias)

- não apresentou uma única definição de ideologia;

- uma refere-se a um sistema elaborado de representações e formas de consciência que os

homens têm em determinada época;

- desenvolveu a concepção de que a ideologia é a inversão da realidade que condicionavam a

consciência dos indivíduos sobre a situação em que viviam.

6) Émile Durkheim

- para ele, ideologia são pré-noções, as noções vulgares, as ideias antigas e pré-científicas e as

ideias subjetivas.

7) Karl Mannheim

- duas formas de ideologia: particular e total

- a particular corresponde à aculturação da realidade, incluindo as mentiras conscientes e

inconscientes que provocam enganos;

- a total é a visão do mundo (cosmo visão)de uma classe social ou de uma época.

6. A IDEOLOGIA NO COTIDIANO – ALGUMAS IDEIAS

a. Na nossa sociedade (capitalista) a lógica que a estrutura é da mercadoria que permeia as

relações econômicas, políticas, sociais ou sentimentais;

b. outra é a ideia de felicidade que para uns é o amor, para outros estabilidade financeira e

profissional;

c. talvez a maior de todas as expressões de ideologia do nosso cotidiano seja a ideia de que o

conhecimento científico é verdade inquestionável.

OBS: os alunos deverão levantar outras.

7. OS ALUNOS DEVEM LER “O CULTO AO SUCESSO” E O “CURRÍCULO

VITAMINADO”. Fonte: https://sociolizando.wordpress.com/2013/03/02/a-ideologia-do-

culto-ao-sucesso/.

III – CONCLUSÃO

(Questionário Nº 1)

1.Quais os três grupos do significado da cultura segundo Felix?

2. Conceitue cultura segundo o antropólogo Edward Taylor.

3. O que é cultura para Claude Lévi-Strauss?

4. Quem criou o termo etnocentrismo e o que significa?

5. Que são culturas híbridas?

6. Com que estão identificadas as culturas erudita e popular?

7. Em que época surgiu o conceito ideologia?

8. Escreva sobre o estudo da ideologia por parte dos seguintes pensadores:

- Francis Bacon, Destutt de Tracy, Napoleão Bonaparte, Augusto Comte, Karl Marx, Émile

Durkheim, Karl Mannheim.

Sistemática de Avaliação para a Unidade III

A avaliação será realizada através da observação em relação ao interesse, à

participação, ao desenvolvimento das atividades produzidas oralmente ou por escrito,

individuais ou coletivos, através de exercícios, trabalhos e provas. Serão considerados os

debates e reflexões que contribuírem para o posicionamento crítico dos alunos diante dos

temas abordados.

5.2.4 Unidade IV (4° Bimestre)

A) Descrição da Unidade - A ESCOLA E PRODUÇÃO DO SABER.

O livro “Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa” de Paulo

Freire, ressalta a importância da educação e de como os educadores agirem frente aos

obstáculos da sociedade . Para Paulo Freire: “(...) qualidade que tem a prática educativa de ser

política , de não poder ser neutra”. Por ela não ser neutra é que formar alunos críticos é dever

da escola.

O capitulo 2 abordado no seminário temático aborda o funcionamento do sistema

escolar francês e concluiu que, em vez de ter uma função transformadora, ele reproduz e

reforça as desigualdades sociais. Para Bourdieu: “Não há democracia efetiva sem um

verdadeiro poder crítico”, objetivo principal contempladas nas leituras do seminário temático.

B) Cronograma Geral dos Conteúdos e seus respectivos objetivos

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

01

Transmissão do Capital Cultural

Compreender as desigualdades frente à escola e

a cultura, explicando conceitos fundamentais da

teoria de Pierre Bourdieu, como por exemplo,

capital cultural.

02

Capital Cultural e Êxito escolar

Refletir sobre as desigualdades inseridas não só

na sociedade, mas também na escola sob a ótica

do sucesso escolar.

03 Capital Social e Econômico Analisar a vinculação de conceitos derivados da

teoria social quanto de sua associação a

economia, que tem como cerne a ideia de

capital.

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

04 Capítulo 1 - Pedagogia da

Autonomia

Compreender que não há docência sem discência

alicerçado em conceitos: ensinar exige respeito

aos saberes dos educandos; ensinar exige

criticidade; ensinar exige o reconhecimento e a

assunção da identidade cultural.

05 Capítulo 2 - Pedagogia da

Autonomia

Refletir sobre o conceito de que ensinar não é

transferir conhecimento e que exige respeito à

autonomia do ser do educando.

06 Capítulo 3 - Pedagogia da

Autonomia

Perceber que ensinar é uma especificidade

humana e que exige compreender que a

educação é uma forma de intervenção no mundo

além de reconhecer que a educação é ideológica.

07 Memória e identidade social (Parte

A)

Reconhecer a identidade e a diversidade entre as

pessoas a partir de relatos da história de vida.

08 Memória e identidade social (Parte

B)

Compreender as lembranças da nossa história de

vida pessoal e das histórias de vida dos outros

como instrumentos de socialização e preservação

da memória. entender a identidade como

constituição dos seres humanos.

C) Procedimentos Metodológicos/Detalhamento das Sequências Didáticas

Aula nº 1, 2, 3, 4, 5 e 6: Leitura dos textos Escritos de educação - Cap. 2 de Pierre Bourdieu e

Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire.

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Compreender conceitos sobre as posturas e representações sociais da escola e do

ensino-aprendizagem.

Tipo de aula: Seminário Temático

Desenvolvimento dos conceitos abordados:

1. Pierre Bourdieu: A Teoria dos Capitais

Os campos são marcados pelos Capitais e pela atividade (trabalho).

Há três grandes Capitais:

Econômico – patrimônio, financeiro, etc.

Social – relações sociais (poder simbólico)

Cultural – cultural

Estes capitais podem ser detidos pelos agentes de forma articulada ou individual. Cada

grupo detém diferentes pesos de todos estes capitais.

É o volume que cada grupo de agentes tem destes capitais que faz a singularidade de

cada campo social.

Os capitais são os recursos que nós temos. O Poder.

2. Principais conceitos do livro Pedagogia da Autonomia para apresentação:

A importância da

reflexão

Quem observa o faz de certo ponto de

vista, o que não situa o observador em

erro. O erro na verdade não é ter um

certo ponto de vista, mas absolutiza-lo e

desconhecer que,mesmo do acerto do

seu ponto de vista é possível que a

razão ética nem sempre esteja com ele.

Pág. 14

A relação

Teoria/Prática

A relação crítica sobre a prática se torna

uma exigência da relação Teoria/Prática

sema qual a teoria pode vir virando

blábláblá e a prática, ativismo.

Pág. 22

Ensinar não é

transferir

conhecimento

Saber que ensinar não é transferir

conhecimento, mas criar as

possibilidades para a sua própria

produção ou a sua construção.

Pág. 47

Não há docência

sem discência

As duas se explicam e seus sujeitos

apesar das diferenças que os conotam,

não se reduzem á condição de objeto,

um do outro. Quem ensina aprende ao

ensinar e quem aprende ensina ao

aprender.

Pág. 23

Curiosidade

ingênua

A curiosidade ingênua, de que resulta

indiscutivelmente certo saber, não

importa que metodicamente desrigoroso

seja a que caracteriza o senso comum.

Pág. 29

Curiosidade

epistemológica

Ao criticizar-se, tornando-se então,

permito-me, curiosidade epistemológica

“rigorizando-se” na sua aproximação ao

objeto, conota seus achados de maior

exatidão.

Pág. 31

Ensino bancário

Deforma a necessária criatividade do

educando e do educador.

Pág. 25

Momento do ciclo

gnosiológico

Umas das tarefas mais importantes da

pratica educativo criticar é propiciar

condições em que os educandos em

suas relações uns com os outros e todos

com o professor ou a professora

ensaiam a experiência de assumir-se.

Assumir-se como ser social e histórico

como ser pensador de sonhos, capaz de

ter raiva porque capaz de reconhecer-se

como objeto.

A assunção de nós mesmos não

significa a exclusão dos outros.

Pág. 41

Ética e estética

Homens e mulheres, seres histórico-

sociais, nos tornamos capazes de

comparar, de valorar, de intervir, de

escolher, de decidir, de romper, por isso

Pág. 33

nos fizemos seres éticos.

Consciência da

inclusão

A inconclusão, repito,faz parte da

natureza do fenômeno vital.

A inconclusão que se reconhece a si

mesma implica necessariamente a

inserção do sujeito inacabado num

permanente processo social de busca.

Pág. 55

Condições

favoráveis para a

realização da

tarefa docente

Lutar em favo do respeito aos

educadores à educação inclui que a

briga por salários menos imorais é um

dever irrecusável e não só um direito

deles. A luta dos professores em defesa

de seus direitos e de sua dignidade deve

ser entendida como um momento

importante de sua prática docente,

enquanto ética.

Pág. 66

Importância da

dialogicidade

Assumir minhas convicções, disponível

ao saber, sensível à boniteza da pratica

educativa, instigado por seus desafios

que não lhe permitem burocratizar-se,

assumindo minhas limitações,

acompanhadas sempre do esforço pó

supera-las.

Pág. 71

Características de

uma aula dinâmica

Há uma relação entre alegria necessária

à pratica educativa e a esperança. A

esperança de que o professor e aluno

juntos podemos aprender, ensinar,

inquietar-nos, produzir e juntos

igualmente resistir aos obstáculos a

nossa alegria.

Pág. 72

Educador

democrático

É com quem o educando vai

aprendendo à custa de sua pratica

mesma que sua curiosidade como sua

liberdade deve estar sujeita a limites,

mas em permanente exercício.

Pág. 85

Autonomia

A autonomia vai se constituindo na

experiência de varias, inúmeras

decisões, que vão sendo tomadas.

Pág. 107

Seminário Temático: Escritos de educação: Cap. 2. (A Escola Conservadora: As

Desigualdades Frente à Escola e à Cultura) Pierre Bourdieu (2007); Pedagogia da Autonomia:

Paulo Freire (1996).

1. Cronograma:

1.1 Apresentação/discussão do roteiro de formação dos grupos conforme as temáticas

(10/11), reunião dos membros para a sistematização e início das apresentações.

2. Procedimentos de preparação e desenvolvimento do seminário temático:

2.1Leituras do texto base (BOURDIEU, 2007) - (FREIRE, 1996) e levantamento dos

principais aspectos do trecho definido para cada grupo.

2.2 A cada apresentação de um tema diferente, os grupos terão funções diferentes, para

que todos os grupos participem da totalidade dos seminários temáticos.

2.3 Critérios de avaliação: Desempenho na apresentação: individual (5,0 pontos) e

coletivo (1,0 ponto); participação nas demais apresentações e assiduidade (3,0 pontos e

síntese escrita (1,0 pontos).

3. Procedimentos da apresentação do seminário: Formar grupos com funções distintas

para cada apresentação temática: grupo de apresentação do tema; grupo de

questionamento/problematização; grupos de resposta; grupo de síntese escrita; grupo de

observação/fechamento e grupo de coordenação.

* Grupo de apresentação (GA): tem como objetivo apresentar os principais aspectos do

texto, de forma sucinta com objetividade; para tanto, parte-se da premissa que os demais

grupos fizeram a leitura do texto base.

* Grupo de questionamento/problematização (GQ): trazer ao público, questionamentos

para o seminário, através de perguntas e/ou dúvidas.

* Grupo de respostas (GR): o grupo deve responder as questões realizadas pelo grupo de

problematização e demais alunos da turma, fazendo relações do tema com a realidade,

comparações, criticas e argumentações complementares. Quando necessário o docente

pode acrescentar elementos a discussão.

* Grupo de síntese (GS): tem o papel de produzir um relatório escrito sintético do

seminário temático, tomando como nota do desenvolvimento do seminário, destacando as

colaborações teóricas de cada grupo, bem como acrescentando o próprio entendimento do

grupo no relatório final.

* Grupo de observação/fechamento do seminário (GOF): Conjuntamente com o

professor da disciplina observa as atividades realizadas durante o seminário, fazendo

uma sintética explanação verbal sobre os principais conteúdos e discussões

desenvolvidas. Inclusive oferecendo sugestões para aperfeiçoamento dos seminários

futuros.

* Grupo de coordenação (GC): tem como atividade preparar o clima organizacional das

apresentações de todo seminário. Demarcando horário de cada grupo, estabelecendo a

inscrição para o debate, organizando o debate, organizando o ambiente. Enfim, sendo

criativo e organizado na forma de acompanhamento do seminário.

4. Divisão das temáticas e funções dos grupos:

Temas do seminário

GA

20 min.

GC

10 min.

GR

10 min.

GOF

05 min.

GS

(0 min.)

GC

(0 min.)

Grupo 01: Da pág. 46 á 52.

(BOURDIEU, 2007).

Grupo 01 Grupo 02 Grupo 03 Grupo 04 Grupo 05 Grupo 06

Grupo 02: Da pág. 53 á 59.

(BOURDIEU, 2007).

Grupo 02 Grupo 03 Grupo 04 Grupo 05 Grupo 06 Grupo 01

Grupo 03: Da pág. 59 á 64

(BOURDIEU, 2007).

Grupo 03 Grupo 04 Grupo 05 Grupo 06 Grupo 01 Grupo 02

Grupo 04: Cap. 01 (FREIRE,

1996).

Grupo 04 Grupo 05 Grupo 06 Grupo 01 Grupo 02 Grupo 03

Grupo 05: Cap. 02 (FREIRE,

1996).

Grupo 05 Grupo 06 Grupo 01 Grupo 02 Grupo 03 Grupo 04

Grupo 06: Cap. 03 (FREIRE,

1996).

Grupo 06 Grupo 01 Grupo 02 Grupo 03 Grupo 04 Grupo 05

Aula nº 7 e 8: Memória e identidade social

Duração: 50 minutos cada aula

Foco: Fazer relação com os conteúdos estudados durante o ano letivo na construção da

identidade social.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada e utilização de vídeos.

As aulas 7 e 8 serão desenvolvidas baseada nas aulas da disciplina "Memória e

Formação" ministrada no curso de Especialização em Ensino da Sociologia para o Ensino

Médio ministrada pelo professor César Sanson.

(http://posuab.sedis.ufrn.br/mod/assign/view.php?id=243).

Memória e Formação

1º - Ler o texto “Memória e sociedade: uma breve discussão teórica sobre memória sociais”

de Nildo Vianna e o texto “Memória e identidade social” de Michael Pollak.

2º - Ler o texto “Memorial de Formação - quando as memórias narram a história da

formação” de Guilherme do Val Toledo Prado e Rosaura Soligo.

https://www.fe.unicamp.br/ensino/graduacao/downloads/proesfmemorial_GuilhermePrado_R

osauraSoligo.pdf

3º - Ler um trecho do ‘memorial de formação de Iracema Gonçalves Sitta (páginas 01 a 13).

https://www.fe.unicamp.br/ensino/graduacao/proesfmemoriais2005/IracemaGSitta_Memorial

Formacao.pdf

Atividade:

A partiu do que você leu estabeleça a relação entre Memória e Sociedade (texto de 500

palavras);

Vídeo utilizado durante as aulas 7 e 8:

“Dona Cristina perdeu a memória!” (Duração 13min.).

Fonte: http://www.portacurtas.com.br/curtanaescola/pop_160.asp?cod=1454&Exib=5513

Sistemática de Avaliação para a Unidade IV

Será considerado os níveis de participação nas atividades internas da sala de aula e nas

atividades extracurriculares de leitura em casa; assiduidade; e avaliação diária, nos quesitos:

desenvolvimento, comportamentos éticos, respeito e solidariedade; interação e participação

individual e coletiva no processo de ensino-aprendizagem; provas e trabalhos bimestrais;

Trabalhos escritos, individuais e coletivos e apresentação dos seminários temáticos.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da aprovação da Medida Provisória 746/2016 que trata da reforma do Ensino

Médio, com mais uma interrupção drástica do ensino da sociologia no ensino médio

brasileiro, mais do que nunca é necessário transpor os limites mercadológicos e os interesses

políticos que o governo quer impor a educação brasileira.

A sociologia como componente curricular é fundamental para estimular e encorajar o

raciocínio e posicionamento críticos dos alunos diante das questões sociais. É necessário

fortalecer o ensino da sociologia nas escolas, como uma ferramenta que questione de quebra

de paradigmas e para produção de conhecimento crítico e cientifico nas escola do Brasil.

Retomando o que já foi apresentado neste Trabalho de Conclusão de Curso, o eixo

temático escolhido foi selecionado porque essencialmente contribui para a produção de novos

discursos sobre a realidade social, dentro das problematizações e reflexões realizadas.

Suas bases fundamentadas na Cidadania, Democracia e Participação Política contribui

para o desenvolvimento de competências e habilidades responsáveis para levar professores e

alunos a analisar os diferentes discursos sobre a realidade, o papel histórico das instituições de

poder nas diferentes classes, grupos e atores sociais dentro de uma abordagem teórica

proposta nos objetivos formativos propostos para o Ensino Médio brasileiro.

Muitas expectativas de aprendizagem foram geradas, mas para que sejam de fato

efetivadas na prática, os alunos do ensino médio devem ter assegurados os conhecimentos

fundamentais da sociologia para a continuidade dos estudos e para a inserção em processos

contínuos de universalização da cidadania. Não adianta leis que protejam a educação e em

diretrizes pedagógicas mágicas com interrupções do ensino-aprendizagem.

As PEC's 241 e 55 e a MP 746/2016 afetam diretamente a educação brasileira, os

cortes em investimentos na educação contribui negativamente para a falta de preparo e de

condições das instituições escolares e de seus professores para o enfrentamento das diferentes

dificuldades de aprendizagens que surgirá no processo educativo decorrente dessas decisões

políticas arbitrárias que são aprovadas sem a opinião e a participação popular.

Enfim, toda prática pedagógica deve desafiar e sobretudo, incentivar os alunos a

mobilizarem contra as opressões, e a buscar todos os dias a saber mais, de modo a participar

ativamente das causas sociais, eis aí nossa intenção pedagógica.

REFERÊNCIAS

_________. Adaptação do plano de aula: Disponível em: http://educacao.uol.com.br/planos-

de-aula/medio/sociologia-participacao politica.htm.

_________. Atividade da Plataforma Mandacaru: Memória e Formação. Disponível em:

http://posuab.sedis.ufrn.br/mod/assign/view.php?id=243).

_________. BRASIL NUNCA MAIS. Um relato para a História. Disponível em:

http://bnmdigital.mpf.mp.br/#!/.

CASTRO, Celso Antônio Pinheiro de. Ciência Política: Uma Introdução. São Paulo: Atlas,

2004.

Curso de especialização em ensino de sociologia: nível médio: módulo 1, 2 e 3. -- Cuiabá, MT: Central de Texto, 2013.

Escritos de educação/Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani (organizadores). 9 ed. –

Petrópolis, RJ; Vozes, 2007.

FOUCAULT, Michel. “Não ao Sexo Rei”. In: Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições

Graal, 1979.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São

Paulo: Paz e Terra. 1996.

Johson, Allan G. Dicionário de sociologia. Jorge Zahar Editor, 1997.

LIMA, Heuber Gustavo Frazao. Brainstorming. Disponível em:

< http://heuberlima.files.wordpress.com/2011/08/senai-requisitos-aula3-brainstorming.pdf>.

_________.“Memorial de Formação - quando as memórias narram a história da formação” de

Guilherme do Val Toledo Prado e Rosaura Soligo. Disponível em:

https://www.fe.unicamp.br/ensino/graduacao/downloads/proesfmemorial_GuilhermePrado_R

osauraSoligo.pdf

_________.“Memória e identidade social” de Michael Pollak. Disponível em:

http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1941/1080.

_________. “Memória e sociedade: uma breve discussão teórica sobre memória sociais” de

Nildo Vianna. Disponível em: http://132.248.9.34/hevila/Espacoplural/2006/vol7/no14/2.pdf .

_________. ‘Memorial de formação de Iracema Gonçalves Sitta. pp. 1-13. Disponível

em:https://www.fe.unicamp.br/ensino/graduacao/proesfmemoriais2005/IracemaGSitta_Memo

rialFormacao.pdf.

_________.O CULTO AO SUCESSO E O CURRÍCULO VITAMINADO. Disponível em:

https://sociolizando.wordpress.com/2013/03/02/a-ideologia-do-culto-ao-sucesso/.

RÊSES, Erlando da Silva. E com a palavra: os alunos – Estudo das Representações Sociais

dos alunos da Rede Pública do Distrito Federal sobre a Sociologia no Ensino Médio. Brasília:

UnB, 2004. [Dissertação de Mestrado].

TOMAZI, Nelson Dacio. “A estrutura social e as desigualdades”. In: Sociologia para o

Ensino Médio. São Paulo, Atual Editora, 2007.

Tomazi, Nelson Dacio. Iniciação á Sociologia (básico).Ed. Atual, 1993.

Tomazi, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio / Nelson Dacio Tomazi. — 2. ed. —

São Paulo : Saraiva, 2010.

ANEXOS

(ANEXO 1)

ANEXO 2