mec 2013_metas curriculares, história do 3º ciclo [discussão pública 25 março]

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    METAS CURRICULARES DE HISTRIA

    3. CICLO DO ENSINO BSICO

    (Verso para discusso pblica)

    Equipa:

    Ana Isabel Ribeiro (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)Joo Paulo Avels Nunes (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)Pedro Jos Cunha (Escola Bsica e Secundria Quinta das Flores)

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    Introduo

    As Metas Curriculares de Histria procuram, a partir Programa de Histria para o 3.

    Ciclo do Ensino Bsico (1991) em vigor, definir contedos fundamentais, atualizados

    cientificamente, que devem ser ensinados aos alunos, constituindo-se um objeto

    primordial na estruturao do ensino da disciplina e um referente para os membros da

    comunidade educativa.

    As Metas Curriculares de Histria apresentam cinco princpios orientadores:

    (1)Esto definidas por ano de escolaridade, contendo cada ano quatro domniosde referncia, correspondentes aos temas definidos pelo Programa. Est

    prevista a leccionao de quatro domnios por ano lectivo;(2)Dada a complexidade e extenso dos domnios, em cada um deles foram

    definidos subdomnios que visam tornar mais visveis os contedos

    considerados essenciais;

    (3)Em cada subdomnio, so indicados os objetivos gerais a concretizar. Adefinio destes objectivos obedeceu a uma estrutura de organizao dos

    saberes em cinco reas fundamentais, que se repetiro, quando se justifique, em

    cada subdomnio. Essa reas remetem para: (a) Aspectos poltico-institucionaise conceptuais (1 objectivo geral), (b) Aspectos econmicos e sociais (1

    objectivo geral), (c) Aspectos culturais, artsticos e religiosos (1 objectivo

    geral), (d) O processo histrico portugus (1 objectivo geral); Ligaes com o

    presente ou reflexes em torno de uma problemtica especfica relacionada

    com a formao cvica e social (1 objectivo geral).

    Esses objectivos so operacionalizados atravs de verbos que remetem para

    desempenhos concretos no caso da disciplina de Histria implicam na maior

    parte das vezes operaes relacionadas com a aquisio de informao

    (conhecer) e com a integrao e elaborao dessa informao (compreender).

    (4)Em cada subdomnio foram definidos descritores de desempenho dos alunos quepermitam avaliar a consecuo dos objetivos. Esses descritores foram redigidos

    de forma rigorosa, utilizando o vocabulrio conceptual do saber histrico. Na

    concretizao dos descritores, os professores devero proceder necessria

    adaptao da conceptualizao e da linguagem ao nvel etrio e de escolaridade

    dos alunos e seleo das estratgias de ensino mais adequadas para a sua

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    concretizao.

    Resta salientar que as Metas definem domnios para reas que se consideram

    transversais disciplina em todo o ciclo de ensino e que reportam ao tratamento da

    temporalidade e do espao, assim como a aspectos metodolgicos do saber histrico,

    nomeadamente a utilizao e crtica de fontes histricas diversificadas e a natureza do

    discurso historiogrfico. O trabalho destas reas deve ser contnuo e concomitante

    concretizao dos descritores de desempenho, devendo constituir-se como aspecto

    fundamental a ter em conta no momento da definio de estratgias de ensino e da

    seleo de recursos.

    Ser posteriormente disponibilizado um caderno de apoio s metas curricularescontendo suportes tericos aos objetivos e descritores bem como exemplos de

    estratgias pedaggicas adequadas.

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    METAS CURRICULARES DE HISTRIA3. CICLO DO ENSINO BSICO: 7. ANO

    Das sociedades recolectoras s primeiras civilizaes

    Das sociedades recolectoras s primeiras sociedades produtoras

    1. Conhecer o processo de hominizao

    1.Localizar as regies do mundo onde foram encontrados vestgios dos processos dediferenciao da espcie humana, destacando a importncia da arqueologia, bemcomo o carcter provisrio e limitado do conhecimento cientfico.

    2. Identificar as principais fases de evoluo desde o Australopithecus ao SapiensSapiens, realando a lentido do processo.

    3.Enumerar as mutaes fisiolgicas correspondentes a cada estdio dedesenvolvimento da espcie humana, salientando a importncia dainterdisciplinaridade para o estudo destes processos.

    4.Reconhecer o fabrico de instrumentos, o domnio do fogo e linguagem verbalcomo conquistas fundamentais.

    5.Saber relacionar esta problemtica com questes tratadas pelas cincias danatureza e pelas religies (evolucionismo/criacionismo).

    2. Conhecer e compreender as caractersticas das sociedades do Paleoltico

    1.Relacionar as profundas alteraes climticas com as condies de vida e nadistribuio geogrfica dos primeiros grupos humanos.

    2.Relacionar a recoleo com o nomadismo.3.Relacionar metodologias de caa de animais de grande porte com a

    complexificao das interaes humanas e com o crescimento da populao.4. Identificar os instrumentos fabricados pelo Homem, as respetivas funes e as

    implicaes em termos de diviso tcnica e sexual do trabalho.5.Descrever o modo de vida das primeiras sociedades humanas, salientando aimportncia da antropologia para o estabelecimento de comparaes comcomunidades pr-neolticas atuais.

    3. Compreender as vivncias religiosas e as manifestaes artsticas do Homem do

    Paleoltico

    1.Distinguir rituais de fertilidade de rituais funerrios.2.Realar o papel da arqueologia na reconstituio das vivncias religiosas do

    Homem do paleoltico.

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    3.Distinguir arte mvel de arte rupestre, referindo exemplos hoje situados nosterritrios de alguns pases europeus (com destaque para Portugal).

    4.Resumir as principais teorias explicativas da arte do Paleoltico (ritos mgicos ourepresentaes do universo).

    5.Relacionar a precariedade do Homem face natureza e sociedade com odesenvolvimento de vivncias religiosas e estticas.

    4. Compreender e comparar as sociedades produtoras com as sociedades recoletoras

    1.Salientar a importncia das regies temperadas para o surgimento da economia deproduo (agricultura de sequeiro e domesticao de animais).

    2.Relacionar a economia de produo com a sedentarizao (Revoluo Neoltica).3.Relacionar a revoluo neoltica com o aumento da populao, com a acumulao

    de riqueza e com a diferenciao social, salientando a maior rapidez das alteraes

    por comparao com a etapa anterior.4. Integrar as novas atividades artesanais nas necessidades da economia de produo

    e das sociedades sedentrias, salientando as diferenas entre os modos de vida dopaleoltico e do neoltico.

    5. Interpretar as diferenas e desigualdades sociais como elemento estruturante dascomunidades humanas, do neoltico aos nossos dias.

    5. Conhecer a economia de produo e a diferenciao social e a sua relao com as

    novas formas religiosas e manifestaes artsticas do neoltico

    1. Identificar o surgimento de objetos e construes associados aos cultos agrrios,de carcter cclico, acompanhando a sazonalidade da agricultura e da pecuria.

    2.Reconhecer a ligao entre as atividades artesanais e a possibilidade de introduzirelementos decorativos em muitos dos objetos do dia-a-dia.

    3.Descrever os monumentos megalticos, associando-os quer a rituais funerrioscom diferenciao social, quer aos cultos agrrios.

    4.Sublinhar a mudana nas temticas da pintura rupestre do neoltico, por oposios representaes do perodo paleoltico.

    5.Salientar a importncia do fenmeno do megalitismo na Pennsula Ibrica e IlhasBritnicas.

    Contributos das civilizaes urbanas

    1. Conhecer e compreender a formao das primeiras civilizaes urbanas

    1.Localizar no espao e no tempo as civilizaes da Sumria, Egito, vale do Indo evale do Rio Amarelo, a civilizao hebraica e a civilizao fencia, destacando a

    relao com as grandes plancies aluviais.

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    2.Relacionar a fertilidade dessas regies com a acumulao de excedentes, odesenvolvimento comercial e a transformao de aldeias em cidades.

    3.Destacar a crescente importncia das atividades secundrias e terciriasdesenvolvidas nas cidades, fruto da libertao de mo-de-obra do trabalhoagrcola (especializao de funes).

    4.Reconhecer a cidade como centro do comrcio e da produo artesanal e do poderpoltico, militar e religioso.

    5.Aplicar o conceito de civilizao a sociedades detentoras de grandecomplexidade, estruturadas em torno de cidades, da utilizao da escrita, deconhecimento e vontade de domnio sobre os territrios vizinhos.

    2. Conhecer e compreender as relaes econmicas e as estruturas sociais

    1.Apresentar as atividades econmicas viabilizadoras do surgimento das cidades.2.Reconhecer a importncia de tecnologias complexas como a metalurgia e a

    engenharia.3.Descrever a organizao social das primeiras civilizaes.4.Caracterizar o aprofundamento da diviso tcnica do trabalho e o acentuar das

    diferenas sociais (sociedade estratificada).5. Identificar a generalizao das categorias de civilizado e de brbaro como

    legitimadoras da escravatura enquanto fenmeno permanente.

    3. Conhecer e compreender a complexificao da organizao poltico-militar e

    religiosa

    1.Relacionar a criao de Estados com a necessidade de manter infraestruturashidrulicas e de defesa perante ameaas externas.

    2. Identificar a centralizao do poder como forma de conter a conflitualidade social.3.Reconhecer o surgimento de poderes polticos absolutos e sacralizados.4.Justificar a funo dos impostos como fator de sustentao dos aparelhos de

    estado e das elites.5.Descrever a afirmao de religies politestas, nas quais, pela primeira vez, os

    deuses assumem caractersticas humanas.

    4. Conhecer e analisar a importncia das vivncias culturais e artsticas.

    1.Reconhecer a importncia da arquitetura militar, religiosa e civil e do urbanismonas cidades-estado da Sumria.

    2.Reconhecer o grau de sofisticao atingido no Antigo Egito pela pintura, esculturae pela caligrafia.

    3.Reconhecer que a grande quantidade e variedade de vestgios artsticos sobre osvalores e as vivncias do Antigo Egito est ligada s respetivas crenas na

    imortalidade da alma e na reencarnao.

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    4.Atribuir a diferenciao da produo artstica (na arquitetura, na escultura, napintura) firmao do poder imperial e da hierarquizao social no Antigo Egito.

    5.Reconhecer a crescente autonomizao dos fenmenos culturais e artsticos(surgimento de profisses intelectuais e alternncia de correntes estticas).

    5. Conhecer os principais contributos das primeiras civilizaes urbanas para o

    funcionamento das sociedades at aos nossos dias

    1. Indicar os domnios do conhecimento mais desenvolvidos durante as primeirascivilizaes (matemtica, astronomia, qumica, medicina, engenharia, arquitetura).

    2.Saber a importncia da escrita salientando o contributo do sistema alfabticofencio para a consolidao de reas do saber como a teologia, a histria, odireito e economia.

    3.Sublinhar o papel da escrita enquanto marco de periodizao clssica (passagemda pr-histria histria) e no alargamento do tipo de fontes disponveis paraos historiadores.

    4.Destacar o politesmo das primeiras civilizaes urbanas e o monotesmo(nomeadamente o judasmo) como estando na origem da diversidade de religiesno mundo atual.

    5. Identificar a presena de dois modelos de organizao poltica alternativos:centralizado (Imprio) e descentralizado (confederao de cidades-estado).

    A herana do Mediterrneo Antigo

    O mundo helnico

    1. Conhecer e compreender o processo de formao e afirmao das cidades-estado

    gregas originrias (sculos VIII a IV a.C.)

    1.Localizar no espao e no tempo as principais cidades-estados gregas e os povoscom quem estabeleceram contactos, por referncia s civilizaes j estudadas.

    2.Relacionar a adoo do modelo de cidade-estado com as caractersticas doterritrio e com a fixao de grupos humanos no espao da Antiga Grcia.

    3.Comparar a organizao poltica daPolisateniense com a daPolisespartana.4.Explicar as diferenas polticas entre Atenas e Esparta tendo em conta as

    caractersticas dos respetivos territrios, atividades econmicas e estruturassociais (sculo V a. C.).

    5.Explicar as clivagens no modo como Atenas e Esparta encaravam a educao e opapel da mulher na sociedade.

    2. Conhecer a organizao econmica e social no mundo grego

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    1. Identificar as principais atividades econmicas da maioria das cidades-estadoatenienses (ver o caso ateniense comercial, martima e monetria).

    2.Destacar o surgimento de formas econmicas inovadoras (indstria ao domiclio emanufaturas).

    3.Saber as caractersticas das estruturas sociais das poleis gregas, tomando Atenascomo referncia.

    4.Descrever o quotidiano dos membros dos diversos grupos sociais daspolisgregas.5.Reconhecer a situao de subalternidade das mulheres nas cidades-estado gregas e

    comparar com os debates atuais sobre a igualdade de gneros.

    3. Conhecer o elevado grau de desenvolvimento atingido no mundo grego pela cultura

    e pela arte

    1.Reconhecer a importncia assumida na cultura grega por formas literrias como aepopeia (poemas homricos) e o teatro (tragdia e comdia).

    2.Descrever a religio politesta grega, destacando o papel jogos como expresso dereligiosidade e factor unificador do mundo helnico.

    3. Identificar as principais caractersticas da arquitectura, da escultura e da cermicagregas.

    4.Salientar a autonomia e o grau de sofisticao alcanado no mundo grego pelafilosofia e pelas cincias.

    5.Destacar o relevo alcanado, no mundo grego, pelos intelectuais na vida pblica.4. Conhecer o processo de estruturao do mundo grego e de relacionamento do

    mesmo com outros espaos civilizacionais

    1.Descrever o processo de criao de colnias e identificar os respetivos limitesgeogrficos.

    2.Referir a instituio de alianas entre cidades-estado, as rivalidades e os conflitosque se verificaram entre as mesmas.

    3.Descrever a evoluo do relacionamento entre o mundo grego e o imprio persa.4.Saber as modalidades de relacionamento entre as cidades-estado gregas e

    populaes/recursos existentes na Pennsula Ibrica, identificando vestgiosarqueolgicos dessas interaes.

    5.Saber, tanto as noes de civilizado e de brbaro, como a utilizao poltica eideolgica que os gregos fizeram das mesmas.

    5. Avaliar o contributo da Grcia Antiga para a evoluo posterior das sociedades

    humanas

    1.Comparar o regime poltico ateniense e espartano com as democracias e asditaduras totalitrias do sculo XX.

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    2.Verificar a criao pelos gregos, no seguimento dos fencios, de uma economia-mundo relativamente integrada com os respetivos centros, semiperiferias eperiferias.

    3.Confirmar a importncia da lngua como fator de unificao dos gregos e comovetor de transmisso de cultura erudita at aos nossos dias.

    4.Confirmar a cultura e educao gregas como fundamentais para a evoluo futurados sistemas culturais ocidentais e ocidentalizados.

    5.Verificar a relevncia e a dimenso geogrfica atingida pelo helenismo noseguimento das conquistas de Alexandre Magno.

    Roma e o imprio

    1. Conhecer e compreender a formao do imprio e o processo de romanizao

    1.Localizar no espao e no tempo a fundao da cidade de Roma e as vrias etapasde expanso do seu imprio, destacando o processo de conquista da PennsulaIbrica.

    2.Relacionar a expanso romana com a transformao do regime republicano emregime imperial.

    3.Caracterizar a instituio imperial como poder absoluto e de carter divinizado.4.Salientar a relevncia da violncia no sistema poltico romano (o assassinato

    recorrente de lderes, a mxima po e circo; os motins urbanos e revoltas deescravos).

    5.Explicar a eficcia dos fatores e agentes de integrao dos povos vencidos noimprio, salientando a reciprocidade assimtrica das influncias entre romanos eromanizados.

    2. Conhecer e compreender a organizao econmica e social da Roma imperial

    1.Demonstrar a intensa atividade econmica no tempo do regime imperial (baseadanuma economia urbana, comercial e monetria).

    2.Relacionar a economia de mercado com o crescimento de latifndios econsequente migrao dos pequenos proprietrios para as cidades.3.Descrever a organizao social do imprio romano, salientando o carterhierarquizado e esclavagista da sociedade.

    4.Relacionar as campanhas militares com a multiplicao do nmero de escravos.5.Descrever o quotidiano dos vrios grupos sociais na Roma imperial.

    3. Conhecer e compreender a cultura e arte romana

    1.Referir as principais caractersticas da arquitetura, escultura e pintura romanas.2. Identificar as principais influncias da arte romana.3.Caracterizar a originalidade artstica dos romanos, sublinhando o seu carcter

    prtico, utilitrio e monumental.

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    4.Reconhecer a poesia pica e a historiografia romanas como forma de enaltecerRoma e o imprio.

    5.Referir os principais gneros literrios cultivados pelos romanos e seus principaisautores.

    4. Compreender a origem e a expanso do Cristianismo no seio das expresses

    religiosas do mundo romano

    1.Verificar no panteo romano a existncia de aceitao, influncia e assimilaoaos deuses dos povos com quem contactavam.

    2.Explicar as origens hebraicas do cristianismo, a ciso entre as duas religies e osprincpios fundamentais da nova religio.

    3.Explicar os fatores facilitadores da propagao da religio crist no imprioromano.

    4.Relacionar a mensagem do cristianismo com as perseguies iniciais movidaspelo poder imperial.5.Sistematizar as principais etapas de afirmao do cristianismo (de religio

    marginal a religio oficial do imprio romano).

    5. Conhecer as marcas do mundo romano para as civilizaes que lhe sucederam e

    para as sociedades atuais

    1.Reconhecer o direito como uma das grandes criaes da civilizao romana, basede grande parte dos sistemas jurdico-legais atuais.

    2.Salientar a importncia do latim na formao de vrias lnguas nacionaiseuropeias.

    3.Salientar a importncia do modelo administrativo e urbano Romano naestruturao do espao imperial.

    4.Reconhecer a qualidade da engenharia romana atravs da durabilidade das suasconstrues.

    5.Enumerar aspetos do patrimnio material e imaterial legados pelos romanos noatual territrio nacional.

    A formao da cristandade ocidental e a expanso islmica

    A Europa do sculo VI ao XII

    1. Conhecer e compreender o novo mapa poltico da Europa aps a queda do imprio

    romano do Ocidente

    1.Enumerar os sinais de crise do imprio Romano.

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    2.Caracterizar os povos brbaros.3. Identificar os povos invasores e os respectivos locais de fixao.4.Comparar a unidade poltica do imprio romano com a fragmentao ocorrida

    aps as invases brbaras e, mais tarde, a sua recomposio a partir daestruturao de diversos reinos e das tentativas de restaurao de unidadesimperiais (Imprio carolngio e Sacro Imprio germnico).

    5.Reconhecer aspetos da civilizao europeia atual como o resultado da mistura deelementos de origem mediterrnea e de elementos germnicos.

    2. Compreender as relaes entre o clima de insegurana e o predomnio de uma

    economia ruralizada na Alta Idade Mdia e com a organizao da sociedade medieval

    1.Relacionar a recesso econmica com as invases brbaras e a nova vaga deinvases entre o sculo VIII e o X.

    2.Caracterizar a economia europeia da Alta Idade Mdia.3.Justificar o reforo do poder dos grandes senhores (proprietrios e lderes

    militares ou religiosos) perante a incapacidade rgia em garantir a defesa daspopulaes, salientando o duplo poder senhorial sobre a terra e sobre os homens.

    4.Caracterizar a sociedade trinitria medieval, salientando a diviso em ordensconsoante a funo e o nascimento, a existncia de imobilidade social, asprofundas clivagens entre ordens privilegiadas e no privilegiadas e o papel daigreja na manuteno da ordem vigente.

    5.Explicar o quotidiano das ordens sociais medievais, salientando o poder e riquezado alto clero, o poder militar nobre e as difceis condies dos camponeses.6.Justificar a existncia de relaes de dependncia entre as ordens privilegiadas.

    3. Conhecer a vivncia religiosa no ocidente europeu entre os sculos VI e XII

    1.Descrever o aumento do prestgio da Igreja durante as invases brbaras, perante aincapacidade do poder civil em defender as populaes.

    2.Salientar a importncia da religio crist como elemento de unificao nadiversidade dos territrios ocupados pelos povos brbaros.

    3. Identificar a sobrevivncia de antigas prticas pags no Ocidente europeu, assimcomo de diversas propostas de vivncia do cristianismo.

    4.Descrever o movimento de renovao da Igreja a partir do sculo VI, destacando adiviso entre clero regular e clero secular.

    5.Reconhecer a importncia da Igreja como garante do funcionamento social epoltico medieval.

    4. Conhecer e compreender as caractersticas fundamentais das expresses culturais e

    artsticas

    1.Referir os mosteiros como centros culturais e de renovao da arte religiosa e dadoutrina crist durante a Alta Idade Mdia.

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    2. Indicar o papel da igreja na conservao de autores da Antiguidade (obras greco-latinas e muulmanas).

    3. Identificar a adopo e adaptao de modelos estticos romanos pelos povosbrbaros.

    4. Identificar as caractersticas principais da arte romnica: arquitetura, pintura eescultura.

    5.Relacionar os temas da pintura e da escultura com o grau de alfabetizao dapopulao.

    5. Conhecer e compreender as ligaes entre as leituras historiogrficas sobre os

    processos de formao dos reinos brbaros e as identidades nacionais existentes desde

    o sculo XIX

    1.Saber as duas principais leituras historiogrficas acerca dos povos brbaros quecontriburam para o colapso do Imprio Romano do Ocidente (povos deidentidade homognea ou, pelo contrrio, populaes com origens e culturasdiversas).

    2.Saber as duas principais leituras historiogrficas acerca dos processos deestruturao dos Estados-Nao (ocorridos na Idade Mdia ou, em alternativa, napoca Contempornea).

    3.Explicar as implicaes de se considerar que os Estados-Nao so apenas ousobretudo o prolongamento das caractersticas adquiridas no momento darespectiva fundao ou, em alternativa, de escolhas realizadas em cada presente

    por parte ou pela totalidade da respectiva populao.

    O mundo muulmano em expanso

    1. Conhecer e compreender a gnese e expanso do islamismo

    1.Localizar no tempo e no espao o aparecimento da religio islmica.2. Identificar as principais caractersticas da religio islmica.3.Comparar o islamismo e o cristianismo.4.Apontar as razes que levaram conquista militar, por parte dos muulmanos, de

    novos territrios.5.Caracterizar o imprio muulmano, do sculo VII aoIX, em termos territoriais

    econmicos e culturais.

    2. Conhecer e compreender a ocupao muulmana e a resistncia crist na pennsula

    ibrica

    1.Localizar no tempo a ocupao e presena na pennsula ibrica da civilizao.2.Apontar as caractersticas da organizao poltica, territorial e econmica da

    pennsula ibrica sob domnio muulmano.

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    3.Localizar no espao e no tempo o incio do processo de reconquista crist,salientando o seu carcter lento e os seus avanos e recuos.

    4.Relacionar o processo de reconquista com a formao dos reinos ibricos.5.Relacionar os ritmos da reconquista da pennsula com o apoio da europa crist e

    com as transformaes do prprio imprio muulmano.

    3. Conhecer e compreender as interaes entre o mundo muulmano e o mundo cristo

    1. Identificar as principais caractersticas da cultura muulmana, sublinhando as suasligaes ao mundo clssico, mas tambm China, Prsia ou ndia.

    2.Apontar, no contexto da pennsula Ibrica, os contrastes entre o mundo cristo e omundo muulmano.

    3.Caracterizar a formas de relacionamento entre cristos e muulmanos no territrioibrico (conflito e convivncia).

    4.Apontar os principais contributos da cultura muulmana para a cultura ibrica.5. Identificar no espao portugus vestgios da cultura muulmana.

    4. Conhecer e compreender a formao do reino de Portugal num contexto de

    reconquista

    1.Localizar no espao o condado portucalense, sublinhando a sua dependnciapoltica em relao ao reino de Leo.

    2.Caracterizar a ao poltica e militar do conde D. Henrique.3.Relacionar a oposio da nobreza do condado portucalense face ao poltica de

    D. Teresa com a subida ao poder de D. Afonso Henriques.4.Caracterizar a ao poltica e militar de D. Afonso Henriques.5.Explicitar os documentos que formalizaram o reino de Portugal.

    5. Conhecer e compreender as caractersticas do mundo islmico dos sculos VII a

    XIV, estabelecendo uma comparao com as diversas correntes do islamismo dos

    nossos dias.

    1. Salientar a pluralidade cultural e as diversas etapas de evoluo do mundoislmico nos sculos VII e XIV.

    2. Elencar algumas das caractersticas das diversas vivncias do Islo nos nossosdias.

    3. Apresentar diferenas entre a forma como a historiografia interpreta e oradicalismo apresenta a histria do mundo islmico.

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    O contexto europeu do sculo XII aoXIV

    Apogeu e desagregao do ordem feudal

    1. Conhecer e compreender as transformaes da economia europeia do sculo XII aoXIV

    1.Relacionar o crescimento demogrfico com os progressos na agricultura, amelhoria nos transportes e ocupao de novas terras cultivveis.

    2.Relacionar os progressos na produo agrcola com o incremento das trocas anvel local, regional e internacional e consequente reanimao das cidades.

    3.Salientar o fortalecimento da burguesia urbana e o fim da servido em algunsespaos europeus, como transformaes importantes no contexto da organizaoda sociedade medieval.

    4. Identificar os principais centros e circuitos comerciais europeus.2. Conhecer e compreender algumas das caractersticas da organizao do poder entre

    os sculos XII e o XIV

    1. Salientar a persistncia do poder dos senhores e a sua autonomia face ao poderrgio, enumerando algumas expresses desse poder.

    2. Assinalar o processo de fortalecimento do poder rgio, sublinhando, contudo, asua lentido e as resistncias dos senhores.

    3.

    Relacionar o processo de fortalecimento do poder do rei com a estruturao dergos de poder central e com a crescente capacidade de interveno a nvellocal.

    4. Reconhecer os concelhos (espao ibrico) e comunas (europa do norte) comoformas de organizao poltico-administrativas que concediam autonomia faceaos senhores aos estratos populares que as constituam.

    3. Conhecer e compreender as principais expresses da religio, cultura e artes do

    sculo XII ao XIV

    1.Caracterizar as expresses culturais irradiadas a partir dos mosteiros, das cortes,salientado, contudo, a sua coexistncia com expresses culturais de matrizpopular.

    2.Relacionar a afirmao de escolas catedrais, urbanas como centros de formao ede cultura com a revitalizao do mundo urbano.

    3.Salientar o desenvolvimento do ensino universitrio nos sculos XII e XIII,relacionando-o com os interesses convergentes do poder rgio, do clero e daburguesia.

    4.Relacionar as principais caractersticas da arte gtica com o clima poltico, sociale econmico e a partir da segunda metade do sculo XII.

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    5.Reconhecer o aparecimento das ordens mendicantes e de movimentos herticoscomo expresso de descontentamento relativamente ostentao do alto clero.

    4. Conhecer caractersticas do poder, da economia, da sociedade e da cultura de

    Portugal do sculo XII ao XIV

    1.Salientar o progressivo fortalecimento do poder rgio em Portugal e osinstrumentos utilizados pelo rei para esse fim.

    2.Salientar o papel dos concelhos no povoamento e desenvolvimento econmico eestruturao social do reino de Portugal.

    3.Sublinhar o incremento das trocas a nvel interno e externo nos sculo XII e XIII ea sua importncia no contexto da economia portuguesa.

    4. Identificar as expresses da arte gtica no territrio nacional, relacionando-a ocontexto social, poltico e econmico da poca.

    5.Salientar a importncia da criao de um universidade em Portugal, integrando-ano contexto de desenvolvimento de estudos superiores a nvel europeu.

    5. Conhecer noes bsicas e o significado das categorias de patrimnio cultural e de

    museu, bem como das respectivas funes sociais

    1.Descrever o contexto de surgimento das noes de patrimnio cultural e demuseu.

    2.Caracterizar diferentes interpretaes de patrimnio cultural e de museu.3.Apresentar algumas das funes sociais do patrimnio cultural.

    As crises do sculo XIV

    1. Conhecer e compreender a conflitualidade militar que caracterizou a Europa no

    sculo XIV

    1. Identificar a guerra dos cem anos como o principal conflito europeu do sculoXIV.

    2. Identificar os principais protagonistas da Guerra dos Cem Anos e os principaisreinos aliados.

    3.Apontar caractersticas das guerras medievais, salientando a ausncia de exrcitosnacionais, nmero reduzidos de baixas diretas

    4.Relacionar o clima da guerra com as dificuldades econmicas deste perodo.5.Reconhecer a Guerra dos Cem Anos como um conflito resultante da disputa pela

    hegemonia na europa ocidental.

    2. Conhecer e compreender as dificuldades econmicas vividas no sculo XIV

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    1.Apontar o aumento demogrfico, a escassez de reas cultivveis, as mudanasclimticas e a destruio causada pelas guerras como causas (interligadas) dasfomes que grassaram no sculo XIV.

    2.Relacionar a expanso das doenas epidmicas com a fome, sobretudo no mundocampons e com o clima de guerra.

    3.Sublinhar a importncia da peste negra neste contexto, o seu processo de difuso ea elevada mortalidade que originou.

    4.Apontar as consequncias demogrficas e econmicas da conjuntura de fome,peste e guerra.

    5.Relacionar a limitada capacidade de interveno dos poderes pblicos com ogrande impacto dos factores da crise, especialmente juntos dos estratos noprivilegiados da sociedade.

    3. Conhecer e compreender levantamentos populares rurais, conflitos sociais

    urbanos e movimentos milenaristas.

    1.Contextualizar o surgimento de movimentos populares rurais na europa ocidental.2.Caracterizar os movimentos populares rurais (jacqueries, em Frana).3.Caracterizar os conflitos sociais urbanos e contexto em que se desenrolam.4.Contextualizar o aparecimento de movimentos milenaristas (ideia de fim de

    mundo; moralizao dos comportamentos).5.Reconhecer que a generalidade dos movimentos populares apenas pretendia evitar

    alteraes ordem senhorial estabelecida.

    4. Conhecer e compreender a expresso da crise em Portugal e relacion-la com aformao de uma nova dinastia.

    1.Caracterizar os problemas sentidos em Portugal durante o reinado de D. Fernando,relacionando-os com a situao europeia.

    2. Identificar o problema da sucesso ao trono no contexto das relaes entre ascoroas portuguesa e castelhana.

    3.Explicar o descontentamento popular e suas expresses.4.Descrever os momentos decisivos da afirmao da independncia do reino.5.Relacionar a chegada ao poder de uma nova dinastia com as alteraes operadas

    no seio da sociedade portuguesa, sobretudo ao nvel da renovao da nobreza e daafirmao de certos estratos da burguesia.

    5. Conhecer e compreender as situaes de disfuno social verificadas no sculo

    XIV com as ocorridas nos nossos dias

    1.Caracterizar algumas das situaes de disfuno social mais frequentes naEuropa durante o sculo XIV.

    2.Descrever problemas sociais atuais.3.Apresentar algumas das diferenas e das semelhanas entre as dificuldadescausadas pela Crise do sculo XIV e por crises recentes.

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    METAS CURRICULARES DE HISTRIA3. CICLO DO ENSINO BSICO: 8. ANO

    Expanso e mudana nos sculos XV e XVI

    O expansionismo europeu e a emergncia do Estado Moderno

    1. Conhecer e compreender a evoluo dos Estados europeus desde a Crise do sculo

    XIV at estruturao de Imprios Coloniais

    1.Referir os principais factores de crise poltica e social que caracterizaram o sculoXIV europeu.

    2.Apresentar os processos de expanso colonial como solues para alguns dosproblemas acumulados durante a centria anterior.

    3.Relacionar a acumulao de recursos ocorrida nos sculos XV e XVI com oreforo dos poderes rgios e a implantao do Estado Moderno.

    4.Sublinhar a emergncia do Estado Moderno, nos planos da teoria poltica, doaparelho administrativo e judicial, da estruturao da Corte.

    5.Distinguir na Europa os territrios onde se consolidaram Estados de mdia ougrande dimenso e aqueles onde perduraram pequenas unidades polticas.

    2. Conhecer e compreender as sociedades que puderam potenciar a riqueza geradapela expanso colonial e as que se tornaram espaos semiperifricos

    1.Salientar as permanncias e as mudanas ocorridas nas sociedades europeias nossculos XV e XVI.

    2.Destacar a relevncia alcanada pela escravatura no contexto da sociedade eeconomia europeia e dos seus imprios nos sculos XV e XVI.

    3.Destacar a relevncia alcanada por segmentos da burguesia mercantil efinanceira nas estruturas sociais da poca.

    4.Caracterizar o processo de crescente diferenciao de agentes, espaos e escalasda atividade econmica ocorrido nos sculos XV e XVI.

    5.Distinguir a forma como os pases e regies da Europa do Sul e da EuropaCentral/do Norte se relacionaram com a colonizao e com o comrciointernacional.

    3. Conhecer e compreender o pioneirismo portugus no processo de expanso colonial

    europeu

    1.Relacionar o arranque do processo de expanso portuguesa com as dificuldades etenses acumuladas na segunda metade do sculo XIV.

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    2. Identificar os territrios ultramarinos dominados ou colonizados pelosportugueses, bem como os correspondentes processos de descoberta, controlo eexplorao.

    3.Caracterizar as principais etapas e modelos de governao colonial adoptadospelos portugueses nos sculos XV e XVI.

    4.Referir as rivalidades e os intercmbios resultantes das primeiras fases daexpanso portuguesa, especialmente com a Coroa Espanhola.

    5.Explicar as limitaes e a decadncia do imprio portugus nos finais do sculoXVI.

    4. Compreender os sculos XV e XVI como perodo de ampliao dos nveis de

    multiculturalidade das sociedades europeias

    1.Utilizar os conceitos de identidade, multiculturalidade e multiculturalismo comoinstrumentos de conhecimento da realidade.

    2. Identificar no mbito de processos de colonizao fenmenos de intercmbio,aculturao e assimilao.

    3.Caracterizar a importncia social e econmica da escravatura nos sculos XV eXVI escala mundial e as atitudes dos europeus perante negros e ndios.

    4.Referenciar a intensificao das perseguies aos judeus que culminaram naexpulso ou na converso forada e na perseguio dos mesmos de muitosterritrios da Europa Ocidental, com destaque para o caso portugus.

    5.Verificar a permanncia e a universalidade de valores e atitudes racistas at aosnossos dias.

    Renascimento, Reforma e Contra-Reforma

    1. Conhecer e compreender o Renascimento como movimento cultural profundamente

    transformador das elites e das sociedades europeias

    1.Localizar no tempo e no espao o aparecimento e difuso do movimento culturaldesignado como Renascimento.

    2.Relacionar a redescoberta da cultura clssica com a emergncia dos novos valoreseuropeus (antropocentrismo, individualismo, valorizao da Natureza e da razo).

    3.Relacionar este movimento cultural e os seus valores (nomeadamente aredescoberta do direito romano) com o nascimento do estado moderno e com aafirmao de um novo paradigma de governante.

    4.Relacionar os valores cultivados pelo movimento renascentista com oalargamento da compreenso da Natureza e do prprio Homem, salientando ogrande desenvolvimento da cincia e da tcnica operado neste perodo (sculosXV a XVI).

    5.Caracterizar a arte do Renascimento nas suas principais expresses.

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    2. Conhecer e compreender a Reforma Protestante como fenmeno religioso, poltico e

    geoestratgico

    1. Identificar os factores que estiveram na base de uma crise de valores no seio daIgreja e a crescente contestao sentida, sobretudo a partir do sculo XIV.

    2.Relacionar o esprito e valores do Renascimento com as crticas hierarquia e oapelo ao retorno do cristianismo primitivo.

    3. Identificar a ao de Martinho Lutero como o decisivo momento de ruptura noseio da cristandade ocidental.

    4.Caracterizar as principais igrejas protestantes (luterana, calvinista e anglicana).5.Relacionar o aparecimento e difuso das igrejas protestantes com as condies e

    com as aspiraes politicas, sociais e econmicas da europa central e do norte.

    3. Conhecer e compreender a Contra-reforma como reao sistemtica face aos

    desafios coevos e s resistncias herdadas do passado

    1.Reconhecer o conclio de Trento como um momento decisivo no processo derenovao da Igreja catlica, reafirmao dos seus princpios fundamentais e deluta contra o protestantismo e sua expanso.

    2.Caracterizar as principais medidas que emergiram do conclio de Trento, no quediz respeito ao reforo da disciplina do clero e dos fiis no cumprimento dadoutrina e nos costumes.

    3.Sublinhar o papel das novas ordens religiosas na defesa da expanso docatolicismo e na luta contra as heresias.4.Relacionar o ressurgimento da Inquisio, no sculo XVI, com a necessidade domundo catlico suster o avano do protestantismo e consolidar a vivnciareligiosa de acordo com as determinaes do conclio de Trento.

    5.Reconhecer o impacto que estes instrumentos ao servio da defesa da f catlicativeram na produo cultural e nos costumes das populaes, sobretudo da europado sul.

    4. Conhecer e compreender a forma como Portugal foi marcado por estes processos de

    transformao cultural e religiosa

    1.Sublinhar a adeso de muitos intelectuais e artistas portugueses ao humanismo eaos valores e esttica do renascimento, na literatura, na arte e na produocientfica.

    2.Relacionar o contributo dado pelos descobrimentos com o desenvolvimento doesprito crtico e com os avanos cientficos registados em Portugal e na Europa,sobretudo no sculo XVI.

    3. Identificar o mbito da ao da Inquisio em Portugal, nomeadamente aidentificao e controle de heresias ligadas prtica do judasmo, de supersties,

    de prticas pags e de condutas sexuais diferentes e a vigilncia da produo edifuso cultural atravs do Index.

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    4.Sublinhar a importncia da ao da Companhia de Jesus no ensino, na produocultural e missionao em Portugal e nos territrios do imprio.

    5.Reconhecer o impacto da atuao da Inquisio em Portugal, ao nvel da produocultural, da difuso de ideias e controle dos comportamentos.

    5. Conhecer e compreender a relevncia alcanada por questes como a intolerncia, a

    autonomia da cultura e da cincia e a legitimidade da acumulao e do investimento de

    capitais

    1.Constatar a atitude de intolerncia existente entre as diversas expresses docristianismo, durante o sculo XVI, e do cristianismo para com outras religies.

    2.Assinalar a aparente contradio entre a revalorizao do indivduo, por parte dareligio, da filosofia e da cincia e a generalizao da escravatura.

    3.Estabelecer conexes entre a autonomizao da cultura e o surgimento dosintelectuais, artistas e profissionais liberais.

    4.Reconhecer a viso do protestantismo sobre o trabalho (mesmo o manual) e dariqueza por ele gerada como facilitadores da acumulao de capital e deinvestimento, estabelecendo uma comparao com a posio da igreja catlica nasquestes do enriquecimento e acumulao de capitais.

    5.Explicar o desenvolvimento de atividades econmicas de escala internacional e deuma grande burguesia tambm pela reduo da influncia de valores religiososconservadores.

    O contexto europeu dos sculos XVII e XVII I

    O Antigo Regime europeu: regra e exceo

    1. Conhecer e compreender as caractersticas da Monarquia Absoluta de direito divino

    e de carcter corporativo como modalidade dominante de organizao poltico-

    administrativa escala europeia

    1.Reconhecer o absolutismo rgio como o ponto de chegada de um processo decentralizao do poder rgio iniciado na Idade Mdia.

    2. Identificar os pressupostos fundamentais do absolutismo rgio, nomeadamente ateoria da origem divina do poder e as suas implicaes.

    3.Relativizar o conceito de poder absoluto e total, tendo em considerao opressuposto de que o rei deveria ser o garante da ordem e da defesa dos direitosdos corpos sociais.

    4. Identificar os instrumentos fundamentais de afirmao do poder absoluto rgio eda sua imagem, ao poltica e manuteno da ordem social.

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    5.Reconhecer a existncia e at o reforo de outras formas de exerccio de poder naEuropa, sobretudo na Europa do Leste (por exemplo, reforo do senhoralismo edo poder da grande nobreza).

    2. Conhecer e compreender os elementos fundamentais de caracterizao da economia

    e da sociedade do Antigo Regime

    1. Definir conceitos como capitalismo comercial, capitalismo financeiro,economia-mundo.

    2. Reconhecer a intensificao do comrcio internacional a uma escala mundialcom a consolidao de novas rotas e do aparecimento de novos protagonistasque intensificaram a concorrncia entre os estados europeus.

    3. Destacar a importncia assumida pelas teorias econmicas mercantilistas naestruturao das atividades produtivas e nas relaes econmicas entre os

    diversos estados europeus.4. Caracterizar a sociedade de Ordens de Antigo Regime, salientando os seus

    grupos privilegiados e no privilegiados e a existncia de dinmicas demobilidade social.

    5. Referir a existncia na Europa (sobretudo de leste) de sociedades comcaractersticas feudais, com escassa mobilidade social, da hegemonia da nobrezano acesso aos recursos econmicos e de servido no mundo rural.

    3. Conhecer e compreender os casos da Holanda e da Inglaterra enquanto exemplos de

    afirmao de solues alternativas nos planos poltico-ideolgico e econmico-social

    1.Apontar as caractersticas da organizao poltica das Provncias Unidas(repblica com um governo federal).

    2.Reconhecer, nas Provncias Unidas e na Inglaterra, no sculo XVII, a existnciade uma burguesia urbana, protestante com capacidade de interveno poltica,disponvel para aceitar cargos pblicos e pr o seu dinheiro ao servio do Estado.

    3.Relacionar o dinamismo e os valores dessa burguesia com a criao deinstrumentos comerciais, financeiros e polticos inovadores e muito eficazes naacumulao de capital e no domnio poltico-econmico do espao europeu ecolonial, durante o sculo XVII.

    4.Reconhecer a recusa da sociedade inglesa em aceitar a instaurao doabsolutismo, o que conduziu proclamao de uma Repblica e mais tarde oretorno monarquia, mas apoiada num forte parlamento.

    5.Reconhecer que a rivalidade existente entre a Holanda e a Inglaterra funcionoucomo um motor para a transformao poltica e econmica destes pases.

    4. Conhecer as diferentes etapas da evoluo de Portugal, sociedade e economia

    semiperifrica, no sculo XVII e na primeira metade do sculo XVIII

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    1.Reconhecer as dificuldades da economia portuguesa no final do sculo XVII, numcenrio de concorrncia internacional no espao colonial e de afirmao da novadinastia, no plano poltico, relacionando-as com a implementao de medidasmercantilistas.

    2.Reconhecer o impacto das medidas mercantilistas no sector manufactureiro e nabalana comercial portuguesa.

    3.Reconhecer o impacto do Tratado de Methuen e do afluxo do ouro brasileiro nosector manufactureiro e na balana comercial portuguesa.

    4.Sublinhar o reinado de D. Joo V como um momento de afirmao da monarquiaabsoluta de direito divino em Portugal, salientando, contudo, que o poder do reiera limitado pela necessidade e de respeitar os costumes, a justia e as leisfundamentais do reino.

    5.Reconhecer a sociedade portuguesa como um sociedade de ordens, salientando opredomnio das ordens privilegiadas na apropriao dos recursos econmicos e de

    uma burguesia sem grande aptido pelo investimento nas atividades produtivas,sem uma identidade definida e com aspiraes de ascender nobreza e ao seumodo de vida.

    5. Conhecer a forma como nos sculos XVII a XIX foi observada a China a partir dos

    pases da Europa Ocidental

    1.Reconhecer que algumas elites europeias comparavam, nos sculos XVII e XVIII,o Imprio Chins com o Imprio Romano quanto eficcia do Estado e

    existncia, tanto de um funcionalismo pblico, como de legislao de aplicaoformalmente universal.2.Confirmar que, at ao sculo XVIII, em comparao com o Imprio Chins, a

    generalidade dos pases da Europa Ocidental eram encarados como tendo umahistria menos longa, menos poder poltico-militar, ausncia de separao entreinteresses privados e poderes pblicos.

    3.Reconhecer que, a partir da segunda metade do sculo XVIII, a crescenteafirmao da superioridade civilizacional dos pases com regimes liberais eeconomias em processos de industrializao legitimaram os esforos dedominao semicolonial da China por parte da Inglaterra e de outros Estados(Guerras do pio de1839-1842e1856-1860).

    Um sculo de mudanas (sculo XVIII)

    1.Conhecer e compreender a importncia e a relatividade das alteraes ocorridas emresultado da afirmao do liberalismo poltico

    1.Sublinhar a inovao de conceitos como soberania popular e de separao depoderes, tendo em considerao a predominncia da monarquia absoluta de direito

    divino como regime poltico predominante na europa.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/1839http://pt.wikipedia.org/wiki/1842http://pt.wikipedia.org/wiki/1856http://pt.wikipedia.org/wiki/1856http://pt.wikipedia.org/wiki/1842http://pt.wikipedia.org/wiki/1839
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    2.Salientar que a ideia de tolerncia se repercutiu na postura dos regimes liberaisface escravatura e ao trfico de escravos e pena capital.

    3.Salientar que estes princpios geraram regimes polticos que no conseguiramconcretizar a igualdade de direitos, ao acesso educao, nem a defesa dasliberdades individuais de todos.

    2. Conhecer e compreender a importncia e a relatividade das alteraes ocorridas em

    resultado da afirmao do capitalismo, no sculo XVIII

    1.Sublinhar a consolidao da hegemonia inglesa no contexto europeu e colonial.2.Reconhecer a capacidade que ingleses e holandeses demonstraram no

    desenvolvimento do comrcio colonial e no investimento, quer em atividadesprodutivas, quer em instrumentos financeiros potenciadores de acumulao decapital que era na sua maioria reinvestido no comrcio internacional (capitalismo

    comercial).3.Reconhecer a incapacidade de pases como Portugal ou Espanha, sem a dinmica

    de investimento e acumulao de capital, de concorrer com as novas potnciascoloniais, remetendo-se para uma posio semiperifrica.

    4.Explicar a adopo de polticas econmicas no protecionistas por parte daInglaterra, num contexto de predomnio de teorias mercantilistas, sobretudo nassemiperiferias.

    5.Sublinhar que, apesar do grande comrcio internacional ser o motor daseconomias europeias e da sua capacidade de acumulao de capital, a maioria da

    populao europeia continuava ligada agricultura e onerada com uma pesadafiscalidade.

    3. Conhecer e compreender os vectores fundamentais de identificao do Iluminismo e

    as ligaes do mesmo, quer ao Despotismo Iluminado, quer ao Liberalismo

    1.Relacionar as ideias iluministas com a crena na razo potenciada pelopensamento cientfico do sculo XVII.

    2. Identificar os princpios norteadores do Iluminismo e os seus principaisrepresentantes.

    3. Identificar os meios de difuso das ideias iluministas e os estratos sociais quemais cedo a elas aderiram.

    4. Identificar as propostas do iluminismo para um novo regime poltico baseado naseparao dos poderes e na soberania da nao e no contrato social.

    5.Reconhecer tambm a aceitao por parte dos iluministas da existncia demonarcas absolutos, mas cuja governao seria feita em nome da razo e apoiadapelos filsofos.

    4. Conhecer e compreender a realidade portuguesa nos perodos habitualmente

    designados como Pombalismo e Viradeira

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    1.Caracterizar os aspectos fundamentais da governao do marqus de Pombal, nombito econmico.

    2.Relacionar essas medidas com a situao econmica vivida por Portugal nasegunda metade do sculo XVIII.

    3.Relacionar a submisso dos certos grupos privilegiados, o reforo do aparelho deEstado e as reformas no sentido do desenvolvimento e laicizao do ensino com ainfluncia das ideias iluministas na prtica governativa de Pombal.

    4.Reconhecer que durante o reinado de D. Maria I, apesar do abandono de algumaspolticas, se mantiveram muitas das medidas implementadas por Pombal.

    5.Reconhecer a situao favorvel da balana comercial portuguesa no final dosculo XVIII, relacionando-a com os resultados de algumas medidas pombalinas ecom a conjuntura internacional.

    5. Conhecer, tanto a relevncia da cultura e das ideologias para a governao das

    sociedades humanas, como a distncia, muitas vezes existente, entre os valoresproclamados e as condies de vida de parcelas muito amplas da populao

    1.Descrever o princpio da igualdade fundamental de todos os seres humanos (seresracionais, ticos e livres) e a origem social do poder poltico.

    2.Caracterizar o princpio da necessidade de limitar os riscos de abuso do poderpoltico atravs da elaborao participada de leis constitucionais, da separao depoderes e da eleio peridica dos detentores de funes de soberania.

    3.Descrever o princpio da separao entre desempenho de funes pblicas edefesa de interesses privados (reintroduo dos crimes de nepotismo e corrupo).4.Reconhecer a permanncia, quer na legislao, quer no funcionamento dassociedades liberais em geral, de inmeras modalidades de discriminao,segregao e desigualdade.

    5.Reconhecer a permanncia de resistncias, por parte das elites e das populaesem geral, aplicao dos princpios da igualdade perante a lei e da separaoentre desempenho de funes pblicas e defesa de interesses privados.

    O arranque da Revoluo Industriale o triunfo dos regimes liberais conservadores

    Da Revoluo Agrcola Revoluo Industrial

    1.Compreender principais condicionalismos explicativos da Revoluo Industrial

    1.Relacionar a introduo de solues poltico-administrativas proto-liberais ouliberais com o arranque dos primeiros processos de industrializao.

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    2.Relacionar a modernizao do mundo rural com o arranque dos primeirosprocessos de industrializao.

    3.Relacionar o desenvolvimento das atividades coloniais, do comrcio internacionale do sector financeiro com o arranque dos primeiros processos de industrializao.

    4.Relacionar comportamento demogrfico e grau de mobilidade social com oarranque dos primeiros processos de industrializao.

    5.Problematizar a relao entre concepes religiosas e o arranque dos primeirosprocessos de industrializao.

    2. Conhecer e compreender as caractersticas das etapas do processo de

    industrializao europeu de meados do sculo XVIII aos finais do sculo XIX

    1.Problematizar os conceitos de maquinofatura e de indstria tendo em conta asnoes, aplicveis a sociedades pr-contemporneas, de artesanato, manufactura e

    indstria assalariada ao domiclio.2. Identificar as principais caractersticas da primeira fase da industrializao (Idade

    do vapor).3. Identificar as principais caractersticas da segunda fase da industrializao (Idade

    do caminho-de-ferro).4. Identificar as principais caractersticas da terceira fase da industrializao (Idade

    da eletricidade).5.Comparar as crises econmicas da idade industrial com as crises das sociedades

    pr-contemporneas e reconhecer a importncia dos referidos fenmenos de

    disfuno na evoluo da economia-mundo capitalista.

    3. Conhecer e compreender o pioneirismo britnico e comparar essa evoluo com os

    processos de industrializao verificados em pases como a Frana e a Alemanha

    1.Apresentar explicaes para o facto de a Gr-Bretanha ter lanado e consolidadoum processo de industrializao antes de qualquer outro pas (a partir de meadosdo sculo XVIII).

    2.Relacionar as Guerras Napolenicas com a precocidade da industrializaobritnica e com a tradicional rivalidade franco-britnica.

    3.Analisar, de forma sucinta, o arranque tardio e o modelo de industrializaoconcretizado pela Frana no sculo XIX.

    4.Descrever o processo de unificao poltica da Alemanha e as principaiscaractersticas distintivas do respectivo esforo de industrializao.

    5.Descrever as implicaes para a gesto das relaes internacionais do sucesso daAlemanha enquanto Estado e enquanto economia.

    4. Conhecer e compreender o carcter problemtico da designao Revoluo

    Industrial tendo em conta as modalidades, escalas e ritmos de introduo das

    mudanas em causa

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    1.Questionar a expresso Revoluo Industrial tendo em conta a relativamentelonga durao, a complexidade e o carcter parcelar de muitos dos fenmenossociais globais integrantes da primeira fase da industrializao.

    2.Descrever as modalidades de descoberta, divulgao e incorporao de tecnologiaexistentes na segunda metade do sculo XVIII e na primeira metade do sculoXIX.

    3.Caracterizar o tecido econmico e a estrutura social que protagonizou a primeirafase da industrializao britnica.

    4.Relacionar os processos de industrializao com a afirmao do pensamentoeconmico liberal e com o reforo do papel da economia como cincia e comotecnologia.

    5.Reconhecer as revoltas luditas como primeira modalidade de reao aconsequncias negativas, para as classes populares, do processo deindustrializao.

    5. Conhecer e compreender as implicaes ambientais da atividade das comunidades

    humanas e, em particular, das sociedades industrializadas

    1.Problematizar a proposta interpretativa segundo a qual apenas na pocaContempornea as sociedades humanas geraram problemas ambientais graves.

    2.Relacionar a cincia e a tecnologia com melhoria das condies de vida de parteou da generalidade das populaes.

    3.Relacionar industrializao com agravamento de condies de higiene e seguranano trabalho, com poluio e com degradao das condies de vida em geral.4.Relacionar a industrializao com consumo intensivo de recursos no renovveise com alteraes graves nos equilbrios ambientais.

    5.Caracterizar a situao atual em termos de crise ambiental e de polticastransversais de regulao (reduo da poluio, poupana e reutilizao derecursos, cooperao internacional).

    Revolues e Estados liberais conservadores

    1. Conhecer e compreender a Revoluo Americana e a Revoluo Francesa tendo em

    conta as anteriores experincias polticas holandesa e britnica

    1.Elencar as principais alteraes introduzidas nos sistemas polticos holands eingls durante o sculo XVII e consolidadas no sculo XVIII.

    2.Descrever o processo (guerra de independncia/revoluo liberal) que levou criao dos EUA tendo em conta a relao de proximidade/conflito com aInglaterra e o apoio por parte da Frana (com uma Monarquia Absoluta).

    3.Analisar a Revoluo Francesa de 1789, recorrendo para o efeito ao conceito deRevoluo e identificando as principais etapas do referido processo.

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    4.Apresentar as caractersticas fundamentais de um Estado Liberal (monrquico ourepublicano, unitrio ou federativo).

    5. Identificar as implicaes para as minorias tnico-religiosas da implantao deRegimes Liberais nos respectivos pases.

    2. Conhecer e compreender o processo de estruturao dos Estados Liberais

    Conservadores a partir do iderio poltico liberal

    1.Explicar e utilizar os conceitos de cidado ativo e de cidado passivo, de direitosjurdico-polticos.

    2. Identificar restries aos direitos de participao poltica para os homens porcritrios de ordem socioeconmica e sociocultural.

    3. Identificar restries aos direitos civis e aos direitos de participao poltica dasmulheres.

    4.Descrever limitaes possibilidade de auto-organizao e de intervenocolectiva especificamente aplicveis s classes populares.

    5.Sublinhar a recusa do Estado Liberal Conservador em reconhecer direitoseconmico-sociais e em intervir de forma a assegurar uma discriminao positivaem favor das classes populares.

    3. Conhecer e compreender a influncia de tecnologias de controlo social introduzidas

    ou reforadas pelos Estados Liberais Conservadores em pases que passaram de

    Monarquias Absolutas para regimes polticos autocrticos

    1.Comparar a eficcia das Monarquias Absolutas de Direito Divino e carctercorporativo com a eficcia dos Regimes Liberais Conservadores tendo em contaos mbitos interno e internacional.

    2. Identificar os conflitos militares intraeuropeus de finais do sculo XVIII e inciosdo sculo XIX como momentos de consagrao da superior eficcia das soluesliberais conservadoras.

    3.Explicar a adopo de Monarquias Autocrticas como resposta intermdia face aodesafio colocado pelo iderio liberal e pela superioridade das solues liberaisconservadoras.

    4.Elencar algumas dos instrumentos de controlo social que passaram a serutilizadas, quer por Regimes Liberais Conservadores, quer por MonarquiasAutocrticas.

    5.Reconhecer a importncia de instrumentos de mobilizao ideolgica como asideias de Nao e de identidade histrico-cultural, de interesse individual edireito natural propriedade.

    4. Conhecer e compreender a evoluo do sistema poltico em Portugal desde as

    Invases Francesas at Crise do Ultimato Britnico

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    1.Apresentar a situao poltica portuguesa imediatamente antes e durante o perododas Invases Francesas, com destaque para a retirada da Corte para o Rio deJaneiro e para a forte presena britnica (dominao proto-colonial).

    2.Descrever as principais alteraes polticas ocorridas em Portugal entre aRevoluo de 1820 e o fim da Guerra Civil em 1934, com destaque para aindependncia do Brasil.

    3.Explicar a conflitualidade poltico-militar, no seio do liberalismo portugus,verificada de 1834 a 1850/1851.

    4. Identificar e analisar as profundas transformaes poltico-administrativas,socioeconmicas e culturais ocorridas em Portugal durante o perodo daRegenerao (ou Fontismo).

    5.Explicar o colapso da Regenerao por razes de ordem poltico-diplomtica,econmico-financeira e sociocultural e comparar a Crise do UltimatoBritnico com a Crise de 2008.

    5. Conhecer e compreender o processo de difuso das solues polticas liberais

    conservadoras nos pases da Europa do Sul e nos novos Estados da Amrica Latina

    1.Referir as contradies resultantes do facto de, na Europa, as solues polticasliberais conservadoras terem sido introduzidas no seguimento de ocupao militarpor parte da Frana revolucionria ou ps-revolucionria.

    2.Descrever a resistncia s reformas liberais concretizada, nomeadamente, pelascorrentes tradicionalistas nas elites e, mesmo, nas classes populares e pelos

    sectores liberais conservadores.3.Descrever a implantao de regimes liberais conservadores na Amrica Latinacomo um processo misto de conquista da independncia face a Espanha e derevoluo liberal.

    4.Caracterizar os sistemas polticos dos pases da Amrica Latina como regimes deindependncia branca, nos quais as desigualdades socioeconmicas eramreforadas pela sobrevivncia da escravatura e/ou pela segregao das populaesde origem pr-colombiana.

    5.Salientar a postura da Igreja e da ao catlica, a qual, no essencial, defendeu oliberalismo conservador ou, mesmo, solues tradicionalistas (o regresso Monarquia Absoluta de Direito Divino e Carcter Corporativo).

    A civilizao industrial no sculo XIX

    Mundo industrializado e pases de difcil industrializao

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    1. Conhecer e compreender a relao entre os processos de industrializao com a

    expanso da economia-mundo capitalista e como aumento do poder dos centros sobre

    as semiperiferias e as periferias

    1.Reconhecer como o aumento das diferenas nos nveis de desenvolvimento entrepases ou regies facilitou e potenciou o reforo das situaes de dominaoeconmica, cultural e/ou poltico-militar.

    2.Relacionar a criao de solues de tipo protocolonial (evoque-se, entre outros, ocaso portugus) com a industrializao britnica, francesa ou alem.

    3.Relacionar o aprofundamento ou a implantao de modalidades de relacionamentoneocolonial (lembre-se a maioria dos pases da Amrica Latina) com aindustrializao britnica, francesa ou alem.

    4.Relacionar o reforo ou a estruturao de situaes de natureza semicolonial oucolonial (salientem-se os exemplos da China e da ndia) com a industrializao de

    muitos dos pases centrais e semiperifricos.5.Reconhecer a importncia da industrializao para o surgimento das inovaes

    mdicas e militares que viabilizaram, nomeadamente, a efetiva colonizao dafrica Negra e de outras regies tropicais por potncias ocidentais (Gr-Bretanha, Frana, Holanda, Blgica, Portugal).

    .

    2. Conhecer e compreender as caractersticas dos processos de industrializao dos

    EUA e do Japo salientando a respectiva especificidade

    1.Caracterizar a situao dualista da estrutura econmica e social dos EUA at 1860(o Norte modernizador e baseado em mo-de-obra livre e o Sul agrcoladependente da escravatura).

    2.Relacionar as divergncias entre industrialistas protecionistas e ruralistas(livre-cambistas) com a ecloso da Guerra de Secesso ou Guerra Civil Norte-Americana (1861-1865).

    3.Salientar a importncia da no aplicao temporria das concepes econmicasliberais para a criao de condies que permitissem ao processo deindustrializao norte-americano sobreviver concorrncia britnica e de outrospases europeus.

    4.Caracterizar o Japo anterior a 1868 como uma sociedade feudal,significativamente isolada do exterior e ameaada pela presso semicolonial depotncias ocidentais.

    5.Reconhecer a importncia da Revoluo Meiji e da estreita cooperao do Estadoliberal conservador com a sociedade civil para a rapidez e a escala daindustrializao e da afirmao do Japo enquanto potncia ocidentalizada.

    3. Conhecer e compreender a influncia das potncias europeias nos processos de

    desindustrializao ou de desestruturao econmica verificados, no sculo XIX, em

    muitos territrios coloniais e protetorados

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    1.Caracterizar como espaos econmico-sociais relativamente autnomos ecoerentes at aos finais do sculo XVIII os territrios dominados pelas potnciaseuropeias durante o sculo XIX na frica do Norte e na sia.

    2.Reconhecer a no aplicao s populaes das colnias e protetorados dospressupostos da teoria poltica e da teoria econmica liberal (direito departicipao poltica e igualdade perante a lei, liberdade de atividades econmicae de comrcio internacional).

    3.Descrever as modalidades de gesto poltico-administrativa da economia e dasrelaes sociais impostas pelas potncias europeias aos respectivos territrioscoloniais.

    4.Reconhecer as consequncias para as colnias e para os protetorados dasimposies que os foram transformando em fornecedores de matrias-primas econsumidores de bens e servios de elevado valor acrescentado oriundos dasmetrpoles.

    5.Relacionar os discursos sobre povos ou raas superiores e inferiores com alegitimao do direito das potncias europeias de imporem a desindustrializao ea desestruturao econmica das respectivas colnias e protetorados.

    4. Conhecer e compreender os sucessos e bloqueios do processo portugus de

    industrializao luz do conceito de pas semiperifrico

    1.Descrever a forma como decorreu no sculo XIX o processo de transferncia depropriedade e de modernizao da agricultura portuguesa.

    2.Descrever a dimenso atingida no sculo XIX pelo esforo de criao deinfraestruturas educativas, de produo e distribuio de energia, de transportes.3. Identificar a importncia do investimento estrangeiro nos sectores industriais

    vocacionados para a exportao.4. Identificar a importncia do protecionismo e dos mercados coloniais ou ps-

    coloniais para a indstria portuguesa no sculo XIX.5.Descrever os principais indicadores relativos aos resultados do processo de

    industrializao portuguesa no final do sculo XIX.

    5. Conhecer e compreender a relao entre os processos de industrializao e

    fenmenos culturais como a afirmao da cincia e da tcnica, do laicismo e do

    cientismo, da engenharia e da arquitetura do ferro

    1.Relacionar a industrializao com o reforo do prestgio e da capacidade deinterveno da cincia e da tecnologia.

    2.Descrever os principais vectores de laicizao que acompanharam os processos deindustrializao e urbanizao ocorridos no sculo XIX.

    3.Sublinhar a tendncia dos grandes sistemas ideolgicos do sculo XIX para seprocurarem legitimar atravs do prestgio da cincia (cientismo).

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    4. Identificar alguns dos principais exemplos de sucesso da engenharia oitocentistana satisfao de necessidades sociais ou na criao de novas reas de atividadeindustrial.

    5.Caracterizar a arquitetura do ferro como expresso esttica funcional desociedades industrializadas e urbanizadas.

    Burgueses e proletrios, classes mdias e camponeses

    1. Conhecer e compreender o processo de estruturao da burguesia a partir da

    integrao das elites das sociedades de Antigo Regime

    1.Reconhecer a existncia de modalidades de mobilidade nas sociedades de AntigoRegime apesar do predomnio de mundividncias conservadoras e hierrquicas.

    2.Descrever as caractersticas fundamentais da burguesia (comercial e financeira,industrial e agrcola, da administrao) nos sculos XVIII e XIX.

    3. Identificar os processos de fuso entre a burguesia emergente e parcelassignificativas das elites tradicionais.

    4.Sublinhar as implicaes subjacente ao facto de as novas elites das sociedadesindustriais serem muito influenciadas por valores e comportamentos burgueses ounobilirquico-eclesisticos.

    5.Reconhecer as consequncias desta fuso no funcionamento dos regimes polticose na interao das novas elites com as classes populares.

    2. Compreender a progressiva afirmao das classes mdias enquanto fruto da

    ampliao do sector tercirio

    1.Explicar a crescente importncia do sector tercirio nas economiasindustrializadas e urbanizadas do sculo XIX.

    2.Descrever o processo de ampliao, melhoria da qualificao e reforo daqualidade de vida/autonomia de profissionais liberais, funcionrios pblicos efuncionrios do sector privado.

    3.Caracterizar os comportamentos das classes mdias como sendo tendencialmentemais prximos dos da burguesia do que dos das classes populares.

    4. Identificar situaes de estruturao de classes mdias em pases onde o mundorural foi palco de processos simultaneamente de modernizao e democratizaodo acesso propriedade.

    5.Reconhecer o peso acrescido que minorias tnico-religiosas tiveram, na Europa dosculo XIX, nestes segmentos das sociedades civis.

    3. Conhecer a evoluo do operariado como resultado da influncia cruzada da

    proletarizao e de movimentos migratrios

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    1.Relembrar as caractersticas das classes populares urbanas nas sociedades deAntigo Regime.

    2.Descrever os processos de proletarizao dos artesos e dos trabalhadores dasgrandes manufacturas fruto da introduo das mquinas, da revogao daregulamentao corporativa e do aumento da concorrncia por parte detrabalhadores recm-chegados das zonas rurais ou de outros pases.

    3. Identificar a presena de operrios na agricultura e em outros subuniversos dosector primrio.

    4.Descrever as condies-tipo de vida do operariado no sculo XIX, tendo ainda emconta a ocorrncia frequente de crises econmicas, a crescente dependncia dosrendimentos do trabalho, a precariedade dos mecanismos privados ou pblicos de regulao ou de apoio social.

    5. Identificar as divises e os conflitos verificados no seio do operariado por razesde natureza cultural (de gnero ou socioprofissional, de origem regional ou

    nacional, de identidade tnica e/ou religiosa, de filiao poltico-ideolgica).

    4. Conhecer e compreender o papel relevante desempenhado pelo campesinato mesmo

    em muitos dos pases industrializados

    1.Reconhecer que, exceo feita Gr-Bretanha, no sculo XIX, a generalidade dospases que se industrializaram manteve percentagens muito significativas depopulao rural.

    2.Diferenciar os pases ou as regies centrais e semiperifricas onde a modernizaoagrcola se baseou no modelo da grande propriedade com mo-de-obra assalariadadaqueles em que predominou a mdia e a pequena propriedade.

    3.Descrever as caractersticas-tipo do campesinato em pases em vias deindustrializao e de urbanizao (estatuto social misto, pluriatividade,conservadorismo).

    4.Sublinhar a influncia do campesinato na reproduo da hegemonia deconcepes poltico-ideolgicas conservadoras.

    5.Salientar a influncia do campesinato na reproduo de vivncias religiosas e dereligiosidades populares.

    5. Conhecer e compreender o romantismo e o realismo enquanto expresses estticas

    associadas essencialmente afirmao do individualismo e da burguesia e crtica das

    desigualdades sociais

    1.Caracterizar o romantismo em termos ideolgicos e estticos, evocando para oefeito o caso portugus e a personalidade de Alexandre Herculano.

    2.Relacionar o romantismo com a afirmao da burguesia e do liberalismo ou, emalternativa, de concepes tradicionalistas de recusa da contemporaneidade (ex. aadmirao votada Idade Mdia).

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    3.Caracterizar o realismo em termos ideolgicos e estticos, evocando para o efeitoos casos britnico, francs e portugus (as personalidades de Charles Dickens,mile Zola e Ea de Queiroz).

    4.Relacionar o realismo com a afirmao das classes mdias e com a crtica, tanto scondies de trabalho e de vida das classes populares, como aos bloqueios nosprocessos de modernizao de pases semiperifricos.

    5. Identificar o sculo XIX e as correntes estticas em apreo como espao deimplantao de intelectuais que vivem da venda da respectiva produo intelectualjunto de pblicos alargados (burgueses, classes mdias e, mesmo, classespopulares).