memÓria das semanas sociais brasileiras

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1 MEMÓRIA DAS SEMA NAS SOCIAIS BRASILEIRAS

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MEMÓRIA DAS SEMANAS SOCIAIS BRASILEIRAS. De onde veio a ideia das SSB?. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: MEMÓRIA DAS SEMANAS  SOCIAIS BRASILEIRAS

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MEM

ÓRIA D

AS SEM

ANAS

SOCIAIS

BRASIL

EIRAS

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As Semanas Sociais são parte da ação evangelizadora da Igreja em muitos países. A França já celebrou o centenário na realização de Semanas Sociais. A

Itália encerrou a sua 46 semana social em outubro de 2010. Segundo Bento XVI, “a Semana Social deste ano trouxe uma agenda positiva para todos através do

Tema: A Igreja e o Sul da Itália”. Mesmo com formatos diferenciados, as semanas sociais articulam as forças populares e intelectuais a debater questões sócio-políticas relevantes e traçar perspectivas para o seu país, baseadas no Ensino

Social da igreja.

A década de 1990 foi marcada pela realização das Semanas Sociais Brasileiras (SSB) advindas de um rico processo de mobilização popular das décadas de 1970-

80, onde nasceram e se fortaleceram as pastorais sociais, que juntamente com numerosos movimentos e organizações sociais iniciaram o debate para construir

o Projeto Popular para o Brasil.E também no Brasil a motivação ocorreu pelas Semanas de Fé e compromisso

social que ocorria nas dioceses, as semanas da cidadania,... Encontramos registros de Semanas Sociais no Rio de Janeiro e São Paulo na década de 20 e 30

promovidas pela Ação Católicas. Elas estão inseridas num contexto eclesial e sócio-político.

Através das Semanas Sociais Brasileiras, cinco preocupações sempre estiveram presentes em seu contexto, história, motivações e resultados:

a) um diagnóstico da realidade sócio-política e econômica do país (ação na sociedade);

b) uma mobilização ampla de todas as forças vivas da sociedade (eclesiais e não eclesiais);

c) tomada de posição com relação a alguns compromissos concretos em âmbito global;

d) o protagonismo real e efetivo dos leigos; e) o caráter propositivo dos debates.

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Sequência das Semanas: Primeira: 1991

Segunda: 1993-1994

Terceira: 1997-1999

Quarta: 2004-2006

(Um processo que continua) os passos dados

as lições aprendidas

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TEMAS:

1ª Semana (1991):

O MUNDO DO TRABALHO –

Desafios e Perspectivas

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Destaque da 1ª Semana: O TRABALHO

AS NOVAS TECNOLOGIAS

Contexto: globalização

mercado mundial

pensamento único > verdade única

“Estado mínimo”

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Constatações:

impacto nas novas tecnologias

flexibilização da legislação trabalhista

precarização das condições de trabalho

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Perspectivas: economia liberal excludente

massas sobrantes - disputa por trabalho

imposição das leis de patenteamento: dominação tecnológica.

“economia submersa” : “economia perversa”.

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Bandeiras:

tecnologias a serviço do bem comum

importância da pesquisa para a soberania nacional

economia solidária

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2ª Semana

(1993-1994):

BRASIL - ALTERNATIVAS

E PROTAGONISTAS.

“O Brasil que a gente quer”.

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2ª Semana:

Projeto de Brasil que nós queremos

Fruto: Grito dos Excluídos/as

Contexto:

privatizações (governo FHC);

inserção do Brasil no “mercado mundial”.

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Constatações:

a diversidade regional

importância da cultura

novos “sujeitos sociais”.

importância da dimensão de “público” para além da dimensão do “estatal”.

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Perspectivas:

Utopia de país: politicamente democrático, economicamente justo, socialmente solidário, culturalmente plural, ecologicamente sustentável,

regionalmente diversificado, religiosamente ecumênico...

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Bandeiras:

a cidadania

o bem comum (interesse público, políticas públicas, diferença entre “público” e “estatal”)

a riqueza da diversidade e;

a não “privatização” do Estado Brasileiro.

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3ª Semana

( 1997-1999):

RESGATANDO DÍVIDAS

As dívidas sociais

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3ª Semana: A dívida externa

As dívidas sociais

“perdão das dívidas” – “resgate das dívidas sociais”

Simpósio e Tribunal da Dívida, 1º Plebiscito popular sobre a dívida, surgimento do Jubileu Sul e do coletivo da Auditoria Cidadã)

Contexto: Endividamento dos países pobres

Dependência

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Constatações:

aprofundamento do capitalismo financeiro

instrumentalização dos Estados para o interesse privado

criação e fortalecimento dos blocos econômicos (Nafta, p. ex., e inicio dos debates sobre a ALCA).

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Bandeiras: cancelamento da dívida (ilegítima);

resgate das dívidas sociais: índios, negros, mulheres...

auditoria da dívida

soberania nacional

solidariedade internacional

luta contra as imposições (ALCA – plebiscito popular em 2002, OMC, Organismos multilaterais...)

surgimento do Fórum Social Mundial

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4ª Semana

(2004-2006):

Mutirão por um novo Brasil – Articulação das forças sociais

para a construção do Brasil que nós

queremos

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4ª Semana“Quando aprendemos as respostas,

trocaram as perguntas”

Novas maneiras de dominação

Importância das mediações

A urgência da articulação

Perspectivas de longo prazo

“Mutirão por um novo Brasil” – Fruto: Assembleia Popular -.

Mutirão para a superação da miséria e da fome.

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Função do Estado Soberania Popular X Império Crise civilizatória e

sustentabilidade Forças sociais, resistência e

organização Precarização do trabalho

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Contexto:

Globalização excludente

domesticação das instituições democráticas (eleições tornam-se meros rituais democráticos)

espaços participativos fragilizados e alguns perderam sua finalidade

O Estado tornam-se instrumento dos interesses hegemônicos

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“estado democrático”: •legitima o desmonte social•promove impostos para pagar as dívidas

“livre mercado”: •resguarda o protecionismo dos países centrais•abre a porta para a invasão dos seus produtos nos países periféricos

“privatizações:

•mercantilização dos serviços públicos•infraestrutura por conta do Estado

Reversão do sentido das instituições:

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Povo sujeito de sua história Ampliação do processo de

articulação das forças sociais Diversidade e convergências Engajamentos mais concretos Propostas pontuais Eixos temáticos Biomas

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Valores, gênero, etnias Sistema Político Soberania e Relações Internacionais Trabalho Cidades Campo Economia Comunicação Educação e Cultura Saúde Outros (energia, segurança...)

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Amazônia Cerrado Caatinga (Semiárido) Mata Atlântica Pantanal Pampa

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