mobilização pela cultura

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VITRINE VALE DO A ÇO SÁBADO, 28/ABRIL/2012 E-mail: [email protected] Telefone: (31) 2109.3550 1-A C U L T U R A & V A R I E D A D E S Nesta sexta-feira (27), o Conselho Municipal de Cultura abriu sua reu- nião mensal para toda a classe artística com o objetivo de discutir a cultura em Ipatinga. Durante o encontro, o grupo organizou uma manifestação em prol da continui - dade dos programas e projetos culturais locais, como a reabertura da Escola Municipal de Artes Cêni - cas Antônio Roberto Guarnieri e da Escola de Música Tenente Oswal - do Machado (TOM). D e acordo com a presiden- te do Conselho, Leila Cunha, a reunião visou discutir as políticas públicas de cultura em Ipatinga. "Atualmente são os grupos culturais que estão gerindo as escolas. É claro que eles têm essa capacidade. Mas o ideal é que essa seja uma tarefa da prefeitura. Nossa intenção é criar um sistema municipal de cultura", destacou Leila. "O inte- ressante é criar cargos públicos e contratar pessoal para gerir estes espaços culturais. E essa é uma tarefa da Administração Munici- pal. O conselho vem mantendo conversas com o secretário (- Mateus Shinzato) desde o início do ano, mas como as negociações não progrediram, nós enviamos um ofício ao prefeito, para nos reunirmos com ele afim de discu- tir a criação desse sistema", expli- cou Leila, afirmando que, um mês após o encaminhamento do ofício, até hoje o conselho não teve uma resposta da prefeitura. "Por conta dessa demora em termos uma resposta, nós preten- demos fazer uma manifestação artística, chamando a atenção para os problemas da cultura", adiantou Leila. "No último ano as escolas funcionaram apenas por alguns meses, e não se apren- de nada em um período tão curto. A escola de música surgiu para oferecer cursos com a duração de quatro anos, e a escola de artes cênicas deveria funcionar durante todo o ano. As instituições têm uma boa infraestrutura para rece- ber os alunos, mas elas ficam fechadas boa parte do ano e, quan- do abrem, funcionam apenas por poucos meses". Segundo Leila Cunha, o que acontece hoje em Ipatinga é um desrespeito com a cultura. "É um descaso, mas infelizmente não apenas com a cultura, mas com todos os setores, como saúde e educação. O cidadão de Ipatinga está sendo desrespeitado", disse a presidente do conselho. "70% dos artistas da cidade saíram da TOM e da escola de artes cêni- cas. As instituições têm uma fun- ção fundamental para a cultura, pois formam não apenas os artis- tas, mas também o público". "Para implantar esse sistema é preciso fazer um diagnóstico da cultura em Ipatinga. Mas não esta- mos fugindo de responsabilidade. O Conselho está disposto a traba- lhar junto com a prefeitura, mas para isso precisamos nos encon- trar com o prefeito para tomar essas decisões", acrescentou Leila. ARTISTAS SE REÚNEM para discutir a criação de políticas públicas voltadas para a cultura em Ipatinga MOBILIZAÇÃO PELA CULTURA DÉBORA ANÍCIO

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Artistas se reúnem para discutir a criação de políticas públicas voltadas para a cultura em Ipatinga

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Page 1: Mobilização pela cultura

VITR INE1-A

VA L E D O A Ç O S Á B A D O , 2 8 / A B R I L / 2 0 1 2 E - m a i l : vviittrriinnee@@jjoorrnnaallvvaalleeddooaaccoo..ccoomm..bbrr Te l e f o n e : ( 3 1 ) 2 1 0 9 . 3 5 5 0

1-AC U L T U R A & V A R I E D A D E S

NNeessttaa sseexxttaa-ffeeiirraa ((2277)),, oo CCoonnsseellhhoo

MMuunniicciippaall ddee CCuullttuurraa aabbrriiuu ssuuaa rreeuu-

nniiããoo mmeennssaall ppaarraa ttooddaa aa ccllaassssee

aarrttííssttiiccaa ccoomm oo oobbjjeettiivvoo ddee ddiissccuuttiirr

aa ccuullttuurraa eemm IIppaattiinnggaa.. DDuurraannttee oo

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EEssccoollaa ddee MMúússiiccaa TTeenneennttee OOsswwaall-

ddoo MMaacchhaaddoo ((TTOOMM))..

De acordo com a presiden-te do Conselho, LeilaCunha, a reunião visou

discutir as políticas públicas decultura em Ipatinga. "Atualmentesão os grupos culturais que estãogerindo as escolas. É claro queeles têm essa capacidade. Mas oideal é que essa seja uma tarefada prefeitura. Nossa intenção écriar um sistema municipal decultura", destacou Leila. "O inte-ressante é criar cargos públicos econtratar pessoal para gerir estesespaços culturais. E essa é umatarefa da Administração Munici-pal. O conselho vem mantendoconversas com o secretário (-Mateus Shinzato) desde o iníciodo ano, mas como as negociaçõesnão progrediram, nós enviamosum ofício ao prefeito, para nosreunirmos com ele afim de discu-tir a criação desse sistema", expli-cou Leila, afirmando que, ummês após o encaminhamento do

ofício, até hoje o conselho nãoteve uma resposta da prefeitura.

"Por conta dessa demora emtermos uma resposta, nós preten-demos fazer uma manifestaçãoartística, chamando a atençãopara os problemas da cultura",adiantou Leila. "No último anoas escolas funcionaram apenaspor alguns meses, e não se apren-de nada em um período tão curto.A escola de música surgiu paraoferecer cursos com a duração dequatro anos, e a escola de artescênicas deveria funcionar durantetodo o ano. As instituições têmuma boa infraestrutura para rece-ber os alunos, mas elas ficamfechadas boa parte do ano e, quan-do abrem, funcionam apenas porpoucos meses".

Segundo Leila Cunha, o queacontece hoje em Ipatinga é umdesrespeito com a cultura. "É umdescaso, mas infelizmente nãoapenas com a cultura, mas comtodos os setores, como saúde eeducação. O cidadão de Ipatingaestá sendo desrespeitado", disse apresidente do conselho. "70%dos artistas da cidade saíram daTOM e da escola de artes cêni-cas. As instituições têm uma fun-ção fundamental para a cultura,pois formam não apenas os artis-tas, mas também o público".

"Para implantar esse sistema épreciso fazer um diagnóstico dacultura em Ipatinga. Mas não esta-mos fugindo de responsabilidade.O Conselho está disposto a traba-lhar junto com a prefeitura, maspara isso precisamos nos encon-trar com o prefeito para tomaressas decisões", acrescentou Leila. ARTISTAS SE REÚNEM para discutir a criação de políticas públicas voltadas para a cultura em Ipatinga

MOBILIZAÇÃO PELA

CULTURADÉBORA ANÍCIO