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Metodologias de apoio para tomada de decisões face às Mudanças Climáticas: apresentação das metodologias desenvolvidas pela Comunidade Europeia Prof. Dr. Pedro Roberto Jacobi Dra. Gina Rizpah Besen Dra. Roberta de Assis Maia Dra. Sonia M.V. Coutinho

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Metodologias de apoio para tomada de decisões face às Mudanças Climáticas:

apresentação das metodologias desenvolvidas pela

Comunidade Europeia

Prof. Dr. Pedro Roberto Jacobi

Dra. Gina Rizpah Besen Dra. Roberta de Assis Maia Dra. Sonia M.V. Coutinho

Base: PROVIA – Global Programme on Climate Change, Vulnerability, Impacts, and Adaptação

(UNEP, 2013) e Projeto

MEDIATION: Methodology for Effective Decision Making on Impacts and Adaptation

Fonte: The PROVIA / MEDIATION Adaptation Platform

IDENTIFICAR NECESSIDADES DE

ADAPTAÇÃO

IDENTIFICAR OPÇÕES DE ADAPTAÇÃO

AVALIAR OPÇÕES DE

ADAPTAÇÃO

PLANEJAR E IMPLEMENTAR

ADAPTAÇÃO

MONITORAR E AVALIAR

CICLO DE APRENDIZAGEM EM ADAPTAÇÃO

IDENTIFICAR NECESSIDADES DE

ADAPTAÇÃO Envolve :

1. Analisar impactos esperados e observados em

mudanças climáticas, com ou sem adaptação;

2. Analisar o potencial de capacidade para prevenir-se, moderar ou adaptar-se a estes impactos.

CICLO DE APRENDIZAGEM EM ADAPTAÇÃO

Fonte: The PROVIA / MEDIATION Adaptation Platform

ANÁLISE DE IMPACTO METODOLOGIAS

Avaliar vulnerabilidade

Foco em impactos

Não há estudos de impactos disponíveis ou não são abrangentes e confiáveis

Projeção de impacto RESIDUAL Analisa o possível impacto das MC e outros drivers no sistema sob risco, após considerar até que ponto a adaptação pode reduzir os impactos previstos.

Projeção de Impacto POTENCIAL Analisa o possível impacto das alterações climáticas e outros drivers potenciais em um sistema exposto na ausência de adaptação.

Fonte: The PROVIA / MEDIATION Adaptation Platform

Identificação de Cenários de Mudanças Climáticas do Royal Netherlands Meteorological Institute (KNMI), ano 2100

Estudo de Caso Holanda

Fonte: BRUIN et al, 2009, p. 27

• Temperatura °C • Média precipitação verão (%) • Média evaporação no verão (%) • Média precipitação inverno (%) • Máxima anual da soma de 10 dias de

precipitação de inverno (%) • Repetição da soma 10 dias que ocorre uma

vez a cada 100 anos (> 140 mm) (anos) • Aumento nível do mar (cm)

+1 +2 +4 a 6 +1 +2 +4 +4 +8 +16 +6 +12 +25 +10 +20 +25 +47 +25 +9 +20 +60 +110

Baixa estimativa

Média estimativa

Alta estimativa

Tarefa diferente para dois setores: 1. Atores privados agem no interesse próprio e podem focar, de forma mais restrita,

nas opções de adaptação disponíveis para eles;

2. Atores públicos devem agir para o interesse público e podem considerar opções e critérios mais amplos.

Em situações coletivas, opções teoricamente possíveis podem não ser factíveis se não

houver construção de consenso

Fonte: The PROVIA / MEDIATION Adaptation Platform

CICLO DE APRENDIZAGEM EM ADAPTAÇÃO IDENTIFICAR OPÇÕES

DE ADAPTAÇÃO

Identificação de Opções de adaptação (base literatura e especialistas)

Estudo de Caso Holanda

Fonte: BRUIN et al, 2009, p. 27

Setor Nº Opções Exemplos de opções de adaptação

Agricultura 27 Mudança do uso do solo

Sistema Natural 12 Estabelecimento e gestão de áreas protegidas

Água 31 Desalinização

Aumento da conscientização

Energia e Transporte 15 Plantio de culturas de biomassa

Habitação e Infraestrutura

07 Infraestrutura para armazenamento e retenção de água em áreas próximas da cidade

Saúde 03 Medidas de prevenção de doenças relacionadas com o clima

Recreação e Turismo 01 Desenho de infraestrutura para turismo e recreação em áreas costeiras

TOTAL OPÇÕES 96

Diversas maneiras: 1. Abordagem formal – raciocínio matemático que auxilia indicar qual a opção deve

ser escolhida (MCA, CBA, Tomada de Decisão Robusta);

2. Abordagem deliberativa/participativa – avalia opções por meio de informações dos atores envolvidos, harmonizando suas preferências;

3. Ambas as abordagens acima.

Fonte: The PROVIA / MEDIATION Adaptation Platform

CICLO DE APRENDIZAGEM EM ADAPTAÇÃO AVALIAR OPÇÕES DE

ADAPTAÇÃO

RESUMO DAS FERRAMENTAS

Apoio Decisão

Tradicional

Custo-Benefício

Custo-Efetividade

Análise Multi-

Critério

Valorar todos os custos e benefícios para sociedade e estimar o custo/benefício líquido em termos monetários

Comparar custo em relação à efetividade

Permitir comparação entre dados quali e quanti para

definir pontuações e pesos de opções alternativas

Fonte: WATKISS & HUNT, 2013, p.10

RESUMO DAS FERRAMENTAS

Tom

ada

de

Dec

isõ

es s

ob

In

cert

ezas

Análise Reais Opções

Tomada de decisões Robusta

Análise Portfólio

Permite análise econômica de valores de opções futuras e benefícios econômicos de espera/informação/flexibilidade

Identifica decisões robustas sob profunda incerteza para testar cenários

Gestão Interativa de riscos

Processo Hierárquico Analítico

Usa pesquisa de monitoramento, avaliação e aprendizagem para melhorar estratégias futuras para cenários e riscos

Tem forma de análise multicritério que faz comparações por pares, por meio de especialistas para derivar escalas prioritárias

Avalia, a partir de opções de portfólios, qual a melhor opção entre retorno e incerteza

Fonte: WATKISS & HUNT, 2013, p.10

Fonte: UNFCCC, 2011, p. 06

DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DOS ESTUDOS DE CASO

Fonte: UNFCCC, 2011, p. 11

Abordagens para avaliar opções de adaptação

Fonte: WATKISS & HUNT, 2013, p.10

Custo-Benefício

Objetivo: valorar todos os custos e benefícios para sociedade e estimar o custo/benefício líquido em termos monetários

Impacto econômico da mudança do clima

Crescimento sem mudança do clima

Crescimento com mudança do clima

Perdas econômicas

Tempo

$

2013 2040

Fonte: BRASIL 2040: CENÁRIOS E ALTERNATIVAS PARA ADAPTAÇÃO À MUDANÇA DO CLIMA

Custo-Benefício

Adaptar-se até que ponto? Pode ser melhor, ou impossível, adaptar completamente…

Benefícios da adaptação

… então um dano residual permanece

Tempo

$

Decisões de se fazer ou não ações de adaptação podem ser baseadas

(mas não somente) em análise custo-benefício social

Custo-Benefício

Fonte: BRASIL 2040: CENÁRIOS E ALTERNATIVAS PARA ADAPTAÇÃO À MUDANÇA DO CLIMA

Passos: 1. Determinar um objetivo de adaptação - bem definido e

quantificável em termos monetários;

2. Estabelecer dois cenários: um sem a aplicação da medida de adaptação e outro com a implementação bem sucedida da opção de adaptação;

3. Quantificar e agregar os custos sobre períodos de tempo específicos - incluem custos diretos e indiretos;

Fonte: FGV, 2014, p. 11 a 13

Custo-Benefício

Passos: 4. Considerar benefícios de uma medida adaptativa incluindo danos evitados decorrentes dos impactos das mudanças climáticas 5. Comparar custos e benefícios agregados: escolher indicadores para determinar se as opções são eficientes - Valor Presente Líquido (VPL); Relação Custo Benefício (RCB); Taxa Interna de Retorno (TIR).

FGV, 2014, p. 11 a 13

Custo-Benefício

CONSIDERAÇÕES SOBRE A METODOLOGIA: Dificuldade de valorar perdas econômicas - definir a relação entre determinada mudança climática e o efeito sobre a produtividade agrícola –combinação de ciência agrícola, economia e avaliação de condicionantes como mercados locais e externos, competitividade e sistemas de produção vigentes, entre outros; Valorações futuras - A mudança do clima vai se intensificar ao longo do tempo, mas muitas das decisões devem ser feitas no presente. Os eventuais benefícios só serão sentidos daqui a 30 anos ou mais. Há, portanto, uma assimetria entre custos e benefícios.

FONTE: MARGULIS & DUBEUX, 2010

Custo-Benefício

Sudeste da Inglaterra - impacto das alterações climáticas (incluindo potenciais cenários de redução de precipitação) e crescimento socioeconômico (aumento da demanda) em zonas de recursos hídricos e a resposta potencial de adaptação para enfrentar os déficits domésticos de água.

Custo-Benefício

ASPECTOS POSITIVOS FRAGILIDADES

Custo-Benefício

Fornece análise direta de benefícios econômicos, justificação para ação e soluções otimizadas;

É bem conhecida e amplamente utilizada;

Utiliza métodos e dados próximos à realidade (FGV, 2014);

Dificuldade de valoração monetária para setores fora do comércio e de opções não técnicas;

Incerteza geralmente limitada a riscos probabilísticos;

Existem simplificações e incertezas que devem ser consideradas - revisão crítica e contextualizada dos resultados (FGV, 2014);

Pode ser usada como ponto de partida

(FGV, 2014).

Fonte: WATKISS & HUNT, 2013, 2013, p.08

Sudeste da Inglaterra - impacto das alterações climáticas (incluindo potenciais cenários de redução de precipitação) e crescimento socioeconômico (aumento da demanda) em zonas de recursos hídricos e a resposta potencial de adaptação para enfrentar os déficits domésticos de água.

Custo-Benefício

Custo-Benefício

O custo-benefício da utilização de “infraestrutura verde” no lugar ou juntamente com outras ações de infraestrutura de engenharia, a chamada “infraestrutura cinza” é significativo.

Fonte: JONES, HOLE; ZAVALETA, 2012; NAUMANN et al, 2011; WORLD BANK, 2009.

Custo-Benefício

Fonte: Iclei, Fundação Boticário, 2015

Custo-Benefício

A recuperação do mangue também funciona como filtro da poluição do ar e das águas do estuário, além de reduzir o aporte de sedimento e de resíduos sólidos no mar.

Fonte: Iclei, Fundação Boticário, 2015

Custo Efetividade

Fonte: Brasil, MMA/SBF, 2007, p. 151

O que É: diferente da análise custo-benefício, que envolve (tentativa)

valoração de todos os custos e benefícios de um projeto e/ou política ao longo do tempo,

a análise custo efetividade adota um objetivo final pré-determinado e busca abordagens para minimizar o custo para

alcançar aquele objetivo.

Custo Efetividade

Fonte: UNFCCC, 2011, p. 22

O que NÃO é: já que envolve objetivos finais pré-determinados (parte de medidas de adaptação que já foram pré-identificadas) e o

restante do trabalho é encontrar o menor “custo-opção” para alcançar esses objetivos,

a metodologia não avalia se a medida final se justifica (não gera indicador custo-benefício).

Custo Efetividade

Fonte: UNFCCC, 2011, p. 22

Quando é aplicada: avaliar opções de adaptação em contextos nos quais os benefícios de

adaptação são difíceis de expressar em termos monetários, mas onde os custos podem ser quantificados.

Áreas: saúde humana, sistemas de água doce, eventos climáticos extremos, biodiversidade e serviços ambientais.

Por exemplo: dada a necessidade de água, o objetivo de uma

avaliação não é encontrar opções de adaptação alternativas que produzam benefícios superiores, mas sim encontrar opções

sustentáveis que garantam qualidade e quantidade de água para comunidades vulneráveis.

Custo Efetividade

Fonte: UNFCCC, 2011.

Passos para avaliar opções de adaptação pela análise Custo Efetividade: 1. Concordar no objetivo de adaptação a ser atingido e identificar potenciais opções de adaptação para alcançá-lo.

O objetivo deve ser bem definido e sua realização deve ser mensurável. Geralmente inclui redução da vulnerabilidade (controle de vetores da dengue) ou aumento da capacidade de adaptação ou resiliência (extensão de manguezais para proteção costeira);

2. Estabelecer uma linha de base e critérios de efetividade. Pode ser o cenário real ou projetado. Planejadores devem entrar em acordo sobre indicadores para avaliar e acompanhar os benefícios em termos não monetários, ao longo do tempo, contra a linha de base (litros de água para medir a disponibilidade de água);

Custo Efetividade

Fonte: UNFCCC, 2011, p. 22

Passos para avaliar opções de adaptação pela análise Custo Efetividade: 3. Quantificar e agregar os diversos custos de cada opção.

Incluindo custos diretos e indiretos ao longo do ciclo de vida de cada opção. Os valores devem ser expressos em base econômica comum (em termos equivalentes);

4. Determinar a efetividade de cada opção.

Depende do objetivo final de adaptação e da linha de base estabelecida. No caso dos recursos hídricos, uma opção pode ser eficaz se produz uma certa quantidade de água;

5. Comparar a relação custo-efetividade das diferentes opções. Em termos globais ou incrementais.

Custo Efetividade

Fonte: WATKISS & HUNT, 2013

Passos para avaliar opções de adaptação pela análise Custo Efetividade: 1. Estabelecer critérios de efetividade. (passo 2 anterior) 2. Listar as opções para atingir o objetivo final de adaptação. (passo 1 anterior). 3. Coletar dados de custo para cada opção. 4. Avaliar benefícios potenciais de cada opção. Expressos como benefício anual, em relação a uma linha de base ou caso de referência. 5. Combinar dados de custo e benefícios potenciais para estimar a relação custo-efetividade, dividindo-se o custo de vida útil pelo benefício vitalício (ou custos anuais por benefício anual).

Custo Efetividade

Fonte: WATKISS & HUNT, 2013

CONSIDERAÇÕES SOBRE A METODOLOGIA: • Tem sido amplamente utilizada para Mitigação, que utiliza métrica única (redução de

toneladas de emissões) para avaliar opções em termos de custo por unidade de benefício potencial obtido;

• Aplicação para Adaptação é muito mais desafiadora pois inclui riscos, setores e níveis diversos, em diferentes escalas. Não há uma só métrica que abarque tudo isso e permita análise intersetorial. Exemplo: adaptação ao aumento do nível do mar envolve proteção das pessoas a inundações, redução da erosão da costa, conservação de ecossistemas costeiros, etc.;

• Além disso, para adaptação faz diferença como, onde e quando a relação custo-efetividade é avaliada.

Custo Efetividade

Onde: Ilhas Cook, Fiji, Samoa e Vanuatu Problema: Recursos de água doce estão ameaçados pelo aumento da salinidade da água da rede (up-welling e intrusão de água salgada; secas prolongadas). Habitantes (mulheres e crianças) gastam o dia em busca de água. Problemas de saúde aumentando e produção agrícola diminuindo. Vulnerabilidades em termos de qualidade e quantidade imediatos, mas também em termos da sustentabilidade do abastecimento.

Estudo de caso: Avaliação de opções de adaptação para recursos de água doce em Ilhas do Pacífico

Projeto UN: Medidas de Adaptação seguindo consultas à comunidade e CEAs

(Fonte: UNFCCC, 2011)

Custo Efetividade

Opções de Adaptação identificadas pelas comunidades: • Instalação de sistemas de dessalinização; • Modernização do sistema de distribuição; • Aproveitamento de águas pluviais; • Uso de água salobra ou água do mar para sistemas adequados; • Medidas de proteção de bacias hidrográficas (agricultura de contorno, plantio de árvores em encostas, plantio de árvores tolerantes à salinidade); • Melhoria da condição sanitária (compostagem ou vasos sanitários); • Sensibilização sobre questões de água e instalação de sistemas de comunicação por rádio e Internet.

Opção escolhida pelas comunidades:

Aproveitamento de águas pluviais

Custo Efetividade

Resumo da Análise Custo Efetividade:

O tamanho dos tanques para armazenar a água da chuva foi determinado a partir da precipitação anual, do consumo de água por pessoa, dos recursos financeiros disponíveis e do número de famílias (esperado) a serem atendidas.

Custo Efetividade

Lições aprendidas:

Todas as comunidades preferiam tanques maiores e próximos às bacias hidrográficas (melhor desempenho na série temporal de precipitação ao longo do tempo, mais robustos à variação climática). Mas os custos de aquisição e transporte adicionais eram proibitivos. Mesmo assim, o projeto foi considerado um sucesso pelas comunidades, tanto em termos de melhoria em suas condições de vida, quanto em termos de aumento da conscientização e networking.

ASPECTOS POSITIVOS

FRAGILIDADES

Benefícios expressos em termos físicos (não monetários), aplicável a setores não mercantis;

Simples de aplicar, resultados e ranking de fácil compreensão;

Uso de curvas de custo para avaliar os objetivos da política com otimização de menor custo;

Usado para mitigação, amplamente reconhecido por decisores políticos;

Benefícios difíceis de identificar e única métrica não capturar todos os custos e benefícios;

Pouco aplicável intersetorialmente / situações complexas;

Funciona melhor com opções técnicas, e muitas vezes omite construção de capacidade e medidas leves;

Natureza sequencial de curvas de custo ignora interligações;

Não se presta à consideração de incerteza.

Custo Efetividade

Fonte: WATKISS & HUNT, 2013, p. 08

ANÁLISE MULTICRITÉRIO

Fonte: USAID, 2013

Objetivo: permite criar um quadro estruturado para comparação de um conjunto de opções definido por meio de um número de

diferentes critérios e pesos, para que se avalie as melhores opções de adaptação

ANÁLISE MULTICRITÉRIO

• Decisão entre duas ou mais opções, quando critérios múltiplos e conflitantes precisam ser considerados e quando vários stakeholders estão envolvidos no processo de tomada de decisão;

• As opções propostas devem ser social, tecnológica, econômica

e politicamente viáveis; • Métodos de Análise Multicritério são mais relevantes quando se

comparam várias opções para um único problema.

Fonte: USAID, 2013

ANÁLISE MULTICRITÉRIO

• Problemas complexos quebrando-os em componentes menores, incorporando evidências quantitativas e qualitativas, com base nas preferências de stakeholders ou prioridades políticas;

• Preencher lacunas na disponibilidade de dados, auxiliando na

identificação de opções;

Fonte: USAID, 2013

ANÁLISE MULTICRITÉRIO

• As partes interessadas devem ser engajados na seleção e ponderação dos critérios, e os conflitos deverão ser explicitados para todos;

• Bem concebido, constrói legitimidade, abordando todos os

elementos importantes de uma decisão de uma forma que as partes interessadas achem justa;

• Se mal projetado, pode minar a eficácia mascarando os conflitos

e negligenciando as sinergias, o que cria o risco de alienar as partes interessadas na decisão ou na sua implementação.

Fonte: USAID, 2013

ANÁLISE MULTICRITÉRIO

Uma comunidade na costa pode considerar a construção de um paredão de defesa contra o aumento das tempestades em detrimento ao investimento em soluções mais suaves, como melhores rotas de evacuação e de socorro mais eficazes, ou o uso de sistemas baseados em ecossistemas para diminuir os impactos do crescente

nível do mar ou das tempestades.

Inglaterra, jan. 2014 Fonte: USAID, 2013

MÉTODOS ANÁLISE MULTICRITÉRIO

Simples Complexo

Avaliação Qualitativa simples das opções propostas em relação a conjunto de critérios. Um sinal positivo ou negativo para cada critério

Trabalho quantitativo para avaliar opções em relação a um conjunto de diferentes critérios com diferentes pesos e análise de sensibilidade

Análise quantitativa importante e pesos específicos para cada critério. Funções matemáticas para classificar opções e conduzir análise de sensibilidade

Fórmula complexa e recursos computacionais usados para derivar melhores opções, combinada a pesos, possíveis espaços de decisões e margens de erro

Fonte: USAID, 2013, p.03

ESTUDOS DE CASO COM ANÁLISE MULTICRITÉRIO

NAPAs - National Adaptation Programmes of Action (NAPAs)

Estudo de Caso Holanda

setor Opções

Som

a p

eso

s

Amb Natural Integrar ambiente natural e gestão da água 4,9

Amb Natural Integrar gestão de zona costeira 4,9 Água Mais espaço para água – sistema de água regional; melhorar capacidade dos rios 4,9 Água Política de alocação baseada em riscos 4,9 Água Gestão de riscos como estratégia básica 4,9 Água Novas alianças institucionais 4,9 Habitação Tornar cidades existentes e novas resistentes, evitar ilhas de calor, melhorar capacidade

resfriamento 4,8

Energia e transporte

Construções com menor necessidade de resfriamento e aquecimento 4,7

Energia e transporte

Mudar modais de transporte e desenvolver infraestruturas mais inteligentes 4,7

Amb Natural Desenhar e implementar redes ecológicas ( rede ecológica nacional) 4,5

CICLO DE APRENDIZAGEM EM ADAPTAÇÃO

Nem sempre o trabalho analítico torna-se planos e ações concretas. Facilitadores: Consenso; Comunicação; Integração com iniciativas não climáticas; Participação e engajamento entre stakeholders; Governança; Estrutura institucional.

PLANEJAR E IMPLEMENTAR ADAPTAÇÃO

Fonte: The PROVIA / MEDIATION Adaptation Platform

CICLO DE APRENDIZAGEM EM ADAPTAÇÃO

Avaliar se a tarefa está dentro dos objetivos de adaptação; Avaliar engajamento da equipe; Reunir perspectivas dos stakeholders segundo natureza do

engajamento (no processo ou no conteúdo); Entender como a aprendizagem está ocorrendo, informando os

próximos passos.

MONITORAR E AVALIAR

Fonte: The PROVIA / MEDIATION Adaptation Platform