ministÉrio da saÚde -...
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MINISTRIO DA SADE
Secretaria de Gesto de Investimentos em Sade
Projeto REFORSUS
EQUIPAMENTOSMDICO-HOSPITALARES
E O GERENCIAMENTODA MANUTENO
Capacitao a distncia
Srie F. Comunicao e Educao em Sade
Coordenao:Prof. Dr. Saide Jorge Calil
Mestre em Engenharia Eltrica Eduardo Teixeira Gomide
Braslia DF2002
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2002. Ministrio da Sade permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.Srie F. Comunicao e Educao em SadeTiragem: 4.100 exemplares
Presidente da RepblicaFernando Henrique Cardoso
Ministro de Estado da SadeBarjas Negri
Secretrio de Gesto de Investimentos em SadeGabriel Ferrato dos Santos
Projeto editorialMINISTRIO DA SADESecretaria de Gesto de Investimentos em SadeProjeto REFORSUSSEPN 510, bloco A, 3 andarCEP: 670750-515, Braslia DFTel. (61) 349-8751Fax: (61) 447-1402E-mail: [email protected] page: reforsus.saude.gov.br
Elaborao, distribuio e informaesUniversidade Estadual de Campinas - UNICAMPCentro de Engenharia BiomdicaCaixa Postal n 6040CEP: 13084-971, Campinas SP
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Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Catalogao na fonte Editora MSFICHA CATALOGRFICA
Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Gesto de Investimentos em Sade. Projeto REFORSUSEquipamentos Mdico-Hospitalares e o Gerenciamento da Manuteno: capacitao a
distncia / Ministrio da Sade, Secretaria de Gesto de Investimentos em Sade, Projeto REFORSUS. Braslia, DF: Ministrio da Sade, 2002.
709 p.: il. (Srie F. Comunicao e Educao em Sade)
ISBN 85-334-0556-1
1. Equipamentos e provises hospitalares. 2. Manuteno de equipamentos. 3. Segurana de equipamentos. I. Brasil. Ministrio da Sade. II. Brasil. Secretaria de Gesto de Investimentos em Sade. Projeto REFORSUS. III. Ttulo. IV. Srie.
NLM WX 147
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SUMRIO
APRESENTAO.............................................................................................................................9
CAPTULO 1GERENCIAMENTO DEMANUTENO EM EQUIPAMENTOS HOSPITALARES .................................................. 11
INTRODUO ....................................................................................................................... 14
IMPLANTAO ..................................................................................................................... 15
ELABORAO DA PROPOSTA INICIAL DE TRABALHO............................................ 29GERENCIAMENTO DE MANUTENO .......................................................................... 50
MANUTENO CORRETIVA............................................................................................. 71
MANUTENO PREVENTIVA........................................................................................... 91
CONSIDERAES FINAIS...............................................................................................102
GLOSSRIO........................................................................................................................102BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................104
ANEXOS ...............................................................................................................................106
CAPTULO 2GERENCIAMENTO DE SERVIOS EXTERNOS................................................................133
INTRODUO .....................................................................................................................135
TIPOS DE CONTRATOS DE SERVIOS ......................................................................135
CONTRATO DE SERVIO POR PERODO DETERMINADO ...................................137
CONTRATO DE SERVIO SOB DEMANDA.................................................................141AVALIAO DOS CUSTOS DE MANUTENO .........................................................143
MONITORAO DE SERVIOS EXTERNOS..............................................................150
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................151
CAPTULO 3AQUISIO DE EQUIPAMENTOS MDICOS ...................................................................153
INTRODUO .....................................................................................................................155
DEFINIO DAS NECESSIDADES CLNICAS ............................................................157AVALIAO DAS CONDIES AMBIENTAIS .............................................................157
LEVANTAMENTOS DOS EQUIPAMENTOS DISPONVEIS NO MERCADO..........159
ESPECIFICAO DE EQUIPAMENTOS MDICOS ...................................................160
SOLICITAO DE PROPOSTAS ....................................................................................169
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AVALIAO DAS PROPOSTAS E ORAMENTOS ....................................................171
SELEO DO FORNECEDOR ........................................................................................173
RECEBIMENTO DO EQUIPAMENTO.............................................................................175
INSTALAO DO EQUIPAMENTO.................................................................................179
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................180
CAPTULO 4FUNDAMENTOS DE SEGURANA PARA UNIDADES DE SADE .............................181
INTRODUO .....................................................................................................................183OBJETIVO ............................................................................................................................184
CONCEITOS DE SEGURANA ELTRICA..................................................................184
PROPOSTA DE METODOLOGIA....................................................................................196
METODOLOGIA DE INVESTIGAO
DE ACIDENTES EM AMBIENTE MDICO-HOSPITALAR..........................................210NORMAS DA SRIE NBR IEC 601 PUBLICADAS.......................................................212
CAPTULO 5BERO AQUECIDO .................................................................................................................225
INTRODUO .....................................................................................................................227
O RECM-NASCIDO E A PERDA DE CALOR .............................................................228
BERO AQUECIDO...........................................................................................................234
RISCOS ASSOCIADOS AO USO DO BERO AQUECIDO.......................................240CONSIDERAES SOBRE MANUTENO ................................................................241
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................246
CAPTULO 6DESFIBRILADORES E CARDIOVERSORES .....................................................................247
INTRODUO .....................................................................................................................249
HISTRICO .........................................................................................................................251
DESFIBRILADORES E CARDIOVERSORES ...............................................................251
ASPECTOS DE MANUTENO ......................................................................................263
CAPTULO 7DILISE RENAL .......................................................................................................................269
INTRODUO .....................................................................................................................272
PRINCPIOS DA DILISE .................................................................................................273
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DIALISADORES...........................................................................................................277
EQUIPAMENTOS PARA HEMODILISE...................................................................280
EQUIPAMENTOS PARA DILISE PERITONEAL .....................................................288
TRATAMENTO DA GUA...........................................................................................292
ASPECTOS DE MANUTENO.................................................................................296
CAPTULO 8DISPOSITIVOS DE INFUSO ..........................................................................................301
INTRODUO..............................................................................................................303
BREVE HISTRICO
DOS DISPOSITIVOS DE INFUSO ...........................................................................304
APLICAES DOS DISPOSITIVOS DE INFUSO ..................................................304
SISTEMAS DE INFUSO ............................................................................................306
CLASSIFICAO DAS BOMBAS DE INFUSO .......................................................320
CONTROLE EM MALHA FECHADA..........................................................................325
ACIDENTES COM BOMBAS DE INFUSO...............................................................326
CONSIDERAES DE COMPRA/MANUTENO...................................................326
ROTINAS DE TESTE E CALIBRAO ......................................................................327
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................330
CAPTULO 9ELETROCARDIGRAFO E MONITOR CARDACO......................................................331
INTRODUO..............................................................................................................333
HISTRICO..................................................................................................................333
FUNCIONAMENTO DO CORAO ...........................................................................335
O ELETROCARDIOGRAMA (ECG) ............................................................................339
DERIVAES ..............................................................................................................340
APLICAES CLNICAS.............................................................................................343
ELETROCARDIGRAFO E MONITOR CARDACO.................................................345
INTERFERNCIAS NO SINAL DE ECG....................................................................357
ASPECTOS DE SEGURANA ...................................................................................359
ASPECTOS DE MANUTENO.................................................................................360
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................362
CAPTULO 10EQUIPAMENTOS DE AUXLIO AO DIAGNSTICO POR ULTRASSOM....................363
INTRODUO..............................................................................................................365
TEORIA BSICA..........................................................................................................366
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PRINCPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DE ULTRA-SOM...371
PRINCIPAIS FALHAS, ASPECTOS DE MANUTENO, OPERAO E CALIBRAO DOS EQUIPAMENTOS DE ULTRA-SOM...........................................394
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................398
CAPTULO 11INCUBADORAS ........................................................................................................................399
INTRODUO .....................................................................................................................401
HISTRICO .........................................................................................................................402O RECM-NASCIDO E A PERDA DE CALOR .............................................................406
CARACTERSTICAS DAS INCUBADORAS ..................................................................412
ASPECTOS DE SEGURANA.........................................................................................423
PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO INDEVIDO DE INCUBADORAS ............427
ASPECTOS DE MANUTENO ......................................................................................428RVORE DE DEFEITOS (TROUBLESHOOTING) .......................................................429
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................430
CAPTULO 12INSTALAES DE GASES ....................................................................................................431
INTRODUO .....................................................................................................................434
TIPOS DE GASES ..............................................................................................................435
FORNECIMENTO E DISTRIBUIO ..............................................................................445VCUO .................................................................................................................................456
TUBULAO E CONECTORES ......................................................................................458
VAPOR..................................................................................................................................462
ASPECTOS DE MANUTENO ......................................................................................469
CAPTULO 13LAVANDERIA HOSPITALAR.................................................................................................471
INTRODUO .....................................................................................................................473
HISTRICO .........................................................................................................................474FUNCIONAMENTO DE LAVANDERIAS HOSPITALARES.........................................475
EQUIPAMENTOS DE LAVANDERIAS HOSPITALARES............................................478
INSTALAES NAS LAVANDERIAS .............................................................................487
LEGISLAO ......................................................................................................................488
ASPECTOS DE MANUTENO ......................................................................................489
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CAPTULO 14OXMETRO DE PULSO...........................................................................................................491
INTRODUO .....................................................................................................................493PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO................................................................................495
NECESSIDADES DE INSTALAO E TREINAMENTO DE PESSOAL ...................500
PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS...............................................................501
ROTINAS E INSTRUMENTOS DE TESTES E CALIBRAO ...................................503
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................504
CAPTULO 15SISTEMA DE ANESTESIA......................................................................................................505
INTRODUO .....................................................................................................................507
HISTRICO .........................................................................................................................508
FUNDAMENTOS DA ANESTESIA INALATRIA..........................................................511
SISTEMA DE ANESTESIA................................................................................................512
SEGURANA E MANUTENO DE SISTEMAS DE ANESTESIA...........................530BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................544
CAPTULO 16TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ................................................................................545
INTRODUO .....................................................................................................................547
HISTRICO .........................................................................................................................547
PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO................................................................................548
NECESSIDADES ESPECIAIS DE INSTALAO .........................................................565
CUIDADOS ESPECIAIS NA OPERAO ......................................................................568ASPECTOS DE MANUTENO ......................................................................................569
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................575
APNDICE ...........................................................................................................................576
CAPTULO 17UNIDADES ELETROCIRRGICAS ......................................................................................581
INTRODUO .....................................................................................................................583
HISTRICO .........................................................................................................................583PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO................................................................................584
EFEITOS DA CORRENTE NO CORPO HUMANO.......................................................588
TIPOS DE OPERAO .....................................................................................................594
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DIAGRAMA DE BLOCOS ..................................................................................................598
CUIDADOS ESPECIAIS NA OPERAO ......................................................................599
ASPECTOS DE MANUTENO ......................................................................................600
CAPTULO 18UNIDADES RADIOGRFICAS ..............................................................................................605
INTRODUO .....................................................................................................................607
HISTRICO .........................................................................................................................607
PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO................................................................................608NECESSIDADES ESPECIAIS DE INSTALAO .........................................................637
CUIDADOS ESPECIAIS NA OPERAO ......................................................................640
ASPECTOS DE MANUTENO ......................................................................................641
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................650
CAPTULO 19UNIDADES RADIOGRFICAS PARA MAMOGRAFIA.....................................................653
INTRODUO .....................................................................................................................655HISTRICO .........................................................................................................................655
PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO................................................................................656
NECESSIDADES ESPECIAIS DE INSTALAO .........................................................672
CUIDADOS ESPECIAIS NA OPERAO ......................................................................674
ASPECTOS DE MANUTENO......................................................................................675BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................681
CAPTULO 20VENTILADORES PULMONARES .........................................................................................683
INTRODUO .....................................................................................................................685
HISTRICO .........................................................................................................................685
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATRIO ......................................687
VENTILADORES.................................................................................................................693
CARACTERSTICAS RELEVANTES DE UM VENTILADOR MECNICO...............712PATOLOGIAS ASSOCIADAS VENTILAO MECNICA ......................................713
TESTES MNIMOS DE SEGURANA ............................................................................715
MANUTENO ...................................................................................................................718
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................720
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Equipamentos Mdico -Hospitalares e o Gerenciamento da Manuteno
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APRESENTAOUma das prioridades do Ministrio da Sade, durante o governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, foi recuperar a rede fsica de sade vinculada ao SUS, deteriorada e com alta obsolescncia tecnolgica, aps um longo perodo de ausncia de investimentos significativos.
Realizaram-se gastos na concluso de obras inacabadas, construo de obras imprescindveis e reforma e ampliao de estabelecimentos de sade existentes. A maior parte dos investimentos, entretanto, concentrou-se em equipamentos mdico-hospitalares, dos mais simples, para atender uma unidade bsica de sade, at os mais sofisticados, para ambulatrios e hospitais de mdia e alta complexidade.
Somente pelo REFORSUS, o mais importante Projeto de investimentos do Ministrio da Sade, foram contemplados mais de 1.000 hospitais, cerca de 6.000 unidades bsicas de sade que possuem equipes de sade da famlia, 198 unidades hemoterpicas e 26 laboratrios de sade pblica.
No entanto, para que o grande volume de investimentos realizado em equipamentos mdico-hospitalares no se perca ao longo do tempo, maximize a utilidade dos recursos pblicos alocados e no deixe a populao sem os seus benefcios, por quebras ou mau funcionamento, necessrio que os gestores beneficiados com esses recursos tenham um programa de manuteno adequado.
Foi com esse esprito e esses objetivos que o Ministrio da Sade, por meio do Projeto REFORSUS, desenvolveu uma alternativa indita no setor sade de oferecer um treinamento a distncia para os tcnicos das unidades que receberam esses equipamentos.O treinamento a distncia foi a estratgia utilizada pelo Projeto para que um maior nmero de estabelecimentos de sade do Pas fosse alcanado, dada enorme dificuldade que as distncias geogrficas apresentam para um treinamento presencial, alm da convenincia de no se retirar os tcnicos de seu local de trabalho.
Os participantes deste curso podem ter a certeza de que, assim que praticarem os novos conhecimentos adquiridos, estaro prestando uma grande contribuio ao Pas e a sua gente, principalmente quelas que dependem de um sistema de sade pblico e gratuito, com qualidade, segurana, resolutividade e, acima de tudo, com umatendimento digno imensa maioria da populao brasileira que dele depende.
Um bom curso a todos!
Gabriel Ferrato dos SantosSecretrio de Gesto de Investimentos em Sade
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CAPTULO 1
GERENCIAMENTO DE MANUTENO EMEQUIPAMENTOSHOSPITALARES
Elaborado por:Prof. Dr. Saide Jorge Calil e Profa. Marilda Solon Teixeira
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Gerenciamento de Manuteno em Equipamentos Hospitalares
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SUMRIO
INTRODUO ........................................................................................ 14
IMPLANTAO ...................................................................................... 15
Realizao do inventrio ................................................................ 16
Proposta de Questionrio para Inventrio........................................ 17
Levantamento do valor de aquisio atualizado do equipamento ...... 27
ELABORAO DA PROPOSTA INICIAL DE TRABALHO ....................... 29
Classificao dos equipamentos por grupos de compatibilidade .................................. 30
Local de realizao da manuteno ................................................ 31
Definio do tipo decontrato de manuteno a ser adotado............................................ 35
Especificao do perfil eclculo do nmero de pessoas para o grupo.................................... 36
Especificao da rea fsica necessria.......................................... 40
Organizao dos custos de implantao e manuteno do grupo ..... 46
Elaborao de propostapara apresentao administrao................................................. 47
GERENCIAMENTO DE MANUTENO .................................................. 50
Gerenciamento dos servios de manuteno: recebimento .............. 50
Gerenciamento dos servios de manuteno: manuteno .............. 58
Gerenciamento dos serviosde manuteno: controle peridico.................................................. 66
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Equipamentos Mdico-Hospitalares e o Gerenciamento da Manuteno
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MANUTENO CORRETIVA ............................................................... 71
Rotina de Manuteno Corretiva................................................... 72
Sub rotina de servios terceirizados .............................................. 81
Sub rotina de oramento .............................................................. 86
Sub rotina de garantia .................................................................. 86
Sub rotina de aquisio de peas de reposio ............................. 89
MANUTENO PREVENTIVA .............................................................. 91
Mtodo para priorizao deequipamentos em manuteno preventiva ..................................... 92
Mtodo para a elaborao de roteiros de MP ................................ 95
CONSIDERAES FINAIS ................................................................... 102
GLOSSRIO ........................................................................................ 102
BIBLIOGRAFIA .................................................................................... 104
ANEXOS .............................................................................................. 106
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Gerenciamento de Manuteno em Equipamentos Hospitalares
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INTRODUO
O objetivo deste manual orientar uma equipe de manuteno a gerenciar suas atividades e conscientiz-la da sua importncia. Ele foi especialmenteelaborado para pessoas que esto iniciando um grupo de manuteno ou que querem reformular o sistema de gerenciamento j existente. Apresentamossugestes de metodologias que devero ser adaptadas realidade de cada Estabelecimento de Assistncia Sade (EAS), conforme suasespecificidades, ou seja, o tipo de EAS, sua funo e, se hospital, o nmero de leitos, a caracterstica do parque de equipamentos instalados, etc.
Ao se implantar um sistema de manuteno de equipamentos mdico-hospitalares necessrio considerar a importncia do servio a ser executado e principalmente a forma de gerenciar a realizao desse servio. No basta a uma equipe de manuteno simplesmente consertar um equipamento - preciso conhecer o nvel de importncia do equipamento nos procedimentos clnicos ou nas atividades de suporte (apoio) a tais procedimentos. necessrio conhecer a histria do equipamento dentro do EAS, a que grupo ou famlia de equipamentos ele pertence, sua vida til, seu nvel de obsolescncia, suas caractersticas de construo, a possibilidade de substituio durante a manuteno; enfim, tudo o que se refira ao equipamento e que possa, dealguma maneira, subsidiar o servio de manuteno, visando obter seguranae qualidade no resultado do trabalho. Todos esses dados vo auxiliar o tcnico na anlise para deteco de falhas, no conhecimento sobre a urgncia darealizao do servio, no estabelecimento de uma rotina de manutenopreventiva e na obteno do nvel de confiabilidade exigido, j que umamanuteno inadequada poder colocar em risco a vida do paciente.
Cabe, portanto, ao responsvel pelo grupo, a partir do conhecimento doEAS, de sua infra-estrutura e do parque de equipamentos instalados,estabelecer um sistema de gerenciamento de servios capaz de garantir apresteza e confiabilidade na execuo.
Porm, todo um sistema perfeito de gerenciamento dos servios demanuteno no ser til se no estiver efetivamente vinculado a um sistema de gerenciamento dos recursos humanos envolvidos nessa
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Equipamentos Mdico-Hospitalares e o Gerenciamento da Manuteno
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atividade. imprescindvel que os tcnicos participem sempre de cursos detreinamento, principalmente quando novos equipamentos forem adquiridos, que haja monitorao constante de sua produtividade e da qualidade dos servios por eles realizados, que saibam interagir com o corpo clnico de maneira cordial e eficiente, que conhea os termos mdicos para entender e se fazer entender. ainda imprescindvel que o pessoal de apoio administrativo tambm estejaenvolvido no tipo de trabalho do grupo de manuteno, que no se resumeapenas nos servios de manuteno propriamente ditos, mas, no auxlio naaquisio de novos equipamentos, na realizao ou acompanhamento detestes no momento do recebimento desses equipamentos e eventualmente na instruo aos usurios sobre a sua utilizao adequada.
Assim, alm do gerenciamento do servio de manuteno, cabe aoresponsvel pela equipe de manuteno estabelecer um sistema degerenciamento dos recursos humanos sob sua responsabilidade capaz degarantir que todo o pessoal que compe a equipe, sejam da rea tcnica ou administrativa, execute seu trabalho com qualidade. Deste modo, um sistema de gerenciando da manuteno de equipamentos mdico-hospitalares s ser completo se abarcar o gerenciamento dos servios e dos recursos humanos.
IMPLANTAO
Ao ser designado ou contratado para a elaborao de uma tarefa queenvolva um razovel investimento financeiro para a aquisio de recursosmateriais e humanos, de fundamental importncia que o responsvel por esta tarefa conhea e entenda a situao atual do ambiente em que esttrabalhando. Esse conhecimento permitir que ele apresente sua chefia uma proposta de trabalho com todas as metas a serem atingidas e respectivas justificativas, os recursos materiais e humanos necessrios, os prazos para o cumprimento desses objetivos e, principalmente, o investimento financeironecessrio para atingir cada meta.
A elaborao deste tipo de proposta necessria no s para a montagem de um grupo de manuteno, mas para a implantao ou reformulao dequalquer atividade dessa rea que envolva recursos financeiros, materiais ouhumanos.
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Gerenciamento de Manuteno em Equipamentos Hospitalares
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O objetivo deste captulo orientar o leitor nas vrias etapas de elaborao de uma proposta para a implantao e implementao de um departamento ou grupo de manuteno em uma unidade de sade (hospitais, centros de sade, clnicas especializadas). importante lembrar que a metodologia propostaneste manual leva em considerao que o grupo de manuteno serimplantado em um hospital de aproximadamente 100 a 150 leitos, com um parque de equipamentos de mdia complexidade tecnolgica.
As atividades a serem desenvolvidas so apresentadas seqencialmente. Assim, antes de definir os recursos materiais, humanos e financeiros quefazem parte da proposta, o responsvel pelo grupo de manuteno deveelaborar um inventrio dos equipamentos mdico-hospitalares, de apoio e de infra-estrutura existentes no hospital.
Realizao do inventrio
O conhecimento da quantidade e da qualidade dos equipamentos (de infra-estrutura, apoio e aplicao direta ao paciente) existente de fundamentalimportncia para a estruturao de um departamento de manuteno. Embora exista uma tendncia de se atribuir pouca importncia realizao de uminventrio, recomendvel aproveitar essa oportunidade, para a obteno dedados que sero bastante teis na elaborao da proposta de implantao e gerenciamento do departamento ou grupo de manuteno.
A obteno dos dados para o inventrio uma tarefa relativamente simples, embora em muitos casos, demorada, dependendo do parque de equipamentos instalados. O maior problema a ser enfrentado o processamento dessesdados para a obteno de informaes que serviro como base para o sistema de gerenciamento e como argumentos para a proposta de implantao dogrupo de manuteno. A realizao do inventrio exige recursos materiais ehumanos capazes de processar os dados obtidos nessa tarefa.
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Equipamentos Mdico -Hospitalares e o Gerenciamento da Manuteno
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Proposta de Questionrio para Inventrio
Apresentamos a seguir um exemplo de questionrio que serve como auxlio para a realizao do inventrio. Os dados nele contidos podem fornecerinformaes fundamentais para o conhecimento da quantidade e qualidade dosequipamentos existentes, assim como a opinio dos usurios em relao efetividade de cada equipamento. Embora contenha vrias questes, seupreenchimento ser proporcional aos recursos computacionais existentes naunidade.
Inclumos tambm uma relao parcial de equipamentos mdico-hospitalares existentes em uma unidade de sade que, apesar de no sercompleta, serve como guia para orientar o inventariante sobre os equipamentos mais comuns existentes em um EAS.
Independentemente dos recursos para o processamento de dados obtidos no questionrio, o preenchimento do primeiro conjunto de questes (questes de 1 a 4) obrigatrio, tendo em vista que os dados ali contidos compem parte do sistema de cadastramento dos equipamentos. Esse conjunto servepara identificar os equipamentos existentes na unidade com relao ao tipo(ventilador, disfibrilador, etc.), ao fabricante (Takaoka, Spacelab, etc.), aomodelo (MONTEREY, FARS-600, etc.), ao nmero de srie e ao valor deaquisio atualizado.
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Gerenciamento de Manuteno em Equipamentos Hospitalares
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FORMULRIO PARA CADASTRAMENTOINDIVIDUAL DE EQUIPAMENTO
Formulrio N. __________(no preencher)
1) - Tipo: ________________ Cdigo do equip.
2) - Fabricante: __________
3) - Modelo: ______________ N. Srie
4) - Valor de aquisio atualizado R$ _____________
5) Nmero de reparos do equipamento nos ltimos 6 meses: _______
6) Idade aproximada do equipamento:a. [ ] menos de 1 ano 6a) Esclarecer a situao do equipamentob. [ ] entre 1 e 2 anos em caso de desconhecimento:c. [ ] entre 2 e 4 anos novo = Nd. [ ] entre 4 e 10 anos semi-novo = S [ ]e. [ ] mais de 10 anos Velho = Vf. [ ] desconhecida
7) Condio de funcionamento do equipamento:a. [ ] funciona satisfatoriamenteb. [ ] funciona precariamentec. [ ] no funciona
8) Especificar nmero mdio de utilizao/intervenes por semana executados com este equipamento especificamente: [ ]
9) Informar o nmero de operadores que utilizam o mesmo equipamento [ ]
10) Quantos dos operadores tiveram cursos de operao do equipamento [ ]
11) Esclarecer como feita a manuteno do equipamentoa. [ ] somente internamenteb. [ ] somente atravs do fabricante/representantec. [ ] somente prestadores de serviosd. [ ] mais que uma alternativae. [ ] no houve manuteno at o momento
12) Em caso de j haver ocorrido manuteno no equipamento, sua opinio sobre a qualidade da manuteno executada foi:Ruim = RMdia = M [ ]Boa = B
13) Quando o equipamento enviado para manuteno, qual o tempo mdio (em dias) para seu retorno em operao? ??? (dias)
Comentrios: _________________________________________________________________________________________________________________________
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Equipamentos Mdico -Hospitalares e o Gerenciamento da Manuteno
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Formulrio Para Cadastramento Individual de Equipamento
Relao de alguns equipamentos existentes em unidades de sade
1. acelerador linear 2. agitador (laboratrio)
3. amalgamador 4. aminoscpio
5. analisador de funo pulmonar 6. analisador de oxignio
7. analisador sangneo 8. aquecedores de sangue
9. aspirador cirrgico 10. aspirador torcico
11. aspirador uterino 12. aspiradores (emergncia
13. audimetro e traqueal)
14. autoclave 15. balana analtica
16. balana de adulto (laboratrio)
17. balana eletrnica 18. balana infantil
19. balo intra-artico 20. bebedouro
21. bero aquecido 22. bicicleta ergomtrica
23. bisturi eltrico 24. bomba de cobalto
25. bomba de infuso 26. bomba de vcuo
27. cadeira de rodas 28. caixa de prova
29. calibrador de decibelmetro (oftalmoscopia)
30. calormetro 31. cama eltrica
32. caneta de alta rotao 33. capingrafo
34. carro de anestesia 35. central de gases
36. centrfuga 37. centrfuga refrigerada
38. ceratmetro 39. colposcpio
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Gerenciamento de Manuteno em Equipamentos Hospitalares
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40. coluna pantogrfica 41. compressor para central
42. compressor para equipo de gases
odontolgico 43. cpompressor para inalao
44. condicionador de temperatura 45. congelador ("freezer")
46. contador de clula 47. decibelmetro
48. disfibrilador 49. destilador
50. detetor fetal 51. disco esquiascpico
52. ecgrafo 53. eletrocardigrafo
54. eletrocautrio 55. eletroencefalgrafos
56. eletromigrafo 57. endoscpio
58. equipamento de esterilizao 59. equipamento de
a gs esterilizao a vapor
60. equipamento de hemodilise 61. equipamento de raios-X
62. equipamento de raios-X 63. equipamento de vdeo
odontolgico 64. equipamento de ultra-som
65. equipamento de ultra-som para diagnstico
para monitorao 66. equipamento de ultra-som
67. equipo odontolgico para terapia
68. esfigmomanometros 69. espectrofotmetro
70. estufa 71. fonocardigrafo
72. forno de bier 73. gama cmara
74. geladeira 75. grupo gerador
76. hemodialisador peritonial 77. incubadora
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Equipamentos Mdico -Hospitalares e o Gerenciamento da Manuteno
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78. incubadora de transporte 79. lmpada cirrgica
80. lmpada de fenda ou biorrefrator 81. laser cirrgico
82. lensmetro 83. litotriptor
84. luxmetro 85. marca passo externo
86. medidor de dbito cardaco 87. mesa cirrgica
88. micro-motor para equipo 89. microscpio analtico
odontolgico 90. microscpio cirrgico
91. monitor de ECG 92. monitor de temperatura
93. monitor fetal 94. monitores de apnea
95. monitores de oxignio (neonatal)
96. monitores de presso 97. nebulizadores ultra-
98. negatoscpio snicos
99. oftalmoscpio 100. oftalmoscpio binocular
101. oftalmoscpio direto indireto
102. otoscpio 103. oxmetro (pulso)
104. processadora de filme de raios-x 105. projetor de opttipos
106. projetor de slides 107. refratmetro ou refrator
108. refrigerador comum 109. refrigerador para bolsa de
110. rguas esquiascpico sangue
111. ressonncia nuclear magntica 112. retinoscpio
113. secadora de roupa (lavanderia) 114. serra de gesso
115. sistema de monitorao 116. televiso
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fisiolgica 117. tomgrafo
118. tonmetro 119. transformador de energia
120. umidificadores eltrica
121. unidade de autotransfuso 122. unidade de diatermia
123. unidade de ondas curtas 124. unidade de potencial evocado
125. unidades de anestesia 126. ventilador (tipo
127. ventilador para terapia (eletrodomstico)
128. ventiladores anestsicos
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Sistema de Codificao de Equipamentos
Em locais onde j exista um controle atravs do nmero de patrimnio, pode-se utilizar esse tipo de codificao. Nesse caso, o campo cdigo doequipamento pode ser alterado para nmero de patrimnio. Por outro lado, geralmente o controle patrimonial envolve somente um cdigo numrico oualfanumrico de modo seqencial, o que torna difcil a identificao doequipamento e, conseqentemente, compromete o controle gerencial.
Neste manual sugerimos um tipo de codificao que s ser vivel, se ogrupo possui, ou tem perspectivas de possuir, recursos computacionais. Nocaso de uma unidade com grande nmero de equipamentos, praticamenteimpossvel executar este tipo de controle de forma manual. Entretanto, a falta de recursos computacionais no deve ser um empecilho para a criao eimplementao de um sistema de codificao, por mais simples que seja.
A criao de um sistema de codificao auxilia o gerente do grupo demanuteno a identificar o servio ao qual o equipamento pertence, o nmero de equipamentos de um determinado tipo existem na unidade, as datas decompra de um determinado grupo de equipamentos, a quantidade e o tipo de equipamentos comprados em um determinado ano, e assim por diante. Todas essas informaes so baseadas em uma codificao especfica criada peloprprio responsvel pelo grupo de manuteno.
Na codificao para definio dos equipamentos, sugerimos oito dgitos de maneira que os dois primeiros dgitos deste campo identificam o servio para o qual o equipamento est alocado; os dois seguintes, o tipo de equipamento; os outros dois quantificam os equipamentos adquiridos pela unidade de sade em um determinado ano e, os dois ltimos, o ano de aquisio do equipamento.
Segue abaixo um exemplo de codificao:
Lista de Cdigos para definio de servios dentro do EAS
AV - Ambulatrio de Vascular
CC - Centro cirrgico
EP - Enfermaria de Cirurgia Plstica
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EV - Enfermaria de Vascular
NE - Servio de Neurologia
RA - Servio de radiologia
UT - Unidade de terapia intensiva
Etc.
Lista de cdigos para definio de equipamentos
VT - Ventilador para Terapia
BE - Bisturi Eltrico
RX - Equipamento de Raios-X
DS - Disfibrilador
DI - Delonizador
CV - Cardioversor
MC - Monitor Cardaco
BI - Bomba de infuso
Etc.
Assim, no exemplo acima, o terceiro equipamento para ventilao adquirido no ano de 1994, pertencente ao Centro Cirrgico do hospital, pode sercodificado, no campo cdigo do equipamento existente no questionrio, como: CC-VT0394. A quantidade de dgitos existentes neste bloco fica a critrio da pessoa que desenvolve o sistema de codificao. Entretanto, recomendvel que para cada dado diferente que componha a codificao, seja definido um campo especfico com a quantidade necessria de dgitos. Como sugestopara este tipo de controle recomendvel a utilizao de um softwaregerenciador de banco de dados (ex: CLIPPER). Convm lembrar que,atualmente, como o gerenciamento
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de sistemas de manuteno ainda um evento bastante novo nas unidades de sade, informaes relativas data de aquisio do equipamento so difceis de obter, principalmente em hospitais pblicos, onde existe uma constantetroca de administradores.
Ainda neste primeiro conjunto de questes pode-se incluir um campo para ocdigo do servio. Embora redundante no caso de implementao do sistema de codificao, este campo deve ser utilizado quando no existem recursos computacionais, tanto para o cadastramento quanto para pesquisas, e podem ser feitos de forma manual. Conforme mencionado anteriormente, o formulrio apenas uma sugesto e fica a critrio do usurio a escolha dos campos a serem includos.
Conforme se ver neste captulo, o conhecimento do valor atualizado deaquisio do equipamento, assim como do parque instalado, de grandeimportncia para a elaborao de relatrios que devero ser periodicamenteapresentados chefia da unidade de sade. Para isso, dentro do primeiroconjunto de questes, sugerimos a colocao de um campo onde especificado o valor de aquisio atualizado. Esse dado pode ser obtidodiretamente do setor administrativo em uma fase posterior a realizao doinventrio. Entretanto, o responsvel pelo grupo deve ter sempre em menteque em um futuro prximo ser muito importante a obteno desta informao.
Finalmente, o campo denominado Formulrio N um espao depropriedade do digitador ou da pessoa que ir fazer o controle dos formulrios. A notificao para no preencher s necessria para o caso do inventrio ser realizado por pessoas (estagirios, enfermeiras e auxiliares) que no fazem parte do grupo de manuteno.
Avaliao do questionrio
A segunda parte do questionrio (questes de 5 a 13) foi desenvolvida para a avaliao de algumas caractersticas atuais de operao e manuteno doequipamento. O modo de resposta s questes foi elaborado em um formato que facilita ao digitador a introduo dos dados no programa deprocessamento. Embora a utilizao das questes no questionrio aqui
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Gerenciamento de Manuteno em Equipamentos Hospitalares
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sugerido seja opcional ao usurio, as informaes obtidas so fundamentais para a implantao e o gerenciamento do grupo de manuteno.
Apresentamos abaixo uma relao das informaes obtidas atravs doquestionrio que podem ser utilizadas na implantao, dimensionamento egerenciamento do grupo de manuteno:
- Os tipos e a quantidade de equipamentos disponveis no servio ouunidade;
- A freqncia de quebra de cada equipamento ou modelos deequipamentos;
- A freqncia de quebra de equipamentos por servio;
- A idade de cada equipamento;
- A taxa de utilizao por equipamento;
- O nmero de pessoas autorizadas a operar um equipamento;
- O nmero de pessoas treinadas para operao de um equipamento;
- O tempo em que este equipamento fica ocioso durante manuteno;
- O nmero de atendimentos que deixam de ser feitos por falta doequipamento;
- Se existe a possibilidade de rearranjo dos equipamentos no servio ouunidade;
- Se existem equipamentos de reserva por servio ou unidade;
- A taxa de ociosidade dos equipamentos;
- Os problemas existentes para a operao dos equipamentos;
- A mdia diria de atendimentos;
- A capacidade ociosa do servio;
- Os problemas e limitaes existentes para a execuo de um determinado servio;
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- Tipo (preventiva e, ou corretiva), local (interna e, ou externa) e a qualidade da manuteno executada.
- O conjunto das informaes acima de grande importncia para:
- O planejamento dos recursos necessrios para a implantao do grupo de manuteno;
- A definio do perfil dos tcnicos a serem contratados;
- A avaliao peridica do setor de manuteno;
- O estabelecimento de metas e cronogramas de execuo de servios de manuteno;
- O tipo de manuteno a ser executada por grupo de equipamentos;
- Os contratos de manuteno externos que devem ser mantidos;
- A elaborao de programa de manuteno corretiva;
- A elaborao do programa de manuteno preventiva;
- Os servios que devem ser priorizados no atendimento de corretiva;
- elaborao do programa de treinamento a ser feito por tcnicos demanuteno;
- A elaborao do programa de treinamento para os operadores deequipamentos.
possvel tambm a elaborao de um estudo para programao dadesativao e possvel substituio de equipamentos em virtude da quantidade de quebra, tempo de ociosidade, lucro cessante (equipamento deixa deproduzir durante o perodo de manuteno) e custos de manutenoenvolvidos.
Levantamento do valor de aquisio atualizado do equipamento
Conforme mencionado acima, o levantamento do valor atualizado doequipamento, assim como, do parque de equipamentos, um dos itensimportantes para gerenciamento de um departamento de manuteno.
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Veremos mais adiante que vrios clculos gerenciais, relatrios e contratos se baseiam nesses valores.
Esses valores podem ser obtidos atravs de dois mtodos:
- atravs do valor do equipamento na poca de aquisio;
- atravs do custo de substituio do equipamento.
O primeiro mtodo o mais indicado, pois o valor do equipamento pode ser obtido atravs da nota fiscal e corrigido para a moeda atual, dependendo doano de aquisio. O segundo mtodo s deve ser utilizado em caso deinexistncia de nota fiscal. Nessa hiptese, dever ser atribudo o valor de um equipamento novo e que tenha recursos bastante semelhantes aos doequipamento pertencente unidade de sade.
Caso o valor do equipamento seja obtido atravs de nota fiscal,dependendo do ano de aquisio, necessria a converso deste valor para o valor em moeda atual, devidamente corrigido em funo da inflao do perodo. Posteriormente a essa converso deve ser efetuado o clculo do valor real do equipamento, tendo em vista a depreciao que ocorreu ao longo dos anos de utilizao. Os administradores, para efeito de contabilizao, sugerem umadepreciao de 10% ao ano. Assim, para efeito de contabilidade, umequipamento de 5 anos teria um valor 50% menor que seu valor de aquisio. Para facilitar os clculos sugerimos converter o valor registrado na nota fiscal em dlares americanos naquela data. Embora no Brasil tenha ocorrido um acrscimo, mesmo em dlares, no preo dos equipamentos, a porcentagem de erro que deve ocorrer no clculo final ser compensada pelo volume detrabalho que haveria se todos os clculos de converso e atualizaoestivessem baseados em moeda local.
Utilizando-se o mtodo e o custo de substituio, estima-se que, na data de aquisio, o valor do equipamento existente na unidade de sade seja omesmo valor do equipamento novo. A depreciao calculada de acordo com o nmero de anos de utilizao do equipamento. Para a obteno deste valor sugerimos trs opes:
- Entrar em contato com fabricantes nacionais dos equipamentos;
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- Utilizar alguma fonte de informaes em nvel internacional, por exemplo, o ECRI - Product Comparison Sistem (informaes bsicas sobre:funcionamento, estgio de desenvolvimento, problemas conhecidos,dados comparativos com fabricantes conhecidos incluindo lista de preos, dados atualizados, custo de substituio);
- Estimar o valor de equipamentos similares, no caso de equipamentosmodelos no mais fabricados.
ELABORAO DA PROPOSTA INICIAL DE TRABALHO
Para a elaborao de proposta de implantao de uma equipe demanuteno em um EAS, deve-se adotar a seguinte seqncia deprocedimentos:
- Classificao dos equipamentos por grupos de compatibilidade;
- Definio do local de realizao da manuteno;
- Definio do tipo de contrato de manuteno a ser adotado;
- Especificao do perfil e clculo do nmero de pessoas para o grupo;
- Especificao da infra-estrutura fsica necessria;
- Definio da infra-estrutura material necessria;
- Clculo dos custos de implantao e manuteno do grupo.
Provavelmente, ao contratar a pessoa para implantar o grupo de gerncia e manuteno, o responsvel por essa contratao apontou os problemasrelativos rea de equipamentos hospitalares que mais afligem o hospital.Esses problemas auxiliaro a priorizar os servios do EAS (Ambulatrios,Centro Cirrgico, UTI, etc.), para os quais devero ser desenvolvidas asatividades do grupo de manuteno. Assim, para iniciar a implantao dogrupo, recomenda-se:
- Priorizar os pontos crticos apontados pela administrao do hospital;
- Para servios hospitalares cujos operadores e o pessoal clnico em geral estejam satisfeitos com a manuteno externa e os custos dos contratos no sejam to elevados, evitar, em um primeiro momento,
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a transferncia da manuteno de equipamentos para o grupo a serimplementado;
- Para equipamentos cuja complexidade de manuteno exija tcnicoscom treinamento especializado, tentar manter os contratos demanuteno existentes at o momento em que haja a possibilidade de treinamento de tcnicos internos do grupo.
Classificao dos equipamentos por grupos de compatibilidade
Com essas premissas em mente, e acompanhando a seqncia deatividades definidas acima, deve-se primeiramente fazer a seleo eclassificao dos equipamentos em grupos. Essa atividade tem como finalidade facilitar a quantificao dos recursos materiais e humanos, assim como adefinio do perfil do pessoal a ser contratado para atuar em cada grupo de equipamento.
Agrupamento por sistema fisiolgico, ou seja, equipamentos destinados ao tratamento ou diagnstico de sistemas fisiolgicos: cardiovascular, pulmonar, nervoso, endcrino, etc. Esse tipo de classificao causa uma superposioconsidervel de equipamento com o mesmo princpio de funcionamento. Nesse caso, sugerimos que o responsvel pelo grupo de manuteno somente utilize essa classificao quando o EAS contar com um grupo de mdicosespecializados e com equipamentos de alta complexidade para o tratamento de um dos sistemas fisiolgicos mencionados acima;
- Agrupamento por especialidade clnica, ou seja, equipamentos utilizados em servios mdicos tais como; pediatria, obstetrcia, cardiologia,radiologia etc. Nesse caso, vale a mesma observao feita para o item "c".
Pode-se notar que, em qualquer modo de diviso adotado, vriosequipamentos se encaixam em mais de um grupo, como o caso deequipamentos de raio X que se encaixam tanto no grupo de imagem como no grupo de diagnstico. A maneira pela qual o responsvel pelo grupo demanuteno ir dividir particular, dependendo de cada tipo
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de hospital e de sua experincia pessoal. Entretanto, este tipo de diviso tem a finalidade de:
- Facilitar a instalao da infra-estrutura necessria para manuteno de cada grupo de equipamentos (local de gases para teste dos ventiladores, pontos de energia de diferentes tenses para equipamentos eletrnicos, tanque de limpeza de materiais empoeirados ou com graxa, capela de fluxo para limpeza de equipamentos de tica, etc.);
- Facilitar o gerenciamento de equipamentos cuja manuteno serexecutada externamente;
- Auxiliar na definio do perfil dos tcnicos que devem atuar em cadagrupo de equipamentos;
- Facilitar o sistema de gerenciamento de produtividade e custo da mo-de-obra por grupo.
Local de realizao da manuteno
virtualmente impossvel para um grupo de manuteno dar suporte paratodos os equipamentos do hospital atravs de servios internos. O hospitalnecessita de servios externos para a manuteno de equipamentos de maior complexidade eletrnica, atravs de contratos para reas especficas. NoBrasil, os contratos so normalmente destinados a equipamentos de alta emdia complexidade, que devem, em princpio, representar de 4% a 10% doparque de equipamentos instalados em termos quantitativos. Por outro lado, esses equipamentos podem atingir de 30% a 60% do valor total do parque.
Partindo do princpio de que o grupo de manuteno est na fase deimplantao e que o pessoal contratado ainda no est familiarizado com amanuteno de equipamentos mdicos, seria interessante que em um primeiro momento os equipamentos destinados manuteno interna sejamequipamentos de baixa complexidade. Os equipamentos de mdiacomplexidade e alta complexidade devem ser deixados para etapasposteriores, quando o prprio responsvel pelo grupo estiver mais familiarizado com o sistema e mais apto a solucionar os problemas que certamenteocorrero nessa
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Gerenciamento de Manuteno em Equipamentos Hospitalares
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primeira fase. Um outro motivo para essa cautela que normalmente a unidade de sade possui um grande nmero de equipamentos de baixa complexidade,que iro exigir uma quantidade razovel de horas de servio do pessoaltcnico.
Considerando que a deciso sobre o local de manuteno uma questo puramente tcnica, ou seja, que no existe uma solicitao especfica daadministrao para um determinado tipo ou grupo de equipamentos, amanuteno interna ou externa de cada grupo de equipamentos baseadatanto na disponibilidade de recursos materiais e humanos quanto nos custos para treinamento e manuteno de pessoal especializado. Para a deciso entremanuteno interna ou externa, deve-se considerar vrios fatores:
- Existncia de pessoal treinado para a manuteno de cada tipo e modelo de equipamento. A contratao de pessoal com treinamento na rea de equipamentos mdicos uma tarefa ainda bastante complexa.Normalmente, o pessoal disponvel no mercado proveniente de escolas tcnicas que possuem somente o curso para tcnicos em eletrnica ou mecnica;
- Existncia de documentao tcnica referente ao equipamento a recebermanuteno internamente. Em muitos casos, devido aodesconhecimento por parte dos compradores de equipamentos, nohouve a exigncia em contrato ou edital, do fornecimento dedocumentao tcnica, a no ser do manual de operao. Destamaneira, fica bastante complicado para um recm criado grupo, fazermanuteno em equipamentos sem a respectiva documentao tcnica;
- Existncia de equipamentos de teste e calibrao para a avaliao doequipamento aps a manuteno. Vrios tipos de equipamentos,principalmente aqueles que representam riscos ao paciente (vide portaria conjunta SVS/SAS n1, de 23/01/1996 do Ministrio da Sade),necessitam de testes de segurana e, ou calibrao logo aps umamanuteno preventiva ou corretiva. Nesses casos, o responsvel pelogrupo de manuteno deve estar bastante atento, pois, em caso dealgum acidente hospitalar por falha do equipamento, a equipe demanuteno poder ser responsabilizada;
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- Proximidade do fabricante ou representante tcnico do equipamento. Em alguns tipos de manuteno externa, o custo do transporte doequipamento at o representante tcnico ou deste para o hospital, pode se tornar mais caro que a prpria manuteno. Nesses casos, seriaimportante investir ou programar futuros investimentos para otreinamento de pessoal interno. Determinados fabricantes deequipamentos ou grupos de manuteno, no Brasil, oferecem cursos ou estgios com esta finalidade;
- Possibilidade de aquisio de peas originais. possvel que umaequipe de manuteno possua pessoal treinado e equipamentos de teste para a manuteno de um determinado equipamento e opte pormanuteno externa devido dificuldade de obteno de peas dereposio. A responsabilidade pela falta de calibrao em umequipamento de sustentao de vida aps sua manuteno to grande quanto a no colocao de determinadas peas ou dispositivos originais. Devido falta de exigncia contratual no momento da aquisio doequipamento, e dependendo da poltica interna da empresa fornecedora, esta pode recusar o fornecimento de peas de reposio ao grupo demanuteno. Tambm nesses casos recomendvel que, na fase deimplantao do grupo, algumas manutenes sejam realizadas pelofabricante ou representante tcnico.
Apresentamos a seguir uma sugesto para auxlio na deciso entre arealizao de manuteno interna ou externa, que consiste no preenchimento de uma tabela para cada equipamento ou grupo de equipamentos, na qual se atribui uma pontuao para cada parmetro colocado.
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Gerenciamento de Manuteno em Equipamentos Hospitalares
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EQUIPAMENTO:GRUPOS PARMETROS PONTOS TOTAL
I Solicitao da administrao ?
II Necessidade de rpido "tempo de resposta" ?
Existncia de pessoal treinado 10
Pessoal qualificado, mas no treinado 8III
Pessoal com baixa qualificao tcnica 0
Fcil acesso a peas de reposio 2
Relativa dificuldade para obter peas de reposio 1IV
Total impossibilidade de obter peas de reposio 0
Existncia de equipamentos de teste e ferramental 2
Existncia apenas de ferramental 1V
No existncia de ferramental e equipamentos 0
Existncia de documentao tcnica 2VI
No existncia de documentao tcnica 0
TOTAL
Tabela 1 - Pontuao atribuda a parmetros que devem ser levados em considerao no auxlio da seleo
de equipamentos para manuteno interna
A seleo de cada tipo de equipamento para manuteno interna feitaatravs da soma algbrica dos fatores tcnicos includos nos grupos III+IV +V+ VI, que deve atingir um mnimo de 13 pontos. Assim, se para a manuteno corretiva de um determinado equipamento existir pessoal treinado (10 pontos), for fcil a obteno de peas (2 pontos), existir apenas o ferramental paraexecuo do trabalho (1 pontos) e no houver documentao tcnica (0pontos), este dever ser includo no grupo de equipamentos para manuteno interna tendo em vista que a soma totaliza 13 pontos. A inexistncia dedocumentao tcnica no deve ser um fator limitante na manuteno no caso do grupo possuir pessoal treinado no reparo do equipamento. Alm disso, agrande maioria dos grupos de manuteno no possui documentao dosequipamentos sob sua
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responsabilidade. Cabe ao responsvel organizar seu gerenciamento de modo a exigir do fabricante a documentao necessria para manuteno nomomento da aquisio do equipamento.
O grupo I foi colocado na tabela porque, conforme j explicado acima, asolicitao da administrao um parmetro totalmente poltico e que pesafortemente na deciso do responsvel pelo grupo. Assim, mesmo que existapessoal qualificado, mas no treinado, importante que o responsvel leve em considerao esse parmetro.
O parmetro considerado no grupo II leva em conta a necessidade resposta rpida na manuteno. Este parmetro, normalmente, deve ser consideradopara equipamentos que no possam ser substitudos em caso de quebra, ou seja, o EAS no possua equipamentos de reserva. Nesse caso, a considerao para incluso ou no na lista de equipamentos para manuteno interna deve levar em considerao os demais fatores, principalmente a existncia depessoal treinado e de ferramental necessrio, o fcil acesso a peas dereposio e a necessidade de ferramental.
Definio do tipo de contrato de manuteno a ser adotado
Entre os vrios tipos de contratos que podem ser elaborados paramanuteno externa de equipamentos hospitalares, sugerimos duasalternativas: contratos de servio por perodos determinados e contratos deservio sob demanda.
O contrato de servios por perodo mais utilizado o que inclui a mo de obra para manuteno corretiva (opcionalmente tambm a manutenopreventiva pode ser includa) no valor do contrato entre a unidade de sade e a empresa prestadora de servio. Esse tipo de contrato feito paraequipamentos mais sofisticados (raios-X, ressonncia nuclear magntica,tomografia computadorizada, gama cmara, acelerador linear, ultra-som, etc.), quando o custo de treinamento, o valor dos equipamentos necessrios parateste de calibrao, a dificuldade de obteno de peas de reposio eprovavelmente o salrio diferenciado a ser pago para o tcnico, no justificam a manuteno interna.
Entre as modalidades de contrato de servio sob demanda podemosdestacar duas: solicitao de concerto para empresas prestadoras de servio
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Gerenciamento de Manuteno em Equipamentos Hospitalares
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com preo e qualidade de trabalho e contrato com uma empresa especfica,para atendimento de um grupo especfico de equipamentos, em que asolicitao de concerto seria feita sob demanda. O primeiro tipo de contrato bastante utilizado pelas equipes de manuteno para equipamentos de mdia e baixa complexidade. Nesse caso, a empresa s chamada quando ocorre a necessidade de uma manuteno corretiva, sendo que o responsvel pelogrupo deve sempre verificar o preo cobrado pelo servio, comparando-o comoutras empresas, e a qualidade do servio prestado. Para grupos demanuteno pertencentes a estabelecimentos pblicos, de acordo com o valor do servio, ser necessria a abertura de edital, com clusulas que prevejam o valor e a qualidade do servio. Na segunda modalidade de contrato de servio sob demanda existe um contrato formal com um determinado prestador deservio, que pago pela manuteno corretiva somente quando ocorre aquebra do equipamento, no existindo a obrigatoriedade de um pagamentomensal, como o caso de contratos de servio por perodo. Esse tipo decontrato deve ser utilizado para equipamentos de mdia e baixa complexidade, que raramente quebram e que no esto includos no programa demanuteno preventiva. Embora pouco utilizada no Brasil, este tipo de contrato pode trazer algumas vantagens em termos de preo, tendo em vista aexclusividade, durante a vigncia do contrato, do prestador de servio, que em princpio foi tambm escolhido em funo do preo e da qualidade.
Qualquer que seja o tipo de contrato a ser adotado, o modo pelo qual ele ser negociado com a empresa e gerenciado pelo grupo de manuteno um dos pontos crticos que define como o grupo, e conseqentemente o seuresponsvel, ser visto pelo restante do pessoal de sade e principalmentepela administrao da unidade.
Especificao do perfil e clculo do nmero de pessoas para o grupo
Uma vez separados por grupo de compatibilidade e definidos o nmero e o tipo de equipamentos sero mantidos internamente pelo grupo, pode-se fazer a quantificao e a especificao do perfil do pessoal a ser contratado.
A quantidade de pessoas necessrias para cada grupo de equipamentos est diretamente relacionada com a quantidade de horas de trabalho anual que o grupo deve efetivamente dispor para manter todos os equipamentos
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Equipamentos Mdico -Hospitalares e o Gerenciamento da Manuteno
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selecionados para servio interno. Para este clculo deve-se conhecer onmero mdio de horas necessrias para manuteno corretiva de cadaequipamento (TMR), o tempo mdio entre falhas de cada um destesequipamentos (TMF), e a quantidade de cada tipo de equipamento. Nesseclculo, somente devem ser considerados os equipamentos selecionados pelo grupo para a manuteno corretiva interna. A manuteno preventiva tambm no deve ser considerada aqui, pois este procedimento s dever ser adotado algum tempo (aproximadamente 12 meses) aps a implantao do grupo de corretiva.
Para o clculo anual da quantidade de horas de trabalho necessrias para manuteno corretiva (NHT/ano), temos:
NHT/ano = (n de equipamentos do mesmo tipo) x (TMR) x (12meses/TMF)
Por exemplo, se a unidade dispe de 6 monitores cardacos, a mdia do nmero de horas para manuteno corretiva de 2 horas por equipamento(TMR = 2 horas) e, se cada equipamento quebra em mdia 1,8 vezes por ano (para um TMF= 6,5 meses), ser necessrio dispor de um total de 21,6 horas tcnicas por ano para este tipo de equipamento (6 equip. x 2 horas/corretiva x 1,8 vezes/ano).
Utilizando o mesmo procedimento de clculo acima para todos osequipamentos enquadrados pelo grupo para manuteno corretiva interna e,somando todos os tempos (NHT/ano) obtidos, possvel obter o nmero total de horas tcnicas que o grupo efetivamente dever dispor para atender amanuteno interna do hospital. Infelizmente, tanto o TMF como o TMR sovalores que ainda no so de fcil obteno no Brasil. A tabela abaixo mostra valores de TMF, em meses, para os equipamentos mdico-hospitalares com maior utilizao dentro do complexo de sade da Universidade Estadual deCampinas. Esses valores foram levantados com base em aproximadamente24.000 ordens de servios (ltimos 30 meses) executadas pelo Centro deEngenharia Biomdica da UNICAMP. Os valores apresentados na tabelarepresentam a mdia dos perodos transcorridos entre manutenes corretivas para cada tipo de equipamento, independentemente de sua marca. possvel que o valor mdio apresente distores entre um fabricante e outro, mas, como o nmero de OS's levantadas bastante significativo, essas distores podem ser reduzidas. Salientamos que esses autores desconhecem
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Gerenciamento de Manuteno em Equipamentos Hospitalares
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publicaes que informem valores de TMR e TMF para equipamentos de infra-estrutura no Brasil.
EQUIPAMENTO TMF EQUIPAMENTO TMFAgitador de plaquetas 30* Estufa de uso comum 24Agitador de tubos 30* Foco cirrgico 5,5Agitador magntico 30* Fonte de luz 11Agitador orbital 24 Forno de bier 13,5Aparelho de raios-X 09 Fototerapia 15Aspirador cirrgico 24 Freezer horizontal 30Aspirador e compressor 15 Freezer vertical 12Autoclave 10 Incubadora 7,5Balana antropomtrica 30* Lmpada de fenda 08Balana eletrnica 30* Laringoscpio 15Banho-maria 30* Mamgrafo 4,5Bero aquecido 10 Mquina de hemodilise 2,5Bisturi eltrico 4,5 Mesa cirrgica 7,5Bomba de infuso 7,5 Mesa ginecolgica 30*Bomba de vcuo 30* Microcentrifuga 15Bomba de vcuo e ar 30* Microscpio 20Bomba para circulaoextracorprea
4,5 Microscpio cirrgico 04
Broncoscpio 04 Microscpio eletrnico 02Cardioversor 10 Monitor cardico 6,5Centrfuga de bancada 30* Monitor de presso no invasiva 03Centrfuga refrigerada 08 Monitor fisiolgico 7,5Colposcpio 8,5 Oftalmoscpio 20Compressor de ar 15 Otoscpio 30*Destilador 11 Oxmetro de pulso 09Detetor fetal 15 Phmetro 15Eletrocardigrafo 06 Processadora 2,5Eletroencefalgrafo 2,5 Refrigerador 30*Equipo odontolgico 06 Respirador 03Estetoscpio 09 Serra de gesso 24
*Equipamentos cujo MTF maior do que 30 meses, ou seja, que no apresentaram ocorrncias no histrico
de manuteno durante o perodo observado.
Os valores discriminados na coluna "TMF" significam o perodo, em meses, transcorrido entre as manutenes corretivas. Assim, por exemplo, o perodo mdio entre manutenes corretivas de um aspirador compressor de 15
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Equipamentos Mdico -Hospitalares e o Gerenciamento da Manuteno
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meses, enquanto que para um broncoscpio esse perodo de 4 meses. muito importante salientar que os valores de TMF apresentados nessa tabela so oriundos de equipamentos pertencentes a um local somente (UNICAMP). Hospitais que possuem equipamentos mais antigos, mais novos ou comtecnologias diferentes, certamente tero valores um pouco diferentes.
Tendo o nmero total de horas que o grupo deve dispor para manuteno corretiva anual de todos os equipamentos selecionados para a manutenointerna, torna-se possvel calcular o nmero de pessoas necessrias pararealizar todo o trabalho. O primeiro valor a ser obtido o nmero de horas por ano que um tcnico realmente trabalha na manuteno corretiva, ou seja, otempo total por ano que este tcnico est, de fato, consertando umequipamento. Para esse clculo temos:
- Total de horas de trabalho/ano = (40horas/semana x 52 semanas) = 2080 horas
- Total de horas a serem descontadas:
Mnimo de 10 feriados por ano = 80 horas
Frias anuais do funcionrio = 160 horas
Mdia anual de dias que o funcionrio pode adoecer = 40 horas
- N de horas que o tcnico est disponvel no hospital = 2.080 - 280 = 1.800 horas
Um outro ponto a ser considerado nesse clculo a produtividade dofuncionrio. Embora ele esteja presente no hospital, nem sempre est nabancada reparando um equipamento. De um modo geral, a literatura (Bronzino, 1992) sugere que seja usado um valor aproximado de 70% para o tempo em bancada. Mesmo bastante otimista para um clculo inicial, esse valor dever ser ajustado de acordo com a produtividade medida no desenvolvimento dotrabalho pelo grupo de manuteno.
Assim, adotando o valor de 70% para a produtividade, o tempo total noperodo de um ano que o tcnico estar realmente consertando umequipamento, ou seja, o tempo real para manuteno (TMC) ser de 1.260horas.
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Dividindo a quantidade de horas de trabalho necessrias para manuteno corretiva (NHT/ano) por TMC, teremos o nmero total de tcnicos necessrios para a manuteno de todos os equipamentos selecionados pelo grupo para a manuteno corretiva interna.
Por exemplo, se aps somarmos todos os NHT/ano de todos osequipamentos para manuteno corretiva interna, obtivermos um valor igual a7500 horas, a diviso deste valor por um TMC de 1260 horas, indica anecessidade da contratao de 6 tcnicos. Para facilitar o clculo do nmero de tcnicos para cada grupo de equipamentos (vide item 2.1 - Classificaodos Equipamentos por Grupo de Compatibilidade), o NHT/ano utilizado ser o resultado obtido pela soma de todos os equipamentos de cada grupo decompatibilidade.
Queremos salientar novamente que no foi possvel obter valores para aelaborao dos clculos acima, para equipamentos de infra-estrutura. Por outro lado, a prtica do pessoal de manuteno de infra-estrutura hospitalardemonstra que o custo anual desta manuteno de aproximadamente 7% a 10% do valor total da obra.
Especificao da rea fsica necessria
Os dados existentes no Brasil para a definio da rea fsica ainda esto em estudo. Dados que descrevem as reas necessrias por atividade estodisponveis somente em livros estrangeiros (Veterans Health Administration).Dessa maneira, a informao contida na tabela abaixo somente umasugesto baseada em literatura estrangeira, mas que pode ser adotadatambm no Brasil.
O espao de 37m2 a rea mnima para a instalao de um grupo demanuteno. Alm desta rea mnima, sugerimos um espao de 9,3m2 para cada empregado que deve ser dividida entre o grupo de manuteno corretiva de equipamentos de eletrnica e de mecnica. Essa rea total inclui um espao entre as bancada para a colocao de algum equipamento de grandesdimenses (mquina de hemodilise, ultra-som, estufas, etc.), espao para a passagem de outro equipamento, arquivos, alguns equipamento mecnicos(furadeira de bancada, torno, esmeril de bancada, bancadas planas paratrabalhos mecnicos, etc.).
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Manut. corretiva e desenvolvimento 37m2 (espao mnimo) +9.3 m2/empregado
Recebimento e limpeza 9 m2 (espao minimo) +2,3 m2/empregado
Armazenagem 9 m2 (espao mnimo) +2,3 m2/empregado
Reunies e biblioteca 14 m2
Sala do diretor 14 m2
Secret. e sala de espera 11 m2 para 1 empregado mais7,5 m2/empreg Adicional
Banheiros 1 para at 20 ampregadosA rea destinada ao recebimento e limpeza um espao onde o funcionrio
pode tanto abrir e limpar o equipamento como fazer os testes de inspeo para novos equipamentos adquiridos pelo EAS.
Na rea de armazenamento, deve-se levar em considerao os armrios necessrios para o armazenamento de equipamentos e espaos no solo para o armazenamento de equipamentos de grandes dimenses.
Definio da infra-estrutura material necessria
Alm das consideraes j feitas, devemos considerar tambm os itens de materiais relacionados abaixo, que devem compor a infra-estrutura da equipe de manuteno.
- Ferramentas necessrias para os tcnicos de eletrnica, mecnica erefrigerao (vide ANEXO I);
- Equipamentos essenciais para utilizao em bancada (ANEXO II),equipamentos para teste e calibrao de equipamentos mdico-hospitalares (ANEXO III);
- Documentao tcnica;
- Telefone e, ou Central de recados (bip);
- Escritrios, suprimentos operacionais (canetas, envelopes, papis, etc.);
- Infra-estrutura predial para manuteno;
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- Assinatura de revistas e publicaes tcnicas, compra de livros, etc;
- Diversos
Ferramentas necessrias para os tcnicos de eletrnica, mecnica erefrigerao.
Como ser visto nos captulos sobre manuteno corretiva e preventiva,todas as vezes que um tcnico enviado para execuo de um servio fora da oficina (relacionado a um equipamentos ou manuteno predial), deve levarconsigo uma maleta com um mnimo de ferramentas essenciais. Esteprocedimento reduz significativamente o tempo de reparo, assim como evita as idas e vindas entre a oficina e o local de execuo do servio. No Anexo I h uma lista com a relao das ferramentas bsicas necessrias para tcnicos de manuteno de equipamentos eletrnicos, mecnicos e de refrigerao. Cada tcnico deve ter uma maleta para guardar estas ferramentas, assim comooutros materiais especficos do conjunto de equipamentos pelos quais ele responsvel. No Anexo II apresentamos uma relao de equipamentos deutilizao geral que devem fazer parte dos recursos do grupo de manuteno. Como o manual destinado implantao de um grupo de manuteno deequipamentos e materiais de infra-estrutura existentes em um hospital, arelao contempla um nmero bastante grande de equipamentos paramanuteno de itens de hotelaria, eletrnicos, mecnicos e de infra-estruturapredial.
Material para teste e calibrao de equipamentos sob manuteno
O Anexo III relaciona os equipamentos de teste e calibrao que so muito utilizados por equipes de manuteno de equipamentos mdico-hospitalares. importante salientar que, embora nem todos os equipamentos possam seradquiridos em funo do alto custo total, alguns deles so fundamentais para o grupo (marcados com *), tendo em vista que so utilizados para teste deequipamentos mdico-hospitalares para sustentao de vida dos pacientes.
Documentao tcnica
Nem todos os equipamentos existentes no hospital possuem documentao tcnica que auxilie sua manuteno. Enquanto alguns fabricantes se dispem a entregar esta documentao gratuitamente, outros somente as vendem.Entretanto, nem todos os fabricantes esto dispostos a fornecer adocumentao, tendo em vista que favorecem seus representantes tcnicos
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na regio. Assim, logo que o grupo de manuteno for implantado, seuresponsvel deve visitar os vrios servios clnicos e reunir toda adocumentao relativa aos equipamentos do hospital, inclusive os manuais de operao ainda existentes (vide captulo 3, sobre gerenciamento). Com isso, possvel identificar a documentao faltante e tentar providenci-la junto aofabricante ou a outros hospitais que possuam o mesmo equipamento. Por essarazo, necessrio programar uma reserva financeira para a aquisio dadocumentao dos equipamentos com maior prioridade, ou seja, daqueles que tero manuteno interna e que foram priorizados em funo da tabela 1 dedecises, j apresentada no item "Local de Realizao da Manuteno".
Telefone e, ou Central de recados (bip)
O sistema de comunicao do local onde est localizado o grupo demanuteno, assim como a comunicao entre os tcnicos do grupo, fundamental tanto para o gerenciamento como para a viso do usurio com relao qualidade do servio oferecido. Assim, caso a administrao permita, alm da obrigatoriedade de instalao de um sistema de telefonia, seriaimportante o aluguel de um sistema de comunicao do tipo "bip" ou "pager" que permita a implantao de um programa de planto noturno ou de final de semana distncia, assim como a localizao do pessoal tcnico em casos de emergncia. O grau de dificuldade que o usurio encontra para comunicaocom o pessoal de manuteno reflete diretamente na viso de qualidade deservio que o grupo pretende apresentar.
Escritrios, suprimentos operacionais (canetas, envelopes, papis, etc.)
Com a implantao do grupo, necessrio que sejam considerados oscustos relativos aquisio de mobilirio para escritrio (escrivaninhas, mesas para computadores e, ou mquinas de escrever, computadores e seusacessrios, impressoras, armrios, prateleiras, arquivos de ao, cadeiras emesa para reunio) e mobilirio para a oficina de manuteno (bancadas,armrios, mesas e cadeiras).
Alm do mobilirio, a manuteno exige uma srie de materiais e atividades burocrticas que envolvem desde o gerenciamento dirio do grupo at acomunicao escrita com os usurios dessa infra-estrutura. Assim, caso os materiais de escritrio no sejam diretamente fornecidos pela administrao do hospital, necessrio uma programao financeira para a aquisio de
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papis, canetas, borrachas, fita de maquinas de escrever, material deinformtica, etc.
Para o pessoal que trabalha com equipamentos eletrnicos, importanteque sejam instaladas nas bancadas, tomadas com configuraes (pinos -redondos e chatos, triangulares, etc.) e tenses (110 V e 220 V) que permitam a conexo dos diferentes equipamentos existentes na unidade. O Anexo VIIapresenta sugesto para o projeto de uma bancada para oficina mecnica. A eliminao do armrio existente em cima e substituio por uma prateleira(tbua), permite sua utilizao em oficina eletrnica. Nessa prateleira serocolocados equipamentos de teste e de gerao de sinais.
Infra-estrutura predial para manuteno
Devido ao grande universo de equipamentos mdico-hospitalares queutilizam diferentes princpios fsicos e diferentes fontes de energia eltrica oumecnica, necessrio que a oficina possua cada uma dessas fontes para que os equipamentos possam ser operados. Assim, necessrio que sejaminstalados pontos de ar comprimido para o funcionamento de ventiladoresmecnicos, rede eltrica para 110V e 220V com tomadas de diferentes tipos pelo motivo mencionado acima, uma rede de terra de acordo com as normas ABNT (NBR 5410, NBR 5419 e NBR 13534), iluminao de acordo com as orientaes tcnicas da NR-15, Anexo quatro da portaria de 08/06/78 doMinistrio do Trabalho, nveis mnimos de iluminamento em Lux por atividade, um tanque grande com ponto de gua para lavagem de equipamentos e peas sujas de graxa ou eventualmente de substncias orgnicas, um ponto de ar comprimido para limpeza de materiais empoeirados atravs de ar pressurizado e um armrio, preferencialmente na parte externa, para armazenamento das substncias inflamveis (querosene, ter, gasolina, lcool) utilizadas nalimpeza e desengraxe de alguns componentes eltricos, ticos e mecnicos.
Assinatura de revistas e publicaes tcnicas, compra de livros, etc.
A aquisio de revistas, publicaes especializadas, manuais demanuteno e livros tcnicos, fundamental para que as pessoas do grupopossam estar sempre atualizadas com o que ocorre na rea de manuteno. Por menor que seja o nmero de pessoas que compem esse grupo, importante a existncia
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de fontes de informaes sobre os novos lanamentos de equipamentosmdico-hospitalares a nvel nacional e internacional, locais de aquisio depeas de reposio, dispositivos de infra-estrutura predial e sensores mdicos. Essas informaes, bem como os catlogos de equipamentos, sonormalmente distribudas gratuitamente pelos prprios fabricantes oufornecedores dos materiais. A organizao de uma pequena biblioteca quecontenha todas estas informaes muito importante para o caso deespecificaes tcnicas de novas aquisies, assim como, para a discusso com o corpo clnico sobre os recursos que cada equipamento pode oferecer. tambm importante a aquisio de livros sobre sistemas de gerenciamento em manuteno e sobre os princpios de funcionamentos de alguns equipamentos mdico-hospitalares tais como ultra-som, tomografia computadorizada, raios-X,ressonncia nuclear magntica, etc. O entendimento bsico do princpio defuncionamento desses equipamentos auxilia a discusso com os mdicos e a programao de eventuais cursos de atualizao para o corpo tcnico do grupo de manuteno.
Diversos
O clculo de uma reserva financeira para este item depende do tipo deestrutura do EAS, assim como das necessidades do grupo de manuteno. Em alguns casos, por exemplo, o local de manuteno fica distante dos locais onde esto os equipamentos, o que implica na necessidade de transporte.Dependendo da filosofia administrativa do EAS, o grupo deve possuir um meio de transporte, o que demanda gastos com manuteno e combustvel, ouento o transporte do equipamento deve ser providenciado pela unidade quesolicita o servio. Um outro problema que depende da administrao daunidade a responsabilidade pelo transporte de pessoas para aquisio depeas de reposio. Assim, antes de fechar o oramento para implantao do grupo e futuramente o oramento anual para a manuteno do grupo, importante que o responsvel avalie itens como:
Transporte de equipamentos e o custo do seguro para este transporte
Transporte de pessoal para o local de reparo dos equipamentos
Dirias para pessoal de compras ou treinamentos
Despesas de viagem para eventuais treinamentos
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- Despesas com pessoal para eventuais visitas ao fabricante oufornecedor
- Despesas de viagem para eventuais visitas aos prestadores de servio
- Despesas de viagem para visitas a outros grupos de manuteno
- Aquisio de equipamentos de laser (rdio, toca fitas, geladeira, etc.)
- Despesas com lanches, caf, etc.
- Pagamento de aluguis (sistemas de comunicao, rea ocupada pelamanuteno, equipamentos especficos, etc.)
- Aquisio de materiais de limpeza
Organizao dos custos de implantao e manuteno do grupo
Uma das maneiras de simplificar o clculo do custo de implantao emanuteno do grupo de manuteno e de facilitar a apresentao do relatrio administrao enquadrar cada um dos itens acima em duas classes, ou seja, itens de custo varivel e itens de custo fixo.
Itens de custo varivel so aqueles cujo valor se altera de maneiradiretamente proporcional produo do grupo; quanto maior a produo, maior o gasto que o grupo ter com esses itens. Itens de custo varivel tambm podem ser entendidos como aqueles que no existiro se no houver fora de trabalho. Nessa classe no enquadram:
- Despesas com treinamento dos funcionrios
- Material de consumo para o escritrio
- Aluguis de sistemas de comunicao
- Peas de reposio de alta circulao (componentes eletrnicos, peas mecnicas de pequeno porte, substncias de limpeza, etc.)
- Qualquer outra despesa que dependa do trabalho desenvolvido pelogrupo (viagens, combustvel, dirias, etc.)
Itens de custo fixo so aqueles cujo valor no se altera, independentementeda quantidade de trabalho desenvolvido. Nessa classe so enquadrados:
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- Salrios e encargos dos funcionrios do grupo de manuteno;
- Aluguel e, ou valor da rea onde est localizada a equipe demanuteno;
- Depreciao do capital investido em equipamentos de teste e calibrao;
- Sistemas de comunicao que sejam adquiridos em carter permanente;
- Peas de reposio que devem ficar armazenadas em funo dadificuldade ou demora em sua obteno (tubos de raios-X, placas decircuito impresso de equipamentos fora da linha de fabricao, etc.). Os valores envolvidos so normalmente bastante altos e podem representar uma porcentagem significativa do total dos itens de custo fixo.
O conhecimento detalhado de cada um dos itens levantados acima bastante complexo, tanto para EAS's que nunca praticaram o controle degastos com equipamentos, como para pessoal iniciante na rea demanuteno. Assim, provvel que o responsvel pela elaborao da proposta tenha informaes suficientes para o clculo dos custos de alguns itens e fazer algumas estimativas para o restante dos itens. Qualquer que seja a qualidade da informao que esse responsvel possa obter, dificilmente podernegligenciar qualquer um dos itens listados, sob o risco de necessitar em futuro bem prximo de uma complementao no oramento. Mesmo para um grupo iniciante, isto pode refletir negativamente na viso que a administrao possa ter do responsvel. Por outro lado, se todos os custos foram levantados eapresentados, mas a administrao no contemplou o valor total do oramento, uma eventual solicitao extra-oramentria no futuro ser plenamentejustificvel embora eventualmente tambm no seja atendida.
Elaborao de proposta para apresentao administrao
Uma vez terminado todo o levantamento de dados sobre o parque deequipamentos existentes no EAS e calculados os recursos necessrios para a implantao do grupo de manuteno, deve ser elaborada e apresentada administrao, uma proposta para a implantao da equipe de manutenocontendo os resultados desse trab