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“O cristão não vive em si mesmo, mas em Cristo e no próximo. Em Cristo, pela fé, e no próximo, pelo amor.” (Martinho Lutero) Metodismo Metodismo Metodismo Metodismo Metodismo valoriza as valoriza as valoriza as valoriza as valoriza as crianças crianças crianças crianças crianças 31 de Outubro 31 de Outubro 31 de Outubro 31 de Outubro 31 de Outubro Dia da Reforma Dia da Reforma Dia da Reforma Dia da Reforma Dia da Reforma Informativo da Igreja Metodista de Vila Isabel OUTUBRO 2006 Médicos e Médicos e Médicos e Médicos e Médicos e Professores Professores Professores Professores Professores recebem recebem recebem recebem recebem homenagem homenagem homenagem homenagem homenagem

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Page 1: Met da Vila Nov - MetodistaVilaIsabelcola Dominical, que começa às nove e meia da manhã. Lembre-se que trazer as crianças à igreja é realmente uma prova de amor. João Wesley

“O cristão não vive em si mesmo, mas em Cristo e no próximo.Em Cristo, pela fé, e no próximo, pelo amor.” (Martinho Lutero)

MetodismoMetodismoMetodismoMetodismoMetodismovaloriza asvaloriza asvaloriza asvaloriza asvaloriza ascriançascriançascriançascriançascrianças

31 de Outubro31 de Outubro31 de Outubro31 de Outubro31 de OutubroDia da ReformaDia da ReformaDia da ReformaDia da ReformaDia da Reforma

Informativo da Igreja Metodista de Vila Isabel – OUTUBRO 2006

Médicos eMédicos eMédicos eMédicos eMédicos eProfessoresProfessoresProfessoresProfessoresProfessores

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Produção gráfica - Eclesiarte EditoraTel.: (21) 2252-2217

Disponível apenas no site:www.metodistavilaisabel.org.br

Endereço para Correspondência:Blvd. 28 de Setembro, 400Tel. (21) 2576-7832CEP: 20551-031 - Rio de Janeiro - RJ

PASTORES DA IGREJARev. Ronan Boechat

Pastor Adilson MonteiroPastor Rubem Almeida

Congregação do GrajaúPastor Luciano Vergara

METODISTA DA VILAMETODISTA DA VILAMETODISTA DA VILAMETODISTA DA VILAMETODISTA DA VILAInformativo da

Igreja Metodista de Vila IsabelEditado pelo Ministério de Comunicação

Outubro/2006 - Nº 1-DEditores – Rev. Ronan Boechat

João Wesley DornellasFotos - Arquivo da Igreja

Roberto PimentaBeth Soares

Foi grande o sucesso e areceptividade alcançados pelo pri-meiro exemplar de “METODISTADA VILA”, a revista da comunida-de Metodista de Vila Isabel. Nossoplano inicial era editá-la apenas emocasiões especiais. Muitos dos lei-tores, no entanto, têm sugerido umacirculação mais freqüente. Resolve-mos, então, atender a essas suges-tões mas, como produzir uma revis-ta custa muito dinheiro, tivemos queter criatividade. Assim, este exem-plar de METODISTA DA VILA, onº 1-D (de digital), circula somentena Internet. No próximo mês denovembro, apresentaremos o núme-ro 2, impresso, com um editorialespecial para as comemorações doNatal de Jesus. De acordo com osnossos planos, essa edição circula-rá contendo sugestões de progra-mas e outras atividades natalinas,dentro do conceito de que, mais doque uma ocasião festiva da famíliae dos amigos, o Natal é uma co-memoração religiosa, que mereceser comemorada nessa dimensão,não só na Igreja mas, principal-mente, na alegre festividade dasfamílias reunidas. Tão logo sejapossível, dependendo dos patro-cínios que recebermos, circula-

remos mensalmente, ou a cada 45dias, com uma revista impressa.

Temos neste mês de outubro duasocasiões especiais que são o assuntoprincipal desta edição. A primeira de-las, no dia 12, é o Dia da Criança.Nós sabemos que as crianças sãomuito importantes e delas depende ofuturo do nosso mundo. Por isto, elassão – ou devem ser – uma prioridadeabsoluta no trabalho de nossa Igreja.Sempre foi assim na Igreja Metodista.Nós estamos comprometidos com odesenvolvimento harmônico de nos-sas crianças, não só no espiritual, masnos outros fatores também. Os roma-nos diziam “mens sana in corporesano”, ou seja, “mente sã num corposão”. Assim, tudo na formação soci-al, educacional, cultural e moral dascrianças, é uma prioridade não só daIgreja Metodista, como instituição,como deve ser também de cada pes-soa que se diga metodista. Algunsassuntos desta edição referem-se à vi-são que os metodistas têm, a come-çar de seu fundador João Wesley, deamor pelas crianças. Seguir a Cristoimplica em valorizar as crianças e nos-so Mestre Jesus sempre nos deu osexemplos a os conselhos sábios parao nosso trato com elas, “porque de-las é o Reino de Deus”. Do que fizer-mos por elas, virão certamente o de-senvolvimento de nosso país e tam-bém o de nossa igreja.

Os Metodistas são protestantes, istoé, são herdeiros da Reforma Protes-tante do Século 16. Isto significa quesomos um dos ramos que surgiramdepois de que Lutero afixou suas te-

ses na Catedral de Wittenbergem 31 de outubro de 1517. Oque Lute ro p lane jou fo iexatamente uma volta às práti-cas e doutrinas originais da Igre-ja Primitiva, que alcançou umgrande crescimento nos primei-ros séculos de nossa era. Comoera um dos lemas do própriomovimento, a Igreja Reformadadeve estar sempre se reforman-do, isto é, tentar ser o mais pa-recida possível com a Igreja queCristo queria que ela fosse. Nodecorrer dos séculos que se se-guiram, no entanto, vieram algu-mas divisões, que geraram ou-tras, e hoje os protestantes dãoum péssimo testemunho de di-visão e de proliferação de tan-tas seitas e denominações. Essaseqüela das divisões tem preju-dicado muito o entendimentoque os não cristãos têm da Igre-ja de Cristo. O ideal Metodistaé o mesmo que Jesus nos disseantes de ser crucificado. Elequeria a união de todos, “paraque o mundo creia”. É com esseespírito que os Metodistas co-memoram o Dia da Reforma.Leia o que estamos publicandosobe o assunto nesta edição.

No mais, agradecemos areceptividade de nossa revista eesperamos que os leitores tambémgostem da idéia e desta edição di-gital. Os que preferirem a leituraem papel, poderão perfeitamenteimprimi-la em suas impressoras.

Reforma Protestantee Ação pela Criança

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

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te sua mãe Suzana, sempre cuidaramde sua formação espiritual e intelectualmas sem abrir mão de uma vida real-mente disciplinada em tudo. Essa basefamiliar permitiu a Wesley, ao se tornarpastor, ter uma preocupação grandecom as crianças do seu tempo e, porsua atividade e exemplo, pode-se dizerque os Metodistas são, em toda a cris-tandade, um dos grupos mais preocu-pados com as crianças e seu desenvol-vimento físico, emocional e espiritual.

A história de João Wesley está cheia deepisódios que refletem sua preocupa-

ção com as crianças. Ela começou bemantes do início do Metodismo. Já em1737, estando como missionário nacolônia inglesa da Geórgia, na Améri-ca, Wesley ministrava o catecismo paraelas nos sábados e domingos. Na es-cola, muitos dos seus alunos, por faltade posses, iam de pés descalços, sen-do motivo de chacota dos outros. Paracontornar o problema e eliminar essetipo de orgulho, João Wesley foi dirigiras aulas também descalço.

Quando em 1769 a inglesa Hanna Ballcriou a Escola Dominical, a instituição

“Deus começa sua“Deus começa sua“Deus começa sua“Deus começa sua“Deus começa suaobra com asobra com asobra com asobra com asobra com as

crianças”crianças”crianças”crianças”crianças”

“Deus começa sua“Deus começa sua“Deus começa sua“Deus começa sua“Deus começa suaobra com asobra com asobra com asobra com asobra com as

crianças”crianças”crianças”crianças”crianças”AAAAA Bíblia nos diz que algumascrianças foram levadas a Jesus

para que ele lhes impusesse as mãos eorasse por elas. Os discípulos, porquecertamente Jesus era uma pessoa muitoocupada, tentaram impedir que elas seaproximassem, repreendendo-as comenergia. Vendo isso, Jesus, chamando-as para junto de si, ordenou-lhes:“Deixai vir a mim os pequeninos e nãoos embaraceis, porque dos tais é o rei-no de Deus”. Em outra oportunidade,perguntado sobre quem é o maior noreino de Deus, Jesus pega uma criançae responde: “quem receber uma crian-ça, tal como esta, em meu nome, a mimme recebe”.

O cristianismo é, portanto, a religiãoda valorização da criança. JoãoWesley, o fundador do Metodismo, eratão preocupado com elas que escre-veu em seu Diário (8.6.1784) a fraseacima, isto é, que “Deus começa a suaobra com as crianças”. Ele levava istomuito a sério. Seus pregadores eraminstados a fazer trabalho regular comelas, a visitá-las, a reuni-las pelo me-nos uma vez por semana, a conversarcom elas e, mais importante ainda, aorar sinceramente por elas. Não eraum trabalho fácil para eles, acostuma-dos que estavam a não reconhecer ascrianças na mesma dimensão de amorrecomendada por Jesus Cristo.Treinaros seus pregadores para a valorizaçãodas crianças foi uma tarefa que JoãoWesley a si mesmo se impôs e os re-sultados foram muito bons. Mesmo as-sim, ele dizia em seu Diário (25.8.1776)que as crianças eram a parte mais difí-cil do seu ofício de pastor.

Wesley foi criado num lar verdadeira-mente cristão e seus pais, especialmen-

João Wesley pregando ao ar livre em Willybank’in, na Irlanda

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que mais atende crianças em todo omundo, Wesley não só aplaudiu a idéiamas fez com que ela se espalhasse portodo o Movimento Metodista. Logo de-pois, a idéia foi adotada pelas demaisdenominações, até para muitas igrejascatólicas, e foi a força motriz da valori-zação da criança na vida da Igreja e dasociedade. Da mesma forma, oMetodismo criou orfanatos e escolas.Algumas das escolas dominicais chega-ram a ter cerca de 1.000 alunos. O Diá-rio de João Wesley contém várias pas-sagens relatando o trabalho importantede centenas de professoras de EscolaDominical e o amor que elas dedicavamà formação das crianças. Mais tarde, em1780, surgiu, com o jornalista metodistaRobert Raikes, em Gloucester, a primei-ra escola dominical para meninos de rua,que ensinava, além dos preceitos bási-cos do cristianismo, inglês e aritmética.

Materiais eram preparados especial-mente para as crianças. Da mesma for-ma como os adultos eram atingidos pe-los hinos compostos especialmente porCarlos Wesley, irmão de João, chama-do o “arauto melodioso”, ele tambémcompunha canções para crianças con-

tendo, no nível de sua compreensão, osalicerces da fé cristã. Da mesma for-ma, João Wesley escreveu um livrinhode orações para crianças.

No Brasil, com as mesmas preocupa-ções de valorização e aperfeiçoamentoespiritual e cultural das crianças, a pri-meira escola dominical foi implantadapelo Rev. Justin Spaulding, missionáriometodista, logo depois de chegar aoBrasil em 1836. Ainda no mesmo sé-culo 18, outro missionário, o Rev. JohnJames Ransom, criou a primeira publi-cação brasileira dirigida especialmenteàs crianças. “A nossa gente pequena”,esse era o nome da publicação, ante-cedeu por mais de 20 anos a revista“Tico Tico” que ainda é considerada pormuitos como a pioneira no Brasil.

A Igreja Metodista de Vila Isabel cultivaa mesma tradição de prestação de servi-ços à criança. Além dos trabalhos soci-ais, com ênfase no programa de Refor-ço Escolar, temos uma escola dominicalonde as crianças são divididas, de acor-do com as faixas etárias, em classes paraestudo. Na Capela das Crianças, umtemplo em miniatura, as crianças se reú-

nem para prestar culto a Deus e entoarlouvores. Nossa Capela das Crianças,um ambiente bem acolhedor para crian-ças, com bancos à sua altura, é prova-velmente a única existente no Brasil.

Se você não faz parte de nossa comu-nidade, está convidado a trazer suascrianças de qualquer idade a nossa igre-ja. Temos ótimas instalações, salas detrabalhos manuais, televisão e até ber-çário e fraldário com água corrente paraas menorzinhas. E se você já é membrode nossa comunidade, não perca a pos-sibilidade de trazer suas crianças à Es-cola Dominical, que começa às nove emeia da manhã. Lembre-se que trazeras crianças à igreja é realmente umaprova de amor. João Wesley dizia queamava muito a Escola Dominical. Ven-do as bênçãos que ela vai possibilitaraos seus queridos filhos, você tambémvai amá-la de igual forma.

Finalmente, uma coisinha. Se Deus co-meça a sua obra com as crianças, nósdevemos começar com quem? Pelascrianças, é claro. Não prive, portanto,suas crianças de se desenvolverem aospés de nosso bom Deus.

João Wesley com 13 anos

Robert Raikes e sua Escola Dominical para meninos de rua em 1783

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Nossa Igreja de Vila Isabel tem uma capela para crianças,um templo especial planejado para utilização das crianças.Na época em que foi criada, as crianças não tinham oportu-nidade de participar dos cultos no templo, a não ser em even-tos especiais. Esse foi um projeto feito no ano de 1980 eexecutado em tempo bem rápido. Muitos membros fizeramofertas de amor para que o projeto fosse realizado.

Na Capela das Crianças, exemplo que ainda não foi seguidopor outras igrejas, o ambiente de culto é completo emboraem miniatura. Os bancos foram planejados para crianças e adecoração também. O projeto contou com grande colabo-ração do pastor da época, Rev. Ferdinando Coelho, quecedeu a sala onde se localizava o Gabinete Pastoral para aobra da capela. Ele deu o devido valor à idéia ao convidar oBispo Paulo Ayres Mattos, responsável pela 1ª Região Ecle-siástica, para vir inaugurar e consagrar a Capela. Ela é temportanto status de templo, isto é, só deve ser usada ematividades de culto ou ensino da Bíblia. Do projeto inicial,

Vila Isabeltem Capela

paraCrianças

ainda estão faltando uma porta de entrada com aparência deporta de igreja e vitrais coloridos nas janelas centrais.

A idéia foi da superintendente da época, Professora AliceSoares Dornellas e, além da contribuição financeira de muitagente, a obra contou com a colaboração especial do saudo-so Sebastião de Oliveira, chamado pelos amigos de TiãoCarpinteiro, que esmerou-se em preparar, com muito amor ecom suas mãos abençoadas e inspiradas, o estrado, o púlpi-to, os lambris de madeira e a própria cruz da Capela das

Crianças. Na realidade, ele era marceneiro e foi responsávelpor outras coisas importantes em nossa Igreja, como a cruzdo templo, por exemplo, e muitos móveis até hoje em uso.

Tem faltado ainda uma outra coisa, encher a nossa capelacom crianças. Lembremo-nos de que trazer os filhos à Igrejaé uma prova de amor. É papel intransferível dos pais, comonos ensina a Bíblia, que precisam “educar as crianças nocaminho que devem andar”.

Acima, atividades para as crianças do Reforço Escolar; àesquerda, estandartes que fazem parte da decoração.

Rev. Ferdinando Coelho, pastor da Igreja, na inauguração daCapela das Crianças em 1980

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489anos

A situação da Alemanha no século XVIera crítica. Impostos escorchantes, inter-ferências recessivas do governo na eco-nomia e muitos escândalos de subornona administração pública, que era one-rosa e corrupta. Tudo isso ocorria nãosomente com o aval, mas com contribui-ção efetiva tanto do alto como do baixocleros. Foi quando no dia 31 de outubrode 1517, de modo nada usual, um pro-testo foi lançado contra um abuso ecle-siástico. Um monge, professor da re-centemente fundada universidade alemã,provocou a maior revolução de todahistória da Igreja Cristã. Naquele dia,aquele monge agostiniano afixou nas por-tas da igreja de Wittenberg suas 95 tesescom questões teológicas relativas ao usode indulgências. De uma certa forma,pode-se considerar aquela data como ado início da Reforma Protestante.Martinho Lutero, autor do protesto, éum dos poucos homens de quem sepode dizer que sua obra alterouprofundamente a história do mundo.Não era organizador nem político. Mo-via os homens pelo poder da fé religio-sa resultante da inabalável confiança emDeus e da relação direta, imediata e pes-soal com Ele. Lutero que fora, na suajuventude, tremendamente marcadopelo sentimento de pecaminosidade,escapou da morte quando um raio qua-se o atingiu e decidiu tornar-se monge.Fez da vida monástica a sua oferta pes-soal a Deus, esperando receber dEle asua aprovação. Com confissões inter-mináveis, sacrifícios, como dormir noinverno europeu sem cobertor, obedi-ência rigorosa às “exigências” divinas,ele tentava um meio de agradar a Deuse conseguir sentir o tão almejado per-dão. Tudo mudou quando ele. foi en-volvido pela mensagem da Carta aosRomanos (Rm 1,17), “O JUSTO VI-VERÁ PELA FÉ”. Assim, tomou pos-se da dádiva divina que os grupos co-

rais em todo mundo cantamcomo “A MARAVILHOSAGRAÇA” de Deus.Daí para frente SOLAGRATIA (a graça somente),como dizia, era bastante paraconseguir o sentimento dejustificação, e SOLASCRIPTURA (A Bíblia so-mente) nortearia a sua fé e nãomais a tradição. O sacerdóciouniversal dos crentes, pensamentoformulado pelo monge imediatamenteapós a experiência anterior, colocavatodos os crentes diretamente em contatocom Deus. Agora o povo podia se con-fessar e orar sem a necessidade deintermediários, como fazia crer a Igrejada época. “Sobre a Liberdade Cristã”,sua terceira grande obra, apresentavao grande paradoxo da experiência cris-tã: “Um cristão é o senhor mais livrede todos, e não está sujeito a nin-guém. Um cristão é o mais devotoservo de todos, e a todos está sujei-to.” É livre porque é justificado pela fé,e é servo porque, pelo amor, coloca suavida a serviço de Deus. Por tudo isso,o papa Leão X, que se viu ameaçadonos três alicerces do poder da igreja: asupremacia do sacerdote sobre o leigo,o direito exclusivo de interpretar as Es-crituras e o perdão conseguido unica-mente pelo pagamento de indulgências,o perseguiu, forçando-o a se refugiar no

castelo-fortaleza de Wartburg. De lá, dofundo do seu exílio, Martinho Lutero nosdeixou mais uma inspirada,encorajadora e desafiadora mensagem,desta feita sob a forma de música:“CASTELO FORTE”, quando teste-munha que a despeito de todas as for-talezas construídas pelo homem, o seucastelo forte não é outro senão o nossoDeus.A Reforma Protestante deve ser lem-brada não somente como uma conquis-ta do passado distante, mas princi-palmente como testemunho de fé emDeus e no futuro do mundo, pois pormais sombrio que possa parecer o es-tado de coisas que nos cerca, o nossoherói nos induz a experimentar que, pelaMaravilhosa Graça de Deus: “O Prín-cipe do Mal, com seu Plano Infernal,já condenado está, vencido cairá poruma só PALAVRA”. (S.D.)

489anosLutero afixa as 95 teses na porta da

Catedral de Wittenberg

Reforma ProtestanteReforma Protestante

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Um pouco mais de duzentos e vinteanos é a diferença de tempo entre aafixação das 95 teses de Lutero naCatedral de Wittenberg(31.10.1517), que deram origem àReforma Protestante, e a chamada

“Experiência do Coração Aquecido” de João Wesley(24.5.1738) que, por sua vez, deu origem à Igreja Metodista.A Graça amorosa de Deus é o poderoso elo que une as duasexperiências. Na de Lutero, em sua tese nº 62, ele reafirmaque “o verdadeiro tesouro da Igreja é o Santíssimo Evangelhoda glória e a Graça de Deus.

A experiência de João Wesley foi fortemente marcada pelopensamento de Lutero. Vejamos como Wesley mencionou noseu Diário o que ocorreu naquela noite:

“À noite, fui sem grande vontade a uma reunião na RuaAldersgate, onde alguém lia o prefácio de Lutero à Epístolaaos Romanos. Cerca de um quarto para as nove, enquantoele descrevia a mudança que Deus realiza no coração pela féem Cristo, senti meu coração estranhamente aquecido. Sentique confiava em Cristo, somente em Cristo, para a salvação;e uma segurança foi-me dada, de que Ele havia perdoado osmeus pecados, sim os meus pecados, e salvou-me da lei dopecado e da morte”.

Aqui estão algumas das palavrasde Lutero que foram ouvidasnaquela reunião: “a fé é umaenergia do coração, tão efi-caz, viva e inspiradora, que éincapaz de permanecerinativa. A fé é uma constanteconfiança na misericórdia deDeus para conosco, pela qualnos lançamos imediatamenteem Cristo e nos entregamosinteiramente a Ele”

Lutero eWesley

“Vejamos primeiro o modo de orar, isto é,como havemos de orar.Há de se orar usando poucas palavras mastendo muitos e e bem profundos pensamen-tos e sentimentos. Quanto menos palavras,melhor é a oração e vice-versa; quanto maispalavras, pior é a oração. Poucas palavrase muitos pensamentos é cristão, todaviamuitas palavras e escassos pensamentos écoisa própria de pagãos. Foi por isto queJesus nos disse: “Não sejais prolixos comoos gentios”. Em outra ocasião, assim Cris-to fala à mulher samaritana: “Os verdadei-ros adoradores adorarão ao Pai em espírito eem verdade; porque são estes que o Pai pro-cura para seus adoradores”.Sendo assim, “orar em espírito” ou “espiritu-almente” é o contrário da oração carnal, e orarem verdade é o contrário da oração aparente:A “oração carnal” e “aparente” consiste emmurmúrios e tagarelice, que se faz com os lá-bios mas sem meditação alguma. Para os de-mais, é como se orasse, e a oração sai dosseus lábios mas não é verdadeira. Pelocontrário,m a oração espiritual e verdadeira éum anseio interior, um suspirar e uma ânsiaque brota do mais profundo do coração. Aoração de lábios faz hipócritas,ensoberbecidos e falsos, enquanto que a ver-dadeira oração forma filhos de Deus, santos etemerosos”

Como a oração deve ser(Pequeno trecho de Lutero extraído do seu livro “O Pai Nosso”, publicado em 1519)

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PALAVRA PASTORAL

Rev.Ronan Boechat

A NECESSIDADE DE SE MANTERO ESPÍRITO DA REFORMA

Jesus pregou o Evangelho do Reinoe o ensinou aos discípulos. Os dis-cípulos por sua vez foram fazendonovos discípulos e os ensinando afé cristã. Mas ao longo da históriada Igreja vemos o quanto a mensa-gem de Jesus foi deturpada, adequa-da, adaptada e até esvaziada em seusentido original.

Alguns cristãos ao longo da históriaperceberam isso e lutaram por re-formas na vida da Igreja, ou seja,confrontar nossa fé com a pessoafundante do cristianismo, Jesus Cris-to, e sua mensagem original. Voltaràs fontes.

Praticamente todas as vezes que va-mos sair de casa e que nos arruma-mos, nos colocamos defronte do es-pelho, para ver como está a apa-rência: o cabelo, a maquiagem, aroupa, etc... É um rito quotidiano.Estamos sempre usando o espelhopara dar aqueles retoques necessá-rios à nossa aparência.

Na Igreja, a Bíblia e a história de Je-sus, o Deus que se fez homem, de-veriam ser o espelho da Igreja. E aIgreja constantemente colocar-sefrente a esse espelho, que revela nãoapenas a aparência mas quem de fatonós somos. Não colocar-se diante deum texto bíblico retirado de seu con-texto como tanto temos visto, e queao invés de nos revelar nossos des-leixos e distorções, acaba legitiman-do as distorções, próprias de inter-pretações equivocadas, fragmentári-as..., como se uma pessoa se olhas-se diante daqueles espelhos cônca-

vos ou convexos que deformam a ima-gem. Aí se acredita que a verdadeiraimagem da igreja é a deformação.

Essa edição de nossa revista trata daReforma Protestante de 1517. E comela a história de um homem corajoso ede fé, que conseguiu (acreditamos!!)sob as bondosas mãos de Deus, fazera igreja cristã confrontar-se com elamesma, denunciando as práticas defor-

madas e clamando que tivéssemos o Je-sus histórico (o Deus encarnado!) porparâmetro e modelo, voltando às ori-gens e às fontes originais do Evangelho.

É verdade que embora o nome deMartinho Lutero seja o do herói daReforma Protestante (e ele deve serlembrado por nós com essa justa ho-menagem), não podemos nos esquecerdos que o precederam e abriram cami-nhos para a Reforma enfrentando, in-clusive, a perseguição de uma igreja cru-el e intolerante e o martírio.

Quero lembrar nessa edição os no-mes de Tomás Bradwardine (teólo-go e matemático inglês do século XII),Gregório de Rimini (teólogo italiano),João Wycliffe (professor da Universi-dade de Oxford), João Huss (sacer-dote da Boêmia que foi queimado empraça pública por ordem do Concíliode Constança em 1384), João deWessel (teólogo alemão que morreuem 1489 na prisão após ser conde-nado pela “heresia” de querer que ossacerdotes tivessem uma vida seme-lhante com a de Jesus e por opor-se àvenda das indulgências), JerônimoSavonarola (monge dominicano itali-ano que foi enforcado em 1498 pordenunciar a imoralidade papal),Desidério Erasmo, também conheci-do como Erasmo de Roterdam,(humanista holandes que satirizou iro-nicamente os desvios da Igreja em seufamoso livro “Elogio da Loucura”).

E ainda precisamos lembrar dos no-mes dos outros Reformadores aolado de Lutero, a saber: UlricoZuínglio, João Calvino, João Knox,Tomás Münzer, André Von Carlstadt,Felipe Melâncton, Matias FlácioIlírico, Martinho Chemnitz, ZacariasUrsino e Gaspar Oleviano, JoãoEcolampádio, Guilherme Farel,Martinho Bucker, Henrique Bullingere Teodoro Beza, entre outros.

Homens dos quais, segundo Hb11:38, “o mundo não era digno”.

Louvado seja Deus, porque se hádesvios na vida da Igreja, também háo Espírito Santo que usa homens emulheres para promover as reformasnecessárias na vida de sua igreja.

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Com uma belíssima audição no dia 24 de setembro, o CoralHenrique Soares comemorou condignamente o seu 71º aniversá-rio de fundação. No culto em ação de graças o Coral brindou umtemplo superlotado com belíssima audição sob a regência de SiléaStopatto. O programa foi bonito e variado, fazendo parte de umaliturgia muito bem preparada. Quarenta cantores muito bemensaiados, no que foram acompanhados ao piano pelo Prof.Aurélio Vinicius Mellch, ao órgão pela Profª Domitila Balesteros eao violino pela Profª Marília F. Aguiar, brilharam pela harmonia ebeleza dos hinos. O programa se encerrou com o “Aleluia” deHaendel e o recessional ao som da 18ª Variação de Rachmaninoff.

Após o culto, todos os presentes participaram de uma festa naQuadra de Esportes, durante a qual foi cortado o tradicionalbolo de aniversário. Foram momentos de grande confraterniza-ção e alegria. O ambiente estava muito bem decorado e foramservidos salgadinhos, bolos e refrigerantes. O Coral HenriqueSoares tem Joel Quintino como seu presidente. Ao final doculto, ele homenageou a regente e os instrumentistas e agrade-ceu a presença de tantos visitantes.

O Coral Henrique Soares já está preparando sua Audição deHinos de Natal que será, como tem acontecido em todos os anos,um momento de alegria e deslumbramento. O Coral HenriqueSoares convida os interessados no cântico coral a se associaremao grupo. Todos serão muito bem-vindos. Os ensaios são nasquartas feiras à noite e nos domingos logo após o culto matutino.

É uma oportunidade de entrar logo para o Coral, em tempo departicipar dos ensaios para a audição de Natal.

Coral Henrique Soarescomemora 71 anos de vida

Curso deAlfabetizaçãode Adultos

Esse é um programa muito impor-tante do Ministério de Ação Social,que conta com a supervisão deÂngela Oliveira. As professorassão Neuma Mancuso e Nanci deOliveira. As aulas são de segunda àquinta-feira, de 20 às 22 horas.Diversas professoras têm prestadoesse serviço voluntário de ensinaradultos a ler e escrever. Muitos dosseus ex-alunos não só aprenderama ler mas continuaram a estudar,obtendo melhores empregos emaior senso de realização pessoal.Para que o programa seja aumenta-do, é necessário que professoras eprofessores se ofereçam para essetrabalho de amor. É realmente umatarefa cansativa mas vale a pena

pelos benefícios que ela traz àspessoas atingidas pelo programa.Hoje temos 30 alunos que sãodivididos em duas turmas. Vejamas fotos de Ângela e Nanci.Infelizmente, Neuma não estavapresente no momento das fotos.Ângela Oliveira

Nanci de Oliveira

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O Ministér io do “Reforço Escolar” comemoroucondignamente o Dia da Criança. Setenta criançaspassaram o dia na Cidade das Crianças, jardim-parqueda Prefeitura, localizada no subúrbio de Santa Cruz,a cerca de 70 quilômetros de nossa Igreja.. O grupofoi conduzido pela Coordenadora do Ministério e seuscolaboradores em dois confortáveis ônibus especiais,que foram e voltaram na maior segurança. A caravanalevou alimentação farta e gostosa paratodos, que se divertiram a valer. As fotosdo pas se io mos t r am a a l eg r i a da scrianças na comemoração do seu diaespecial, 12 de outubro. Na realidade,para os alunos do programa de ReforçoEscolar, todo dia é dia das crianças.

Reforço ComemoraDia da Criança

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O trabalho do médico é certamente muito difícil. Os desafiosprofissionais de aperfeiçoamento contínuo, para melhorexercício da medicina, conflitam com jornadas de trabalhocansativas e a necessidade de trabalhar em muitos lugares aomesmo tempo. E tudo isto para rendimentos muito menoresdo que certamente eles merecem. Num mundo de péssimosserviços prestados por muitos órgãos públicos à saúdehumana, há ainda os convênios, que remuneram muito mal otrabalho dos médicos.Felizmente, todos os problemas são contornados quando osmédicos têm, além de sua consciência e preparo profissional,uma fé que os sustenta e os anima para a caminhada. Écertamente o caso dos médicos de nossa Igreja, que temoso prazer de homenagear neste 18 de outubro, Dia dosMédicos.Um deles, o Dr. Paulo Cavalcante, agora aposentado, queera ginecologista-obstetra, médico do Exército, cantor doCoral Henrique Soares e foi também Superintendente denossa Escola Dominical. Temos aqui em nossa Igreja muitaspessoas que nasceram pelas mãos habilidosas do Dr. PauloCavalcante. Homenageando-o, nós estamos realmentedando graças a Deus por todos os médicos cristãos, princi-palmente os que são membros de nossa Igreja.Temos hoje em nossa Igreja muitos profissionais da Medici-na que estão honrando o nome de Metodistas em seusconsultórios, nas mesas de cirurgia, na administração deunidades hospitalares e também nas tarefas de ensino degraduação e pós-graduação. A todos eles o nosso reconhe-cimento por colocarem suas vocações profissionais nasmãos de Jesus e dedicarem suas vidas a serviço tão nobre.

18 de OutubroDia do Médico

A Bíblia nos diz que, “se a tarefa éensinar, que haja dedicação aoensino”. Esta é uma regra para umgrande número de membros denossa Igreja, homens e mulheres,que se dedicam ao ensino. Temosem nossa comunidade um grandenúmero de professores e profes-soras de primeiro e segundo grause também do ensino de 3º grau(graduação e pós-graduação). Al-guns deles estão repartindo osseus dons ensinando na EscolaDominical, no Reforço Escolar eno Curso de Alfabetização deAdultos. Gostaríamos que maisprofessores participassem dessas

15 de outubro – Dia do Mestretarefas, especialmente da nossa Es-cola Dominical.E gostaríamos de, através de duas pes-soas de nossa Igreja que sempre honra-ram e ministério do ensino, tanto nas es-colas como na Escola Dominical de nossaIgreja, homenagear todos os professo-res de nossa igreja, na ativa ou já apo-sentados. São a Professora Alice DiasAlves, com 85 anos, que foi professorade nossa Escola Paroquial, e o Profes-sor Erasmo da Silva Santos, com 92anos, com proveitosa carreira no ensinopúblico municipal e estadual. Ambos fo-ram também superintendentes de nossaEscola Dominical e, durante muitos anos,professores da mesma.

A Igreja Metodista de Vila Isabel, aomesmo tempo que rende graças aDeus pela vocação à que os nossosprofessores foram chamados, estáorando para que Deus abençoe rica-mente o seu trabalho. Aos que já seaposentaram, depois de uma longajornada de anos e mais anos de ensi-no, nós também estamos orando poreles e dizendo-lhes, para os que ain-da dispõem de saúde e de facilidadede locomoção, que a Igreja carece desua experiência e de seu exemplo. Paraa construção do Reino de Deus naTerra, não há aposentadoria. Há cer-tamente trabalho para cada um. Comoo diz o velho hino, “há trabalho pron-to para ti cristão”.

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Promovido pela Sociedade de Mulheres, comojá tem acontecido nos últimos anos, tivemosno culto do domingo dia 15 de outubro, logoapós o Dia da Criança, a apresentação dosnossos bebês de 2006. Acompanhados depais e avós, as crianças abrilhantaram o culto e as mães recebe-ram de presente álbuns personalizados de seus filhos. Estavampresentes, com grande alegria da Igreja, algumas pessoas queestavam ausentes dela há algum tempo. Espera-se que todos ospais participantes da cerimônia tenham mente que a Igreja é omelhor lugar, ao lado do lar cristão, para a educação das crian-ças para seu crescimento harmônico em “estatura, graça e co-nhecimento”, que foi o modo como Jesus cresceu. E seconscientizem daquilo que a Igreja afirma sempre: “Trazer osfilhos à Igreja é uma prova de amor”.

Apresentação de bebêsgera muita emoção

Nossa Quadra de Esportes tem o nome de Itiberê Deslandes (foto ao lado), que foium dos maiores líderes de nossa igreja de Vila Isabel, tendo sido, durante mais de20 anos, superintendente da Escola Dominical e Presidente da Junta dosEcônomos. Esse era o nome do órgão que cuidava da administração financeira epatrimonial de nossa Igreja, funções que são hoje exercidas pelo Ministério deApoio Administrativo. Naquela quadra, a princípio só se jogava o voleibol. Maistarde, o saudoso General Celso Daltro Santos, Major na época, que tinha sidocampeão carioca de basquetebol jogando pelo Tijuca Tênis Clube, introduziu astabelas e a prática desse esporte, que agora está voltando já que novas tabelasforam adquiridas. No princípio dos anos 50, com a “invenção” do futebol de salão,agora chamado simplesmente futsal, as tabelas foram retiradas, jogava-se menosvoleibol e o futebol de salão tomou conta. Agora, com a quadra coberta, quepermite melhor aproveitamento, espera-se que o basquetebol e o voleibol tenham,de novo, grande desenvolvimento entre nossos jovens, juvenis e crianças.

Quadra de Esportes

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E por falar em árvores, nossapalmeira imperial no ladoesquerdo do templo é históricatambém. Foi plantada porocasião do Centenário daIgreja no dia 15 de junho de2002, com a presença doBispo Emérito Paulo AyresMattos, que já foi pastor denossa igreja.. Ela está crescen-do e ficando muito bonita.Quando estivermos comemo-rando os nossos 150 anos, emjunho de 2052, ela possivel-mente terá uns 60 metros dealtura, mais do dobro do quetem hoje. Uma plaquinhacontando sua história seriamuito bem-vinda.

Vale a pena recordarVale a pena recordarVale a pena recordarVale a pena recordarVale a pena recordar Nossa mangueiraCoisas boas têm acontecido em nossa Igreja e nemsempre as pessoas percebem a repercussão delas ouconhecem como foi que tudo começou. Ao lado do nossotemplo, pertinho dos banheiros, nós temos uma velha efrondosa mangueira. Em época da estação, há que se tercuidado para evitar que mangas caiam sobre as cabeçasdos que passam por ali. Essa mangueira tem história.Quem a plantou foiJosé Duarte, um dosgrandes leigos denossa Igreja, casadocom Isaura. Eleseram os pais denossa saudosa irmãAlzira Duarte.Plantada na décadade 20, a nossamangueira tem cercade 80 anos.Certamente, pelasaúde que elademonstra, ainda vainos dar sombra aindapor muitos anos. Emangas, também.Talvez valha a penatermos uma plaquinhajunto a mangueiradestacando a pessoaque inspiradamente aplantou.

A Palmeira do Centenário

A Coroa do Adven-to é uma tradição denossa igreja desde1966, ano em queela foi instalada pelaprimeira vez, justa-mente no dia 27 denovembro, primeirodomingo do Adven-to. Esse é o nome daestação litúrgica queé uma preparaçãopara a chegada doNatal. Na Coroa,havia, durante mais

de 30 anos, quatro velas, uma por domingo, nos quais eradestacado algum evento especial relativo ao período. Acen-de-se uma vela nova a cada domingo, que permanece ace-sa nos domingos seguintes. Normalmente, os destaques decada domingo do Advento são, respectivamente, a Aliançafeita por Deus com Abraão, a ratificação da promessa pe-los profetas, a Anunciação à Virgem Maria de que ela seriaa mãe do Filho de Deus e, por último, a notícia dada pelocoral de anjos aos pastores que estavam nas campinas deBelém. As velas têm sido acesas, nos últimos anos, por umgrupo de crianças caracterizadas de anjos.

Em anos recentes, foi introduzida a quinta vela, que relembra onascimento de Jesus, que é acesa no Culto de Natal. As igrejaseuropéias e americanas usam indiferentemente coroas com qua-tro ou cinco velas. Também temos, para comemorar o Ad-vento, estandartes com as palavras chaves para a compreen-são do Natal de Jesus: Paz, Esperança, Alegria e Amor.

Com a introdução da Coroa do Advento, instituiu-se tam-bém a prática de festejar o Natal durante todos os domin-gos do Advento, isto é, os quatro que antecedem o Natal.As músicas de Natal já são cantadas desde o primeiro do-mingo que, neste ano, será o dia 3 de dezembro. Ao mes-mo tempo, a nossa Igreja passou a investir na decoraçãonatalina do templo que tem sido cada vez mais bonita eexpressiva. Os leitores já estão convidados a vir ao templonaquele domingo e participar do acendimento da primeiravela de nossa 41ª Coroa do Advento. Nossa tradição temsido motivo de inspiração para outras igrejas que passarama ter também suas Coroas do Advento.

Participem conosco das comemorações do Advento e nossaIgreja. Nosso templo estará belissimamente ornamentadocom motivos natalinos.

A Coroa do Advento

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Domingo dia 22 de outubro foi um dia muito alegre para a comunidade metodista deVila Isabel. No culto matutino, depois de um curso no qual elas aprenderam sobredoutrinas e práticas do Metodismo, recebendo instrução a respeito dos direitos edeveres dos membros da Igreja, 13 pessoas foram recebidas à comunhão de nossaIgreja. A solenidade foi presidida pelo pastor Ronan Boechat e acompanhada commuita alegria por toda a congregação. Damos muitas boas-vindas aos novos mem-bros de nossa família, desejando-lhes uma carreira vitoriosa e dizendo-lhes que aIgreja espera muito de sua dedicação e do seu trabalho.

Já estão sendo preparadas para a profissão de fé mais algumas pessoas que serãorecebidas no decorrer de novembro. Nosso dever é orar muito pelas pessoas queestão sendo recebidas, que deverão receber muito apoio e amizade

Vila recebe 13 novos membros

Ana Cláudia Lacerda Perei-ra, Ângela Maria Nogueira,Jordenéa Dutra Watanabe,Lourenço da Costa Santos,Marta Lobo CarneiroMonteiro, Marcos ValérioThompson de Mendonça,Maria da Conceição F. San-tos, Maria Fátima Cordei-ro do Amaral, MariaIranilda Silva Souza, Rena-ta Cordeiro do Amaral,Rosângela da Silva Olivei-ra, Tânia Regina S. Gomese Valéria Macedo SantosMendonça.

Eis os nomes dosnovos membros:

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A 21ª celebração do Dia do Vizinho – uma tradição denossa Igreja desde o ano de 1986 – que ocorreu no dia27 de agosto foi, uma vez mais, um acontecimento muitoimportante em nossa Igreja. O templo estava repleto ecom um número expressivo de vizinhos e amigos. Amensagem foi proferida pelo Bispo Paulo Lockmann,superintendente da 1ª Região Eclesiástica. Houve muitamúsica e muita alegria.

Após o Culto Especial em ação de graças por nossosvizinhos, todos foram recepcionados em nossa Quadra deEsportes com uma bonita festa, quando houve muitaconfraternização e oportunidade de conhecermo-nosmelhor uns aos outros. Algumas pessoas que nosvisitaram naquela noite já voltaram a nos visitar outrasvezes, o que nos alegra muito. O Dia do Vizinho étambém uma “invenção” de nossa Igreja que já foirealizado em outras igrejas também.

O Dia do Vizinhofoi um sucesso

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Déa FigueiredoPorto Alegre - RS

“Crescia o menino e se fortalecia,enchendo-se de sabedoria; e a graça de

Deus estava com ele”. Lc 2:40

Quanto vale um menino?Vale o sonho que ele sonha,vale o seu olhar no futuro,vale a inocência que o envolvecom essa dourada capaque o transforma num ser único!

Vale a luta que se empreendepara tratar o seu mundoque deve ser diferentedo mundo de toda a gente!

Vale o amplo sacrifíciode modelar continentesespaçosos de sorrisospara os seus passos maiores!

Vale esse esforço imediatode apontar-lhe diretrizesque o conduzam ao infinitodo amor supremo, que é Deus!

Vale tomá-lo nos braçospara mostrar-lhe a Poesiaque vibra na naturezada vida que Deus lhe deu!

Nos braços, para explicar-lheo segredo de ser bom,a forma de ser honrado,de ser autêntico em tudo,em ser semeador de venturaspara ser também feliz!

Quanto vale um menino?Vale tudo! Vale o amor,vale a glória de ensiná-lovale a vida que ele vive,vale a terra, vale o mundo,vale a bênção de moldá-loPara ser homem e ser luz