metodologia do trabalho científico.doc

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UNIGRANRIO ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA E DO TRABALHO ACADÊMICO REFERENTE AO PLANEJAMENTO,ESTRUTURA, APRESENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS MESMOS . Professor Nêodo Noronha Dias Júnior

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Page 1: Metodologia do trabalho científico.doc

UNIGRANRIO

ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA E DO TRABALHO

ACADÊMICO REFERENTE AO

PLANEJAMENTO,ESTRUTURA, APRESENTAÇÃO E

COMUNICAÇÃO DOS MESMOS.

Professor Nêodo Noronha Dias Júnior

RIO DE JANEIRO, 20 de junho de 2003

Page 2: Metodologia do trabalho científico.doc

SUMÁRIO

01 PLANO DE CURSO....................................................03

02 ATIVIDADE DE SONDAGEM..............................................10

03 CONHECIMENTO DA BIBLIOTECA DA UNIGRANRIO..............................13

04 PESQUISA.........................................................15

05 TRABALHOS CIENTÍFICOS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO............21

06 TÉCNICA DE LEITURA SKIMMING.........................................34

07 TÉCNICA DE LEITURA ANALÍTICA........................................35

08 EXEMPLO DE SINOPSE................................................36

09 EXERCÍCIO DE SINOPSE...............................................37

10 EXERCÍCIO DE ESQUEMA QUADRO SINÓTICO EM CHAVES.........................38

11 EXERCÍCIO DE ESQUEMA ROTEIRO........................................40

12 PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA....................................42

13 ESTRUTURA DE UM TRABALHO ACADÊMICO...................................43

14 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS NBR 14724 JUN. 2001 ABNT............47

15 MODELO DE UM TRABALHO

ACADÊMICO ...........................................55

16 COMO FAZER CITAÇÕES EM TRABALHOS ACADÊMICOS ..........................68

17 CARACTERÍSTICAS DA REDAÇÃO DE TRABALHOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS.............73

18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - NBR 6023 AGO. 2000 ABNT...................76

19 EXERCÍCIOS DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................82

20 FICHAMENTO.......................................................89

Textos elaborados por ANNA FLORÊNCIA DE CARVALHO MARTINS PINTO

professora de Metodologia do Trabalho Científico da PUC-Minas.

2

Page 3: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Plano de Curso

I - PROPÓSITOS DA DISCIPLINA

Preparar o aluno para a compreensão e aprendizado das teorias

e análises dos sistemas e das organizações, de maneira que o mesmo

possa estruturar, projetar e construir na prática modelos

organizacionais possíveis.

II - OBJETIVOS GERAIS:

Fornecer os pressupostos básicos de iniciação à pesquisa e do trabalho

científico que permitam ao aluno melhor convivência acadêmica e aumento do

nível de aproveitamento nos estudos e conseqüentemente no Curso.

Desenvolver atitudes favoráveis ao emprego da pesquisa científica na

solução de problemas e na tomada de decisão, além de estimular o processo de

pesquisa na busca, produção e expressão do conhecimento, despertando no aluno

interesse e valorização da mesma em sua vida pessoal e profissional.

Conscientizar o aluno da importância da formação de hábitos de estudo

científico que lhes possibilitem o desenvolvimento de uma vida intelectual

disciplinada e sistematizada.

Informar e conscientizar o aluno de que a pesquisa e o trabalho

acadêmico possuem normas que regulam seu procedimento, elaboração e

apresentação.

III - OBJETIVOS ESPECIFÍCOS:

Conceituar e diferenciar método, técnica, pesquisa e metodologia

científica.

Determinar a relação entre pesquisa e ciência.

Conceituar pesquisa, destacar sua importância a nível de graduação e

identificar as suas modalidades.

Identificar, caracterizar e diferenciar as fases de uma pesquisa e os

elementos constitutivos de um projeto de pesquisa.

Definir e diferenciar os tipos de trabalhos científicos nos cursos de

graduação e pós-graduação.

3

Page 4: Metodologia do trabalho científico.doc

Identificar e caracterizar as etapas do trabalho acadêmico.

Caracterizar e aplicar os processos da técnica de leitura analítica

para análise e interpretação de textos teóricos e científicos.

Identificar e distinguir as diversas técnicas de documentação para

elaboração do trabalho acadêmico.

Identificar as características da linguagem científica e as normas

gerais da redação científica e aplicá-las na produção de trabalhos

acadêmicos.

Aplicar as normas de referências bibliográficas da ABNT.

Identificar e distinguir as técnicas de pesquisa adotadas pelos

enfoques do Pensamento Análito e do Pensamento Sistêmico bem como

noções de Sistema "Soft".

Análisar, através de estudos de caso (Case Studies), a utilização de

metodologia SSM (Soft Systems Methodology) em atividades de pesquisa

gerencial.

Elaborar projeto de pesquisa bibliográfica e trabalhos acadêmicos

aplicando as normas técnicas.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Conhecimento Científico

1.1. Aspectos gerais;

1.2. Metodologia e Pesquisa;

1.3. Demarcação científica;

1.4. Critérios de cientificidade;

1.5. Construção da Ciência;

1.6. Pressuposotos metodológicos; e

1.7. Método Científico.

2. Enfoques do Pensamento Analítico e do Pensamento Sistêmico

2.1. Pensamento Analítico;

2.2. Pensamento Sistêmico; e

4

Page 5: Metodologia do trabalho científico.doc

2.2.1.Teoria e análise dos Sistemas;

2.2.2.Teoria e análise das Organizações;e

2.2.3.Estrutura, projeto e dinâmica das organizações;

2.3. Noções de Sistemas "Soft".

2.3.1.Modelagem dos sistemas soft (Soft Systems Methodology)

2.4. Pesquisa ação.

2.5. Modelagem Organizacional.

2.5.1.Modelagem nas ciências administrativas

3. Aplicações em organizações - estudos de caso

3.1. Aplicações práticas;

3.2. Aplicação da SSM - fases I e II

3.3. Aplicação em um empresa operadora de transporte público;

3.4. Aplicação em serviços de gerenciamento; e

3.5. Monitoração.

PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS:

O conteúdo programático será trabalhado através dos seguintes

procedimentos:

a) exposição oral;

b) acompanhamento das aulas na apostila do Curso: normas e modelos;

c) leitura analítica de textos teóricos e científicos;

d) treinamentos individuais das técnicas de leitura e de documentação;

e) treinamento individuais na utilização da SSM;

f) trabalho interdisciplinar: projeto de pesquisa bibliográfica e

relatório da mesma (técnica a definir com o professor da disciplina -

recomenda-se a utilização da modelagem organizacional e o uso da

SSM);

g) aulas na biblioteca: Execução, acompanhamento e orientação do projeto

de pesquisa e do relatório.

h) Análise e estudo de casos

5

Page 6: Metodologia do trabalho científico.doc

6

Page 7: Metodologia do trabalho científico.doc

CRONOGRAMA DE AVALIAÇÃO

ATIVIDADE ASSUNTO VALOR

1 Exercícios

individuais de

treinamento das

técnicas

estudadas durante

o Curso.

2 Trabalho

Interdisciplinar:

Técnica a

definir.

- Pesquisa sobre o Curso

- Visita a biblioteca

- Uso da biblioteca

- Sondagem: resumo

- Sinopse

- Resumo de um escrito

- Resenha crítica

- Esquema quadro sinótico

- Esquema roteiro

- Ficha bibliográfica

- Ficha resumo

- Projeto de pesquisa

bibliográfica

- Tema e técnica a

definir(recomenda-se a

utilização da modelagem

organizacional e o uso

da SSM

10 pontos

peso 1

10 pontos

peso 1

__/__/__

__/__/__

__/__/__

__/__/__

__/__/__

__/__/__

__/__/__

__/__/__

__/__/__

__/__/__

__/__/__

__/__/__

__/__/__

SUB-TOTAL 20 Pontos

3 Avaliação global - Todo o conteúdo

trabalhado durante o

curso

10 pontos

peso 2

__/__/__

TOTAL 40 pontos (divididos

por 4 = média mínima

para aprovação 6 (seis)

7

Page 8: Metodologia do trabalho científico.doc

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

MANUAL DO ESTUDANTE - LIVRO TEXTO - LEITURA OBRIGATÓRIA -

Disponível no site da disciplina em

http://neodo.jr.vilabol.uol.com.br/metodologia/ no link "Material do Aluno"

SOARES, V. Aplicação da metodologia de análise dos sistemas complexos em uma empresa operadora de transporte público urbano. 1997. 125p [Dissertação (Mestrado em Engenharia de Transporte) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1997]

SOARES, V. THIOLLENT, M. "A SSM (Soft Systems Methodology) na pesquisa organizacional". In: I Simpósio de Pesquisa operaional da Marinha e II Simpósio de Logística da Marinha, 1997, Anais...Rio de Janeiro: SPOLM, 1997. [p 24 do caderno de resumos dos trabalhos]

_____. "O conheciemtno organizacional no ensino de engenharia através da ssm (soft systems methodology) e uma nova maneira de pensar, englobando os enfoques analítico e sistêmivo". In: III Encontro de Ensino de Engenharia, UFRJ/UFJF, 1997, p.53-9

THIOLLENT, M. Pesquisa-ação nas organizações. São Paulo:Atlas, 1997. _____. Metodologia da pesquisa-ação. 7ª ed. São Paulo:Cortez/Autores

Associados, 1985/1996.

BIBLIOGRAFIA DE APOIO

ALMEIDA, Maria Lúcia Pacheco de. Como elaborar monografia. 4. ed. rev. e atual. Belém: Cejup, 1996. 224 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Apresentação de citações em documentos: NBR 10520 Rio de Janeiro: jul. 2001. 4 p.

_____. Referências – elaboração: NBR 6023. Rio de Janeiro: ago. 2000. 22 p.

_____. Trabalhos acadêmicos – apresentação: NBR 14724. Rio de Janeiro: jul. 2001. 6 p.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1976. 158 p.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989. 173 p.

GALLIANO, Guilherme. O método científico. São Paulo: HARBRA, 1979. 200 p.

KELLER, Vicente; BASTOS, Cleverson. Aprendendo a aprender: introdução à Metodologia Científica. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1991. 104 p.

KOCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 14. ed. rev. e ampl. Petrópolis: Vozes, 1997. 180 p.

LAKATOS, Eva Marina; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1982. 231 p.

8

Page 9: Metodologia do trabalho científico.doc

MARCANTONIO, Antonia Terezinha; SANTOS, Martha dos; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Elaboração e divulgação do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1993. 92 p.

OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratado de Metodologia Científica: projetos de pesquisas TGI, TCC, Monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira, 2001. 320 p.

RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1979. 124 p.

SÁ, Elisabeth Shneider de et al. Manual de normalização: de trabalhos técnicos, científicos e culturais. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1996. 184 p.

SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer monografia. 9. ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1999. 301 p.

SALVADOR, Ângelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica: elaboração de trabalhos científicos 10. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Sulina, 1982. 246 p.SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 11. ed. São Paulo: Cortez, 1984. 237 p.

9

Page 10: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Atividade de sondagem

Instrução:

Este exercício consiste em uma sondagem sobre como o aluno do 1o período

de um curso superior elabora um resumo. Sugere-se que o universitário não

consulte nenhuma fonte para fazê-lo, pois desta forma, a atividade deixa de ser

uma sondagem, o que interferirá no real diagnóstico da situação. Faça-o de

acordo com sua prática e seu bom senso. Durante o desenvolver do curso serão

estudadas as normas técnicas de elaboração e apresentação de trabalhos

acadêmicos de curso de graduação, dentre eles, o resumo.

A Metodologia e a Universidade

Aidil Barros e Neide Lehfeld

Porque não começarmos pela apresentação de um problema àquele que acaba

de ingressar no curso superior: O que é Metodologia? Que relação há entre

Ciência e Metodologia Científica? Qual a sua importância e utilidade para o

universitário?

Partindo da definição etimológica do termo temos que a palavra

Metodologia vem do grego “meta” = ao largo; “odos” = caminho; “logos” =

discurso, estudo.

A Metodologia é entendida como uma disciplina que consiste em estudar e

avaliar os vários métodos disponíveis, identificando as limitações de suas

utilizações. A Metodologia, num nível aplicado, examina e avalia as técnicas de

pesquisa bem como a geração ou verificação de novos métodos que conduzem à

captação e processamento de informações com vistas à resolução de problemas de

investigação.

A Metodologia seria a aplicação do método através de técnicas. Constitui

o procedimento que deve seguir todo conhecimento científico para comprovar sua

verdade e ensiná-la.

O método é o caminho ordenado e sistemático, a orientação básica para se

chegar a um fim e técnica é a forma de aplicação do método. Representa a

maneira de atingir um propósito bem definido. Têm-se então o método como

estratégia e as técnicas como táticas necessárias para se operacionalizar a

estratégia.

10

Page 11: Metodologia do trabalho científico.doc

Assim, o método estabelece de modo geral o que fazer e técnica nos dá o

como fazer, isto é, a maneira mais hábil, mais perfeita de fazer uma atividade.

A Metodologia no quadro geral da ciência é uma “Metaciência”, isto é, um

estudo que tem por objeto a própria Ciência e as técnicas específicas de cada

Ciência. A Metodologia não procura soluções mas escolhe as maneiras de

encontrá-las, integrando os conhecimentos a respeito dos métodos em vigor nas

diferentes disciplinas científicas ou filosóficas.

Com relação à importância da disciplina Metodologia Científica, esta é

baseada na apresentação e exame de diretrizes aptas a instrumentar o

universitário no que tange a estudar e aprender. Para nós, mais vale o

conhecimento e manejo desta instrumentação para o trabalho científico do que o

conhecimento de uma série de problemas ou o aumento de informações acumuladas

sistematicamente. Estamos pois voltados para assessorar e colaborar com o

crescimento intelectual do aluno para a formação de um compromisso científico

frente à realidade empírica.

A Metodologia auxilia e, portanto, orienta o universitário no processo

de investigação para tomar decisões oportunas na busca do saber e na formação

do estado de espírito crítico e hábitos correspondentes necessários ao processo

de investigação científica. O uso de processos metodológicos permitirá ao

estudante o desenvolvimento de seu raciocínio lógico e de sua criatividade.

Assim, um curso de Metodologia Científica deve-se propor a desenvolver a

capacidade de observar, selecionar e organizar cientificamente os fatos da

realidade.

Portanto devemos estar voltados para capacitar o estudante, através de

reflexões, práticas e reflexões sobre estas mesmas práticas, a uma análise do

conhecimento e do seu processo de produção.

Através da Metodologia Científica deve-se criar ou estimular o

desenvolvimento do espírito crítico e observador do aluno para que ele possa

ver a realidade com toda sua nudez, analisando-a e refletindo-a à luz de

concepções filosóficas e teóricas.

Assim, através do estudo da Metodologia Científica vão sendo

apresentadas diretrizes para a formação paulatina de hábitos de estudos

11

Page 12: Metodologia do trabalho científico.doc

científicos já que a pesquisa e a reflexão devem constituir-se em objetivos

principais da vida universitária.

Metodologia Científica não é um amontoado de técnicas, embora elas devam

existir, mas sim uma disciplina que deve estar sempre em relacionamento e a

serviço de uma proposta nova de Universidade e conhecimento.

A Metodologia Científica estrutura-se portanto para contribuir para que

a Universidade desenvolva as funções que lhe são impostas frente às

necessidades culturais e econômicas emergentes.

Assim, a Metodologia Científica vem para auxiliar na formação

profissional do estudante. Pretende-se alcançar uma formação profissional

competente bem como uma formação sócio-política que conduzirão o aluno a ler

crítica e analiticamente o seu cotidiano.

A formação profissional competente está diretamente relacionada ao

crédito dado ao estudo e à elaboração de um projeto de estudo. Isto é, deve

estar implícita a preocupação em aprender as funções advindas de sua carreia

profissional.

Considerando-se a Universidade como centro do saber, como uma

instituição preocupada com a qualificação do ensino, com o rigor da

aprendizagem e com o progresso da ciência, ela terá na Metodologia um valioso

ajudante quanto ao desenvolvimento de capacidades e habilidades do

universitário. Vem portanto fornecer os pressupostos do trabalho científico, ou

seja, normas técnicas e métodos reconhecidos pelo uso entre cientistas,

referentes ao planejamento da investigação científica, à estrutura e à

aplicação, apresentação e comunicação dos seus resultados.

Aprendendo a pensar, a pesquisar e formando o seu espírito científico, o

universitário estará obtendo conhecimentos novos e ao mesmo tempo construindo-

se como ativo e participante da História.

BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. A metodologia e universidade. In: ___. Fundamentos de metodologia: um guia para a iniciação científica. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1986. p. 1-14.

12

Page 13: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Conhecimento da Biblioteca da UNIGRANRIO

UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio - Escola de Gestão e Negócios

Curso:______________________________________________________Turno:_________

Metodologia do Trabalho Científico

Atividade: Uso da Biblioteca da UNIGRANRIO Data:___/___/____

Nome:______________________________________________________________________

Instrução:

Após a visita orientada feita por você à Biblioteca da UNIGRANRIO e

recebidas as devidas informações de como utilizá-la, faça o seguinte

treinamento.

1 Escolha assunto(s) para realizar esta atividade.

2 Procure dois livros que abordam o assunto escolhido e registre os

dados indispensáveis à identificação dos mesmos:

2.1 Autor(es) do livro:

Título do livro:

Subtítulo do livro:

Número da edição:

Local de publicação:

Editora:

Ano de publicação:

Total de páginas:

2.2 Autor(es) do livro:

Título do livro:

Subtítulo do livro:

Número da edição:

Local de publicação:

Editora:

Ano de publicação:

Total de páginas:

3 Procure dois artigos de revista e registre os dados que

os identificam:

3.1 Autor (es) do artigo:

Título do artigo:

13

Page 14: Metodologia do trabalho científico.doc

Título da revista:

Local de publicação:

Volume do ano:

Número da revista:

Página consultada:

Data:

3.2 Autor (es) do artigo:

Título do artigo:

Título da revista:

Local de publicação:

Volume ou ano:

Número da revista:

Página consultada:

Data:

4 Procure dois artigos de jornais e registre os dados que os identificam:

4.1 Autor do artigo:

Título do artigo:

Título do jornal:

Local:

Data:

Número ou título do caderno:

Página consultada:

4.2 Autor do artigo:

Título do artigo:

Título do jornal:

Local:

Data:

Número ou título do caderno:

Página consultada:

14

Page 15: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Pesquisa

Pesquisa

Anna Florência de C. Martins Pinto

1 CONCEITUAÇÃO

Nos cursos, em todos os níveis, exige-se, da parte do estudante, alguma

atividade de pesquisa. Esta, efetivamente tem sido mal compreendida quanto à

sua natureza e finalidade por parte de alguns alunos e professores. Muito do

que se chama de pesquisa não passa de simples compilação ou cópia de algumas

informações desordenadas ou opiniões várias sobre determinado assunto e, o que

é pior, não referenciadas devidamente.

Assim, pesquisar, num sentido amplo, é procurar uma informação que não

se sabe e que se precisa saber. Consultar livros e revistas, verificar

documentos, conversar com pessoas, fazendo perguntas para obter respostas, são

formas de pesquisa, considerada como sinônimo de busca, de investigação e

indagação. Este sentido amplo de pesquisa, opõe-se ao conceito de pesquisa como

tratamento de investigação científica que tem por objetivo comprovar uma

hipótese levantada, através do uso de processos científicos (ALMEIDA JÚNIOR,

1988, p. 102).

Mas, o que é realmente uma pesquisa? Segundo Lakatos e Marconi(1987, p.

15), “a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de

pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no

caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdade parciais”.

Significa muito mais do que apenas procurar a verdade mas descobrir respostas

para perguntas ou soluções para os problemas levantados através do emprego de

métodos científicos.

Para os iniciantes em pesquisa o mais importante deve ser a ênfase, a

preocupação na aplicação do método científico do que propriamente a ênfase nos

resultados obtidos. O objetivo dos principiantes deve ser a aprendizagem quanto

à forma de percorrer as fases do método científico e à operacionalização de

técnicas de investigação. À medida que o pesquisador amplia o seu

amadurecimento na utilização de procedimentos científicos, torna-se mais hábil

e capaz de realizar pesquisas (BARROS; LEHFELD, 1986, p. 88).

15

Page 16: Metodologia do trabalho científico.doc

As pesquisas devem contribuir para a formação de uma consciência crítica

ou um espírito científico do pesquisador. O estudante, apoiando-se em

observações, análise e deduções interpretadas, através de uma reflexão crítica,

vai, paulatinamente, formando o seu espírito científico, o qual não é inato.

Sua edificação e seu aprimoramento são conquistas que o universitário vai

obtendo ao longo de seus estudos, da realização de pesquisas e elaboração de

trabalhos acadêmicos. Todo trabalho de pesquisa requer: imaginação criadora,

iniciativa, persistência, originalidade e dedicação do pesquisador.

2 TIPOS DE PESQUISA

O planejamento de uma pesquisa depende tanto do problema a ser estudado,

da sua natureza e situação espaço-temporal em que se encontra, quanto da

natureza e nível de conhecimento do pesquisador (KÖCHE, 1987, p.122). Isso

significa que pode haver vários tipos de pesquisa. Cada tipo possui, além do

núcleo comum de procedimentos, suas peculiaridades próprias. Não cabe, neste

texto, enumerar todos os aspectos que a pesquisa possa abordar ou transcrever

todas as classificações já apresentadas. A seguir serão caracterizados a

pesquisa bibliográfica, a experimental e os vários tipos de pesquisa

descritiva.

2.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-

se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada

sobre o assunto que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais,

boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográfico, com o

objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já

escrito sobre o mesmo.

Segundo Cervo e Bervian (1976, p. 69) qualquer tipo de pesquisa em

qualquer área do conhecimento, supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia,

quer para o levantamento da situação em questão, quer para a fundamentação

teórica ou ainda para justificar os limites e contribuições da própria

pesquisa.

Assim, afirmam que a pesquisa bibliográfica é um excelente meio de

formação e juntamente com a técnica de resumo de assunto ou revisão de

literatura, constituí geralmente o primeiro passo de toda pesquisa científica.

16

Page 17: Metodologia do trabalho científico.doc

Por isso, os universitários devem ser incentivados a usarem métodos e técnicas

científicas para realizá-la, tanto independente quanto como parte complementar

de uma pesquisa descritiva ou de uma experimental.

2.2 PESQUISA EXPERIMENTAL

A pesquisa experimental é mais freqüente nas ciências tecnológicas e nas

ciências biológicas. Tem como objetivo demonstrar como e por que determinado

fato é produzido (ALMEIDA, 1996, p. 106-107).

Portanto, na pesquisa experimental o pesquisador procura refazer as

condições de um fato a ser estudado, para observá-lo sob controle. Para tal,

utiliza-se de local apropriado, aparelhos e instrumentos de precisão para

demonstrar o modo ou as causas pelas quais um fato é produzido, proporcionando

assim, o estudo de suas causas e efeitos (KELLER; BASTOS, 1991, p. 54).

2.3 PESQUISA DESCRITIVA

Tal pesquisa observa, registra, analisa e ordena dados, sem manipulá-

los, isto é, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência

com que um fato ocorre, sua natureza, características, causas, relações com

outros fatos. Assim, para coletar tais dados, utilizam-se de técnicas

específicas, dentre as quais destacam-se a entrevista, o formulário, o

questionário, o teste e observação (ALMEIDA, 1996, p. 104)

A diferença entre a pesquisa experimental e a pesquisa descritiva é que

esta procura classificar, explicar e interpretar fatos que ocorrem, enquanto a

pesquisa experimental pretende demonstrar o modo ou as causas pelas quais um

fato é produzido.

Não se pode afirmar que a pesquisa experimental vale mais que a pesquisa

descritiva. Ambas têm o mesmo mérito, desde que elas sejam científicas e que o

tipo de pesquisa seja o mais adequado à natureza do problema analisado. Se, por

um lado, a pesquisa experimental oferece maior rigor no controle, tornando

assim, os resultados preciosos, por outro, perde a espontaneidade, naturalidade

e grau de generalização, que é bem maior na pesquisa descritiva.

Muitas vezes em uma pesquisa se utilizam tanto a constatação quanto a

manipulação de variáveis (KÖCHE, 1997, p. 125).

17

Page 18: Metodologia do trabalho científico.doc

Entretanto, a pesquisa bibliográfica, por sua vez, como já foi vista

anteriormente, é estritamente necessária para realizar tanto a pesquisa

descritiva, qual seja o seu tipo, quanto a experimental. Deste modo, não se

deve prescindir da análise teórica prévia para planejar os dois tipos de

pesquisa.

A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas, entre as quais se

destacam: documental, de campo, de opinião, de motivação, estudos

exploratórios, estudos descritivos, estudo de caso e pesquisa histórica.

18

Page 19: Metodologia do trabalho científico.doc

2.3.1 Pesquisa documental ou de gabinete

É a que efetua tentando resolver um problema ou adquirir conhecimentos a

partir do emprego de informações retiradas de material gráfico e sonoro. O

objetivo da pesquisa documental é recolher, analisar e interpretar as

contribuições teóricas já existentes sobre determinado fato, assunto ou idéia.

Segundo Lakatos e Marconi (1996, p. 57), tais informações são

provenientes de órgãos que as realizaram e englobam todos os materiais escritos

ou não, que podem servir como fonte de informação para a pesquisa científica.

Podem ser encontrados em arquivos públicos e particulares, assim como em fontes

estatísticas compiladas por órgãos oficiais e particulares. Incluem-se aqui

como fontes não escritas: fotografias, gravações, imprensa falada (rádio e

televisão), desenhos, pinturas, canções, objetos de arte, folclore etc.

2.3.2 Pesquisa de campo

É a pesquisa em que se observa e coleta os dados diretamente no próprio

local em que se deu o fato em estudo, caracterizando-se pelo contato direto com

o mesmo, sem interferência do pesquisador, pois os dados são observados e

coletados tal como ocorrem espontaneamente (LAKATOS; MARCONI, 1996, p. 75).

2.3.3 Pesquisa de opinião

Consiste em procurar saber atitudes, pontos de vista e preferências que

as pessoas têm a respeito de algum assunto, com o objetivo de tomar decisões.

“Visa identificar a opinião de uma comunidade, constatar as falhas, descrever

condutas e reconhecer interesses e outros comportamentos, para a tomada de

decisões” (ALMEIDA, 1996, p. 105).

2.3.4 Pesquisa de motivação

Para Almeida (1996, p. 105), a pesquisa de motivação coleta e analisa

razões do comportamento de um grupo ou comunidade, tendo como objetivo a

identificação das mesmas, frente a uma situação peculiar.

2.3.5 Pesquisa ou estudos exploratórios

A pesquisa ou estudo exploratório consiste no passo inicial de qualquer

pesquisa pela experiência e auxílio que traz na formulação de hipóteses

19

Page 20: Metodologia do trabalho científico.doc

significativas para posteriores pesquisas, contribuindo assim com a aquisição

de embasamento para realizá-las.

Os estudos exploratórios limitam-se a definir objetivos e buscar maiores

informações sobre o tema em questão, familiarizando-se com ele, obtendo

percepções do mesmo e descobrindo novas idéias, para utilizá-las em posteriores

pesquisas.

2.3.6 Estudo de caso

Consiste em coletar e analisar informações sobre um determinado

indivíduo, família, grupo ou comunidade, a fim de estudar aspectos variados de

sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa (ALMEIDA, 1996, p. 106).

2.3.7 Pesquisa histórica

Consiste em descrever e comparar usos, costumes, tendências e

diferenças, através da documentação do passado (ALMEIDA, 1996, p. 106).

Em síntese, a pesquisa descritiva, em suas diversas formas, trabalha

sobre dados ou fatos colhidos da própria realidade. A coleta de dados é uma das

atividades da pesquisa descritiva e utiliza diversos instrumentos: observação,

entrevista, questionário e formulário. Porém, a coleta e o registro de dados

não constituem, por si só, uma pesquisa. É apenas uma etapa. A pesquisa, seja

qual for o tipo, resulta da execução de várias tarefas, desde a escolha e

delimitação do assunto até o relatório final.

ALMEIDA, Maria Lúcia Pacheco de. Tipos de pesquisa. In: ___. Como elaborar monografias. 4. ed. rev. e atual. Belém: Cejup, 1996. cap. 4, p. 101-110.

ALMEIDA JÚNIOR, João Baptista de. O estudo como forma de pesquisa. In: CARVALHO, Maria Cecília M de (Org.). Construindo o saber: técnicas de Metodologia Científica. Campinas: Papirus, 1988. p. 107-129.

ASTI VERA, Armando. A pesquisa e seus métodos. In: ___. Metodologia da pesquisa científica. Porto Alegre: Globo, 1976. p. 7-13.

BARROS, Aidil Jesus de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. A pesquisa científica. In: ___. Fundamentos de metodologia: um guia para a iniciação científica. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1986. p. 87-121.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. A pesquisa: noções gerais. In: ___.Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1976. cap. 3, p. 65-70.

20

Page 21: Metodologia do trabalho científico.doc

KÖCHE, José Carlos. Tipos de pesquisa. In: ___. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 14.ed. rev. e ampl. Petrópolis: Vozes, 1997. p. 122-126.

KELLER, Vicente; BASTOS, Cleverson. Pesquisa científica. In: ___. Aprendendo a aprender: introdução à Metodologia Científica. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1991. p. 54-58.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Pesquisa. In: ___. Técnica de pesquisa. 3.ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1996. cap. 1, p. 15-36.

_____. Pesquisa Bibliográfica. In: ___. Metodologia do trabalho científico. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1987. cap. 2, p. 44-79.

_____. Técnicas de pesquisa. In: ___. Técnicas de pesquisa. 3.ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1996. cap. 3, p. 57-123.

21

Page 22: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Trabalhos Científicos nos Cursos de Graduação e Pós-Graduação

Trabalhos Científicos nos Cursos de Graduação e Pós-Graduação

Anna Florência de Carvalho Martins Pinto

Trabalhos científicos ou acadêmicos consistem em escritos que resultam

do desenvolvimento de pesquisas realizadas tanto em Curso de Graduação quanto

de Pós-Graduação (SALVADOR, 1982, p. 11).

Nos cursos de graduação, os universitários devem ser orientados a

progredir gradativamente da simples informação para a autodescoberta do

conhecimento e para a criatividade.

Desta forma, os cursos de graduação caracterizam-se pela integração

social dos universitários, não somente pela sua instrumentalização, mas,

principalmente pela preocupação com a formação pessoal, científica e

profissional dos mesmos.

Os estudos realizados na graduação predominam na categoria de ensino e

aprendizagem, em vista da formação. Por este motivo os próprios trabalhos de

pesquisa realizado na graduação constituem-se em recursos didáticos de

formação: interessa mais o processo de pesquisa do que os possíveis resultados.

Tendo em vista os diversos graus de originalidade, criatividade e

profundidade, têm-se diferentes níveis e conseqüentemente diferentes tipos de

trabalhos científicos ou acadêmicos, tanto na graduação quanto na pós. Os

primeiros, basicamente recapitulativos e bibliográficos, são mais realizados na

graduação, e os últimos, estudos mais originais, são exigências da pós-

graduação. Mas em todos eles se exigem qualidade de método, organização, rigor,

observação e respeito às normas técnicas (SALVADOR, 1982, p. 13).

A seguir, serão apresentados os diversos tipos de trabalhos acadêmicos

mais usados tanto na graduação quanto na pós, conceituando-os, apresentando as

características gerais de cada um e como fazê-los.

1 TRABALHOS CIENTÍFICOS OU ACADÊMICOS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO

22

Page 23: Metodologia do trabalho científico.doc

Ao elaborar qualquer tipo de trabalho científico, o universitário só

será bem sucedido, obtendo-se realmente aprendizagem, se primeiro fizer um

estudo analítico do documento em questão, procurando conhecê-lo, compreendê-lo

e interpretá-lo, para depois documentá-lo.

Para fazer um bom estudo do documento, sugere-se as orientações dadas

por SEVERINO (1984, p. 125-132) em sua técnica de leitura analítica. Ele sugere

ao aluno começar fazendo uma leitura geral do texto para adquirir uma visão

global do mesmo e esclarecer as dúvidas que por acaso surgirem. Assim, o leitor

estará captando o plano geral da obra e seu desenvolvimento (análise textual).

A seguir, volta-se a ler o texto para responder a duas questões: - De

que trata o texto? - O que pretende demonstrar? Com isto, identifica-se o tema

do texto (assunto) e o objetivo (problema) que norteou o autor ao redigi-lo

(análise temática).

Em uma terceira leitura, caso seja necessária, a questão é. - Como o

disse? Aqui se trata de descobrir as partes principais em que se estrutura o

texto (análise temática).

Enquanto o leitor estiver fazendo este trabalho com o texto

deverá ir sublinhando (análise temática) e fazendo breves anotações à

margem do mesmo (dar títulos aos parágrafos = análise interpretativa). Tais

atitudes ajudarão posteriormente o leitor na elaboração do resumo ou do

esquema, o que lhe dará melhores condições de fazer uma boa documentação (Ver

quadro sinótico da técnica de leitura analítica de Severino nesta apostila).

1.1 TRABALHOS DE SÍNTESE

A palavra síntese quer dizer, apenas, diminuir, reduzir, condensar,

simplificar os elementos principais de um documento, não permitindo fazer

comentários sobre eles, como é o caso da crítica.

A partir deste significado têm-se os trabalhos de síntese que consistem

na capacidade de distinguir as idéias principais das secundárias e condensar

(sintetizar) apenas as principais, desprezando assim, as secundárias.

1.1.1 Sinopse

23

Page 24: Metodologia do trabalho científico.doc

Consiste apenas em sintetizar, bem condensadamente, somente a temática

de um texto, artigo, capítulo ou obra, sem emitir juízo de valor ou comentário

crítico sobre a mesma.

Ao redigir a sinopse inicia-se pelo título do documento, depois escreve-

se a referência bibliográfica completa do mesmo e por último, a sinopse. Esta

deve vir em parágrafo(s) e utilizando-se da linguagem pessoal do discurso,

representada pelo verbo na terceira pessoa.

1.1.2 Resumo

O resumo consiste em sintetizar todas as idéias principais do tema do

texto, artigo, capítulo ou obra. Para Salvador (1982, p. 18) “o resumo deve ser

livre de todo comentário pessoal e não deve formular críticas ou julgamento de

valor, pois é mero trabalho de síntese”.

Ao redigir o resumo deve-se usar frases breves, diretas e objetivas,

formando parágrafos contendo apenas uma idéia principal e observando a

linguagem impessoal do discurso, isto é, verbo na 3a pessoa.

Deve-se redigir com bom estilo e de preferência com suas próprias

palavras. No caso de transcrição literal (cópia) deve-se usar aspas e fazer a

devida referência, segundo as normas de citações textuais da ABNT.

O resumo, como um tipo de trabalho acadêmico, usado no curso de

graduação, estrutura-se em: 1 Introdução, 2 Desenvolvimento e 3 Conclusão.

Assim, ao redigir o texto do resumo, deve-se destacar tal estrutura, escrevendo

o nome de cada uma.

Ao fazer a introdução deve-se citar o tema e suas partes, como também o

objetivo do texto, utilizando-se de expressões técnicas e verbo na terceira

pessoa.

O desenvolvimento conterá a síntese de todas as idéias principais do

tema, observando-se também a linguagem impessoal.

A conclusão conterá a síntese de toda temática já desenvolvida, não

cabendo idéia nova, isto é, que não consta do desenvolvimento e livre de todo

comentário pessoal. Pode-se usar a terceira pessoa do discurso ou a primeira

pessoa do plural.

24

Page 25: Metodologia do trabalho científico.doc

Existem dois tipos de resumo: resumo de um escrito e resumo de assunto.

O resumo de um escrito consiste na condensação dos elementos principais

do tema de um único texto, artigo, capítulo ou obra.

O resumo de assunto, também chamado de estudo de atualização, consiste

num trabalho de síntese que reúne, analisa e compara conhecimentos e

informações já publicados por vários autores, sobre o tema em questão. É um

verdadeiro trabalho recapitulativo, não se constituindo simplesmente em uma

cópia, mas em uma exposição sintética das idéias principais sem julgá-las

(SALVADOR, 1982, p. 19).

A utilização do resumo de assunto pelo universitário, propicia-lhe o

aumento de conhecimento e treinamento metodológico para que ele possa executar,

posteriormente, trabalhos que lhe exigem maior grau de profundidade e

originalidade, tais como: resenhas, artigos científicos, monografias,

dissertações e teses.

1.1.3 Esquema

O esquema consiste na representação gráfica da síntese das idéias

principais da temática de um texto ou artigo, ordenando tais idéias em divisões

e subdivisões integradas, dando uma informação visual e imediata do texto que

está sendo esquematizado.

Para elaborar um esquema deve-se partir da compreensão existente entre

as partes do texto, subordinando-as de modo correto, sem deturpação das mesmas.

Sem essa compreensão e também a interpretação das idéias do texto é impossível

fazer um esquema, isto é, subordinar suas idéias corretamente. Por isso, a

técnica de sublinhar e de dar títulos aos parágrafos facilita muito a tarefa de

esquematizar um texto.

Ao elaborar um esquema pode-se adotar o sistema de chaves ou colunas

para separar as divisões sucessivas. Assim, tem-se o esquema quadro sinótico em

chaves e quadro sinótico em colunas.

Pode-se ainda utilizar a seqüência: algarismo romano, letra maiúscula,

algarismo arábico, letra minúscula, hífen e ponto para indicar as divisões e

subdivisões do assunto. Este é caso do esquema roteiro letrado.

25

Page 26: Metodologia do trabalho científico.doc

Também se pode utilizar algarismos arábicos em sistema de numeração

progressiva para indicar as divisões e subdivisões do assunto. Este é o caso do

esquema roteiro numerado.

A escolha de se utilizar um ou outro tipo de esquema deve basear-se

naquele que mais se adaptar ao texto a ser esquematizado e ao objetivo do autor

do esquema. Também é preciso lembrar que nem todos os textos ou obras se

prestam para anotações em forma de esquema. Por exemplo, uma obra literária

presta-se mais ao resumo e a interpretação do que à esquematização.

26

Page 27: Metodologia do trabalho científico.doc

Ao redigir um esquema deve-se:

a) identificar o tema do texto ou artigo e sublinhar o principal de cada

parágrafo, dando título ao mesmo;

b) transformar o texto já compreendido e interpretado em itens

integrados, isto é, organizar as idéias principais a partir das mais

importantes para as conseqüentes;

c) usar a simbologia adequada para cada tipo de esquema;

d) observar economia de palavras ao redigir os itens integrados, podendo

usar o próprio vocabulário utilizado pelo autor do texto, sem a

necessidade do uso das aspas;

e) conter o que é essencial no texto, não sendo longo nem minucioso

demais.

1.2 RESENHA CRÍTICA

Situa-se no segundo nível do trabalho científico, pois não consiste

puramente em sintetizar um texto, artigo, capítulo ou obra, mas a apresentação

condensada do seu conteúdo, acompanhada de comentários críticos, isto é, de “um

juízo imparcial do valor, conteúdo e exposição de determinada questão”

(SALOMON, 1999, p. 170).

Ao fazer uma resenha crítica deve-se, segundo Salvador (1982, p. 20-22),

observar alguns requisitos necessários para tal:

a) Conhecimento completo do artigo ou obra, não se limitando à leitura

do índice, prefácio e de um ou outro capítulo, mas, exigindo um

aprimorado estudo analítico de todo artigo ou obra;

b) Conhecimento do assunto a ser criticado. Caso não tenha tal

conhecimento, aconselha-se buscá-lo, pois um julgamento

superficial transforma o trabalho do crítico em apreciação

sem fundamento;

c) Independência de juízo para ler, expor e julgar com isenção de

preconceitos, simpatias ou antipatias. O que importa não é saber se

27

Page 28: Metodologia do trabalho científico.doc

as conclusões do autor coincidem com as nossas opiniões, mas se foram

deduzidas corretamente;

d) Justiça ao apreciar. Mostrar tanto os aspectos positivos como as

deficiências do trabalho;

e) Fidelidade ao pensamento do autor, não falsificando suas opiniões,

mas assimilando com exatidão as suas idéias, para examinar

cuidadosamente e com acerto sua posição.

Para fazer uma resenha crítica pressupõe uma leitura rigorosa

(analítica) do texto e deve conter comentários sobre a temática do mesmo e de

suas idéias principais; informações gerais sobre o texto e comentários pessoais

(PÁDUA, 1988, p. 20). Fazendo resenha o universitário aprende a analisar os

argumentos utilizados para demonstrar, provar e descrever determinado tema.

A resenha é feita utilizando-se de parágrafos contendo a tríplice

divisão de um trabalho acadêmico: introdução, desenvolvimento e conclusão, sem

necessidade de destacar tal divisão, como no caso do resumo.

Assim, inicialmente nos primeiros parágrafos, deve-se identificar o tipo

trabalho (resenha crítica) que está sendo usado, o autor, o título e o tema do

texto ou obra que está sendo alvo do trabalho de crítica, tecendo um breve

comentário para se compreender os objetivos do texto e sua temática.

Nos próximos parágrafos será iniciada a crítica propriamente dita

observando os requisitos estudados para fazê-las. Assim, deve-se sintetizar as

idéias, alvo de resenha, acompanhada de uma reflexão crítica sobre os elementos

fornecidos pela análise do texto.

1.3 RESUMO CRÍTICO

Consiste num misto de trabalho de síntese com trabalho de crítica,

seguindo as orientações próprias de cada um. O que difere o resumo do resumo-

crítico é sua estrutura, que apresenta a crítica como quarta etapa: 1

Introdução, 2 Desenvolvimento, 3 Conclusão e 4 Crítica. Assim, tem-se resumo-

crítico de um escrito e resumo-crítico de assunto.

1.4 FICHAMENTO

28

Page 29: Metodologia do trabalho científico.doc

Consiste na utilização do sistema de fichas para documentação de

leituras, podendo conter apenas os dados bibliográficos do artigo, capítulo ou

obra, ou apresentá-los juntamente com a sinopse dos mesmos, tendo a ficha

bibliográfica por autor ou por assunto.

O outro tipo de fichamento é a ficha de conteúdo em que se registram:

esquemas, resumos, cópias ou críticas passando a denominação conforme o caso,

de: ficha esquema, ficha resumo, ficha cópia, ficha crítica e ficha resumo

crítico.

1.5 PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS

1.5.1 Artigos científicos

O artigo científico consiste na apresentação sintética dos resultados de

pesquisas ou estudos realizados a respeito de uma questão, contendo idéias

novas ou abordagens que complementam estudos já feitos, observando-se a sua

apresentação em tamanho reduzido, o que o limita de constituir-se em matéria

para dissertação, tese ou livro.

O objetivo principal de um artigo é o de ser uma maneira rápida e

sucinta de divulgar, em revistas especializadas, a dúvida investigada, o

referencial teórico utilizado (as teorias que serviram de base para orientar a

pesquisa), a metodologia empregada, os resultados alcançados e as principais

dificuldades encontradas no processo de pesquisa ou análise de uma questão

(KOCHE, 1997, p. 149).

Koche (1997, p. 149) sugere a seguinte estrutura para redigir um artigo

científico:

a) identificação: contém o título do artigo; o nome do autor e sua

qualificação (profissional e acadêmica: o que faz, local de trabalho

e sua titulação acadêmica mais elevada);

b) resumo (ou abstract): deve ser auto-explicativo, usando 3a

pessoa do singular e dando preferência ao verbo na voz

ativa, redigido em um único parágrafo, formado de uma

seqüência coerente de frases concisas e não de uma

enumeração de tópicos. A primeira frase deve ser

29

Page 30: Metodologia do trabalho científico.doc

significativa, explicando o tema do artigo (SÁ et al,

1996, p. 74);

c) palavras-chave: termos (palavras ou frases curtas) que indicam o

conteúdo do artigo em Português e em idioma estrangeiro;

d) artigo (corpo): contêm as três partes redacionais de um trabalho

científico: Introdução, desenvolvimento e conclusão (FRANÇA, 2001, p.

59-60).

Na introdução apresenta e delimita o tema ou o problema em estudo (o

quê), os objetivos (para que serviu o estudo), a metodologia usada no

estudo (como) e que autores, obras ou teorias que serviram de base

teórica para construir a análise do problema.

No desenvolvimento (demonstração dos resultados) deve-se fazer uma

exposição e uma discussão das teorias que foram utilizadas para entender

e esclarecer o problema, apresentando-as e relacionando-as com a dúvida

investigada. Deve-se também, apresentar as conclusões alcançadas, com as

respectivas demonstrações dos argumentos teóricos e/ou resultados de

provas experimentais que as sustentam.

A conclusão contém os comentários finais avaliando o alcance e limites

do estudo desenvolvido.

O corpo do artigo pode ser dividido em quantos itens quantos forem

necessários, de acordo com a natureza do trabalho elaborado;

e) referências bibliográficas: lista-se as referências pertinentes a

todas as citações feitas, de acordo com as normas atuais da ABNT;

f) apêndices: materiais ilustrativos elaborados pelo próprio autor do

artigo;

g) anexos: materiais ilustrativos não elaborados pelo autor do artigo;

h) data do artigo: se o artigo consistir numa comunicação apresentada em

algum Simpósio, Congresso ou Encontro, deve-se especificar o local e

o nome do evento.

30

Page 31: Metodologia do trabalho científico.doc

Tendo em vista que o artigo se caracteriza por ser um trabalho

científico extremamente sucinto, exige-se também que tenha as qualidades:

linguagem correta e precisa, coerência na argumentação, clareza na exposição

das idéias, objetividade, concisão e fidelidade às fontes citadas. Para que

estas qualidades se manifestem é necessário, principalmente, que o autor tenha

um elevado conhecimento a respeito do que está escrevendo.

1.5.2 Papers

Paper consiste em um “pequeno artigo científico ou texto elaborado para

comunicação em Congressos sobre determinado tema ou sobre os resultados de um

projeto de pesquisa. Deve possuir a mesma estrutura formal de um artigo”

(MARCANTONIO; SANTOS; LEHFELD, 1993, p. 71).

1.5.3 Comunicações científicas

A comunicação científica, segundo Asti Vera (1976, p. 164) “é uma

informação limitada pela sua extensão pelas normas estabelecidas pelo local

onde é apresentada” (Congressos, jornadas, sociedade científica, seminários,

semanas de estudos e outros eventos científicos), “na qual se expõem os

resultados de uma pesquisa original”, inédita e criativa, a ser posteriormente

publicada em anais ou revistas científicas.

A comunicação científica deve trazer informações científicas novas e

atualizadas de um tema ou problema ou conter revisão crítica dos estudos

realizados, mas “não permite, devido à sua redação, que os leitores possam

verificar tais informações: as notas simplesmente informam” (SALVADOR, 1982, p.

23).

A comunicação é considerada um trabalho informativo devido ao tempo

limitado do relato da informação em eventos científicos e também aos resultados

da pesquisa que, muitas vezes, ainda estão em andamento (ALMEIDA, 1996, p. 39).

Ao apresentar a comunicação, o pesquisador deverá enfatizar o que está

estudando, os procedimentos metodológicos, formulando de forma precisa, clara e

simples o tema investigado e a síntese completa das principais informações e/ou

argumentos ao público apresentados (MARCANTONIO; SANTOS; LEHFELD, 1993, p. 71).

Tendo em vista aos princípios da comunicação esta não precisa deter

muito em desenvolvimento analítico, o importante é apresentar a idéia, a teoria

31

Page 32: Metodologia do trabalho científico.doc

ou o experimento realizados de maneira bem fundamentada (ASTI VERA, 1976, p.

164).

Embora a comunicação científica seja predominantemente uma apresentação

oral, pode o pesquisador pretender publicá-la sobre a forma escrita. Para tal,

deve-se cuidar da linguagem, da forma e da estrutura de sua apresentação,

exigindo um rigor metodológico e aparato técnico comuns a todo tipo de trabalho

científico.

1.6 RELATÓRIO

O relatório consiste na apresentação final de estudo, pesquisa e

atividade, em que além dos dados coletados, o autor comunica resultados,

conclusões e recomendações a respeito do assunto trabalhado.

Para Keller e Bastos (1991, p. 74), o relatório é constituído dos

seguintes elementos:

a)apresentação: capa e folha de rosto;

b)resumo: Ver texto “Artigo científico”;

c)introdução: inclui objetivos, justificativas e hipóteses trabalhadas;

d)metodologia: inclui técnicas utilizadas, universo (população) da

pesquisa e amostra;

e)embasamento teórico: teoria que sustenta o trabalho, levantamento de

estudos já realizados sobre o assunto e definição de conceitos;

f)apresentação dos dados coletados e análise dos mesmos;

g)interpretação dos dados coletados e analisados;

h)conclusão: decorrência natural da análise e interpretação dos dados;

i)recomendação e sugestões: indicações práticas extraídas das

conclusões;

j)apêndice: materiais ilustrativos elaborados pelo autor do relatório;

k)anexo: materiais ilustrativos não elaborados pelo autor do relatório;

32

Page 33: Metodologia do trabalho científico.doc

l)referências bibliográficas: relação das obras e documentos

consultados, de acordo com as normas atuais da ABNT.

2 TRABALHOS CIENTÍFICOS NOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO

Atualmente, a necessidade de prosseguir os estudos além da graduação,

com o objetivo de aprimorar o conhecimento ou concluir o processo de formação

educacional, leva os graduandos a iniciarem estudos em nível de pós-graduação.

Esta compreende os cursos de lato sensu e stricto sensu.

Os cursos de pós-graduação lato sensu compreendem os de especialização e

aperfeiçoamento e os cursos de stricto sensu compreendem os de mestrado e

doutorado (SALVADOR, 1982, p. 31).

Os cursos de pós-graduação stricto sensu realizados com a finalidade de

obtenção de título de mestrado, no primeiro nível e depois doutorado, exigem,

no Brasil, além da freqüência a cursos e da aprovação nas respectivas

disciplinas, atividades de pesquisa, elaboração e defesa de trabalhos

monográficos de dissertação e de teses (MARCANTONIO; SANTOS; LEHFELD, 1993, p.

68).

O que se tem em vista nestes cursos é o desenvolvimento da capacidade

criadora e juízo crítico do aluno, levando-o a exercer a atividade de pesquisa

científica, evitando assim que absorva passivamente os conhecimentos já feitos.

Desta forma os trabalhos monográficos desenvolvidos nestes cursos caracterizam-

se pelo domínio do assunto, pela capacidade de sistematização e de pesquisa e

pelo poder criador, além de serem mais sofisticados e exigentes, quer quanto à

elaboração, à redação e ao aparato técnico.

O termo monografia caracteriza-se pela abordagem de um tema único,

específico (monos = um só e graphein = escrever), resultante de investigação

científica com a finalidade de apresentar uma contribuição importante, original

e pessoal à ciência (SALOMON, 1999, p. 218).

É conveniente distinguir as monografias escolares das monografias

científicas, exigidas em cursos de mestrado e doutorado.

As monografias escolares são usadas nos cursos de graduação e

especialização como iniciação à pesquisa. Já as monografias científicas

(dissertação e teses) usadas no mestrado e doutorado são consideradas como

33

Page 34: Metodologia do trabalho científico.doc

autênticos trabalhos de investigação científica, pois seguem rigorosamente a

metodologia própria de cada ciência.

Embora as monografias escolares e as científicas tenham de comum com o

emprego científico o caráter de tratamento de um tema bem delimitado,

distingue-se basicamente pela qualidade da tarefa, pelo nível e profundidade da

pesquisa, pela originalidade das conclusões, bem como a exigência de defesa

pública principalmente no mestrado e doutorado (SALVADOR, 1982, p. 35).

Tanto as monografias escolares quanto as científicas podem resultar de

leituras, observações, investigações, reflexões e críticas realizadas nos

cursos de graduação e pós-graduação.

A dissertação é um dos tipos de trabalhos científicos utilizada nos

cursos de pós-graduação, mais especificamente no mestrado. Resulta de um estudo

teórico, de natureza reflexiva, que consiste na ordenação de idéias sobre

determinado tema. Consiste em um estudo formal e não um comentário livre,

exigindo ser acompanhado de todo aparato técnico, próprio dos trabalhos

científicos (SALVADOR, 1982, p. 37). Dependendo da forma de apresentação do

estudo, a dissertação pode caracterizar-se como um trabalho científico mais

expositivo (descritivo) ou argumentativo (MARCANTONIO; SANTOS; LEHFELD, 1993,

p. 69).

A dissertação expositiva é usada quando for necessário reunir e

relacionar material obtido de várias fontes, expondo o assunto de maneira

explicativa e compreensiva, a partir do que já foi dito sobre ele. Neste

trabalho, o autor deve demonstrar sua habilidade coletar e organizar as

informações (SALVADOR, 1982, p. 37).

A dissertação argumentativa apresenta e descreve as idéias e os dados

coletados, incluindo a interpretação dos mesmos e a posição pessoal do autor.

Envolve a apresentação de razões e evidências, de acordo com os princípios e

técnicas da argumentação (SILVA,1974 apud SALVADOR, 1982, p. 33).

A tese consiste num trabalho científico realizado em curso de doutorado

quem tem como objetivo principal argumentar para justificar, convencer,

persuadir e influenciar, levando à produção de novos conhecimentos, e

conseqüentemente, contribuindo para a ampliação de áreas científicas. A tese

34

Page 35: Metodologia do trabalho científico.doc

pode resultar de um estudo teórico, bem como pesquisas de campo ou de

experimentação (SALVADOR, 1982, p. 35).

Na tese procura-se formar a opinião do leitor à respeito da verdade ou

falsidade de uma idéia, objetivando convence-lo por meio de razões em face das

evidências das provas e à luz de um raciocínio coerente e consistente (GARCIA,

1973 apud SALVADOR, 1982, p. 39).

A diferença entre tese e dissertação refere-se ao grau de profundidade e

originalidade exigido na tese, esperando-se dela, uma nova descoberta ou uma

nova consideração de um tema velho: uma real contribuição para o progresso da

ciência. Já na dissertação não se exige o mesmo nível de originalidade e nem o

mesmo alcance de contribuição ao progresso e desenvolvimento da ciência em

questão. Assim, a contribuição que se espera da dissertação é a sistematização

dos conhecimentos (SALVADOR, 1982, p. 38-39).

Apesar de formalmente a dissertação ser exigência de conclusão de curso

de mestrado e tese de doutorado, é interessante observar que a maioria das

universidades brasileiras considera como tese os trabalhos de conclusão de

cursos de pós-graduação independente do seu nível (mestrado e doutorado)

(FRANÇA, 2001, p. 9).

ALMEIDA, Maria Lúcia Pacheco. Monografia. In: ___. Como elaborar monografia. 4. ed. rev. e atual. Belém: Cejup, 1996. cap. 2, p. 24-41.

ASTI VERA, Armando. Conceito de monografia. In: ___. Metodologia da pesquisa científica. Porto Alegra: Globo, 1976. p. 163-173.

FRANÇA, Júnia Lessa. Artigos de publicações periódicas. In: ___. Manual para normalização de publicações técnico-científicos. 5. ed. rev. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001. cap. 5, p. 57-62.

_____. Trabalhos monográficos: dissertações e teses, trabalhos acadêmicos e memoriais. Ibid., cap. 2, p. 27-41.

KELLER, Vicente; BASTOS, Cleverson. Apresentação de trabalhos científicos. In: ___. Aprendendo a aprender: introdução à Metodologia Científica. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1991. p. 66-80.

KOOCHE, José Carlos. O artigo científico, estrutura e apresentação. In: ___. Fundamentos de Metodologia Científica.14. ed. rev. e ampl. Petrópolis: Vozes, 1997. cap. 6, p. 149-151.

MARCANTONIO, Antônia Terezinha; SANTOS, Martha Maria; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Elaboração do resumo. In: ___. Elaboração e divulgação do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1993. p. 30-32.

35

Page 36: Metodologia do trabalho científico.doc

_____. Trabalho científico. Ibid., p. 67-79.

MARCONI, Marina de Andrade. Publicações científicas. In: ___. Metodologia Científica: para o curso de Direito. São Paulo: Atlas, 2000. cap. 4, p. 84-101.

PÁDUA, Elisabeth Mattalo Marchesini de. A resenha de texto. In: CARVALHO, Maria Celília M. de (Org.). Construindo o saber: técnicas de Metodologia Científica. Campinas: Papirus, 1988. p. 19-22.

SÁ, Elizabeth Schneider et al. Tipos de trabalhos. In: ___. Manual de normalização de trabalhos técnicos, científicos e culturais. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1996. cap. 2, p. 25-79.

SALOMON, Décio Vieira. Como resumir. In: ___. Como fazer uma monografia. 6. ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1999. p. 75-97.

_____. Crítica. Ibid., p. 170-172.

_____. Monografia e trabalhos monográficos. Ibid., p. 217-225.

_____. Trabalhos científicos. Idib., p. 133-161.

SALVADOR, Ângelo Domingos. Modalidades de trabalhos científicos. In: ___. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. 10. ed. rev. amp. Porto Alegre: Sulina, 1982. p. 11-40.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos. In: ___. Metodologia do trabalho científico. 14. ed. São Paulo: Cortez, 1984. p. 121-135.

_____. Formas de trabalhos científicos. Ibid., p. 178-184.

36

Page 37: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Técnica de Leitura Skimming

Técnica de Leitura Skimming

Anna Florência de C. Martins Pinto

1 Origem

1.1 Verbo inglês to skim.

1.1.1 “Vôo rasante”;

1.1.2 “Rápido correr de olhos sobre um artigo”.

2 Definição

2.

1

Leitura rápida para obter conhecimento geral, uma visão panorâmica, um

primeiro contato com o assunto.

3 Finalidades

3.

1

Leitura de cunho informativo, tais como revistas, jornal etc;

3.

2

Leitura para compra de livros para estudo e trabalhos etc;

3.

3

Leitura para revisão de matéria;

3.

4

Leitura como preparação inicia para assistir uma exposição oral ou estudo

de um texto, obra etc.;

3.

5

Leitura para escolha de um tema de pesquisa;

3.

6

Leitura para confecção de roteiro provisório de um tema amplo de pesquisa;

3.

7

Leitura para levantamento bibliográfico sobre um tema de pesquisa.

4 Como aplicar a técnica de leitura Skimming em livro.

4.1 Ler o plano básico da obra com o objetivo de conhecê-la:

4.1.1 Autor e título;

4.1.2 Orelhas (quando houver);

4.1.3 Prefácio;

4.1.4 Sumário ou índice;

4.1.5 Apresentação;

4.1.6 Contra capa.

37

Page 38: Metodologia do trabalho científico.doc

Esquema elaborado a partir do texto “Skimming” de Neuza Araújo de Souza

e Lázaro F. Silva.

SOUZA, Neuza Araújo de; SILVA, Lázaro F. Skimming. In: ___. Leitura dinâmica: teoria e prática. Belo Horizonte: Vega, 1969. cap. 6, p. 73-78.

38

Page 39: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Técnica de Leitura Analítica

- o assunto não será abordado neste curso.

39

Page 40: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Exemplo de Sinopse

As Palavras

Mariana

Há palavras boas e palavras más, palavras bonitas e palavras feias. A

palavra Brasília é muito bonita mas a palavra sofrimento não é. Há palavras que

não dão com as coisas para que servem. Lua, por exemplo, dá, não podia ser

outro nome porque não era essa coisa, mas caderno não dá. Lembra inverno e o

inferno e os cadernos dependem, nem todos são horríveis, só o de matemática,

para mim.

As palavras também servem para dizer e consolar ou sofrer. Essas não são

uma a uma, como as que eu escrevi antes, são em frases, isto é, todas de

seguida.

Boa, por exemplo, é uma palavra boa, parece macia, mas se a pessoa nos

diz “a menina não é boa” e abana a cabeça, isso pode afligir muito. Há palavras

que postas assim saem ao contrário, por exemplo, fresca. Se for fruta é bom, se

for para pessoas, não. A palavra triste por exemplo, é uma palavra azul, porque

quase todas as palavras têm cores. A palavra mãe é grosso demais para o que é a

palavra pai é muito clara e leve demais.

E agora vou inventar a palavra desinteligente que é o que eu acho que

sou por causa da confusão que me fazem as palavras e de estar sempre calada. As

palavras são feitas de letras e só se ouvem na cabeça. Fim.

MARIANA. As palavras. In: BARBOSA, Severino Antônio; AMARAL, Emília. Escrever é desvendar o mundo. 3. ed. Campinas: Papirus, 1988. p. 164.

Exemplo de sinopse:

As Palavras

MARIANA. As palavras. In: BARBOSA, Severino Antônio; AMARAL, Emília. Escrever é desvendar o mundo. 3. ed. Campinas: Papirus, 1988. p. 164.

Os diversos sentidos da palavra confundem a autora.

40

Page 41: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Exercício de Sinopse

UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio - Escola de Gestão e Negócios

Curso:________________________________________________________ Turno:______

Metodologia do Trabalho Científico

Atividade: Sinopse

Data:___/___/___

Nome: _____________________________________________________________

Instrução: Faça uma sinopse do texto “O Prazer de Servir”.

O Prazer de Servir

Idalina L. Ferreira

Era uma vez uma bananeira muito bonita que dava belos frutos. Ao seu

lado crescia um pé de espinho muito mal-humorado. A bananeira trabalhava na

fabricação dos frutos. O pé de espinho reclamava e punha defeito em tudo. Uns

meninos, que ali passavam, viram as frutas. Logo pegaram algumas deliciosas

bananas. Então, o espinheiro, fazendo a cara mais feia que tinha, falou:

Tenho pena de você. Como se aproveitam de sua mansidão! Os insetos roem

seu caule. Os pássaros e as abelhas tiram o néctar de suas flores. Os homens

arrancam suas frutas. Depois, quando você ficar velha a derrubam sem dó.

A bananeira respondeu:

Pois eu me sinto feliz, alimento os insetos e os passarinhos. Minhas

frutas são nutritivas. E, se me derrubam, é porque no meu lugar ficará outra

árvore para continuar o meu trabalho. Sinto prazer em servir. Em troca, ninguém

gosta de você. Que adianta viver tranqüilo e inútil?

FERREIRA, Idalina L. O prazer de servir. In: SORDI, Rose. Magistrando a Língua Portuguesa: literatura brasileira, redação, gramática, metodologia de ensino e literatura infantil. São Paulo: Moderna, 1991. p. 132.

41

Page 42: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Exercício de Esquema Quadro Sinótico em Chaves

Instrução: Faça um esquema quadro sinótico em chaves do seguinte texto:

Diferentes Categorias de Jornais

Ângelo Domingos Salvador

Sem ser uma classificação científica, os jornais distinguem-se em gerais

e especializados.

A imprensa geral consiste em jornais, diários ou não, que visam ao

conjunto do público. É possível distinguir três categorias principais: segundo

a área geográfica de expansão, segundo a tendência dos artigos e segundo o

ritmo de lançamento.

A imprensa nacional consiste em jornais que circulam em todo o

território nacional, geralmente os jornais da capital federal. Já a imprensa

local, os jornais estaduais ou municipais, geralmente, não ultrapassam as

fronteiras dos Estados ou Municípios.

A imprensa de opinião seria aquela que toma partido do ponto de vista

político, religioso e social. É imprensa comprometida. A imprensa de informação

seria neutra, contentar-se-ia em relatar objetivamente os fatos e

acontecimentos, sem comentar.

É sobretudo na imprensa diária que se encontra a melhor documentação

relativa aos fatos e acontecimentos. A imprensa hebdomadária e mensal é

consagrada aos comentários. É quase inteiramente uma imprensa de opinião.

Há duas categorias de imprensa especializada: de público especializado e

de assuntos especializados.

A imprensa de público especializado dirige-se especialmente a uma

categoria social. Pode ser de cunho técnico ou não. É de grande utilidade para

conhecer os grupos de pressão. É desta natureza a imprensa sindical, a imprensa

de grupos de juventude , de grupos intelectuais e grupos partidários.

A imprensa de assuntos especializados, tais como: os jornais de

esportes, de cinema, de arte e de literatura, as revistas de modas e a imprensa

feminina. É útil para conhecer os modos de pensar de sua clientela, suas

42

Page 43: Metodologia do trabalho científico.doc

preocupações e suas formas de participação no mundo social. Tal imprensa

fornece grande subsídios para o conhecimento da opinião pública em diferentes

camadas da sociedade.

SALVADOR, Ângelo Domingos. Diferentes categorias de jornais. In: ___. Métodos técnicas de pesquisa bibliográfica. 10. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Sulina, 1982. p. 89-90.

43

Page 44: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Exercício de Esquema Roteiro

UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio - Escola de Gestão e Negócios

Curso:_____________________________________________________ Turno:_________

Metodologia do trabalho Científico

Atividade: Esquema roteiro

Data:___/__/____

Nome:______________________________________________________________________

Instrução:

Faça esquema roteiro numerado ou letrado do texto Falência.

Falência

Jadir Neves Marques

A falência constitui um dos mais graves problemas

empresariais. Falência de acordo com o artigo 1o do Decreto Lei

7.661, de 21.06.45 (Lei das Falências), é definida como a situação

em que o devedor “sem relevante razão de direito, não pagar no

vencimento obrigação líquida, constante de título que legitime ação

executiva”. Para que haja a falência é necessário que, protestado

um título, o devedor não pague e nem ofereça bens à penhora.

Uma forma branda de falência é a concordata. É um acordo legal

entre os credores e a empresa devedora, através do qual os credores

aceitam pagamento reduzido por conta dos créditos totais. O artigo

139 da lei dispõe: “a concordata é preventiva ou suspensiva,

conforme for pedida em juízo, antes ou depois da declaração de

falência”.

Uma variedade de causas pode conduzir uma empresa a falência.

Desde a pura incompetência gerencial até modificações conjunturais

da economia, como também fatores fortuitos.

Como incompetência gerencial podemos identificar: excesso de

imobilizações, endividamento exagerado, vendas insuficientes e má

localização, entre outros.

44

Page 45: Metodologia do trabalho científico.doc

Modificações conjunturais são todas as mudanças econômicas, a

nível nacional ou internacional. Uma maxidesvalorização, por

exemplo, pode ter efeitos devastadores sobre empresas com

endividamento em moeda estrangeira.

Exemplos de fatores fortuitos são fraudes e incêndios.

A falência é um acontecimento traumático. Afeta tanto a

empresa quanto instituições e indivíduos externos.

Os proprietários vêem ruir um patrimônio pelo qual, não raras

vezes, deram os melhores anos de suas vidas. Além disso, tem seu

crédito e imagens abalados. Acresce as sanções previstas em lei.

Os administradores e os empregados embora credores

privilegiados, perdem seus empregos e são lançados em mercado

saturado.

Os credores perdem parte dos seus créditos, pois recebem um

valor menor no rateio da massa falida.

O governo perde um contribuinte de impostos e taxas diversas.

A sociedade perde em função de todos os prejuízos e

transtornos mencionados.

Independentemente da causa, todavia, a falência não acontece

de repente. Começa com discretos sinais de deterioração que, não

identificados e combatidos a tempo, se avolumam lenta e

gradativamente e culminam com a queda fragorosa da empresa.

À vista disso, o melhor preventivo contra o risco da falência

é uma administração competente, constantemente preocupada com o

desempenho econômico-financeiro da empresa. Uma administração

atenta na identificação de erros e desvios, para acionar medidas

corretivas tempestivas, a fim de recolocar a empresa no curso

normal.

MARQUES, Jadir Neves. Falência. Revista Brasileira de Contabilidade, Rio de Janeiro, ano 15, n. 52, p. 37-38, jan. / mar. 1985.

45

Page 46: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Projeto de Pesquisa Bibliográfica

Tema

Roteiro (itens)

Objetivos

Justificativas

Referências bibliográficas

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Page 47: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Estrutura de um Trabalho Acadêmico

Estrutura de um Trabalho Acadêmico

Anna Florência de C. Martins Pinto

O trabalho acadêmico ou científico estrutura-se em Introdução,

Desenvolvimento e Conclusão.

1 INTRODUÇÃO

A introdução é a parte inicial de um trabalho científico mas

deverá ser a última a ser definitivamente redigida. Deixando para o

fim, tem-se certeza de que todos os aspectos pertinentes à mesma

foram considerados, tais como:tema,problema,justificativa da

escolha, objetivos, definição dos termos, localização no tempo e no

espaço e metodologia.

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA

Citar de modo claro, objetivo e preciso o tema do trabalho,

indicando o ponto de vista sob o qual será enfocado no

desenvolvimento do mesmo.

O tema pode ser apresentado sob forma de problema ou

indagação, levantando-se uma ou mais questões cuja resposta deverá

ser respondida no decorrer da exposição.

1.2 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA

Explicar as razões de ordem teórica e os motivos de ordem

prática que levaram o autor do trabalho a estudar tal tema

específico e não outro qualquer; ou que tornaram importante a

realização do mesmo (MARCONI, 2000, p. 40-41). Portanto, deve-se

mostrar a importância e a relevância do estudo deste tema para a

ciência e para o próprio autor do trabalho, com criatividade e

capacidade de convencer sobre a importância do mesmo no campo da

teoria existente.

47

Page 48: Metodologia do trabalho científico.doc

Deve-se mostrar também qual a contribuição que tal estudo

pretende proporcionar para o problema abordado.

48

Page 49: Metodologia do trabalho científico.doc

1.3 OBJETIVOS

A formulação dos objetivos significa definir com precisão o

que pretende com este trabalho, o que propõe fazer, que aspectos

pretende analisar no desenvolvimento do assunto (MARCONI, 2000, p.

80).

Os objetivos “referem-se ao propósito do estudo, dando

informações claras sobre o que pretende alcançar com a realização

da pesquisa”(MARCANTONIO; SANTOS; LEHFELD, 1993, p. 75).

1.4 DEFINIÇÃO DOS TERMOS

Trata-se de esclarecer os termos ou conceitos utilizados no

trabalho, dando a definição correta ou o ponto de vista adotado,

para maior clareza e entendimento (dar uma visão geral da temática

que será desenvolvida).

1.5 DELIMITAÇÃO NO TEMPO E NO ESPAÇO

É importante que ao fazer trabalhos tanto teóricos quanto

voltados para atividades práticas, estabeleça limites no tempo e no

espaço. Assim, deve-se situar o tempo e espaço em que o tema será

estudado porque se torna impossível conhecer e analisar dados

referentes a um período muito longo ou área muito extensa (MARCONI,

2000, p. 80).

1.6 METODOLOGIA

Trata-se de esclarecer a forma que foi utilizada para a

análise do tema ou do problema proposto. Em pesquisas descritivas e

experimental se detalha os principais procedimentos, técnicas e

instrumentos utilizados na coleta de dados, de tal maneira que se

tenha uma visão dos elementos necessários para poder compreender,

identificar e avaliar os procedimentos utilizados no trabalho

(KOCHE, 1977, p. 145).

2 DESENVOLVIMENTO

49

Page 50: Metodologia do trabalho científico.doc

O desenvolvimento é a parte principal e mais extensa do

trabalho ou corpo do mesmo. Consiste na fundamentação lógica do

tema cuja finalidade é expor, explicar, demonstrar as suas

principais idéias, com objetividade, clareza e impessoalidade

(RUIZ, 1996, p. 75).

De acordo com o tema, o desenvolvimento pode ser dividido em

partes (seções) conforme permite o assunto, sendo numeradas

progressivamente, com a finalidade de melhor compreensão do mesmo.

Ruiz (1996, p. 75),afirma que não existe uma divisão única

para todo tipo de trabalho. A divisão mais própria e adequada para

cada trabalho deve surgir “de sua própria natureza, de sua

contextura ou de sua maior ou menor complexidade”.

Sugere-se dividir o assunto no menor número possível de partes

e subdividir cada parte no menor número de elementos.

Os títulos das partes devem exprimir de forma clara, direta e

precisa o tema nelas contido. E todas as partes devem estar

articuladas logicamente, a partir da temática que gera a divisão

harmoniosa e equilibrada do todo.

No desenvolvimento, é importante que o autor do trabalho

mostre que obras foram consultadas, fazendo as devidas referências,

de acordo com as normas de citação direta e indireta, da ABNT.

3 CONCLUSÃO

A conclusão, segundo CERVO e BERVIAN (1976, p. 103),

corresponde à parte que arremata o trabalho. Consiste em uma

resposta ao tema anunciado na introdução, sendo uma síntese dos

principais argumentos dispersos pelo trabalho, de forma breve,

concisa, firme e exata, revendo assim, as principais contribuições

que trouxe tal estudo.

“A conclusão apresenta o resultado final do estudo, avaliando

seus pontos fracos ou positivos, através da reunião sintética das

principais idéias desenvolvidas ou conclusões parciais obtidas”

(KOCHE, 1997, p. 147).

50

Page 51: Metodologia do trabalho científico.doc

Ao fazer a conclusão deve-se ter o cuidado de nunca

extrapolar, isto é, ir além dos resultados do desenvolvimento. “O

resultado final deve ser decorrência natural do que já foi

demonstrado”(KOCHE, 1997, p. 147).

Para Cervo e Bervian (1976, p. 104), a conclusão também poderá

apresentar recomendações e sugestões para se atuar sobre os fatos

estudados e/ou prosseguir nos estudos e apontar relações do assunto

com outros ramos do conhecimento.

Ao fazer um trabalho científico deve-se lembrar que uma boa

introdução e uma boa conclusão geralmente indicam que o autor tem

clareza e consciência do que fez.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Como transmitir os conhecimentos adquiridos. In: ___. Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. 3. ed. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1976. p. 93-143.

KOCHE, José Carlos. Elementos textuais. In: ___. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 14. ed. rev. e ampl. Petrópolis: Vozes, 1997. p. 145-147.

ARCANTONIO, Antônia Terezinha; SANTOS, Martha Maria; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Trabalho científico: apresentação formal. In: ___. Elaboração e divulgação do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1993. cap. 5, p. 73-77.

ARCONI, Marina de Andrade. Estrutura. In: ___. Metodologia científica para o curso de Direito. São Paulo: Atlas, 2000. cap. 2, p. 79-82.

RUIZ, João Álvaro. As três partes lógicas do texto. In: ___. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1996. cap. 3, p. 74-77.

51

Page 52: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Apresentação de Trabalhos Acadêmicos: NBR 14724 jun. 2001

ABNT

Apresentação de Trabalhos Acadêmicos: NBR 14724 jun. 2001 ABNT

Anna Florência de C. Martins Pinto

Editoração do Trabalho Acadêmico

1 Formato

1.1

.

Os trabalhos devem ser digitados em papel A-4 (210 X297 mm)

apenas no anverso (frente) da folha.

2 Tipo e tamanho de letra

2.1 Pode-se escolher a fonte adotada, sendo a mesma para todo o

trabalho.

2.2 Deve-se usar tamanho 12 para todo o trabalho e tamanho 10 para

citações textuais (cópia) com mais de três linhas e notas de

rodapé.

3 Margem

3.1 Margem superior e esquerda: 3 cm e inferior e direita: 2 cm.

4 Espaços de entrelinhamento

4.1 O texto deve ser digitado com espaço de 1,5 de entrelinhas.

4.2 As citações textuais com mais de 3 linhas, as notas de rodapé

e as referências bibliográficas devem ser digitadas com espaço

simples de entrelinhas.

4.3 Os parágrafos e títulos das partes e das seções devem ser

digitados com espaço duplo de entrelinha.

5 Parágrafos

5.1 Os parágrafos do texto devem ser recuados a um tab a partir

da margem esquerda.

5.2 Os parágrafos das citações textuais com mais de três linhas

devem ser recuados a 4 cm, a partir da margem esquerda.

6 Paginação

6.1 Todas as folhas que compõem o trabalho a partir da capa são

52

Page 53: Metodologia do trabalho científico.doc

contadas seqüencialmente, mas nem todas são numeradas.

6.2 A primeira folha correspondente a cada parte e seção primária

do trabalho, não é numerada e inicia-se em uma nova folha, na

margem superior 3 cm e ao lado da margem esquerda 3 cm.

6.3 A numeração é feita nas folhas que continuam cada parte do

trabalho, em algarismos arábicos, dentro da margem superior,

centralizada ou ao lado da margem direita 2 cm.

6.4 As folhas que correspondem aos apêndices e anexos são também

contadas e numeradas seguindo a seqüência do trabalho.

7 Seções do texto do trabalho (IPARDES, 2000, p. 38-39)

7.1 O texto de um trabalho pode ser dividido em partes chamadas de

seções.

7.2 As principais divisões do texto são chamadas de seções

primárias (capítulos). Estas subdividem-se em seções

secundárias, que se subdividem em terciárias, que se

subdividem em quartenárias, que se subdividem em quinárias e

assim por diante.

7.3 Deve-se evitar o excesso de subdivisões de um texto, porque

torna-o muito fragmentado o que interrompe a fluidez da

leitura.

7.4 Os títulos das seções são numerados progressivamente em

algarismos arábicos, alinhados à margem esquerda, dando espaço

de um caracter entre as numeração e um título.

7.5 As seções primárias iniciam-se em uma nova folha, na margem

superior 3 cm e ao lado da margem esquerda 3 cm;

7.6 Os títulos dos diferentes níveis de seção devem ser

diferenciados tipograficamente.

7.6.1 Usar letras maiúsculas negritadas para seções primárias.

7.6.2 Usar letras maiúsculas sem negrito para as seções

secundárias.

7.6.3 Usar letras minúsculas negritadas, exceto a inicial, para

seções terciárias.

7.6.4 Usar letras minúsculas, sem negrito, exceto a inicial, para

seções quartenárias e quinárias.

53

Page 54: Metodologia do trabalho científico.doc

Exemplo:

1 INTRODUÇÃO

2 CONCEITOS E FINALIDADES DE PESQUISA

3 CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA3.1 PROCEDIMENTO SISTEMÁTICO3.2 PESQUISA LÓGICA E OBJETIVA

4 PLANEJAMENTO DA PESQUISA4.1 PREPARAÇÃO DA PESQUISA4.1.1 Especificação de objetivo4.1.2 Elaboração de um esquema4.1.3 Levantamento de recursos4.1.3.1 Recursos materiais4.1.3.2 Recursos humanos4.1.3.2.1 Pessoa física 4.1.3.2.2 Entidade4.1.4 Constituição da equipe de trabalho4.2 FASES DA PESQUISA4.3 EXECUÇÃO DA PESQUISA4.3.1 Coleta de dados4.3.2 Organização, análise r interpretação dos dados4.4 RELATÓRIO

5 CONCLUSÃO

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

7 APÊNDICES

8 ANEXOS

8 Uso de aspas (IPARDES, 2000, p. 53)

8.1 No início e no final de citação textual (cópia) até três

linhas.

8.2 Em expressões de idioma vernáculo usuais apenas no meio

profissional.

8.3 Em termos utilizados com significado diferente, como apelidos

e gíria ou ainda com sentido irônico.

9 Uso de itálico (IPARDES, 2000, p. 52-53)

9.1 Palavras e frases em língua estrangeira e expressões em

latim.

9.2 Nomes de espécies em Botânica, Zoologia e Paleontologia.

54

Page 55: Metodologia do trabalho científico.doc

9.3 Títulos de documentos (livros, revistas, artigos e outros)

citados no texto.

9.4 Títulos de obras nas referências bibliográficas.

10 Uso de negrito (IPARDES, 2000, p. 53)

10.1 Letras ou palavras que mereçam ênfase, quando não for

possível dar realce pela redação.

10.2 Títulos de obras nas referências bibliográficas.

11 Abreviaturas e siglas

11.1 Quando aparecem pela primeira vez no texto, deve-se escrever

seu nome por extenso, acrescentando-se a abreviatura ou

sigla, entre parênteses.

11.2 Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Outras vezes que aparecer no texto, escreve-se apenas ABNT.

12 Notas de rodapé

12.1 Devem ser digitadas ou datilografadas dentro das margens.

12.2 Devem ser separadas do texto por um espaço simples de

entrelinhas e por um filete de 3 cm, a partir da margem

esquerda.

13 Alíneas

13.1 As alíneas são divisões enumerativas referentes a um período

de parágrafos.

13.2 Exemplo de configuração de alíneas:

a) o texto anterior à primeira alínea termina com dois pontos;

b) iniciam no recuo de parágrafo (um tap: 1,25), entre suas

linhas usa-se o espaço 1,5 e entre elas usa-se o espaço

duplo;

c) são enumeradas com letras minúsculas ordenadas

alfabeticamente, seguidas de sinal de fechamento de

parênteses;

d) o texto da alínea inicia-se com letra minúscula exceto

quando começar com nomes próprios;

55

Page 56: Metodologia do trabalho científico.doc

e) a segunda linha e as seguintes são alinhadas sob a primeira

letra da palavra acima;

f) separa-se uma alínea da outra usando ponto e vírgula e a

última alínea termina com ponto (IPARDES, 2000, p. 41).

Estrutura de Trabalhos Acadêmicos

O trabalho acadêmico pode conter as seguintes partes:

Capa

Folha de rosto (obrigatória)

Dedicatória (opcional)

Epígrafe (opcional)

Sumário (obrigatório)

Listas de ilustrações e abreviatura (opcional)

Corpo do texto (obrigatório)

Referências bibliográficas (obrigatória)

Apêndices (opcional)

Anexos (opcional)

1 Capa

1.1 Proteção externa do trabalho, podendo conter dados essenciais

que o identificam: nome do autor, título e subtítulo (se

houver), local e data.

1.2 Nome completo do(s) autor(es): centralizado na margem superior

de 3 cm, letras minúsculas negritadas e espaço simples entre

os nomes.

1.3 Título do trabalho: centralizado no meio da folha, letras

tamanho 14, minúsculas e negritadas.

1.4 Local e data de entrega do trabalho: centralizados na margem

inferior de 2 cm, letras minúsculas negritadas.

1.5 A inclusão de outros elementos e a forma de apresentá-los fica

a critério do colegiado de cada curso.

2 Folha de rosto

56

Page 57: Metodologia do trabalho científico.doc

2.1 Contém os elementos essenciais à identificação do trabalho,

na seguinte ordem: autor(es), título e subtítulo, nota de

apresentação, nome do orientador, local e data.

2.2 Autor: nome completo, centralizado na margem superior de 3

cm; letras minúsculas negritadas. No caso de trabalho de

grupo os nomes são digitados em ordem alfabética e espaço

simples entre as linhas dos mesmos.

2.3 Título: centralizado no meio da folha, letras tamanho 14,

minúsculas e negritadas.

2.4 Subtítulo (se houver): vem separado do título por dois pontos

e espaço duplo entre eles, letras minúsculas.

2.5 Quando o título e/ou subtítulo ocuparem mais de uma linha,

deve-se usar o espaço simples entre elas.

2.6 Nota de apresentação: consiste em indicar a natureza

acadêmica do trabalho: o grau, disciplina, curso, Instituto e

Universidade em que é apresentado.

2.7 A nota de apresentação vem logo abaixo do título ou do

subtítulo, digitada a partir da metade da folha até a margem

direita de 2 cm. Entre as linhas da nota usa-se o espaço

simples. Usar letras minúsculas, exceto a inicial e nomes

próprios.

2.8 Nome completo do professor orientador: letras minúsculas,

exceto as iniciais do nome, espaço duplo em relação à nota de

apresentação.

2.9 Local e data de entrega do trabalho: centralizado na margem

inferior 2 cm, com letras minúsculas.

3 Páginas Preliminares (FRANÇA, 2001, p. 31-32)

3.1 Páginas que vêm antes do sumário e incluem as seguintes

partes: dedicatória, agradecimentos e epigrafe. Cada uma

destas partes deve constar em página diferente.

3.2 Dedicatória (ementa opcional)

3.2.

1

Texto, geralmente curto, para prestar uma homenagem ou para

ser dedicado a alguém.

3.2.

2

Quando for pequena, a dedicatória pode ser na mesma página

dos agradecimentos.

57

Page 58: Metodologia do trabalho científico.doc

4 Agradecimentos (Elemento opcional)

4.1. Agradecimentos a pessoas e/ou instituições que contribuíram

para a execução do trabalho.

5 Epígrafe (Elemento opcional)

5.1 Citação de um trecho, em prosa ou em verso, que de certa

forma embasou a construção do trabalho.

5.2 É digitada sem aspas e com o nome do autor da mesma.

6 Sumário

6.1 Enumeração das partes e seções, que compõem o trabalho, na

mesma ordem e grafia em que aparecem no texto.

6.2 No sumário, os títulos das partes e seções devem ser

destacados gradativamente, usando-se os recursos de caixa

alta (letras maiúsculas) negritada, caixa alta, sem negrito,

caixa baixa (letras minúsculas) negritada e caixa baixa sem

negrito, utilizando-se da numeração progressiva para os

mesmos.

6.3 O sumário deve indicar a numeração progressiva das divisões,

o título das mesmas e a respectiva página inicial de cada

divisão, em algarismos arábicos e precedida de uma linha

pontilhada.

6.4 O sumário deve incluir apenas as partes do trabalho que vem

depois dele (listas, corpo do texto, referências

bibliográficas, apêndices, e anexos). As partes preliminares

não constam do sumário.

6.5 A palavra sumário vem centralizada na margem superior de 3

cm, com letras maiúsculas negritadas.

7 Listas (Elemento opcional)

7.1 Consistem na relação de elementos ilustrativos ou

explicativos utilizados no trabalho (FRANÇA, 2001, p. 32).

7.1.1 Lista de ilustrações: relação de trabalhos, gráficos,

fórmulas, lâminas, figuras (desenhos, gravuras, mapas,

fotografias), na mesma ordem que são citadas no trabalho,

com indicação das páginas aonde estão localizadas.

7.1.2 Lista de abreviaturas e siglas: relação alfabética das

58

Page 59: Metodologia do trabalho científico.doc

abreviaturas e siglas utilizadas no trabalho, seguidas das

palavras a que correspondem, escritas por extenso.

7.1.3 Listas de notações: relação dos sinais convencionados,

utilizados no texto, seguidos dos respectivos significados.

8 Corpo do texto (FRANÇA, 2001, p. 33-34)

8.1 A organização do texto do trabalho acadêmico deve obedecer a

uma seqüência de Introdução, Desenvolvimento e Conclusão,

dividindo-se em seções ou capítulos, conforme a natureza do

assunto.

9 Referências bibliográficas

9.1 Lista-se, em ordem alfabética, as referências bibliográficas

referentes a todas as fontes citadas no decorrer do trabalho,

de acordo com a Norma 6023/2000 (Informação e Documentação –

Referências – Elaboração) da ABNT.

9.2 Usa-se o espaço simples entre as linhas das referências e o

espaço duplo para separá-las entre si.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS . Trabalhos acadêmicos – apresentação: NBR 14724. Rio de Janeiro: jul. 2001. 6 p.

FRANÇA, Júnia Lessa. Apresentação de originais. In: ___. Manual para normalização de publicações técnico-científicos. 5. ed. rev. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001. cap. 17, p. 159-166.

INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. IPARDES. Editoração. In: ___. Redação e editoração. Curitiba: Ed. da UFPR, 2000. v. 8, p. 17-54.

_____ Numeração progressiva das seções de um documento. Ibid., cap. 9, p. 83-84.

_____ Sumário. Ibid., cap. 8, p. 76-82.

_____ Trabalhos acadêmicos. Ibid., cap. 2, p. 35.

59

Page 60: Metodologia do trabalho científico.doc

Ana Carolina Sá MolJoão Drumond da Silveira

Lucas Souza MacedoLuiz Augusto de Vasconcelos Soares

Método e pesquisa científica

Belo Horizonte, 01 de fevereiro de 2002

60

Page 61: Metodologia do trabalho científico.doc

Ana Carolina Sá MolJoão Drumond da Silveira

Lucas Souza MacedoLuiz Augusto de Vasconcelos Soares

Método e pesquisa científica

Trabalho apresentado à disciplina: Metodologia do Trabalho Científico do Curso de Ciências Biológicas do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde da PUC-Minas.

Orientadora: Anna Florência C. M. Pinto

Belo Horizonte, 01 de fevereiro de 2002

61

Page 62: Metodologia do trabalho científico.doc

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................... 3

2 O MÉTODO CIENTÍFICO E A PESQUISA............................... 4

3 A INVESTIGAÇÃO E A COMUNICAÇÃO................................. 6

3.1 A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA ................................... 6

3.2 A DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS ................................. 7

4 CONCLUSÃO .................................................... 10

5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ..................................... 12

62

Page 63: Metodologia do trabalho científico.doc

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo desenvolver a noção de

método e pesquisa científica, adaptada ao nível dos universitários

que ingressam em cursos superiores.

A passagem de um para outro nível de estudos implica

adaptação às novas exigências no processo ensino-aprendizagem. As

preleções e a execução de tarefas sob os olhares do professor,

gradativamente, cedem lugar ao estudo individual e à pesquisa. A

iniciativa e a busca pessoal assumem o lugar de receptividade e da

dependência anteriores.

A abordagem do tema justifica-se, pois, pela necessidade do

conhecimento e da aplicação dos passos do método científico e da

pesquisa por parte dos que ingressam na Universidade.

O método científico é entendido como o conjunto de processos

orientados por uma habilidade crítica e criadora voltada para a

descoberta da verdade e para a construção da ciência hoje, a

pesquisa constitui seu principal instrumento ou meio de acesso. É o

que ocorre na definição de pesquisa tida como a atividade que,

partindo de problemas, busca soluções através do emprego do método

científico.

O método científico e a pesquisa são duas realidades que,

muitas vezes, se confundem embora sejam formalmente distintas.

Enquanto a pesquisa não pode prescindir do método científico, este

é também empregado em outras modalidades de estudo e de busca de

conhecimentos que, rigorosamente, não podem classificar-se como

pesquisa.

Visando analisar o assunto proposto de maneira ordenada e

sintética, inicialmente, pretende-se confrontar método e pesquisa

para, posteriormente, identificar e explicar os passos da

investigação e a comunicação de seus resultados.

63

Page 64: Metodologia do trabalho científico.doc

2 O MÉTODO CIENTÍFICO E A PESQUISA

Método é a ordem que se deve impor aos diversos processos

necessários para atingir um resultado desejado, constituído de um

conjunto de técnicas que formam os passos do caminho a percorrer na

busca da verdade.

Método científico é um dispositivo ordenado, um conjunto de

procedimentos sistemáticos que o pesquisador emprega para obter o

conhecimento adequado do problema que se propõe resolver.

Toda investigação nasce de observação cuidadosa de fatos que

necessitam de uma maior explicação. Esta é imaginada através da

hipótese. Em seguida, procura-se verificar a veracidade da solução

sugerida. Descoberta a explicação do fato, achada a relação de

causalidade entre os fenômenos, formula-se a lei. É a tarefa da

indução: aplicar a relação necessária descoberta a casos não

observados da mesma espécie.

Esta explicação parcial e fracionada de uma realidade não

satisfaz a curiosidade científica. Por isso, o cientista reúne as

tentativas de explicação, os princípios e leis particulares numa

visão unificadora, mais ampla e globalizadora, através da teoria ou

do sistema.

A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de

problemas. Pretende-se dar respostas as perguntas, através dos

processos do método científico. Conforme o objeto de investigação a

pesquisa pode ser classificada em experimental e descritiva, com

suas várias subdivisões, destacando-se neste texto a pesquisa

bibliográfica.

A pesquisa bibliográfica distingue-se da consulta

bibliográfica. Esta é uma tarefa simples e consiste em procurar ,

tirar dúvidas com o recurso a dicionários, enciclopédias ou

manuais. Quando se anotam os dados consultados, tem-se uma cópia

textual ou conceptual, nunca uma pesquisa.

64

Page 65: Metodologia do trabalho científico.doc

O trabalho acadêmico resumo de assunto também difere da

pesquisa científica. Os alunos do 2o grau e mesmo os universitários

dificilmente têm condições de fazer pesquisas científicas

originais, com novas conquistas dentro de determinada Ciência.

Farão, então, resumo de assunto, em que reúnem, analisam e discutem

conhecimentos e informações já publicadas.

65

Page 66: Metodologia do trabalho científico.doc

3 A INVESTIGAÇÃO E A COMUNICAÇÃO

Ao se pretender fazer pesquisa, de qualquer natureza, deve-se

desde o início, juntamente com a escolha do assunto, fazer um

projeto. O projeto garante a execução da pesquisa. Prevê os

recursos materiais e humanos e o tempo necessário para a mesma. Sem

esta previsão a pesquisa corre o risco de não poder ser concluída

ou ser feita de forma inadequada.

Pesquisar não é tarefa fácil, mas trabalhosa, paciente e

demorada. Os resultados a que se chegam, significativos ou não,

sendo válidos não serão propriedade exclusiva do investigador. A

verdade não tem dono, é patrimônio comum da humanidade. Por isso,

feita a investigação científica, devem os resultados ser

divulgados.

A investigação e a comunicação são dois grandes momentos da

pesquisa bibliográfica.

3.1 A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

A investigação científica é desenvolvida através de diversas

etapas, chamadas também de fases da pesquisa: escolha do assunto,

formulação de problemas, estudos exploratórios e coleta, análise e

interpretação de dados.

A Escolha do assunto é um passo importante e precedido por

momentos de vacilação e angústia. O assunto deve ser do agrado do

pesquisador e adequado aos recursos intelectuais e materiais. Deve

ter documentação suficiente, disponível e de fácil acesso.

Evite-se a perda de tempo com abordagens de temas amplos que

só conduzem a visões superficiais fazendo a delimitação do

assunto. É a fixação do tópico ou da questão básica que deve ser

focalizado e aprofundado.

Escolhido o tema, fixado seus limites e de posse recursos

materiais e humanos fornecidos pelo projeto, a pesquisa, a rigor,

ainda não começou. Pesquisar é procurar responder, através de

66

Page 67: Metodologia do trabalho científico.doc

processos científicos, a dúvida e problemas que devem ser

formulados. Só assim se desencadeia todo o processo da

investigação.

Os problemas levantados orientam a tarefa de reunir os

documentos, instrumentos e materiais necessários à pesquisa. Antes

de passar ao estudo através da leitura analítica e dos

apontamentos, deve-se ter a certeza de que todos os documentos

importantes foram identificados, localizados e fichados.

Após a identificação, localização e fichamento das fontes

referentes ao assunto que está sendo pesquisado, passa-se para a

etapa seguinte que é a coleta, análise e interpretação de dados.

Esta etapa é considerada a mais demorada e difícil, porque

consistem na leitura, reflexão, análise, diferenciação, comparação

e apontamentos. Elaboram-se as provas, os argumentos e a

demonstração.

Concluída esta etapa, a pesquisa, a rigor, está feita.

Encontrou-se a resposta ao problema formulado. A resposta pode ser

precária ou definitiva. Mas é uma resposta.

3.2 A DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS

Faz parte da pesquisa. Para executá-la dentro dos critérios

rigorosos, pode-se destacar três tarefas específicas (5a, 6a e 7a

fases da pesquisa), a saber: elaboração do plano definitivo de

assunto, redação e apresentação.

A elaboração do plano definitivo de assunto é o primeiro

passo para a comunicação dos resultados. Procura-se organizar um

plano ordenado da pesquisa.

Desde o início já existia o plano provisório. Agora,

enriquecidos com as leituras e apontamentos, faz-se à distribuição

final dos dados coletados de tal sorte que se tenha uma seqüência

lógica de idéias nas diversas partes da redação, a saber:

introdução, partes do desenvolvimento e conclusão.

67

Page 68: Metodologia do trabalho científico.doc

Executados com rigor os passos anteriores, a redação torna-se

tarefa relativamente fácil. Sobre a mesma convém destacar as partes

obrigatórias de um relatório científico: introdução,

desenvolvimento, conclusão e referências bibliográfica.

A introdução deve conter algumas idéias específicas com a

intenção de apresentar objetivamente o presente trabalho. Assim

deve citar o tema (assunto) que será desenvolvido e as partes do

desenvolvimento. Deve situá-lo no tempo e no espaço, mostrar sua

importância, justificar sua escolha, definir termos e apresentar os

objetivos do trabalho.

A introdução dirá “o que” e “como” será desenvolvido o

trabalho.

O desenvolvimento é a parte mais extensa e constitui o corpo

do trabalho. Deverá ser dividido em partes, principalmente quando o

assunto for extenso. Cada parte poderá ter também suas divisões o

que permitirá o aprofundamento do assunto. A divisão em partes traz

clareza e facilita a análise.

No desenvolvimento apresentam-se as discussões, as provas, os

argumentos e as demonstrações.

A conclusão comporta uma síntese interpretativa dos

principais argumentos do desenvolvimento e também os aspectos do

tema discutido que deveriam ser mais aprofundados em pesquisa

posteriores. Tudo isto de maneira clara, objetiva e breve.

A referência bibliográfica deve figurar em todas as pesquisas

sendo elaborada de acordo com as normas atuais da ABNT, o que dá

seriedade e rigor científico à pesquisa.

Ao redigir um trabalho científico deve-se estar atento a

linguagem utilizada que deve ser informativa e técnica, como tal,

prima pela impessoalidade, objetividade, clareza e coerência.

Emprega vocábulos comuns com o sentido próprio que lhes

conferem os dicionários e as enciclopédias. Usa frases curtas e

concatenadas logicamente. Tudo é redigido na terceira pessoa do

68

Page 69: Metodologia do trabalho científico.doc

discurso, menos a conclusão, que pode usar a primeira pessoa do

plural.

Terminado de redigir o relatório deve-se preocupar com sua

apresentação.

A apresentação consiste na embalagem externa da pesquisa. É

feita dentro de certas normas metodológicas e estéticas,

objetivando a simplicidade, a comunicação fluente e a clareza.

Evitem-se todos os “embelezamentos” supérfluos, pois a

pesquisa é uma tarefa séria, sóbria e objetiva e nisto deve ser

empregado todo o esforço e o tempo do pesquisador.

69

Page 70: Metodologia do trabalho científico.doc

4 CONCLUSÃO

O Acadêmico, ao longo dos diferentes níveis de ensino,

participou de várias situações do processo ensino-aprendizagem.

No curso superior, mais do que nas fases anteriores, lhe são

exigidos mais participação, iniciativa e método de estudo e de

pesquisa.

De imediato, o acadêmico percebe, nesta etapa, a necessidade

de aprender a estudar com mais autonomia e a treinar, com mais

intensidade, suas aptidões de agente principal da aprendizagem.

Sabe que a ciência é uma busca constante de explicações e de

soluções e não a posse de resultados definitivos expressos em

fórmulas imutáveis.

Não basta usar a memória. É preciso aplicar a inteligência, o

raciocínio lógico, a mentalidade científica, a capacidade de

adaptação a cada nova situação e a criatividade.

Segue, então, os passos lógicos de estudo e de investigação.

Começa a abordagem de qualquer assunto com algum problema observado

ou criado. Delimita-o . Aplica os processos adequados ao caso.

Levanta hipótese. Reúne os dados: documentos, materiais ou

instrumentos, conforme o estudo. Realiza a análise, o julgamento e

a interpretação. Busca a prova, a explicação, os princípios e as

leis. Seleciona, finalmente, os resultados alcançados e, de forma

ordenada e lógica e com linguagem objetiva e elaboração pessoal,

faz o relatório.

Este procedimento leva o acadêmico a muitas constatações e

descobertas.

Verifica, por exemplo, que o método científico e os processos

de pesquisa, por si só , não levam a soluções. Não são instrumentos

mágicos que, adicionados, conduzem a descobertas e ao

desenvolvimento da ciência. São, apenas, meios de trabalho que

70

Page 71: Metodologia do trabalho científico.doc

requerem adaptação ao objeto de estudo, inteligência e criatividade

do investigador.

Pela complexidade do assunto abordado - Método e Pesquisa

Científica - muitos aspectos deixaram de ser aprofundados. Desta

forma, merecem registro para um estudo especial, entre outros

tópicos, o significado de ciência no contexto atual, suas

conquistas e sua validade, bem como sua relação com o método, com a

pesquisa e com o próprio pesquisador.

São questões que aguardam a iniciativa do estudioso.

71

Page 72: Metodologia do trabalho científico.doc

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CERVO, Amado Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino. Relatório de pesquisa bibliográfica. In: __. Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1983. p. 175-195.

72

Page 73: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Como Fazer Citações em Trabalhos Acadêmicos

Como Fazer Citações em Trabalhos Acadêmicos

Anna Florência de C. Martins Pinto

Este texto pretende apresentar as condições exigidas para a

apresentação de citações em documentos (trabalhos) técnico-

científicos e acadêmicos de acordo com as normas da NBR 10500 jul.

2001 ABNT – Apresentação de Citações em Documentos.

1 DEFINIÇÃO DE CITAÇÕES

As citações consistem em informações retiradas de fontes

consultadas para a realização de trabalhos.

Ao fazer um trabalho e utilizar-se de tais informações, estas

devem ser indicadas de acordo com as normas de citação no corpo do

trabalho ou notas de rodapé e de acordo com as normas de

referências bibliográficas ao final do mesmo.

As citações devem ser indicadas no texto por um sistema

numérico (notas de rodapé) ou autor-data (corpo do trabalho).

Entretanto, ao longo de todo o trabalho, deve-se optar pelo uso de

um sistema ou outro, não permitindo o uso alternado de citações ora

no corpo do trabalho , ora em notas de rodapé.

2 TIPOS DE CITAÇÕES

As citações podem ser: direta ou textual ou literal e

indireta ou conceptual ou livre.

2.1 CITAÇÃO DIRETA OU TEXTUAL OU LITERAL

Consiste na transcrição literal (cópia) no texto de

informação extraída de outra fonte para esclarecer, ilustrar,

complementar ou sustentar o assunto apresentado. Deve ser tran-

scrita exatamente como consta do original, entre aspas e acompan-

hada de informações sobre a fonte (autor, data e página consul-

tada).

73

Page 74: Metodologia do trabalho científico.doc

A citação direta pode ser feita de duas formas. A primeira

forma começa citando o autor da idéia (último sobrenome ou entidade

coletiva), com letras minúsculas, exceto a inicial e nomes

próprios. Depois, entre parênteses, a data da obra e a página con-

sultada. Por último virá a cópia da idéia, entre aspas.

A segunda forma começa pela cópia da idéia entre aspas e, ao

final, entre parênteses, deverá vir o último sobrenome do autor ou

entidade coletiva (com letras maiúsculas), a data da obra e a

página consultada.

A citação textual com mais de três linhas deve ser destacada

do texto com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra tamanho 10

(menor do que a do texto: tamanho 12), sem aspas e espaço simples

entre suas linhas e entre uma e outra, espaço duplo.

A citação até 3 linhas vem entre aspas e inserida no próprio

parágrafo que está sendo citado.

Exemplos:

De acordo com Silveira (1999, p. 4)”.........................

..................................................”.

Segundo a Associação Mineira de Trabalhadores Rurais (jun. 2000, p. 3)

”............................................................”........”..............................................................”

(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2001, p. 8-10).

..................................................

..................................................

..................................................

..................................................

..................................................

..................................................

..................................................

..................................................

........... (SANTIAGO, 1997, p. 22-23).

74

Page 75: Metodologia do trabalho científico.doc

Para Lakatos e Marconi (1996, p. 66) a pesquisa bibliográfica

apresenta

..................................................

..................................................

..................................................

..................................................

.. .

Ao fazer uma citação direta deve-se usar reticências entre

colchetes [...] no início, meio ou final da cópia, quando se quer

omitir palavras, expressões ou frases.

Exemplos:

Mendes (1995, p. 32) afirma que

“...................................................... [...] ................................. ”.

“......................... [...]” (SOUZA, 4 ago. 2001, p. 6).

Quando na citação direta quer se destacar palavras,

expressões ou frases usam-se grifo, seguido da expressão grifo

nosso, entre parênteses.

Caso o destaque seja do autor consultado, usa-se a expressão,

grifo do autor, entre parênteses.

Exemplos:

“Quando você é gentil, as pessoas são atraídas até você como

moscas para o mel” (CARLSON, 1999, p. 102, grifo nosso).

“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu,

coragem para a luta” (POMPÉIA, 1984, p. 27, grifo do autor).

2.2 CITAÇÃO INDIRETA OU CONCEPTUAL OU LIVRE

Consiste na transcrição livre (não literal) do pensamento do

autor consultado, reproduzindo-o sinteticamente, mas observando

fidelidade ao seu pensamento. Assim, não sendo uma cópia, não se

utilizam aspas e indicam-se os elementos: autor, data, volume e

página consultada.

75

Page 76: Metodologia do trabalho científico.doc

Exemplos:

Henriques e Medeiros (1999, p. 20-21) afirmam

que ...............................................................

........................................... .

.............................................................

...................................................................

...................................................................

............... (EUROPA em busca de um novo caminho para a paz, 20

jan. 2002, p. 8).

3- REGRAS GERAIS PARA FAZER CITAÇÕES DIRETAS E INDIRETAS

Quando houver coincidência de autores e data, acrescentam-se

as iniciais de seus prenomes. Caso permaneça a coincidência

colocam-se os prenomes por extenso.

Exemplos:

“.........................” (MARTINS, A. F. C., 2001, p. 10).

“............................” (MARTINS, A. C., 2001, p. 13).

“.............................” (SANTANA, Vera, 1999, p. 28).

”......................... ” (SANTANA, Vicente, 1999, p. 95).

Ao fazer uma citação de um autor citado por outro em sua

obra, deve-se usar a expressão latina apud que quer dizer: citado

por, conforme, segundo.

Exemplo:

.............................................................

...................... (VARGAS, 1985 apud CASTRO, 1999, p. 60).

Segundo Andrade (apud ALVES, 1997, p. 45) “...................

......................................................................” .

76

Page 77: Metodologia do trabalho científico.doc

Quando for fazer citação de entidades coletivas conhecidas

por siglas deve citar o nome da mesma por extenso, acompanhado da

sigla na primeira citação e, a partir daí, apenas a sigla.

Exemplos:

...................................................

(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, 1999, p.

22).

De acordo com o IBGE (1999, p. 40)

“........................”.

4 CITAÇÕES DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS

Para fazer citações de informações de documentos eletrônicos

deve-se indicar: autor, data, página, caso constam do documento e o

endereço eletrônico do mesmo.

Exemplos:

“......................................” ([email protected]).

......................................................

(FERREIRA, 1998, p. 3, http://www.eca.usp.br/eca/prof/sueli/intro).

Segundo Ferreira (1988, p.

3) ................................

(http://www.eca.usp.br/eca/prof/sueli/intro).

5 CITAÇÃO DE INFORMAÇÃO ORAL

Quando se tratar de dados obtidos por informação oral

(palestras, debates, comunicações e outros) deve-se indicar, entre

parênteses, a expressão informação verbal, mencionando-se os dados

disponíveis somente em notas de rodapé.

Exemplo:

A Biblioteca Universitária da UFMG pretende elaborar um

projeto de acesso às Bases de Dados Nacionais na área de Biologia

(informação verbal).

77

Page 78: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Apresentação de citações de documentos: NBR 10520. Rio de Janeiro: jul. 2001. 4 p.

78

Page 79: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Características da Redação de Trabalhos Técnico-Científicos

Características da Redação de Trabalhos Técnico-Científicos

Anna Florência de C. Martins Pinto

O estilo da redação de trabalhos técnico-científicos e

acadêmicos diferencia de outros tipos de composição, como a

literária, a jornalística, a publicitária, apresentando algumas

características próprias. Este texto pretende identificar e

explicar alguns princípios básicos que devem ser observados na

referida redação.

1 OBJETIVIDADE E COERÊNCIA

Deve-se observar linguagem direta e simples, obedecendo a uma

seqüência lógica e ordenada no desenvolvimento das idéias,

evitando-se assim, o desvio do assunto em questão com considerações

irrelevantes. A exposição deve se apoiar em dados e provas e não em

opiniões que não possam ser comprovadas. (INSTITUTO PARANAENSE DE

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – IPARDES, 2000, p. 1).

Deve-se observar também a estrutura da frase, o tamanho dos

períodos e a organização dos parágrafos. Frases curtas e com única

idéia central são preferidas à frases longas contendo várias idéias

(DUSILECK, 1982, p. 115).

Ao dividir o trabalho em partes deve-se cuidar do equilíbrio,

coesão e seqüência lógica entre elas, cuidando-se para que não haja

uma desproporção entre as diversas partes que constituem o

trabalho. Ao redigir os títulos deve-se cuidar de sua

homogeneidade, não usando ora substantivos para uns, ora frases ou

verbos para outros.

2 CLAREZA

O pesquisador deve ser claro na apresentação de suas idéias.

Tal clareza de expressão é obtida em função do conhecimento que se

tem de determinado assunto. Se você não tem idéia bem clara, nítida

79

Page 80: Metodologia do trabalho científico.doc

do que pretende expressar deve retomar o fio da meada, relendo suas

anotações ou o texto original (DUSILEK, 1982, p. 114).

Deve-se, evitar ambigüidade, isto é, expressões com duplo

sentido, para não originar interpretações diversas do que se quer

dar. Assim, deve-se usar vocabulário preciso, evitando-se as

linguagens rebuscada e prolixa, usando e a nomenclatura técnica

aceita no meio científico (IPARDES, 2000, p. 2).

3 PRECISÃO

Cada expressão empregada deve traduzir com exatidão o que se

quer transmitir principalmente quanto a registros de observações,

medições e análises realizadas.

Deve-se evitar adjetivos que não indiquem claramente

proporções e quantidades, tais como: médio, grande, pequeno,

bastante, muito, pouco, mais, menos, nenhum, quase todos, a

maioria, metade e outros termos ou expressões similares, procurando

substituí-los pela indicação precisa em números ou porcentagem

(IPARDES, 2000, p. 2).

Exemplos: Em Belo Horizonte, 80% dos alunos

As chuvas atingiram cerca de 360 residências.

A grande maioria (85%) da população concorda com...

Deve-se evitar o uso de adjetivos, advérbios, locuções e

pronomes que indiquem o tempo, modo ou lugar, tais como: em breve,

aproximadamente, antigamente, recentemente, lentamente, adequado,

inadequado, nunca, sempre, em algum lugar, provavelmente,

possivelmente, talvez, que deixam margem a dúvidas sobre a lógica,

clareza e precisão da argumentação (IPARDES, 2000, p. 2).

4 IMPESSOALIDADE

No texto técnico-científico e acadêmico utiliza-se a forma

impessoal dos verbos, isto é, verbo na terceira pessoa.

80

Page 81: Metodologia do trabalho científico.doc

O uso da primeira pessoa do singular ou plural é permitido no

caso de relatórios de participação em eventos e ao fazer

justificativas para ingresso em cursos de pós-graduação(IPARDES,

2000, p. 3).

Exemplo: O meu interesse em realizar o curso de Mestrado em

Ciências Sociais deve-se...

“Nos casos em que o autor se refere ao seu próprio trabalho, deve-se

usar também a forma impessoal, e não as expressões: o autor descreve... ou o

escritor conclui... entre outras” (IPARDES, 2000, p. 3).

5 UNIFORMIDADE

Deve-se manter a uniformidade no decorrer de todo o texto com

relação à aspectos com: forma de tratamento, pessoa gramatical,

utilização de números, símbolos, unidades de medida, datas, horas,

siglas, abreviaturas, fórmulas, equações, frações, citações e

títulos das partes do trabalho acadêmico etc (IPARDES, 2000, p. 3).

DUSILEK, Darci. Elementos de estilo. In: ___. A arte da investigação criadora: introdução à metodologia da pesquisa. 3. ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1982. p. 114-118.

INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SOCIAL - IPARDES. Redação técnico-científica. In: ___. Redação e editoração. Curitiba: Ed. da UFPR, 2000. p. 1-15.

81

Page 82: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Referências Bibliográficas NBR 6023 ago. 2000 ABNT

Referências Bibliográficas NBR 6023 ago. 2000 ABNT

Anna Florência de C. Martins Pinto

Referência bibliográfica é o conjunto de elementos que

permitem a identificação de documentos impressos ou registrados em

qualquer suporte físico, tais como: livros, periódicos e material

audiovisual, no todo ou em parte.

Quando se faz uma referência bibliográfica deve-se levar em

consideração a ordem convencional dos seus elementos, prevista

pelas normas da ABNT. Numa referência bibliográfica tem-se a

seguinte ordem de elementos: autor, título, edição, local, editora,

data, volume e páginas.

Não se deve confundir referência bibliográfica com

bibliografia. Referências bibliográficas são a relação das fontes

utilizadas pelo autor ao fazer um trabalho. Todas as obras citadas

no trabalho devem obrigatoriamente constar nas referências

bibliográficas. Bibliografia é a relação dos documentos existentes

sobre determinado assunto ou de determinado autor.

A lista bibliográfica apresentada ao final de um trabalho

pode ser feita de forma alfabética, sistemática (por assunto) ou

cronológica. Nesta lista não se repete a mesma entrada da

referência (autor ou título), que é substituída por um travessão

equivalente a cinco espaços e a segunda linha e subseqüentes

iniciam sob o primeiro espaço da primeira palavra que inicia cada

referência.

Apesar de haver uma variedade de estilos para a apresentação

das referências bibliográficas, esse trabalho obedece à orientação

da NBR - 6023 aprovada pela ABNT em agosto de 2000.

As normas apresentadas referem-se aos seguintes documentos:

monografia no todo; parte de monografia; monografia em meio

eletrônico; trabalhos acadêmicos: teses,dissertações e outros;

82

Page 83: Metodologia do trabalho científico.doc

documento de evento em parte;artigo de revista; artigo de jornais;

artigo de revistas e jornais em meio eletrônico;documento

cartográfico; entrevista, bíblia, materiais especiais (filmes,

fotografias, discos) e documentos jurídicos.

1 MONOGRAFIA NO TODO (livros, folhetos, dicionários, enciclopédia,

manuais, catálogos, guias)

SOBRENOME, Prenome do Autor da obra. Título da obra: subtítulo. no. ed. Local: Editora, ano. v. no, no p.

CABRAL, Tomé. Novo dicionário de termos e expressões populares. 2. ed. Ceará: Edições UFC, 1982. 786 p.

COUTO, Luís da Câmara; SALGADO, Iara de Sousa. 3. ed. atual. Contos tradicionais do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 1980. 220 p.

DICIONÁRIO enciclopédia Koogan-Larousse-Seleções: léxico comum. Rio de Janeiro: Larousse do Brasil, 1998. v. 1, 934 p.

FREIRE, Gilberto. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sobre regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1943. v. 2, 480 p.

_____. Sobrados e mocambos: decadência do patriarcado rural no Brasil. São Paulo: Nacional, 1936. 405 p.

_____. _____. 2. ed. São Paulo: Nacional, 1938. 410 p.

FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Secretaria de Assuntos Municipais. Plano Diretor para o Jequitinhonha. Belo Horizonte: 1988. 184 p.

SAINT-HILAIRE, Auguste. Viagem pelas províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1975. 378 p.

SHIPLEY, Morton et al. Síntese de métodos didáticos. 2. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Globo, 1973. 320 p.

SILVA JÚNIOR, César da; SASSON, Sezar; SANCHES, Paulo Sérgio Bedaque. Ciências: entendendo a natureza. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 1995. 192 p.

UNESCO. Guia para redação de artigos científicos destinados à publicação. Brasília: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, 1977. 192 p.

2 PARTE DE MONOGRAFIA (capítulo ou parte)

83

Page 84: Metodologia do trabalho científico.doc

2.1 AUTOR DO CAPÍTULO OU PARTE É O MESMO DO LIVRO

SOBRENOME, Prenome do Autor da parte e da obra. Título da parte consultada. In:___. Título da obra: subtítulo. no. ed. Local: Editora, ano. v. no, cap. nº, p. inicial-final.

DUARTE JÚNIOR, João Francisco. A aprendizagem da realidade. In: ___ O que é realidade. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 77-88.

_____. A edificação da realidade. Ibid., p. 28-55.

ECONOMIA brasileira. In: Enciclopédia delta universal. Rio de Janeiro: Delta, 1986. v. 5, p. 2.515-2.517.

FALÊNCIA. Ibid., v. 6, p. 2.710-2711.

2.2 CAPÍTULO OU PARTE COM AUTORIA PRÓPRIA

SOBRENOME, Prenome do Autor da parte. Título da parte: subtítulo. In: SOBRENOME, Prenome do Autor da obra. Título da obra: subtítulo. nº. ed. Local: Editora, ano. v. nº, cap. no, p. inicial-final.

MANNONI, Maud. A Pedagogia, ciência ou política. In: ESCOBAR, Carlos Henrique de (Org.). Psicanálise e Ciência da História. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974. cap. 3, p. 95-110.

3 MONOGRAFIA EM MEIO ELETRÔNICO (livro, trabalhos acadêmicos, enciclopédia e

dicionário)

SÃO PAULO (Estado). Secretariado Meio Ambiente. Tratados e organizações ambientais em matéria de meio ambiente. In: ___. Entendendo o meio ambiente. São Paulo: 1999. v. 1, Disponível em: <http://www.bdt.org.br/sma/entendendo/atual.htm>. Acesso em: 8 mar. 1999.

KOOGAN, A.; HOUAISS, A. Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de André Koogan Breikman. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM. Produzido por Videolar Multimídia.

POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da Língua Portuguesa. Lisboa: Priberam Informática, 1998. Disponível em:<http://www.priberam.pt/dlDLPO>. Acesso em 8 mar. 1999.

4 TRABALHOS ACADÊMICOS (tese, dissertação e outros)

SOBRENOME, Prenome do Autor do trabalho. Título: subtítulo. ano. no

Categoria (Grau e Área de concentração) – Instituição, Local.

FURTADO, Júnia Ferreira. O livro da capa verde: a vida no Distrito Diamantino no período da Real Extração. 1991. 262 p. Dissertação (Mestrado em História) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências, Universidade de São Paulo, São Paulo.

84

Page 85: Metodologia do trabalho científico.doc

5 TRABALHO APRESENTADO EM CONGRESSO, SIMPÓSIOS, ENCONTROS etc

SOBRENOME, Prenome do Autor do trabalho. Título do trabalho: subtítulo. In: NOME DO EVENTO, número, ano, Local de Realização. Título da publicação: subtítulo. Local de Publicação: Editora, data. v. no, p. inicial-final do trabalho.

VIEIRA JUNIOR, Cláudio. Um sistema de gerenciamento de base de dados orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 4, 1995, Manaus. Anais. Manaus: Imprensa Universitária da FUA, 1991. p. 9-18.

6 EVENTOS EM MEIO ELETRÔNICO EM PARTE

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4, 1996, RECIFE. Anais eletrônicos. Recife: UFPe, 1996. Disponível em: < http:// www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm >. Acesso em: 21 jan. 1997.

GUNCHO, M. R. A educação à distancia e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10, 1998, Fortaleza. Anais. Fortaleza: Tec Treina, 1998. 1 CD.

7 ARTIGO DE REVISTA

SOBRENOME, Prenome do Autor do artigo. Título do artigo. Título da Revista,Local, v. ou ano no, n. da revista, p. inicial-final, data.

TÍTULO do artigo. Título da Revista, Local, v. ou ano no, n. da revista, p. inicial-final, data.

FEREZ, Tereza Soares. Emprego do método científico e o ensino de Ciências. Revista Pedagógica, Belo Horizonte, v. 1, n. 19, p. 52-53, jan. / fev. 1986.

OS NOVOS rumos da economia. Tendência, Rio de Janeiro, ano 4, n.167, p. 54-56, 14 fev. 1989.

8 ARTIGO DE JORNAL

SOBRENOME, Prenome do Autor do artigo. Título do artigo. Título do Jornal, Local, data. Título Suplemento ou Caderno Nome ou número ou Letra, p. inicial-final.

TÍTULO do artigo. Título do Jornal, Local, data. Título do Suplemento ou Caderno Nome ou número ou Letra, p. inicial-final.

ALVES, Wilson. O Paço da Cidade retorna ao seu brilho barroco. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 6 mar. 2000. Caderno B, p. 6.

CASTRO, Pedro de. Pará de Minas, terceirizar é negócio. Estado de Minas, Belo Horizonte, 21 maio 2000. p. 3.

OS ADOLESCENTES na família. O Globo, Rio de Janeiro, 14 set. 2001. Jornal da Família, p. 4.

85

Page 86: Metodologia do trabalho científico.doc

9 ARTIGO DE REVISTAS, JORNAIS EM MEIO ELETRÔNICO

RIBEIRO, P. S. G. Adoção à brasileira: uma análise sócio-jurídica. Datavenia, São Paulo, ano 3, n. 18, ago. 1998. Disponível em: <http://www.davenia.inf.br/frameartig.html>. Acesso em: 10 set. 1998.

WINDOWS 98: o melhor caminho para atualização. PC World, São Paulo, n. 75, set. 1998. Disponível em: <http://www.idg.com.br/abre.htm>. Acesso em: 10 set. 1998.

SILVA, I. G. Pena de morte para o nascituro: um problema da justiça. O Estado de São Paulo, São Paulo, 18 set. 1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pen_morte_nascituro.htm>. Acesso em: 19 set. 1998.

ARRANJO tributário. Diário do Nordeste Online. Fortaleza, 27 nov. 1998.Disponível em: <http://www.diariodonordeste.com.br>. Acesso em: 28 nov. 1998.

10 DOCUMENTO CARTOGRÁFICO (atlas, mapa, globo e fotografias aéreas)

ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1991.

BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, turístico e regional. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa, color, 79 cm x 95 cm. Escala 1:600.000.

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Projeto Lins Tupã: foto aérea. São Paulo, 1986. Fx 28, n. 15. Escala 1:35.000.

11 ENTREVISTA

11.1 ENTREVISTA NÃO PUBLICADA

SOBRENOME, Prenome do entrevistado. Título. Local, data.

WATKINS, Maurício. Entrevista concedida a Maria Helena Negrão Iwerson. Curitiba, 20 out. 1998.

11.2 ENTREVISTA PUBLICADA

SOBRENOME, Prenome do entrevistado. Título da entrevista. Referenciação da publicação. Nota de Entrevista.

CRUZ, Joaquim. A estratégia para vencer. Veja, São Paulo, n. 37, p. 5-8, 14 maio 1994. Entrevista concedida a José Antônio Dias Lopes.

12 BÍBLIA

12.1 BÍBLIA CONSIDERADA NO TODO

86

Page 87: Metodologia do trabalho científico.doc

BÍBLIA. Língua. Título. Tradução de ou Versão de. no. ed. Local: Editora, ano. v. no.

BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução do Centro Bíblico Católico. 34. ed. rev. São Paulo: Ave Maria, 1982.

12.2 BÍBLIA CONSIDERADA EM PARTE

BÍBLIA. Título da parte consultada. Língua. Título. Tradução de ou Versão de. no. ed. Local: Editora, ano. v. no, p. inicial-final.

BÍBLIA. N. T. João. Português. Bíblia sagrada. Versão de Antônio Pereira de Figueiredo. São Paulo: Ed. das Américas, 1950. v. 12, p. 367-466.

13 MATERIAIS ESPECIAIS (filmes, fotografias, discos)

CENTRAL do Brasil. Direção Walter Salles Júnior. Produção: Martine de Clemont-Tonnerre e Arthur Cohn. Roteiro: Marcos Bernstein, João Emanuel Carneiro e Walter Salles Júnior. Intérpretes: Fernanda Montenegro; Marília Pera; Vinicíus de Oliveira e outros. Rio de Janeiro: Riofile, 1998. 1 fita de vídeo (106 min.), VHS, son., color.

KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fot., color., 16cm x 56cm.

SIMONE. Jura secreta. S. Costa, A. Silva [Compositores]. In:___. Face a face. Rio de Janeiro: Emi-Odeon, 1977, 1 CD. (40 min.). Faixa 7.

SILVA, L.I.L. da. Luiz Inácio Lula da Silva: depoimento [abr.1991]. Entrevistadores: V.Tremel e M. Garcia. São Paulo: SENAI, 1991. 2 fitas cassete (120 min.) 3 ¾ pps, estéreo.

14 DOCUMENTO JURÍDICO (Constituição, Leis, Decretos, códigos etc.)

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.

BRASIL. Decreto n.56.725, de 16 ago. 1965. Regulamenta a Lei n.4.084, de 30 de junho de 1962, que dispõe sobre o exercício da profissão de Bibliotecário. Diário Oficial, Brasília, 19 ago. 1965. p. 7.

BRASIL. Código civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por Juarez de Oliveira. 46. ed.São Paulo: Saraiva, 1995.

Material elaborado pela professora Anna Florência de C.

Martins Pinto, em outubro de 2000, a partir do estudo realizado da

última reforma das normas da ABNT sobre Referências Bibliográficas,

NBR 6023 de agosto de 2000.

Baseado no documento produzido pelas professoras: Anna Florência de Carvalho Martins Pinto da PUC-Minas - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Curso de Ciências Biológicas. (reprodução autorizada)

87

Page 88: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Referências – elaboração: NBR 6023. Rio de Janeiro: ago. 2000. 22 p.

88

Page 89: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Exercícios de Referências Bibliográficas

UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio - Escola de Gestão e Negócios

Curso:________________________________________________Turno:_______

Metodologia do Trabalho Científico

Atividade: Exercícios de Referências Bibliográficas

Nome:__________________________________________Data: ___/____/____

Instrução: Com os elementos dados, organize as respectivas

referências bibliográficas, conforme a NBR 6023/2000 da

ABNT.

1 Livros considerados no todo

1.1 Autor: Antônio Mendes Júnior

Título do livro: Movimento estudantil no Brasil

Número da edição: 2a edição revista e ampliada

Local: São Paulo

Editora: Editora Brasiliense

Ano: 1987

Total de páginas: 96

1.2 Autores: Oscar Manuel Ferreira e Plínio Dias da Silva Júnior

Título do livro: Recursos audiovisuais no processo ensino-

aprendizagem

Número da edição: 1a edição

Local: São Paulo

Editora: EPU

Ano: 1986

Total de páginas: 144

1.3 Autores: Luis Eduardo Wanderley, Isabel Cappelleti, Marcos

Macedo,Maria das Graças Muzokami,Sérgio Vasconcelos

de Lima

Título do livro: A prática docente na universidade

Número da edição: 1a edição

Local: São Paulo

Editora: Editora Pedagógica e Universitária Ltda

89

Page 90: Metodologia do trabalho científico.doc

Ano: 1992

Total de páginas: 108

2 Livros considerados em parte

2.1 Autores da parte e do livro: André Beauchamp, Roger Graveline,

Claude Quiviger

Título do livro: Como animar um grupo

Título da parte: Técnicas de animação para um grupo pequeno

Número da edição: 5a edição

Local: São Paulo

Editora: Edições Loiola

Ano: 1994

Capítulo: 8

Páginas consultadas: 38 a 40

2.2 Autor da parte: José Marcio de Castro

Título da parte: Qualidade total em educação

Subtítulo da parte: Perspectivas e controvérsias

Organizador do livro: Daniel A. Moreira

Título do livro: Didática do ensino superior

Subtítulo do livro: Técnicas e tendências

Número da edição: 2a edição

Local: São Paulo

Editora: Editora Pioneira S/A

Ano: 1997

Capítulo: 10

Páginas consultadas: 165 a 180

3 Artigos de revista

3.1 Autor do artigo: Florência Costa

Título do artigo: Iguais tão desiguais

Subtítulo do artigo: Militantes do MST são condenados num

processo polêmico

Título da revista: Isto É

Local: São Paulo

Número da revista: 1.620

90

Page 91: Metodologia do trabalho científico.doc

Página consultada: 42

Data: 18 de outubro de 2000

3.2 Artigo: Reforma do Estado e segurança pública

Título da revista: Política e administração

Local: Rio de Janeiro

Volume: III

Número da revista: 2

Páginas consultadas: 15 a 21

Data: Setembro de 1999

4 Artigos de jornais

4.1 Título do artigo: Israel promete mostrar força

Título do jornal: Estado de Minas

Local: Belo Horizonte

Data: 25 de outubro de 2000

Página consultada: 9

4.2 Autor do artigo: Mariana Peixoto

Título do artigo: Poemas e canções

Título do jornal: Estado de Minas

Local: Belo Horizonte

Data: 26 de outubro de 2000

Caderno: Espetáculo

Página consultada: 8

1 Tese

Autor: Arthur José Almeida Diniz

Título: Direito Internacional público e o Estado Moderno.

Local: Belo Horizonte

Instituição: Faculdade de Direito da UFMG.

Ano: 1995

Total de páginas: 196

Categoria: Tese

Grau: Doutorado

Área de concentração: Direito

91

Page 92: Metodologia do trabalho científico.doc

2 Trabalho apresentado em Congresso, no todo

Nome do congresso: Congresso Internacional de Hegel

Número: 11

Ano: 1986

Local de realização: Lisboa

Título: Idéia e matéria

Subtítulo: Comunicação ao Congresso de Hegel

Local de publicação: São Paulo

Editora: Livros Horizonte

Data de publicação: 1987

Total de páginas: 96

3 Trabalho apresentado em Encontro

Autor do trabalho: Demerval Saviani

Título do trabalho: A questão pedagógica na formação de

professores

Nome do encontro: ENDIPE – Encontro Nacional de Didática e

Prática de Ensino

Número do encontro: VII

Ano de realização: 1996

Local de realização: Florianópolis

Título da publicação: Anais

Local de publicação: Florianópolis

Editora: INEPE

Ano de publicação: 1996

Volume consultado: II

Páginas consultadas: 521 a 523

92

Page 93: Metodologia do trabalho científico.doc

INSTRUÇÃO: Com os elementos dados, organize as respectivas

referências bibliográficas, conforme a NBR 6023/2000 da

ABNT, em lista bibliográfica alfabeticamente organizada.

1 Título do artigo: A paradisíaca Arraial D’Ajuda

Título do periódico: Viaje Bem

Subtítulo da revista: Revista de borda da Vasp

Autor do artigo: Consuelo Badra

Local: Brasília

Ano: 28

Páginas consultadas: 44 a 45

Data: julho de 2000

2 Autores do livro: Universidade Federal Fluminense

Título do livro: Manual de normalização de trabalhos

técnicos, científicos e culturais

Local: Niterói

Editora: Universidade Federal Fluminense

Ano: 1989

Número da edição: 1a edição

Total de páginas: 84

3 Autor: Wander Melo Miranda

Título da dissertação: Contra a corrente

Subtítulo: A questão autobiográfica em Graciliano Ramos e

Silviano Santiago.

Local: São Paulo

Ano: 1997

Total de páginas: 288

Categoria: Dissertação

Grau: Mestrado

Área de concentração: Letras - Literatura Brasileira

Instituição: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras,

Universidade de São Paulo

4 Autor da parte: Cleone Maria Barbosa Fernandes

93

Page 94: Metodologia do trabalho científico.doc

Título da parte: Formação do professor universitário

Subtítulo da parte: Tarefa de quem?

Organizador do livro: Marcos Macetto

Título do Livro: Docência na universidade

Número da edição: 1a edição

Local: São Paulo

Editora: Papirus

Ano: 1998

Capítulo: 7 Páginas consultadas: 95 a 111

5 Autores da parte e do livro: Maria Célia de Abreu e Marcos

Tarciso Macetto

Título do livro: O professor universitário em aula

Subtítulo do livro: Prática e princípios teóricos

Número da edição: 4a edição

Local: São Paulo

Editora: MG Editoras Associadas

Ano: 1985

Capítulo: 5

Páginas consultadas: 47 a 57

Título da parte consultada: Estratégias para a aprendizagem

Capítulo: 8

Páginas consultadas: 111 a 124

Título da parte consultada: Relação professor-aluno

6 Autor do artigo: Pedro Naves

Título do artigo: Lagos Andinos dão banho de beleza

Título do jornal: Folha de São Paulo

Local: São Paulo

Caderno: Caderno 8

Folha de Turismo

Data: 28 de junho de 1999

Página consultada: 13

94

Page 95: Metodologia do trabalho científico.doc

7 Título do artigo: História sem fim

Título da revista: Educação

Local: São Paulo

Ano do fascículo: 26

Número da revista: 228

Página consultada: 11

Data: abril de 2000

8 Título do artigo: A margem da lei

Subtítulo do artigo: Programa Comunidade Solidária

Título da revista: Revista da Faculdade de Serviço Social da

UERJ

Local: Rio de Janeiro

Número do fascículo: 12

Data: agosto de 1998

Página consultada: 131 a 148

9 Nome do entrevistado: Juan José Llach

Título da entrevista: Vizinho sem fronteira

Título da revista: Educação

Local: São Paulo Ano: 26

Número do fascículo: 228 Páginas consultadas: 5 a 7

Data: abril de 2000

10 Bíblia

Língua: Português

Título: Bíblia Sagrada

Tradução: Centro Bíblico

Número da Edição: 34

Local: São Paulo

Ano: 1982

Editora: Ave Maria

Capítulo: 19

Página consultada: 65

11 Título da obra: Indústria da construção no Brasil

95

Page 96: Metodologia do trabalho científico.doc

Número da edição: 3a edição revista e ampliada

Editora: IBGE

Local: Rio de Janeiro

Ano: 1996

Total de páginas: 80

12 Nome do entrevistado: José Paulo Vieira

Título: Entrevista concedida a Beatriz Castro dos Santos

Local: Belo Horizonte

Data: 3 de abril de 2000

96

Page 97: Metodologia do trabalho científico.doc

ASSUNTO: Fichamento

Fichamento

Anna Florência de C. Martins Pinto

Fichamento consiste na utilização do sistema de ficha para a

tomada de apontamentos, sendo um meio pelo qual o pesquisador retém

o material levantado. Os fichamentos requerem: facilidade de

classificação e maleabilidade.

Em curso de graduação existem dois tipos de fichamentos:

fichamento bibliográfico e fichamento de conteúdo.

A ficha bibliográfica destina-se essencialmente ao registro da

referência bibliográfica completa da obra, podendo apresentar

também a sinopse da mesma.

Pode ser ficha bibliográfica por autor quando o nome vem em

destaque no cabeçalho (na 1a linha) e em seguida a referência

bibliográfica da obra e, se for o caso, a sinopse da mesma.

A ficha bibliográfica por assunto quando o assunto tratado vem

em destaque no cabeçalho (na 1a linha) e em seguida a referência

bibliográfica da obra e, se for o caso, a sinopse da mesma.

A ficha de conteúdo é usada para registrar esquemas, resumos,

cópias ou críticas. Conforme a técnica utilizada o fichamento

poderá ser: ficha esquemática, ficha resumo, ficha resumo crítico,

ficha cópia e ficha crítica obedecendo as normas de cada técnica

que está sendo utilizada.

O primeiro passo para o leitor começar a fazer um fichamento é

decidir qual o tipo de ficha de conteúdo irá ser adotado. Após esta

decisão deve-se observar algumas recomendações para a elaboração do

fichamento de conteúdo como um dos tipos de trabalho científico.

1.Tamanho das fichas: 20cm x 12,5cm ou 22,5cm x 15cm

2.As margens são feitas a lápis, de leve, e devem ser apagadas

no final: esquerda: 2cm e direita: 1cm

97

Page 98: Metodologia do trabalho científico.doc

3.Quando se anota nos dois lados da ficha, no verso se escreve

em sentido contrário ao da frente da ficha.

4.A ficha capa contém os seguintes dados

4.1 Na parte superior, na 2a linha, à margem esquerda e um em cada

linha: Instituição, Curso e Disciplina.

4.2 No centro da ficha, um em cada linha: tipo de ficha e título

do fichamento.

4.3 Na parte inferior, à direita: nome completo do autor(es) do

fichamento (em ordem alfabética).

4.4 Na parte inferior, à esquerda, ao lado da margem de 2cm e na

mesma linha: período e turno.

4.5 Na última linha da ficha, ao lado da margem de 2cm: local e

data de entrega do fichamento.

4.6 O verso da ficha capa fica em branco.

4.7 No verso de todas as fichas não se escreve nem na primeira

linha (vermelha ou preta) e nem na última (linha vermelha ou

preta).

5 Primeira ficha

5.1 Contém, inicialmente, um cabeçalho com os seguintes dados:

5.1.1 Na primeira linha, centralizado, o título do fichamento.

5.1.2 Na linha seguinte, ao lado da margem, a referência biblio

gráfica completa da fonte consultada.

5.1.3 Separa-se o cabeçalho do corpo da ficha por um traço, de

uma borda a outra.

5.1.4 Feito o cabeçalho, inicia-se o fichamento, de acordo com

o procedimento que está sendo utilizado: cópia esquema,

crítica, resumo e resumo crítico.

6 Quanto à numeração das fichas

6.1 A capa não é contada e nem numerada.

6.2 A primeira ficha é contada, mas não numerada.

6.3 Na segunda ficha inicia-se a numeração: na 1a linha, no canto superior à

direita, na margem de 1 cm, somente no anverso das fichas com

algarismos arábicos ímpares.

7 Quanto à entrega do fichamento

98

Page 99: Metodologia do trabalho científico.doc

7.1 Rubricar todos os anversos da ficha, exceto a capa, na margem

inferior à direita, quando o fichamento for individual.

7.2 Reunir todas as fichas, perfurá-las, amarrá-las ou colocar as-

piral na margem superior.

Exemplo de ficha bibliográfica por autor, com sinopse

BARROS, Aidil Paes de, LEHFELD, Neide Aparecida Souza

BARROS, Aidil Paes de, LEHFELD, Neide Aparecida Souza.

Proje-

to de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis:

Vozes,

1990. 102 p.

O livro Projeto de pesquisa: propostas metodológicas,

procura informar o valor e meios de aprendizado dos

Procedimentos metodológicos da pesquisa, apresentando os

conhecimentos fundamentais para elaboração e

desenvolvimento

de projetos de pesquisa científica.

99

Page 100: Metodologia do trabalho científico.doc

Exemplo de ficha bibliográfica por assunto, com sinopse

Construindo o Saber

CARVALHO, Maria Cecília M. de (Org.). Construindo o saber:

técnica de Metodologia Científica. Campinas: Papirus, 1988.

180 p.

Apoiada em dois eixos – um predominantemente teórico

e o outro de cunho mais prático a obra orienta o estudante

universitário na realização de trabalhos acadêmicos ou

científicos e, ao mesmo tempo, promove através da Método-

logia, uma reflexão filosófica sobre o homem e o saber ci-

entífico.

100

Page 101: Metodologia do trabalho científico.doc

Exemplo de ficha resumo

Ficha capa

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Instituto de

Curso de

Metodologia do Trabalho Científico

Ficha resumo

O Homem e a Ciência

Anna Florência de C. Martins Pinto

1o Período – Turno

Belo Horizonte, 01 de fevereiro de 2002.

101

Page 102: Metodologia do trabalho científico.doc

Primeira ficha

O Homem e a Ciência

TUFANO, Douglas. O homem e a ciência. In: ___. Estudos

de Língua e literatura. 3. ed. ampl. São Paulo: Moderna,

1985.

216 p. p. 158.

1 Introdução

O autor aborda os prós e contra da utilização

do desenvolvimento científico para a humanidade.

2 Desenvolvimento

O desenvolvimento científico tem colaborado para

criar um mundo de justiça, paz e progresso;

acabando com doenças, unindo povos e progredindo a arte.

Mas, sua má utilização tem deixado o homem angustiado

que vê sua própria sobrevivência na terra, correr risco.

Deste modo propõe uma reavaliação dos usos do

desenvolvimento científico que não podem ser privilégios

de alguns grupos de pessoas, que estão tomando decisões que

dizem respeito a toda humanidade.

3 Conclusão

O desenvolvimento científico tem criado um mundo e

melhor, mas, sua má utilização tem causado

infelicidade preocupação no homem, o que deve ser reavaliado.

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