metodos de determinaçao de vazao com o emprego de

121
URIEL DUARTE METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE TRAçADORES RADTOATTVOS Dissertação de Mestrado a presentada ao lnstituto de Geociências da Uni- versidade de São Paulo. "'N SAO PAULO 1973

Upload: doankiet

Post on 07-Jan-2017

230 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

URIEL DUARTE

METODOS DE DETERMINAçAO DE

VAZAO COM O EMPREGO DE

TRAçADORES RADTOATTVOS

Dissertação de Mestrado a presentadaao lnstituto de Geociências da Uni-versidade de São Paulo.

"'NSAO PAULO

1973

Page 2: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

AGRADECIMENTOS

Expresso meus agradecimentos:

- ao Instituto de Energia Atônica (I.E.A. ) , na pes-soa de seu Superintendente professor Dr. RônuloRibeiro Pieroni, pelo consentimento da realizaçãodeste trabalho;

- ao professor Dr. Nelson Ellert, meu orientador no

campo de geociências, pelo incentivo e interesse-demonstrado neste novo canpo da ciência nuclear;

- ao professor Dr. I\rladirnyr Sanchez, diretor da Di-visão de Aplicação de Radiois6topos na Engenha-ria e Indústria (D.A.R.E.I.) , a qual pertenço,pe-1a orientação dada durante as experiências,assincomo pela cuidadosa revisão dos textos aqui apre-sentado s ;

- ao professor Dr. Ednundo Garcia Agudo, pela ajudae orientação durante e depois cla realização dos

ensa io s ;

ao professor Dr. Antonio Carlos Gerônino Castagnetpelas observações teóricas e ptâ,tícas dos méto-dos empregados;

ao Sr. Claudio Szulak pelos projetos da aparelhagen extra usada durante o transcorrer dos ensaios;

ao ge6logo Claudio Lisias Seignemartin pela aju-da nos trabalhos de campo;

a f ísica Barbara lr{aria Rzyski pelos excelentes de

senhos e gráficos aqui apresentados;

Page 3: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

aos meus colegas da Divisão eu€, direta ou indiretamente, contribuiran na realíza.ção deste trabatho ;

- as Srtas. Vera Lucia da Costaca pela datilografia;

e þlaria Luiza Frés-

]-n-- ao Sr. Jayne Alves da Silva pelo trabalho depressão e montagen desta dissertação.

Page 4: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

f ¡ror ce

CAPITULO I - NOÇÕES DE RADIOATIVIDADE

Is6topos ... ............Abundância Isot6pica .....Radiois6topos Naturais e 56ries Rad.ieativasDesintegração dos Isótopos Naturais . . ¡. . r . .. .. ..Reação Nuclear .......... ..... .........Is6topos ArtificiaisLei Fundanental da Radioatividade .....AtividadeFormas de Des;;;;;;;;;;- Emissão de PartÍculas- Emissão de Partículas- Emissão de Raios Gama

.aaaaaaa.a

aaaaaaaaaa

CAPITULO I I -TRAÇADORES

r.1T1

r.3I.4r.5I.6T,7I.8I.9r.9.1r.9.?,r.9.3

II.1IT.2II.3II.4II.5II.6II.7

II.8

rI.8.1II .8 .2II.8.3

4

6

6

7

7

9

11

18

19

19

20

2L

Considerações Gerais .. ........... .. .......Traçador ldeal ... .....Traçadores não Isotópicos .......Traçadores Radioativos ... ¡. .....Aplicação de Radíoisótopos ........ ..,.....Técnicas de Medida .. r,.Vantagens e Inconr¡enientes no uso de TraçadoresRadioativos .. ...Riscos Derivados do uso de Radiois6topos en Hidrologia- Irradiação Externa- Irradiação Interna

I sot.6picas Uti-- Riscos Potenciais das Técnicas

23

z4

z6

27

32

32

40

4I42

45

Lizadas ... ..... 51

Page 5: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

CAPITULO III - MEDIDAS DE VAZÃO

III.1 - lvt6todos ConvencionaisIII,Z - Distância Mínima de llomogeneízação .....III.3 - Verificação da Homogeneização (Lateral)I II . 4 - Tempo de Passagem da "Onda Radioati.va". . . 62

IILS - tvl6todos Radioisot6picos 64

III.5.1 - Método dos Dois Picos 64

III.5.2 - tvtétodo da Contagem Total ... 69

III.5.2,I - Variantes do Méto<lo 73

III.5.Z,2 - Sistemas de Injeção 75

III.5,?,.3 - Correntes Divergentes ... 75

III.5.2.4 - Constante de Proporcionalidade cu de Calibração ..... ,..,. lZ

III.5.2.5 - Cá1culo da Atividade a Injetar ........ 79

III.5.3 - trtétodo da Injeção ContÍnua ou da Diluição .... 81

III.5.3.1 - Câ,lculo da Atividade a Injetar ........ 84

III.6 - Comparação entre os M6todos Descritos .......... 84

CAPITULO IV . PARTE EXPERIMENTAL

IV.l - Medidas de Vazão em Tubulações .¡........ 88

IV.1.1 - Método da Contagem Total ........ ...,..... 88

T.V.L.Z - Método dos Dois Picos ........ 94

IV.1.3 - Comparação entre os resultados obtidos ........ 97

IV.2 - Medidas de Vazão em Canalizações ... ........ 99

IV.s - Medidas deVazão em Rios ........ ......108IV.4 - Conclusões e 0bservações ... .Ll?

Bibliografia . . .114

54

57

61

Page 6: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

INTRODUÇÃO

A medida de vazão 6 problema fundamental en muítoscampos, notadamente em engenharia e hidráu1ica. Incansáveisbuscas experimentais e teóricas sobre o problema desenvolveram grande numero de 'so1uções aproximadas. Para cada aplicação em particular foi desenvolvida una técnica, geraLmente

com sucesso limitado. Os nétodos aqui desenvolvidos alen de

serem aplicáveis noS casos em que os nétodos convencionaisnão poden ser util ízados apresentam melhor resolução e ve!satilidade.

Os aparelhos comumente usados nas nedições de va

zâo ern tubulações apresentam várias deficiencias. Por exem-

plo, un tubo de Pitot mede a velocidade linear na ponta do

tubo. Para se nedir volume torna-Se necessário considerar aseção transversal da corrente con o tubo Pitot, ou usar -seuma f6rnula empÍrica, para cálculo do fluxo nedio, por neioda integral dos pontos da â,rea transversal. Poclen tanb6m a-presentar defeitos provocados pelas partÍculas em suspensão,

que podern obstruir parcial ou totalmente a abertura do tubo.

Placas com orificios tamb6n servem ã medição de va

zão, mas elas dependen de fornulas enpÍricas, con numerosos

coeficientes. Quando um orificio estiver corroido ou houverincrustações, a precisão das medidas será prejudicada. As

fórmulas usadas nos cálculos de va.zão em tubulações, com es

tes aparelhos, levam em conta um fator empírico, que depen-

de da natureza da parede da tubulação.tr,tétodos de clissolução, proporcionam resultados pre

cisos, quando usados em 1íquidos limpos, com aparelhagem

nantidas em perfeitas condições de operação e frequentemen-te calibradas. Com estes métodos utilizarn-se traçadores químicos (cloreto de s6dio fenóis, ácido b6rico, detergentes,etc...) e colorantes (fluoreceina, dicromato de potássio 'rodamina B, eosina, roxo do congo, etc.), que alén de caros

não são aplicáveis em medidas de grandes vazões. Poden pro

vocar ainda contaminações duradouras sendo fisicamente afe

Page 7: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

z

tadas pelo meio em medição.vertedores tanbem possibilitan nedições de vazão,por

neio de fórmulas seniempíricas. Quando as condições são anor

nalmente baixas ou altas, geralmente as fórmulas não conduzern

a resultados precisos.Nornalmente, eû nedições de vazão <1e rios,utiliza-se

o molinete. Este aparelho, que necessita de cuidadosa rnanuten-

ção após cada campanha de nedidas, poderá proporcionar resultados insatisfatórios em decorrência de sua parte necânica.Exis-te ainda a necessidade de se conhecer a seção transversal do

escoamento ou "perÍmetro molhado", o que 6 trabalhoso, dada a

quantidade de fatôres intervenientes.Em estações f ixas, de registro cont.Ínuo, os medido-

res convencionais são insubstituíveis, mas devem ser periodica

mente calibrados. Geralmente as calibrações são realizadas por

neio de nétodos convencionais. Atualmente a técnica mais indi-cada para aferição das nedições de vazão ê a dos traçadores ra

dioativos.São várias as vantagens apresentadas pelas técnicas

radioisotópicas de nedição de vazão, e entre elas pode-se des-

tacaT a identidade entre o agente marcado e o marcador, que

pode chegar ao nível atônico (urn átomo do is6topo radioativose comporta do nesmo nodo que um átomo estável do mesno elemen

to). A deteção do radioisótopo tanbém pode a.lcançar níveis atõ

micos (os radioisótopos de vida curta, com perÍodos de 100

dias ou menos, podem ser detetados em quantidades pequenas cg

mo 10-16 o., l0-17 d" gramas). Ainda como vantagens, a técni-ca possibilita medições "in situ" e vida linitada do radiois6-topo r QU€ pode ser escolhido de acôrdo com a duração previstapara a experiência.

Entre os nétodos de medição de vazlo descritos nes-

te trabalho, util iza-se con nais frequência o da. "contagem To-

ta1". Seu enprego possibilita obter valores (r'om precisão da

orden de leo e as nedições independen do conhecimento da seção

transversal do escoamento.

Foi D. E. Hull, eñ 1957, Qü€ ao arlalisar medidas re3

lizadas em um oleoduto, onde periodjcanente se havia injetado

Page 8: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

3

determinado radiois6topo, adaptou o m6todo dos traçadores quÍmicos aos traçadores radioativos. Con o nétoclo da Contagem To

ta1 mede-se o fluxo ern qualquer parte da corrente e em di-versos tipos de corrente. Por neio de un detetor de radiação,fixo em uma seção a jusante, suficientemente distante paraproporcionar conpleta mistura do traçador com o escoamento,

registra-se a contagem da radiação enitida durante a passa-gem da nuvem radioativa. A relação entre a contagem total da

radiação N, a atividade A de traçador injeta.do no escoamento

e a vazão volun6trica Q, é expressa por uma f6rnula simples,

a=

onde, F, chamado fator de calibração, 6 característico de ca-da radiois6topo, do detetor utilízado e da geometria de de-teção.

Neste trabalho descreve-se com pormenores a par-te te6rica pelo fato de não existir ainda em nossa língua, ng

nhun compêndio que trate do assunto e tanb6m porque os hidró-logos ou pessoas que trabalham no ramor prâtj.camente desco

nhecem a utilização da radioatividade na hiclrologia.Na parte prática procurou-se realçar as vantagens

dos rnétodos empregados, caracterizados pela sinplicidade,efi-ciência, baixo custo , aLta sensibilidade e ausência de peri-go para a saúde dos técnicos.

Pretende-se mostrar, também, as facilidades do em-

prego de radiotraçadores em hidrologia de superfície, e conse

quentemente melhor divulgação dos n6todos empregados.

F.A.N

Page 9: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

CAP fTULO

NOÇÕES DE RADIOATIVIDADE

I-1 ISÓTOPOS

. A teoria atônica de Dalton postulava serem os átomos de um mesmo elemento inteiranente idênticos, no que con-cerne ã massa, tamanho e denais propriedacles. Durante nuitotempo considerou-se os pesos relativos dos átornos como a pro-priedade fundamental dos elementos. Entretanto,N{endeleieff , êfl

sua classificação peri6dica, dispunha certos elementos em po-

sições que não as exatamente deterninadas pela ordem dos pe-

sos atômicos, talvez prevendo o aparecimento de outras propriedades desses elementos. Realmente, os estudos posteriores so-

bre a estrutura do átomo demonstraram que as propriedades quí-micas dos elementos são deterninadas pelo número de elétronsque envolvem os núcleos. Sendo o número de elétrons do átono

de um dado elemento nunericamente igual ã carga do núcleo res-pectivo, ele coincide com o número atônico do elemento. De

acôrdo com a representação do núc1eo que fornece o nodêlo pro

ton-nêutron, é perfeitamente possíve1 adnitir esp6cies atôni-cas com idênticas estruturas eletrônicas, diferindo apenas

no tocante ao núnero de neutrons que entram na composição dos

núcleos. A esta possibilidade corresponde o fenômeno da isoto-pia.

W. Crookes, €il 1896, já admitia a existência de is6-topos, mas somente com a descoberta da radioatividade ê que

apareceram razões mais evidentes desta existência. En 1906,

B. B. Boltwood identificou o iônio como sendo um elemento Ta'dioativo. Verificou-se, entãor QU€ as propriedades quínicas do

iônio eram cle tal forma idênticas ãs do tõrio que os compostos

de iônio e tório eram quimicamente inseparáveis. Todavia,essesdois elementos apresentavam indiscutíveis diferenças de massa

Page 10: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

5

e propriedades radioativas. Posteriormente, A. S. Russel e R.

Rossi (1912) observaram que os espéctros de arco do iônio e do

tório eram iguais. Outros casos senelhantes haviam levado F.

Soddy (1910) a considerar que um elenento, não obstante sua

homogeneidade quÍrnica, fosse constituido de uma mistura de vá-rias esp6cies atônicas e que seu peso atônico seria a nédiaponderada das massas das esp6cies atômicas componentes.

comprovou-se a suposição de soddy quando J.J.Thomson(1912), investigando os raios positivos do neônio' constatouque este elemento continha átomos com núnero de massa 20 e 22

ainda que oS átonos mais pesados representassem apenas uma pe-

quena fração. A partir daÍ Soddy propôs o nome de isótopos pa-

ra designar as espécies atômicas com idêntica carga nuclear e

massa diferente, tomando em conta que tais esp6cies atônicasdevem ocupar o mes¡no lugar na classificação peri6dica.

Estudos posteriores, efetuados con o auxí1io do es-

pectr6grafo de massa, revelaram que a isotopia não 6 una exce-

ção, pois a maior parte dos elementos ocorrem na forma de mis-turas de is6topos. Cono os isótopos de um elemento têm idênti-ca estrutura eletrônica, ê1es são quirnicanente idênticos. O nú

mero variável de neutrons ê que diferencia os isótopos. É 6U-

vio que as propriedades fÍsicas dos elenentos que dependem di-retamente da massa atôrnica não são idênticas nos is6topos. O

efeito da diferença da nassa é mais apreciável nos casos dos

elementos mais leves, porque ela assume uma significação rela-tiva maior. Neste particular, o exenplo extremo é o do hidrogênio, que possui três is6topos: o hidrogênio leve (H)' o deut6-rio (2H) e o trítio (3H) , de números de massa 1, 2, e 3, respectivanente. Os is6topos do hidrogênio são os únicos que rece

beram nomes especÍficos, en grande parte devido ãs apreciáveis diferenças do conportamento que exibem. Para se destinguirum isótopo de outro, usan-se notações que especifican o núnero

de massa. Por exemplo, os isótopos de neônio com os núneros de

nassa 20 e 22 são representados por 20N" e 22Nu.

Page 11: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

6

I.2 ABUNDANCIA ISOTõPICA

Alguns elementos, como o 41, P, etc. , possuem sõmen-

te um is6topo estáve1. Sen dúvida, a maior parte dos elementos

têm dois ou mais is6topos (o Sn chega a ter dez). Quando ocor'ren vários isótopos, a proporção com que cada um entra na formação do elemento natural é ¿efinida e constante. Esta propor-

ção recebe o nome de abundância isotópica e pode ser expressa

em porcentagem, como Por exemPlo:

- o H natural está formado por 99,985% de lH ea

0 ' 01492e0 de "H (deutérto) ' ,-, fnrmerro noï 'zc e- o C natural está formado por 98,893% de L

1 ' 107 eo de

l':'a narural rem 99 ,7 sgeo de '60, 0 ,037 4so de L7 o e

o,23gso de 180.

I-5 RADIOISÕTOPOS NATURAIS E SÉRIES RADI!A!I-VAS

A maioria dos radiois6topos encontrados na natureza'possuem cargas nucleares e núneros de massa elevados.. Isótopos

naturais com cargas nucleares mais baixas apresentam radiatividade C Ít,

tåa, 13- ). com exceção do trítio, os isó

topos radioativos naturais dos elementos levet p?tsuem -perÍo-dos de sernidesintegração extrernamente longos.,O "H e o 14C são

produzidos continuamente, pelo bombardeio do 14tti existente na

natureza, com nêutrons provenientes dos raios c6smicos. Os raios cósnicos chegarn ã Terra, ploVindos do espaço universal, e

são fornados por pr6tons de energia muito alta. A energia né

dia por partícula equivale a cêrca de 10.000 MeV' mas existem

partículas com energias ben nais elevadas. Ao chocar com os nú

cleos dos átonos dos conponentes do ãT, os pr|tons cósnicos o-

riginarn processos secundários,desintegram os núcleos atônicos

e formam rnilhares de partículas capazes de originar novas par-

tícu1as., Os radioisótopos naturais pesados foram agrupados em

Page 12: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

,7

três séries de desintegração, conhecidos como s6rie do tório ,

do urânio e do actínio. Cada urna delas tem como membro-pai um

is6topo radioativo de longo período de senidesintegração, que

por sucessivas desintegrações originan os der¡ais, atê atingir-se um produto final estável. 0s produtos finais das três s6-ries são is6topos do chunbo. A hipótese de existência de uma

quarta série radioativa, encontrou confirmação com a descober-ta dos elernentos transurânios e a produção artificial de nume-

rosos radiois6topos pesados. Com esses elementos foi possÍveltraçar uma quarta série radioativa, a série clo neptúnio.

I-4 DESINTEGRAÇÃO DOS ISõTOPOS NATURAIS

O fenômeno da radioatividade prende-se ã existênciade radioisótopos, constituÍdos de núcleos estáveis, que se de-

sintegram expontâneanente. Os processos de desintegração são

aconpanhados da enissãodepartículasalfa (o), beta (ß) e

gama ( v ). Con a desintegração dos núcleos atômicos resultanprodutos que diferen do original não sõnente quanto as propriedades radioativas, mas tanbén em relação ãs propriedades quÍrn!cas. 0s processos radioativos envolvenr portanto, a transmuta-

ção dos elenentos. No caso de radioisótopos naturais, geralmen

te as espécies atônicas resultantes da desintegração tanb6nsão radioativas. Estasr por sua vez, desintegram-se formando

outros produtos, atê eu€, finalne.nte, resultan espécies estáveis e inativas. Tem-se, assim, tôda una sucessão de produtosde processos radioativos encadeados, chanada série de <lesinte-gração.

I-5 REAÇÃO NUCLEAR

A radioatividade natural é un processo expontâneo ,

que na naioria dos casos ocorre com elenentos de nassa compre-

Page 13: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

I

endidos entle ?,38 e ?.07 e números atônicos compreendidos entre97. e 81.

A reação nuclear de um elemento naturalmente estáve1

foi conseguida, pela prirneíta vez, por E. Rutherford (1919) 'fazendo incidir um feixe de partÍculas o emitidas pelo rádio sô-

bre nitrogênio gasoso. Observou-se que o bonbardeio das mo16cu

1as de nitrogênio pelas partÍculas o produzía pequeno núnero

de novas partículas capazes c1e atravessar at6 40 cm de espessu

ra de ar. A def lexão dessas partÍculas, por rneio cle um campo

magnético, demonstrou que Se tratava de prótons novendo-se com

grande velocidade. Estes pr6tons seriam resrtltante de uma rea

ção nuclear do tipo:tl* * \u"

t[o.ln+aonde a 'e a energia de desintegração envolvida na reação.

Trabalhos posteriores de E. Rutherford e J. chadwik

( 1919 e 1925 ) mostrararn que todos os elementos compreendidos

entre o boro e o potássio, com exceção feita ao carbono e oxi-gênio, são igualrnente suscetÍveis de desintegração e enissão

de protons r por efeito do bornbardeio com partículas o

o poder de penetração dos pr6tons formados nas rea

ções (o,p ) depende do elemento bonbardeado. O f1úor emite par

tÍculas com poder de penetração no ãT, da ordem de 65 crl, e o

aluminio, de at'e 90 cm. Os prótons são emitidos em tôdas as direções, o que prova que sua energia cinética provém principal-mente da desintegração dos átomos. 0 núnero de desintegrações,provocadas pelo bombardeamento dos radiois6topos naturais com

partículas aLf.a (a ), é ninino, tendo-se constatado a formação

de apenas dezenas de prótons por nilhão de partículas cr inci -dentes. As partículas alfa possuem carga elétrica positiva e

por isso ao se aproximarem de um núcleo, tendem a ser desvia

das. A colisão destas partÍcu1as com um núcleo 6 tanto nais difíci1 quanto maior for a caTga nuclear do elemento alvo. Esta

1j-mitação 6 superada, quando a partícu1a incidente possui altaenergia, o que se consegue nediante utilização de aceleradores.

Corn partículas cl, aceleradas foram conseguidas novas desintegra

ções do tipo (o,P ).

Page 14: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

9

0s prótons e os dêuterons (núcleos do deutério) pos_suem cargas el.tricas menores ' e por isso foram admitidos comoeventuais projóteis capazes de vencer a repulsão eletrotáticados núcleos com mais faciridade do que as partÍculas o .Os neutrons não possuem carga, daí sua possibilidad.ede colidir com os núcleos dos elementos 6 rnaior do Qu€, porexempl0' as partÍculas d.uplamente carregadas. Em consequênciaas colisões inelásticas com neutrons r eu€ provocam desintegra_ções de núcleos ' ocorrem mais frequentemente do que nas irradiações com partículas o . os neutrons são emitidos com velocrdades da ordem de r/Lo da velocidade da Luz e energias de .r,milhão de el6trons-volts aproximadamente. As colisões de neutrons rápidos (altas energias) provocam desintegraçõ;r-;" ;îtos núc1eos' os neutrons rápidos depois de sofrerem cotisõesperden energia e se transfornan em neutrons lentos ou térnicos. Em outras palavras, neutrons t6rnicos são "q.r"f", ;;;;ivelocidades foram redu zídas nas colisões, a ponto de suas energias se rornarem equivalenres ã energia de equitÍbrro"Jl- iliquer outra partÍcula ã mesma temperatura. 0 anortecinento davelocidade 6 alcançado mediante a passagem dos neutrons rápi_dos através de materiais contendo ao nenos rrma esp6cie de ã,to_mos 1eves, chamados moderadores.

r-6 ISõTOPOS ARTIFICIAIS

A produção de isótopos artificiais foi inic iað.a porI. Curie e F. Joliot (lg34). Submetendo alvos de boro, rnagnésio e arumínio ao bonbardeio com partÍculas cr , constataramque os nateriais bombardeados continuavan a enitir radiaçõesmesmo depois de renov id.a a fonte de partÍculas q . As medidasde ioni zação e de deflexão magn6tica provaram que a radiaçãoemitida peros erementos bombardeados era constituÍda de positrons' observou-se, também, QU€ a intensidade dos positrons dininuia exponencialnente com o tempo, da rnesrna forna que nos casos de isótopos naturais. o casal Joliot-curie expli.;; ;-;";;

Page 15: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

t0

meno adrnitindo a formação de núcleos estáveis en reações do tipo (o,n), gu€, em seguicla, se desintegravan com emissão de po

sitrons. Em cada caso, foi nedido o período de desintegraçãodo processo.

Posteriormente, nunerosos cientistas conseguiram pro

duzir artificialnente grande número cle outrc;s isótopos, não s6

mediante bonbardeio com partícu1as n;rturais, nìas também com

prótons e clêuterons eletricamente acelerados e neutrons. 0s

neutrons se encontram entre aS meLhores partícu1as para o bom

bardeio de elementos com vistas ã obtensão <1c is6topos radioa-tivos. As reações nucleares poclem ser de vários tipos, confor-me sej am os neutrons rápiclos , epitérmicos e t6rnicos.

Existem mais de uma dúzia cle tipos cle reações nuclegres que dão origem a is6topos radioativos artificiais. A naio-ria dos isótopos radioativos artificiais são enissores de e1e-

trons negativos (partículas beta), em vez de positrons. Hã una

regTa eU€, com poucas excessõeS,pernite preclizer o sinal da radiação. Se o isótopo formado for mais pesaclo do qtle os is6topos estáveis do elemento, êle será trm enissor cle partÍculas ß

negativas; se mais 1eve, geralmente será enrjssor de positrons.Menos frequentemente o núcleo deste elenento pode capturar um

eletron das camadas mais próxinas. De cada trn dos elenentos cg

nhecidoso pode se prodtrzir r¡ários is6topos. Em gera1, üil dado

isótopo pode ser obt.ido por meio de nais de uma reação nucleaT.

Métodos práticos para a produção a-rtificial de radiois6topos são os baseados no bombardeamento com ions eletricanente acelerados (protons, deuterons e núcleos de néfio, con

velocidades controlaclas, produzídas em ciclotron) ou com neu

trons rápidos e lentos. Presentemente, a mais importante fontecle produção de radioi.sótopos artifici.ai.s 6 o reator nuclear 'que é capaz de fornecer um intenso feixe net¡trônico, que permi

te irradiar facilmente qualquer elemento.

Page 16: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

1L

1.7 tEI FUNDAMENTAT DA RADIOATIVIDADE

o decaimento radioativo é uma propriedade do núcleo

e s6 depende do seu estado. 0 decainento de'..odos os radioisitopos é caracter izado pela seguinte regulari<lade: em dado isó-topo o núnero de núcleos que se desintegra, Pof unidade de

tempo, representa una fração definida do núnero total de nú

cl.eos re¡nanescentes. A fração dos núcleos desintegrados variade elenento para elenento, dependendo da in:.:tabilidade de ca-da un deles. Matenaticanente a lei do decain,'nto radioativo po

de ser expressa pela relação:

curto perÍodo de ternpo dt,6 proporcional ao número total ini-cial de átomos N. O fator À é chanado constante de desintegração e determina o núnero de átonos desintegrados por_runidade de tenpo. A constante ê e¡pressa etn Segun,los-^, dias ^,anos-1 e ten vaLor definitivo para cada radiois6topo. O sinal ne-gativo que precede dN indica que o processo cle desintegração é

aconpanhado pelo decr6scimo do número de áto¡nos radioativos.A lei básica do decaimento radioat.ivo pode ser dedu

zída como se segue:

nultiplicamos a expressão (1)por -1

(-1).(ndN) = (-1).( À.N.dt)dN =-À.N.dt

dividi¡nos (2)por N

(2)

-dN E À.N.dtisto é, o núnero de áto¡nos dNr QU€ se desintegra durante

.'" , gI --ÀdtN

a)

NNintegranos (3 )paradurante o tempo t

obter a totalidade dos átonos

(1)um

(3)

átonos) no ins-no instante t

b)

c)desintegrados

,N dN'*o--l-

as integrais variam de N,.,

tantet=Q at6N(númeio

t= -I ldt

o(núnero inicial definal de átonos)

Page 17: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

L2

lnN = -À.to

lnN - lnNo = -À. t

N -À.te

No

-1 tN = N .e /\'o

(4 )

onde e é a base dos logarítimos naturais.Chalna-se meia vida ou, período de semidesintegra

ção, o intervalo de tempo ,t/2, necessário para que a atividade de radioisótopo seja reduzida exatamente pela netade. Fa

zendo Jrf= No/Z e f = ,r¡r, n^ equação(4) temos

\Tt/Z=lnl=0,ó93Portanto, a meia vida de um radioisõtopo 6 calculada pela e

quação:0,693/x

As meias vidas dos raioisótopos varian dentro degrandes linites (tabela I).

De acôrdo com a lei exponencial de desintegração ,

o número de átomos radioativos presentes em Lrma amostra se reduz ã metade depois de transcorrido o tempo T. No fim de um

tempo 2T, restará um quarto dos átomos radioativos originaise assim por diante. A desintegração exponencial significa que

deterninado átono possui, êm dado instante, uma probabilidadedefinida de sofrer a desintegração, probabilidade essa que ê

proporcional ao número de átomos radioativos presentes no mo-

mento. Portanto, a vida de um átono radioativo pode estender-se entre valôres de tempo que vão desde zera at6 infinito. Ex

plica-se assim, a gradual redução da intensidade da radiação,pois do contrário, todos os átonos se desintegrariarn ao mesmo

tempo. Frequentemente se menciona, entre as caracteristicas '

dos radioisótopos, o período de vida média de um átomo radioativo. Pode-se demonstrar que a vida média de um átomo radioa-tivo, 'r , é igual ã recÍproca de sua constante de desintegra

l^N

Page 18: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

TABELA I

CARACTERISTICAS DOS PRINCIPAIS RADIOISõTOPOS

3tt 'tr ¡zE L2r62 a

ß-0,018MeV

þ=max

3He

18keV

E = 5.5keVmect

Alcance para Emax

No 415

Na ãgua

Origem Naturalt ¡N (.t 3H)

Produção Artificial:5l,i (n,o) 3H

F6rmula 3H llo

Unidade

ur = 1 atomo 3It s

l0l I atomos H

7,lxI0-3 des/min cm3ãgua

t uc t,/t = 576O a

$-0,159MeV

lfN

f, = 159 keVmax

E E 50keVmecl

Alcance para Emax

No ar 19,3 cm

Na ãgua B 250 U

Origem NaturaltuN(n,p)Isc

Produção ArtificialI htt(n

rp) I ¡c

"P Tr /, . 1413 d

ß-1,7lMeV

3ts

[ = 1.71 MeVmax

E = 700 keVmecl

Alcance para E*"*

No ar s 603 cm

NaãguaESnun

Processo de Produção3tP(or,y)32p;o= orLg barn

Atividade Produzida(tor2 n/cm2/s)

1 scmana - 25mCi/g de P

2 fNt Tr72 = 15H

ß-1,40 MeV

-L002

y2,75 MeV

'¡L r37

'*Mg

MeV

Ey , 1,84mn/h:lm: lmCi

Na água:

l¡or o 0105 cm3/g

xr / 2'L3,6cm;xt t /z=2oq¡

Uat- oro24 c^2/g

p

Processo de Produçao2 3Na (n,y) 2lNa;

Õ = 0154 barns

Atividade Produzida(tot2n/cm2/s )

24 horas e 260mCi/g Na

Page 19: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

coNTrNUI\CÃO TAßELA

3ss rt /z = 87,2 d

ß-0, 167 MeV

3 5c1

L67

49

keV

keV

Inax

E.med

Alcance para E .*

Na ãgua r 250 tr

27No

Processo de Produçao3 scl (nrp)3ss;

o o 0130 barns

3 qs (n,y) 3 ss :

0,011 barns

Atividade Produzida(10r 2 nlcnz /s)

L s,:nana = 6r3mCi/g Cl

I surmana =0r26mCi/g S

1,5lMeV

b2K Tt /z =1215 h

ß- 2 ,05MeV

L8Zß-

3 ,5&Ie

927.

a2ca

EyrOrl4mR/h;l¡n;hCi

Na ãgua

Uot o 01058 crn2/gp

Xt / z=L2, 4cm: X I ¡ 72-17, 8cm

Uat

-

E 01028 "1112/8p

l'rocesso de ProduçaoutK(n,y)q2K;

Atividade Produzida(1or 2 n/cm2/s)

24 horas z Z7nCíle K

| 4s" T¡¡2 = 84 d

ß-0,36 MeV

yl,12 MeV

Y0,89 MeV

| 6Ti

Ey t 0,14mR/h (alm,p/1mC0

EI'f ÃGUA

vorfo - 0r058cm2/g

Xr72=10cm : Xt¡2-14,4cm

llal P=0,028 cm2/E

Processo de Produçaobss"(n,y)s6sc

o = 22 barns

^tividade Produzida

(1012 .t/cm2/s )

1 semana = 0r38Ci/g Sc

stv

Y 0,32Me

h, O,016rnR/h {afm,p/fmGl)

Na ãgua

o - o, Lz cm2lg

= 5r7cm ; Xt r/e-8r3cn

= 0,032 " 2/g

Uot

xt /z

varfo

Procecso de Produção5ocr(n,y¡5lcr

o = 0169 barns

Atividade Produzida(1ot 2 n/ctn2/s)

I semanao 30 mCi/g Cr

Page 20: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

coNrr\uAçÃo TABELA

2Z

Y

0rB

L7

y 1,621'feV

L/"

r47.

Y O,B2 MeV

ev

7ld

58-te

ry : 0 ,55mR/h (atm, l/ lmQp

Na água

= 0r075cm2/g

9,3cm;Xr ¡72=13r3cm

= oro3cm2/g

vor/e

xt/z =

varfo

Processo de Produção

ssNi(n,y)s8co

o = 90 barns

Atividade Produzida

(10l2n/cm2ls)

1 semana : 100pCi/g Ni

0,31MeV

1,17 MeV

1 ,34 MeV

Ey 1,3lmlì/h (alm,p/1mC0

ltra ãgua

vorfo = o,o63cm2/s.

Xt / z =LL, lcm;X' r7e=15, Bcm

ttat lP = o ,o29cn2 /g

Processo <le Produçao

s ecn ln ry) 6 oc.,

o = 37 barns

Atividade Produzida

(lor znlcm2ls)

1 semana : 23nCí/g Co

6 5-LN

6 5.,UU

v1,12M

Ey r 0,27mR/h 1m 1mCí

Na ãgua

volo = o,067cm2/y,

X ¡ 7 2= 10 r 4cm; X' t ¡ z=L4 ,9cm

var f o =0,03 Lcm2 /g

Prncesso de Produção

6azn(n,y)6szn

o = 0122 barns

Ât.i vidade Produzida(1ot2n/cm2ls)

1 semana = 0rBBmCi/gZn

Y0,5$feV

7 07.

Yueu V

272

MeV

92..

MeV

ylr0lt0, ,MCV

3(tZ

lYo,83i MeVr_Y

1'r 4B Y0,78MeV

EY , 1,46mR/h 1m lmCi

I'la ãgua

votfa = o,o84cm2/g

Xt / z=8, 2cm;X I t ¡ z=l}cm

var f o=o ,032 cm2 / g

Prrrcesso de Produção

8lB. (.try) 82Br:

o = 116 barns

At ividade Produzida

(tol2n/cm2ls)

24 horas = 160rnCi /g Br

Page 21: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

CO¡*TINUACAO TABEL^

I 6Rb = 18r7d

ß-

L,76

MeV922

86st

ß-0,6BMeV

97.

Y1,08'l'feV

Ey = 0,05mR/h : lm :1mCí

lf a água

vorfo = o,o72cm2/t

Xt /z=9rBcm ; X' r/e=14cm

varfo = o,o31cm2/g

Processo de Produçãossnb (n,y) 86Rb

:

o = 0166 barns

Atividade Produzida(1ol 2nlcm2/s

)

1 semana 25mCi/s Rb

r3lI

011

ne

-rt tL-- tg-g-

\eqt*.u/ g. -\:zq- \o, r**T-/--\*¿ I'J,ut"* l- ro,7zlan lv lu"v

O-64MeV

o,la []. I I

Yir F'u I I

yo, og.!l_Bo;2._l_-__l1,,

E = 0 r22mR/h :lm: lrnC.ì

Na ãgua

votfp = o,11cm2/ß

Xt / z=6r3cnr ; Xr ¡72=9cm

varfo = o,o3cm2/g

Processo de Produçao

3oTo(n,y)13¡Tu ß13¡r

¡ l0^-¡16 I¡¡2 = 253d

Energia dos foton s e 7"

Yr=1,52 - l5Z

Y2=1,39 - 252

Y3 = 0,86 - 787"

Yq=0,81 - 67"

Y5=0,76 - 2LZ

Yo-0,71 - 16Z

Y7=0,68 - LoZ

Ys=0,66 - 992

Ey = 1,43nP./h :lm: 1nCÍ

lla ãgua

vorf o = 0,075cm2/g

Xt /z=9r3cm ; X' ¡72=13,3c

uarf o = o,o3cm2/B

Processo de Produção

toeÂg(n,y) ¡to Aßl

cJ = 1156 barns

Ativi dade Produzi cla

semana=3 ,9mCí/g AS

t t2lt Tr /2 = 74d

Energia dos fotons e 7"

Yr - 0,61 - 77.

Y2=0,60 - L27,

Yg=0,46 - 572

Y,. = 0132 - 857.

Y5=0,31 - 302

Ye=0,30 - 252

\7 = 0r2o - 47'

Ey = 0,4BmR/h: lm: lmCi

Na ãgua

Ivolo = o,105cnr2/F

Xt /z=6 r6cm;Xt r7z=9,6cm

votf o = o,()33cn2/F'

Processo de Produçao

lelrr(n,y)te2rr

o = 370 barns

Atividade Produzida(10 I 2mlcm2 /s )

1 semana=l,7mCi/g Ir

Page 22: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

198.AU

?'-A ,29YleY l%

0 ,022

Y0,68Me

L7"

Y0,4lMeV

t t trig

I7

D=max

med

des

nlì/h, m, mCi

uo I

Ual

xt /z

1t/z

0oNTTNUAÇÃO TABULA r

[y = 0'23mR/tr: Im: lmCi

Na á¡¡ua

vot/p = 0,103cm2/g

Xr/z=6,6cm;X' r /z=9,Scnr

var/a = o , o33cm2 /¡¡

AI]REVTATURI\S USÂDAS:

rÌNIiRGIA l'lÁXTlrA

ENURGTA MËD IA

DESTNTTiCRAçÃo

¡IILIRoENÎCEI'Í pOR IIoRA, poR I'tETRo, poR MILICURIÌi

COEFIC IIINTE DE AI]SORÇÃO TOTAL (NA ÃCUA) N PARÄ

A DNDRGI^ hv (cm-r )

C0EFTCIENTE DE AIISORçÃO DO MEIn I

DENSIDADN DO MEII)

E SPES SURA DE SI]MIRRI'DU çÃO (SEI'] IESPE SSURA)

DUZ RADIAçÃO PRI¡fARIÀ A 5OZ)

DSPISSUr{A rrit)r^ DE sE}ftRRnDUçÃo (REDUZ RADÌ^çÃ0

PRI}ÍARTA A 372)

MIIA VIDA

NEUTRONS

suçÃo DE cHOcluE

Processo de Produçãor 9 ?4,-,1n

,Y ¡ l e 6Àu;

o = 98 l¡ arns

Atividade Produzid

(1or2n/cm2/s)

I semana=6,2mCi/g

Page 23: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

18

çao:

onde A tA¿

n

dh/ ð,e'

T

Quando se utiliza is6topos radioativos na solução de

problenas hidrológicos, a neia vida é un dos fatôres que lini-ta sua escolha. A meia vida deve ser conpatíve1 com o perÍodoentre a produção do raiois6topo e o fim do trabalho. No conpu-to deste tempo tenos: irra<liação, fracionarnento, diluiçõesmarcação, transporte ao lugar onde se reaLíza o trabalho e du-raçâo do nesno, Este últirno valor ne¡n senpre é passÍvel de cálculo quando se estuda águas subterrâneas.

Segundo os dados da tabela I, quando o tempo trans -corrido entre a calibração e a nedição for superior a 5 ou 6

meias vidas, a atividade residual se reduz a 3,L2 e 1,5ó% res-pectivanente, da atividade inicial.Nestas condições, se a di-luição do traçador, no ponto de anostragen for grande, torna -se difíci1 detetá-1a.

Quando se realizan experiências en águas subterrâneascon traçadores radioativos, é preciso conhecer pelo rnenos a orden de nagnitude do tenrpo gasto entre a inj eção e a deteçãoisto 6, a duração do ensaio, para que se possa selecionar o I

traçador radioativo. Utilizando-se as conhecidas fór¡nu1as deD'A11en Hazen, Zunker, Darcy, etc., calcula-se a perneabilida-de K do rneio e estima-se o tenpo de trârrsito do traçador entredois pontos. De acôrdo con a expressão de Darcy

r¡ _ L9. _K dhul - ÃT--%'df-o tenpo de trânsito do traçador entre dois pontos,a distância entre os dois pontos considera¿s5,a porosidade efetiva,

é o gradiente hidrául ico

I.8 ATIVIDADE

e

e

e

A atividade de urna substância 'e caractetizada pelo

Page 24: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

19

número de desintegrações radioativas que ocorre na unidade detenpo. PoTtanto podenos e screver

A = -dN/dtonde dN 6 o núnero de ãto¡nos radioativos desintegrados no in-tervalo de tenpo dt. A atividade A é igual ao produto da constante de desintegração À , rnultiplicada pelo número total deátonos radioativos No

A=ÀNo

De acôrdo com a equaçãodade, no tempo t considerado, pode

não a at iv j-clade remanescente,da at ividac',e inicial. Usa-se

(4) , a variação da ativiser calculada pela equação

ÀrAa = Ao. e

Muitas vêzes se desej a

mas o valor percentual ou fraçãoentão a expressão

ArlAo=e -À t

onde Aa/Ao é a relação entre a atividade re:;idual e a atividade inicial, ou seja a fração da atividade encontrada depois deurn perÍodo de tenpo t.

A unj.dade de atividade é o Curie (Ci), que representa a desintegração de 3,7.1010 átonos por scgundo, Cono sub-mú1tiplos enpregan-se o milicurie (rnCi) e o microcurie (uCi).

I Ci, = 105¡nCi = 106 uCi

I.9 FORMAS DE DESINTEGRAÇÃ,o

I.9.1 EMISS,(O DE PARTÍCULAS ALFA

0 estu<l-o dos desvios sofridos pelas partÍculas alfa( o), sob a ação conbinada de canpos nagnéti-cos e e1étricos ,

demonstrou que a relação entre a carga e na!;sa das partÍculas

Page 25: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

20

alfa é a nesma, qualquer que seja a fonte e¡nissora.

e/n= 4,813 u.e.n. por g, ou S ,272'; .1077 e,s.u.g-1onde u.e.m. é a unidacle elétrica de rnassa e

-'t -e.s,u.g t é a carga específica do eletron.Para se cleterminar a rnassa cla partícu1a o, foi pre

ciso conhecer a carga transportada por um número definido departÍculas. Determinou-se que a carga posit.iva de uma partÍcu1a o é equivalente a duas vêzes a carga e letr:cônica. A rnassada partÍcul a a1fa é igual a 6,62,LO-24g, quo õ aproxirnadanen-te quatro vôzes maior que a do átorno de hí<lr'ogônio, Forrnulou-se, assin, a hip6tese de que a partÍcula a1,ila seria urn átomode hótio duplamente ionizado" De fato, E, Rirtherford e F.Royds (190ó) confirmarian, experimentalmentL,, por aná1isesespectroquímicas, que o gás emitido pelas sul-rs1[¡"i., radioativas enissoras de partÍculas alfa era o héIio.

As partÍculas o novem-se através dos gases en 1í-nha reta , causando a ioni zação da.s nol.6cula:i clo rneio. Depoisc1e percorreren certa d j.stâ.ncia, não se pocle identi.f icar maisqualquer efeito provocado pelas partÍcu1as ry. . As partícu1asalfa enitidas pelos diferentes radioi.s6topo:; se caracterizampor possuir disIj.ntos poclêres de penetração" Chama-se percur-so à ciistância de penetração, en centÍrnetToÍ.j, atrav6s do arsêco, a 15oC e 760nm de pressão. Em geral, as païtÍculas d,

enitidas por clado elenento radioisõtopico possuern idôntica velocidade inical., nas seu percurso varia com a na.tLtreza do rne-io atravessado.

I.9.L EMISSÃo pE PARTÍçULAS BIiTA

As partículas beta ( ß ) são constituidas de elétrons enitidos diretarnente pelos núc1eos, drrrante os proces -sos de desintegração ra.dioativa. /tr,s partícul.a.s B não possuemenergías discretas. A vel.ocidade das partíclr1as beta variacontÍnuanente dentro de certa faixa, senclo r¡rre as de rnaiorconteúdo energ6tico possuem velocidades próxinas ã ila 1uz. Estas partícu1as são emj.tidas segundo un espe(:tro contÍnuo de

Page 26: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

2T

energias.As partículas ß també¡n provocam fenônenos de ioniza

ção" Para iguais distâncias percorridas, a a.ção ionizante daspartïculas ß ð bem rntl no:: do c¡ue a das partícr-llas a As partículas ß rnais rápidas produzem, ao atravessirr o ar ã pressãoatmosf6rica, 50 a 100 pares c1e ions por cn pcrcorriclo, ao passo que as par!ículas o, de mesna energia che garn a procluzir20.000 pares cle ions. Xm compensação, o percurso desenvol.vidopelas particul.as beta, no nesnlo meio, é ben nraior, podendo al-cançar algunas dezenas de ceutínetros no at, 'laI como no casodas particul-as o, a ação ionizante clas particuJ.as Ê aurnentaã mecticla clue clirninuen suas velocid.ades, atingin¿o un nráximopara va1ôres t1a ordem de 3 " 10BcnL/ s. Alraixo cÌeste valor , a io-nização torna-se nenor e desaparece para velocidades aindarnai s fr¿rcas.

A absorção das partícu1as ß ocorre de naneira dife*rente ã das parlícu1as o. Enqllanto estas sofre¡r uma atenua-ção brusca, as partÍcu1as ß atenuan-se gradualmente, en partepor absorção e ern parte pelos desvios de sua trajet6ria reti-1Ínea, Quanclo as partículas ßa travessarn um lneio absorvente,a intensidade I da radiação primár'ia obedecc a equação expo -nencial

-L = lo.e

onde I^ ó a inLensidade cle radizr.ção antes de peneErar no meiooabsorvetlor,

Lt 6 um fator de proporcionalidade chamaclo coeficientedc absorção c¡ue depende cla naturez¿r do nater j.¿rl" absorvente e da energia clas partícu1as ß

x 6 a espessura do absor:veitor alravessada peTa partÍcu-la ,

e 6 a base dos logaríti.mos n.aturai.s "

I,9.3 EMTSSÃO DE IìAIOS GAMA

Hm nuitos casos,missores do partícu1as 0 e

nas clesintegraçõcs onde existern e-ß , estas podem vj.r acompanhadas

Page 27: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

2Z

por raios Y , de natur eza eletromagnética. Iìstes raios pos-suem comprimento de onda menor que os dos raios X e poder depenetração superior ao das partículas q e ß

Sõrnente certosradiois6topos eniten radiação y E1atanto pode aconpanhar urna desintegração .d qllanto urna desinte-gração ß Isso acontece cluando, na emissão de urna partÍcuiaoou B , o núc1eo îesultante fica em esta¿o c-xcitado e seu ex*cesso de energia ó então enitido en forna cle um quanturn deradiação eletlornagn6tica, de frcquôucia muito alta. Cono o núcleo potle assunír estados energöticos def inid.os e dÍscretos ,

a passagen de un esta<lo de nai.or conteúdo energ6tico a outrosn¿ris baixos se processa pela enissão de unr quantun de energiahv, correspondente à cliferença d.e energia entre os estados e-nergéticos envolvidos. Assim, os raios y erni. tidos por urn ra -clioisðtopo têm comprimentos de oncla <lefinid.os e caracterÍsti-

0s raios y , ao atravessarem una canada de gasesprovocan a ionização das suas noIócu1as de nodo di.ferente aoque ocorre con as partÍculas o e ß llstas iiltinas formam, ao

longo do seu percurso, una contínua sucessão de íons, e, gra-clualmente , perden sua energia j.nic ial. Os r:rios y conservansuas energias at6 o momento en que, colidinclo com os elétronsclos átomos, tra.nsforen a eles energia suficiente para expulsãlos das 6rbitas"

Page 28: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

23

CAPIJTULO I T

TRAÇADOREg

IIJ CONSIDIRAÇÕËS GER4IS

Con o none de traçaclor designa-se, geralnente,quer produto que, incorporado na massa de u:n¡r substância,mite investigar seu cornportamento en deternina.do processos ico ou quÍnico.

0 uso de traçadores em Flidrologia 6 nuito antigo.Foran utilizados os nais diferentes tipos de traçadores,algunasvêzes adicionados diretanente na água, e em olltras, aprovei -tando-se determinadas substâncias nela incorpor'das, coÍro consequência de processos naturais ou de clerraÍtamentos acidentais, Baseando-se no conportamento destes traçadores pode -sededuzir deterninados parânetros hidrológicos. por6n, para e-tes, 6 condição fundanental que seu comportantento seja igual,ao nenos, nuito parecido ao da âgua.

Os traçadores não isotópicos mais utilizados, con -sistem em determinados cornpostos quÍrnicos soLúveis em água efácilmente identificáveis, principalmente compostos i.ônicose colorantes. Ern alguns casos, a sirnples an¿í1ise clos 10n s

tra.nsportados pela água, corno consequência rla dissolução demateriais do neio ou de contaminações acidentais, porle pïoporcionar infornações valiosas. por6n a interpretação destes resultados deve ser feita con grande prudência, prj.ncipalnentequando a ã,gua percorïe neios de conrposição l.itol6gicas dife -rentes

qua 1

perfi

Page 29: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

24

r r.. 2 .|RAÇADOR rpE4L

O traçador ideal para usos hídrológicos deve curnpriras seguintes condições:

1, 0 colrportamento do traçador no processo que sepretende investígar deve ser idôntico ao rla água, que dizer, otraçaclor e a água deve¡n <lifunrlir-se con a nìcsna velocidade (fidellclado do ma.rcado) . Hstâ cond,ição, exigc por sua vez, outrasa saber:

- o tra.çador não deve real j.zar cónì a âgua reaçõesc¡re venhnrn interferir em sua icientificação poste_rior;

- não deve 1'¡.6yeçar rcação químir:a com os materiaisclo neío;

* não deve ser al¡sorvido e/ou absorviclo pelos nate_rj ais sólidos do rneio;

- no caso de traçadores j.onÍcos, rrão clevem ser pro_duzidos fenômenos de troca conì os átomos d.o nesrnotipo , existentes no rneio;

- a quantidade de tÏaçador a ser utilizado em umaexperiôncia não deve modificar d.e f orrna significativa, a densicla.de, vj scosidade ou tenperatura daágua, para não prouocar alterações no fluxo natu_'raI;

- os fenômenos de dispersão e difusão do traçadordeye¡n ser iguais que os corresponden.tes ãs nolécu1as d.e água.

2. No caso do traçador ser adicionado à água, estanão deve conter nada do nesmo, ou sonente una concentração tãobaixa, que não interfira nos resultados.

3, Quando se aproveita como traçador uma substância.existente rra água, como consequência de um processo natuïar ouacidental alheio ao hidrélogo, sua concentração deve nanteï-seconstante durante o estuclo do fenômeào, sen interação com osmateriais sólidos clo r¡e io "

Page 30: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

25

4. Deve ser facilnente so1úvel em água.

5, Perrnitir fatôres cle diluição bastante elevados ,

isto 6, com uma quanticiade de traçador razo¿rvelmente pequena,narcar volumes muito grandes de água.

6, En nuitos casos, é condição' importante que o

çador possa ser nedido "in situ"r Quer dizer, sen que sejacessáìrio fazer-se anostragem.

7. Não dever contaminar o neio por períodos nuitograndes, evitando-se interferências em outTas experiências futuras .

8. Deve ser de baixo custo, de fácil nanipulação e

inöcuo para os sêres vivos.

Não existe un traçador que cunpra com perfeição to-das essas condições, por6n uns se aproximant delas mais queoutros. Devido a grande diversidade de problenas para os queutilizam traçadores, não 6 possíve1 selecio¡rar um traçadoruniversal que se adapte satisfatórianente a todos e1es. Em 1inhas gerais, poden-se distinguír duas situações distintas, segundo se trate de águas superficiais ou de águas subterrâneas.No prineiro caso as condições exigidas do traçaclor são rnaissuaves, devido ao escasso contato existente entre a água e osmateriais só1idos do ¡neio, as facilidades existentes para astonadas de arnostras, e, em alguns casos, as altas velocidadesdo fluxo, acarretando curta duração dos ensaios. São numero -sos os traçadores, isot6picos e não isotópicos que proporcio-nam bons resu1tados em águas superficiais.

Ao contrário, quando se trata de águas subterrâneasque circularn através cle rneios porosos seguintlo trajetórias sinuosas, as condíções exigidas a.o traçador são ¡nais severaspelas segui.ntes razões:

1. A possibilidade de retenção do traçador pelos rna

teriais sólidos do neio 6 muito elevada, pïovocadas não sonente pelo íntimo contato da âgua con estes nateri¿ris, como pelabaixa velocidade dos fluxos existentes.

trane

Page 31: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

26

2. As mudanças de velocidade da áJ¡ua devido a dis -tribui.çáo desigr.ral. c1o tamanho dos poros e di-rs forças de atri-to no interior dos mcsmos, ocasionam uma dis¡ersão longitudi-n¿1 e transveïsa1 do traçador, que não coinr:íde exat¿mente cona experi.mentada pelas molöculas clc água. Isi.o provoca difere&ças no transporte dos dois produtos, que podcn chegar a sersignif icativa.s quando o f luxo cla água é peqrrc,no

"

3, Dif erenças c1e transporte são dr_:vidas talnbéln a difnsão nLol.ecul.ar e osnóti.ca clo Li:açador,

r I. 3 184çApg¡rEÞ*Nag__IåqrÕprcos

ElÌtre os tlaçadores não isotópícos mais utilizados,diferencian-se dois ti.pos :

- traçadores denontinados quÍmicos, não colorantes ,

tais como cloreto de s6dio, f enii:is, ácido b6rico,detergentes, etc. ;

- coloralÌtes, entre os quais podetiios ciTar a fluor-esceina, dicroma'to de potássio , rodanina B, eosi.*na, roxo do Congo , azul de meti.Leno , anilina e ou

tros,

Nos casos de investigação enr águas subterrâneas, es

ses traça<1ores poden provocar contarni.nações duradouras. A única for a que o traça.dor tem para sair clo ne.io é por rnei.o dascorrcntes cle água. Na. r'ealirJade, só os traçadores radioativosde nreia vida relativamente curta, são autoestinguíveis.

Entre os traçadores quÍnicos, o que maior interesseoferece ó o i.on cloreto. Sua retenção pelos nateriais s6lidosdo meio ë pratj.canente inexistente, pelo c{uc, neste sentido ,

const j.tue um traç:ador j.dea1, Sua deternina.ção analítica en a-nostras de água ó sinples, podenclo ser mccl j.<l,o "in situ" port6cnicas conduct ilnótr.i cas" Aprcsenta pol' suiì vez, o inconve -niente de encontrar*se senpre presente na ágrra, <lificultando,assin, a anälise d.os resultados. Quando sua concentração natu

Page 32: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

27

Tal é elevada, torna-se necessário juntar grandes quantidadesde traçador, alterando-se c ons iderave lnen te a clensidade da á-gua e, provocando o risco derivado da formação de fluxos anô-rnalos. Por outro 1ado, sua determínação por mecli.das de conductividade não é um n6todo seletivo deste ion.

Quanto aos colorantes, o dicronato de potássio 6

utilizado con certa frequência para nedir correntes superfi -ciais. Mediante a tócnica colorin6trica, baseada na reação com

a dif enil-carbacida, poden-se deterninar c or'lc entraçõe s de di-cronato da ordern de 2.10-3 ppm (rng/litro); apresenta o riscode ser parcíalnente reduzido a crono trivalente pelas substâncias redutoras da ãgua. A fl-uoresceina é o colorante rnais en-pregado. Sen aparelhagen especial, poden ser detetadas concentrações de 0,1 ppn e, con f luorírnetros, concentrações inferio-

_7res a 2.10 " ppn. Te¡n o inconveniente de decompor-se com cer-ta facilidade pela ação das argilas, natéria orgânica e 6xidode f erro.

No geral, os colorantes tem aplica.ção nuito linita-da quando se trata de águas subterrâneas. Não po<lern ser nedi-dos "in situ" e interagern facilnente con os materiais sólidosdo rneio. Sua 1i¡nitada solubilidade na água exige o uso degrandes volunes de solução traçadora.

A sensibilidade relativa de deteção dos traçadoresfluorescentes e salinos é mostrada nas tabelas II e III.

I!.4 TRAÇADORES RApTOATTVoS

En terrnos gerais, o nétodo de traça<lores é uma téc-nica para obter inforrnação de urn sisterna ou de suas partesmediante a observação do conportanento de uma substância especÍfica, agtegada ao sisterna, o traçaclor. Geral¡nente o m6todoinplica em rnarcar u¡na fase especÍfica ou parte do sistema co¡n

o traçador, para tornâ-la facilnente identificáve1.Existen dois requisitos fundanentais na escolha do

traçador:

Page 33: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

28

-1_3_lL L_L A_ll-TR^ÇAnORltS FLUoRESCRNTTìS (JsAI)^s liu ¡¡It)ROr,OCI^

TRAçADOR

PROPRIEDADIS

SENSIBTLIDADE DE

DETEÇÃO (VALORES

RET,ATIVOS; A

',IN s ITU'' )

I I I .ur.oo**n."^I unANrN i Ruounuru¡ n i

I I I u* e G',*

--_-_ì-_- iELDVADAlrl.nvamlnner I ' I ;,;LRUIDO DE FUNDO N^

turuçÃo('' BACKcRoUND'' )

EI,EVADO

(lM Ãcu¡s

cÀRRUCÂDAS )

REDUZIT'O REDUZIDO

nncnnoaçÃo ru r.uz

l

I

Ìrurro ELEVAT)A i

i

DL[VADA

I

Ii NULA

I

t¡¡rr,uEl¡c ra o¡. tmPERATUIìA SOBRE

^nurrçÃo lvanra.çÃopon oc)

IìEDUZIDA

- 0,367"

ILNVADA

- 2.72

*ELEVADÂ

-)qq**Nln.Å oz

nnrnuçÃo EM solos ì.rurro B^rx^ I "urrn

ELEV^DA I ouou"*l,SOLUBILIDÂDE AL TA

30os/9.RIiDUZIDA-101,-/x

R[DUZ IDÂ-Los/ ,'

A SOLUBILIDADE DA R}IODAMINA N,

coM soLvENTEs oRcÂNrcos

DA SIILTORIIODAMINA r] 0 PODIJ SIR MELI,IORADÀ

Page 34: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

TRAçApoRES CONVENCIOTIAIS USApq! lii,f rrrDRor,ocrÂ

ct2 07 NaI ¡lacl I f¡ ÍìOa NaN03 LiC 1

SOLUBTLIDADE (s/c) 600 > 1.500 300a400 500 75 600

cotlcnr.rrne$o ufr'rA onrnrÁv¡l(POR AMOSTRAGEIÍ)

),2 a 2xl}-6;UM RUC ONCE\

cnrrçÂo

lo-loÂ. POR

ATIVI -DÂDI

lo- s

COLOR I¡fETRIÂ

la2.10-6 ,5. 10- 6 1o- 6

),2 a 2xIO-7

]OM RECONCEN

rnrrçÃo

10-s

A, CATA

LfTrco

l0-sa10-t

CONI)UCTI

I'IETIìIÂ

s tru"

C OI,f P ORTAMIINTO EM

Ãcur s sunrnnnÂ*

NEAS

rl¡sATr!

rarõnro

ecrrrÃVEL D4

Ãcuas

coM Rg

DUZIDO

TIIOR

lÎ{ I

INSATTg

r¡rrônlo

I¡IfJATTg

¡'ar'õnro

INSÂTTS

ratõnro

ACEI -

r.(vrl

Page 35: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

30

1. deve se conpoftaT exatanente ccrno o naterial narcado, na fase do prÕcesso clue se cleseja invostigar;

2. deve possuir uma propri.eclacle pärticular que o

distinga do material narcaclo, de rnarreira qllc: possa ser facil-rnente deteta<lo en presença cle outtas substâr'.:ias,

A pri.nreira condição pode reqrrerer i.<lentidacte físicae quÍnica do traçador con o procluto narc¿ìdo ou somente unÍtdelas, dependendo do parâmetro nedido. Algru¡ir-s propri.edades ,

tais corno o ca10r, Índice <le refração, clensi.dade e concluctividade de aditivos, tên siclo ernpregaclas satisllatorianente enexperÍ.êncías de traça.clores.

Sen dúvida, os radiois6topos poclern ser utilizadoscomo traçaclores, pois apresentam as seguintes vantagens:

1, a identidade en.tre o produto n¿ircaclo e o traça -dor pod.e chegar ao nÍvel atônico (unr átono rlo traçador ou is6topo radioativo se comportará igual a unr áto.,to estável. do nesrno elenento);

2. a deteção do radiotra.çador pode alcançar tanb6nr,níveis atômicos (os rad.iois6topos podem ser .letetados em quantidacles tão pequenas cono 10-l6 ou l0-17 ,te p;rarnasJ.

Corno todos os materiais existente. na natureza, sãoforrnados por átonos, e existem um ou maj.s i.l6topos rarlíoati -vos para cada elerne¡rto, pode-se por neio cie nproprì.ados méto-dos quínicos de síntese, preparar racliotra.çadores para qual -cluer produto, clesde substâncía.s purâs at6 ¡u¡16cu1as cornplexascono as do petr6leo e seus derivados petroqirÍnicos.

Práticanente os únicos traçadores que competen conos radioativos, no aspecto relac j.onaclo ao requisito de identidade, são os is6topos estáveis.

Em cad.a caso enr particular deve-sc \rsa.r un ou outrodependendo dos objetivos do t::abalho, sensihi.lida.cle e facilÍ-dade de nedição.

A16m das vantagens já enumeradas, os radiois6topostôm outras caracterÍsticas que os conclicionrm a conclição cle

traçadores 6timos:

Page 36: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

31

podem ser detetados seletivarnente por discrirni -ção do tipo e energia cla radiação emiti.da;

as medições resultan fãceis e i.¡;entas de anbi -gu idade s ;

permiten preclizer a precisão dos resultados, pe-1o sirnple s cálcu1o do ôrro estatístico associado coln as rneclições de rad"ioativi.clacie.

Geral.mcnte, una expcriôncia con ra.liotraçadores consiste ern injetar en urn ponto Pj do sistena, nntre t. e

ti + ^

ti, certa ativi.dade A, incorporad¿r a um vol'ume Vide produto narcado, e observal a variação da concentração daatividade Co(t), em função do tenpo, en um tr).cnto Po. Esta si-tuação esta representada no d.iagrama de bloco da figura a

seguir

P,1

S ISTE¡44

Esquema de uma expcriência con racl iotraçadores on-

atividade inicial-

v o lurne ilric ia1

j nic io da injeção

ponto de injeção do radiotlaçador

ponto de nred i.ç ão

de:A.I

V.1

t.1

D1

Po

1.

2.

7,

Â.. v.1' l

-=--=--"ù_

t. + At.11.

Èo

to

C^ (t) Pon

de observação

Page 37: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

2a

concentTação do rad.iotraçador em Po

ll!_:_: _ AP r_i cAçÃQ p!__B4!l!J-q!4Ðq

Sem dúvida, o primeiro requisito a <1ualquer aplica-ção de radiotraçadores, 6 o conhecimento polnenorizado dascaracterÍsticas do processo ã investigar, païa estabelecer se

a técnica utílizada irá proporcionar resultarlos satisfatórios.O segundo reqr.risito j.mport¿lnte ó trrlanejar corn máxi

rno cuidado todas as etapas da experiênci.a, incluindo sele -ção e preparação do traçador nais conveniente, forma e dispo-sitivo de injeção, instrurnental cle medição, rnert.oclologia de

contagen e procedimento para interpretar os iesul-tados. Deve

-se prever tanb6m procedinentos alternativos, para qualquer eventualiclade que po<leria apreselttar-se durante o cur-so da experiência. Con isto, nui.tas vezes e.,'ita-se nalogra-ren por falta de previsão os objetivos do eD:ìaio, os esforços e recursos empregados em srra realização,

Un faior essencial d.o ponto de r¡ist-a prático (que

inclue considerações de custo, nanipulação e c1e segurança radiológica) 6 a atj,vj.dade total que deve ser incorporada ao

sistena para marcá-1o, (Tabela IV).

IIåg T.ÉCNICAS- DE MEDITJA

A deteção e ¡nedida das radiações b.¡seia.m-se ern sua

interação com a mat6ria, principalnìente nos fenômenos de ionização e excitação. Quando urn tipo cle racliação incide sobreun detetor, este gera Lrn sinal e16tri.co, que 6 transfornado -ern impulso de tensão. Una vez anplificados e, em alguns ca-sos, classificaclos de acôrdo com sLra altura, esses impulsossão contados por un equi.panento eletrônico provido de indi-cação ana169íca (integrador) ou di.gital (escala). Ao núme-

ro de impulsos liberados pol unidade de tenpo dá-se o none de

Page 38: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

RAÐTOISÓ-

POS

FORMA

.QU-rlfrcA

frAls

USUAL

3g

14e

24N"

32P

ttT0

P"ADIOISõTOPOS USADOS E4 HIDROLOGIA

35c

}TE IA VTDA

36c1

TABËLÂ IV

45.-

46 s"

coNcE¡¡TRAçÃO MÁXrMA

PER}fTSSÍVEL NA ÁGUAX

l2-3 a

5lc"

5760 a

Ca EÐTA

5 8co

15h

tr¿ -2 ã

uc/cn3

5 9Fe

C¡ EDT-A

XX

3 x 105 a

Co EDTA

K3co (cN)5

RO.ì

o-1

TrPO DE RAD lAçÃO

EI''ITIDA

0.2

XXX

165 d

6 x 10- 3

Fe EDTA

3 x 10- 3

5 x l ô-4

84ð

BETA

8 x 10-q

27 -e d

2 x l0-3

meV

2 x 10-q

2x10"

o- o18

t¿ Õ

2 ¡< Ill-5

3 x IO-a

GÄM¿.

ALGU}ÍÀS RE¡'ERÊNC IAS

COf RESPEITO AO SEU

C OI'IP ORTAME NTO

xÐü

0. 159

6 x 1o- 5

45

rneV

1.40

8 x 10- s

1o- 3

d

5 x 10-2

1 - 71

9 x 10-6

c -767

4 x 10-5

x 10- 3

2 .7 5eL .57

0 .71

2 x 10- 3

T IT

2xlO 5

o ,26

10- r{

0-36

6 x 10-s

tri w

0 ,47

l

TI

12e0 - 89

TV

0

o.32

27e0.46

0,81

l II IV

I

TT

10e1"59

v

TVV

fvv

V

M

Page 39: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

6 cco

652",

828"

Co EÐTA

K3C0 (CN) 6

E6ÕL

89st

Zn EIDTÄ

90qr-9C'7

BrNH,, : Brì,ia

t06Rw 1can|

10

ç?.,

I 4

CONTIiiuACAO

I 24c¡-

245 è.

L4ôD- lL+C' -

1(, h

89a 64h

19 d

10- 3

l43Pr

51 d

^ .^-? .^-irJ x -tU - lU

I 47PÐ

^ .^-? ^ .^-¿!ö x !u ' I J x l{i

NaI

]){IiJ-

170T,¡

I X tl ' / Y iil '

253 d

3x1o-4r ro-5

n ?l ì t7-1 ??

12.8d-40h

60d

9 x 1o-a i 3 x 1c-5 lo"g8eo,66

Bd

5x 1o-a 2x 1O-5

0.45 r0.55e1.47

A,68e!,76 , 1 ,08

7 x 1C-q

¿.) a

6 x i0- 5

0,54-2.26

L¿I 1

^ .^-L ^ .^-i3 x IU-- 3 x I0-J I,33 erc, 1,6C etc

I1

2

2xt0-6. 0,61 I o,zoea,at,

1?-s ì 0.61ec.22 1.7oea.72

6 x Lì-) 2x10"

TV

I

v

1o-3 i5*10-s

T.¡ 'V

5 r 10-:

Iv

IIJ

lVV

1.97 I 0.084

IV

I]

v

IÌ.7 \ìr

N

¡'u'

ñ

IV

Page 40: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

t 92Ir

I 98Au

lr EDTA

Col oidal

74 è

coNTItfúAçÃO TABELATV

]{ - DO .'B.¿\SIC SA¡ETY ST.{'iDARS TOR R4Ð PP.O?DCTICÌ.¡'' TAEA, S,qIl¡.

sÉp.rE ìì9 9 (L962) (rì\cÐRIDA poR A:io)

ti:i - oPÐIìADOËìES

ìaix - PÚÈilco E].1 GniâL

]I\XJI - I - Ð]iCELEI;TE

rr - lixrsrEl{ llL'iíÈllOscs rpaB¿'Llrios cOì.ìF rFr'Íù,ÌD 0 sEU Bo:y co¡rpcRTA-).îi;,tro Lií Ác¡¡s sugre¿p,Âi¡EÀs E supERFrcrÂrs,

trr -- or' r c í¡r_¡ -!.r! -- òi¡ ¡1è 'rþu¡!ì, iiSTA0 S¡1TUp,ADÀ S DESTES tiLEilÌÌÌ;TOS, pCi)[lEilOS'i Lrj :.':i SlrLi..1..,i:S ..Ci. ¡t..'.i'L ¡.,

rv - colio cATrorÌs sÃo cEpru.fENTE ì'u\US rráçAloRE s rff icu¡.s suetrn-lÂl;r,ts, ìrAS L:t cERTcs rrpos ÐE ESTR¿,ios poDEìf sue. tlcrrrÃv¡ils(cAr,cÁ^Rros , ¡frErAs, ETc. )

\¡. Ë}ÍIIIEGADOS G¿'PÁI}I'I¡TE NA rORlfA DE C6{.PLEXO.

65h

t0- 3

I * rn-3

4x

5 x 10-5

-5 1eo -54 I 0 -32eô .1+6

^aÁ o -41 i

þ¡(¡

Page 41: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

36

taxa de contagem e, a partir da mesna, pode-se calcular a

atividade da anostra medida, sua corìcentração ou sua ativi-dade específica.

Foran desenvol"vidos ¡nuitos tipos cle <letetores, unspara usos gerais, outros para aplicações especÍf i.cas e con*cretas. Limitaremos a descrever, c1e mod.o suscinto, o funcionanento de u¡n cintilador, por ter siclo este tipo de detetor utiLizado en nosso trabalho.

O detetor de cintilação é o sistenra nais usado paraas nedições de raios gama,,,pois sua sensibilidacle é superiora dos detetores Geiger - I'Iu11er.

Na figura 1 está representado de forna esquernáticaun detetol cle cintij-ação. Consta de um cri.sta1, nornalmente -de NaI ativado con Tálio, ligaclo opticanente a un tubo foto -nultipli.cador. Quand.o un raio gana inci.de sobre o cnistal , -que é o elemento sensível , proclu z nele uma :Eaísca lurnj--nosa, po1' excitação dos átonos de sua rêcle cristalina. Estafaísca lurninosa 6 "vista" pelo fotocatodo do tubo fotonulti-plicador, que libera um deterninad.o núnero de el6trons (efeito sinilar ao da célula fotoelétrica) , clue por ação de un

canpo el6trico presente, clirigem-se com velocidades elevadasaté ao primeiro dinodo. Ao se chocaren contra o di.nodo produzem novo f e j.xe de elétrons de rnaior intensidade que o incidente, Ilste fei.xe dirige-se, en contínuação, para o segundo dinodo, produzinclo un efeito sinilar ao anterior. O processo de

nultiplicação clo feixe d.e e1étrons repete-se nos diferentesdinodos, e assim, no anodo coletor chega. um fluxo nuito intenso destas partícu1.as. Quando este fluxo de elétrons, de in-tensidaclc j., passa atrav6s da resistôncia lì, orígina unpulso de tensão de valor !8, qt" dá origen a urn impulso e1é

trico, registraclo no equipamento eletrônico associaclo.A duração de todo o processo 6 da ordem cle 1 s ou

menos, e por isso estes detetores podem funciona.r corretanentc, ïc!{ istran(to taxas cì.e contagem sr.rpcriorcs a 106 i.mputsospor ninuto,

^As t6cnicas cle nedicla ma j.si frequeìltemente utiliza-das en hiclrologi.a, com cletetore s de radiação , estão i.l.ustra 'das na fígura 2. No caso da tócnica A, o detetor encontra-se

Page 42: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

ÑTÞ\t, l,tl\\i1l., I

\ \t/,,' l\-l-----j-----l-- @

{ t---

FIGURA 1- lisquema de um cintilador.

@ - cristat cle Nal (Tl)

@ - f otocatodo

@ - tub o foromultiplicador

@ - dinodos

@ - anodo

@ - saida dos impulsos

@ - resistência de carga Il'

@- ai"isor de c ensão

@- vol tagem a¡;1i c ad a

Page 43: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

rd'cJ

!qlÉ0)

ddÊ

r'jt.l

qJ

oö0

fnþ.úo

tr c)

lo q)

Ë

'Er

ooflbD

dord

l(\l cJ

üÉø

¡úof\6

.r¡ d

trl o.

¡

r'.¡

()H

ot(i.do)É0)oq,

)o(ntl¡-¡orúI

oio

.---r--lÞN

Page 44: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

39

subnerso na água. Se o volume de água que rodeia o detetor 6

suficíenternente gran<le, e a concentração do traçador é uniforme, pode-se definir o charnado "volune infinito ou de satura-ção" como senclo o volurne que contribui com 95% da resposta dodetetor e cono 616gico, seu raio aumenta con a energia dosraios gama. Para o -1311 6 de apr ox imad.ament e gs cm e para oB2St é da ordenr de 80 cm. Com esta t6cnica cie medida, o limi-te inferior de conccntração d.e 131I que poclr: ser nedido,uti-Itzando urn detetor con cristal de NaI (TI) tl.e 5 c¡n de diâ¡ne -tro por 5 cn de altura, 6 ¿a ordem de 5.10-4 Cí/Lítro. Istosignifica que, en tais condições, lCi deste isótopo é suficiente para narcar 2.106 m3 de água. Para o 828r, estas ci-fras nultiplicam-se por un fator, igual a 4 aprox imadamente .

Nos casos B e C, o detetor encontra-se rodeado porum volume f ixo de água, deterninaclo pelas dirnensões do reci-piente de ¡nedida. En B, a âgua ê irnpulsionacla ao recipientepor meio de una bornba, obtendo-se u¡n contrôl.e contínuo ouperi6dico da concentração do traçador, A técnica mostracla em

C é utilízada para ¡nedidas descontínuas de amostras, Em am-

bos os casos, a sensibilidade (conta g"rn /

Ct ) aumentacona ca

minuto/¡ litropacidade clo recipiente, até alcançar um val.or nráximo corres -pondente ã t6cnica Â,.

Na técnica D utiliza-se um detetor rnergulhado no po

ço, isto 6, en um orificío cilÍndrico ern cujo interior se in-trod:uz a anostra a nedir. Esta disposição geom6trica propor. -ciona u¡na eficiência de ne<lida muito elevada, pois a maiorparte dos rai.os gama enitidos pela anostra incidem sþbre a zo

na efetiva do detetor. Mas, o volune da arnostra pode ficar 1imitado a 40 ou 50 cm3, segundo o tipo do detetor. Por istoesta técnica 6 utilizada sònente quando o traçador contido na

água encontra-se ern pequeno volune, por exemplo, rnediante precipitação ou fixação em resinas de troca iônica. E1a é frequentemente ernpregada para medir o 131I, poï precipitação deste en forma der y',gl eÍì anostras de água, de até 50 litros. Utilizando-se detetor de cintilação e este procedimento, pode -se ¡neclir concentrações nÍnimas de 5.10-5 uCi/Litro, signifi -

Page 45: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

40

cando que 1Ci cle 1-311 6 suficiente para narcar um volune de2

2.000m'de água. Se levarrnos en conta que o pêso en iodo desta atividade 6 da ordenr de 10-ó granas, e que o volume da so-1ução que o contén podc ser sõmente dc vários mi1i1j.tros, fi-cará cornpreendido o enorne fator de diluição que este tipo de

nrarc aç ão proporc iona.

-IJ-:-7 V4NT'AGENS E INCoN RApllA-TIVOS

As vantagens dos traçadores radioativos frente aosirrativos, podem ser resuni<las nos seguintes pontos:

1, extraordinária sen-sibilidade de deteção, perni -tindo diluições da orclen de 2,000n3 de água por Ci. Una marca

ção sinilar corn fluoresceina ou dicrornato de potássio exige a

proxirnadamente 50OKg destes produtos;

2. possibilidade de nedida "in situ";3. vida li¡nitada do traçador, que pode ser escolhi

do de acôrdo con a duração prevista par^a a experiência. Estavantagen tem un valor decisivo quando se trata de águas de renovação lenta (águas subterrâneas), que ficarian contarnínadasdurante longo tempo, se fôsse empregado traçador não radioativo ;

4. a nedida seletiva, sern interferência de outl'osnateriais contidos na água, radioativos ou não. Mediante espectrornetria de raios gana pode se identificar o traçador de

forna inequívoca, detetando-se apenas sua energia caracterís-tica. Esta técnica pernite o emprego sinultâneo de dois ou

nais traçadores con garantia de identificação e medida de ca-da urn del-es;

5. um nesno traçador pode ser enpregado ern diversasfornas quírnicas, sen que se rnodif iqrre a sensibilidade da medi

da. Isto õ nuito importante, pois pode se conseguir que o tra

Page 46: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

4\

çador tenha urn conportanento sernelhante ao clas moléculas de água.

Entre as desvantagens destes traçadores podemos ci-

1. No caso de isótopos de vi<la curta, eles tern queser adquirÍdos e utilizados en datas fixas;

2. necessidade de autorização, païa a aquisiçã.o e

manipulação de nateriais radioativon ;

3, equiparnento de nedicla mais custoso que o utilizado pará traçadores não radioativos.

II.8 RISCOS DERIVADOS DO USO DE RADIOISóTOPOS EM HIDROLOGIA

O honen, no decorrer do seu processo evolutivo sô-bre a Terra; setnpre ficou exposto ã radiação proveniente dosnateriais radioativos naturais existentes na crosta terres-tre, e ã radiação cósmica procedente do espaço exterior. Es-tas radiações não denonstrara¡n ser urn perigo sério para a

evolução e desenvolvinento da esp6cie hunana. Co¡n o adventoda era nuclearl os riscos forarn increnentados, con a utiliza-ção en grande escala de cliversos tipos de fontes, tornando -se necessário estabel"ecer nornas e regulamentos para que A

radíação pudesse tTaze'r reais beneficios ã tecnologia.A primeira manífestação das terríveis consequên

cias que a energia nuclear poderia inpôr para o futuro da hunanidade deu origen a un estado psicológico de prevenção e,inclusive, de tenor contra este novo desenvolvimento da física moderna, que afetou tanbén as aplicações pacÍficas. poréneste receio serviu de base para acelerar as investigações sobre a ação das radiações nos organisnos vivos. As nor¡nas deproteção contra as radiações foran evoluindo, de acôrdo conos grandes avanços conseguidos no canpo da Radiobiologia, fazendo co¡n que a tecnologia nuclear se desenvolvesse em condições de segurança superiores ã maioria dos setores tecnológi

Page 47: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

cos lestantes, como o denonstran as estatÍsticas de

tes.As nornas e critério básicos de proteção contra as

radiações encontrarn-se descritas nas reconendações da Conissão Internacíona1 de Proteção Radiológica, organisno que cons

titue a ¡náx ina autoridade cientÍfica nesta ìnatéria. Estas recomendações refletern-se, assin nesno, nas not¡nas dq proteçãoditadas por outras organizações internacionais e nas regulanentações dos distintos paÍses. A Agencia Internacional de

Energia Atônica (IAEA), con sede en Viena, fixou nornas co!cretas para o uso de radioisótopos e¡n hidrologia. A descriçãopornenorizada das nornas de proteção radiol69icas vigentesnão condiz com o espirito deste trabalho, e por isto lirnitargnos ao resurno suscinto de alguns conceitos básicos e a descrição geral dos riscos potenciais derivados de tais usos.

Os necanisnos dos efeitos biol6gicos das radiaçõestên sua origen nos f enô¡nenos físicos de interação destas con

a mat6ria. A energia das radiações 6 transferida aos eletronsdo neio, provocando a ruptura dos enlaces quírnicos, alterandoou destruindo cé1u1as. os efeitos biol6gicos independern do tipo de radiação, nas sin, da quantidade total de energia absorvida pelos tecidos, da sua distribuição espacial e do tipo de

orgão atingido. A periculosidade das distintas radiações de-pende apenas da dose absorvida pelo organisrno e do seu poder

de toxidade. Levando-se en conta o poder de penetração das radiações, pode-se distinguir dois casos.

II. 8. 1. IRRADIAÇÃO EXTERNA

Neste caso, as radiações que agem sôbre o organisnoproceden de una fonte exteïior e alheia ao nesrno. As partÍcu-las.alfa e beta, en virtude do pequeno poder de penetraçãonão apresenta riscos inportantes de irradiação externa, exce-to en casos isolados. A ação destas partículas lirnita-se à pe

le e às prineiras canadas do tecido subcutâneo, enquanto os

ac iden-

Page 48: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

raios X e raios gama podem atingir os tecidos profundos do organismo.

Para ¡nedir a dose de radi.ação absorvida existemferentes unidades, descritas a seguir:

1. Roentgen (n) 6 a neciida da capacidacle dos raiosX e <los raios gama de ionizar o ar. É una unída-de de exposição. lln roentgen lracluz a quanti.dade de raciiação (raio X ou gana) capaz de

zir 2,58.10-4 cor¡lonbs cle carga el6tricaquilograma de ar seco, ã tenpcratura e

norrnais (OoC é una atmosfera cle pressão).

pr odu -por

pressão

subrnúlt ip10 nuito utili.zado 6 o miliroentgen(nR), que equivale a una nilésirna partero entgen ;

Un

do

2. Rad 6 a unidade que representa a energia absor.-vida poï grama de rnaterial, e equivale a 100ergs por grana, de qualquer naterial. Logolracl = 100 ergs/grana = 0,01 Joules/quilogranaFrequêntenente se utiliza o nilirad (mrad), sub*nlúttipto que é igual ã nJ.16sima parte do rad(lmrad = 0,001 rad).

3. Ren - do ponto de vista biológico, algumas ra-diações são nais eficazes que outras. Isso querdizer que a nesna dose de rad.i.ação ern rads, pro-duzída por diferentes tipos de radiação, não provocam necessariamente os nesrnos efeitos bió1o-gicos ou con a mesrna intensida.de. Por ísso, rêRadíobio'logia, usa-se o Ren como unidade de doseequivalente, Con o objet j.vo de explicar o que se

intende por Rern, 6 necessário introduzir o con -ceito de fator de qualidade de una radiação, Es-te fator relaciona os efeítos das radiações corn

os dos raios gana provenientes do 6OCo, cono exem

plo considerenos o caso de neutrons rápidos. Pa-ra produzírem os rnesmos efeitos biológicos que

Page 49: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

44

os raiÒs gama do 6oco, ,r"."rsita-se apenas I/I0da dose fornecida pelos penetrantes raios ga-ma. Diz-se então que o fator cle qualidade dosneutrons rápidos é fO. O fatôr de c¡ualidade paraos raios X, raios gama, raios beta e elétrons é

1.; para os neutrons lentos 'e Z,S; pata os neu-trons räpidos, prõtons âté 10 I\{eV e partícu -Ias a]La.é 10. 0 lìen é def inic.lo como a dose ab-sorvida ern rads nultiplicada pelo fator de qualidade da raclia.ção, assi.rn, Rern = rad.FQ, onde FQ

é o fator de qualiclade.

As doses náxinas perrnissívei.s aceitas internacionalnente são diferentes segnndo se trate de pessoas profissionalmente expostas a radiações e sujeitas por este nìotivo ã con-trôle nédico períodico, ou de rnembros isolados cla população -ou ainda de grandes rnassas hunanas.

Para o pessoal profissionalnente exposto, a dosenáxi¡na permitida por ano, é calculada pela expressão D = 5(N*18), sendo N a idade do indivíduo expressa en anos. Presu¡ne-se que nenhuma pessoa deva começar a trabalhar com radiaçõesantes da idade de dezoito anos. A dose anual indicada equiva-le, aproxinadamente, a.0,1 Rern por semana e a 0,5 nilirem porhora. Sern dúvida, adrnite-se também qlle una pessoa possa ïeceber até 3 Rern en sonente treze semanas ou, tambðn, estes 3

Re¡n de uma só vez, senpre que a dose total anual não supereo valor de 5 Ren. Estas doses se referem aos casos de i.rra -diação de todo o corpo ou das gônadas, orgãos henatopoi6ticose cristalino. Para outras zonas isoladas do corpo, as dosesmáximas perrni ssíveis são superiores, Assim, para as mãos, an-tebraços, pés e tornozelos, é de 20 Rem por ano.

Para pessoas não expostas profi.ssionalnente, quepodem permaneceï en zonas submetidas a irrarliação, ¿L dose mä-

xima perrnissÍvel anual õ de t,5 Rem para corpo inteiro, gôno*das, orgãos henatopoi6ticos e cristalino e de 7,5 Ren paraas nãos e pós, Para nenbros da população, não subnetidos a

contrôle algum, esta.s doses se reduzem a 0,5 e 3 Rem, respec-t ivarnent e ,

Page 50: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

45

Por ultimo, para efeitos de repercuções gen6ticas,considera-se que a população em geral- não deve receber una dose superior a 5 Ren durante urn período de 30 anos (dose gen6-tica).

IT.8.2 rRRAprAçÃ0 TNTErìNA

Quando o material radioativo encontra-se no inte-rior do organisrno, o grau de periculosidade ã inverso, istoé, o risco 6 naior para partículas alfa e nenor para os raiosgana. Isto pelo fato das pa.rtícu'J-as a1-f.a dissiparen toda suaenergia en poucos milínetros de percurso, enquanto que osraios gana perden energia em percursos ma j.ores, escapando frequentenente do interior do organisno. As partículas beta ocuparn una posição intermed iár ia.

As regras cle segurança em Radioproteção são ben distintas ern ambos casos. Quando se trata de uma fonte externa,6fáci1 proteger-se contra as radiações eniticlas utílizando -seblindagens adequadas, nantendo-se afastado das nesnas ou re-duzindo o tenpo de exposição. Ao contrário, quando o nate-rial radioativo 6 ingerido pelo organisrno, nada se pocle f.a-zer para modificar a situação criada, senão esperar que a

atividade do radiois6topo diminua por desintêgração e por elirninaç ão bio16gica.

Corn relação à ra<liação interna, as normas de proteção deterrninam para os diferentes radioisótopos na água e âr,as concentrações náxinas pernissívei-s que podern ser ingeri-das pelas pessoas durante o período do ano. Estas grandezas,para os radioisótopos de uso nais frequênte em hidrologia são

nostradas na tabela V. As atividades náxímas que podem

ser ingeïidas por ano foram obtidas a partir das concentra-ções rnáximas pernissíveis, tonando-se 800 l j.tros como sen-do o volume de âgoa i.ngerido a.nualnente, poï pessoa.

Page 51: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

CONCENTRAçõES MÁXIMAS PER}4ISSÍVEIS PARA RADIOlSõToPos DE INTERESSE 4IDRoLõGIco EM ÁGUÀ E AR

E ATTVIDADE MÁXIMA QUE PODE SER INGERIÐA OU INALADA DURANTE UM ANO.

ISõTOPOS

luc

oncÃo cnfrrco

2 aNa

lODOS

32ø

TABELA

TODOS

INÎ. G. I.

OSSOS

INî. G. I

a 6sc

s0L.

GONADAS

s0L

INT. G. 1

coNcENIRAÇÃO lr[XT]rA

pen¡trssir¡ut (uci / o..r3 )

5lc.

FÍGÐo

ü{soL.

*3 x 1o-3

5 9-!e

INT

soL.

INT. G. I.Trìnñc

3 x 10- þ

G.

TTJSOI

I.

soL

î'ôn^q È¡aaì cÀNnIiF

3 x 10- s

INSOL.

PULÌ'ÍÃO.INT.G.I.

*2 x 10- 7

SOL

2 x 1o-s

IìqSOL.

l - r n-5

ic6 x lO "

ATIVIDADE I'f,{XI}lA

ASSIì,III.A.DA POR. ÀNO IUCi)

SOL.

l0- 7

5 x 10- s

3 x 10- b

INSOL.

ACTTA

4 x I0- s

2,6 x 103

2 x 10- e

, ^-8

4 x 10- s

1 v ìfi-9

INSOL.

^"9 x 10 '

6 x 102

2 x 10- 3

2.2 x L0

9 x 10*s

¿x Lv

1.5 x 102

8xl0'

6 v 'lô-5

ÀÞ

1.5 x 10

1,2 x 103

I x 10-lo

1.8 x 10

< - ln-5

*4 x 10- 7

5,0 x 10

6x102

2,2 x lO-2

8 x 10-'

3,6 x 10

J,U x -L tJ

I t - ln2

1.8 x 10

3,0 x l0

z,u x Lu

? v Ifi-9

1,3 x 103

6,8 x 10o,J x .ru

I ? v lfì3

b,l x l-u6.0 x 10

o¡u

2,6 x 103.l 'l - ln35,6 x 10'

Page 52: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

s 8co TODOS . INT. G. I .

6oco

puurÃo txr, c. t.INT. G. i.

TODOS

PUL}ÎAOIìiT. G. I.

6szn

CONT INUAÇÃO

TODOS

PRõSTATA

F ICADO

s 0L.

INSOL "

Þr

puu'.fÃo

Ix"T, G. I.

sol,.

TODOS

INT. G. S.

INSOL.

TÄBELA

I5^,tÍo

9 x 10- s

l0- 'o

soL

5 x lC- 5

TODOS

PÂNCREI\S

rícrtlo

INSOL.

3 x 10- s

5r

*3 x l0- I

PUIì"fÂO

INT. G. I.

s0L

2 x 10-e

* 10- 8

IìiSOL.

" 'Sr

10

lODOS

2 x 10- q

PUL},ÍAO

l\tT ¿t I

3 x 1o-l o

7.6 x 10

3 x 10-q

*4 x 10'

osso

I¡ISOL.

PULt'få0INT. G" I.

4 x 10- s

3,9 x 10

102

2 x 10-s

*7 x 10-s

SOL.

2,8 x 10

INSOL.

7,9 x 10

9,6 x 10

i,0 x lO2

2x!A2

2 x 10-s

1-7 x 10

6 x 10- s

soL.

8,0 x 108.7 x 10

* 10-'.

INSOL.

1.4 x 102

;. 10- I

2 x 10- q

))

t r * tnZ

2,2 x LO2

2,6 x 10

3,2 x lO

2 x 70-e

3,0 x 10

r n-5

3 x 10- s

5,4 x lO

5,4 x 10

I ¡¡ I fi-g

I,5 x 10

4 x 10-s

2,8 x LO2

1,9 x 10

4,7 x L0

1o- s

7,1 x 10

7,1 x I01.0 x 102

1

l-0-e

1,4 x 102

1,7 x 10

76

2,8 x t0

5 R v 1lì

2,6 x l0

e<

8,5

Page 53: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

9 ost

95zt

0s so

PIJLI'1AO

TMI. G. I.

t 0 3-t(u

TODOS

PUL}IAO

INT. G. I

CONTINUÀCÃO

r0scd

soL

RTI"I 1 SOL.

PU-Ì ¡.fAO

INT. G. I

INSOL.

ttoAg

soL

F IGADO

* 10 '

PUL}ÍAO

INT. G. I

TABELA

INSOL,

l2 r¡ ^,>Ð

4x10'

RI}f

PUI}IAO

TNT. G. I.

6x1O"

r 3r1

6 x 10- s

SOL.

osso

INSOL.

2 x 10-l o

8 x l0-s

10 "

rlll, G. I

TIROIDES

*4 x 10-s

SOL

x

INT. G. I.PULMÃO

10

INSOL.

-5

2 x 10-q

3,2 x 10- I

1o-s

2xl0

2-8 x 10

2 x 10- e

soL

INSOL

3 x 10-s

3x10"

5-7 x l0

3 x 10-s

sot

2 x 10- s

5,7 x l0

INSOL.

2,9 x I0- |

2 x l0 '

3 x 10-s

r,4

6x10

2 x 10- s

7 x 1c-e

3.4 x 10

2 x 10-6

6x10

3 x l0-l o

1,5 x 102

6 x 10- s

8.5

1,5 x 102

5 x 10 '

1.3 x 1C2

7 x 10-lo

2,5 x 10

2,8 x 10

3 x 10-Io

2,8 x 10

1,7 x 10

r0- I

2,5 x L0

1,7 x 10

1,7 x 10

6x10

5,1 x 10

I,6

2,5

2,7 x lC

5,5

3,0 x 10

8.0 x 10

z I

Page 54: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

t37cs

TODOS

TíGADo

BAç0

lrÚscui,o

lhoBa

PUIJ.ÍÃO

II¡T. G. I.

r92It

CONT INUÀCÃO

osso

INT. G. I.

s0L.

r98au

INÎ. G. I.X.I¡tRÂCô

rNsoL.

---Kn

PUË.fÃOINT. G

TABELA

*2 x io- s

SOL.

226Ra

INT. G.I.

IN SOI. .

, r.

ïì{T. G.L

4 x 10- s

PULIt¿\O

sot,.

232Th

3 x IO-s

INSOL.

osso

2 x 70-e

2 x 10-s

PUI.YI,AO

IÌíT. G. I.

sol..

4 x lO-s

IÈ'SOI

5 x 10 '"

ôqqô

1,2 x 10

I,4 x 10

1,8 x 10

I A v ]ô

4x10"

PUIIì{^O

TNT. C. T

4 x 10-s

soL

5 x 10

nisoL.

5 x 10- s

t0- e

4 x 10-e

r.:Tro

1,6 x 10

SOL.

9 x 10-10

2,8 x 10

INSOL.

1,7 x 10

t0"

3x10'

I0 '

I x l O-9

3,4 x 10

2 x 10-6

3,6

3,4 x 10

3,4 x 10

10- 8

4 x 10- s

4-1 x 10

10-12

6 x I0- s

1-7 x lO

3,4 x 10

7 x

7.6 x l0- 3

10-l"

7,8

4 x 10-13

B.C x l0

2,8 x 10

5-9 x 1

6,5 x l00

I

8.5 x 10 "

.5

3,4 x 10

5x10

5-5 x 10 '

3,4 x l0- 3

Page 55: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

238u

23s?u

n qqfi

PIIÍ,}TAO

r¡tr. c. r.OSSO

24¡Am

PUü"fÃO

INT. G. I

CONTINUAÇÃO lABELA

sol..

2szcf

RI}Í

OSSO

INSOL.

PUI¡\LÃOINT. G. I

SOL.

4x10'

INSOL.

ncqn

4 xl0-s

PUË,IAO

T¡ÙT. G. T

soL.

5x

OBSERVÀCAO: -

ABREVIACOES: -

INSOL.

LO

3x

i x 1o-r 2

10

qnt

4 x 10-6

5 x 10-t2

Iì¡SOL.

OS VALôRES PRECDDIDOS DE ASTERISCO SÃO DADOS PARÀ TODO O CORPO E GôNODAS.

SCL. = RADIOISõTOPOS DISSOLVIDOS Ë{ ÃGUÄ.

I]']SOL. = RADIOISõTOPOS E}I FOR}.ÍA I.IÃO SOIÚV¡I FIXADO,POR EXÐ{PLO, ì{OS IfA-

TERIATS SõLIDOS TR.A¡ISPORTADOS PELA ÃGUA.

T0D0S = ToDO O CORPo.

INT. G. I. = INTISTIìIO CRoSSo INrERIoR.

INT.G. S. = INTESTINO GROSSO SIJPERIOR.

3 x 10- s

6x

3.4 x 10

t0

10-12

: - rn-6

-lt

3,4 x 10

2 x 10-r 3

- . ^-6/ x lu

4 x lC-¡ 2

2,8 x l03,0

5

2.5 x LO-z

r - rn-13

3 x 10-2

10-¡2

2,2 x LO

5 x 10-¡ b

I ,5x10- 3

I

1 ,5x10- !

6

2 ,6xLO-2

l Tl¡l n-!

8,5xlO- !

Page 56: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

51

II.8.3 RISCOS POTENCfA]S DAS TÉCNiCAS ISOTÕPICAS UTITIZADAS

Para uma orientação sohre os riscos potenciais dast6cnicas isot6picas utilizadas em hidrologia, vanos conside-rar três grupos:

1. Técnicas baseadas nos is6topos naturais do meio.O risco para estas técnicas é nulo, pois não se

adiciona radioatividade algurna ao rneio en estu-do e porque os níveis cle radioatividade existentes são extrenamente baíxos,

2. Técnicas baseadas no ernprêgo de equipanentos portadores de fontes radioativas seladas.Por tratar-se de fontes seladas, o risco que

estes equipanentos poden apresentar é sonente de

irradiação externa, pois a possibilidade de in-gestão por membros da população 6 praticanente -nu1a. Sendo maior o risco de contaninação exter-na para as pessoas que fazen uso dos equipamen -tos, elas poden tonar precauções opot tunas en

cada caso.Corno os eqnipanentos são conercial -nente acessÍveis, os fabricantes devern dota¿osde meios de proteção exigidos pelas normas vigentes.

3. Técnicas baseadas n.o

cionados ao me io.enprego de traçadores adi-

Este tipo de técnica pode oferecer riscos, não

sonente para as pessoas que rea.lizan o trabalho,nras tanb6m para a população ern geral. Levando --se ern conta o risco cle irradiação externa da

população em geral, e1e será nrr1o, pois a ativi-dade adicionada ao meio se dístribui en un volurne nruito grande e as radiações emitidas, en sua

naioria, fican autoabsorviclas. 0s profissionaisque manuseian os radiois6topos conhecen tnuito

Page 57: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

<')

bem as normas e por isto se protegern con o uso

de recipientes de chumbo, nanipulação ã distância, contrôle do tempo de exposição, etc.

Vamos considerar as possibilidades de irradiação interna. Nos casos onde existen probabilidades do ¡naterial Ta

dioativo inj etado en deterninado 1ocal, ser ingerido por neln

bros da população, torna-se necessário que as concentrações -dos radiois6topos adicionados ao rneio não sejan superiores ãs

náxinas permissÍveis' Deve-se tanb6m levar em conta que:

')

a

na rnaioria dos casos, utilizan*se traçadores ra-dioativos de meia vida curta, e por isto o meio

estudaalo fica isento de contaninação ap6s um

período relativamente pequeno. A neia vida do

isótopo escolhido deve sernpre ser cornpatíve1 corn

a duração dos trabalhos. Assin, terminadas as me

dições, a concentração do traçador raclioativo na

água será tão pequena, que sua contarninação é

considerada desprez íve1- ;

a elevada sensibilidade dos detetores de radía-ção disponÍveis pernite rnedir concentrações ¡nui-to inferiores ã concentração máxina perrníssÍve1;

normalmente o traçador é incorporado en gran -des volu¡nes de água ou em sedirnentos transporta-dos pela nesna, com diluição e difusão turbulen-ta, que ocasionan redução progressiva da sua

concentração. Na naioria dos casos, en tenpo re-lativamente curto, a concentração do traça -dor inj etado no rneio alcança nÍveis ben inferio-res aos máxirnos pernissÍveis;

4. as experiências realizadas con traçadores incol-porados ao rneio podern ser de tipo 1oca1, significan<1o que o alcance da contamÍnaçáo -e lirnitado e

facilmente controláve1.

Page 58: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

53

Cono conclusão, devernos dizer que as nornas de pro-teção contra as radiações regulan qualquer típo de aplicaçãode nateriais radioativos con finalidades hidrol69icas. "1ra-

balhando-se dentro destas normas, os riscos de perigo para a

saúde c1o pessoal t6cnico e popul.ação en geral. serão nulos'

Page 59: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

q/.

CAPiTULO III

MEDIDAS DE VAZÃO

III.l MÉTODOS CONVENCIONAIS

As nedições de vazão de fluidos, ern engenharia e hidrologia, são realizadas corn t6cnicas e instrunental de efi -ciência linitadas pelas características fÍsicas e quÍmicasdos fluidos, cio tipo de conduto, canalização, leito e interva1o ou escala de nedição.

Muitos projetos de investigação e processos indus -triais dependem das medidas de vazão, para a análise de dados.

As vezes torna-se necessário boa preci são nas medidas ' enquan

to que em alguns casos tolera-se medidas menos precisas. A se

1-eção dos instrumentos pr6prios para unta aplicação ern particu1ar, depende de vários fatôres, entre eles o preço'

Dentre as diversas t6cnicas convencionais de nedi -das de vazão (volune do fluido que escoa por unidade de ten-po) , podenos citar:

1. nedída diretaConsiste en verificar qual o tenpo necessário pa

ra acurnular determinado vol"une en un reservat6 -rio natural ou artíficial, sern descarga de saída.A 'razão elltÍe este volune e o tempo necessáriopara ati.ngi-1o, deterrnina a vazão de enchimento.

2. nedida a partir do nível de água

Para se partir, sinplesmente, do conhecimento do

nível da água, usa-se urn dos tipos de dispositi-vos seguintes:

- calhas nedidoras - qualquer dispositivo que

provoque a passagen do escoamento do fluido de

um regime fluvial a un torrencial serve para

Page 60: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

55

esse tipo de nedida. A rnu<lança de regime obri-ga a existência de profundidade crÍtica dentroda instalação. A, vazão será função dessa pro -fundidacle e das características do medidor. Há

a fornração de um ressalto a jusante se o escoa

nento fôr fluvial em condições naturais. Cono

exemplo de instalações pradonizadas deste tipo,pode-se citar a calha Parshall'

- vertedores - conhecendo-se a espessura da lânina de água sôbre urn vertedor, pode-se deterni-nar a descarga através de tabelas e gráficos ,

desde que se proceda, prèviarnente, ã calibra -ção da instalação. Existem tanbérn vertedorespadronizados que dispensan a calibração cono o

tipo Thonpson e Sc irneni.

As duas instalações causam um represanento a nontante que corresponde ao consuno de urna vazão pot acrtrnulação e

que não está sendo nerlida. Isto s6 deve ser levado en consideração quando representar una quanticlade apreciáve1 frente ãs

grandezas ern jôgo. Um vertedor tem a desvantagen de elevarnais o nível da água que a calha, sendo que esta permite naisfãcilnente, a passagem dos rnateriais arrastados pelo rio.

3. nedidores cle v e 1oc idad e

Tenos o tipo turbína ou rnolinete cono por exen -plo o Price, Woitrnan, etc. O núnero de rotaçõesé proporcional ã velocidade da corrente, ficandoos resultados dependentes do estado mecânico dos

mesnos. Os nolinetes são aparelhos que perrnitern'desde que ben aferidos, o cálculo da velocidade,mediante a rnedida do tenpo necessário para una

h6tice ou concha girar certo nrinero de rotações.Por neio de un sistena elétrico, o nolinete en-

via um sinal luninoso ou sonoïo ao opera<lor em

cada núnero ile voltas realizadas (5, 10' 20 ou

nais). Itarca-se o tenpo decorrido entre algunstoques para se obter o nú¡nero de rotações por se

Page 61: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

s6

gundo (n) . Cada rnol j,nete, cluando af erido, recebe

sua curva V=an+b, onde n ten o significado vistoacina e a e b são constantes do aparelho, permi-

tinclo o cálculo da velocidade V (rn/s) en cada

ponto considerado. A precisão c1a rnedição depende

do núnero c1e rnolinetes e da posição dos nesnos

na seção de meclição. Estes eqll j.pamentos tanb6m

são afetados por redernoinhos, trocas <le direçãode corrcnte, etc. A velocidade do molinete é fun

ção de sua posição na seção, pois como se sabe ,

existe urn gra.diente vertical e outro horizontalde velocidades. A velociclade n6dia está compreen

dicla entre 0,2 e 0,8 da altura (zero para o nível superior e un para o fundo). Não obstante os

inconvenientes nencionados, estes dois tipos de

imedi<1ores são insubstÍtuiveis ' quando se deseja

nedições ern f or¡na contÍnua. Os nedidores tipoVenturi, Pitot, etc., tên corno base rnanônetros

diferenciais que controla¡n a perda de carga ou

pressão estática e dinâmica entre a entrada e a

saÍda do cone redutor. São usados geralnente em

tubulações,

4. nedidores do nÍve1 da âgua

São os 1inínetros ou escalas verticais graduadas,

dispostas de tal forrna clue una parte da mesma es

ta pernanentenente inersa na água. Estes equipa-

nentos, colocados geralnente nas estações de me-

dição de vazão, podem estar equipados con regis-tradores gráficos ligados a flutuadores. Neste

caso a vazão depende da seção transversal , e das

caracterÍsticas topográficas do talvegue ' a non-

tante e a jusante das estações de neilição.Nestascondições a vazão 6 função de:

Q = f (h,t,s), onde

Page 62: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

57

6 a vazãoé a altura ¡nedida sôbre o linínetroé u¡n fator de correção ( função do talvegue a

nontante e jusante da estação de medição )

é a seção do rio ou estação d.e nedição

5. ¡nedidas con traçadores quÍnicosDe rnodo geral a t6cnica consiste ern injetar cer-ta quantidade de traçador e¡n u¡n ponto da corren-te e nedir sua concentração en estações à jusan-te. Entre esse traçadores tenos os consideradosquímicos incolores (cloreto de sódio, fenóis, á-cido b6rico, detergentes, etc.) e os colorantes( flouresceina, dicronato de potássio, rodarnina

B, eosina, Toxo do Congo, a a)'J. de metileno, ani-lina, etc.). Todos eles tem inconvenientes quan-

do usados para medir grandes vazões, ou . rneios

contaminados con substâncias poluentes' Por exen

plo, para nedições da ordern de 1n3/s corn dicromato, deve-se injetar quantidade não inferíor a

1 Kg deste naterial .Para vazões superiores a

50n3/s, torna-se necessário inj etar grandes quan

tidades de dicronato, o que 6 desvantaj oso. O

nesno ocorre con os traçadores convencionais não

colorirn6tricos.

III.2 DISTÂNCTA MfNIMA DE HOMOGENEIZAÇÃO

As partÍculas rnarcadas comr un taçador ideal obede -cern às nesmas lei.s de movirnento que as partículas não marca -das. A este enfoque do problerna deve se acrescentar o fato de

não haver perdas por absorção físico-química, troca iônica ,

etc.Desde o instante ern que o traçador 6 ini etado

neio estudado, e1e deve participar da dinânica do sistena.nônenos de difusão rnolecular e turbulenta contlibltem para

ah

t

no

Fe

diå

Page 63: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

s8

persá-lo quando, en for¡na de soLução, é injetado e¡n rneio a-quoso. Nestas condições durante um perÍodo relativamente cur-to, estabelece-se un regine transit6rio, responsável por gran

des variações de concentração' Depois de honogeneizado com o

nei.o aquoso, a concentração do traçador deve ser constante ern

cada ponto ao longo do tempo. Coneça então un regime pernanen

te, en que a concentração 6 independente das condições ern que

o traçador foi injetado. (Figura 3)

O traçador honrogeniza-se ¡nais facil¡nente com o fluido no sentido longitudinal do escoanento e ern profundidadet do

que no sentido lateral. Este fato 6 que prát-icarnente deterni-na, na naioria dos casos, a distância rnÍni¡na de honogeneiza -

ção do traçador co¡n o ¡neio aquoso.Estas condições são vã1idas, se d.urante o periodo

que conpreende o tenpo transcorri<lo entre a injeção do traça-dor e sua passagen pelo ponto de nedição, o regirne de fluxofor constante ou estacionário. Quando a velocidade for função

apenas do ponto, o regirne 6 pernanente, e se no nesno ponto

variar co¡n o ternpo o ¡novirnento deixa de ser permanente.

A distância de honogeneização depende de vários fa-tôres , entre eles:

1. da velocidade do fluido e por consequinte do ti-po de novirnento, laminar ou turbulento. 0 rnovi -nento turbulento faciLita a hom.ogeneização. (fi-gura 4). Passa-se do regime la¡tinar ao regineturbulento quando o novinento do meio estudado

ultrapassar a velocidade crÍtica superior. Ao

contrário! passa-se clo regime turbulento ao laminar, quando se atinge a velocidade crÍtica infe-fior. O regime entre estas duas velocidades linites é laninar instável ou turbulento instável.

e¡n canais ou tubulações - Considerando-se o nú

ro de Reynolcls (Re) definido pe1.a equação

Re = Vrn dp / v , onde (s)

Page 64: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

59

'^

Díagrama de velocidadesem re¡¡íme laminar (A) e

co* vazão cons tanÈe

turbu l ent o (B).

V

FIGURA 3

FIGURA 4- Diagrama de velocidadesem superfície lisa (A)

com vazao constanLee rugosa (B).

Page 65: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

ó0

Vm 6 a vel.ocidade média

u é a viscocidade dinârnica (g/crn. s)p é a densidade (C/. 3)

d é o diâmetro da tubulação (crn) ,

tenos que para Re < 1000 o novi¡nento é laninarestável, para I{e >1000 o novimento 6 turbulento instáve1. Como Iinite frequente sintetiza -se Re = 2000.

em rios - Pode-se escolher un crit6rio similar.ern águas strbterrâneas - O linj.te superior devalidez das expressões que def ine¡n as velocidacles do fluido e¡n meios porosos está definido ,

para 1<Re <10, ainda que se tenha encontrado,também, movinento la¡ninar para L <Re <700, utilizando-se

Re= V, od/ p, onde (6)

d 6 o diâmetro das partícu1as,

2. da rugosidade das paredes, superfície do .leitono caso de rios, granulonetria ou natureza do ne

io en águas subterrâneas, etc. Na prática utili-zam-se as seguintes expressões para fixar as distâncias nÍnimas de hornogene ízação:

- en tubulações ou condutos sob pressão (con in-jeção no centro do conduto)

L . >75dnln

Quando as instalações permitirern 6 convenienteacrescentar um fator de segurança, particular-nente nos casos en que a velocidade nédia 6 pequena, tendendo para o novi¡nento laninar.

- ern canais ou rios - Existen várias f6rnulas en

(7)

Page 66: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

61

píricas e entre elas podemos citar:

F6rnula de CREC

L-r->9,5 nh = 9,5.0,32.K.Rr/6.h= 5.h.K.R.t/u (r)ml n

Fõrnula de RINNAR)

Lrí.rt0'13'N' b-/h' sendo N=

Fórmula de HULL

L . = ^.oL/3mln

onde:L-:- 6 a dístância níni¡na de honogeneizan1n

çãod 6 o diânetro da tubulação (n)

h é a altura de água (m)

K é o coeficiente de rugosidade de

Str ic k leré o raio hidrátrl icoé a relação entre a velocidade né-dia e a velocidade de flotação6 a largura ¡n6dia cla seção de medi-

ção (n)

c é o coeficiente de Ch6zy (15 ou 20)

g é a aceleração da gravidad e (n/ sZ)

Q é a vazão estimada (m3ls)

a 6 un coef j.ciente igual a 50 con in-jeção central e igual a 200 co¡n in-j eção lateral do traçador.

ITI.3 VERIFICAÇÃO DA HOMOGENEIZAÇÃO (LATERAL)

As expressões anteriores foram calculadas ou verificadas para un grau de homogeneização inferior a 19. Significaque se tornar¡nos sinultâneanente três arnostras, sendo duas 1a-

c. (0,7c+6)/g (s)

(10)

R

n

Page 67: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

nhx/nvfi

6Z

terais (margen esquerda e margen dircita) e una central,grau de honogeneização G (oø) será definido por:

1-G (%)= ^ (Ne-Nn) + (N.-Nr) + (N¿-Nr)

, onde (1- 1)3N

m

d a a¡no s tr a , tonada na ¡nar gen

da anostra, tonada na rnargen

da amostra, tonada no centroou seja Nn=Ne+Nd+Nc

1

Ne

N,o.

NcNn

e

e

e

e

a contagen tot a1

a contagen totala contagem totala contagern nédia

esquerdadireitado caudal

0 valor de G deve ser inferiot a leo para se alcan

çar a honogeneização aci¡na referida.

ITI.4 TEMPO DE PASSAGEM DA ''ONDA RADIOATIVA''

Quando se realiza inj eção instantânea (figura 5) ern

un conduto ou canal, deve tlanscorrer uÌn tenpo T para que

99,9% da atividade inj etada passe por uma seção distante X ne

tros do ponto de lançanento. 0 valor de T pode ser calculadopela equação

r (s) = 9'3 , onde (tz)

n é o coeficiente adi¡nensionat de dispersão longitudinal(7 '3para canais e 10,L para condutos sob pressão)

V, é a velocidade ¡n6di.a (n/s)

E¡n rios é difícil predizer este te¡npo, pois necessita-se conhecer os coeficientes n6dios de dispersão turbulen -ta longitudinal. É prudente começar as nedições inediatanlente ap6s o lançarnento do traçador e terrninar a operação quando

a atividade natural de fundo for restabelecida, isto é, nas

Page 68: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

63

atividade específ icaou çoncentração

Çí/c

FIGURA 5 - Concentração do Èråçador em uma

sante do ponto de injeção, com

x (m)

seção qualquer, ã 3u-in j eção íns tantânea.

@- movimento turbulenÈo

O- ro.rirento laminar

Page 69: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

64

nes¡nas condições que existian antes cla inj eção (figura 6)

III. 5 MÉTODOS RADIOISOTõPICOS

III.5.1 METODO DOS DOIS PICOS

Este rnétodo, s6 6 aplicável ern condutos de seção ou

perÍnetro ¡nolhado conhecido. Consiste en injetar o traçador,em forna instantânea e puntiforne, em una seção do conduto, e

rnedir sua passagen a jusante, com dois detetores, que podem -estar submersos ou nas imediações cla tubulação ou leito (figura 7).

Para reduzir o ôrro, 6 conveniente que a distân -cia entre o ponto ile injeção e o prineiro detetor seja supe-

rior ã distância nÍnína de horno ge ne ização. A distância en-

tTe os detetores deve ser superior ã distância de interfe -rência dos dois picos, que 6 função da dispersão longitudinaldo traçador (figura 8).

ft. vazão Q (n"/s) de acordo con a definiçao e dada

(13)

por:

Q = //'VUS = VrS, onde

velocidade instantâneaseção de rned ição

Quando a distância entre detetores ( Ä1-) for cons

tante, a velocidade média V, é calculada por

1'l -e a

Séa

-. ^

l- -.fl a, -L'

r--¡, = al¡-!--¡,n, ondeA t At

(14)

n é o núnero de partículas en novimento.

Page 70: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

65

ci /m3

es tação 1

es t ação 2

Intervalo de tenrpo necessãrio para a medição de todaa orrda raclío¿Eiva,,senclo A o íntervalo necessãrio p.a

ra a nedição na esÈação I (trais pr6xírna ao ponto de

injeção cla solução Èraçadora) e iì o inLervalo neces-s ãrio para a es E ação 2, si tuada ã jusante <1a anterior

t (s)

FIGURA 6

þ--- -- - --r*-

Page 71: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

Q medido = Vo, S = ¡1¡-1-1 S

" Atn

Por outro lado, a vazão nedida será igual ã

real quando

,1_1v=v'g tn ^tn

At

0bserva-se Pelatro de gravidade da nuve¡n

J"a relação entre a vazão

A medida que o

nar, ou que a dispersãorior tanb6¡n aumenta.

o ¡n6todo deve

66

figura 9 que a velocidade do cen-radioativa (V^), é representada pe

B¡nedida (Q medida) e a seção (S):

(1s)

vazão

(16)

Quando o novinento for turbulento pode-se dizer que '

a velocidade do centro de gravidade da "nuvem radioativa" é

praticanente igual ã veloci.dade ¡n6dia das partículas:

Vg=V^;1<VrlVr<1'05 (17 )

¡novi¡nento se aproxi.rna do regirne lanilongitudinal aunenta, a relação ante

ser aplica.do nas seguintes condições:

a vazão não deve variar durante o perÍodo de nedi

da, isto é, entre a inj eção e a passagen do traçador pelo segundo <letetor;

a seção deve ser constante entTe os dois pontos

de deteção da radiação;

a radiação natural de funclo (background) não deve

variar durante o período de medição;

não houver ganho ou perda de vazâo entre as seções

de nedição.

Page 72: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

cont

T]'nJ eç ao

r=FIGURA 7 - Disposição dos detetores (Dl e

mcd i ção para cã1cu1o cla vazãoDois Picos.

gem/s

ax -..-._-- -i

Dr) no locaI de

pe 1o mãtodo dos

x (m)

FIGURA I - Dispersão longí!udinal da nuvern radioativa (Ax)

FIGURA 9 - Tempo decorridocãlcu 1o da vazão

entre os l¡aricentros das curvas paraut.ílízando o mã¿odo dos Dois Picos.

Page 73: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

68

O melhor instrunental para neclir vazões con estetodo consta de doi.s detetores, fontes de tensão, integradorregistrador gráfico.

Em virtude do cálculo do tellpo de rnedição entre os

baricentros das duas curvas registradas graficanente, com ba-

se na distância existente entre eles, é aconselhável verifi -car se a velocidade noninal c1o registTador corresponde ã

rea1.

Q mecl i..1o = vg1

S = ^1

t-- satg

A veloci.dade c1o papel do registraclor é dada por

vpapel = Lts/ alg .', atg = Al8/vpapel (19)

substituindo (19) em (l-8), tenos:

Qnedi¡^ @3 / t) = A1 s, onde (20):ro ALg/Vpap"l

A1 6 a distância entïe os detetores (rn)

ne

e

alg 6

vas no

papelco

Séação (m

a distância entre os bari.centros das curpapel registrador gráfico (cn).

é a velocidade do papel rr.'gistrador grâfi-(cn/s).

seção da tubulação entre os pontos det

)'

(18 )

nedi

Entre as t6cnicas radioisotópicas este n6todo é con

siderado pouco preciso porquc, o que realrnente nedi¡nos é a ve

locidade e não vazão '

Page 74: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

69,

I I I . 5. 2 MÉTODO DA CONTAGEM TOTAL

Este m6todo foi desenvolvido por D. E. FIull (1957),e seu uso jâ foi adaptado para medições de vazão de gases ou

1Íquidos en tubu1ações, canalizações e rios. E1e é particu -larrnente útil na rnedição de vazão de rios tlrrbulentos ou congrandes caudais, já c¡ue a atíviclade injetada ern cada

ção 6 relativamente pequena.A técnica consiste en urn lançarnento instantâneo e

puntiforne de traçador radioativo com ativiclade conhecida. Em

urna seção, ã jusante da de lançamento nede-se a variaçãoda concenttação do traçador, du¡ante sua passagenr pela seçãode deteção (figura 10) .

Sendo a vazão Q constante (regine permanente) , a

concentração, na seção de nedição varia sonc,nte em função do

tenpo cle passage:n cla nuven raclioat iva.

necl i

As vantagens deste n6todo en

"Dois Picos" são:re1-ação ao m6todo dos

a se ç, ão do escoamentonão se necessita conhecera med i.r I

2, a apar el-ha g ern de nedição 6 naís sirnples;

3. rnede-se realmente a vazão e não velocidade.

Adrnitindo-se que as rcspostas do detetor Ra (conta-ge¡n/s), 6 linear com respeito à concentração C. ( u Ci/nr), -tem-se:

Rt (contagen/s) = u f g!.!#*:lc. ( uci,/n3) (21)

Page 75: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

70

A contagen total na seção de nedição durante a pas-sagen da nuvern radioativa será (figura 10 )

t (u)*="(o)*tut"'N=F"r

t (r)

t (r)crdt (22)

(23)

(24)

onde N 6 a contage¡n total da radioatividade entre os instan-tes t(u) " t(u)'- 0 valor F (cgnlage¡n/s) ó denominado constante

L1,/n

de calibração e, cono será visto, depencle das caracterÍsticasdo detetor, geometria de deteção e radiois6topo utilizado.

Por definição a vazão Q (r3/r) constante durante a

exper iência, é definida por:

Q = dvldt ,". dt = dvlQ

Substituindo (23) en (22)

t (¡)x = r/Q. /* .(.)du

'(a)

integral da expressão (24) 6 a atescoamento

ividade A (uCi),inj etada

c¡1¡dv = A (zs)

onde dV é o volunie elementar do neio honogêneo e isotr6piconarcado, que é exposto ao detetor.

A contagem total registrada entre a(o) " a.(b) ê

^no

t (¡)It (")

Page 76: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

71

Tepresentada por:

)

N = F.A/Q Q = FA/N (26)

Este desenvolvinento sõ 6 válido se:

1.. a atividade A inj etada chegar ao ponto de nedi-ção sem perdas no caninho, por absorsão, trocaiônica , etc . ;

a concentraÇão a(a) (atividade por rlnidade de

volume) en un.instante Cado, for a nesna enqualquer ponto da seção de rnedi.ção. Se a distân-cia entre o ponto cle inj eção e o de rneclição supe

rar a distância nÍnina de honogeneízação, a con-dição

t (¡)I C (t) dt = constantet (")

será cumpr ida ;

a constânte F for deter¡ninada nas nresrnas condi-ções das nedíções "in situ";

4. a constante F e a nredição de vazão são deterninadas en u¡n intervalo onde 6 linear a resposta do

detetor R¡¿;, con respeito a ccncentração Cq¡¡;

5. a ra.diação natural de fundo (background) no pon

to de deteção não variar durante o período de ne

d ição ;

<

Page 77: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

7?

6, a ¡neia vida do ra<lioisótopo for conpatível con o

te¡npo gasto na experiênci.a. Quanclo 6 usado ís6topo de nei.a vida curta, a contagen obtida deve

ser corrigida para o nestno instante enl que sc

nedir o fator de cali.bração;

7. o tenpo ou intervalo de contagen ( t(a) - t¡¡¡ )

for superior ao tempo <ie passa¡¡en da nuven ra

<1i oa t iva .

O valor <le ll , na. equação (2(r), refere-se à conta-gern 1Íquida, ou seja, s6 considera a ladioatividade prove

niente da nuven ladic tiva ' SÍ.¡';nif ic"a c¡re dzr contagem totaldeve se subtrair a contagenì provcniente da ladiação naturalde fundo N,, acunulada durante o tenpo de rlcclição.

o m6toclo tamb6m 6 valido para qualquer tipo de indicador, bastanclo para isto substitr¡irmos na equação (25) a

atividade A pela massa I'f rlo novo traçador e a corlcentração

C.-, referiT-se a esta nìâssa. PortantoT LJ

t (t) t (u)M = .r- c(r) dV.'. /_ C(.)

" (") '(a)

t (¡)Q dt = Q /- .(u) u.

" (a)

t (¡)Q = M/ tt,", t(t) u' (27 )

Page 78: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

73

1I I . 5. 2. 1 VARIANTES DO MÉTODO

O n6toclo da Contagem Total é indicado para nedir per

das de diversos fluidos e s6lidos. A deteção da atividade po-

de ser contÍnua (sonda subnersa, senisub¡nersa ou encostada nas

tubulações) ou descontÍnua ' por extração de a¡nostras periodicanente.

Quando a altura tl'água na seção de nedição é infe-rior a 7 X'.,.,, nos casos en que o rio arrasta pedras ou

LI L

seixos ou aïnda se o regime for de a1tíssima turbulencia6 aconselhável não introduzir o detetor no escoatnento' Nes -

tas condições extrai-se durante o perÍodo de ne<lição,, uma va-

zão Qt constante, fazendo-a passar por urn recipiente "ad-hoc" 'no centro do qual se coloca o tletetor. Neste caso' a cons -

tante de caLibração deve ser deter¡ninada no mesno Ìecipiente'para que a geonetria seja idêntica.

Quando a rnedição se realiza coÌn extração periódi-ca dc anostras, deve-se levar en conta que

a=

,rt (r)

. ¿. c^. (t (n) -t 15¡

)

t (")

Este nétodo pernite calcular a concentração durante

urn período naior ou igual a ( t(") - ,(t) ), e assim ne-

thorar a estatística de contagern'

Guizerix e outros (19ó2) preconizaran o uso de urna

variante deste nétoclo de anostrage¡n' que consiste ern ¡ecolher

da corrente principal trna vazão constarìte Q', e arnazená-la en

un recipiente para depois me<lir a concentração n6dia'

ond e

Q / Q' = A /a '¿ /A. = N / n".t (2e)

Page 79: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

74

Q'de

a

e

Ac

ta

ê a vazão constante desviada para o recipiente -z

rned 1ç ao (m / sJ

6 a atividacle desviada da cotrente pr inc ipal (pCi)

armazenada no recipiente.

6 a atividade usada na calibração ( u Ci)

õ a ativídade meclida na calibração (contagern/s)

t é o tempo c1e contagen c1a ativiclade recolhida no

rio (s)

A vazão ó calculada a partir cla e<1uação

ou

q = q'A/a

substituindo (29) en (30), tenos

A. n.. Q'tA.' N

(3 0)

a= (31)

A atividacle A a ser injetada 6 calculada pela equa-

Fixa-se, a priori, o valor Q' em função do ternpo estipassagen cla onda radioativa, ou por cálculo de acor-

ecluação (3 J.) .

Fixando-se o volume clo recipiente en 18 litros,tern-

ção (30)

nado de

do corn a

-5e:

Q'=18/t@) -.(¡) (li tros/s) Gz)

Escolhe-se este volurne de 18 litros levando-se em

conta transporte ' portabi,lidade aos lugares de medição, etc'Sem dúvida, un volume 6tino para ernissores gana de alta ener

'gia deve ser consicleravelnente maior se qui serrnos medir'

Page 80: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

75

com volune "infinito".Estes n6todos de anostrage:n contínuos ou descontÍ-

nuos ten a vantagen de perrniti.r um¿! cont¿gen total N, ta1 que

o êrro estatÍstico fique reduzido a una cxpressão nínina. Por

outro 1ado, pode-se tomar amostras en uma nargen ou no cen -tro da coriente principal permitindo reduzir o êrro ou conpro

var a honogeneização do traçador cont o neio estrrdado.Este n6todo é reconendável para nedição de vazão

utilizando o tritio cono traçador.

rtr. s.2.2 srsrEMAS a!_I{J.Eç49

Pode se utilizar qualquer dispositivo que pernitainjetar a solução traçadora preferencialnente no centro da

cana!ízação, rio ou tubulação en tenpo relativanente curto.

TTI. 5. 2.3 CORRENTES DIVERGENTES

A medíção de vazão Q de urna canalização, rio ou tu-hulação pode ser feita en efluente ou subsidiário,senpre que

a distância entre o ponto de injeção e o ponto de divergênciaseja superior 'a distância mínina de honogeneização (figura 11).

Se o subsidiário leva a fração xQ do caudal princi-pa1 Q, tanb6m levará uma fração xA da atividade injetada, e

por isso tem-se

N=xA.F/xQ =A.F/Q (33)

Significa que se pode medír a vazão no efluente do

principal, desde que seja cunprida a condição de honogeneida-

de antes da d ivergênc ia.Esta vantagen do m6todo pode ser úti1 nos casos de

canalizações principais inacessÍveis ou rios con margens

de difíci1 acesso.

Page 81: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

76

contagem/s*(.)

Rlrì

ñrr= ntr(t(t '-c i,.¡ )

t(.)IIGURA l0 - Representação da curva

do !raçado¡: radío¡civo,do da Cont agen Total.

xnJ ção

o{

. t (s)t-(h)

<lc vari nção da ooncentraçãoenr f rrnção rlo Eempo no m6to-

deteção ,/r lI a"!/l:t

./(tlritlItt^ ¡rt

'r'tttt.l ........ .... t

(rr:Ð4- 1x--l)A

L'ij

Possibílidades rle meclição corn correntespelo m6!odo da tonta¡1enr Total,

LtttFIGURA 1. I - dívergentes

Page 82: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

77

Irr.5.2.4 CONSTANTE-DE PROPORCIONALIDADE, 91.1 DË CALIBRAÇÃO

É a resposta N. (contagen/s), do detetor e instru-nental associado, n.a pïesença cle cleterminada concentraçãc de

traçador radioativo

c = A./v. ( uci/rn3) ,: r = dfu ,t *ï#¿t) (34)

ond e

é a resposta do detetor (contagcn/s)

é a ativirlade usada Da calibraçño ( u Ci)

é o volu¡ne r1o recipiente de calibração (n3)

Ela tamb6n é dependente do instrullìental de ¡nedi-

ção, do ra<liois6topo utílizado e da geometria de deteção; daí

a necessidacle de <leterrniná-la en condições sirni.lares ãs de ne

dição "in situ" 'Quanclo o detetor estiver stlbmerso lro rio e o volurne

de água que o rodeia f o:: superior ao I'olune sensível de dete

ção, a calibração cleverá ser realizada e¡n t¡m recipiente con

dinensões naiores ou iguais a de una esfera com raio superior

a sete vezes o valor cle X'rr' onde

X't/Z = 1/Þol; x' > 7 X'.,^ r@ Ll ¿ '(3 s)

senclo u01 o coeficicnte de atenuação linear em água (cn'-l) 'Paîa a naioria clos radiois6topos r¡sados en hidrolo-

gia deterrninaram-se valores cle X' t/2, os qttlris cstão na tabe

la I.Quando se trata cle ¡nedir vazões err tubulações com

detetor enconstado ã sua superfícíe, det-ernina-se a constan

te de calibração utilízando-se u¡n pedaço da tubulação con-

verrientemente escolhido, de ¡naneira qtle o "\'olumÉ: visto" pe-

.1o detetor seja sinilar ao rea.1.

N.

A"

v.

Page 83: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

78

Neste tipo de calibração estática õ irnportante conhecer a atividade e o volu¡ne narcado com boa precisão , jâque o êrro se propagará nas nedições de vazão. É aconsel-havelutilizar na calibração uma alíquota da atividade inj etada noescoamento, para compensar os possíveis êrros de deterni-nação da atividade absoluta. No caso de se usar una a1Íquota( f ) da atividade j.njetada teremos pela expressão (34).

l-- -

substituíndo (3 4) enr (26)

Q = N./ f .4. A/N V. = Nc.Vclf .t\ (36)

Assin se reduze¡n os êrros, já que as ativid.ades Ae A. prov6m de dois. fracionarnentos ciistintos, nos quais êpossÍvel esperar, en alguns casos, êrros cle + S%. A propa-gação desses êrros na expressão (36) afetaïia consicleravelmente a precisão co¡n que é medida a vazão Q. Ao contrário, seusarmos urna a1íquota, a calibração de at j.vicr.ade não inf lui esonente os êrros de medição de volunes e rnasscs devem serconsiderados.

É preciso notar que a ordenr de rnagnitucl.e de A conrespeito a A. difere de um fator quatro a cinco vezes, parauna vazão da ordern de Z0 n3/s.

A calibração estática poderá ser substituida poruma cali.bração dinâmica nos casos em que se conhece a vazãocon suficiente precisão, utilizando-se a expressão (26)

N-

f A/V'c,_

contagen/ s,?

u L, 1/m

Q = F.A./N .'. F = Q.N/A (37 )

Page 84: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

79

A constante de proporc i on¿ 1 idade F' assin determinada, pode ser usada na rnedição de outros caudais ' senpre que

o detetor, instruntental associado, radioisõtopo e geonetria -de neclição sejan as nresnas.

III.5.2.5. ÇÃLCULO DA ATIVIDADE A INJETAR

Esta variável é determinada geralrnente en bases se-

miernpíricas, levando-se em conta os seguintes fatôres:

precisão requerida na nedição ilo parârnetro inves

tígado;

cliluição estinada do traçador no ponto de obser-

vação;

ef ic iênc ia .1e cleteção;

tenpo disponíve1 para as nedições.

E sabido que tôdas as nedições de radioatividadesão inevitavelrnente acompanhadas de una írnprecisão devida a

natureza estatística do processo radioativo.A contagen líquicta total registrâda (N), depende

da atividade i.nj etarla, da. vazão e <la constallte de calibração ,

de acôrdo con a equação

N = F.A/Q (38)

0 <lesvio padrão rt;lativo 6N/N é representado por

z.

3.

4,

ô*/N = 1/N' = 1/N.

Page 85: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

".e?'/p2

\/ 11oo ôN/N=V*rtu'* 2Nf/N2 =p (r")

sendo P a precisão porcentual que se obtern na nredição dazão. Substituindo (38) en (39) ren-se:

\ /---\ô*/N =VqZt¡ * zNr.t. e2/pztz = p/r00

v2¡tooz = Q/[;A + zNf .t. q2¡r?l,z

multiplicando-se a expressão (40) por AZ e i.gualando a

vem

pztz/tooz - QA/F zNr.t.ez/Fz = o (41)

solução desta equação de segunclo grau en A

80

(3 e)

va-

(40)

zeTo ,

too2+BP2N¡t

1002,rL \f '-

),- (100" - 100 V 100'+8PNfrJ. Q/F

2P2

Q/r.Q/r Vr*sp2lroo2. ¡ür. tzpz / t oo?

A=Q/F( too211 ooz

2Pz

(42)

Page 86: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

81

onde

A é a at-iviclade a injetar ( uCi)

Q é a vazão estimacla (tslr)

F 6 a constante de calibração

N, é a contagen de fundo (contage¡r/s)

P é a precisão desejada, tendo en cont¿t

t ís tico (å)

t 6 o tempo de contage¡n, maior ou igualpassagern da. nuvern radioativa (s).

o êr'r o esta

ao tenpo de

Por últirno tenìos que a ati.vidade a inj etar ctn una

nedição de vazão pelo n6todo da contagern total deve ser igr.ral

ou naior eu" A*Ín (u Ci), para obternos um êrro estatístico -relativamente nenor que P (9):

1oo2 +

A*Ín ( uci) > Q/F (zpz

) (43)

III.5.3 MÉTODO DA INJEÇÃO CONTÍNUA OU DA DILUIÇÄ.o

Este nétodo é ¡nais una variação da fornta de aplica-ção dos conceitos do ¡nétodo anterior.

Ao se conparar a concentração C, do traçador injetado con vazão Q' constante em un escoanento de vazão Q, com a

concentração C, eue se rnede ã jusante, (f i.gura 12), tenos:

too\^*¡;lNf:

onde

QCo*Q'cr.(Q * Q')C2 (44)

Page 87: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

co

r iação

Q'

ct

C?

te

82

a vazão que se deseja nedir (rn3/s)

é a concentração residual do traçador que pode -estar incorpo¡ada ao escoancnto antes da inje-

( u Cilcn3¡

ê a vaz-ao constante injetada (m3ls)

é a concentração clo traçador ir:rjetado ( uCi/c¡n3)

é a concentração rlo traçador ¡ncdido ã jusan-

¡ ¡ cilcn3)

geralnente t e¡no s

co= CI ttCz e Q' << Q

Q'cr = Qc2(4 s)

Analogamente' Ée as concentrações foran ¡nedidas com

o nesmo instrurnental <le deteção' radiois6topo, Seometria e

se a resposta do detetor ' no i¡ìtervâ10 de ccpcentrações assi-nalado, for linear, tern- s e

Q r Q' Rt/R?

onde R, e R, são a resposta do instrumental de nredição para

C, e C, (contagen/s) (figura 13).Este ¡nétodo ta¡nbó¡n é independente da ve!'ocidade e

por conseguinte aplicáve1 nos casos de seções desconhecidas 'Esta técnica é vátida quando os seguintes fatôres -

f or e¡n çurnpr id o s :

1. não existir perdas de traçador por absorção 'pre-cipitação, etc., entre o ponto de inj eção e o

de rnedição;

2. a concentraçao C, na seção de rnedição for

Page 88: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

¿1 -1

nredição

Q - Co (Q+q) -c,

b.IGURA 12 - Repre s enË ação esquenrãticaou <1 a Injeção contínira.

,to m6 cod o da Di luição

contagen

R(.)

Cz

Cr

t.

V ar: i. aç ao da concentr¿ìçao da

fur,ção do tempo de contagenContínrra ou <'l a Di. luição.

r (s)

solJ,rrção r ad i oat iva em

no,r,õtc¡do da rnj e çãoFIGURA 13 -

Page 89: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

84

constante. Isto quer dízer que foi alcançada

lincarictade na curva C = f (t) (figura 15);

3. a radiação natural de fundo (background) não va-

riar clurant e a experiência;

4. regime pernanente '

III.5.3.1 CÃLCULO DA ATTVIDADE. A-IN

Analogamente, a atividade nínina a injetar é calcu-

lada de for¡na sinílar ao m6todo da Contagen Total

roo2*roo\/i;t' . tt7-';ArÍr, r' Q'cr ( uci/s) =Q/F (

--ï;T-

' ) (44)

onde

Q' 6 a

créatóo

Nréa

Pea

vazão constante inj etada (n3/s)

concentração inj etada ( uci/n3)

tenpo de contagen (con integrador t = 2RC)

atívidade natural de fundo (contagern/s)

precisão desej ada

II].6 COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DESCRITOS

O nétodo denoninado de "dois picos" requer o uso

de duas sonclas detetoras e o conhecinento da seção por onde

escoa o fluido. No ¡nétodo da Contagem Total e da Diluição ne-

cessita-se um só .letetor e não é preciso conhecer-se a seção

Page 90: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

85

de rnedição. Sen dúvida, estes dois ulti¡nos lìeçessitanr de calibrações pr6vias para as nedições, en virtude das conparaçõesentre as concentTações injetadas e detetadas no ponto de ne-dição (figura 14).

As sondas detetoras usadas en canpanhas cle ¡nedi-

ção de vazões pelo n6todo de Diluição ou da Contagem Totalsão simples, pois constam de escalÍ¡netTo, tuÌl ¡.t fonte de ten-são e u¡n registrador gráf ico. 0 mesmo pode-se tlizer do siste-na de inj eção do traçador,ainda que para injetar urna soluçãocon vazão constante durante certo tempo (n6todo de Dil-uição)o sistena necânico seja nais cornpl.exo e difícil de operar com

condições geográficas e netereol6gicas desfavoráveis.No método da Diluição, caso Q' e Q sejam constan -

tes, o êrro relativo é dado por

(48)

No ¡nétodo da Contagem Total utilj.zando-se dete -tor subnerso no escoanento, o desvio padrão será calculadocono s egue:

\/- "¡Q/Q =!f acrZcrlT * (Ãc.2/c)z

6r=(':::] -61 atlL/z

Ao contrár'io, tonando amostras contÍnuas ou peri6dicas que depois são arnazenadas, honogeneizadas e contadas, o

desvio padrão será calculado pela equação

(4 e)

= [--

6zI ttz

(t(u) - tr'l) J

(s0)

Page 91: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

86

contagem/s

R(.)

FIGURA, 14

\

r (s )

Superposição das curvas cle variat:ão da concentração d¿

sol.ução radioati.va em função do t ernPo de conEaBemr c on-

siclerîancto o nó!odo da contagcur 'll t lal. (Nr) e nótodo da

Ini eção cont ínu a (Nr).

Page 92: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

Suponcio o nìesno tenpo de contagemserva-..re que para obter o mesmo clesvi.o padrãosos, necessita-se recolher un vol.ulnc de á¡¡ua

ção do vol-trme stlnsível de deteção <1o cLetetor

87

en (49) e (50) ,obem anbos os ca-

muito grande (funsubnerso).

Page 93: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

88

CAPfTULO IV

PARTE EXPERIMENTAL

Os n6todos desenvolvidos no capítu1o anterior, as

sim como a teoria exposta neste trabalho, foran experirnen-talnente cornprovadas en laborat6rio e no cantpo.

Nas med.ições em tubulações utilizou-se o labo -rat6rio de hidráu1ica da D,A.R.E.l. (Divisão de Aplica-ção de Radiois6topos na Engenharia e Industr:ia) ; em canali-zações o canal de saída do esgôto de Santos e São Vicente,na Praia Grande e en rios o Rio Pirajussara.

IV.I. MEDIDAS DE VAZÃO EM TUBUTAÇÕES

Realizaram-se estas mediclas uti1i.¿ando-se o m6to-do da Contagern Total e dos Dois Picos, sirnultaneamente, paracomparar o erro relativo e aproveitar ao mãximo o traçaclor radioativo usado em cada ensaio.

IV,1.1 MÉTODO DA CONTAGEM TOTAT

Utilizou-se o 131J, escolhido por suas caracte -rÍstícas apresentadas na tabela IV, e por permitir o uso de

aliquotas da mesma soluçâo durante todos os ensaios, facili-tando a cal-ibração do sistema detetor.

O conjunto experinental (figura 15) consistiu de:

- un reservat6río de 1000 litros;

Page 94: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

FIGURA 15 -

@- ."r"rrrutõrio de águ a

@ - uornua

@- registro

@ - vãtvl,t" para a inj eção

@ - dur"tor de irar (T1)

Esquema da

de vazão eûì

Hidrãulica

ap are th ag en

tubulação,da DARE I

usada nas nediçõesno I aboratã ri o de

@-

o-@-

es calíne Ero ilÌtegrador

regisÈrador ¿ráfíco

Eambor de nedição

I

co(o

Page 95: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

una bonba de

1/nin;I/4 tlP , com vazão maxína

20 rnetros c1e cano cle 5,08 cn;

válvu1a con ¡nembrana de borracha,tir a injeção (figura 16);

seringa hipodérníca graduada, por

va a solução radioativa;

90

de 100

para permr- -

onde se inj eta

tarnbor de nedição com capacidacle de 78'5 litros '

en cujo celttro geonétrico foi colocado o detetor(figura 17);

cintj-lador colt cristal de NaI (T1) de 3,8 cn

diânetro por 2,5 crn de altura ;

escalímetro e integrador BASC;

registrador gráfico RUSTRAK.

A utilização da equação (26) exiþe o conhecinen-

tc da atividade absoluta, o que é difícil cle ser obtido. As-

sin sendo optarnos pela equação (36) nodif ic¿rda, a saber:

retira-se urna fração f da solução traçadora ' a

ser inj eta.da no sisterna (pode ser en peso ou em

volume). Esta fração 6 dil.uida no tambor de nedi

ção, e após honogeneização nede-se a contagen N.

(cprn) (cal ibração estática) '

O fator de calibração F é representado pela

equação (34)

NVcc

de

F=f.A

Page 96: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

s:?iifl/\

ì{\,/tìt.=__.__J

rnemb r an a

borracha

Page 97: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

9?

Substituindo F na equação (26), ten-se:

N.V.Âcc -ccN.V

(36)f.A.N f.N

Observa-se que a vazão volun6trica 6 representada -sonente em função da contagen c1e calibração (N.) , do volu-ne do tanbor de medição (V.) , cla contagen total líquida acurnulada durante a rnedição (N) e da fração (f) da solução traçadora utilizada nas medi.ções e calibração.

Utilizou-se esta equação, na prática, para evitaros erros sistenáticos, pois os volurnes e pesos podern ser cui-dadosanente ned ido s ,

As quantidades de solução traçadora,utilizadas em

cada ensaio, foram pesadas ern balança analÍtica corn preci-são de até l0-4 grarnas.

Para o cálculo de F realizaran-se seis rnediçõesestáticas, para obtenção de un va1or médio dos resultados (tabela VI), Pesou-se certa fração da solução traçadora, que enseguida foi inj etada no tanbor de neclição contendo volumeconhecido de água. Introduziu-se um agitador nrecânico no tan-bor para obtenção de una hornogeneização cornpleta. Contou-se a

solução radioativa por dez minutos e dai obteve-se a atividade em contagens por ninuto (cprn) , da fração contida no volumedo tambor A seguir acrescentou-se nova fração de mate -rial radioativo, e repetiu-se o procedinento anterior.

No total agregou-se tres (3) frações diferentes, Os

resultados estão dispostos na tabela VI .

Ajustou-se a vazão por neío de un registro, parapernitir a reaTízação de un ensaio completo, sern que se esgo-tasse a água do reservatório, Assin, o "bacltground" nedidoantes e depoi.s de cada experiência era senpre o nesmo.

F.A

N

Page 98: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

ENSAIO

Nq ^r(rnin)

t

2

750

BG

(contågem)

3

cÁLcûLo DE

760

4

79C

25 .0 t2

5

LLb-

( c on tagem)

800

25.720

6

TABELA

820

24.952

NA MEÐIÇÃO DE VAZÃO E}f TUBULAÇõES

F

830

135.885 i 110.873

25.676

AE

ex

c,l(co.,tageo)

L36 .639

25.957

¡'ATOR ÐE CÁ.LIBRÁ.C¡,O

VI

190.450

25 .360

lElfPO TRANSCORRIDO ENTP'E È=0 E O ENSAIO

"BACKGROIJND'' OU CONTAGEM ÐE FUNÐO

CONTAGEM TOTAL (b=bruta, l=1íquida e C=corrigida)FAToR DE DECAIì'IENTO RADIo¿\TIVO (para um t=0)

L9L.L29

?Êso DA sor( GR^ìíÀS )

110.919

249 . 357

165.498

248.925

r65 .453

7,2560

223.890

7,2560

10,8692

223.565

e"

Lo ,869 2

0 ,627 4

L4,7700

0 ,627 0

cac(co.rtage*¡

L4,779'\)

0,6259

0 ,6255

L76.7t8

o,6247

176.830

¡(cp nle/t)

0,6244

264.4L6

L.9Lt-847

264.5L3

1.913.059

358.396

7.909.675

358.047

1,9L0 ,377

1.9C4.813

1.902.958

F=I.908.733

(o(Jl

Page 99: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

94

Confir¡nou-se portanto que todo o traçador raclioativo inj etadopassou pelo tanbor de medição.

Todos os valôres das contagens. de radioatividade foran corrigidos do fator de decai¡nento, de acôrdo con a equa-

ção (a), pata un tenpo t = 0, e os resultados encontram-se -na tabela VII.

IV.1.Z MÉTODO DOS DOIS PTCOS

No circuito descrito anteriormente colocou-se doiscintiladores no exterior da tubulação (conforme figura 15),1igados a dois BASC e dois RUSTRAK, para obtenção do At en-tre os picos. 0s registradores foram sincronizados antes de

cada ensaio para deterninação das suas velocidades reais.Calculou-se a velocidade do papel registrador gráfi

co utilizando-se a equação (19), evitando-se erros devido à

parte necâníca deles.Para o cálculo da vazão volunétrica, de acôrdo corn

a equação (20), considerararn-se os seguintes fatôres:

distância entre o ponto de sincronização ( iniciodo ensaio) no papel e o baricentro da curva que

representa o pico de atividade nas duas fitas re-gistradoras (figura 1B) ;

a velocidade realcu 1o do int erva 1o

os dois pontos;

medida t para cada fita, e o cálde tenpo transcorrido entr e

o tenpo de trânsito da frente Ìadioativa entTe os

dois detetores;

a vel-oci<lade do traçador no interrior da tubulação.

Page 100: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

E}ISAIO\rÔ ^È(min)

1

RESULIApOS OBTIpOS PEI,O l4ÉTOpO pA CONTAGE:4 TOTÀL Er.t TUBULAçõES

2

67 5

( cont agem)

3

72J

4

25.006

7 85

5

c

22.121

tb1"ont ug.o¡

6

r. 9 85

T A B E L À VII

7

2.435

z4 .57 0

115,320

2 . 07 5

24.998

110.430

Eo'- (c on t agen)

:.5.190

1L4.460

v:'rZ 10 VClllìiÉT Ri CA

90.374

25 .7 7 2

109.580

PÊSo DA sOL.( GRA}IAS )

88.309

l0ó.1-10

9 t . 0 80

105.190

85.010

2,8007

LO2 . r20

81.112

1 1<)1?

79.900

2,8440

ex

0,9602

76.348

2 ,717 4

o,9576

2,7375

ca

0,9539

c(contagern)

2,7976

0 ,9 490

2,7303

94.O57

0 ,8874

o, t10

0,8848

Q¡1,7min)

95.481

0,8827

89.579

56,84

9r.404

58,44

9C.303

56,86

86 .49 It

q7 an

58,21

59,13

60,25

i=58,2e ! L,22

Page 101: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

96

t__ d - --..---.-.--1I

rllf

I ------"--'- ' "'- d 2

FIGURA 1B - Distância na fitade sincronização e

do registrador grãfico entre o póntoo baricentro do pico de atividade.

^+.... ¿}L . -- --- -)

*.--'--..---"-- -/

Page 102: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

97

Conhecendo-se a velocidade e a seção rnolhada dabulação, calculou-se a vazão volun6trica, utilizando-seequação (20), sinplificada:

rì=ÌreY rned ido

Mediu-se a seção molhada da tubulação (S) utilizan-do-se um paquírnetro. O valor mediclo não correspondeu ao nomi-na1, sendo necessário várias rneclições para obternos um va-Ior cla seção n6dia.

0s resultados obtidos estão representados na tabe1a VIII

IV.1.3 CoMPARAÇÃo ENTRE 0S RESULTADOS OBTIpOS

Corn base nos resultados das tabelas VII e VIII, po-de-se afirmar, levando-se en conta que o ¡n6todo da Conta-gern Total ten una precisão intrínseca linit¿rda a 1%, pelo nú-rnero de contagens obtido e tarnb6m pela reprodutibilidade dosistema de deteção utilizado, que as fontes de erro que po-dem ter afetado os resultados são:

- erros estatísticos de contagem, oriundos do pr6-prio fenômeno de desintegração nrrclear;

pequenas variações de voltagen, alterando o rendimento da bonba;

a :talta de honogeneidade na seção da tubulação dep1ástico, que se deforma facilmente.

tua

Page 103: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

ENSÀIO

N9

LTADOS O

d¡( cm)

I

2

16,04

DO

Ll

(s)

3

16,95

T¿,BELA

4

47 ,88

r5,16

dz( crn)

5

50 ,60

l5,90

6

VIII

22,26

45,?5

17 , 80

1

t2(s)

23 ,O5

47 ,22

17 ,00

66 , r9

2t,34

53,13

t6 ,32

Ar(s)

68,54

2L,97

50 ,49

63,46

18,31

23,90

48,72

v(c¡n/s)

t7,94

65,58

22,9O

46 ,42

13,21

7 L ,34

J t 7,7

a

¡ !,7mi n )

47,38

6I,36

18,36

46,68

57

66 ,37

t7,94

35

58,53

45,30

t7 ,87

57,66

47,38

17,65

47,57

57 ,L9

4E,t6

58,53

58,76

59 ,49

i=58,221c,8r

Page 104: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

99

IV.2 MEDIDAS DE VAZÃO EI\f CANATIZAÇÕES

A oportunidade para a ap1ícação do nétodo rJe traça_dores radioativos na deterrninação de vazão volu¡nótrica eÌncanalízação, surgiu com urTt pedido para a nedição do escoanento do esgôto de Santos-São Vicente, por inteïn6dio de umconvênio entre o IEA (fnstituto de Energia Atônica) e oCETESB (Centro T6cnico de Saneamento Básico). A finalidadedas rnedições era calibrar uma régua linim6trica existente nacanalização, próxina ã estação experinental de cloração daSBS (Sanearnento da Baixada Santista).

O n6todo escolhido foi o da Contagen Total, pois cgmo ¡á foi exposto anteriormente, não se necessita conhecera seção transversal ou perÍnetro nolhado, nern ser necessá-rio urna geornetria infinita para o sistema detetor (no casoutilizou-se o tarnbor de rnedição).

Sinultaneamente a estes ensaios con traçadores ra-dioativos, o CETESB realizou nedicias com colorantes, que nãoproporcionaran resultadqs satisfat6rios, pela existência dernuitas partículas s6lidas en suspensão tornando turva acoloração do esgôto e tanb6n poî ser urn rneio altamente red.utor.

Calculou-se a distância rnÍnirna de homogeneização dern¿neira a ultrapassar en dez vêzes o valor que se obt6m utilizando a equação (10). Con este coeficiente de segurança asse-gurou-se una perfeita honogenei zação.

Utilizou-se o 8ZBt por suas caracterÍsticas apresentadas na tabela VI e calculou-se a atividade pela equação(43),

E-scolheu-se um trechoretí1Íneo da canalização paraas nedições, situado entre a estação experinental cle clora-ção da SBS e o posto de sentinelas do Forte ltaipú (figura19). 0 ponto de injeção e o ponto de nedição estavaÍn separados por apr ox imadarnente 2000 netros.

Para a inj eção da solução traçadora utilizou-se unaparelho projetado e fabricado no IEA (figura 20), para in-jeção instantânea, requisito indispensáve1 de val.iclez dasequações utilízadas no cá1culo da vazão volun6trica pelo né-

Page 105: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

.o,Jv

'./''":'"-

100

/"-'--r\,''-/

B/\r,,\

\I¿

DE

saN-fos

I - ponto de

2 - ponto de

].nJ eç

raedição'

Pr{Á¡¡ --Jl ll ll_..//ê*- -

-.-\ :ì,1 \ í,sr:r\i

2

t'-Ì

'/t')

f ' ".-. "l\

/ ..... \f -'*JDS0A1,A 1:23.000

¡aa1^tau f

i

I'IcUlìÀ 19 - Planta cle situação <1o csgôro de Íjantos-São Vicentena canal Lzaçict oncÌe f oram f eitas as r¡ledidas <le va_zåo, por netodos radioisotõpicos e conve¡rcionaís.

Page 106: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

101

do esgôto

277-7/-177-7-777

DIGURA 20 - Aparelho para injeção instantânea

@ - f.ua"o de viclro cor,r solução traçadora

@ - pi" tão de impacto

Page 107: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

r0z

todo da Contagen Tota1.Mediu-se a atividade do esgôto utilizando-se a t6c-

nica B, da figura 2, com um detetor de cintS-lação com cris -tal de NaI (Tf) ligado a urn escalÍmetro integrador e a um

registrador gráfico (Figura 21). Tanbén Íaz parte do siste-na o tanbor de nedição (figura 1-7) e urna bonba de I/4 fIP convazão náxima de 200 \/nin.

O traçador 82gt foi dissolvido em solução de tios -sulfato cle sódio e as frações, para cada ensaio, foram acondicionadas en frascos de vidro de 10 m1 .

Entre os ensaios nediu-se a taxa de "background" para verificar se o traçador radioativo não havia ficado reti-do no sistema en nedição.

Para cada medição 'real-izada leu-se o nÍvel do esgoto, correspondente a vazão determinada. 0s dados obtidos es-tão dispostos nas tabelas IX e X, sendo que a correlação en-tre eles esta apresentada na figura 22. Pode-se notar queexiste urna concordância na f orrna das curvas, e a pequena va-riação existente entre elas pode ser atribuida a:

- oscilação do escoarnento durante as rnedições;

variação de tensão utilizada na bornba;

ensa r.o Id].v1sao nr-leitura da réguanina de 2 cm);

na hora do

- sólidos, que arrastados pelo escoanento, pode-rian entupir parcialnente o filtro da válvula de

sucçâo (fi gura 23).

0s resultados obtidos nas medições, que constam da

tabela IX, já estão corrigidos por decainento radioativo (equa

ção(4))aumtempot=0.Para o cálculo da vazão utilizou-se a equação (36).

Page 108: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

ENSAIO

N9

I

(rnin)

RESIJLTADOS OBTIDOS PELO MÉ10ÐO DA ''CONTAGEM TOTAL'' E].{ CANALIZAEõES

z

3

t-005

tb1" ontrg"r;

4

L0-s3

5

1090

6

t75.33û

LL2I

tó1.930

TABELA

BG

( contagem)

1156

8

157 .629

1191

47 .7

9

t73.730

i223

10

c

29 .I30

3C

t46 .7 90

t ø

1" o.,, "gur¡

1260

IX

11

37 , 420

r56.330

t29 5

L28.200

31.530

L2

158.570

r330

132.800

PÊSo DA SoL.( cRAlfAS )

25.590

L54.440

F

1368

= 13,64 x 105 cps/g/.0.

L2.6 . ZO0

3 3 . C E0

154.300

1401

t2,7 829

L4¿. LUU

32.430

160.070

t3,5872

121.2û0

29.810

143.130

L3 ,32L4

i23.250

29.700

ex

r57 , 460

r4,6997

0,727

t26 - 140

32 .67 0

cac(contagem

13,1020

0,7L6

I24.630

34.230

L3 ,49 70

0,708

124.600

33.330

L76.34l

L3,5967

c,701

727 .400

t85 .47 5

a

r3,5630

0,693

108.900

(* t / s )

Ll 8. Z49

13,3809

0,685

L24.I30

0 ,9 89

L4,0O99

0 ,67 8

t74.892

0,999

12.3355

o,670

L79.927

L,019

0,663

L3,6427

L86.û47

0,988

0,656

186.015

L,O22

0,648

187.934

L,023

0,64r

o,997

t9 4 ,207

0,995

168.056

0 ,97 7

193.65r

0,984

1,001

0,961

= 0.99610,019

Page 109: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

104

TABELA

NÍVEIS LIDoS NA RicUA"i¿!A[s_o_]_q9-_E_li!_+!o_!---?_8". j{qÐIç^0_pBVA-

zÃo oo uscôro ur s¡¡lros_ - sÃo -yrcpil'rn, u lr v¡zÃo corUr

NIVEL NA VAZÀO lIEDIDÂ

12: 16'

L2l51l

l5:10'

l6 2 27

Page 110: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

FIGIJRA 21 - Esquema da aparelhagem usada na rnedição da

vazão volumãtrica ð.a car.ailízação do esgôtode Sanros- S# \ticente

@ - aparelho Drotetor da vã1vula

@ - uo*ua

@ - tanbor de medição

@- d" t".or de cintilaEão

\

\_--(

))

ì

de sucção O- u, cal ícle tro e inÈegïador

@ - registrador

@- aparetho de injeção insranrânea

@ - tãg,-, a lininõtrica

Fa

Page 111: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

( cn)níve 1

da

regua

FIGURA 22 - Correlâção enËre

denÈes lidos na

as vazõ"s rnedidas pelos mãÈodos radioisotópicos e os níveis .orrE353å-r6gua l iniu6 t ri e a.

a

(1/s)

i--1000

I

I

i

I

ilII

I

I

n-50t

O01

Page 112: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

lìt.i| ,;.:

Æ

()\

@ - f ittro pro reror da vã1vu 1a d.e sucção

@ - u ornu a

FIGIÌRA 23 Ap ere tho protetor da vã1,¡uutilizado nas iredições degôto de Santos-São Vicente

a de sueçãoazão do es-

Page 113: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

l- 08

r_q.3 MEprqAS pE VAZÃO EM RrOS

Para esta experiência escolheu_se o n6todo da Contagem Total, por se" o rnais acessível e d.e bôa precisão, A uti_Iizaçáo deste n6todo em canal aberto foi originalmente enpre_gada por tlu1l (1958), em un afluente <1e água salgada d.e unarefinaria para corrigir um 1inÍmetro fixo neste canal.

Para comprovar a eficiência do nõtodo c1e nediçõesde vazão de pequeno poïte, tealiza.ram-se qua.tro ensaios noRio Pirajussara (figura 24), A distância.entre o 1ançanento _

c1o traçador e a esta.çâo de deteção foi de 2000 netros aproxi*rnadanente, superior en dez vêzes a distâncía nÍnina de hornogeneização representada pela equação (10), no caso de una inje_ção lateral.

0s erros de nedição que poderiam ser cometidos estavam ligados a falta de homogeneização, perda do traçador porprecipitação ou adsorção pelo solo e ou algas do leito e bai_xa atividade do traçador injetado,

0 Rio Pirajussara, no trecho escolhido para ensaio(figura 24), corre atrav6s de um canal aberto. Sua água tenfLuxo laminar passando ao regirne turbulento en alguns pon_tos, fa.cilitando assirn a dispersão e honogeneização ð,o traçador inj etado .

Lançou-se a solução traçadora. em un trecho do rioonde ele está sendo canalizað,o e detetou-se a onda radioati_va ã jusante, eln uma seção on<1e a parede do canal tinha si-do so1 apada por infiltração secundária de água.

Calculou-se a atividade nínina a inj etar pela fórnula (43) , levando-se em conta a tabela V.

A solução traçaclora foi o 82Br (tabela IV) dissotvido em solução de tiossulfato de s6¿io. parte dela foi fracionada e¡n quatro frascos de aproxinadamente 30 rnlrpesaclos enr

balança analítica.Nestas medições utilízararn-se os nesnos equipanen_

tos descritos anteriormenteJ ou seja, uma bontba d,e I/4 Hp comvazão rnáxina de 100 I/nín, tambor de rnediçäo (figura 17),cintilador con cristal de NaI (T1), escalÍmetro integrador e

Page 114: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

109

ltl o

Ii,lnr_tZ

o

R'

U.1Vl,¿4.e1?4_&t

{

EScALÀ I : 10.000

o-o-

ponto

Ponto

de medição

de inj eção

FIGURA 24 - PlanÈa de sítuação do Rio Pírajussara no local onde

f orarn realizados os ensâíos de medição de vazão pormétodo radioisot6pico.

Page 115: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

FIGURA 25 - Esquema da aparelhagem usada na mediçãovolurnátrica do Rio pirajussara

o-@-

o-@-@-

@-

ftasco corn solução radioaÈiva

b o¡rb a

taûbor de med i ção

deteÈor de cintilação

escalÍneÈro e integrador

registrador de fi ta

da v azão

Htso

Page 116: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

RESULTADOS OBTIDOS PELO MÉTODO DA ''CONTÀGEÌ.Í TOTAL'I NO RIO ?IRAJI¡SSARA EM 10 DE ABRIL DE 1973

ENSAIO

N9

I

AE

(nin)

,

BG

( cont agen)

330

3

290

101.610

4

tr(

"o o arr"oi

2LO

TABELA

F.

80.920

3.7 49 .9A7 cpslglL

180

28L.770

7 t .532

a(corrt" g.r)

258.280

84 . 210

XI

250.800

1E0.1óo

PESo DA SoL.

( GRAMAS )

253.800

177.360

L77.268

36,682r

169.590

36,E443

ex

37,9LO2

0,899

cÈc (cout¿ ge¡n )

36,5562

0,910

0,9 34

t61.916

0,9¿3

q

(rr/s)

161.39I

1ó5.568

0 ,850

159.923

0,856

0 ,859

Q - 0,856 l0'0039

0,857

F¡lJF

Page 117: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

tL2

registrador gráfico (figura 2S).Con o uso do registrador gráfico pode-se perce -

ber visualnente a passagen da onda radioativa at6 chegar ãcontagen de fundo.

As contagens obtidas nos ensaios de carnpo (tabelaXI) e as referentes a calibração do cintilador forarn corrigidas por decainento a un tempo t = 0.

Oteve-se o fator de calibração con o uso de una allquota da solução traçadora e calculou-se a vazão pela f6rnula(36).

rv.4 CoNCLUSoES E oBSEBVAÇoES

Pelos resultados das experiências pode-se observara validade dos ¡nétodos utilizados en diferentes ¡neios. O en -saio e¡n tubulação foi feito con água corrente potável, oda canaLízação, no esgoto de Santos e o ú1tino no Rio pirajusSATA.

0s dados obtidos en laboratório poderian ser ¡nelho-rados, se tivessernos realntente um regine constante (coÍlo nocaso do Rio Pirajussara) e a bo¡nba utilizada fosse ,insensl -vel ãs frequentes variações de tensão.

Nos ensaios em tubulação, o nétodo da Contagem To-tal apresentou un desvio padrão 1./3 superior ao do ¡nétodo doDois Picos. Isto não significa que este resultado é o maiscorreto, rnas sim o que nais se adaptou ãs condições da expe -riência. Realrnente, este ultino nétodo não foi atingido pe-1as variações de tensão, por ser o tenpo de rnedição relativa-mente curto e porque sonente nos interessava b intervalo detenpo transcorrido entre a passagem do ',pico" pelos dois detetores.

Na canalização, o desvio padrão tanb6n foi elevado,nas se considerarrnos o espaço de tenpo ern que ocolreÌan os ensaios de nedição, podenos notar a causa. Durante a realíza -ção do trabalho, a vazão variou conforne constatado pela 1ei-tura da régua. Fez-se una comparação entre cada ¡nedida e o

Page 118: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

113

respectivo nÍvel do esgoto lido na régua, de acôrdo com os dados das tabel-as IX e X. Dai construiran-se as curvas d.a (figu'ra 2I). Observa-se que de fato as duas curvas se conportan demaneira análoga ' con excessão de poucos po¡rtos. provaverrnente,foran estés os que sofreram os efeitos da variação de ten_são na bornba ou aincla devido a um parcial entupimento dofiltro da vá1vu1a de sucção do sisterna detetor.

Nas medições realizadas no Rio pirajussara, a bo¡n_ba era nova e a eletricidade fornecicla vinha direto de urn pos_te com transfor¡nador, sendo constatado tanb6m que a vazão nãose alterou durante o perÍodo de ensaios. Con isto alcançou_ seum desvio padrão 6timo nos ensaíos realizados, demonstrandoque de fato, o nétodo da Contagem Total proporcj.ona bôa precisão.

Uma cornprovação da inoperância do rn6todo convencional de colori¡netria, quando o neio não é 1írnpido, foi nostTa_da quando da realízação dos ensaios de nedição ð,e vazã.o de es_goto en Santos. Sinultaneanente con os traçad.ores radioativosreariza'ram- se ensaios con Rodanina B, que não chegararn a resultados ïeproduzÍveis, pois o rneio não era o i.deal ao uso des_te traçador,

Nossas experiências tinhan por objetivo un melhor conhecinento dos n6todos descritos, nuito pouco utilizados ennosso PaÍs, e das dificuldades a sere¡n enfrentadas na prática.

Para finalizar, pode-se dizer que o uso sistenáticode nétodos radioisotópicos na determinação de vazões volu¡né _

tricas, qua.ndo convenientenente aplicados, são relativamente _

simples e de baixo custo. por isto tudo, é de se esperar queestes ¡n6todos tenharn seu uso incrernentado en futuro pr6xino.

Page 119: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

B 1BJ.,I OGRAF I A

TT4

ANDRÉ, I{. - "Flydronótrie practique des cours d'eau,,.ENSEI-IRMA Section Hydraulique,Facult6 desSciences, Grenoble, gB p.

BALLOFFET, cotel-1i, Meolí - "Hidráu1ica". Ediar Soc.Anon. nditores, seg, cdição (1962),

BAUMEISTER, Marks - "Mechanical Errgineers". lnterna_tional Srudent Edition. McGraw_it i 1l _ boo kCompany, 19 58 .

C^STAGNIìT,4.C. - ',Curso de Aplicação de Radiois6topos nas Indústrias de petró1eo, GásPetroquínica,', Apostila no pre1o.

DANIELS,F. e R.A. Alberry "Físico QuÍmica". Aovro T6cnico , l9ó 0.

Li-

GARCEZ, L.N. * ',I{idrologia". Editôra Edgard BJ.ùcherLtda. , 1967.

GARDNER,R.P. and Ralph L. Ely, Jr - "RadioisotopeI{easurenent applications in Eng íneer ing

Reinhold publ ishing Corporation,New york,1967 .

GOMËZ, FI.R. - "Aplicacion de Radioisotopos enFIidrologi.a". 6e curso Regional, Univer_sidad Nacional de Cuy6, Argentina _I970

GUIZERIX,J., e.t all - "Les nesures de débitseffectue6s en France a 1'aide detraceurs radioactfs por la nethode d'1ntegration, Radioisotopes in Hydrology(Proc.Symp.'rokyo 1963), ZSS-279 IAEA

Page 120: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

115

Viena-1964,

HOLMAN, J.P. - "Experimental Methods for Engenieers".Maccraw-tÌi11 Book Company, 19ó6.

HULL, D.E. - "Dispersion and persistence of tracer inriver flow neasurenenls". Intern. Journalof Appliecl Radiation and Isotopes, vo1.13,pp. 63.73, 1962.

llULL, D.E. - "The Total Count Technique; a new princi-ple in flow measurements". Int. J. Appl.Racliat. Isotops, vo1,4, pp.1-15, 19S8.

HUI,L, D.E., et all - "F1ol\r measurements by the TotalCount rnethod". Repr. Iron Znd Un GeneveConfer enc e .

INTERNATIONAI, ATOMIC ENERGY AcENCy - "Guide to rhe Sa-fe Handl ing of Radioisotops in I-lídro1ogy".IAEA, Viena, Safety series, nun.6, 1966.

KAPLAN,lrving - "Física Nuc1ear". Ediciones Aguilar S.

^. - 1962.

KAUFMANN, W.J. e 0r1ob, G.T, - "An Evaluation ofGround-Water Trac er ".'llrans. Arn. GeophysicsUnion, nç 37, 297-306. 1956.

KORSUNSI(Y, M. - "The Atomic Nucleus".Foreign LanguagesPublishing FIou s e - 19(r2.

N'IASAO, Kato et all - "A study in P,iver engi.neering onthe Rad, in l{ydrology'," Proc. of a Symp. -Tokyo, 19ó2,

Page 121: METODOS DE DETERMINAçAO DE VAZAO COM O EMPREGO DE

MOLINART, J.

1L6

"Les traceu¡s salil:,s et flllorescenteshiclrolog j.e". DR/S^R G/69-j,5/JM/MCT .

Geral"

. EditorialL97 2.

eÍt

I'IOIIDREG0, S.P. e A. Plata - "Radiacio¡es j.onizantesr.,Ed. E1 Ateneo S.Ä., 1Ìarcel.o¡ra - 196S.

OI{LWEILER, O. Alcides - "Introcluçrio ã

Editôra Globo S.A.- I!167,

PLATA, A.B. - I'f sotopos en llidrologia"Alhanbra S.Â. la. edi.c. -

Qu 1mlca

RUMYANTSEV , S. - "Industrial Ra<iiology", ForegnLangages Pnblishing I,louse - lr{oscow -1969.

PUTMAN, J.1,. - "Isotopesr'. Ed

Ba 1t irnor e - 1960.

SIENKO, J. Michell e R,A,ciones Agu i 1ar

SCHOELLER, FI . - "Les eauxet Cie, Paris

Pen¡uin Books Ltd.

Plane - "Quírnica"s .4. - 1966.

Edi-

souterr¿rines". Ed. Masson- 't oa)

SANCI{EZ, lrrladinyr - Tese de doutoramento - IEA -197 j.

TIMBLIN et all - ',Use of rad. for open channel_ flowmeasure¡nents". Proc. of a Synp. Tokyo1962.

TOSoVAC, T. et all - "Study of the dispersion abilitya.nd sorne other characteristics of theDanube by nucl.ear teclrniques'r .SM IZg/50.Symp, on the use of j_sotopes in HydrologyViena - 197 0.