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MARINHA DO BRASIL DIRETORIA DE ENGENHARIA NAVAL MEMORIAL DESCRITIVO ASSUNTO: LANCHA BALIZADORA – LBAI Referência: ESPECIFICAÇÃO DE CONSTRUÇÃO DEN 832/5-LBAI-832-001A 1. INTRODUÇÃO 1.1 - Propósito Este Memorial Descritivo (MD) estabelece os requisitos aplicáveis ao projeto, construção e provas de uma Lancha Balizadora de Águas Interiores, a ser adquirida pela Marinha do Brasil (MB) e, destina-se também a apresentar as informações necessárias à elaboração de propostas para seu fornecimento. 1.2 - Objeto O objeto é o fornecimento de: I) 01 (uma) Lancha Balizadora de Águas Interiores (LBAI), tipo monocasco, em aço, com todos os seus sistemas, subsistemas, equipamentos, componentes, acessórios e instrumentos; II) ferramentas especiais, caso haja; III) sobressalentes de comissionamento; e IV) Documentação Técnica. 1.3 - Informações Gerais A embarcação, objeto desta Especificação, será empregada nos cursos d’água navegáveis dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na execução de serviços de implantação e manutenção de sinalização náutica. Entretanto é desejável que a embarcação tenha capacidade de efetuar navegação costeira para seu translado. Com este propósito deve ser prevista a capacidade de içar e arriar bóias e poitas, transportar material técnico e de reparo de faróis (baterias, cimento, areia e outros), provisões e ferramentas. A embarcação deverá ter as seguintes dimensões aproximadas: I) comprimento total ......................................................... até 23 m; II) boca máxima ............................................................... até 7,5 m; e III) calado máximo carregado .............................................. até 1,0 m.

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MARINHA DO BRASIL

DIRETORIA DE ENGENHARIA NAVAL

MEMORIAL DESCRITIVO

ASSUNTO: LANCHA BALIZADORA – LBAI

Referência: ESPECIFICAÇÃO DE CONSTRUÇÃO DEN 832/5-LBAI-832-001A

1. INTRODUÇÃO

1.1 - Propósito

Este Memorial Descritivo (MD) estabelece os requisitos aplicáveis ao projeto, construção e

provas de uma Lancha Balizadora de Águas Interiores, a ser adquirida pela Marinha do Brasil

(MB) e, destina-se também a apresentar as informações necessárias à elaboração de propostas para

seu fornecimento.

1.2 - Objeto

O objeto é o fornecimento de:

I) 01 (uma) Lancha Balizadora de Águas Interiores (LBAI), tipo monocasco, em aço, com

todos os seus sistemas, subsistemas, equipamentos, componentes, acessórios e instrumentos;

II) ferramentas especiais, caso haja;

III) sobressalentes de comissionamento; e

IV) Documentação Técnica.

1.3 - Informações Gerais

A embarcação, objeto desta Especificação, será empregada nos cursos d’água navegáveis dos

Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na execução de serviços de implantação e

manutenção de sinalização náutica. Entretanto é desejável que a embarcação tenha capacidade de

efetuar navegação costeira para seu translado. Com este propósito deve ser prevista a capacidade

de içar e arriar bóias e poitas, transportar material técnico e de reparo de faróis (baterias, cimento,

areia e outros), provisões e ferramentas.

A embarcação deverá ter as seguintes dimensões aproximadas:

I) comprimento total ......................................................... até 23 m;

II) boca máxima ............................................................... até 7,5 m; e

III) calado máximo carregado .............................................. até 1,0 m.

MARINHA DO BRASIL (Continuação do Memorial Descritivo – LBAI................................................................................) ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O casco e a superestrutura da embarcação devem ser em aço (ASTM A131 grau A, ou

ASTM-A-36, ou equivalente). Os vergalhões empregados na construção deverão ser em aço

(ASTM A131 grau A, ou SAE 1020).

1.4 - Sociedade Classificadora (SC)

A embarcação não será classificada. No entanto, no que diz respeito ao projeto, processos e

materiais utilizados, montagem, testes, instalação de equipamentos e sistemas, identificação e

marcação dos equipamentos, cabos elétricos e redes deverão ser seguidas as recomendações e

requisitos de uma Sociedade Classificadora (SC) cadastrada e/ou reconhecida pela Diretoria de

Portos e Costas (DPC). A Contratada deverá indicar na Especificação de Construção (EC) a SC e o

correspondente Livro de Regras que pretende seguir.

Os sistemas de propulsão e auxiliares deverão ser construídos, instalados e testados de acordo

com as regras da SC, assim como os equipamentos de fundeio e amarrações.

Deverá ser considerada “navegação costeira”, ou seja, aquela realizada em mar aberto, até o

limite visível da costa, estabelecida em 20 (vinte) milhas naúticas.

A MB receberá a embarcação em LADÁRIO – MS porto final de destino e colocação em

serviço.

Em caso de conflito entre requisitos da SC e os deste Memorial Descritivo, prevalecerá o

contido neste documento.

2. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

2.1 - Requisitos Gerais de Projeto

O conjunto de requisitos relacionados a seguir é considerado pela MB como fundamental ao

bom desempenho e ao pleno atendimento da missão da embarcação. Devido a sua importância,

estes requisitos deverão ser avaliados em Provas de Rio ou Documentações Técnicas (estudos,

memórias de cálculo, etc.), conforme o caso e em Provas de Cais, por meio de aplicação de

Formulários de Testes, ou através de documentos similares dos fabricantes de equipamentos:

I) velocidades de interesse; II) raio de ação e autonomia; III) estabilidade; IV) tempo de resposta da lancha ao leme; V) diâmetro tático e distância de parada; e VI) capacidade de transporte de carga e pessoal.

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A embarcação deverá atender aos critérios de estabilidade apresentados na NORMAM

02/DPC para embarcações de transporte de carga e passageiros.

Restrição dimensional - o calado máximo carregado não poderá ser superior a 1,0 m.

I) velocidade máxima contínua e velocidade de cruzeiro

A embarcação deverá ser capaz de desenvolver Velocidade Máxima Contínua (VMC) não

inferior a 8,5 (oito e meio) nós, com a embarcação nas condições gerais de prova e nas condições

padronizadas de projeto para o sistema da propulsão, com o deslocamento carregado e os motores

na rotação máxima sem sobrecarga. A Velocidade de Cruzeiro não deverá ser inferior a 8 (oito)

nós.

II) raio de ação e autonomia

A lancha deverá possuir um raio de ação não inferior a quatrocentos e trinta (430) milhas

náuticas, na velocidade de cruzeiro.

A autonomia esperada será para 20 (vinte) dias, considerando um consumo médio de água

de 120 litros / homem-dia, e gêneros para 3,5kg/homem-dia.

III) tempo de resposta da embarcação ao leme

O tempo esperado de resposta da embarcação ao leme não deverá ser superior a 10 (dez)

segundos.

IV) distância de parada

A distância de parada da embarcação não deverá ser superior a 5 (cinco) vezes o seu

comprimento total.

V) diâmetro tático

O diâmetro tático não deverá ser superior a 5 (cinco) vezes o comprimento total da

embarcação, medido durante a manobra de curva de giro.

2.2 - Capacidades de Transporte de Pessoal e Carga

A embarcação deverá ter capacidade de transporte de pessoal, com pernoite, para vinte e duas

(22) pessoas.

2.3 - Estruturas (SWBS 100)

2.3.1- Requisitos de Projeto

A embarcação deverá ser projetada de modo a atender às regras estabelecidas pela Sociedade

Classificadora.

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A embarcação terá um convés contínuo de proa à popa, com tosamento e abaulamento

(convés principal), e tendo ainda o casco com bojo arredondado.

A estrutura da embarcação deverá ser projetada para operar normalmente, na condição de

carregamento mais desfavorável, quando submetida aos esforços decorrente dos movimentos e

acelerações correspondentes às condições de estado de mar 4 e vento Beaufort 6. Adicionalmente,

a estrutura deverá ser capaz de garantir a sobrevivência do navio em condições equivalentes a

estado de mar 5, escala Beaufort 6.

2.3.2- Requisitos de Construção

A Contratada deverá na Especificação de Construção, prevista no Contrato, a descrição do

material que será utilizado nos diversos dispositivos, estruturas e acessórios da embarcação.

A embarcação deverá ser construída em aço (ASTM A131 grau A, ou ASTM-A-36, ou

equivalente).

Os desenhos estruturais de construção, elaborados pela Contratada, deverão

obrigatoriamente seguir os detalhes de soldagem e de construção requeridos pela Sociedade

Classificadora e pela Especificação de Construção (EC).

Os requisitos específicos para sistemas e redes devem ser atendidos segundo detalhamento

contido na EC, considerando especialmente precauções contra a erosão, características/padrões de

construção/instalação de joelhos, curvas, tubos dobrados, válvulas, placas de orifício, caixas de

mar, ralos, filtros de linha, bocas de sucção, uniões, conexões e conexões para porto.

Com relação a líquidos inflamáveis e combustíveis, devem ser adotadas características

preventivas que minimizem os riscos de incêndio, tais como: não permitir que tubulação condutora

desses líquidos não seja posicionada sobre superfícies quentes (exceto quando existir a

impossibilidade de execução, ainda assim resguardada por anteparos de proteção) e guardar o

afastamento de equipamentos e quadros elétricos, reduzindo assim o risco de incêndios em caso de

vazamentos;

Para efeito da realização de testes de válvulas, redes, flanges e demais acessórios de redes, a

pressão de ensaio nunca será inferior a 150% do valor nominal de operação, contudo nunca inferior

a 3,5 Kgf/cm2.

O casco da embarcação deverá ter bojo? arredondado e conter um dispositivo de

amortecimento de jogo tipo bolina.

Os apêndices e regiões do casco, de difícil acesso, deverão ser de construção estanque e

deverão ser submetidos à teste de estanqueidade.

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Outros requisitos de construção tais como: acabamentos de arestas, reforços sobrepostos,

furos de passagem em vaus longitudinais e cavernas, remendos de chapeamento e outros, deverão

seguir a EC.

2.3.3- Requisitos Estruturais

Todos os materiais especificados (chapas, perfis, tubos, fundidos, perfis extrudados,

eletrodos, arames de soldagem, etc.) deverão ser fornecidos pelo fabricante com certificados que

confirmem a composição química e as propriedades mecânicas.

As chapas e perfis de aço deverão ser conforme a especificação ASTM-A-131 Grau A ou ASTM A-36 ou equivalente.

Deverá ser adotado o sistema transversal para o reforçamento do casco.

A superestrutura deverá ser construída com chapas e perfis em aço.

Deverão ser instaladas portas estanques na superestrutura e em outros locais, conforme exigido pela EC.

As portas localizadas acima do convés principal poderão ser fabricadas em alumínio ou em aço.

Deverão ser instalados escotilhões e/ou agulheiros estanques á água onde for necessário prover acesso através de conveses estanques.

Todos os tanques e espaços vazios da lancha deverão ser dotados de, no mínimo, uma porta de visita com abertura livre mínima de 600 x 400 mm, instalada no teto do tanque ou em antepara.

O convés principal deverá ser projetado e construído de modo a permitir o transporte, sobre suporte, de pelo menos quarenta (40) tubos de 6,0m de comprimento, 0,15m de diâmetro e espessuras de 1/8 pol. (20 unidades) e 1/16 pol. (20 unidades).

Os conveses e os tetos dos tanques deverão ter estrutura constituída por longitudinais suportados por vaus e sicordas.

O convés principal terá abaulamento curvo.

A lancha deverá possuir, na proa, uma rampa articulada para embarque e desembarque de pessoal e de material e equipamentos estivados na área de carga e no interior da oficina de balizamento, localizadas no convés principal e possuir finalidade adicional de ser utilizada nas fainas de abarrancagens e de balizamento.

O acionamento da rampa deverá ser do tipo elétrico local.

A rampa de proa deverá ser construída em aço ASTM A-131 grau A (chapas e perfis).

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Deverá ser previsto dispositivo de travamento da rampa na posição fechada.

Os longitudinais do convés principal deverão ser sempre contínuos através dos vaus e anteparas. As aberturas de passagem dos longitudinais não poderão apresentar cantos vivos.

As sicordas deverão ser sempre contínuas através dos vaus e anteparas e os vaus deverão ser intercostais às sicorda.

As anteparas transversais estanques, para compartimentação do casco deverão ser planas e em aço, reforçadas por prumos conectados aos longitudinais dos conveses e do casco. Não serão permitidos prumos terminando no chapeamento do casco.

As anteparas limites de tanque deverão ser de chapa plana reforçada por prumos, travessas ou longitudinais.

Os longitudinais dos conveses, as sicordas, as longarinas e os longitudinais do casco, deverão ser contínuos através das anteparas. Em tais passagens, deverão ser instalados colares, estanques, sobrepostos ao chapeamento da antepara.

Os perfis do casco deverão ser conforme a especificação ASTM-A-131 Grau A ou equivalente.

As chapas e perfis da superestrutura deverão ser conforme a especificação ASTM-A-131 Grau A ou ASTM A-36 ou equivalente.

Vergalhões para utilização em acessórios do casco deverão ser conforme a especificação ASTM-A-131 grau A ou SAE 1020.

Os tubos de aço utilizados em estrutura deverão ser de aço preto, sem costura para tubos de seção circular e com costura para tubos de seção quadrada, conforme as especificações ASTM-A-53 Grau A ou ASTM-A-106 Grau A.

Peças estruturais em aço fundido, soldadas à estrutura da lancha, deverão satisfazer aos requisitos da EC. Deverão ser feitos os ensaios mecânicos e análise química conforme requerido pela Classificadora e fornecidos os respectivos certificados.

Todos os materiais especificados (chapas, perfis, tubos, fundidos, perfis extrudados, eletrodos, arames de soldagem, etc.) deverão ser fornecidos pelo fabricante com certificados que confirmem a composição química e as propriedades mecânicas. Na ausência dos certificados, a Contratada deverá providenciar ensaios mecânicos e análise química, para confirmar as propriedades do material.

O mastro de luzes de sinalização e navegação deverá ser construído em tubos de aço e estar localizado no convés do Tijupá.

O mastro deverá ser do tipo rebatível, permitindo a passagem em pontes baixas do rio Paraguai e acesso à sua parte superior para manutenção.

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No mastro devem ser instaladas, dentre outros, as luzes de navegação e de cerimonial, as antenas do GPS e do radar de navegação.

Os jazentes para os equipamentos a serem instalados deverão estar vinculados a elementos estruturais da lancha. Não serão permitidos elementos estruturais de jazentes atuando como punção sobre o chapeamento do casco, conveses e anteparas.

A lancha deverá ser dotada de olhais de içamento, dimensionados para suportar o seu peso leve.

2.4 - Propulsão (SWBS 200)

2.4.1 – Requisitos de Projeto

Devem ser observados os seguintes requisitos de projeto:

a) O sistema de propulsão, fornecido pela Contratada, deverá consistir de 02 (dois) motores

diesel, 02 (duas) engrenagens redutoras/reversoras, 02 (duas) linhas de eixo e 02 (dois) hélices de

passo fixo;

b) Os equipamentos da propulsão deverão dispor de 02 (duas) unidades de propulsão,

constituídas cada uma de 01 (um) motor de combustão principal (MCP), 01 (um) acoplamento

flexível e 01 (uma) engrenagem redutora/reversora (ERR), com todos os seus subsistemas,

equipamentos, componentes, acessórios;

c) Cada linha de eixo da lancha deverá ser composta de:

I) eixo propulsor, fabricado em aço inoxidável forjado AISI-316 ou AIS-431I; II) acoplamento flangeado rígido, fabricado em aço SAE 1030 fundido, para fixação do eixo

à engrenagem redutora; III) tubo telescópico, fabricado em tubo mecânico ST-52, com dois (02) mancais em suas

extremidades. Esses mancais deverão ser de bronze, revestidos com elastômero, e lubrificados à água do mar/água do rio;

IV) um sistema de vedação constituído de uma caixa de gaxetas fabricada em aço fundido SAE 1030, sobreposta de aperto fabricada em bronze fundido ASTM-B-21 liga 464, e gaxetas; e

V) deverão ser providos meios para garantir o adequado travamento do eixo propulsor não utilizado, quando for necessário operar a lancha com apenas uma linha de eixo.

d) A lancha deverá ser dotada de dois (02) hélices de passo fixo, que deverão possuir sentidos de rotação contrários, os quais deverão ser fundidos em liga de bronze-manganês ABS tipo 2, com características de resistência mecânica e ensaios de acordo com a norma da Sociedade Classificadora;

e) Os motores deverão ser do tipo diesel marítimo ou marinizado, não reversíveis, ciclo de quatro tempos e possuir sentido de rotação que propiciem, juntamente com as engrenagens redutoras/reversoras, os seguintes sentidos de rotação dos hélices quando vistos pela popa da lancha: eixo BB: anti-horário; e eixo BE: horário;

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f) O controle e a monitoração das unidades de propulsão deverá ser realizado por um

sistema, denominado Sistema de Controle e Monitoração (SCM), que deverá compreender os

painéis de controle local (PCL), painel de controle remoto (PCR), todos os componentes

eletroeletrônicos, instrumentos e cabos elétricos necessários à execução de suas funções;

g) Cada motor diesel de propulsão deverá ser controlado e monitorado, com segurança, de

um console localizado no passadiço (PCR) ou, em emergência, diretamente da Praça de Máquinas

por meio do PCL;

h) O fabricante do motor diesel de propulsão, marítimo ou marinizado, deverá ter

representante no Brasil, capaz de prestar assistência técnica em todo o território nacional; e

i) Os MCP deverão possuir sistema automático de parada de emergência.

2.4.2 – Requisitos Gerais

Devem ser observados os seguintes requisitos gerais:

a) O óleo combustível deverá ser aspirado do tanque de serviço por meio de uma bomba de

alimentação através de um pré-filtro e por ela descarregado, também através de um filtro, na rede

de admissão dos bicos injetores do motor diesel;

b) O sistema de lubrificação do motor deverá ser do tipo cárter úmido, fechado e totalmente

incorporado, devendo a circulação de óleo ser assegurada por uma bomba de engrenagens,

incorporada ao motor, acionada pelo seu eixo de manivelas;

c) O resfriamento dos cilindros e cabeçotes de cada motor deverá ser efetuado através de um

circuito fechado de água doce, circulado por uma bomba acoplada, a ser fornecida juntamente com

o motor;

d) O sistema de partida de cada motor deverá ser efetuado por um motor elétrico, acionado por baterias, montado no motor e a ser fornecido com o mesmo;

e) As baterias deverão ser carregadas por dois (02) alternadores acoplados aos motores diesel, e fornecidas pelo fabricante do motor;

f) Os motores diesel deverão aspirar o ar para combustão diretamente da praça de máquinas. O ar deverá ser aspirado através de filtro, fornecido pelo fabricante do motor;

g) Cada motor deverá possuir turbocompressores, a serem fornecidos junto com ele;

h) Os gases de descarga de cada motor deverão ser conduzidos para fora da praça de máquinas por meio de dutos individuais;

i) A peça de transição, a ser instalada entre o flange de saída do turbo compressor e a junta de expansão, deverá ser de fornecimento do fabricante do motor;

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j) Em cada rede de descarga deverá ser instalado um silencioso, para abafar o ruído e eliminar centelhas, cujo fornecimento será de responsabilidade do fabricante do motor;

k) O motor diesel, no que se refere à emissão de gases para a atmosfera, deverá cumprir ao

especificado no Anexo VI da MARPOL 73/78;

l) O controle da rotação do MCP deverá ser efetuado por um regulador eletrônico (digital).

Este regulador deverá ser instalado próximo ao MCP correspondente, em localização tal que seu

funcionamento não seja prejudicado pelas condições ambientais da lancha;

m) A monitoração local do motor deverá ser efetuada através de instrumentação fornecida

pelo fabricante do motor. Esta instrumentação deverá ser montada no PCL;

n) As engrenagens redutoras deverão ser do tipo marítimas, de simples redução e

constituídas, cada uma, de uma caixa redutora/reversora, e incorporar mancal de escora de auto-

alinhamento em sua carcaça capazes de absorver o empuxo contínuo dos propulsores na potência e

rotação nominais, em ambas as direções de rotação, e suportar um torque transitório, devido à

manobra ou giro da embarcação, igual a 150% do valor do empuxo contínuo;

o) O sistema de lubrificação de cada engrenagem redutora deverá ser do tipo forçado, cárter

úmido, e com o óleo circulado por duas (02) bombas de engrenagens dependentes, uma acionada

pelo eixo de entrada e a outra pelo eixo de saída (eixo arrastado), ambas montadas na engrenagem

redutora;

p) Cada engrenagem redutora incorporará embreagens para marcha a vante e a ré. Estas

embreagens serão do tipo de lamelas múltiplas, comprimidas por óleo;

q) O comando de engrazamento/desengrazamento das embreagens AV/AR deverá ser

efetuado na praça de máquinas por meio do PCL e também por atuação no próprio equipamento,

ou em remoto, por meio do PCR;

r) Os motores diesel deverão aspirar o ar necessário para a combustão, do exterior, ou

diretamente da praça de máquinas, através de um filtro que deverá fazer parte do escopo de

fornecimento dos motores;

s) O arrefecimento do motor (circuito interno de resfriamento) deverá ser feito por meio de

água doce, circulada através dele por uma bomba. O arrefecimento do óleo lubrificante, dos gases

de descarga e pós-arrefecimento do ar de combustão (caso aplicável) poderá ser feito com água

doce;

t) Os gases de descarga de cada MCP deverão ser conduzidos para o exterior desde a saída

do motor, por meio de duto individual, através da chaminé. Poderá também ser utilizado o sistema

de “descarga úmida” (pelo costado), desde que sejam respeitados os requisitos de contrapressão

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MARINHA DO BRASIL (Continuação do Memorial Descritivo – LBAI................................................................................) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- especificada pelo fabricante do motor. Neste caso, o material utilizado deverá ser aço inox AISI

316;

u) Em cada rede de descarga deverá ser instalado um silencioso para abafar o ruído e

eliminar centelhas, cujo fornecimento será de responsabilidade do fabricante do motor;

v) O sistema de óleo combustível deverá ser composto basicamente de 02 (dois) tanques de

armazenamento, um (01) tanque de serviço, um (01) filtro coalescedor e 01 (uma) bomba manual

semi rotativa;

w) As ERR deverão ser marítimas, de simples redução e incorporar mancal de escora de

autoalinhamento em sua carcaça capazes de absorver o empuxo contínuo dos propulsores na

potência e rotação nominais, em ambas as direções de rotação, e suportar um torque transitório,

devido a manobra ou giro da embarcação, igual a 150 % do valor do empuxo contínuo;

x) O sistema de lubrificação das ERR deverá ser do tipo forçado, cárter úmido e com óleo

circulado por bombas de engrenagens dependentes e montadas na própria ERR;

y) Cada ERR deverá incorporar embreagens do tipo lamelas múltiplas comprimidas por óleo.

O comando de acionamento (engrazamento /desengrazamento) das embreagens (AV/AR) das ERR,

deverá ser efetivado da PM por meio do PCL, remotamente pelo PCR e também por atuação na

própria ERR;

z) As ERR deverão ser interligadas aos motores por meio de acoplamentos flexíveis;

aa) As linhas de eixos devem ser compostas das seguintes partes principais: eixo propulsor

(aço inox), acoplamento (eixo / ERR) flangeado rígido (aço fundido), tubo telescópico (ST-52)

com mancais nas extremidades (bronze com revestimento de elastômero e lubrificados à água),

uma caixa de gaxetas (aço fundido e sobrepostas de bronze fundido) e dispositivo para travamento

dos eixos;

bb) O sistema de controle e monitoração remota da propulsão deverá estar situado no

passadiço e deverá ser integrado ao console de governo. O Painel de Controle Remoto (PCR)

deverá possuir indicações analógicas;

cc) O sistema de resfriamento dos motores da propulsão, feito por meio de água doce,

deverá conter todos os equipamentos auxiliares, tais como bombas, resfriadores, tanque de

expansão, pré-aquecedores, dispositivo de partida a frio, válvulas termostáticas e filtros, todos de

fornecimento do fabricante do motor;

dd) O arrefecimento do circuito interno de resfriamento dos motores poderá ser transferido

através de resfriadores, à água do mar (ou do rio). O arrefecimento do óleo lubrificante e do ar de

combustão poderá ser feito com água do mar/rio. A bomba de água salgada deverá ser do tipo

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MARINHA DO BRASIL (Continuação do Memorial Descritivo – LBAI................................................................................) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- centrífuga, autoescorvante e incorporada ao motor diesel. O sistema de arrefecimento por água

salgada (ou do rio) deverá ainda suprir o resfriamento das ERR e dos mancais dos tubos

telescópicos;

ee) O sistema de descarga de gases deverá prever a instalação de um silencioso e juntas de

expansão entre o flange de descarga de cada motor e seu respectivo duto de descarga. Os dutos de

descarga dos gases deverão ser aço inoxidável AISI 316 ou, alternativamente no caso de descarga

pela chaminé (descarga seca), aço ASTM A 285 Grau C, com isolamento térmico (vedado o uso de

amianto);

ff) O sistema de óleo combustível deverá ser composto basicamente de 02 (dois) tanques de

armazenamento, 01 (um) filtro duplex e 01 (uma) bomba manual semirrotativa. O enchimento dos

tanques de armazenamento deverá ser feito por meio de tomadas de enchimento localizadas no

convés principal;

gg) Os tanques devem ser dotados de porta de visita, conexão de enchimento, suspiro,

conexão de drenagem, conexão para bomba manual, conexão de sucção e retorno. Devem ainda ser

dotados de suspiros indicadores de nível (locais e remotos) e tubos de sondagem; e

hh) Os motores e as ERR devem possuir sistemas fechados de lubrificação, contendo

tanques de armazenamento (dois) para a complementação e troca do óleo lubrificante.

2.5- Eletricidade (SWBS 300)

2.5.1 – Requisitos Gerais:

a) O sistema elétrico de 230V/60Hz deverá possuir uma estação geradora, constituída por 2 grupos diesel-geradores (GDG), a serem instalados na praça de máquinas. A potência de cada um deles deverá ser determinada pela análise da demanda de energia elétrica para atender à máxima demanda a bordo. Os grupos diesel-geradores deverão operar em regime contínuo “prime power”;

b) O sistema de partida de cada GDG deverá ser efetuado por um motor elétrico, acionado por baterias, acoplado ao motor diesel de cada GDG, e fornecido junto com o motor;

c) Os grupos diesel geradores deverão ser dimensionados de modo que a condição de maior demanda seja atendida por somente um grupo no cais;

d) Cada grupo diesel gerador deverá estar associado a um painel de controle local (PCL), cuja função será proteger, partir, parar e monitorar o grupo. Este painel deverá ser instalado próximo ao respectivo grupo;

e) Cada motor dos grupos diesel geradores deverá possuir um sistema de água do rio independente, para uso pelo sistema de resfriamento interno do grupo diesel gerador;

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f) O sistema de serviço de óleo combustível dos grupos diesel geradores deverá estar incorporado ao sistema de óleo combustível da lancha;

g) Cada motor diesel deverá possuir um sistema fechado de lubrificação, totalmente incorporado, adequado para operação. Este sistema deverá ser do tipo cárter úmido, com o óleo circulando através de uma bomba de engrenagens acoplada, e resfriado em um trocador de calor montado no motor;

h) O ar de combustão dos motores diesel deverá ser aspirado de dentro da praça de máquinas;

i) Os gases de descarga dos motores diesel deverão ser conduzidos para a atmosfera por meio de dutos individuais possuindo silencioso para atenuar o ruído transmitido ao ar;

j) Os geradores deverão possuir as seguintes características principais:

I) potência: a ser definida pela Contratada, devendo ser de, no mínimo, 45Kva; II) tensão nominal: 230V; III) frequência nominal: 60Hz; IV) número de fases: 3; V) número de fios: 3; VI) velocidade: 1.800 rpm; VII) fator de potência: 0,8; VIII) regime de funcionamento: contínuo (prime); IX) isolamento: classe F (mínimo); X) elevação de temperatura: classe B; XI) tipo de excitação: brushless; e XII) ligação:estrela com neutro acessível.

k) Quando na condição de recebimento de energia de terra em 440V/60Hz, a tensão de

220V/60Hz deverá ser provida por transformador;

l) O QEP deverá receber energia em 220V/60Hz proveniente dos geradores e do alimentador 220V de energia de terra e do secundário do transformador de ET 440V/60Hz. O QEP não deverá possuir barramento 440V;

m) Um alimentador de energia de terra deverá ser proveniente do secundário do transformador de energia de terra 440V/60Hz. O outro alimentador deverá ser proveniente, diretamente, da caixa de energia de terra;

n) A lancha deverá dispor de 01 (uma) caixa de energia de terra para recebimento de

energia em 440V/60Hz ou em 220V/60Hz, trifásico. Para cada uma das tensões, deverão ser

instalados alimentadores permanentes e conectados ao QEP. Não deverá ser permitido o

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MARINHA DO BRASIL (Continuação do Memorial Descritivo – LBAI................................................................................) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- paralelismo dos geradores de bordo com a energia de terra, sendo o bloqueio realizado através de

intertravamento;

o) A alimentação dos consumidores de 24Vcc deverá ser proveniente de grupos de 24Vcc

constituídos, cada um, por um conjunto retificador/carregador estático e baterias tipo chumbo-

ácido;

p) Deverá ser previsto um terminal de aterramento na vizinhança imediata da tomada de

energia de terra, para permitir a conexão elétrica do casco da lancha aos terminais de aterramento

disponíveis;

q) A lancha deverá dispor de 08 (oito) grupos de 24Vcc, destinados a atender aos

consumidores;

r) Deverá existir um alternador acoplado a cada MCP e a cada MCA para atuar como

carregador do banco de baterias de partida desses motores quando eles estiverem funcionando. Os

retificadores/carregadores estáticos deverão receber alimentação trifásica em 220V, 60Hz;

s) A lancha deverá ser provida de transformadores para iluminação e força, incluindo o

transformador de recebimento de energia de terra, todos do tipo seco. O transformador de energia

de terra deverá ser projetado para operar com tensão no primário em 440V e fornecer 220V, com

frequência de 60Hz;

t) Os transformadores para iluminação e tomadas de uso geral deverão ser projetados para

operar com uma tensão no primário igual a 220V, trifásico, frequência nominal de 60Hz, e fornecer

uma tensão no secundário igual a 120V, em vazio;

u) A distribuição de energia elétrica em 220V/60Hz, deverá ser efetuada por intermédio do

QEP e dos painéis de distribuição de iluminação e de força;

v) A distribuição em 115V/60Hz, a vários consumidores e a painéis de distribuição, deverá

ser efetuada diretamente das seções de 115V do QEP;

w) A alimentação em 24Vcc deverá ser fornecida pelos grupos de baterias;

x) Iluminação de emergência deverá ser prevista para o caso de perda da iluminação

principal; e

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y) Todos os painéis deverão possuir circuitos com proteção e seccionamento

independentes.

2.6 - Sistemas de Comando e Vigilância (SWBS 400)

2.6.1 – Sistema de Comunicações

a) Deverá ser composto por:

I) um sistema de comunicações exteriores através de rádios transceptores em HF (modelo

de referência ICOM IC-M802 ou similar) e 02 (dois) transceptores de VHF marítimo, modelo de

referência FURUNO 8900 ou similar, instalado no passadiço, próximo ao timoneiro;

II) sistema de comunicações audíveis dotado de apito elétrico com acionador manual, a ser

instalado no passadiço, 01 (um) amplificador de potência e 01 (um) controlador de sinais dotado,

no mínimo, de dispositivo de sinalização automática para as diversas situações de visibilidade

restrita, conforme definido na Regra 35 do RIPEAM, citado no Apêndice II; e sino);

III) sistema de comunicações interiores, composto por sistema de telefones automáticos

com as seguintes características:

01 (um) distribuidor geral (DG), com 01 (um) bloco Bargoa para 24 ramais e 01 (um) cabo

de par metálico de telefonia de 16 pares (metragem a ser definida de acordo com a distância entre a

central telefônica e o DG);

08 (oito) aparelhos telefônicos analógicos, fabricante Intelbras, modelo Pleno, a serem

instalados no passadiço, proa, praça de máquinas, refeitório, cozinha, camarote e alojamentos;

08 (oito) conectores/saídas RJ11; Metragem de cabo de par metálico de telefonia, a fim de atender a distância entre o DG e

os pontos dos ramais a serem instalados; e 01 (um) no-break APC – SUA1000 (1KW).

IV) fonoclama para avisos e recreação operado do passadiço, com saídas no passadiço,

convés principal, praça de máquinas, refeitório, cozinha, oficina, alojamentos e camarotes.

2.6.2 – Sistema de Navegação

O sistema de navegação da Lancha deverá compreender:

I) agulha magnética; II) anemômetro; III) inclinômetro de pêndulo e bolha; IV) radar de navegação com antena de 4 pés "open array"; um display colorido de 10 (dez)

polegadas, com módulo ARPA, na cabine de comando; uma unidade de interface com GPS, caso estas funções já não estejam incluídas no display; e capacidade de operar na banda “X” e potência de saída do transceptor não inferior a 3kW;

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V) GPS, com receptor GNSS de 12 canais satélite, com unidade diferencial inclusa, acoplado ao radar e ecobatímetro, com um display de 4,5 polegadas e retificador; e

VI) ecobatímetro com transdutor, a ser instalado na proa e com indicador no passadiço. Esse equipamento deverá ser fornecido pela MB e será instalado pelo estaleiro construtor, tendo como referência o modelo EA 600 – Kongsberg.

2.6.3 – Sistema de Iluminação para Auxílio à Navegação

Deverá ser instalado um sistema de luzes de navegação e de sinalização de acordo com o

previsto no RIPEAM 72, sendo as luminárias comandadas por um painel de luzes de navegação,

sinalização e cerimonial; e

Deverá ser instalado um holofote de busca e sinalização.

2.6.4 – Rede Local de dados e CFTV

Deverá ser fornecido e instalado um sistema de rede local composto dos seguintes equipamentos, além de um sistema de Internet Satelital:

I) uma switch de fabricação Cisco, modelo SG300; II) um roteador de fabricação da Cisco modelo 1941; III) um rack modelo 8U; IV) um rádio wireless Cisco, modelo 1532E; V) trezentos e cinco metros de cabo de dados STP categoria 6 ou superior;e VI) vinte e quatro pontos de rede.

Adicionalmente, deverá ser fornecido e instalado um Circuito Fechado de TV (CFTV),

digital, com capacidade de gravação, para monitoramento das áreas de segurança da Lancha.

2.7- Sistemas Auxiliares (SWBS 500)

2.7.1 - Sistema de Ar condicionado

O passadiço, o refeitório os alojamentos, camarotes e demais compartimentos onde houver equipamentos eletrônicos orgânicos, deverão ser dotados, cada um, de uma unidade de ar condicionado do tipo “self-contained”, dutado.

O sistema deverá atender os compartimentos a fim de garantir as seguintes condições de ar interior:

I) Verão: +23,5°C (Temperatura Efetiva Máxima);

II) Inverno: +20°C (Temperatura Efetiva Mínima);e

III) Umidade relativa: 30 % a 50%. Para os compartimentos habitáveis a umidade relativa

deverá ser de 45% a 50 %.

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MARINHA DO BRASIL (Continuação do Memorial Descritivo – LBAI................................................................................) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2.7.2 - Refrigeração

Deverão ser previstos “freezers” e refrigeradores horizontais ou verticais comerciais com capacidade total de 7500 litros para armazenar os gêneros alimentícios para toda a tripulação durante o tempo de autonomia da embarcação.

Os refrigeradores e “freezers” deverão ser dimensionados para as seguintes temperaturas de

armazenamento: carnes e peixes = -12ºC; e laticínios e vegetais = + 4ºC.

2.7.3 - Sistema de Incêndio

O sistema de combate a incêndio deverá consistir de 02 (duas) bombas centrífugas, que deverão aspirar de caixa de mar e descarregar para tomadas de incêndio localizadas, pelo menos duas na praça de máquinas, e a outras duas (02) no convés exposto. Na área de trabalho deverá existir um ramal que será utilizado para limpeza das poitas e limpeza de boias, através da máquina de jato d’água.

As tomadas de incêndio deverão ser apropriadas para o acoplamento de mangueiras de 38mm de diâmetro nominal. A mangueira da praça de máquinas deverá ter 7,5m de comprimento e a do convés exposto 15m. As mangueiras deverão ser dotadas de esguichos cônicos de 12mm.

Uma ramificação da rede principal deverá ser prevista para alimentação normal e em emergência dos utilizadores da praça de máquinas.

O sistema sanitário deverá ser alimentado pela rede de incêndio, via válvula redutora de pressão.

As duas bombas de incêndio, sendo uma de reserva, deverão ser horizontais, centrífugas, auto escorvantes, de um estágio, sucção simples, com vazão mínima de 25 m³/h e capaz de manter a rede de incêndio com uma pressão mínima de 7,0 bar.

As redes do sistema deverão ser preferencialmente em CuNi 90/10, ou alternativamente em aço carbono sem costura galvanizado ASTM A-106 grA Sch80, e as válvulas deverão ter o corpo em bronze alumínio ou bronze ASTM B-62, e internos em bronze alumínio ASTM B-148 C 95200.

2.7.4 - Sistema de Drenos

O sistema de drenos e embornais deverá possibilitar a coleta de águas acumuladas em conveses expostos e interiores, descarregando para o rio.

As redes de drenagens de compartimentos ou equipamentos deverão compreender:

I) drenagem de sanitários; II) drenagem de lavatórios, chuveiros e da cozinha; III) drenagem de conveses; e IV) drenagem de bebedouros.

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As redes, acessórios e tanque dos drenos sanitários deverão ser de aço inox AISI 316L. Os demais drenos deverão ser dos seguintes materiais: aço carbono sem costura galvanizado ASTM A106 grau A Sch80, e as válvulas deverão ter o corpo preferencialmente em bronze alumínio ou alternativamente bronze ASTM B-62, e internos em bronze alumínio ASTM B-148 C 95200.

As descargas para instalações portuárias deverão atender aos requisitos da MARPOL.

As descargas para o rio efetuadas abaixo da linha d’água deverão ser feitas através de válvula de retenção e fechamento, combinando-se uma válvula de esfera com uma válvula de retenção tipo portinhola para diâmetros nominais inferiores a 50mm, inclusive, ou combinando-se uma válvula borboleta com uma válvula de retenção tipo portinhola, para diâmetros nominais superiores.

2.7.5 - Sistema de Esgoto e Lastro

O esgoto dos diversos compartimentos tais como, praça de máquinas, etc., deverá ser feito pelas bombas de incêndio através de um piano de válvulas a ser instalado na praça de máquinas. No caso de efluente contaminado por óleo, a descarga deverá ser feita para o tanque de óleo usado ou pelo costado em emergência.

Caso tanques de lastro sejam necessários, estes deverão ser cheios e esvaziados utilizando as bombas de incêndio, através de piano de válvulas.

Além do sistema utilizando as bombas de incêndio, deverá ser previsto um sistema alternativo independente utilizando indutor fixo ou bomba elétrica para esgoto do porão e da praça de máquinas. A seleção do compartimento a ser esgotado deverá ser feita através de válvulas de bloqueio com comandos localizados próximos à bomba.

As redes e acessórios deverão ser dos seguintes materiais: aço carbono sem costura galvanizado ASTM A106 grau A Sch.80, e as válvulas deverão ter o corpo preferencialmente em bronze alumínio, ou alternativamente em bronze ASTM B-62, e internos em bronze alumínio ASTM B-148 C 95200.

2.7.6 - Sistema de Água Doce

O sistema de água doce deverá ser projetado considerando o consumo de 120 litros/dia/homem, e deverá ser composto de tanques de armazenamento, duas bombas de transferência de aguada, sendo uma de reserva, e de uma unidade hidrófora, e de um sistema de geração de água potável (SGAP), capaz de produzir pelo menos 5 m³/dia de água potável dentro dos requisitos de portabilidade exigidos pela Portaria do Ministério da Saúde No 2914 de 2011.

As bombas de aguada deverão ser centrífugas, auto escorvantes e acionadas por motores elétricos. A partida ou a parada das bombas é determinada pela pressão no tanque hidróforo, transmitida por 01 (um) pressostato nele instalado. As bombas deverão possuir indicadores de pressão na sucção e na descarga.

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Os tanques deverão ser dotados de portas de visita estanques, para acesso e limpeza, e deverão ser construídos em aço carbono ASTM A-131 Grau A, Deverão dispor ainda de suspiros (com tela de aço inox AISI 316 ou latão, para evitar a penetração de insetos), tubos de sondagem e de enchimento. O tubo de enchimento deverá possuir tomada de porto com diâmetro nominal de 40mm, rosca padrão MB e tampa com corrente.

As redes do sistema de água doce deverão ser em cobre ASTM B88 ou ASTM B88M, e as válvulas deverão ter o corpo, preferencialmente, em bronze alumínio ou, alternativamente, em bronze ASTM B-62, e internos em bronze alumínio ASTM B-148 C 95200.

As redes do sistema de água doce fora da praça de máquinas e acima do convés principal poderão ser alternativamente, de CPVC Schedule 80, e deverão estar em conformidade com o estabelecido por Sociedade Classificadora.

2.7.7 - Sistema de Transferência de Óleo Combustível

Os tanques de armazenamento de óleo combustível deverão poder ser abastecidos a partir de tomada de enchimento localizada no convés principal, a vante da superestrutura.

02 (duas) bombas elétricas de óleo combustível (uma delas reserva) deverão transferir combustível entre os tanques de armazenamento e destes para o tanque de serviço ou para as tomadas localizadas no convés principal para transferência de óleo diesel da lancha balizadora aos faróis e às barcas faróis, e deverão realizar ainda, a recirculação do combustível.

Deverá ser instalado um filtro “simplex” na rede de sucção das bombas e um coalescedor antes do tanque de serviço.

A bomba elétrica de transferência de óleo combustível deverá ter capacidade de cerca de 3 m³/h, pressão de 5 bar.

As bombas deverão ser de deslocamento positivo, auto escorvantes e acionadas por motor

elétrico resfriado a ar, e deverão estar em conformidade com os requisitos estabelecidos na norma

ASTM F1510-7.

2.7.8 - Sistema de Ar Comprimido

O sistema de ar comprimido consiste de 01 (um) compressor de baixa pressão a ser instalado na praça de máquinas, que fornecerá ar para uso em ferramentas e para desobstrução de caixas de mar.

As redes do sistema de ar comprimido de baixa pressão deverão ser em aço carbono sem

costura ASTM A106 grA ou grB, e as válvulas deverão ter o corpo e internos em aço carbono

ASTM A105/105M.

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MARINHA DO BRASIL (Continuação do Memorial Descritivo – LBAI................................................................................) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2.7.9 - Sistema de Extinção de Incêndio

a) Deverão ser previstos sistemas fixos de extinção de incêndio ou extintores portáteis em conformidade com as exigências da Sociedade Classificadora ou NORMAM 02, da DPC (tipo, qualidade, quantidade, capacidade e localização).

b) Os extintores deverão ser instalados próximos aos acessos dos compartimentos, estivados em suportes de rápida liberação.

2.7.10 - Monitoração de Avarias

O sistema de monitoração de avarias deverá ser composto de dispositivos de monitoração, localizados em painel no passadiço, relativos aos seguintes sistemas: detecção de incêndio; e detecção de alagamento.

A detecção de incêndio e alagamento deverá indicar claramente a distribuição dos

sensores pelos compartimentos da lancha e os alarmes deverão ser acompanhados de sinalização

visual e sonora.

A detecção de incêndio deverá ser implementada por meio de detectores de fumaça e termovelocimétricos nos seguintes compartimentos:

I) paióis e oficinas; II) praça de máquinas; III) cozinha; IV) refeitório; V) alojamentos e camarote; VI) passadiço; e VII) máquina do leme.

A detecção de alagamento deverá ser implementada por meio de detectores localizados nos compartimentos da lancha sujeitos a alagamento, distribuídos de modo que se tenha pelo menos um (01) detector em cada área estanque da lancha, localizada abaixo do convés principal.

A praça de máquinas deverá possuir, pelo menos, dois (02) detectores de alagamento localizados em cada bordo do compartimento.

2.7.11 - Sistema de Governo

2.7.11.1 - Geral

O sistema de governo da lancha deverá ser constituído de dois (02) lemes, uma máquina do leme eletro hidráulica, um sistema de movimentação e um sistema de controle.

Os cabos de interligação entre a máquina do leme e o sistema de controle e monitoração da máquina do leme deverão ser duplicados, com rotas diferentes, uma por BB e outra por BE.

A unidade de força deverá possuir uma bomba hidráulica acionada por motor elétrico, um tanque de serviço de óleo hidráulico, válvulas e acessórios.

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O sistema de movimentação dos lemes deverá possuir, pelo menos, um (01) atuador hidráulico, duas (02) canas dos lemes e 01 (uma) barra de ligação (“tie-bar”).

A movimentação dos cilindros hidráulicos deverá ser efetuada através de válvulas direcionais que orientarão o fluxo hidráulico de acordo com o sinal proveniente do sistema de controle.

Deverão existir meios que possibilitem a operação manual do sistema em situações de emergência.

Deverão ser previstos um indicador do ângulo do leme no compartimento da máquina do leme, e um indicador de ângulo do leme no passadiço.

2.7.11.2 - Unidade Hidráulica de Força

A máquina do leme, através do seu sistema de controle, deverá ser capaz de mover, parar e manter os lemes em qualquer ângulo quando a embarcação estiver navegando com a máxima velocidade a vante.

A máquina do leme deverá ser capaz de mover os lemes de 35° de um bordo a 30° do bordo oposto em, no máximo, vinte segundos com a embarcação navegando com a máxima velocidade a vante.

A velocidade de escoamento do fluido hidráulico nas redes de descarga da bomba não deverá exceder 6m/s, com a unidade de força atuando os lemes.

A temperatura do fluido hidráulico de operação não deverá exceder 70°C em qualquer condição de operação do sistema. Caso seja necessário, o resfriamento do óleo hidráulico deverá ser realizado por sistema independente utilizando água salgada, não sendo aceito utilização do sistema de incêndio.

A pressão máxima de operação do sistema hidráulico não deverá exceder 175kgf/cm².

O sistema hidráulico deverá ser projetado de forma que a precisão da posição final do ângulo dos lemes esteja, relativamente ao ângulo demandado, dentro de uma faixa de ± 01 (um) grau.

O sistema hidráulico, na descarga das bombas, deverá ser protegido contra sobrepressão por meio de válvulas de alívio reguláveis, ajustadas para abrir a uma pressão 110% da pressão Normal de operação do sistema, mais 3,5kgf/cm².

A capacidade do tanque de serviço deverá ser no mínimo, duas vezes o volume de fluido deslocado pela bomba em um minuto.

Deverão ser instalados esbarros para limitar o movimento dos lemes em 38° para cada bordo.

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A máquina do leme deverá ser dotada de dispositivos mecânicos e/ou hidráulicos capazes de travar os lemes do Navio na posição neutra (zero grau).

2.7.11.2 Console de Governo

O console de governo deverá ser instalado no passadiço, e deverá ser integrado ao CCM da propulsão.

No console deverão ser instalados: timão; indicador de ângulo do leme; agulha magnética flutuante; tomada elétrica para o rádio VHF; e outros dispositivos relativos ao sistema de controle e monitoração remoto da propulsão.

2.7.12 - Sistema de Governo

2.7.12.1 Geral Cada madre do leme deverá ser suportada por 01 (um) mancal inferior e guiada por 02

(dois) mancais superiores em ferro fundido lubrificados à água, e 01 (um) anel de escora para evitar movimento ascendente do leme.

Deverá ser instalada na extremidade superior de cada madre, uma cana do leme, construída em chapa de aço AISI-1020.

A vedação do sistema deverá ser feita por meio de uma caixa de gaxetas de ferro fundido.

A estrutura dos lemes e as madres deverão atender às regras da Sociedade Classificadora.

2.7.12.2 - Lemes Cada leme deverá ser do tipo ordinário, construído em chapa plana de aço ASTM-A-131

Grau A com reforços (nervuras) horizontais espaçados convenientemente para proporcionar rigidez adequada.

A união do leme à madre deverá ser feita flangeada e fixada por meio de parafusos de aço INOX-AISI-304 e porcas de castelo.

2.7.12.3 - Madre do Leme Cada madre do leme deverá ser fabricada em aço carbono forjada, satisfazendo as regras da

Sociedade Classificadora.

A extremidade que será fixada ao leme deverá possuir um flange solidário, enquanto que a

outra deverá possuir um rasgo de chaveta onde será fixada a cana do leme.

2.7.13 - Sistema de Fundeio

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A lancha deverá ser dotada de um sistema de fundeio constituído de 02 (duas) âncoras (na

proa e outra na popa) e cabos de poliester de 10m, com molinetes de acionamento manual e

acessórios.

2.7.13.1 - Âncora As âncoras deverão ser do tipo High Holding Power (HPP).

Deverão ser previstos molinetes de acionamento manual, para estivagem e manuseio do cabo das âncoras, localizados no convés principal, um avante e outro a ré.

2.7.14 - Amarração e Reboque

2.7.14.1 - Cabeços de Amarração Deverão ser instalados, no mínimo, 04 (quatro) cabeços duplos para amarração sendo dois na proa e dois na popa.

Os cabeços deverão ser fabricados em aço doce, galvanizados após a fabricação e deverão ter dimensões e resistência compatíveis com as espias especificadas.

Próximos aos cabeços deverão ser providos meios (ex.: estantes) para estivagem de cabos e espias.

2.7.13.2 - Cabeços de Reboque Na popa e na proa deverão ser instalados cabeços de reboque. Os cabeços de popa devem

ser instalados de maneira que a Lancha possa efetuar o reboque, pela popa, de até 03 (três) embarcações de cerca de 7m de comprimento.

2.7.14.3 - Buzinas Deverão ser instaladas quatro (04) buzinas abertas de amarração e duas (02) fechadas para

reboque, na proa e na popa.

2.7.14.4 - Espias e Cabos A lancha deverá ser dotada de 02 (duas) espias de nylon, 08 (oito) cordões trançados, de 76mm de circunferência, sendo uma com 30m de comprimento e outra com 55m de comprimento, que poderá ser usada como cabo de reboque.

Deverão ser previstos 02 (dois) sarilhos, fabricados em alumínio, para estivagem das espias, a serem instalados no convés principal, um avante e outro a ré.

A embarcação deverá ser dotada de, pelo menos, 04 (quatro) retinidas de 20m de comprimento, equipadas com chumbada adequada, em uma das extremidades.

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Deverão ser fornecidos dois (02) croques de 3m, fabricados em alumínio, que deverão ser estivados a bordo.

2.7.14.5 - Defensas A lancha deverá ser dotada de 06 (seis) defensas cilíndricas, fabricadas em PVC, com

dimensões aproximadas de 800mm de comprimento e 300mm de diâmetro, equipadas com cabos adequadas para seu manuseio, em ambas as extremidades.

Em ambos os bordos da lancha, deverão ser previstos cunhos, instalados em locais e

quantidades adequadas, para fixação das defensas.

2.7.15 - Embarcações e Equipamentos Salva-Vidas

2.7.15.1 - Embarcação de Serviço

A lancha deverá ser dotada de plataforma para a estivagem de um bote de serviço, tipo bote inflável, com capacidade para 05 (cinco) pessoas, com motor de popa.

O manuseio de estivagem do bote será manual.

2.7.15.2 - Equipamentos Salva Vidas

Os equipamentos salva vidas a serem empregados na lancha deverão ter marca e tipo homologado pela DPC para navegação interior.

A embarcação deverá ser dotada de embarcações salva vidas, com capacidade total igual ao número total de tripulantes, do tipo das previstas na norma NORMAM 02, da DPC.

A lancha deverá ser dotada de 04 (quatro) bóias circulares equipadas com retinidas de 20 metros de comprimento, sendo que duas delas deverão ser equipadas com dispositivo de marcação de luz. As boias deverão ser fixadas em cabides, sendo uma em cada bordo, na proa e na popa.

A lancha deverá ser dotada de uma quantidade de coletes salva vidas Classe III, em conformidade com a NORMAM 02, da DPC.

Adicionalmente, a lancha deverá ser dotada com seis (06) coletes de flutuabilidade permanente, que deverão ser utilizados durante as fainas realizadas em conveses expostos.

A lancha deverá ser dotada de plataforma para a estivagem de um bote de serviço, tipo bote inflável, com capacidade para 05 (cinco) pessoas, com motor de popa.

O manuseio de estivagem do bote será manual.

2.7.16 - Sistema de Içamento da Rampa

O sistema de içamento da rampa deverá ser realizado por guincho acionado por motor elétrico e controlado do interior do passadiço ou camarim de comando.

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MARINHA DO BRASIL (Continuação do Memorial Descritivo – LBAI................................................................................) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2.7.17 - Sistema de Controle da Poluição

2.7.17.1 - Tanque Séptico O tanque séptico deverá ter capacidade total de, no mínimo, 2500 litros. Este tanque

deverá ser dotado de porta de visita, suspiro, dreno e um sistema de monitoração de nível, com alarme de indicação no passadiço. Também deverá ser previsto uma tomada para lavagem do tanque dotada de válvula de bloqueio e de flange cego. A rede de suspiro deverá possuir filtro de carvão ativado e não deverá terminar nas proximidades de portas, escotilhas ou tomadas de ventilação.

A Contratada deverá prover a instalação de uma (01) bomba maceradora na saída do tanque séptico para fazer a descarga do tanque para o costado (abaixo da linha d’água) ou para facilidades portuárias, através de tomada no convés exposto. Deverão ser instaladas tomadas de porto dotadas de conexão rosqueada para adaptação de mangueira de sucção em ambos os bordos.

2.7.17.2 - Sistema de Separação de Água e Óleo O sistema deverá ser capaz de aspirar, com auxílio das bombas de incêndio, misturas

oleosas de pocetos localizados no fundo da praça de máquinas e descarregar esta mistura no tanque de óleo usado;

O tanque de óleo usado deverá ser dotado de conexões de sucção, suspiro, sondagem, sensor para alarme de nível alto, drenagem, porta de visita e visor de nível;

O descarte da mistura oleosa será feito para facilidades portuárias, através de bomba. A descarga deverá atender aos requisitos da MARPOL, deverão ser instaladas tomadas de porto dotadas de conexão rosqueada para adaptação de mangueira de sucção em ambos os bordos.

2.7.17.3 - Sistema de Tratamento de Águas Servidas As águas negras deverão ser drenadas dos locais onde serão produzidas utilizando um

sistema por gravidade ou a vácuo e deverão ser conduzidas, para o(s) tanque(s) séptico(s).

O sistema deverá transferir as águas negras, coletadas no(s) tanque(s) séptico(s), para uma Unidade de Tratamento de Águas Servidas (UTAS), e daí para o rio, ou diretamente do(s) tanque(s) séptico(s) para o rio ou para facilidades portuárias.

A “UTAS” poderá empregar os processos físico/químico (eletrolítico) ou biológico de tratamento e deverá ter uma capacidade de tratamento de 30.800 litros/dia.

A transferência de águas servidas e seu tratamento deverão ser inteiramente automáticos.

O sistema deverá operar, tanto em regime intermitente como durante picos de vazão de processamento.

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Deverá ser prevista uma conexão de porto.

Os indicadores de pressão (manômetros e vacuômetros) instalados no sistema deverão ser dotados de selos para evitar a obstrução dos mesmos durante a operação.

2.8 - Acabamentos e Acessórios (SWBS 600)

2.8.1 - Acessórios do Casco O pau do jeque e o pau da bandeira deverão ser fabricados em tubos de aço galvanizado e

providos de acessórios para instalação de adriças.

Deverá ser instalada balaustrada ao longo de todas as bordas onde houver perigo de queda de pessoas no rio, ou em um convés mais baixo.

Na proa e a ré deverá ser instalada balaustrada fixa, dotada de corrimão de tubo e barras intermediárias. Na região de manobra de carga deverá ser instalada balaustrada removível.

Todos os balaustres deverão possuir corrimão e cabos a 300mm, 650mm e 1.000mm, aproximadamente, acima do convés. Os balaustres deverão ser de aço galvanizado e deverão ser fixados a suportes soldados ao convés.

Em balaustres removíveis deverão ser usados cabos de aço galvanizado de 12,7mm de diâmetro, construção 6 x 19, recobertos com PVC flexível de cor preta.

Em balaustradas fixas deverão ser usados corrimãos rígidos ao invés de cabos de aço. Esses corrimãos deverão ser de tubo de aço galvanizado, com diâmetro nominal de, no mínimo, 38,1mm x 3,17mm.

Em balaustradas colocadas junto ao costado, deverão ser instaladas 03 (três) correntes. Em outras balaustradas deverão ser instaladas apenas uma corrente a uma altura de aproximadamente 1.000mm acima do convés. As correntes deverão ser fixadas aos balaustres por meio de manilhas, em uma extremidade, e ganchos na outra.

2.8.2 - Acessórios para Revestimento

Deverá ser previsto pela Contratada o fornecimento de acessórios para revestimento e proteção dos equipamentos situados em convés exposto.

As capas para equipamentos e acessórios localizados no convés exposto, deverão ser fabricadas de lona impermeabilizada, na cor cinza claro.

Pelo menos, os seguintes equipamentos e acessórios deverão ser protegidos por capas quando não estiverem em uso: molinete e apito.

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MARINHA DO BRASIL (Continuação do Memorial Descritivo – LBAI................................................................................) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2.8.3 - Divisórias

Os compartimentos deverão ser delimitados por anteparas divisórias metálicas fabricadas em aço.

As anteparas divisórias não estruturais, para limite de compartimentos, deverão ser fabricadas em chapa de aço ASTM-A-131 grau A, com espessura adequada à sua finalidade.

2.8.4 - Estrados Os estrados fora da praça de máquinas deverão ser construídos com chapas de aço com 3mm

de espessura. Na praça de máquinas e no compartimento da máquina do leme, deverão ser instalados estrados em chapas xadrez. Todos os estrados deverão ser fixados aos apoios fabricados em cantoneiras de aço, por meio de parafusos de aço cadmiado.

2.8.5 - Escadas e Acessos à Lancha Deverão ser instaladas escadas, onde requerido, para prover acesso aos compartimentos,

conveses e tanques.

As escadas deverão ser fabricadas em aço, e galvanizadas após sua fabricação.

Os degraus das escadas inclinadas deverão receber tratamento ou acessório antiderrapante.

Junto a cada agulheiro de escape, deverá ser instalada uma escada de emergência sob o convés. As escadas de emergência deverão ser constituídas em aço galvanizado ou alumínio.

A lancha deverá ser dotada de uma prancha de embarque fabricada em liga de alumínio, equipada com corrimão dobrável ou removível.

2.8.6 - Acessórios de Fechamento Não Estanques As portas não estanques deverão possuir uma largura mínima de 650mm e serem do tipo

articulada ou corrediça, construídas em chapas de aço ou de alumínio, pintadas, e deverão ser dotadas de ferragens de padrão naval. Os portais das áreas de acomodações de passageiros deverão ser fabricados em aço.

2.8.7 - Janelas e Vigias A lancha deverá possuir janelas e vigias na superestrutura, de modo a prover visibilidade

adequada, no caso do passadiço, e prover iluminação e ventilação nos demais compartimentos.

No passadiço, as janelas frontais deverão ser de abrir, do tipo pivotante, estanques ao tempo, providas de meios de travamento na posição desejada. As janelas frontais e de ré deverão ser dotadas de limpadores de para-brisas elétricos e esguichos de água doce.

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Todas as janelas, exceto as do passadiço, deverão ser dotadas de cortinas de tecido de cor escura e providas de dispositivos que permitam mantê-las na posição aberta ou fechada.

As janelas deverão ter a porta de vidro fabricado em latão.

Os vidros deverão ser temperados e anti estilhaçante e ter sua espessura compatível com a dimensão da janela, observando-se uma espessura mínima de 6mm.

Deverão ser instalados visores nas portas de acesso ao passadiço, de mesmo material e espessura das janelas do passadiço, que deverão ser retangulares, com medidas aproximadas de 300mm de altura e 200mm de largura.

2.8.8 - Pintura e Sistema de Proteção Catódica A pintura da embarcação deverá seguir o esquema descrito na ENGENALMARINST 60-01.

O sistema de proteção catódica a ser utilizado nas obras vivas da lancha deverá ser do tipo galvânico de magnésio, utilizando-se de anodos de sacrifício, que deverão ser instalados nas obras vivas do casco antes de seu lançamento. Os anodos a serem utilizados deverão ser de magnésio, com formato hidrodinâmico.

A Contratada deverá elaborar um plano de proteção catódica.

2.8.9 - Revestimento de Convés O piso dos compartimentos não deverá receber qualquer revestimento em adição à pintura.

O piso da cozinha e do banheiro deverá ser revestido com tinta antiderrapante.

A área do convés destinada à operação com boias, amarras e poitas, deverá ser revestida com cobros de madeira. Toda madeira utilizada deverá ser de lei, e tratada com imunizante para proteção contra cupim, podridão, fungos e bactérias.

2.8.10 - Isolamento Térmico e Acústico do Casco O isolamento térmico e acústico do casco deverá ser projetado e instalado com base nas

condições ambientais de verão e nas condições de ruído ambiental definidos pela EC, para cada compartimento.

A lancha deverá ter três diferentes tipos de isolamento do casco, em função da área a ser isolada:

I) isolamento térmico: para todas as áreas habitáveis, operacionais que tenham conveses, costados ou anteparas expostas ao tempo ou, ainda, vizinhas à áreas não refrigeradas;

II) isolamento acústico: para todas as áreas onde seja necessária a redução de ruído, de forma que sejam mantidos os níveis definidos pela SC, como por exemplo, a praça de máquinas; e

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III) isolamento térmico e acústico: para todas as áreas enquadradas em (I) e (II).

O isolamento deverá consistir basicamente da aplicação de painéis de fibra de vidro na superfície do costado, de anteparas, ou sob conveses, em combinações adequadas de densidade, espessura e revestimento, com tecido de fibra de vidro.

Portas e escotilhas instaladas respectivamente em anteparas e conveses isolados deverão receber preferencialmente isolamento do mesmo material, com espessura suficiente para apresentar uma superfície plana, porém nunca inferior a 25mm, e revestido com tecido de fibra de vidro.

As anteparas e teto da praça de máquinas que fizerem limite com compartimentos habitáveis deverão receber isolamento termo acústico.

2.8.11 - Forrações Deverão ser instaladas forrações removíveis para proteger o isolamento, facilitar a limpeza e

melhorar a aparência nos seguintes compartimentos: acomodações de passageiros, banheiros, cabine de comando, halls e corredores nas regiões das acomodações.

A cozinha deverá ser forrada com chapas finas de aço galvanizado e pintada.

As anteparas e o teto da praça de máquinas que receberem isolamento termo acústico deverão ser forrados com chapas perfuradas de alumínio.

As acomodações de passageiros e cabine de comando deverão receber forração decorativa.

As anteparas destes compartimentos deverão ser forradas de painéis de material fogo-retardante, montados e fixados em moldura metálica, classe "C", com 4mm de espessura (acabada), revestida com laminado plástico, decorativo, fogo retardante, na face exposta e chapa de balanceamento na face não exposta.

Os tetos destes compartimentos deverão ser forrados de painéis de laminado plástico, decorativo, fogo retardante e autosustentante de 3mm de espessura.

As anteparas e tetos dos banheiros da lancha deverão ser forrados com laminado plástico, decorativo, fogo retardante e autosustentante de 3mm de espessura, à exceção da face lisa das anteparas metálicas. O teto falso destes compartimentos deverá ter um pé direito mínimo de 1.980mm.

Atenção especial deverá ser dada à seleção e instalação dos elementos de arremate das junções dos painéis de modo a impedir totalmente o ingresso de água.

Nos banheiros, a forração deverá terminar a cerca de 200mm acima do convés. A abertura entre a forração e a antepara deverá ser fechada por uma tela de aço galvanizado, formando uma barreira contra ratos e insetos.

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As anteparas e tetos dos halls e corredores na região das acomodações deverão ser forrados com laminado plástico, decorativo, fogo retardante e autosustentante de 3mm de espessura, à exceção da face lisa das anteparas metálicas.

2.8.12 Arranjo dos Compartimentos A Contratada deverá elaborar os planos detalhados de arranjo de todos os compartimentos,

bem como os planos necessários de fabricação e/ou instalação dos equipamentos e itens de mobiliário.

A Lancha deverá possuir, pelo menos, os seguintes compartimentos:

I) tanque de colisão de vante; II) acomodação de Oficiais; III) acomodações da Guarnição e civis; IV) banheiros; V) passadiço; VI) cozinha; VII) refeitório; VIII) paiol de provisões; IX) praça de máquinas; X) compartimento da máquina do leme; XI) compartimento para acondicionamento de lixo; XII) oficina de balizamento e metalurgia.

Os compartimentos que possuírem vigias deverão ser dotados de cortinas para as mesmas.

Todas as janelas do passadiço deverão ser dotadas de cortinas.

O material utilizado para a confecção de cortinas deverá ser de tecido resistente, de baixa propagação de chamas, e sua cor e padrão de acabamento deverão estar de acordo com o ambiente onde forem utilizados.

Deverá ser instalado, em local adequado, um (01) bebedouro de água gelada com capacidade que atenda ao quantitativo de tripulantes a bordo.

Os armários deverão ser em aço ou alumínio.

2.8.13 - Acomodações A lancha deverá possuir acomodação para 02 (dois) Oficiais; 08 (oito) SO/SG, dez (10)

CB/MN, além de 02 (dois) civis. As acomodações devem ser agrupadas por círculos hierárquicos e as acomodações para os civis deverão ser previstas no círculo dos SO/SG.

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Por compartimento, deverá ser provida, 01 (uma) cesta para papéis, fabricada em alumínio anodizado, ganchos para chapéus (em quantidade igual a sua lotação), em latão cromado, e 01 (um) espelho.

O refeitório deverá ser dotado de mesa(s) com acabamento em fórmica, e cadeiras ou bancos em estrutura metálica, com assentos de madeira envernizada, com capacidade para 11 (onze) pessoas.

O mobiliário do refeitório deverá ser de fabricação metálica ou em compensado naval tratado contra fogo, possuindo nível de acabamento compatível com a função dos compartimentos.

Os tampos das mesas de refeições deverão ser revestidos de laminado plástico melamínico e possuir contornos com bordas salientes.

A lancha deverá possuir um banheiro em cada acomodação de pessoal, além de outro adicional, localizado próximo à oficina de balizamento e metalurgia. Cada banheiro deverá ser dotado de vaso sanitário, lavatório e chuveiro.

A Contratada deverá fornecer e instalar no interior do banheiro ou em compartimento próprio, uma máquina de lavar roupa e uma secadora doméstica, com capacidade mínima de 10kg, além de um armário na parte superior do compartimento para guarda de material.

As portas dos banheiros deverão possuir dispositivos de fechamento automático.

Os lavatórios deverão ser fabricados em aço inoxidável, com uma torneira de metal cromado.

Deverá ser instalado no lavatório, 01 (um) recipiente para sabão líquido, 01 (um) porta toalhas de papel, 01 (uma) cesta para toalhas de papel usadas, 01 (um) gancho para toalhas, todos em aço inoxidável ou em latão cromado. O cesto de lixo deverá ser de instalação em antepara e de fácil remoção.

Deverá ser previsto 01 (um) armário com espelho ou, ainda, 01 (um) porta objetos com batentes e 01 (um) espelho sobre o lavatório.

As anteparas próximas aos lavatórios deverão possuir uma proteção contra respingos, em aço inoxidável, com cerca de 400mm de altura, e mesma largura do lavatório, fixada à antepara.

O ponto de água do chuveiro deverá ser de água fria com registro de pressão.

Deverão ser previstos chuveiros elétricos comerciais, bem como as tomadas elétricas para ligação dos mesmos.

A entrada do box deverá ser dotada de porta acrílica com estrutura em alumínio.

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Os boxes dos chuveiros deverão ser equipados com 01 (uma) saboneteira e 01 (uma) alça de apoio, em aço inoxidável ou latão cromado. Na parte externa deverá ser instalado um (01) gancho para toalhas do mesmo material.

No piso dos boxes deverá ser previsto um estrado de borracha, plástico ou madeira, confeccionado de modo a evitar acúmulo de água sob o mesmo.

O vaso sanitário deverá ser de louça vitrificada, devendo possuir assento e tampo de plástico.

Deverão ser previstos suporte para papel higiênico, alça de apoio, gancho para chapéu, e cesta para papéis.

2.8.14 - Acomodações A lancha deverá ser dotada de uma cozinha equipada para o preparo de refeições e lavagem

de louça.

A bancada de trabalho deverá ter seu tampo e cuba, fabricados em aço inoxidável, e os armários em aço pintado. Deverão ser previstas gavetas e prateleiras, conforme o espaço disponível.

A pia deverá ter suprimento de água doce fria e de água do rio.

A cozinha deverá se dotada dos seguintes equipamentos principais:

I) 01 (um) fogão elétrico industrial de 06 (seis) bocas com 02 (duas) chapas quentes; II) 01 (um) forno elétrico com 01 (uma) câmara (pode ser conjugado com o fogão); III) 01 (um) forno de micro-ondas; IV) 01 (um) congelador (“freezer”) com cerca de 200 litros de capacidade; V) 01 (um) refrigerador com cerca de 300 litros de capacidade; VI) 01 (uma) sanduicheira, tipo doméstica; VII) 01 (um) liquidificador, tipo doméstico; e VIII) 01 (um) triturador de alimentos.

2.8.15 - Passadiço O passadiço deverá ter uma visão de 180º para a proa e, se possível, de toda a popa e ser

dotado de mesa de navegação.

O passadiço deverá ser equipado com 03 (três) cadeiras giratórias fixas estofadas para o timoneiro e mais dois militares, 01 (uma) escrivaninha com computador e cadeira estofada, prateleira para colete salva vidas, estantes para livros/manuais/publicações e cestos para papéis.

O mobiliário do passadiço poderá ser fabricado em aço pintado ou madeira.

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Deverá ser instalados na antepara, 01 (um) termômetro, 01 (um) barômetro, 01 (um) relógio e 05 (cinco) ganchos para chapéus.

2.8.16 - Paiol e Oficinas A lancha deverá ser dotada de um compartimento para acondicionamento de lixo de

capacidade aproximada de 6m3.

A lancha deverá ser dotada de uma oficina que deverá ser localizada no convés principal e aberta na proa da lancha e dotada de anteparas em suas laterais nos bordos.

Esta oficina deverá ser dividida em pequenas áreas contemplando espaços separados para efetuar serviços com ferragens, de metalurgia, de pintura e de montagem de balizas.

O piso da área de carga destinado a operação com boias, balizas e poitas, deverá ser revestido com cobros de madeira.

Os costados e as anteparas da oficina deverão ser providos de sarretas de madeira.

A madeira utilizada deverá ser de lei, tratada com imunizante para proteção contra cupim,

podridão, fungos e bactérias.

Deverão ser instalados 02 (dois) suportes, com capacidade para armazenamento de, no

mínimo, 20 (vinte) tubos de aço de 6m de comprimento, e 0,15m de diâmetro e espessuras de 1/8

pol. e 1/16 pol.

Deverá ser previsto um espaço para a estivagem de 01 (uma) escada dupla e outra simples

com 4,5m.

No interior da oficina ou ainda, próximo a essa, deverá haver um escritório, com recursos

de armazenamento de manuais, normas, documentos e registros das atividades de balizamento, em

formato impresso e digital.

A oficina deverá ser dotada dos seguintes equipamentos e ferramentas:

I) prateleiras para duas (02) motosserras, duas (02) motopodas e 01 (uma) roçadeira; II) 01 (um) armário com 2,0x1,6x0,8m (AxLxP) para guardar latas de tintas, material para

pintura, ferramentas como terçado, foice, roupa de apicultor e caixa de ferramentas; III) 01 (um) armário com chave; e IV) 01 (uma) caixa de 1,0m x 1,0m x 0,6m para guarda de placas de simbologia.

A oficina deverá ser dotada dos seguintes equipamentos e ferramentas de metalurgia:

I) máquina de solda elétrica; II) esmerilhadeira de 7 pol.; III) esmerilhadeira de 41/2 de pol.; IV) máquina de arrebitar pneumática; V) máquina de arrebitar manual;

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VI) furadeira; VII) compressor de ar; e VIII) kit oxiacetileno.

A lancha deverá ser dotada de um paiol de provisões localizado próximo à cozinha, para

guarda de mantimentos e outros materiais, considerando sua autonomia.

As estantes deverão ser fabricadas em aço galvanizado.

2.9 - Requisitos de Apoio Logístico

A Contratada deverá fornecer a documentação de Apoio Logístico, especificada abaixo e fornecer todos os sobressalentes necessários ao comissionamento de todos os equipamentos instalados na lancha:

I) manuais técnicos; II) listas de itens por equipamento (LITEQ); listas de ferramentas especiais; III) cadernos de válvulas; IV) cadernos de acessórios; V) cadernos de instrumentação; VI) propostas de sobressalentes de bordo e de base; e VII) proposta de equipamentos de testes especiais e instrumentos de teste especiais.

3. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

3.1 – Requisitos Gerais

A Contratada deverá fornecer os Manuais Técnicos, Listas, Cadernos e Propostas, pelo menos, para os equipamentos:

I) Motor Diesel de Propulsão;

II) Engrenagem Redutora;

III) Linha de Eixo;

IV) Máquina do Leme;

V) Máquinas de Convés;

VI) Grupo Diesel-Gerador; e

VII) Quadro Elétrico de Distribuição de Energia.

Os documentos para aprovação deverão ser submetidos em 03 (três) vias físicas e 01 (uma)

digital.

A MB poderá, sempre que julgar a documentação apresentada insuficiente, solicitar a

elaboração de documentos adicionais.

3.2 - Conteúdo dos Documentos Técnicos

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MARINHA DO BRASIL (Continuação do Memorial Descritivo – LBAI................................................................................) ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Este item estabelece as informações mínimas que, necessariamente, deverão conter os

documentos técnicos contratuais. Estes documentos deverão ser elaborados, considerando-se a

embarcação com todos os seus equipamentos, componentes e acessórios previstos neste

documento.

3.2.1 - Desenhos

3.2.1.1- Desenhos Dimensionais

Os desenhos dimensionais deverão conter, no mínimo, as seguintes informações: dimensões

principais, posição de centro de gravidade em pelo menos dois planos, tendo ao lado assinalado o

valor do peso e dimensões e cotas necessárias à localização dos principais acessórios e

componentes.

3.2.1.2 - Desenhos de Instalação

Os desenhos de instalação deverão conter, no mínimo: desenho dimensional da base,

desenhos de detalhe dos flanges, desenhos de detalhe de fixação da base à fundação da

embarcação, desenhos de Instalação dos Motores Diesel e Engrenagens Redutoras/Reversoras,

detalhes de fixação dos motores diesel e das engrenagens redutoras/reversoras às suas respectivas

bases, desenhos de conjunto (características do equipamento, do ponto de vista de sua configuração

de montagem, incluindo uma quantidade de vistas e cortes suficientes para permitir a identificação

de todos os seus componentes).

3.2.1.3 - Desenhos Diagramáticos

Devem ser fornecidos os seguintes diagramáticos:

a) Diagrama Esquemático do Sistema Elétrico, contendo:

- diagrama unifilar;

- conexões, dispositivos de proteção (valores nominais e ajustes), chaveamentos, etc;

- localização dos equipamentos do sistema; e

- dimensionamento dos cabos elétricos.

b) Diagrama de Cabeação dos Sistemas de Comunicações e de Navegação;

c) Diagrama Hidráulico do Guindaste; e

d) Diagrama de Interligação Hidráulica do Guindaste.

3.2.1.4 - Desenhos Estruturais e de Arquitetura

- Plano de Docagem;

- Desenhos Estruturais; e

- Expansão do Chapeamento.

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MARINHA DO BRASIL (Continuação do Memorial Descritivo – LBAI................................................................................) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3.2.1.5 - Desenho de Arranjo

- Desenho de Arranjo Geral.

- Desenho de Arranjo das Linhas de Eixo, Hélices e Lemes.

- Desenho de Arranjo de Mastros e Antenas.

- Desenho de Arranjo de Sistema de Fundeio.

- Plano de Segurança.

- Desenhos de Arranjo (Planos – Chave).

3.2.2 - Estudos Técnicos

- Estudo de Estabilidade e Trim.

- Estimativa de Potência e Integração Casco/Motor/Hélice.

- Estudo de Alinhamento do Sistema de Propulsão.

- Estudo da Análise da Demanda e Energia Elétrica (Balanço Elétrico).

3.2.3 - Especificações

Especificação de Contrato de Construção.

3.2.4 - Livros

Livro do Navio.

4. REQUISITOS DA GARANTIA DA QUALIDADE

4.1 - Requisitos Gerais

Os seguintes requisitos gerais de garantia da qualidade deverão ser observados:

a) A Autoridade em garantia da Qualidade para todos os efeitos deste Memorial Descritivo é a

Marinha do Brasil;

b) Os Requisitos de Garantia da Qualidade incidem sobre todos os itens e subitens do Objeto

do Contrato, inclusive de subcontratados;

c) Os contratos, ordens de compra e especificações técnicas para obtenção de materiais e

serviços pela Contratada, deverão conter exigências que assegurem o cumprimento dos requisitos

deste Memorial Descritivo; e

d) Todos os instrumentos a serem utilizados em inspeções, testes ou provas são de

responsabilidade da Contratada e deverão estar devidamente aferidos, quando de sua utilização.

4.2 - Requisitos Específicos

A Contratada deverá elaborar e submeter à Marinha a documentação de Garantia da

Qualidade, que consiste de:

a) Plano da qualidade (deve indicar as práticas da qualidade, responsabilidades, recursos e

sequência de atividades relevantes);

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b) Índice de inspeções, testes e provas;

c) Programa de inspeções, testes e provas;

d) Especificações de aquisição (EA);

e) Formulários de testes e provas;

f) Listas de verificação;

g) Procedimento de execução de processos especiais;

h) Procedimento de preservação e armazenamento de materiais; e

i) Relatórios ou certificados de inspeções, testes ou provas.

Rio de Janeiro, 29 de maio de 2018.

PAULO CESAR GUIMARAES Capitão de Fragata (RM1)

2ª Gerência de Obtenção de Meios Distritais e da DHN ASSINADO DIGITALMENTE

Ratifico:

ROBERTO AMORIM DA FONSECA Capitão de Mar e Guerra (Refº)

Chefe do Departamento de Meios Distritais, da DHN e de Embarcações de Apoio

ASSINADO DIGITALMENTE

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