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Ministério de Minas e Energia. BIOCOMBUSTÍVEIS: A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA E VISÃO DO GOVERNO. José Lima de Andrade Neto Secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Brasília, 27 de agosto de 2008. CONTEXTO ENERGÉTICO MUNDIAL. Avanço da economia mundial - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
Ministério de Minas e Energia
BIOCOMBUSTÍVEIS: A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA E VISÃO DO GOVERNO
José Lima de Andrade NetoSecretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis
Brasília, 27 de agosto de 2008
CONTEXTO ENERGÉTICO MUNDIAL
Avanço da economia mundial
Crescimento da demanda
Preços altos dos energéticos
Capacidade de refino no limite
Forte dependência em energéticos não-renováveis
Condições climáticas em alteração
Instabilidade geopolítica e conflitos bélicos em importantes países supridores de energia
DESAFIOS PARA A POLÍTICA PÚBLICA EM ENERGIA
Segurança no suprimento energético de longo prazo
Modicidade dos preços dos energéticos
Manutenção da competitividade da indústria local
Mudanças climáticas e meio ambiente
BIOCOMBUSTÍVEISBIOCOMBUSTÍVEIS
POLÍTICA ENERGÉTICA NACIONALLEI Nº 9.478/97
Objetivos estabelecidos em Lei:
Incrementar a participação dos biocombustíveis na matriz energética nacional
Proteger o meio ambiente
Promover a segurança energética com menor dependência externa
Proteger os interesses do consumidor através da regulação e fiscalização do órgão regulador
Promover a livre concorrência
Álcool Hidratado
13,7%
Álcool Anidro8,2%
Gasolina23,3%
Diesel50,9%
Biodiesel0,5%
GNV3,4%
Matriz de Combustíveis Veiculares - 2007
Gasolina C:Gasolina + Etanol Anidro
23,3 + 8,2 = 31,5% Etanol (Total)
8,2 + 13,7 = 21,9%
Diesel (Total)50,9 + 0,5 = 51.4%
CombustívelProdução Consumo
Importação Líquida
Exportação Líquida
Importação Líquida
Exportação Líquida
Mil m3 Mil m3 Mil m3 mil m3% da
demanda % da
produção
GASOLINA 21.591 17.903 - 3.688 17%
ÁLCOOL 21.841 18.311 - 3.530 16%
DIESEL 39.120 43.173 4.053 - 9%
BIODIESEL 399 399 - 0 0%
ÓLEO COMBUST. 15.264 9.977 - 5.287 35%
QAV 4.026 4.917 890 - 18%
Fonte: ANP, MAPA e MDIC (elaboração MME). (1) Produção de etanol combustível. Não considera etanol para outros fins.
Dependência
Auto-suficiênciaNo Brasil, o Álcool e a Gasolina hoje sãomercados com a mesma ordem de grandeza
Produção de Combustíveis e Dependência (2007)
(1)
ETANOL NO BRASIL: 83 ANOS DE EXPERIÊNCIA
1925: Primeiros testes utilizando etanol misturado à
gasolina
2008: Sustentabilidade e benefícios ambientais
10 montadoras multinacionais instaladas no País produzem hoje 100 diferentes modelos de veículos FFV
2003: Carro Flex-Fuel - um produto brasileiro Permite o uso de qualquer mistura de álcool hidratado e Gasolina
com álcool anidro (0 a 100%)
Em 2008: os flex-fuel representam 88% do total de 2,39 milhões de veículos leves licenciados no país em julho (incluindo os importados)
Total de veículos flex-fuel licenciados (01/2003-07/2008): 6,0 milhões de unidades
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio;Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
Licenciamento de automóveis e comerciais leves Por combustível - Nacionais e importados
0%
20%
40%
60%
80%
100%
jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08
Flex Álcool Gasolina Diesel
Cenário Atual: Mercado Automotivo Brasileiro por Tipo de Combustível
Iníc
io d
o Fle
x-Fuel
4%
8%
88%
Fonte: ANFAVEA 2008
DEMANDA DE COMBUSTÍVEL PARA VEÍCULOS CICLO OTTO
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
ANO
106 BEP
DEMANDA TOTAL COMB CICLO OTTO (COM GNV)
DEMANDA TOTAL COM CICLO OTTO (SEM GNV)
PRODUÇÃO DE GASOLINA
CONSUMO DE GASOLINA
Economia do Álcool Combustível no Brasil
Fonte: MME 2008, BEN 2007+ Economia total acumulada de 1,248 bilhão de bep ou 22 meses de produção nacional de petróleo hoje.
DEMANDA TOTAL COMB CICLO OTTO (COM GNV)
DEMANDA TOTAL COMB CICLO OTTO (SEM GNV)
PRODUÇÃO DE GASOLINA
CONSUMO DE GASOLINA
Quanto o País necessitaria dispor para atender à demanda por combustíveis para
veículos ciclo-otto caso o Etanol não existisse
Economia efetiva acumulada de 854 milhõesde bep ou 15 meses de produção nacional
de petróleo hoje.
NO PERÍODO, COM A UTILIZAÇÃO DO ÁLCOOL, FOI EVITADA
A EMISSÃO DE 800 MILHÕES DE TONELADAS DE CO2
ETANOL NO BRASILLOCALIZAÇÃO DAS USINAS - 2007
Fonte = MME – MAPA – UNICA - 2008
Produção em 2007:
22,5 bilhões de litros
REGIÃO NORTE-NORDESTE 81 UNIDADES
• USINAS DE AÇÚCAR 8• DESTILARIAS 24• USINAS C/ DESTILARIAS 49
REGIÃO CENTRO-SUL317 UNIDADES
• USINAS DE AÇÚCAR 9• DESTILARIAS 107• USINAS C/ DESTILARIAS 201
91% da produção de álcool
9% da produção de álcool
EMPREGOS GERADOS (2006)
3,6 MILHÕES(Diretos e Indiretos)
↑ 21% (2006)
Evolução da Produção de Álcool
150
200
250
300
350
400
450
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
mil
hõ
es
de
to
ne
lad
as
Fonte: IBGE - Abr/2007 (elaboração MME)
50.000
55.000
60.000
65.000
70.000
75.000
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
Kg
/ h
ec
tare
+32%
Fonte: IBGE - Abr/2007 (elaboração MME com base na produção e área colhida)
Usinas em Operação (398)
Usinas em Construção (80)
2007• Produção: 22,5 bilhões de litros • Exportação: 3,53 bilhões de litros• 6,7 milhões de hectares (cana-de-açúcar)
Evolução da Produção e da Produtividade da Cana-de-Açúcar no Brasil
Produção Produtividade
Região N-NE: 9% da Produção
Região Centro-Sul: 91% da Produção
Fonte: DATAGRO (in “New trends to the ethanol supply chain in Brazil”, Simoes, R.B., Master Thesis, Universiteit Van Tilburg, Holanda, Jul-2006)
VANTAGEM COMPETITIVA NACIONALCUSTO DE PRODUÇÃO DE ETANOL
154
75
32
4651
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
UE (Cereais) EUA (Milho) Austrália(Cana-de-Açúcar)
Tailândia(Cana-de-Açúcar)
Brasil (Cana-de-Açúcar)
US
$ /
litr
o
US$ / barril
US$ / barril
US$ / barril
US$ / barrilUS$ / barril
produçã
o contín
ua no an
o
produçã
o na safr
a
Beterraba Trigo(Cana-de-Açúcar)
Fonte: World Watch Institute (2006) e Macedo et al. (2008). Elaboração: UNICA
Milho
ETANOL: Balanço Energético
Fonte: UNICA
Etanol: Expectativa de Crescimento do Setor
26,530,7
35,038,5
42,046,0
49,0
0
10
20
30
40
50
Bilh
ões d
e lit
ros
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015Produção por Safra
A Produção de Etanol deverá aumentar em mais de 80% nos próximos 6 a 7 anos
BIODIESEL
Mamona Girassol Dendê AlgodãoSoja
BRASILDiversidade de Matérias-Primas
Biodiesel versus Etanol: Diferentes Motivações Etanol (1975): basicamente motivações de ordem econômica. Motivações para o biodiesel (hoje):
Econômica: novamente altos preços do petróleo, porém a dependência externa do Brasil em relação ao petróleo não existe mais. Social: necessidade de geração de empregos e de fixar as famílias no campo. Ambiental: introduzir na Matriz outro combustível renovável e sustentável.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
US
$ /
ba
rre
l
Oil - Brent Dated
1975: lançamento do Proálcool
Preços do Petróleo
2003: Programa do Biodiesel
Lei 11.097/2005: Estabelece os percentuais mínimos de mistura do biodiesel ao diesel, além de escalonar a introdução desse novo combustível no mercado.
Biodiesel: Marco Regulatório
2005a
2007
AutorizativoMercado Potencial
840 milhões de litros/ano
2%
2008a
2012
ObrigatórioMercado Firme :
1 bilhão de litros/ano
2%
De 2013em diante
ObrigatórioMercado Firme :
2,4 bilhões de litros/ano
5%
3% a partir de julho (2008)
Biodiesel: Produção e Capacidade Instalada
-
50
100
150
200
250ja
n
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
2006 2007 2008
mil
m3 /
mê
s
Produção de biodiesel
Capacidade operacional (ANP + RFB/MF)
Capacidade operacional com SELO SOCIAL
Demanda média p/ B3 2ºS/08
Obrigatório
Autorizativo
Fonte: Produção = Dados Estatísticos Mensais - ANP; Capacidade = Levantamento MME. (*) Estimativa MME com base nas entregas nos leilões.
Demanda média p/ B2
Demanda média p/ B5
em 2013
SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL : COMO FUNCIONA?
Se o produtor de biodiesel deseja obter o Selo Combustível Social, ele deve:
1) Comprar regularmente quantidade mínima de matéria prima que venha da agricultura familiar (50% NE, 30% SE e S, 10% N e
CO); e …
2) Providenciar a assistência técnica adequada: sementes certificadas, técnicos rurais, melhores práticas etc; e …
3) Assinar um contrato com cada agricultor familiar (ou cooperativa) em termos que devem ser considerados adequados por um sindicato de trabalhadores rurais
reconhecido pelo governo.
CONCLUSÕES
PRODUÇÃO DE ENERGIA
X
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
DESAFIO GLOBAL
EE
Disponível para Expansão99.8 mi Ha
(11.7%)
Pastagens172.3 mi Ha
(20.2%)
Terras não cultivadas
502.2 mi Ha (59%)
Culturas Anuais e Permanentes
70.3 mi Ha (8.3%)
Cana-de-Açucar para Etanol
4.2 mi Ha (0.5%)
Oleaginosas p/ Biodiesel B3
2.2 mi Ha (0.3%)
Uso das Terras no Brasil Área Total = 851 milhões de hectares
Não-Agricultáveis:- Cidades, rios e lagos- Áreas não apropriadas para cultivo - Áreas preservadas (florestas e áreas indígenas) Fonte: MAPA e IBGE. Elaboração MME.
Agricultura Brasileira: Evolução da Área Plantada, Produção e Produtividade
36%
268%
169%
-50%
0%
50%
100%
150%
200%
250%
300%
Var
iaçã
o A
cum
ula
da
(%)
Área Plantada Produção Produtividade
Arroz, Feijão, Milho, Soja, Trigo, Cana-de-Açúcar (álcool e açúcar), Amendoim, Caroço de Algodão, Aveia, Centeio, Cevada, Girassol, Mamona, Sorgo e Triticale.
Elaboração MME/SPG/DCR
Considerações Finais• O ganho de produtividade permite aumentar a produção agrícola, mantendo ou até mesmo reduzindo a área plantada.
• Entre 1976 e 2007, a expansão da cana para produção de álcool (3,2 milhões de hectares) foi muito menor do que a expansão das culturas alimentares (11 milhões de hectares).
• Há mais de 170 milhões de hectares de pastagens. Um aumento de produtividade na criação de gado de 10% liberará quase 20 milhões de hectares.
• Não obstante, há 99 milhões de hectares livres para a expansão agrícola no Brasil.
BIOCOMBUSTÍVEIS: PERSPECTIVAS NO FUTURO PRÓXIMO
Demanda crescente no mundo
Preocupações ambientais mais rigorosas
Aumento do comércio internacional
Avanço na produtividade e no balanço energético dos biocombustíveis:
• Biodiesel: novas oleaginosas (6.000 L/ha) versus culturas tradicionais (600 L/ha)
• Etanol: novos métodos produtivos (hidrólise do bagaço/celulose)
O desenvolvimento desta tecnologia trará:Segurança Energética + Segurança Alimentar
Muito Obrigado!